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CAPÍTULO 4 PRODUTOS Nos capítulos anteriores os conceitos foram introduzidos para duas regiões geométricas também chamadas de Espaços Vetorias: o Plano Geométrico, representado pelo ℜ ℜ ℜ ℜ 2 (sistema de coordenadas cartesianas no plano) e o Espaço Geométrico, representado pelo ℜ ℜ ℜ ℜ 3 (sistema de coordenadas cartesianas no espaço). No entanto, os próximos conceitos que serão introduzidos só tem significado geométrico para vetores no Espaço (ℜ 3 ). Apesar de alguns serem válidos também para vetores no plano, mas nem todos. Portanto, no que segue estaremos considerando somente vetores no espaço. Oportunamente, quando for o caso, voltaremos a considerar os vetores definidos no plano geométrico.
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Conímbriga, 1998
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A Geometria Analítica baseia-se na idéia de representar os pontos da reta por números reais, os pontos do plano por pares ordenados de números reais e os pontos do espaço por ternos ordenados de números reais. Dentro dessa concepção, as linhas e as superfícies, no plano e no espaço, são descritas por meio de equações. Isto permite tratar algebricamente muitas questões geométricas e, reciprocamente, interpretar de forma geométrica certas situações algébricas. A interconexão entre Geometria eÁlgebra resultante desse ponto de vista foi responsável por extraordinários progressos na Matemática e suas aplicações. No que se segue, apresentaremos as noções básicas de Geometria Analítica, enfatizando seus aspectos mais relevantes para um estudo introdutório. Admitiremos conhecidos os fatos mais elementares da Geometria como, por exemplo, que por dois pontos dados passa uma, e somente uma, reta; que por um ponto dado fora de uma reta passam umaúnica paralela e umaúnica perpendicular a essa reta, etc.
Culture and Rights: Anthropological Perspectives
Segmentos Orientados
Chamamos de segmento orientado a um segmento de reta que possui sua origem em um ponto e sua extremidade em outro.
Tome-se, por exemplo, o segmento mostrado na figura 1. Dizemos que um seguimento é nulo quando sua origem coincide com sua extremidade (A≡B).
Dado um segmento AB, diz-se que o segmento BA é o seu oposto.
Figura 2-Segmentos Opostos
Dados dois segmentos orientados AB e CD, como os mostrados na figura 3, dizemos que eles têm a mesma direção quando os segmentos AB e CD são paralelos ou coincidentes.
Com relação ao seu sentido, dizemos que dois segmentos possuem o mesmo sentido quando, além de terem a mesma direção possuem a mesma orientação. Quando a orientação é oposta, dizemos que os segmentos são opostos.
Vetores
Chama-se de vetor ao segmento de reta orientado que possui sua origem em um ponto e extremidade em outro. Na figura 5, o segmento AB é chamado de vetor AB e indicado por AB ሬሬሬሬሬԦ . As propriedades abaixo são imediatas:
n≥1), dizemos que eles são linearmente dependentes (LD) se existem escalares a 1 ,a 2 ,........,a n , não todos nulos, tais que:
ou seja,
Os escalares ሺa 1 ,a 2 ,a 3 ሻ são chamadas de componentes, ou coordenadas, de v ሬԦ em relação à base ሺe 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦሻ.
Reciprocamente, a uma terna ሺa 1 ,a 2 ,a 3 ሻ de números reais, existe um único vetor cujas coordenadas são a 1 ,a 2 e a 3 .
Fixada uma base ሺe 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦሻ, é costume se representar o vetor v ሬԦ por meio da terna ሺa 1 ,a 2 ,a 3 ሻ ou ainda, por meio da matriz coluna:
Escrevemos, então:
v ሬԦ = ሺa 1 ,a 2 ,a 3 ሻ ou v ሬԦ = a 1 a 2 a 3 ൩
Deste ponto em diante, o uso de coordenadas será muito freqüente; é conveniente, então, que as operações entre vetores sejam feitas diretamente em coordenadas, assim, faremos o estudo de algumas destas operações:
Adição entre vetores
Se u ሬԦ = ሺa 1 ,a 2 ,a 3 ሻ e v ሬԦ = ሺb 1 ,b 2 ,b 3 ሻ então:
u ሬԦ+v ሬԦ = ሺa 1 +b 1 ,a 2 +b 2 ,a 3 +b 3 ሻ De fato, se u ሬԦ=a 1 e ሬԦ 1 +a 2 e ሬԦ 2 +a 3 e ሬԦ 3 e v ሬԦ=b 1 e ሬԦ 1 +b 2 e ሬԦ 2 +b 3 e ሬԦ 3 , então: u ሬԦ+v ሬԦ=ሺa 1 +b 1 ሻe ሬԦ 1 +ሺa 2 +b 2 ሻe ሬԦ 2 +ሺa 3 +b 3 ሻe ሬԦ 3 ou seja: u ሬԦ+v ሬԦ = ሺa 1 +b 1 ,a 2 +b 2 ,a 3 +b 3 ሻ Quando se usa a notação matricial, podemos escrever: Quais são as coordenadas do ponto P', simétrico do ponto P = (1;0;3) em relação ao ponto M = 1)? (Sugestão: o ponto P' é -)
Verifique se o vetor U é combinação linear de V e W:
12,-6) 1,7,1) 4,-6,2)
Verifique se o vetor U é combinação linear de V e W: V = (5,4,-3) W = (2,1,1) 3,-4,1) Quais dos seguintes vetores são W = (15,-10,5) -9,6,3)
Ortogonalidade.
O conceito de ortogonalidade de vetor, com retas e planos se define de modo natural, usando os mesmos conceitos para os segmentos orientados que representam o vetor. Desta forma é possível definir:
Um vetor u ሬԦ ് 0 ሬԦ é ortogonal à reta r (ao plano π) se existe um representante (A,B) de u ሬԦ tal que o segmento AB é ortogonal a r ( a π).
II. Os vetores u ሬԦ e v ሬԦ são ortogonais se um deles é nulo, ou caso contrário, admitirem representantes perpendiculares.
III. Os vetores u ሬԦ e v ሬԦ são ortogonais se e somente se: ሺx 1 +x 2 ሻ 2 +൫y 1 +y 2 ൯ 2 =x 1 2 +y 1 2 +x 2 2 +y 2 2 Ao se efetuar o produto notável no lado esquerdo da igualdade e fazendo-se as simplificações possíveis, encontramos:
x 1 x 2 + y 1 y 2 = 0 Da mesma forma que foi feito no plano, para dois vetores no espaço R 3 , podemos escrever:
x 1 x 2 + y 1 y 2 + z 1 z 2 =0 V. Uma base E = ሺe 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦሻ é ortonormal se os vetores e 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦ são unitários e dois a dois ortogonais.
Figura 23
VI. Se E = ሺe 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦሻ é base ortonormal e u ሬԦ=xe ሬԦ 1 +ye ሬԦ 2 +ze ሬԦ 3 , então:
Exercícios.
27. Dadas as bases E; F e G, onde:
Determinar as matrizes mudanças de base entre elas.
28. Dada a base E e sejam: Nesta figura, θ é a medida em radianos (ou graus) do ângulo POQ que é o ângulo entre os vetores u ሬԦ e v ሬԦ.
Vamos procurar uma expressão que nos forneça θ em função de u ሬԦ e v ሬԦ. Para isto, vamos fixar uma base ortonormal ቀi Ԧ ;j Ԧ ;k ሬԦ ቁ, e sejam os vetores u ሬሬሬԦ e v ሬሬሬԦdados por suas coordenadas u ሬԦ=൫x 1 ;y 1 ;z 1 ൯ v ሬԦ=൫x 2 ;y 2 ;z 2 ൯
Aplicando-se a lei dos cossenos ao triângulo POQ, resulta ቚQP ሬሬሬሬሬሬԦ ቚ 2 =|u ሬԦ| 2 +|v ሬԦ| 2 -2|u||v| cos θ Sabemos que:
ቚQP ሬሬሬሬሬሬԦ ቚ 2 =ห൫x 1 -x 2 ,y 1 -y 2 ,z 1 -z 2 ൯ห 2 ቚQP ሬሬሬሬሬሬԦ ቚ 2 =ሺx 1 -x 2 ሻ 2 +൫y 1 -y 2 ൯ 2 +ሺz 1 -z 2 ሻ 2 ቚQP ሬሬሬሬሬሬԦ ቚ 2 =x 1 2 +y 1 2 +z 1 2 +x 2 2 +y 2 2 +z 2 2 -2൫x 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2 ൯
Lembrando que:
x 1 2 +y 1 2 +z 1 2 +x 2 2 +y 2 2 +z 2 2 =|u ሬԦ| 2 +|v ሬԦ| 2
Podemos escrever:
|u||v| cos θ ൌx 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2
Esta expressão nos permite calcular cos θ, pois |u ሬԦ|=ටx 1 2 +y 1 2 +z 1 2 e |v ሬԦ|=ටx 2 2 +y 2 2 +z 2 2 Assim, podemos calcular cos θ por:
cos θ ൌ
x 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2 ටx 1 2 +y 1 2 +z 1 2 · ටx 2 2 +y 2 2 +z 2 2
Para a base E = ሺe
Escreva
25. Sejam:
26. Calcule as coordenadas do vetor v ሬԦ= ሺ1,1,1ሻ da base E na base F do exercício anterior.
Mudança de Base
A escolha de uma base conveniente pode, muitas vezes, ajudar a resolver um problema qualquer.
Consideremos, então, duas bases:
Como F pode ser escrita como sendo combinação linear de E, podemos, então, escrever: v ሬԦ = y 1 ሺa 11 e 1 ሬሬሬሬԦ+a 21 e 2 ሬሬሬሬԦ+a 31 e 3 ሬሬሬሬԦሻ +y 2 ሺa 12 e 1 ሬሬሬሬԦ+a 22 e 2 ሬሬሬሬԦ+a 32 e 3 ሬሬሬሬԦሻ +y 3 ሺa 13 e 1 ሬሬሬሬԦ+a 23 e 2 ሬሬሬሬԦ+a 33 e 3 ሬሬሬሬԦሻ.
O vetor v ሬԦ pode então ser escrito como: v ሬԦ=൫y 1 a 11 +y 2 a 12 +y 3 a 13 ൯e ሬԦ 1 +൫y 1 a 21 +y 2 a 22 +y 3 a 23 ൯e ሬԦ 2 +൫y 1 a 31 +y 2 a 32 +y 3 a 33 ൯e ሬԦ 3 Assim, as coordenadas x 1 ; x 2 e x 3 podem ser escritas como:
x 1 =y 1 a 11 +y 2 a 12 +y 3 a 13
x 2 =y 1 a 21 +y 2 a 22 +y 3 a 23
x 3 =y 1 a 31 +y 2 a 32 +y 3 a 33
As três expressões acima, podem ser escritas na forma matricial que é:
x 1 x 2 x 3 ൩ ൌ a 11 a 12 a 13 a 21 a 22 a 23 a 31 a 32 a 33 ൩ ൈ y 1 y 2 y 3 ൩
Note-se, então que a matriz dos coeficientes a ij é a matriz que relaciona as coordenadas do vetor v ሬԦ na base E com as coordenadas deste mesmo vetor, na base F. Assim sendo, esta matriz é chamada de Matriz Mudança de Base.
De uma maneira geral, podemos escrever: ሾXሿ=ሾMሿ×ሾYሿ
Mudança de Base Ortornormal.
Sejam E e F duas bases ortonormais e seja a matriz M a matriz mudança de base de E para F. Quando as bases são ortonormais, a matriz transposta é igual à matriz inversa, ou seja:
Assim, se E é uma base ortonormal, para que F, também, seja ortonormal é necessário e suficiente que a matriz de mudança de E para F seja ortogonal.
Como o determinante de uma matriz é igual ao determinante de sua matriz transposta, podemos escrever:
Para que duas bases sejam ortonormais, a matriz mudança de base entre elas deve ser ortogonal e o determinante desta matriz pode ser igual a 1 ou -1.
Produto Escalar.
Vamos definir um produto entre dois vetores cujo resultado é um escalar. Por isso ele é chamado de Produto Escalar.
Chama-se produto escalar dos vetores u ሬԦ e v ሬԦ ao número u ሬԦ · v ሬԦ (também pode ser escrito como u ሬԦ ൈ v ሬԦ) tal que:
• u ሬԦ×v ሬԦ=0 quando u ሬԦ e v ሬԦ forem diferentes de zero e ortogonais.
Como|u||v| cos θ ൌx 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2 , podemos escrever:
u ሬԦ ൈ v ሬԦ = x 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2 desde que estas coordenadas se refiram a uma base ortonormal.
Podemos, então, determinar o ângulo θ por meio de:
x 1 x 2 +y 1 y 2 +z 1 z 2 ටx 1 2 +y 1 2 +z 1 2 · ටx 2 2 +y 2 2 +z 2 2 Por ser um produto, podemos escrever:
Propriedades do Produto Escalar.
As propriedades do produto entre números se aplicam no produto escalar:
OBS:-convém observar que u ሬԦ×v ሬԦ ≠ u ሬԦ×w ሬሬԦ. Assim, não é possível cancelar u ሬԦ e escrever v ሬԦ = w ሬሬԦ.
Determinar
37. Mostrar que:
38. Se ሺe 1 ሬሬሬሬԦ, e 2 ሬሬሬሬԦ, e 3 ሬሬሬሬԦሻ é uma base ortonormal e u ሬԦ Ԗ V 3 , mostre que: u ሬԦ = ሺu ሬԦ×e ሬԦ 1 ሻe ሬԦ 1 +ሺu ሬԦ×e ሬԦ 2 ሻe ሬԦ 2 +ሺu ሬԦ×e ሬԦ 3 ሻe ሬԦ 3 39. Prove que as diagonais de um quadrado são perpendiculares entre si. i.
1 0 1 2 1 0 0 1 -1 ൩ j.
1 0 1 0 2 1 0 1 1 ൩ k. 6/7 3 2 2/7 6 3 3/7 -2 6 ൩ l.
1/3 2/3 2/3 2/3 -2/3 1/3 2/3 1/3 -2/3 51. Determine as matrizes inversas das matrizes ortogonais do exercício 50. Isto pode ser entendido como sendo o produto entre o vetor e quantidade h, que "promove a rotação" desta quantidade, tendo como centro de rotação a extremidade do vetor Observe-se, aqui, que o produto w v fornece um vetor com sentido oposto ao produto v w. Observe a figura 29.
Seja E=ቀi
Figura 29
Para os vetores um escalar, são válidas as seguintes propriedades: Assim o produto vetorial é nulo quando um de seus vetores é nul quando senθ é nulo. O seno de um ângulo é nulo quando ele é igual a n para qualquer n. Nesta situação os dois vetores possuem a mesma direção. Estas propriedades são facilmente entendidas e serão demonstradas na forma de exercícios.
Vetores Canônicos
São vetores unitários, paralelos aos eixos coordenados (x,y,z). Estes vetores são indicados como:
Paralelos aos eixos ሺx ሬԦ,y ሬԦ,z ሬԦሻ, respectivamente.
Desta maneira, qualquer vetor v ሬԦ=v ሬԦ 1 ,v ሬԦ 2 ,v ሬԦ 3 , pode ser escrito como sendo
Pela definição e propriedades do produto vetorial, podemos facilmente encontrar: As componentes do vetor resultante são dadas por:
Assim, o vetor resultante fica:
v ሬԦרw ሬሬԦ = 2i Ԧ -7j Ԧ -6k ሬԦ Com estas componentes, o módulo do vetor resultante fica: |v ሬԦרw ሬሬԦ|= ට 2 2 +ሺ-7ሻ 2 +ሺ-6ሻ 2 |v ሬԦרw ሬሬԦ|=ඥ89
Vamos agora, determinar a área do triângulo P, Q, R, onde P = (3; 2; 0); Q = (0; 4; 3) e R = (1; 0; 2). Veja a figura 32.
Determine o vetor
x ሬԦ tal que:
x ሬԦ(רi Ԧ +k ሬԦ )=-2i Ԧ 2k ሬԦ e |x ሬԦ| ൌ √6 61. Prove que |v ሬԦרw ሬሬԦ|=|v ሬԦ|ൈ|w ሬሬԦ| se e somente se v ሬԦ٣w ሬሬԦ.
62. Calcule a distância do ponto C à reta R que passa por dois pontos distintos A e B.
Produto Misto
O produto misto é um escalar obtido pelo produto escalar entre um vetor u ሬԦ e o vetor resultante de um produto vetorial (v ሬԦרw ሬሬԦ), ou seja: R=(v ሬԦרw ሬሬԦ) × u ሬԦ Para três vetores, dados por suas coordenadas:
v
O produto misto, usando as componentes dos vetores, é dado por:
Para entendermos o produto misto, vamos fazer o seguinte exemplo:
Determinar o produto misto entre os vetores: Por esta propriedade, é possível saber se três vetores pertencem ao mesmo plano. Estes vetores pertencem ao mesmo plano quando o volume calculado pelo produto misto for igual a zero; ou seja, dados três vetores u ሬԦ; v ሬԦ e w ሬሬԦ, eles estarão no mesmo plano quando:
(v ሬԦרw ሬሬԦ) ×u ሬԦ=0
(v ሬԦרw ሬሬԦ) ×u ሬԦ= det v 1 v 2 v 3 w 1 w 2 w 3 u 1 u 2 u 3 ൩ = 0
Exemplo:
Verificar se os pontos P=(0;1;1), Q=(1;0;2), R=(1;-2;0) e S=(-2;2;-2) são coplanares.
Com estes pontos podemos construir os vetores:
PQ ሬሬሬሬሬሬԦ =ሺ1-0, 0-1, 2-1ሻ=ሺ1,-1,1ሻ
PR ሬሬሬሬሬሬԦ =ሺ1-0, -2-1, 0-1ሻ=ሺ1,-3,-1ሻ
PS ሬሬሬሬሬԦ =ሺ-2-0, 2-1, -2-1ሻ=ሺ-2,1,-3ሻ
Para que os pontos sejam coplanares, é necessário que os vetores traçados, sejam coplanares, ou seja:
Com este resultado podemos afirmar que os três pontos estão no mesmo plano.
Ainda é possível escrever as seguintes propriedades do produto misto:
Duplo produto vetorial.
Chama-se de duplo produto vetorial dos vetores u ሬԦ; v ሬԦ e w ሬሬԦ, ao vetor (v ሬԦרw ሬሬԦ) ר u ሬԦ.
Como o produto vetorial não é associativo, em geral,
Retas e Planos
Estudo da Reta.
Seja uma reta r que passa pelo ponto A e que tem a direção de um vetor não nulo v ሬԦ. Para que um ponto P qualquer do espaço pertença á reta r é necessário e suficiente que os vetores PA ሬሬሬሬሬԦ e v ሬԦ sejam linearmente dependentes; isto é que exista um número real tal que:
PA ሬሬሬሬሬԦ =λv ሬԦ Para cada ponto P de r temos um valor para λ λ λ λ, assim é possível escrever:
que é conhecida como equação vetorial da reta.
Se a reta for conhecida por dois pontos distintos A e B, a direção de r será dada pela direção do vetor B-A (BA ሬሬሬሬሬԦ ). Nesta situação a equação da reta fica:
P=A+λሺB-Aሻ
A figura 38 mostra uma reta, paralela ao plano formado eixos x e z.
Figura 38
A figura 39 mostra uma reta qualquer e sua equação.
Figura 39
Equações Paramétricas da
Reta.
Sejam, ቀ0,i Ԧ , j Ԧ , k ሬԦ ቁ um sistema de coordenadas, um ponto genérico P=ሺx,y,zሻ, pertencente a uma reta r; um ponto A=൫x 0 ,y 0 ,z 0 ൯, que sabidamente pertence a r e um vetor v ሬԦ=ሺa,b,cሻ, não nulo, de direção paralela a r. Da equação vetorial da reta r, podemos escrever:
P=A+λሺB-Aሻ ሺx,y,zሻ=൫x 0 ,y 0 ,z 0 ൯+λሺa,b,cሻ ቐ x=x 0 +λa y=y 0 +λb z=z 0 +λc que são as equações paramétricas de uma reta. 84. Faça um esboço das retas dadas a seguir: a. (x; y; z) = (-3 + 3t; 3/2 -1/2 t; 4 -2t) b. (x; y; z) = (2t; t; 3/2 t) c. (x; y; z) = (1 + t; 2; 3 + 2t) d. (x; y; z) = (1; 2 + 2t; 5/2 + 3/2 t)
Equações do Plano
Sabemos que no plano a equação geral de uma reta é ax+by+c=0 e para conhecê-la é necessário conhecer um de seus pontos e sua inclinação. Lembra-se, aqui, que a reta também pode ser conhecida se conhecermos dois de seus pontos.
x y incl ina ção Ponto
Figura 40
No espaço um plano é o conjunto dos pontos P=(x;y;z) que satisfazem a equação ax+by+cz+d=0; para a; b; c Ԗ R; que é chamada equação geral do plano.
Existe uma analogia entre uma reta no plano e um plano no espaço. No plano, a equação de uma reta é determinada se forem dados sua inclinação e um de seus pontos.
No espaço, a inclinação de um plano é caracterizada por um vetor perpendicular a ele, chamado vetor normal ao plano. Desta forma, a equação de um plano é determinada se são dados um vetor que lhe é normal e um de seus pontos.
Na figura 41, o plano indicado, pelos pontos P; Q; R e S, pode ser fornecido pelo vetor u ሬԦ e um dos pontos pertencentes a este plano. Note-se que, qualquer segmento de reta, pertencente a este plano, que una um de seus pontos ao ponto do vetor, (ponto este pertencente a este plano), é ortogonal a este vetor. Podemos lembrar, também, que o produto vetorial entre dois vetores fornece um terceiro vetor ortogonal aos dois primeiros. Podemos, dizer, então que este terceiro vetor é normal ao plano que contém os dois primeiros. Isto pode ser observado na figura 42. v w vLw -normal ao plano P Plano P de v, w
Figura 42
A equação geral de um plano π que passa por um ponto P 0 = (x 0 ; y 0 ; z 0 ) e tem vetor normal N ሬሬԦ = (a; b; c) é: ax + by + cz + d = 0 onde d = -(ax 0 + by 0 + cz 0 ) e x; y e z são coordenadas de um ponto P pertencente a este plano.
Demonstração:
Um ponto P, de coordenadas P = (x; y; z), pertence ao plano π se, e somente se, o vetor P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ for perpendicular ao vetor N ሬሬԦ (normal ao plano π), ou seja, se o produto escalar entre o vetor P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e o vetor N ሬሬԦ for nulo.
N ሬሬԦ ൈ P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ =0
Como, P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = (x-x 0 ; y-y 0 ; z-z 0 ), o produto escalar entre P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e N ሬሬԦ pode ser reescrito como: (a; b; c)ൈ (x-x 0 ; y-y 0 ; z-z 0 )=0
aሺx-x 0 ሻ+ b൫y-y 0 ൯+ cሺz-z 0 ሻ=0 ou seja, ax + by + cz -(ax 0 + by 0 + cz 0 ) = 0 o que fornece: d = -(ax 0 + by 0 + cz 0 )
Como exemplo, vamos encontrar a equação do plano π que passa pelo ponto P 0 = (1; -2; -2) e é perpendicular ao vetor N ሬሬԦ = (2; -1; 2) A equação do plano π é dada por: ax + by + cz + d = 0 onde a; b e c são as coordenadas do vetor normal N ሬሬԦ . Assim é possível escrever:
2x -y + 2z + d = 0
Para que P 0 , pertença ao plano π, é necessário que seja satisfeita a equação ax+by+cz+d=0 que, substituindo d por -(ax 0 + by 0 + cz 0 ), temos: ax + by + cz + [-(ax 0 + by 0 + cz 0 )] = 0 Sabendo-se que a; b e c são as coordenadas do vetor N ሬሬԦ e substituindo-as na equação, temos:
2x-y+2z + [-(2·1+ ൫-1൯·൫-2 ൯+ 2·൫-2൯)] = 0 2x-y+2z + -2+2-4 = 0 2x -y + 2z = 0 que é a equação do plano π.
Como foi dito no início deste capítulo, uma reta é conhecida a partir do conhecimento de dois de seus pontos. De forma análoga, um plano é determinado se forem conhecidos três de seus pontos que não são colineares. Assim, dados três pontos P 1 , P 2 e P 3 , é possível construir os vetores P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ . Com estes vetores é possível, por meio do produto vetorial, encontrar o vetor normal ao plano (N ሬሬԦ ሻ.
Sejam, por exemplo, os pontos P 1 =(1/2,0,0); P 2 =(0,1/2,0) e P 3 =(0, -1/2,1/2). Com estes pontos construímos os vetores:
O vetor N ሬሬԦ obtido pelo produto vetorial entre P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ é:
N ሬሬԦ = P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ ר P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ N ሬሬԦ = ൬-1 2 , 1 2 ,0൰ ר ൬-1 2 ,-1 2 , 1 2 ൰ vetores da base componentes de P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ componentes de P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ → → → i Ԧ j Ԧ k ሬԦ -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 1/2 As componentes do vetor N ሬሬԦ resultante são dadas por:
Sabendo-se que o vetor N ሬሬԦ é normal ao plano que contem os vetores P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ , a equação do plano é dada por:
ax + by + cz + d = 0 onde a = ¼; b = ¼ e c = ½. Assim, a equação do plano fica:
¼x + ¼y + ½z + d = 0
Para determinar o coeficiente d, vamos usar o fato de que P 1 =(1/2,0,0) pertence ao plano π se suas coordenadas satisfazem a equação de π; isto é: ax + by + cz + [-(ax 1 + by 1 + cz 1 )] = 0 ¼x + ¼y + ½z + [-(¼ ½ڄ + 0ڄ¼ + ])0ڄ½ = 0 ¼x + ¼y + ½z -1/8 = 0 que multiplicando por 8, fornece a equação do plano π:
2x + 2y + 4z -1 = 0 Outra maneira de encontrar a equação do plano π é lembrar que o produto misto de três vetores que estão no mesmo plano é igual a zero. Desta forma, considerando um ponto P de coordenadas (x, y, z) pertencente ao mesmo plano dos vetores P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ , podemos definir um terceiro vetor P 1 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ , cujas coordenadas são:
O produto misto entre P 1 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ ,P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ , é dado por:
(P 1 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ רP 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ ) ×P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = det x-1/2 y z -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 1/2 ൩ = 0 ¼x + ¼y + ½z -1/8 = 0 que multiplicando por 8, fornece a equação do plano π:
2x + 2y + 4z -1 = 0
Equações Paramétricas do Plano
Da mesma forma que foi feito com a reta, além da equação geral do plano podemos também caracterizar os pontos de um plano da seguinte forma: Considere um plano π, um ponto P 0 = (x 0 ; y 0 ; z 0 ) pertencente a π e dois vetores v ሬሬԦ= (v 1 ; v 2 ; v 3 ) e w ሬሬሬԦ= (w 1 ;w 2 ;w 3 ), não colineares, paralelos a π. Um ponto P = (x; y; z) pertencerá ao plano π se, e somente se, o vetor P 0 P ሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = (x-x 0 ; y-y 0 ; z-z 0 ) for uma combinação linear de v ሬԦ e w ሬሬԦ, ou seja, se existem escalares t e s tais que:
Escrevendo em termos de componentes esta expressão pode ser escrita como: (x-x 0 ;y-y 0 ;z-z 0 )=t·(v 1 ;v 2 ;v 3 )+ s·(w 1 ;w 2 ;w 3 ) (x-x 0 ;y-y 0 ;z-z 0 )=t·v 1 +s·w 1 +t·v 2 +s·w 2 +t·v 3 +s·w 3 ቐ x=x 0 +tڄv 1 +sڄw 1 y=y 0 +tڄv 2 +sڄw 2 z=z 0 +tڄv 3 +sڄw 3 estas equações são chamadas de equações paramétricas do plano π.
De uma forma geral, a construção das equações paramétricas é feita da seguinte maneira: ቐ x=x 0 +tڄv 1 +sڄw 1 y=y 0 +tڄv 2 +sڄw 2 z=z 0 +tڄv 3 +sڄw 3 Para melhor entender o que foi colocado, vamos fazer o seguinte exemplo:
Vamos obter as equações paramétricas de um plano usando o fato de que ele passa pelo ponto P 1 = ( 1 2; ⁄ 0;0) e é paralelo aos vetores P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = ( -1 2 ⁄ ; 1 2 ⁄ ;0) e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = ( -1 2 ⁄ ; -1 2 ⁄ ; 1 2 ⁄ ).
Assim:
൝ x=1/2 -1/2 ڄ t -1/2 ڄ s y = 0 + 1/2 ڄ t -1/2 ڄ s z = 0 0 ڄ t 1/2 ڄ s ൝ x = 1/2 -1/2 ڄ t -1/2 ڄ s y = 1/2 ڄ t -1/2 ڄ s z = 1/2 ڄ s Como outro exemplo, vamos esboçar o plano π que tem por equações paramétricas: ൝ x = t y = s z = 1
As equações paramétricas foram determinadas a partir de: ൝ x = 0 + 1 ڄ t + 0 ڄ s y = 0 + 0 ڄ t + 1 ڄ s z = 1 + 0 ڄ t + 0 ڄ s A partir das equações para métricas, é possível fornecer a equação vetorial do plano π. Vamos tomar, por exemplo, o plano π que tem as seguintes equações paramétricas: ൝ x = -6 + t -s y = -1 + 7t -14s z = 4 -5t + 2s
Uma maneira de fornecer a equação vetorial do plano π é lembrar que o plano passa pelo ponto P 1 = (-6;-1;4) e é paralelo aos vetores v ሬԦ=(1; 7; -5) e w ሬሬԦ=(-1; -14; 2). Com isto podemos escrever: X =(-6;-1;4) + t(1; 7; -5) + s (-1; -14; 2) Ainda, com essas equações paramétricas e sabendo que o plano passa pelo ponto P 1 = (-6;-1;4) e é paralelo aos vetores v ሬԦ=(1; 7; -5) e w ሬሬԦ=(-1; -14; 2), podemos fazer o produto vetorial v ሬԦ ר w ሬሬԦ:
As componentes do vetor N ሬሬԦ resultante são dadas por:
Sabendo-se que o vetor N ሬሬԦ é normal ao plano que contem os vetores P 1 P 2 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ e P 1 P 3 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ , a equação do plano é dada por:
ax + by + cz + d = 0 onde a = -56; b = 3 e c = -7. Assim, a equação do plano fica:
-56x + 3y -7z + d = 0
Para determinar o coeficiente d, vamos usar o fato de que P 1 =(-6,-1,4) pertence ao plano π se suas coordenadas satisfazem a equação de π; isto é: ax + by + cz + [-(ax 1 + by 1 + cz 1 )] = 0 -56x + 3y -7z + [-(-56 ڄ൫-6൯ + )1-(ڄ3 -])4ڄ7 = 0 -56x + 3y -7z -305 = 0 Lembrando que outra maneira de encontrar a equação do plano π é lembrar que o produto misto de três vetores que estão no mesmo plano é igual a zero e considerando um ponto P 1 = (-6;-1;4) pertencente ao mesmo plano dos vetores v ሬԦ = (1; 7; -5) e w ሬሬԦ = (-1; -14; 2), podemos definir um terceiro vetor t Ԧ , cujas coordenadas são: 87. Para os dois planos π 1 e π 2 , verifique (e explique por que), se π 1 = π 2 , quando:
π 1 : X=ሺ1, 2, 1ሻ+ µሺ1, -1, 2ሻ+ ν ൬-1 2 , 2 3 , -1൰ π 2 : X=ሺ1, 2, 1ሻ+ αሺ-1, 1, -2ሻ+ βሺ-3, 4, -6ሻ
88. Para os dois planos π 1 e π 2 , verifique (e explique por que), se π 1 = π 2 , quando:
π 1 : X=ሺ1, 1, 1ሻ+ µሺ2, 3, -1ሻ+ νሺ-1, 1, 1ሻ 99. Dados os planos π 1 : x -y + z + 1=0 e π 2 : x + y -z -1 = 0, determine a reta que é obtida na interseção entre os planos.
100. Determine, para o exemplo anterior, o plano que contém π 1 ∩ π 2 e é ortogonal ao vetor (-1; 1;-1).
101. Quais dos seguintes pares de planos se cortam segundo uma reta? a. x + 2y -3z -4 = 0 e x -4y + 2z + 1 = 0; b. 2x -y + 4z + 3 = 0 e 4x -2y + 8z = 0; c. x -y = 0 e x + z = 0.
102. Encontre as equações da reta que passa pelo ponto Q = (1; 2; 1) e é perpendicular ao plano x -y + 2z -1 = 0 103. Determinar as equações da reta que intercepta as retas r 1 e r 2 e é perpendicular a ambas
Exercícios
112. Estude a posição relativa entre a reta r e o plano π. r: X = (1, 1, 0) + λ(0, 1, 1)
π: x -y -z = 2 113. Estude a posição relativa entre a reta r e o plano π.
r:ቊ x-y+z=0 2x+y-z-1=0 π: X = (0, 1 2 , 0) + λ(1, -1 2 , 0) + µ(0, 0, 1) 114. Determine o valor de m e n para que a reta r: X = (n, 2, 0) + λ(2, m, m) esteja contida no plano π: x -3y + z = 1.
115. Dados o plano π e a reta r e sabendo que a reta é concorrente ao plano, determinar a posição em que r encontra o plano π. r: X = (1, 1, 1) + α(3, 2, 1)
π: X = (1, 1, 3) + λ(1, -1, 1) + µ(0, 1, 3)
116. Determine o ponto de interseção entre a reta r e o plano π. r: X = (1, 1, 0) + λ(0, 1, 1)
π: x -y -z = 2
117. Estude a posição relativa entre os planos π 1 e π 2 .
π 1 : X = (1, 1, 1) + λ(0, 1, 1) + µ(-1, 2, 1) π 2 : X = (1, 0, 0) + λ(1, -1, 0) + µ(-1, -1, -2) 118. Estude a posição relativa entre os planos π 1 e π 2 .
π 1 : 2x -y + 2z -1 = 0 π 2 : 4x -2y +4z = 0 119. Estude a posição relativa entre os planos π 1 e π 2 .
π 1 : x -y + 2z -2 = 0 π 2 : X = (0, 0, 1) + λ(1, 0, 3) + µ(-1, 1, 1) 120. Determine o valor de m para que os planos π 1 e π 2 sejam paralelos e distintos quando n = -5 e quando n = 1. π 1 : X = (1, 1, 0) + λ(m, 1, 1) + µ(1, 1, m) π 2 : 2x + 3y + 2z + n = 0
105.
Estude a posição relativa das retas r e s. r: X = (1, 2, 3) + λ(0, 1, 3) s: X = (0, 1, 0) + φ(1, 1, 1)
106.
Estude a posição relativa das retas r e s. r: X = (1, 2, 3) + λ(0, 1, 3) s: X = (1, 3, 6) + µ(0, 2, 6) 107.
Determine a posição relativa das retas r e s. r: X = (1, 1, 1) + λ(2, 2, 1) s: X = (0, 0, 0) + t (1, 1, 0) 108.
Figure 1
Sejam r 1 : X = (1; 0; 2) + (2λ; λ; 3λ) e r 2 : X = (0; 1;-1) + (t; mt; O problema a ser resolvido é determinar se uma reta r está contida; é paralela ou se é concorrente a um plano π π π π(intercepta o plano em um único ponto).
Para resolver o problema devemos estudar a intersecção entre a reta e o plano.
Sejam a reta r: (x; y; z) = OP ሬሬሬሬሬሬԦ = OP ሬሬሬሬሬሬԦ +λv ሬԦ e o plano π π π π: ax + by + cz + d = 0. Se além dos vetores v ሬԦ e N ሬሬԦ serem ortogonais, um ponto qualquer da reta pertence ao plano, por exemplo, se P 0 pertence a π π π π (P 0 satisfaz a equação de π), então a reta está contida no plano. • Achar um vetor v ሬԦ = (m, n, p) paralelo à reta r e uma equação geral do plano π: ax + by + cz + d = 0
• Se am + bn + cp ≠ 0 (produto escalar v ሬԦ ൈ N ሬሬԦ ); a reta é transversal ao plano e para obter o ponto comum entre eles , basta resolver o sistema formado por suas equações.
• Se am + bn + cp = 0 (v ሬԦ ൈ N ሬሬԦ =0); podemos ter a reta contida no plano ou paralela ao plano. Para resolver o problema, basta escolher um ponto A qualquer de r e verificar se ele pertence a π π π π.
o Se A pertence a π π π π, então r pertence a π π π π.
o Se A não pertence a π π π π, então r é paralelo a π π π π.
Vamos, por exemplo, dados o plano π π π π e a reta r, determinar a posição relativa entre eles: r: X = (1, 1, 1) + α(3, 2, 1) π: X = (1, 1, 3) + λ(1, -1, 1) + µ(0, 1, 3)
Vamos observar os três vetores: v ሬԦ=(3, 2, 1) diretor de r e os vetores u ሬԦ=(1, -1, 1) e w ሬሬԦ=(0, 1, 3), diretores de π π π π.
Se estes três vetores forem LI, então o vetor v ሬԦ é concorrente ao plano π π π π.
Para verificar se eles são LI, vamos fazer o produto misto entre v ሬԦ,u ሬԦ e w ሬሬԦ e para tal, construir a matriz com os vetores v ሬԦ,u ሬԦ e w ሬሬԦ e encontrar seu determinante.
(u ሬ ሬԦ רw ሬሬሬԦ ) ×v ሬԦ= det 3 2 1 1 -1 1 0 1 3 ൩ = -17 ≠ 0
Como o determinante foi diferente de zero; então, os vetores são LI e o vetor v ሬԦ não pertence ao plano de u ሬԦ e w ሬሬԦ.
Outra forma de resolver o problema é encontrar a equação geral do plano π π π π. Para tal, usando o ponto P 0 =(1, 1, 3), podemos estabelecer um vetor P-P 0 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ =(x-1, y-1, z-3) e fazer o produto misto P-P 0 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ ,u ሬԦ e w ሬሬԦ que deve ser igual a zero pois estes vetores pertencem ao mesmo plano e são LD. Podemos então, montar o seguinte produto:
(u ሬ ሬԦ רw ሬሬሬԦ ) ×P-P 0 ሬሬሬሬሬሬሬሬሬሬԦ = det x-1 y-1 z-3 1 -1 1 0 1 3 ൩ = 0 O que fornece a equação de π:
4x + 3y -z -4=0
Sendo v ሬԦ=(3, 2, 1) um diretor de r quando substituímos as coordenadas deste vetor na equação geral do plano π, temos: 4·3 + 3·2 -1 =-17 ≠ 0
Com isto vemos que a reta não pertence ao plano sendo, portanto concorrente a ele.
Outro exemplo pode ser feito quando temos uma reta paralela ao plano.
r: X = (2, 2, 1) + α(3, 3, 0)
π: X = (1, 0, 1) + λ(1, 1, 1) + µ(0, 0, 3)
Tomemos, por exemplo, o vetor v ሬԦ=(3, 3, 0) paralelo a r e os vetores u ሬԦ=(1, 1, 1) e w ሬሬԦ=(0, 0, 3), paralelos a π.
Da mesma forma que no exemplo anterior, vamos fazer o produto misto entre os vetores (u ሬ ሬԦ רw ሬሬሬԦ ) ×v ሬԦ= det 3 3 0 1 1 1 0 0 3 ൩ = 0
Como os vetores são LD, ou eles pertencem ao mesmo plano ou o vetor v ሬԦ é paralelo ao plano π.
Para fazer esta verificação, vamos tomar um ponto qualquer de r e observar se ele pertence ou não a π.
Fazendo α = 0, na equação vetorial de r, obtemos o ponto P = (2, 2, 1). Substituindo este ponto na equação de π, temos:
(2, 2, 1) = (1, 0, 1) + λ(1, 1, 1) + µ(0, 0, 3) Ou seja: ൝ 2=1+λ 2=λ 1=1+ +3µ O sistema montado é incompatível (λ não pode ter dois valores), logo, a reta é paralela ao plano e não pertencente a ele.
Para o terceiro exemplo, vamos tomar: r:൝ x=1+λ y=1-λ z=λ π: x + y -2 = 0 Vemos, pelas equações, que o vetor v ሬԦ=(1, -1, 1) é um vetor diretor de r. Quando substituímos as coordenadas deste vetor na equação geral do plano π, temos:
1 + (-1) = 0
Por este resultado a reta é paralela ou pode estar contida no plano. Para verificar isto, vamos tomar um ponto de r qualquer P = (1, 1, 0) que substituindo na equação de π, temos: 1 + 1 -2 = 0 O que indica que a reta está contida no plano.
Posição relativa entre planos.
O problema que é colocado neste ponto é: conhecidos dois planos π 1 e π 2 , verificar se eles são paralelos distintos; se eles são coincidentes; os se eles são concorrentes.
Sejam, então, os planos π 1 : a 1 x + b 1 y + c 1 z + d 1 = 0 e π 2 : a 1 x + b 2 y + c 2 z + d 2 =0. Quando os vetores normais N ሬሬԦ 1 e N ሬሬԦ 2 dos planos π 1 e π 2 , respectivamente, não são paralelos, então os planos são concorrentes.
A figura 50 mostra dois planos concorrentes. Note que quando os planos são concorrentes, a interseção entre eles é uma linha reta.
Figura 50
Quando os vetores normais N ሬሬԦ 1 e N ሬሬԦ 2 dos planos π 1 e π 2 , respectivamente, são paralelos, isto é N ሬሬԦ 2 =αN ሬሬԦ 1, então os planos são paralelos ou coincidentes. A figura 51 mostra dois planos paralelos.
Figura 51
Os planos serão coincidentes se, e somente se, todo ponto que satisfaz a equação de π 1 , satisfaz também a equação de π 2 .
Assim: a 2 x+b 2 y+c 2 z+d 2 = α a 1 x+ α b 1 y+ α c 1 z+d 2 = α (a 1 x+b 1 y+c 1 z)+d 2 = α (-d 1 )+d 2 = 0.
Portanto, d 2 = αd 1 as equações de π 1 e π 2 são proporcionais.
Reciprocamente, se as equações de π 1 e π 2 são proporcionas, então claramente os dois planos são coincidentes.
Portanto, dois planos são coincidentes se, e somente se, além dos vetores normais serem paralelos, as suas equações são proporcionais.
Tomemos como exemplo os seguintes planos: π 1 : X = (1, 0, 1) + λ(1, 1, 1) + µ(0, 1, 0) π 2 : X = (0, 0, 0) + α(1, 0, 1) + β(-1, 0, 3)
Vamos estudar a posição relativa entre eles.
Vamos, inicialmente, determinar a equação geral de cada plano que são: π 1 : x -z = 0 π 2 : y = 0
Ou seja: π 1 : 1x + 0y +(-1) z = 0 π 2 : 0x + 1y + 0z = 0
Como (1, 0, -1) não é proporcional a (0, 1, 0), temos que os planos são concorrentes e se interceptam em uma reta.
Se quisermos encontrar as equações paramétricas para esta reta, basta fazer: r:൜
x-z=0 y=0 e fazendo z =λ, temos:
r:൝ x=λ y=0 z=λ
Vamos fazer outro exemplo, estudando a posição relativa entre os planos: π 1 : 2x -y + z -1 = 0 π 2 : x -1 2 y + 1 2 z -9 = 0
Notemos que cada coeficiente na equação de π 1 é o dobro de seu correspondente na equação de π 2 , exceto seu termo independente. Logo os planos π 1 e π 2 são paralelos e distintos.
Caso o termo independente, também, mantivesse a relação dos coeficientes, então os planos seriam coincidentes.
Money and Power in the Roman Republic, 2016
BioResources
TARIQ RAHMANS PAKISTANS WARS REVIEWED, 2023
Human Resource Management, 2018
LaboratoriumsMedizin, 2004
Tributação e desenvolvimento: homenagem ao Prof. Aires Barreto, 2011
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2013 IEEE Jordan Conference on Applied Electrical Engineering and Computing Technologies (AEECT), 2013
Architectus, 2024
American Journal of Roentgenology, 2012
Fetched URL: https://www.academia.edu/33594857/Clculo_vetorial_e_geometria_anlitica
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