Apresentação

Este livro, A profissão do futuro , é a soma de insights, conhecimentos e experiências de 32 profissionais notáveis. Cada autor apresenta sua perspectiva única, mas todos compartilham um objetivo comum: aprofundar-se no entendimento de pessoas e desvendar os caminhos para a (auto)liderança eficaz e da alta performance.

Este livro tem o desenvolvimento pessoal como propósito, visando a um bom autogerenciamento, à superação de crenças limitantes, ao desenvolvimento de talentos, à comunicação eficiente, para estimular os leitores a refletirem tanto sobre liderança quanto sobre desempenho individual e em equipe, incentivando-os a adotar práticas que não apenas elevem sua atuação e sua satisfação profissional, como também a dos grupos em que estejam inseridos.

A liderança, a autogestão e a atuação eficaz vão além da capacidade de inspirar outros. Envolvem a compreensão profunda de como gerir pessoas, processos e tecnologias para alcançar os melhores resultados percebidos por todos. Este livro aborda desde a construção de uma cultura de alto desempenho até a importância da resiliência, do feedback e adaptabilidade em tempos de mudança, focando uma mentalidade de mudança e crescimento e a construção de um ambiente mentalmente sadio, no qual as equipes estejam alinhadas e comprometidas com a visão de progresso focado no fator humano e na felicidade no trabalho.

Cada capítulo desta obra é uma fonte de conhecimento prático e oferece lições aprendidas por profissionais atuantes em diversos segmentos e com expertise em desenvolvimento humano. Os autores compartilham aqui seus sucessos e seus equívocos com honestidade, permitindo que os leitores tenham valiosos insights e descubram um pouco mais sobre o profissional do futuro, sem que precisem passar pelos mesmos obstáculos. Este livro é um recurso para aqueles que desejam performar de maneira mais eficaz, promovendo um ambiente onde a inovação, a excelência e a satisfação no trabalho prosperam.

A missão de um bom gestor e desenvolvedor de pessoas, conforme revelam estas páginas, deve ser: desenvolver capacidades para enfrentar desafios complexos e manter a motivação, capacitar e incentivar indivíduos e equipes, e conduzir organizações a novos patamares de sucesso. A performance de uma equipe reflete diretamente a qualidade de sua liderança. Portanto, este livro enfatiza a importância de uma liderança que não é apenas focada em resultados, mas também no desenvolvimento humano e profissional contínuo.

A profissão do futuro não é uma coleção de teorias. Muito além disso, é uma coletânea de relatos práticos, voltados para a ação. Seja você um líder de um negócio inovador, um gestor em uma grande corporação, alguém que aspira a posições de liderança ou que almeja alto desempenho com percepção positiva, encontrará nestes textos uma fonte de conhecimento e inspiração.

Então, embarque nesta leitura com a mente e o coração abertos para aprender e desenvolver seu potencial para transformar realidades.

Aproveite a jornada!

Rogério Vale

CEO da Editora Chave Mestra e do Instituto de Desenvolvimento Comportamental, Brasil e Portugal

Adriana Nakamura

Sou Adriana Pissarra Nakamura, filha de Yukitoshi e de Maria Celeste e esposa do Adilson. Nascida em São Paulo/SP, atualmente resido em Sorocaba/SP. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Previdenciário, exerci a profissão por 26 anos. Nessa trajetória, formei-me em Constelações Familiares e Terapia do Renascimento. Atualmente sou palestrante, educadora, mentora, consteladora familiar sistêmica e renascedora.

Fundei o Núcleo de Conhecimento Anakam, voltado para o desenvolvimento humano e autoconhecimento, transformando vidas e famílias inteiras, trazendo a cura física e emocional. Cada caso é uma prova viva de que, quando nós nos abrimos para o poder da integração, o impossível começa a perder seu significado.

Instagram: adrianapissarranakamura

WhatsApp: +55 (15) 99120-0087

E-mail: adrianapissarra17@gmail.com

Superando crenças limitantes

Por Adriana Nakamura

Imagine que você está dirigindo um carro com o freio de mão puxado. Por mais que acelere, o carro não atinge sua velocidade máxima.

As crenças limitantes funcionam da mesma maneira em nossas vidas. Elas são barreiras invisíveis que nos impedem de alcançarmos nosso verdadeiro potencial. Mas... e se eu lhe dissesse que é possível identificar e superar essas crenças? Neste capítulo, eu o(a) convido a explorar o que são crenças limitantes, como elas se formam no cérebro e como transformá-las em crenças potencializadoras.

O que são crenças limitantes?

Crenças limitantes são convicções distorcidas, enraizadas tão profundamente na mente que as aceitamos como verdadeiras; mas, na realidade, elas nos restringem de alguma forma. Elas podem ser conscientes ou inconscientes e frequentemente se manifestam em pensamentos como Eu não sou bom o suficiente, Eu não consigo ou Eu não posso. Elas surgem em várias áreas da vida, como por exemplo:

• na carreira: Eu nunca serei promovido porque não sou inteligente o suficiente.

• nos relacionamentos: Eu não mereço ser amada.

• na saúde: Eu nunca vou conseguir perder peso.

• nas finanças: Dinheiro é difícil de ganhar.

A origem das crenças limitantes

A história de Ana

Quando criança, Ana adorava desenhar. Um dia ela mostrou um desenho para sua professora que, na intenção de incentivá-la, disse: Você precisa praticar mais para ser uma grande artista. Mas Ana assimilou esse fato de forma errada, negativa, com sentimento de derrota e vergonha. Cada vez que ela tentava desenhar, lembrava-se da fala da professora e pensava: Eu não sou boa o suficiente. Essa crença limitante acompanhou-a até a vida adulta, impedindo-a de seguir sua paixão pela arte.

A história de João

João cresceu em uma família em que o dinheiro era escasso. Seus pais frequentemente diziam: Dinheiro não cresce em árvore e Nós nunca teremos o suficiente. Essas frases tornaram-se verdades absolutas para João. Mesmo com um bom emprego, ele sentia que o dinheiro era difícil de ganhar e que nunca teria o suficiente. Essa crença limitante afetou sua capacidade de gerenciar suas finanças e buscar oportunidades de crescimento.

A neurociência das crenças limitantes

Formação das crenças no cérebro

As crenças formam-se por meio de um processo chamado neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de reorganizar suas conexões neuronais com base em experiências e aprendizados. Quando repetimos um pensamento ou comportamento, criamos e fortalecemos caminhos neurais específicos. Se esses pensamentos são negativos ou limitantes, tornam-se padrões automáticos.

Os três cérebros: reptiliano, límbico e neocórtex

Nosso cérebro é composto de três partes principais, cada uma com funções distintas que influenciam nossas crenças e nossos comportamentos:

1. Cérebro reptiliano: é a parte mais antiga do cérebro, responsável por funções básicas de sobrevivência como respiração, batimentos cardíacos e respostas instintivas. Ele reage rapidamente a ameaças percebidas, muitas vezes sem a intervenção consciente.

2. Cérebro límbico: também conhecido como cérebro emocional, é responsável por processar emoções e memórias. A amígdala, uma parte do sistema límbico, é crucial para a resposta ao medo e ao estresse. Experiências emocionais intensas podem criar crenças limitantes profundas.

3. Cérebro neocórtex: a parte mais recente e avançada do cérebro, responsável pelo pensamento racional, planejamento e tomada de decisões. É aqui que podemos desafiar e reestruturar nossas crenças limitantes, transformando-as em crenças potencializadoras.

O papel da amígdala e do hipocampo

A amígdala, uma pequena estrutura no cérebro, é responsável por processar emoções, especialmente o medo. Quando enfrentamos uma situação que percebemos como ameaçadora, a amígdala ativa uma resposta de luta ou fuga. O hipocampo, por outro lado, é responsável pela formação de novas memórias. Experiências negativas ou traumáticas podem levar a uma codificação errônea de memórias, reforçando crenças limitantes.

A repetição de pensamentos negativos pode fortalecer as conexões sinápticas associadas a esses pensamentos, tornando-os mais automáticos e difíceis de mudar. A prática de mindfulness pode ajudar a reduzir a atividade da amígdala, diminuindo a resposta ao medo e facilitando a reestruturação de crenças limitantes para potencializadoras.

Transformando crenças limitantes em crenças potencializadoras

Transformar crenças limitantes em potencializadoras é essencial para desbloquear nosso verdadeiro potencial e, especialmente, sairmos do ego e voltarmos para a essência. Crenças potencializadoras são convicções que nos capacitam e nos motivam a alcançar nossos objetivos. Elas nos ajudam a ver oportunidades nos obstáculos e a acreditar em nossas capacidades. Para criar as crenças potencializadoras também é preciso sentir. Sentir e mudar os sentimentos pela consciência e percepção de que o carro que dirigimos está com o freio de mão baixado. Sentir com o corpo, com as células, com o coração, com a alma, de que Eu sou capaz, Eu consigo, Eu posso, Eu mereço, Eu sou digno(a), Eu reconheço meu valor, Eu me amo, Eu sou lindo(a), Eu sou feliz, Eu sou amado(a), Eu me permito.

Reestruturação cognitiva

1. Identifique a crença: escolha uma crença limitante específica.

2. Desafie a crença: pergunte-se: Essa crença é realmente verdadeira? Quais evidências eu tenho contra ela? Realmente foi ‘sempre’ ou ‘nunca’ ?

3. Substitua a crença: crie uma crença positiva e realista para substituir a antiga. Por exemplo, substitua Eu não sou bom o suficiente por Eu sou capaz e mereço sucesso.

Visualização positiva

1. Imagine o sucesso: visualize-se alcançando seus objetivos e vivendo sem a crença limitante.

2. Sinta as emoções: concentre-se nas emoções positivas que essa visualização traz para seu corpo. Tem cor, cheiro, som, gosto, é quente, frio...?

3. Repita diariamente: faça essa visualização diariamente para reforçar a nova crença.

Mindfulness e meditação

Práticas de mindfulness e meditação são eficazes na redução da atividade da amígdala e no aumento da plasticidade cerebral, facilitando a mudança de crenças limitantes.

1. Meditação diária: reserve de 10 a 15 minutos por dia para meditar; foque a respiração e observe seus pensamentos sem qualquer julgamento.

2. Mindfulness: pratique estar presente no momento, no aqui e agora; observe seus pensamentos e emoções sem se deixar levar por eles.

Constelação familiar e renascimento

Essas ferramentas são utilizadas para alcançar a raiz das crenças limitantes e ajudar no caminho para torná-las potencializadoras.

A constelação familiar traz para o consciente padrões ocultos (inconscientes) que afetam nossas vidas. Ela nos permite ver como as dinâmicas familiares e ancestrais influenciam nossas crenças e nossos comportamentos de forma inconsciente.

O renascimento, também conhecido como rebirthing, é uma técnica de respiração consciente que, dentre outros benefícios, ajuda a liberar traumas e bloqueios emocionais. Ele permite que as pessoas se reconectem com suas emoções e memórias, promovendo a cura e a transformação.

As histórias deste capítulo foram resolvidas conforme segue.

A história de Ana

Ana decidiu participar de uma sessão de constelação familiar para entender a origem de sua crença limitante sobre sua capacidade artística. Ela se lembrou de que sua avó também tinha um talento artístico, mas foi desencorajada pela família a seguir sua paixão. Esse padrão foi transmitido inconscientemente para Ana. Ao reconhecer e honrar a história de sua avó, desvencilhando-se dessa lealdade familiar inconsciente, Ana conseguiu liberar a crença limitante e começou a explorar sua arte com confiança.

A história de João

João decidiu experimentar o renascimento para lidar com suas crenças limitantes sobre dinheiro. Durante uma sessão, ele acessou memórias de sua infância em que ouvia seus pais discutindo sobre dinheiro. Ele percebeu que havia internalizado o medo e a escassez de seus pais e mantinha, inconscientemente, o mesmo padrão de pensamento e vida. Por meio da respiração consciente, João conseguiu liberar essas emoções reprimidas e começou a cultivar uma nova mentalidade de abundância.

Identificando suas crenças limitantes

O primeiro passo para superar crenças limitantes é identificá-las. Aqui estão alguns exercícios práticos para ajudar nesse processo:

Exercício 1: diário de crenças

1. Reflexão: reserve um momento tranquilo e reflita sobre diferentes áreas da sua vida (carreira, relacionamentos, saúde, finanças etc.).

2. Escrita: anote todas as frases negativas ou limitantes que vierem à sua mente.

3. Análise: revise suas anotações e identifique padrões ou temas recorrentes.

Exercício 2: perguntas poderosas

1. Pergunte a si mesmo(a):

• Qual é a minha opinião sobre minha capacidade de sucesso?

• Quais são os meus maiores medos?

• O que me impede de alcançar meus objetivos?

2. Anote: escreva suas respostas e observe se há crenças limitantes subjacentes.

Exercício 3: afirmações positivas

1. Crie afirmações: escreva afirmações positivas que desafiem suas crenças limitantes.

2. Repita diariamente: leia essas afirmações em voz alta todos os dias, preferencialmente pela manhã e antes de dormir. Sinta no corpo como é afirmá-las como verdadeiras.

Exercício 4: lista de conquistas

1. Anote suas conquistas: faça uma lista de todas as suas conquistas, grandes e pequenas. Celebre-as.

2. Releia regularmente: releia essa lista sempre que sentir que uma crença limitante está surgindo. Lembre-se da emoção que sentiu ao superá-la e reforce-a.

Conclusão

Superar crenças limitantes é um processo contínuo que exige autoconhecimento e prática. Ao identificar e desafiar essas crenças, você abre caminho para uma vida mais rica e satisfatória. Somos alquimistas de nós mesmos. Lembre-se de que você tem o poder de reescrever suas próprias crenças e criar a realidade que deseja. Com as ferramentas certas, você pode transformar sua mente e sua vida. Superar as crenças limitantes é a oportunidade de ter uma nova forma de viver a vida.

Somos alquimistas de nós mesmos. Lembre-se de que você tem o poder de reescrever suas próprias crenças e criar a realidade que deseja. Adriana Nakamura

Alaise Matos

Sou Alaise Matos, natural de Londrina/PR, resido em Aracaju/SE. Mãe de Alan Jones, Priscilla e Ane Luíse e avó de Leonardo, Maria Luísa e Maria Antonela.

Sou palestrante, Master em Programação Neurolinguística, Master Coach integral sistêmica, terapeuta de Germânica Heilkunde, mentora, escritora, especialista no desenvolvimento da base do ser humano e advogada de Direito Sucessório.

A minha história é minha real importância. Entendi que me capacitar depende mais da maneira que vivo do que aprendo. Suportar minhas dores levou-me a saber o que quero, como a decisão de romper os limites sem o ruído da ilusão, conectando-me com meu eu interior, ampliando discernimento do propósito, servindo ao próximo com a minha vivência e autenticidade.

Instagram: alaisematos

WhatsApp: +55 (79) 99125-2504

E-mail: alaisematosautoamor@gmail.com

Gerenciando a si mesmo(a) e estabelecendo suas prioridades

Por Alaise Matos

Este capítulo é sobre uma das maiores lições que aprendi com as adversidades da vida: você só pode planejar e colocar em ação a sua jornada de alcance do seu querer quando aprende a conhecer e a aceitar a si mesmo(a). Porque, quando você não se conhece, não há o acolhimento, portanto, você não existe nem para você nem para o mundo. Como chegar à excelência sem ser o gestor de si? Você é a base de qualquer criação, enfim, tudo parte de você.

Quando você mensura as coisas, estas dão lugar às avaliações e aos cálculos, dessa forma, você vislumbra as possibilidades. Planejar é a sua bússola para nortear qualquer coisa, por mais insignificante que essa situação pareça ser. Se você não fizer um planejamento diário das suas tarefas, como trabalho, descanso, horas na sua residência e lazer, corre o risco de não aproveitar o tempo corretamente e esquecer de cuidar de você. O lazer é essencial para o ser humano; no entanto, o ócio é prejudicial, porque você deixa o cuidado de si para segundo plano e, dessa forma, compromete a sua evolução, podendo até tornar o ócio um hábito automatizado. Quando não há planejamento, você faz o que é de costume, executando o que é mais fácil, repetindo várias e várias vezes, esquivando-se dos desafios e deixando passar as oportunidades.

Em seu coração, o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina seus passos (Provérbios 16:9). Você deve buscar a sabedoria e orientação divina em suas decisões e planejamentos.

Vamos lá, reflita: você possui qualidades, crenças limitantes, modo de pensar, temperamento, modo de agir e reagir, que são únicos, que podem vir tanto da sua essência como do ambiente ao qual está inserido(a) e da vida no curso do seu desenvolvimento. Se não tem a consciência de como você é e a relevância que isso tem para administrar-se de acordo com o seu tempo, não saberá o quê, como e quando administrar, deixando a mecanicidade que ocorre na sua vida presente na sua rotina, que se traduz pela soma de hábitos e reações automáticas, sustentando-se por si mesmos, criando limitações por vezes a muitas áreas da sua vida.

Está percebendo o quanto é supremo se conhecer, se entender e se aceitar para conseguir gerenciar a si mesmo(a)? Somente assim será capaz de criar um planejamento sabendo qual ambiente irá favorecê-lo(a), qual disciplina irá manter a constância, quais pessoas deverão ser agregadas no processo. O que adianta elaborar um planejamento que não irá se conectar com seus valores e com o seu modo de viver?

Como tudo na vida, é necessário viver o processo contínuo de evolução, que exige: obter o saber vivenciando-o para ter autenticidade do conhecimento, organizar utilizando ferramentas como agendas ou listas de tarefas, ter disciplina para iniciar com pequenos passos e ir aumentando gradativamente para se sentir seguro(a) à medida que os desafios forem surgindo. Querer é o impulso necessário para tomar