Content-Length: 194459 | pFad | https://www.academia.edu/99640388/Leitura_e_Conta%C3%A7%C3%A3o_de_Hist%C3%B3ria

(PDF) Leitura e Contação de História
Academia.eduAcademia.edu

Leitura e Contação de História

2020, Revista Acadêmica Online

Através desse aprofundamento teórico pudemos perceber que contar histórias é fundamental como ferramenta de trabalho para o progresso dos discentes. É através da arte de contar histórias que a prática pedagógica pode ter um ótimo progresso no desenvolver da criança. Pois, esta desperta no aluno o gosto pela leitura, onde a criança pode viajar para diferentes épocas, lugares, contos, fábulas enfim, no mundo da imaginação. O professor sempre deve buscar renovar sua forma de mediar os conhecimentos, cada aula uma forma diferente de atrair a atenção e o desejo de buscar novos horizontes por parte dos alunos e viajar no mundo da leitura desde a educação infantil, onde se introduz os contos. Sabemos que para que tudo isso aconteça não é tão simples, exige disponibilidade por parte do educador de ampliar seu conhecimento e habilidades de forma lúdica para atrair a atenção de seu público alvo e alcançar os objetivos propostos. Palavras-chaves: Contar História. Prática Pedagógica. Viagem. Imaginação. INTRODUÇÃO Um ambiente confortável é essencial para cultivar a imaginação da criança. Desde os tempos antigos, os humanos relatam fatos passados e presentes, fortalecendo assim laços e comunidades com identidade e descendência. A arte de contar histórias é muito importante para a construção de uma identidade social e cultural apresentada à criança. Enriquecem-se as experiências da infância, amplia o vocabulário, auxilia na formação do caráter, a confiança no bem facilitandoa viver a

LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA Dutra, Rubenilza Rodrigues 1 Porangaba, Dâmaris Rose Matias Jovano 2 Primo, Osineide Gonçalves3 Silva, Regiane Medeiro4 Vittorazzi, Lenir Vieira Dias5 RESUMO Através desse aprofundamento teórico pudemos perceber que contar histórias é fundamental como ferramenta de trabalho para o progresso dos discentes. É através da arte de contar histórias que a prática pedagógica pode ter um ótimo progresso no desenvolver da criança. Pois, esta desperta no aluno o gosto pela leitura, onde a criança pode viajar para diferentes épocas, lugares, contos, fábulas enfim, no mundo da imaginação. O professor sempre deve buscar renovar sua forma de mediar os conhecimentos, cada aula uma forma diferente de atrair a atenção e o desejo de buscar novos horizontes por parte dos alunos e viajar no mundo da leitura desde a educação infantil, onde se introduz os contos. Sabemos que para que tudo isso aconteça não é tão simples, exige disponibilidade por parte do educador de ampliar seu conhecimento e habilidades de forma lúdica para atrair a atenção de seu público alvo e alcançar os objetivos propostos. Palavras-chaves: Contar História. Prática Pedagógica. Viagem. Imaginação. INTRODUÇÃO Um ambiente confortável é essencial para cultivar a imaginação da criança. Desde os tempos antigos, os humanos relatam fatos passados e presentes, fortalecendo assim laços e comunidades com identidade e descendência. A arte de contar histórias é muito importante para a construção de uma identidade social e cultural apresentada à criança. Enriquecem-se as experiências da infância, amplia o vocabulário, auxilia na formação do caráter, a confiança no bem facilitando – a viver a 1 Graduação em história e Pedagogia, pela Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT e pós Graduada em Metodologia do Ensino de História no processo Educativo. Faculdade São Luiz. Jaboticabal São Paulo. 2 Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat, Pós-graduada em Psicopedagogia Clinica e educacional pela faculdade Integrada de Várzea Grande - Five. 3 Graduação em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Pós-graduada em Educação Especial com Ênfase em Educação Infantil pela faculdade de Ensino regional Alternativa FERA. 4 Graduação em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná –UNOPAR. Pós Graduada em Artes, pela Faculdade FUTURA. 5 Graduação em Artes Plásticas Universidade de Cuiabá – UNIC, Pós-graduada em Educação Interdisciplinar pelo Instituto Cuiabano de Educação ICE. imaginação. Os contos de fadas, as fábulas dentre outros, são um campo dentro da escola onde os discentes desenvolvem a linguagem, a expressão corporal, criação de textos desde a educação infantil (mesmo que através de desenhos), auxiliam também na concentração do aluno. Por mais simples que seja a história, se descobre muito mais no desenvolvimento da criança de forma lúdica e criativa, facilitando a oralidade para se organizar corretamente as palavras ao se expressar. Explicar uma história corretamente facilita a comunicação verbal e física e expande o campo dos contadores. Devido à manipulação do corpo e da voz ao ouvir e contar histórias, a criança é afetada até durante o seu desenvolvimento físico. Então, vemos a responsabilidade dos professores em se comprometerem com o bom desenvolvimento dos alunos. Se não levada a sério o docente pode em alguns casos fracassar no dialogo com os educandos, e na relação afetiva que favorece a aprendizagem em todo o âmbito educacional. Defronte a essa realidade que se patenteia dividida e que pouco beneficia a aprendizagem, é necessário buscar metodologias facilitadoras que norteiam o educador no progresso de particularidade para trabalhar com a linguagem oral e corporal, através dela assegurar o ingresso dos seus alunos à experiência. Fracionando da indispensabilidade de fortalecer a prática da narração no âmbito escolar, este artigo tem como proposta cogitar como o lúdico e a literatura podem acontecer de maneira prazerosa através da arte de contar histórias. Buscando o uso de contos para determinar como utilizar métodos de leitura para o aprimoramento da disciplina e melhor do desempenho na escola, e para contatar o conteúdo das histórias por meio de contos de histórias, de modo a atender às necessidades emocionais e intelectuais. 1.0 LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 1.1 PRAZER AO CONTAR HISTÓRIAS Contar histórias faz seus ouvintes viajarem para lugares nunca antes idos sem sair do lugar. Por isso está é patrimônio global da humanidade e perdura por gerações. Segundo Góes, 1991, p.125 o contar histórias é uma atividade muito antiga. Sendo assim contando historias pode se adquire experiências e favorece a comunicação. Passada de pai para filho de filho para neto e assim sucessivamente perdurando pela tradição. Contar histórias sempre foi uma arte milenar, nas sociedades antigas elas não visavam apenas entretenimento, e sim tinha um caráter funcional, o de transmitir conhecimentos às gerações futuras. A narração oral tem o poder de despertar a imaginação, a fantasia nas crianças. Segundo Elias (1997) ressalta que: Não é novidade esse gosto do homem por histórias, não há duvidas de que o home nasceu cantando e contando que a poesia e as histórias surgiram com as primeiras necessidades de comunicar sentimentos e recriar o que foi visto e vivido. Assim o Canto, a Poesia e o Conto têm a idade do homem. (ELIAS apud BARBOSA,1997,p. 18) O professor que se baseia na arte de contar histórias certamente terá os objetivos pedagógicos propostos alcançados, e a partir daí vários assuntos podem ser introduzidos na roda de conversa. Corroborando com Kieran (1994, p. 123) “os professores serão os contadores de histórias e o currículo a história a ser contada”. Portanto, deste jeito, percebe-se que a relação de poder, o centro da prática do professor, é uma ferramenta conceitual e prática que pode organizar o modelo escolar e determinar os objetivos a serem alcançados no contexto e no trabalho interdisciplinar é o currículo. Escutar histórias pode desenvolver habilidades potenciais para perceber o significado do mundo. Auxiliar no aprendizado mostrando características únicas de relaxamento, concentração, alegria e muitas outras habilidades. Os contos de histórias com super-heróis, conteúdo que apresentam lições de vida, histórias muito apreciadas pelas crianças cujos personagens são animais e no final sempre tem a moral da história estimula a criança a reflexão de diferentes hipóteses (fábulas educam para a vida). Histórias bem elaboradas mechem com a imaginação da criança e traz bem proveito a necessidade de imaginar. As obras criadas pela imaginação auxiliam na formação da personalidade. Segundo Piaget (1997, p.130) A Imaginação e a fantasia, são características do pensamento infantil no período Pré-operatório (4 a 6 anos). Ou seja, a criança é capaz de dar vida aos objetos, de transformar – se em qualquer coisa que lhe conviver dependendo do momento, da brincadeira em que esteja envolvida e de compreender sem duvidar das histórias mais extravagantes por elas ouvidas. As histórias podem levar a criança a desenvolver um senso Crítico, a adquirir disciplina: quando a criança realmente gosta do que é transmitido a elas, se torna rotineiro sua participação nas aulas. História bem interpretada pode surpreender seus ouvintes a espatifar a rotina e levar a magia, estimular a criatividade, rompendo barreiras, desvendando mistérios, abrindo se as portas, e influenciar a maneira de agir. Desse modo pode-se dizer: que os alunos que entram em contato com a história e com isso desenvolvem sua imaginação, criatividade e habilidades aguçadas e crítica, quando se tornarem importantes ouvintes e leitores, as crianças vão conduzir suas vidas. O objetivo do passado era apontar padrões sociais aceitáveis - “ensinar as crianças a brincar mais” sempre com textos dirigidos às crianças – se a discussão pode ser fornecida, pode gradualmente se tornar um comportamento cívico saudável, onde a competição e o pensamento são relativizados. Os professores que usam as histórias na prática pedagógica nunca irão ignorar esse aspecto. Tudo isso se soma à experiência estética da narração oral, o suficiente para fazer do livro um companheiro inseparável no processo de aprendizagem das crianças e no desenvolvimento dos hábitos de inspeção, leitura e processamento. No entendo, esses grande salto só pode acontecer se o narrador souber transformar a narração oral em experiência artística avançada. Par tal, a qualidade do narrador (deve desenvolver o hábito da leitura), a sua preparação (anterior) (como contador de histórias) e sua capacidade de escolher obras com qualidades literárias reconhecidas. 1.2 APRENDAM A CONTAR HISTÓRIAS Se desde o ventre materno a criança for estimulada a leitura, contar histórias desde a primeira infância o gosto pela leitura será aguçado e prazeroso. De acordo com a idade a criança tem preferência por tipos de histórias diferentes. É essencial que sejam estimuladas pela família e professores. Apresentando livros, teatros, fantoches e outros, envolvendo a criança com certeza a sua atenção estará toda na história e o sujeito estará envolvido na viagem no mundo da imaginação. Sendo assim, concordando com Priolli (2008, p. 18) ler é importante por quê: a criança pode valorizar as histórias, tornando – se prazerosa a escrita de novas histórias, enriquecendo o imaginário e ampliando-o. A prática de leitura aos pequenos exige dos adultos (família, professores,) o cuidado na escolha dos textos literários garantindo o acesso a boa leitura para evitar o empobrecimento do ato de ler. Pois, formar leitores é essencial para a convivência em sociedade. O professor como mediador do processo poderá tornar a iniciação com a leitura um prazer ou desprazer, o que dificilmente será invertido. (Vemos ai quão grande é responsabilidade de um educador). O indivíduo ao explanar uma história deve viver viajar se portar como um personagem, só se deve pensar nos mundos que saem das histórias e deixar-se guiar numa viagem imaginária (ALVES, 2006 p. 64). O hábito da leitura pode fazer com que o leitor e ouvinte ampliem novos horizontes, despertando o espírito crítico e investigativo, favorecendo a autonomia de pensamento a autocrítica e o senso de julgamento. 1.3 POR QUE CONTAR HISTÓRIAS Em meados de tempos antigos, as pessoas tinham o habito de conversar contar relatos vividos e de seus antepassados. Assim as tradições eram mantidas. As histórias se incorporam à nossa cultura. Ganharam as nossas casas através da doce voz materna, das velhas babás, dos livros coloridos, para encantamento da criançada. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos adequados à educação das crianças, descobriram está “mina de ouro” as histórias. A literatura constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da literatura em sua formação. (ABRAMOVICH,2002, p. 23). A criança tem sonhos, tem fantasias. As historias são contadas com o intuito de desenvolver a imaginação, desenvolvem a observação, estabelecer uma ligação interna entre o mundo da fantasia e o da realidade. As histórias desenvolvem a capacidade de dar sequência lógica aos fatos, dão o sentido da ordem, esclarecem o pensamento, educam a atenção, desenvolve o gosto literário, fixam e ampliam o vocabulário, estimulam o interesse pela leitura, desenvolvendo a linguagem oral e escrita, 1.4 INCENTIVO E DESAFIOS DA LEITURA NOS ANOS INICIAIS É na leitura de livros infantis que a criança começa a se interessar intensamente pelo que está contido no texto. “Ler é um jeito de Compreender o mundo ouvindo histórias. Há como é importante para a construção da vida de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... escutá- lás é o começo do processo de aprender, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo”. Ler história para criança, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens com a ideia do conto ou como jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um, pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento. (ABROMOVICH, 2002, p.16 e17) O docente pode acalorar seus alunos, buscando um bom desempenho adaptar a tarefa aos interesses dos alunos, e incluir um pouco de variedades e permitir que os alunos escolham ou tomem decisões de modo autônomo. (GAULTIER, 1998, p.204) Quando enfatizamos que o docente deve estimular o habito de ler, não nos referimos a atitudes mecânicas e obrigatórias; estamos falando, sim daquela “compulsão” de procurar e saborear determinado livro ou texto. A partir de nossa experiência em sala de aula, observamos que a escola tem a responsabilidade de ensinar a criança a ler e despertar o gosto pela leitura. Devemos analisar o modo que é produzido na escola à formação de leitores críticos. Ter em mente que nossa clientela, na grande maioria não tem uma tradição social de leitura. O objetivo da escola é formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, é preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. Inclusive quando os alunos ficam aprisionados com a leitura padrão (em alguns casos nas séries iniciais do ensino fundamental) sem contato com materiais atrativos e com adultos leitores. Sendo assim, é fundamental que a instituição escolar busque ter a leitura como objeto de aprendizagem, no qual é necessário que a escola trabalhe com diferentes textos, que responda a objetivos imediatos de realização do aluno, isto significa trabalhar com a diversidade de objetivos e modalidades que caracterizam a leitura. A escola deve oferecer materiais de qualidade, modelos de leitores proficientes em práticas de leitura eficazes para estimular os alunos a interagirem significativamente com textos diversificados com a finalidade serem capazes de expressar seus sentimentos, ideias e opiniões. O discente precisa ter contato com diversos materiais para leitura em contexto significativos para ele, segundo sua faixa etária e curiosidades, diariamente, situações diferentes com o objetivo próprio para o ato de ler. O ato de ler não se esgota na simples decifração de códigos, mas ao contrário, inicia – se com o fenômeno e alcança múltiplas dimensões e significados. 2.0 O ATO DE CONTAR HISTÓRIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Para a pesquisadora Rubenilza, que leciona em duas escolas públicas, graduada em história e pedagogia, afirma que foi muito prazeroso se descobrir nesse mundo de histórias, acostumada a trabalhar a disciplina de história, quando me formei em pedagogia e comecei a atuar na área, encante-me com forma como os docentes na educação infantil e nas series iniciais se aprofundam, buscam novas metodologias para atrair a atenção das crianças para os contos. As crianças ficam fascinadas com as histórias e gostam muito de fazer encenação na sala de aula após a contação de historias. Nós docentes das séries iniciais nos comunicamos para juntos buscarmos novas metodologias de modo a despertar no educando o gosto pela leitura. E levo isso para a outra área da educação a qual atuo a disciplina de história o nome já diz, com o intuito de despertar no aluno o interesse por ouvir e ler histórias seja conto ou história contemporânea. Despertar o hábito e gosto pela leitura é o meu dever. De acordo com Aranha (2000): O professor quem determina, com sua atuação, com seu ensino, que as suas atividades nas quais o aluno participa possibilitem um maior ou menor grau de amplitude e profundidade dos significados construídos e, sobre tudo, quem assume a responsabilidade de orientar esta construção numa determinada direção (ARANHA, 2000, p. 190 e 191). Para a pesquisadora Osineide, está sendo maravilhoso ver como as crianças se interessam pelas aulas. Todos os dias ao iniciarmos a aula tem a roda de conversa, sentamos em círculos e algum aluno conta à história que levou o livro ou impressa para casa, e conta para os demais com as suas palavras. É incrível como até os mais tímidos se saem muito bem nesse momento. Em seguida proponho fazer a encenação, as crianças viajam a castelos, a florestas, lugares estes mencionados na história. Sempre após isso, é proposta alguma atividade relacionada ao tema e percebo o entusiasmo de cada criança. A criança passa a interagir com as histórias, acrescentam detalhes, personagens ou lembra – se de fatos que passaram despercebidos pelo contador e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela. (FREIRE, 1982, p.22). Segundo a pesquisadora Regiane contar história é algo mágico, os discentes se envolvem de tal maneira que só trabalhando a arte de contar historias para saber. Afirma também que notou melhora significativa na leitura e vocabulário dos alunos. Estes estão cada vez mais envolvidos, trabalho com uma turma de 4 ano, e percebo que as histórias mais elaboradas estimulam o raciocínio deles, desperta também o senso critico, pois, é através delas que eles tomam conhecimento de situações que muitas vezes os auxiliam no seu cotidiano. Uma vez apresentei o livro “Deu a louca na ortografia”, esse livro serve para aprender as novas regras da língua portuguesa de maneira lúdica, divertida e como a grafia ficou diferente, a partir disso montamos trava-línguas, peça teatral e outros. Segundo Martins (1994): E notável quando o educador busca novos meios para incentivar a leitura. Isso só e possível se o docente for um adulto leitor. A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas de criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidade, fantasias, segundo as duvidas e exigências que da realidade lhe apresenta. Assim criar condições de leitura não implica apenas alfabetizar ou propiciar acesso aos livros. Trata se antes, de dialogar com o leitor sobre sua leitura, isto é, sobre o sentido que ele da, repito, a algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens, coisas, ideias, situações reais ou imaginaria. (MARTINS, 1994, p. 34) A pesquisadora Lenir leciona a disciplina de artes na escola Padre José de Anchieta diz: É de suma responsabilidade introduzir histórias nas aulas de artes. Percebo que os alunos gostam muito quando temos esses momentos. Gosto de trabalhar a semana literária, a semana da consciência negra, datas comemorativas e literatura onde estudamos histórias relacionadas com a disciplina de artes, de uma forma diferente e os alunos participam de uma maneira positivamente notável, criam, contam, recontam e vejo o desenvolver das aulas alcançarem os objetivos propostos. É gratificante contribuir para que os alunos se tornem jovens leitores e futuramente adultos leitores e escritores. A literatura exercita o pensamento poético relacionado com o imaginar e outra forma de pensar sentir e perceber. “Para Abramovich (2002, p. 147 e 148),” Literatura é arte, literatura é prazer... que a escola encape esse lado. E “apreciar e isso inclui criticar”. Já a pesquisadora Dâmaris leciona na escola Fernão Dias Paes. Diz: Gosto de trabalhar com as séries iniciais é um momento mágico quando chega a hora da música: é hora de contar a historinha... As crianças rapidamente ficam a esperar a professora ou outra criança a contar. Usamos livros, fantoches, mascaras que confeccionamos, as crianças trazem roupas de casa, enfim amam. Tenho um gosto por fábulas, pois são historias que nos ensinam lições de vida ajudam a criança no dia a dia lidar com diversas situações, e ajudam as crianças a montar seus os próprios valores. A contação de histórias pode partir da capa do livro, do tratamento dos alunos, para então o professor mostrar as primeiras interferências como questionamento e criatividade. Ouvir historia é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse não só de crianças, mais de pessoas de todas as idades. Ler é um jeito de compreender o mundo ouvindo Histórias. Há como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... ”Escuta - las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão de mundo. (ABROMOVICH, 2002, p. 17). Contar histórias é satisfatório, contribui para que a criança se torne leitora e posteriormente um adulto leitor. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da pesquisa realizada, concluímos que a arte de contar história deve estar incluso na rotina escolar, e em todas as turmas, momentos de ouvir história, este fato pressupõe interesse das crianças e cabe ao educador buscar novas metodologias para atrair a atenção do aluno. Ao longo do artigo desenvolvido através da pesquisa bibliográfica e fazendo reflexões sobre a prática de contar história, vivenciamos momentos mais significativos quanto a esta prática. A maneira de como se contar história, os recursos a ser utilizado, o local, a faixa etária dos educandos deve ser levada em consideração. Sabe-se que o ato de ler é muito importante no cotidiano de qualquer indivíduo, pois hoje com o desenvolvimento global torna-se algo primordial para a inserção do mesmo na sociedade. Então, a literatura infantil e a arte de contar histórias contribuem de forma prática e real para a formação de um leitor assíduo, crítico e criativo. Entretanto, o incentivo à leitura deve estar respaldado num processo de cumplicidade entre família, escola e sociedade, para que as crianças percebam que a leitura estreita os laços entre as pessoas ampliando horizontes. Assim sendo, fica nítido que a literatura contribui para ativar a imaginação, criatividade, vocabulário, estimulando as emoções e afetividade. E, ainda demonstra que ouvir histórias desperta variados sentimentos, proporciona sonhos inexplicáveis e leva o ouvinte a lugares longínquos e fantásticos. A leitura trabalhada de forma atrativa, ampla e próxima à realidade dos alunos, permite aflorar neles o gosto e o hábito por tal prática, o que futuramente em um processo gradativo, contribuirá para a formação de um cidadão leitor. Portanto, mediante a pesquisa realizada, constatou-se que o hábito da leitura deve nortear o trabalho pedagógico, independentemente da idade ou seriação, utilizando se de estratégias diversificadas e condizentes com a realidade das crianças ou jovens a serem trabalhadas. Uma delas é contar e ouvir histórias, vislumbrando o encantamento que as mesmas causam. E a escola é o local propício para esse “despertar”, pois seu principal objetivo é preparar as crianças para a vida e a leitura é a ponte entre o sonho e a realidade. REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 8ª ed. São Paulo: Scipione, 2002. ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Loyola, 2006. ARANHA, Maria Lúcia de arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 2000. CADEMARTORI, Ligia Tiago Pinheiro. Pontos para tecer um conto. Ilustrações Virgilio Velozo – Belo Horizonte, MG: Editora Lê. 1997. COELHO, Nelly Novaes Literatura: Arte, Conhecimento e Vida. Petrópolis: Fundação Petrópolis, 2000. DOHME. V. Técnicas de Contar Histórias. São Paulo: Informal Ed., 2005. FARIA. Anália Rodrigues de. O pensamento e a linguagem da criança segundo Piaget. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997. GAUTHIER, Clermont. Apresentação. In:______. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Rio Grande do Sul: Ed. UNIJUI, 1998. GOÈS, Lucia Pimentel. Introdução a Literatura infantil e juvenil. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1991. KIERAN, Egan. O uso da narrativa como técnica de ensino. Lisboa: Dom Quixote, 1994. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo 19. Ed. Brasiliense, 1994. PRIOLLI, Julia. Fraldas e livros. Nova Escola. Edição Especial Leitura, nº 18. São Paulo: abril, 2008. STEFANI, Rosaly. Leitura que espaço é esse? Uma conversa com educadores. São Paulo: Paulus, 1997. VERDINI, Antônia de Sousa. A sala de aula como espaço de leitura significativa. Leia Brasil.2006. Disponível em: http://www.leiabrasil.org.br/doc/doc_suporte/leitura_significativa.doc. Acesso em: 10 de outubro 2020.








ApplySandwichStrip

pFad - (p)hone/(F)rame/(a)nonymizer/(d)eclutterfier!      Saves Data!


--- a PPN by Garber Painting Akron. With Image Size Reduction included!

Fetched URL: https://www.academia.edu/99640388/Leitura_e_Conta%C3%A7%C3%A3o_de_Hist%C3%B3ria

Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy