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Contexto

De acordo com estimativas de 2024, com base nos censos nacionais, 22,5% da população rural da América Latina é afrodescendente, o que é um aspecto relevante do ponto de vista político, econômico e social.

É importante destacar a relevância das áreas rurais, onde estão localizados os territórios ancestrais afrodescendentes, um reservatório especial de conhecimentos tradicionais. Esses territórios ancestrais permitem que as comunidades preservem suas próprias práticas de cuidado com as sementes, produção de alimentos e proteção da biodiversidade em benefício de suas comunidades e da raça humana, impulsionadas por homens e mulheres que souberam desenvolver estratégias de organização e governança do território.

Para a FAO, é essencial fortalecer e aprimorar o trabalho com os afrodescendentes para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Nesse sentido, a criação de espaços de diálogo, colaboração, alianças e construção colaborativa para a ação é um caminho que abre possibilidades de maior visibilidade, reconhecimento e participação.

Portanto, convidamos você a dialogar com o Fórum Permanente de Afrodescendentes, autoridades governamentais e organizações afrodescendentes e outros aliados estratégicos de alto nível (RRI, The Tenure Facility, ILC etc.), juntamente com a FAO, a CEPAL e a Universidade Javeriana de Colômbia. Este diálogo abordará os avanços, as lacunas atuais e as ações necessárias para identificar formas de promover políticas públicas mais inclusivas que melhorem o reconhecimento dos afrodescendentes, a proteção do conhecimento ancestral, dos recursos genéticos e o direito à terra, considerando os desafios e recomendações que permitem o aprimoramento de alianças, a identificação de cursos de ação e acordos com foco na próxima Cúpula Global de Biodiversidade COP 16.