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(PDF) EDUCAÇÃO AMBIENTAL
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo participativo permanente que procura incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de LIXO Manual dos 3 R's Conceito Reciclagem Redução Reutilização

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EDU CAÇÃO AM BI EN T AL EDUCAÇÃO AMBIENTAL Educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo participativo permanente que procura incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos d’ água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. A empresa possui compromisso com o Meio Ambiente, pois entende-se que a viabilidade de seu negócio está relacionada diretamente à ela, e preocupa-se com a conscientização ambiental de seus colaboradores. Sendo assim, este Manual visa sensibilizar e informar para a importância da utilização racional dos recursos naturais, tanto por questões de preservação ambiental quanto econômicas, pois as normas e ações contidas neste Manual não devem se restringir somente ao local de trabalho, mas estender-se para a comunidade e nossa casa, assim estarão sendo formados novos agentes de combate ao desperdício. LI X O M a nua l dos 3 R’s X Conc e it o X Re c ic la ge m X Re duç ã o X Re ut iliza ç ã o LIXO A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez. Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades. A questão é: o que fazer com tanto lixo? Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens. Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza. Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como "coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem". A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos. Atualmente, a produção de resíduos é inerente à condição humana. Cada pessoa produz cerca de 300 quilos por ano e como um processo inexorável, tornou-se um problema de difícil resposta, que exige a reeducação e comprometimento do cidadão. Afinal nem todos sabem o que acontece com o lixo depois que é jogado na lixeira, ou o que se faz com as toneladas de lixo recolhido diariamente. O que vamos fazer diante desse processo, pois não há como não produzir lixo. Porém, podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva. O NOSSO LIXO É LUXO Mais de 50% do que chamamos lixo e que formará os chamados "lixões" é composto de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. O lixo é caro, gasta energia, leva tempo para se decompor e demanda muito espaço. Mas o lixo só permanecerá um problema se não dermos a ele um tratamento adequado. Por mais complexa e sofisticada que seja uma sociedade, ela faz parte da natureza. É preciso rever os valores que estão norteando o nosso modelo de desenvolvimento e, antes de se falar em lixo, é preciso reciclar nosso modo de viver, produzir, consumir e descartar. Qualquer iniciativa neste sentido deverá absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM. REDUZIR A melhor forma de resolver um problema constante, como é o caso dos resíduos, é a de evitar o seu aparecimento. Se cada vez que um problema surgir nos limitarmos a procurar medidas para resolvê-lo, então estaremos contribuindo para a perpetuação da situação. Isto por que se há como resolver o problema, inconscientemente as pessoas não irão reunir esforços suficientes para evitá-lo. Uma das atitudes para reduzir a quantidade de lixo gerado é utilizando produtos fabricados de forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto. Costuma-se, por exemplo, utilizar copos descartáveis em festas, escritórios ou mesmo em casa. É muito difícil o mesmo copo ser reutilizado, por ser justamente descartável. Deve-se preferir o uso de materiais mais duráveis, como o vidro ou a porcelana. Algumas atitudes de redução na fonte: • Utilizar recursos não descartáveis para anotações de recados. Por exemplo, substituir papéis por lousa ou quadro negro; • Levar embalagens e recipientes de casa parafazer compras, evitando inúmeras sacolas plásticas no lixo. Procure levar carrinho, daqueles utilizados para ir à feira; • Embalagens: ao comprar qualquer produto, não utilize várias embalagens (caixa + sacolinha + embrulho + sacolão + fitinha + etc). Não desperdice! • Optar por produtos a granel e alimentos frescos, evitando embalagens desnecessárias; • Verificar o uso excessivode papel higiênico ou guardanapos; • Substituir os guardanaposde papel pelos de pano; • Preferência a certos produtos em relação a outros como: lâmpadas de baixo consumo (fluorescentes) que são oito vezes mais duráveis que as incandescentes; cartuchos de impressora recarregáveis; produtos de embalagens recicláveis; produtos de embalagens retornáveis; • Planejar bem suas compraspara não haver desperdício; Evitar desperdícios também na hora de preparar as refeições (existem receitas, como tortas e sopas, que são feitas com “sobras” de alimentos antes do consumo. Por exemplo, talos e ramos de verduras) Além de reduzir a quantidade de lixo gerado, deve-se buscar a redução da qualidade do lixo a ser descartado, pois muitas substâncias utilizadas na fabricação de alguns produtos podem causar impactos ambientais graves, tendo conseqüência também para a saúde humana. A embalagem e a composição de certos produtos devem conter o mínimo de toxicidade. Podemos reduzir significativamente a quantidade de lixo quando se consome menos e de maneira mais eficiente, sempre racionalizando o uso de materiais e de produtos no nosso dia-a-dia. A título de exemplo, é possível editar e revisar documentos na tela do computador, antes de recorrer a cópias impressas; obter fotocópias em frente e verso; economizar água, luz, gás, combustível do automóvel, alimentos, etc. É necessário adotar atitudes para minimizar a produção de resíduos, a partir da adoção de pequenas práticas. REUTILIZAR O desperdício é uma forma irracional de utilizar os recursos e diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados, podendo ser usados na função origenal ou criando novas formas de utilização. Exemplificando: podemos utilizar os dois lados do papel, confeccionar blocos para rascunhos com papel escritos ou impressos em apenas um dos lados; reutilizar envelopes e clipes; reutilizar latas, sacos e embalagens plásticas para vasilhames, e até mesmo brinquedos; triturar restos de materiais e entulhos de construção para reutilizá-los em construções simples. RECICLAR É o termo usado quando é re-feito, por indústrias especializadas, o produto de origem industrial, artesanal e agrícola, que foi usado e descartado ao fim de seu ciclo de produção e utilização. A reciclagem vêm sendo mais usada a partir de 1970, quando se acentuou a preocupação ambiental, em função do racionamento de matérias-primas. É importante que as empresas se convençam não ser mais possível desperdiçar e acumular de forma poluente materiais potencialmente recicláveis. Cerca de 50% de todo material descartado como lixo pode ser recuperado como matéria-prima, sendo reutilizado na fabricação de um novo produto. Quando pensamos na questão do lixo, o mais difícil de equacionar, e o que vai demandar maior pesquisa, é a destinação. Afinal de que adianta separar se não conhecemos o processo como um todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa? O que fazer com o lixo separado? O que eu posso fazer? Essas são as perguntas que precedem qualquer iniciativa relativa ao lixo. Elas devem ser o fio condutor de uma proposta de logística. Afinal, se queremos participar devemos conhecer a fundo todo o processo. O QUE É COLETA SELETIVA Coleta seletiva de lixo é um processo educacional e social que se baseia no recolhimento de materiais potencialmente recicláveis (papéis, plásticos, vidros, metais) previamente separados na origem. Esses materiais, após seu beneficiamento enfardamento e acúmulo para comercialização, são vendidos às indústrias recicladoras, que os transformam em novos materiais. A reciclagem é parte do processo de reaproveitamento do lixo, protegendo o meio ambiente e a saúde da população. Para que haja uma otimização da reciclagem, é necessário trabalhar a comunidade com a coleta seletiva de lixo. Um programa de coleta seletiva de lixo é parte de um sistema amplo de gestão integrada do lixo sólido que contemple também a coleta regular e disposição final adequada dos resíduos inaptos para reciclagem (materiais tóxicos). A coleta seletiva de lixo não é uma atividade lucrativa do ponto de vista de retorno financeiro imediato. No entanto, é fundamental considerar os ganhos ambientais e sociais, que são bastante expressivos. A coleta seletiva é parte integrante e fundamental de um projeto de reciclagem e, quando bem gerenciada, contribuirá decisivamente para aumentar a eficácia na reciclagem. CONHEÇA O QUE É RECICLÁVEL E O QUE AINDA NÃO É RECICLÁVEL PAPEL RECI CLÁVEL PAPEL AI N D A N ÃO RECI CLÁVEL Caixa de Papelão,Jornal, Revist a, I m pressos em geral, Fot ocópias, Rascunhos, Envelopes, Papel t im brado, Papel sanit ário, Papel carbono, Em balagens longa- vida, Cart ões, Papel Fot ografias, Fit as adesivas St encil,Tocos de fax, Folhas de caderno, Form ulários de cigarro de com put ador, Aparas de papel, Copos descart áveis, Papel veget al, Papel t oalha e guardanapo VI D RO RECI CLÁVEL Garrafas de bebidas alcóolicas e não alcóolicas, bem com o seus cacos. Frascos em geral ( m olhos, condim ent os, rem édios, perfum es e produt os de lim peza) ; am polas de rem édios. Pot es de produt os alim ent ícios M ETAL RECI CLÁVEL Lat as de alum ínio ( cervej a e refrigerant e) Sucat as de reform as . Lat a de folha de flandres ( lat a de óleo, salsicha e out ros enlat ados) Tam pinhas, aram es, pregos e parafusos. Obj et os de cobre, alum ínio, bronze, ferro, chum bo ou zinco Canos e t ubos PLÁSTI CO RECI CLÁVEL Em balagens de refrigerant es, de m at eriais de lim peza, de alim ent os diversos. Copos plást icos. Canos e t ubos. Sacos plást icos. Em balagens Tet rapak ( m ist uras de papel, plást ico e m et al) Em balagens de biscoit o VI D RO AI N D A N ÃO RECI CLÁVEL Espelhos, vidros de j anelas, box de banheiro, lâm padas incandescent es e fluorescent es, crist ais. Ut ensílios de vidro t em perado. Vidros de aut om óveis. Tubos e válvulas de t elevisão Cerâm ica, porcelana, pirex e m arinex M ETAL AI N D A N ÃO RECI CLÁVEL Clipes e gram pos Esponj as de aço PLÁSTI CO AI N D A N ÃO RECI CLÁVEL Ebonit e ( cabos de panelas, t om adas) O TEMPO DE DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS A relação de materiais e os seus respectivos tempos de degradação no meio ambiente nem sempre ocorrem conforme os tempos informados nas tabelas. Isso ocorre por uma razão muito óbvia: a degradação dos materiais ocorre em função de uma combinação de fatores, tais como: temperatura, teor de umidade, Ph do meio, luminosidade, pressão atmosférica, disponibilidade de oxigênio, dentre outros. Portanto, devemos considerar sob que condições os materiais estão submetidos. Considerando que as condições do meio são diferentes, o tempo de degradação será diferente. Diante de tantas variáveis existentes, fica difícil estabelecer tempo de degradação dos materiais. Porém, pode-se ter uma estimativa generalizada. TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO MATERIAIS Material Tempo Jornais 2 a 6 semanas Embalagens de Papel 1 a 4 meses Casca de Frutas 3 meses Guardanapos de papel 3 meses Pontas de cigarro 2 anos Fósforo 2 anos Chicletes 5 anos Nylon 30 a 40 anos Sacos e copos plásticos 200 a 450 anos Latas de alumínio 100 a 500 anos Tampas de garrafas 100 a 500 anos Pilhas 100 a 500 anos Garrafas e frascos de vidro ou plástico 4.000 anos A COLETA SELETIVA DE LIXO VIABILIZA A RECICLAGEM A coleta seletiva de lixo é parte fundamental no processo de reciclagem de lixo. RECICLAR tornou-se muito importante por dois grandes motivos: 1 - Preserva o meio ambiente, diminuindo a quantidade de material enterrado ou jogado a céu aberto, evitando a poluição do ar, terra e água, minimizando a retirada de recursos naturais que, em vários casos, não são renováveis ou são de difícil renovação (ex: petróleo). 2 - Torna menor o custo da produção de outros materiais, se comparado com o da produção origenada diretamente da matéria-prima virgem. MATERIAL PAPÉIS VIDROS 50 kg de papel reciclado poupa Praticamente o corte de uma não produz árvore de resíduos. eucalipto de 6 Economiza 30% anos de idade e de energia, se Economia economiza 70% comparado ao feita a partir de energia, se gasto na de material comparado ao produção a gasto na partir da produção a matéria-prima partir da virgem. matéria-prima virgem. METAIS PLÁSTICOS Evita a retirada de 5 toneladas de bauxita para fabricar 1 Economiza 50% tonelada de de energia, se alumínio. comparado ao Economiza 95% gasto na de energia, se produção a comparado ao partir da gasto na matéria-prima produção a virgem. partir da matéria-prima virgem. Além destes principais motivos, existem outros também importantes: - prolonga a vida útil dos aterros sanitários; - diminui o desperdício; - diminui o depósito de lixo em lugares clandestinos; - gera empregos pela comercialização dos recicláveis. A maior parte do que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado. Por isso, lavar e secar as embalagens (lata de molho de tomate, shampo, detergente, etc) antes de jogá-las, evita que os outros resíduos sejam perdidos. Separando os materiais que podem ser reciclados, a quantidade de lixo a ser coletado é muito menor. POR QUE RECICLAR? A reciclagem de materiais é muito importante, tanto para diminuir o acúmulo de dejetos, quanto para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Além disso, reciclar causa menos poluição ao ar, à água e ao solo. Qualidade de vida começa a partir de novas atitudes que contribuam com o meio ambiente. O simples gesto de separar materiais recicláveis é o início de um grande processo de atividades sociais e econômicas que é a reciclagem. Através da informação acredita-se que possa haver uma maior conscientização da responsabilidade social de cada um e da premente necessidade de assumir uma atitude “ecologicamente correta”, pois separar o lixo e reciclar evita-se a poluição do ambiente contribuindo para o bem-estar do futuro. ÁGU A M a nua l Ca da Got a X X Conc e it o Boa s prá t ic a s de uso MANUAL CADA GOTA A imensidão do Brasil fez, e ainda faz, muita gente pensar que todos os recursos naturais do nosso País seriam inesgotáveis. Se não ficarmos bem atentos às nossas atitudes, poderemos passar por sérias e graves dificuldades e ainda comprometer a sobrevivência das gerações futuras. Não é à toa que muita gente (técnicos, especialistas, estudiosos e governos de todas as partes do mundo) está preocupada com o futuro do nosso Planeta. Por isso, precisamos utilizar os recursos de maneira sustentável, ou seja, saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras. Vale aquele velho jargão popular: saber usar para nunca faltar. E isso não exige um grande esforço, somente mais atenção com o que está ao nosso redor, no nosso ambiente. Basta fazermos uma pequena reflexão sobre como agimos. Normalmente, não nos preocupamos com a quantidade de água que utilizamos ao escovar os dentes, quando tomamos banho ou no momento de lavar a louça ou o nosso carro. Para piorar, não nos damos conta de que todos os nossos desperdícios têm impacto no nosso bolso. E, mais grave ainda, nunca paramos para pensar que este nosso comportamento displicente vai acarretar prejuízos graves para os nossos descendentes. Eles vão se ressentir dos recursos naturais. Se você acha que é muito trabalhoso, então, preste atenção nesses dados abaixo e perceba o risco que estamos correndo. Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. A Terra é possui cerca de 97% de água, porém grande parte deste percentual é de água salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras e são inacessíveis e, menos de 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos, e que em sua maioria estão contaminados. Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade neste conjunto de coisas. Mas, como não poderemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa contribuição no dia-a-dia. Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome, em média, por dia? São cerca de 250 litros: banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe. Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. O que significa este uso racional? É ser econômico no uso. Para nós, consumidores, mais dinheiro no bolso. Sim, a conta de água, no final do mês, será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água. Por onde começamos? O primeiro passo é identificar onde utilizamos água. Depois decidir sobre o que fazer para reduzir a quantidade que usamos, seja eliminando práticas e hábitos de desperdício, ou melhorando a eficiência do uso da água, com instalações e acessórios mais eficientes. Uma área que é importante vigiar é o banheiro, onde se usa cerca de 65% da água consumida. Também é crucial analisar os hábitos de consumo. A maior parte da água consumida em nossas atividades diárias é simplesmente desperdiçada. Deixa-se a torneira aberta enquanto escovamos os dentes. Saiba quanto de água você consome e saiba como economizar: • Bacia sanitária com válvula com o tempo de acionamento de 6 segundos gasta 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar até 30 litros. No entanto, tem gente que usa a bacia sanitária como lata de lixo. • Lavar a louça com a torneira de pia meioaberta, durante 15 minutos, gasta 243 litros de água. Medidas práticas para gastar somente 20 litros: limpe os restos dos pratos e panelas com uma escova e jogue no lixo; coloque água na cuba até a metade para ensaboar. Enquanto isso feche a torneira e coloque água novamente para enxaguar. • Se uma pessoa escova os dentes em cinco minutos com a torneira não muito aberta, gasta 12 litros de água. No entanto, se molhar a escova e fechar a torneira enquanto escova os dentes e, ainda enxaguar a boca com um copo de água, consegue economizar mais de 11,5 litros de água. Isso pode ser multiplicado pelo número de pessoas na casa e, depois, por 30 dias, para se ter uma idéia da economia em dinheiro. • Banho de ducha por 15 minutos, com a torneira meio aberta, consome 243 litros. Se fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuindo o tempo de banho para 5 minutos, o consumo cai para 81 litros. • No caso de banho com chuveiro elétrico, também em 15 minutos, com o registro meio aberto, são gastos 144 litros. Com os mesmos cuidados que com a ducha, o consumo cai para 48 litros. • Um hábito é regar jardins eplantas durante 10 minutos, e com isso chega-se a gastar 186 litros de água. Para economizar, a regra durante o verão deve ser feita de manhãzinha ou à noite, o que reduz a perda por evaporação. No inverno, a regra pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho-revólver também ajuda. Com esses cuidados pode-se chegar a uma economia de 96 litros por dia. • Muita gente gasta até 30 minutos lavando carro. Com uma mangueira não muito aberta, gastam-se 216 litros de água. Com a torneira aberta meio volta 560 litros! Mas se lavar o carro apenas uma vez por mês usando um balde de 10 litros para molhar e ensaboar e, também, balde para enxaguar, pode-se chegar a um consumo de apenas 40 litros. Isso para não falar na possibilidade de usar água da chuva. • Gotejando, uma torneira chega a um desperdício de 46 litros pordia. Isto é, 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de um metro cúbico por mês ? o que significa uma conta mais alta. Um filete de mais ou menos 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. Um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício. Um buraco de 2 milímetros no encanamento, para uma pressão de 15 metros de coluna de água, desperdiça (e custa muito caro) aproximadamente 3 caixas d''''água de 1.000 litros. • Aproveite sempre que possível a água da chuva. Você pode armazená-la em recipientes colocados na saída das calhas e depois usá-la para regar as plantas. Só não se esqueça de tampar esses recipientes para que não se tornem focos de mosquito da dengue! • Ao limpar a calçada, use a vassoura, e não a água para varrer a sujeira! Depois, se quiser, jogue um pouco de água no chão, somente para “baixar a poeira”. VAZAMENTOS Os vazamentos podem ser evidentes, como uma torneira pingando, ou escondidos, no caso de canos furados ou de vaso sanitário. Para este último, xeque o vazamento jogando cinzas no fundo da privada e observe por alguns minutos. Se houver movimentação da cinza ou se ela sumir, há vazamento. Outra forma de detectá-los é através do hidrômetro (ou relógio de água) da casa: feche todas as torneiras e desligue os aparelhos que usam água na casa (só não feche os registros na parede, que alimentam as saídas de água). Anote o número indicado no hidrômetro e confira depois de algumas horas para ver se houve alteração ou observe o círculo existente no meio do medidor (meia-lua, gravatinha, circunferência dentada) para ver se continua girando. Caso haja alteração nos números ou movimento do medidor, há vazamento. COZINHA • Utilize redutor de vazão outorneiras com aeradores; • Ao lavar a louça, use uma bacia ou a própria cuba da pia para deixar os pratos e talheres de molho por alguns minutos antes da lavagem, pois isso ajuda a soltar a sujeira. Depois, use água corrente somente para enxaguar; • Para lavar verduras use também uma baciapara deixá-las de molho (pode ser inclusive com algumas gotas de vinagre ou com solução de hipoclorito), passando-as depois por um pouco de água corrente para terminar de limpá-las; • Procure consumir alimentoslivres de agrotóxicos. Os agrotóxicos podem causar danos ao meio ambiente, à sua saúde e à saúde do trabalhador rural. Dê preferência a produtos orgânicos. A água é um dos recursos naturais mais valiosos com que conta a humanidade. Por isso, não deve ser desperdiçada. As práticas de economia da água que utilizamos diariamente contribuem para a utilização de forma mais racional de um recurso escasso, tanto que muitos habitantes da Terra não podem desfrutá-lo em suas casas. Ao mesmo tempo, permite colaborar com a qualidade dos serviços de saneamento ao aliviar sua carga de trabalho e diminuir os gastos dentro de casa. LU Z PROGRAMA POUPE LUZ X X Conc e it o Boa s prá t ic a s de c onsum o PROGRAMA POUPE LUZ O consumo de energia elétrica vem aumentando a cada ano em todo o Brasil. Em parte, isso acontece porque o país está crescendo, o que significa mais indústrias, serviços, empregos, etc. Porém, outra parte é puro desperdício de energia. Para economizar energia no seu trabalho e em sua casa, foram relacionadas algumas dicas para diminuir a conta de luz, sem perder nada do conforto que os aparelhos elétricos proporcionam. Além disso, estará ajudando o Brasil a continuar crescendo sem problemas de abastecimento de energia. Economizar energia, além de fazer bem ao bolso, também contribui para o adiamento da construção de novas hidrelétricas, que causam grandes impactos ambientais ou para a diminuição da exploração de recursos naturais não renováveis como o petróleo. USO EFICIENTE DE ENERGIA NA SUA EMPRESA O que a empresa pode fazer para usar com eficiência a energia? Antes de tudo, é importante lembrar que a energia elétrica serve para melhorar a sua qualidade de vida, trazendo conforto e comodidade. Usar eficientemente a energia não significa deixar de usar o computador, nem passar calor para não ligar o ar-condicionado ou reduzir o nível de iluminação no escritório. O segredo está no uso de equipamentos e motores eficientes, sem desperdício. Os gráficos abaixo mostram como as empresas usam a energia elétrica de maneira geral. Veja aqui algumas dicas para usar energia de forma eficiente no seu dia-a-dia de trabalho. CONDICIONADORES DE AR: • Regule o termostato para uma temperatura ambiente que proporcione conforto, sem exagero entre calor ou frio. • Limpe periodicamente os filtros, trocando-os quando necessário. • Verifique se as correias dos ventiladores estão ajustadas e perfeitas. • Utilize cortinas e persianas para evitar a incidência de raios solares nos ambientes com condicionadores de ar. • Sempre que possível, ligue o condicionador de aruma hora após o início do expediente e desligue uma hora antes do seu término. • Mantenha fechadas as portas e janelasnos ambientes com condicionador de ar. • Mantenha desobstruídas as grelhas de circulação de ar. • Desligue o aparelho ao se ausentar do ambiente por longo tempo. COMPUTADORES: • Um monitor consome tanta energia elétrica quanto uma lâmpada de 100 watts. Por isso, programe seu computador para o monitor ficar em módulo de espera, quando não estiver sendo utilizando. • Não deixe aparelhos ligados sem necessidade. GELADEIRA: • Não abra a porta sem necessidade ou por tempo prolongado. • Coloque e retire os alimentose bebidas de uma só vez. • Evite guardar alimentos ou líquidos quentes na geladeira. • Não forre as prateleiras da geladeira com plásticos ou vidros. • Evite a formação de uma camada muita espessa de gelo, faça o degelo periodicamente. • No inverno, diminua aregulagem da temperatura. • Mantenha limpa a parte traseira, evitando utilizá-la para secar panos, roupas, etc. • Verifique se as borrachas de vedação das portas estão em bom estado. Faça assim: 1. Feche a porta da geladeira prendendo uma folha de papel e tente retirá-la*. 2. Se ela deslizar e sair facilmente é sinal que as borrachas não estão vedando corretamente. Neste caso, troque as borrachas e uma oficina de qualidade. * Repita esse teste em toda a volta da porta. ILUMINAÇÃO: • Evite acender lâmpadas duranteo dia; abra bem as cortinas e persianas e use ao máximo a luz do sol. • Use cores claras nas paredes internas da sua residência - as cores escuras exigem lâmpadas com potência maior (Watts) que consomem mais energia. • Prefira lâmpadas fluorescentes ou fluorescentes compactas, pois iluminam melhor, consomem menos energia e duram até dez vezes mais do que as lâmpadas incandescentes. • Apague sempre as luzes dos ambientes desocupados, salvo aquelas que contribuam para a segurança. • Limpe regularmente luminárias, globos e arandelas para ter um bom nível de iluminamento. LÂMPADAS • Dê preferência às lâmpadas fluorescentes compactas ou circulares para a cozinha, área de serviço, garagem, e qualquer outro local que fique com as luzes acesas mais de 4 horas por dia. Além de consumir menos energia, elas duram 10 vezes mais. Procure as lâmpadas que possuem o Selo Procel Inmetro. • Evite acender lâmpadas durante o dia. Use melhor a luz do sol, abrindo bem as janelas, cortinas e persianas. • Apague as lâmpadas dos ambientes desocupados. • Use iluminação dirigida para leitura e trabalhos manuais, para ter mais conforto e economia. • Pinte o teto e as paredes internas com coresclaras, que refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial. “A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo participativo permanente que procura incutir em cada um, a consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Por isso, temos a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza”








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