2 Grupo
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LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
4º ANO
2º GRUPO
QUELIMANE
2024
2º GRUPO
QUELIMANE
2024
Sumário
CAPÍTULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA ..................................................................... 4
1.1 Introdução
As redes de comunicação estão enfrentando uma demanda crescente por dados, voz e
vídeo, entre outros tipos de tráfego, como resultado do aumento exponencial do uso de serviços
digitais. As necessidades de desempenho de cada uma dessas aplicações são diferentes,
incluindo tolerância a falhas, largura de banda e latência. A reserva de recursos é essencial para
garantir a qualidade de serviço (QoS) adequada para cada aplicação em redes multi-serviços,
onde esses fluxos de tráfego diferentes coexistem.
A reserva de recursos é o processo de distribuição antecipada de recursos da rede, como
tempo de processamento, largura de banda e buffer, para garantir que uma aplicação ou serviço
receba os recursos necessários durante a transmissão. "A reserva de recursos é um mecanismo
que assegura que os fluxos de dados tenham recursos dedicados, garantindo que a rede ofereça
a qualidade de serviço necessária para cada aplicação", afirmou (Tanenbaum, 2010).
Aplicações sensíveis ao tempo, como voz e vídeo, que exigem entrega rápida e confiável,
requerem essa técnica.
Este trabalho explora os principais conceitos, protocolos e desafios envolvidos na
reserva de recursos em redes multi-serviços, além de discutir as soluções existentes para
otimizar a qualidade de serviço nas redes modernas.
1.2 Objetivo
1.2.1 Geral
✓ Compreender o papel da reserva de recursos em redes multi-serviços, com foco na
garantia de qualidade de serviço (QoS) e eficiência no uso dos recursos de rede.
1.2.2 Específicos
✓ Descrever os principais protocolos que suportam a reserva de recursos em redes multi-
serviços, como o RSVP;
✓ Explicar as técnicas de Qualidade de Serviço (QoS) utilizadas para garantir desempenho
em redes multi-serviços;
✓ Avaliar o impacto da reserva de recursos em diferentes tipos de tráfego, como dados,
voz e vídeo;
✓ Analisar os desafios na implementação da reserva de recursos em redes de grande escala
e sugerir soluções para mitigar esses desafios.
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1.3 Metodologia
A elaboração deste trabalho foi baseada em uma abordagem qualitativa, utilizando uma
revisão bibliográfica de literatura acadêmica relevante. O objetivo foi analisar conceitos,
protocolos e desafios relacionados à reserva de recursos em redes multisserviços, com foco em
qualidade de serviço (QoS). A metodologia seguiu as seguintes etapas:
A síntese dos conceitos e teorias coletadas foi feita de maneira a integrar as informações
obtidas e a estruturar o desenvolvimento do trabalho. A partir disso, foi possível apresentar uma
visão abrangente sobre a reserva de recursos em redes multi-serviços, incluindo uma discussão
aprofundada sobre as soluções de QoS e a relevância da reserva de recursos para garantir
desempenho eficiente.
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A reserva de recursos visa garantir que uma rede seja capaz de atender às necessidades
de diferentes serviços e aplicações simultaneamente. Tanenbaum e Wetherall (2010) afirmam
que, sem reserva de recursos, redes multi-serviços enfrentariam congestionamento, resultando
em degradação na qualidade de serviços críticos, como VoIP (Voz sobre IP) e streaming de
vídeo.
A reserva de recursos "permite que serviços que exigem alta qualidade, como chamadas
de vídeo e jogos online, tenham prioridade sobre o tráfego de dados que é menos sensível ao
atraso, como o envio de e-mails" (Kurose & Ross, 2013).
A abordagem tradicional para reserva de recursos em redes é feita por meio de
protocolos de sinalização que permitem que dispositivos finais peçam à rede a alocação de
largura de banda e outros recursos. Isso assegura que os serviços em tempo real tenham os
recursos necessários para operar com alta qualidade.
➢ É um protocolo de sinalização
• Não é um protocolo de encaminhamento, mas interactua com protocolos de
encaminhamento
• Pode necessitar de um protocolo de encaminhamento que descubra rotas sujeitas a
restrições de QoS
➢ Foi concebido para aplicações multicast, sendo unicast um caso particular;
➢ A reserva de recursos é da iniciativa dos receptores (receiver initiated);
➢ A reserva é realizada por fluxo (isto é, a rede não agrega os fluxos que lhe são submetidos
para efeito de reserva e atribuição de recursos no seu interior) e tem um carácter temporário;
➢ A sinalização (reserva de recursos) é feita para fluxos unidireccionais (simplex);
➢ Transporta parâmetros relativos a QoS e políticas (FlowSpec, FilterSpec);
• Não impõe qualquer tipo de política administrativa ou de controlo de admissão;
• Permite configurar os classificadores de pacotes, mas não realiza escalonamento.
Figura 1: RSVP –
Sinalização em dois
passos
A Qualidade de Serviço (QoS) é a principal métrica que se busca garantir com a reserva
de recursos. QoS refere-se à capacidade de uma rede de oferecer diferentes prioridades para
diferentes tipos de tráfego, garantindo que aplicações críticas recebam o desempenho
necessário. Segundo Chen e Guo (2018), "a QoS é a base para o funcionamento eficaz de redes
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multi-serviços, permitindo que a rede diferencie e priorize fluxos com base em seus requisitos
de desempenho."
3.1 Conclusão
3.2 Bibliografia
Chen, W.; Guo, S. QoS in Multi-Service Networks. Journal of Network and Computer
Applications, 2018.
Deec, F. /, De Banda Larga, R., & Ruela, J. (n.d.-a). Qualidade de Serviço em Redes de
Comutação de Pacotes.
Deec, F. /, De Banda Larga, R., & Ruela, J. (n.d.-b). Qualidade de Serviço em Redes IP.
Kurose, J. F.; Ross, K. W. Redes de Computadores e a Internet. 6ª ed. Pearson, 2013.
Ruela, J. (n.d.). Qualidade de Serviço em redes IP FEUP/DEEC/RBL-2005/06.
Tanenbaum, A. S.; Wetherall, D. Redes de Computadores. 5ª ed. Pearson, 2010.
Xiao, X. Technical, Commercial and Regulatory Challenges of QoS: An Internet Service Model
Perspective. Morgan Kaufmann, 2008.