02 - Torneiro Mecanico - Senai
02 - Torneiro Mecanico - Senai
02 - Torneiro Mecanico - Senai
TORNEIRO MECNICO
( 1 FASE)
MINISTRIO
DA
EDUCAAO
h
E CULTURA-DIRETORIA
D O ENSINO INDUSTRIAL
Coordenao de:
AGNELO CORRFA VIANNA HELI MENEGALE JOAO B. SALLES DA SILVA LUIZ GONZAGA FERREIRA
Elaborao de:
HELIO NAVES - MEC - Goinia HERCULANO LEONARDO SOBRINti0 LEOLINO DE SOUZA MATTA S EiNAI NICOLINO TIANI - SENAI - So Paula SRGIO RIBEIRO - SENAI - So Paulo DEUSDEDIT CMARA - SENAI - Mina! 5 G SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEhIA1 - Mii
Alicate Arco
de serra
Broca
de centrar
Contra
molde
&
(i!
/4
cEE
- estampo
Porca
calibre
Ferro d e soldar
Gramin ho Estampo para rebites Limas Limas Macete Macho Malho Mandril para brocas Martelo Molde Morsa Mandril Puno de mo manivela de bico rnuras bastardas
CI
@ si4 @
* b
0 ' 3
e a d ;
f i o 4
pL+
a
tT
Verificador de rosca
w
Fresa escatel
TORNEIRO MEC*NICO
FLHA DE OPERACO
O torneamento cilndrico uma das operaes bsicas da profisso de torneiro mecnico. Trata-se de uma operao muito executada em quase todos os trabalhos de tornearia. A maneira mais simples de ser efetua-
da quando a pea est prsa na placa universal ou na de castanhas independentes. Para abrir uma rosca ou para ajustar um eixo num mancal, numa polia, numa engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilndrico.
l.a Fase
Deixe para fora da placa um comprimento maior do que a parte a ser usinada (fig. 1.) 2.a Fase
A PRENDA verificando:
FERRAMENTA
de desbastar,
Fig. 1
c) A altura. A ponta da ferramenta dever ficar na altura do centro da peqa. Para acertar essa altura, toma-se como refern= cia a contraponta (fig. 2).
Fig. 2
3.a Fase MARQUE O COMPRIMENTO a ser torneado, usando o compasso (fig. 3), a escala (fig. 4) ou o paqumetro (fig. 5). Para a marca-
o, afaste o instrumento usado, ligue o trno e aproxime a ferramenta at que ela faa um risco que vai servir de referncia durante o torneamento.
Escala
Fig. 3
MEC
Fig. 4
Fig. 5
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TORNEIR0 MECNICO
I
FOLHA DE OPERACO
1.2
-. 6.a Fase
O~SERVASO: Consulte a tabela de velocidade de corte e determine o numero de rotaes por minuto (r.p.m.) antes de ligar o torno.
AVANCE 1 mm E TORNEIE, mais ou menos, 3 mm de comprimento, com avano manual, conforme figuras 8 e 9.
4.a Fase
APROXIME A FERRAMENTA at tomar contato com o material (fig. 6).
7.a Fase
DESLOQUE A FERRAMNTA, pare o torno e tome a medida (fig. 10).
Fig. 6
1-
5.a Fase
A FERRAMENTA para a diDESLOQUE reita e tome referncia no anel graduado Ifig. 7), marcando o ponto zero.
Fig. I0
_ C
h,
Fig. 7
Comprimento do peo
Fig. I 1
Fig. 9
Fase D PASSES, em todo o comprimento (fig. 11), at que o dimetro fique na medida
Fis: 8
30
MEC
1965
- 15.000I
TORNEIR0 MECNICO
L
FLHA DE
OPERACO
1.3
desejada e pare o torno. No fim de cada passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao ponto de partida para iniciar novo corte.
OBSERVA$~ES : a) Antes de parar a mquina, afaste a ferramenta da pea e desengate o avano automtico. b) Para o torneamento automtico, determine o avano, consultando a tabela.
vela, quando afastar a ferramenta. b) No abandone o torno nem desvie a ateno, enquanto le estiver em movimento. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes.
I1 - DAR ACABAMENTO
1.a. Fase
SIJBSTITUA A FERRAMENTA de desbastar pela de alisar.
OBSERVA~O : Verifique se a ponta est bem arredondada e a aresta cortante b,em aguada. Se necessrio. retoque a mesma com pedra de afiar.
F i g . 12
2.a Fase
LIMPEE LUBRIFIQUE as guias do barramento usando escova, estpa e almotolia (fig. '12).
3.a Fase
REPITAA 4.a E 5.a FASES da parte I e d um passe na ,extremidade (fig. 13).
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TORNEIR8 MECblICO
OBSERVAO:
FOLHA DE OPERAO
1.4
I
c) Quando tornear lato, use culos protetores para os olhos ou uma rde metlica ou plstica sobre a ferramenta. d) Proteja, limpe e lubrifique as guias do torno constantemente, quando trabalhar com ferro fundido.
4.a Fase
5.a Fase
QUANTO DEVE TIRAR AINDA, CALCULE regule a ferramenta at atingir a medida, ligue o torno e complete o torneamento, com avano automtico.
a) Mantenha-se ligeiramente afastado do trno e atencioso durante o passe. b). Se usar fluido de corte, no deixe que se interrompa o jato.
Fig. 14
QUESTIONRIO
4) Por. que no se deve usar roupa com mangas compridas, quando se est torneando? 5) Ao se prender o material na placa, quanto deve ser deixado para fora da mesma?
6) Que deve ser observado ao se prender a ferramenta?
7) No desbaste, quanto se deve deixar de. material a mais para dar acabamento?
8) Que precauo deve ser tomada em relao s guias do torno, quando se torneia ferro fundido?
1 2
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. - --
- - - -- . -
.. - .
. .
TORNEIR0 MECNICO
1.1
O Trno mecnico horizontal uma mquina que executa trabalhos de torneamento destinados a remover material da superfcie de urna pea em movimento de =
rotajo, por meio de uma ferramenta de corte que se desloca continuamente, com sua aresta cortante pressionada contra a superfcie da pea.
NOMENCLATURA
As figs. 1 e 2 representam um rrno mecnico harizontal do tipo clssico, com motor eltrico e transmisso dispostos externamente. A fig. 3 mostra a vista lateral de outro torno, no qual o niotor e a transmisso se acham na caixa do p, no havendo assim polias ou .partes mveis salientes, que constituem perigo para o operador.
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T~RNEIRO MECNICO
1.2
J
Os tornos modernos tendem a se tornar cada vez mais blindados, com a quase totalidade do mecanismo alojada no interior das estruturas do cabegote fixo e do p corres~ ~ ~ ~
pondente (fig. 4). Apresentam um aspecto compacto de linhas simples e de arestas mais acentuadas.
r O-
MnC~ctrnwnpabtM n
Vista de frente
Vista lateral
Fig. 4
- Trno mecnico
horizontal
QUESTIONAR10
1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vantagem principal, quanto ao novo aspecto externo?
2) Diga
as
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ESCALA
O mecnico usa a escala para tomar medidas lineares, quando no h exigncia. de grande rigor ou preciso.
A escala (fig. l), ou rgua graduada, um instrumento de ao que apresenta, em geral, graduaes do sistema mtrico (decme tro, centmetro e milmetro) e graduaes do sistema ingls (,polegada e subdivises).
Fig. I
As menores divis~s,que pe~mitemclara leitura nas gradua~esda escala, so as de milmetro e 1/32 da polegada. Mas estas ltimas, quase sempre, smente existem em parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6" (152,4 mm) e 12" (304,8 mm).
USOS DA ESCALA
As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos.
Mede-se, neste caso, a partir do encosto da e bem ajustado na face do escala. ste d e ~ ser ressalto da pea. Esta face deve estar bem limpa.
Fig. 2 - Medio de comprimento com face de referincia.
No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o trao de 1 cm com o extremo da dimenso a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1 cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cuidado para no inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala nos sentidos indicados pelas flechas, at encontrar a maior medida. Quando se faz a medio em polegada, deve-se coincidir o trao de 1".
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TORNEIRO MECNICO
ESCALA
1 -4
Fig. 5
- Escala
de emcsto interno.
V
Fig. 6 - Esca2a de profundidade.
L.o*
1"lM"nJ
CARACTERISTICAS DA BOA ESCALA 1) Ser, de preferncia, de ao inoxidvel. 2) Ter graduao uniforme. 3) Apresentar traos bem finos, profundos e salientados em prto. As graduaes de i/2 milmetro e de 1/64 da polegada na escala so de leitura mais difcil.
CONSERVAO DA ESCALA 1) Evite quedas e o contacto da escala com ferramentas comuns de trabalho. 2) No bata com a mesma. 3) Evite arranhaduras ou entalhes que prejudiquem a graduao.
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MEC
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TORNEIRO MECNICO
PAQUf METRO
NOMENCLATURA-LEITiiRA-CARACTERf STICAS
CONSERVAO
TECNOLBGICA
FGLHA DE INFOR*<*CAo
1 1
15
MECANICO TORNEIRO
PAQUf M E T R O
NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERSTICAS
CONSERVAO
1.b
1) O contacto dos encostos com as superfcies da pea deve ser suave. No se deve fazer presso exagerada no impulsor OU no parafuso de chamada. 2) Contacto cuidadoso dos encostos com a pea, mantendo 0 paqumetro em posio
bem correta. Qualquer inc1ina.o dste, altera a medida. 3) Antes da medio, limpe bem as superfcies dos encostos e as faces de contacto da Pea. 4) Mea a pea na temperatura nor'mal. O calor dilata a mesma e altera a medida.
i0 COM PA.UM1- -_ 3
Podem resultar:
1) De construo defeituosa ou m conserva$50 do paquinetro (graduao no uniforme, traos grossos ou imprecisos, folgas do cursor, arranhaduras).
UUIVI PAQU
1) Ser de ao inoxidvel. 2) Ter graduao uniforme. 3) Apresentar traos bem finos, profundos e salientados em prto. 4) Cursor bem ajustado, correndo suavemente ao longo da haste.
1) Deve ser manejado com todo o cuidado, evitando-se quedas. 2) Evite quaisquer choques. O paqumetro no deve ficar em contacto com as ferramentas usuais de trabalho mecnico. 3) Evite arranhaduras ou entalhes, que prejudicam a graduao. 4) O paqumetro deve ser guardado em estojo prprio.
5) D completa limpeza aps o uso, lubrifique com leo fino. 6) No pressione o cursor, ao fazer uma medio. 7) De vez em vez, afira o paqumetro, isto , compare sua medida com outra medida padro rigorosa ou precisa.
1) Cite os erros de- medio que podem resultar smente do paqumetro. 2).Para que serve o impulsor do paqumetro? 3) Indique as condies para que uma medida seja bem tomada. 4) Cite os erros que podem resultar smente da pessoa que mede. 5) Quais so as caractersticas de um bom paqumetro? 6) Quais so os cuidados na conservao de um paqumetro? 7) Que a aferio de um paqumetro?
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MEC
- 1965 - 15
TORNEIRO MECiNICO
1, 1
.7
Tratando-se de mquina de grande preciso, de mecanismo complexo, de constante emprgo na oficina e de custo elevado, todos os cuidados devem ser adotados pelo operador a fim de manter o torno sempre em ordem e bem conservado, assim como para us10, convenientemente, conforme as tcnicas de trabalho mais adequadas e as indispensveis normas de segurana. Algumas regras gerais, consagradas pela prtica, so dadas em seguida, para orientao dos principiantes.
11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha de ateno pode causar srio acidente. 12) Nunca deixe a chave de aprto encaixada na placa de castanhas. 13) No tome desordenadamente as medidas da pea. Os detalhes dos desenhos ou dos esboos so dimensionados visando a fins determinados. Execute-os dentro dos limites especificados. 14) No desperdice tempo trabalhando com preciso ou cuidado maiores do que os exigidos pelo desenho ou pelo esboo. 15) No procure justificar-se quando inutilizar uma pea. Assuma a responsabilidade, e procure executar pea melhor da prxima vez. 16) No manobre qualquer alavanca nem gire qualquer manpulo do torno, seno depois que,conhea os resultados da manobra. 17) No deixe que os cavacos ou aparas se acumulem em trno da ferramenta de corte. Quebre-os com um gancho. Melhor ainda , em certos casos, esmerilhar a ferramenta, dando-lhe um "quebra-cavaco" (rebaixo de forma adequada). 18) No trabalhe no torno com camisa de mangas compridas. Mantenha-as enroladas acima do cotovelo. 19) No use palet ou avental folgados, quando trabalhar no torno. 20) No use tambm gravatas longas ou anis. 21) No trabalhe no torno e converse ao mesmo tempo. Se voc precisa falar, pare a mquina. 22) No deixe de usar culos de proteo, quando tornear peas cujos cavacos saltem. , 23) No tente verificar um furo, sem antes proteger-se da ferramenta, a fim de evitar ferimentos no brao ou na mo. 24) Ao limar uma pea no torno, no o faa arqueando o brao esquerdo sobre a placa. 25) Nunca coloque a mo ou os dedos em uma pesa ou ferramenta que esteja girando.
6) Conserve afiadas as ferramentas de corte. As ferramentas embotadas ou "cegas" atrasam a produo; do mau acabamento e impem ao trno um injustificado ou desnecessrio esforo.
7) Execute um corte que possa ser bem suportado pela mquina, pela pea e pela ferramenta de corte. Vrias sucesses de cortes leves desperdiam tempo, obrigando o operador a trabalho desnecessrio. 8) Tome intersse pelo seu trabalho. Utilize a mquina como se estivesse trabalhando para si prprio, 9) Afie, na pedra com leo, os gumes das ferramentas de corte, depois que tenham sido esmerilhados, o que aumenta a durao dos mesmos. 10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso um requisito indispensvel para que uma pessoa possa trabalhar.
L
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- 15.000
TORNEIRO MECNICO
1.8
26) No saia deixando o torno em movimento. Se for obrigado a afastar-se da mquina, desligue-a antes. 27) No deixe cair ou chocar-se a placa de castanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto contra as guias do barramento do torno.
No deixe tambm peas ou ferramentas sobre o barramento do torno. 28) No torneie com o carro transversal e a espera muito salientes em relao corredia da sua base.
TES PRECl
TRABAL Um hbito que se deve adotar, ao aprender o manejo do torno, o de certificar-se de que o carro se move livremente ao longo das guias do barramento, antes de pr a mquina em rotao. A primeira medida que o mecnico experimentado deve tomar, quando vai trabalhar em um trno, mover o carro ao longo das guias, manualmente, para assegurar-se de que :
INICIAR O
TORNEIR0 MECNICO
'
1.9
0 torno mecnico mquina-ferramenta de muita utilidade nas oficinas mecnicas, no smente porque se presta execuo de grande variedade de trabalhos, mas tambm porque a sua ferramenta de corte relativamente simples e, na maioria dos casos, pode ser preparada na prpria oficina.
Determinadas operaes, que normalmente se fazem em outras mquinas, tais como a furadeira, a fresadora e a retifitadora, tambm se podem executar no trno, com adaptaes relativamente simples. O trno uma verdadeira mquina universal, porque pode substituir, at certo ponto, outras mquinas-ferramentas.
5)
J '
ornas de plat, em geral de eixo horizontal. Servem para tornear peas curtas, mas de grandes dimetros, como aros de rodas de locomotivas e vages.
6) Tornos automticos e semi-automticos, que possuem mudana automtica de alimentao e emprgo automtico, em uma ordem determinada, das ferramentas necessrias a cada operao. Nos tornos dste tipo, que servem para a grande produo seriada, o material das peas a tornear tem movimentos de rotao e avano de alimentao.
De um modo geral, so comuns a todos os tipos de tornos, com as variaes de dispositivos ou dimenses exigidas em cada caso, os seguintes mecanismos e partes:
'
1 ) Tornos horizontais, de rvore horizontal e barramento horizontal. 2) Tornos verticais, com rvore vertical. 3) Tornos-revlver, no qual vrias ferramentas, montadas em porta-ferramentas adequado~ atacam a Pea sucessivamente, em operaes diversas, pelo acionamento de certos comandos rpidos. So tornos para trabalhos em srie, de grande produo.
4) Tornos copiadores - So os que produzem uin movimento combinado, obrigando a ferramenta a cortar- um perfil na pea, que acompanha, por meio de uma guia, um outro semelhante tomado como modlo.
1) Partes que suportam ou alojam os diferentes mecanismos (barramento, ps, cabeotes, caixas).
2) Mecanismos, que transmitem e transformam o movimento de rotao da rvore (polias, engrenagens, redutores). 3) Mecanismos que possibilitam o deslocamento da ferramenta ou da pea, em diferentes velocidades (engrenagens, caixa de cmbio, inversor de marcha, fuso, vara, etc.).
4) Partes de fixao da ferramenta e da pea a tornear.
TORNEIR0 MECNICO
UTILIDADE DE TORNO MECNICO E OPERAES QUE REALIZA
FBLHA DE INFORMAAO TECNOLGICA
1.1 0
A feramenta de corte, conforme a sua posio ou a sua forma, pode ataczr a pea
externa ou internamente. 1) Operaes em que se d deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotao da pea. Eis alguns exemplos, em operaes externas (figs. 1 a 3).
Torneamento r ~ l i c o . Pig. 7
3) Operaes com deslocamento oblquo em relao ao eixo de rotao da pea (fig. 7).
Qualquer dos quatro tipos gerais de operaes citados pode ser tambm executado internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12).
QUESTIONARIO
1) Por que o torno mecnico uma das mquinas-ferramentas de maior utilidade? 2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, so comuns a todos os tipos de tornos. 3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecnicos. 4) Cite os nomes de diversas operaes externas e internas que o torno realiza indicando os deslocamentos da pea e da ferramenta.
I 42
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TORNEIR0 MECNICO
FIX&O
1.1 1
1
A fixao da ferramenta de corte no porta-ferramenta do torno e sua posio correta em relao pea a tornear so de grande
importncia, pois influem no rendimento e na qualidade do trabalho, assim como na durao do corte da prpria ferramenta.
A ponta da ferramenta deve ficar Altzlra do Eixo Geomtrico (ou do centro) da Pea (fig. 1). Ento, os ngulos f (formado na frente), c (ngulo da cunha ou do gume da ferramenta) e s (formado na parte superior), nas ferramentas bem afiadas, tero .os valres capazes de produzirem bom rendimento para o corte.
trabalho se torna defeituoso. Oferece, tambm, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no material, quebrando-se ou arrancando a pea. Admite-se que, em operao de corte pesado (grandes cavacos), a ponta da ferramenta fique ligeiramente acima do centro (crca de 1/40 do dimetro da peqa, at um
Fig. 1
Fig. 2
Para se obter a altura desejada, em cada fixao de ferramenta, usual o emprgo de um ou mais calos de ao, entre a parte inferior da ferramenta e a base do porta-ferramenta (fig. 2). Se a ponta da ferramenta fica abaixo do centro da pea, a aresta cortante tem maior penetrao, a ferramenta fica forada, o metal arrancado, os cavacos tm sada difcil e o
mximo de 2 mm), para que na0 se d flexo da ferramenta e presso exagerada sobre O carro do torno. Quanto ao ngulo do eixo longitudinal da ferramenta com o eixo longitudinal da pea, o valor varivel, conforme o tipo de trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~o de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90 na operao de facear (fig. 4).
Fig. 4
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43
TORNEIRO MECNICO
1 12
TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA
So usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustvel (fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7).
1 4
Fig. 5
Fig. 8
Fig. 6
Fig. 7
ltimo, mais reforado, serve para trabalhos pesados, nos quais grande o esfro de corte.
Para que a ferramenta conserve bem seu corte, produza trabalho de bom acabamento e no trepide, deve ser rgida, isto , no deve flexionar, por pouco que seja, em virtude da presso de corte.
tato superior no porta-ferramenta (figs. 9 e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de aprto deve estar bem nivelada, para que se d completo contato entre sua face inferior e a face superior da ferramenta de corte.
Fig. 9
2) ter o mnimo possvel de salincia em relao ao porta-ferramenta (figs. 8 e 10), isto , o balano b deve ser o menor possvel;
3) ser enrgicamente apertada, com as maiores superfcies possveis de apoio e de conFig. 10
MEC
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TORNEIRO MECbl.(ICO
FACEAK N O TORNO
FOLHA DE OPERACO
2.1
A operao de facear externo normalmente executada antes tle se fazer outra operao na pea. Serve para preparar uma face
de referncia, a fim de se poder marcar um comprimento (iig. 1 ) ou, ainda, para permitir furao sem o desvio da broca.
FASES DE EXECUO
l . a Fase
A PRENDA
PEA
OBSERVAO: Deixe para fora da placa uni comprimento L, menor ou igual ao dimetro 1) do material.
2.a Fase
PRENDA A quada (fig. 3).
FEKKAMENTA
de facear adc-
OBSERVA~ES :
a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em
ngulo com a face da pea (fig. 5 ) e na altura do centro (figs. 4 e 5). I)) O balario 6 dever ser o menor possvel.
Fig. 4
C)
Fig. 5
Quando, iiu taceamento de pecas no furadas, a ferramenta prsa aciina ou abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa um resto de corte H que provoca a rup-
tura da ponta cortante. No caso de ser ferra~nenta de carbonto, ela quebra-se ainda com maior facilidade.
Fig. 6
MEC
Fig. 7
Fig. 8.
Fig. 9
47
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TORNEIRO MECNICO
I
FACEAR N O TORNO
FOLHA DE OPERAO
2.2
d
3.' Fase aproxime, cuidadosaLIGUEO TORNO, mente, a ferramenta do ponto mais saliente da pea (fig. 8) e fixe o carro principal.
4.'
Fig. 10
DESLOQUE A FERRAMENTA para o centro da pea (fig. 10), avance meio milmetro e corte do centro para fora.
Fig. 11
pzno
6.a Fase
REPITAA 5.a FASE at que a face da pea fique completamente lisa. OBSERVA~~ES: a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos dois lados e divida o material excedente pelas duas faces. b) Faa o movimento das mos lento e uniforme, para obter uma superfcie bem acabada. Habitue-se a trocar de mo sem parar o deslocamento da ferramenta. c) O ltimo passe deve ser bem fino ( I a 2 dcimos de milmetro). d) Sempre que possvel, faceie usando o automtico do torno. Neste caso, consulte a tabela de avanos.
Fig. 12
CEAMENTO
No deixe a ferramenta avanqar alm do centro da pea (face plana sem furo), pois isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta.
NOTAS : a) O faceamento no torno pode ser, tambm feito em peas prsas: - entrepontas, com a contraponta rebaixada para permitir o faceamento total (fig. 11). - em mandril paralelo (fig. 12). - em placa lisa com cantoneira (fig. 13). b) A ferramenta de facear deve ser escolhida conforme o caso (figs. 14, 15 e 16). c) Faceando entrepontas, use lubrificante na contraponta. d) Cuidado para que a ferramenta no toque a contraponta.
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MECNICO
TRS CASTANHAS
1 1
2*1
I
A placa universal de trs castanhas muito usada na oficina mecnica, pois permite centragem rpida da pea; apresenta, entretanto, os seguintes inconvenientes: 1) no serve para a fixao e centragem de peas de qualquer forma, mas smente para peas cilndricas ou hexagonais;
3) exige cuidados na lubrificao. A ranhura no deve ser lubrificada, para evitar que os cavacos e sujeiras a ela adiram, influindo -na preciso da centragem ou danificacando a placa.
Quando necessrio muita preciso na centragem de uma pea na placa, no convm usar a placa universal, mas a placa de castanhas que se movem independentemente umas das outras.
NA ARVORE DO T a R N O
Cuidados a tomar:
1) Coloque a placa sbre um calo de madeira apropriado, no barramento do torno, como mostra a fig. 1.
Fig. 1
2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rsca da rvore e a face do flange. Qualquer sujeira ou rebarba nessa face pode tornar defeituosa a centragem da pea. 3) Limpe a rosca da placa com grampo prprio (fig. 2).
4) Ajuste a placa contra o topo da rvore, com a mo direita, e, com a esquerda, gire lentamente o torno, at que o encosto da placa fique apertado na face do flange. Nunca se deve montar a placa com o torno em movimento.
Fig. 3
49
TORNEIR0 MECNICO
2.2
5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoiada sobre as castanhas. Coii~isso se evita que os cavacos, por acaso cados no inte-
2) No introduza canos no inanpulo da chave de manobra com a finalidade de aumentar o brao de alavanca e tornar mais enrgico o aprto.
3) Para tornar melhor o aprto da pea, basta usar a chave de manobra nos trs encaixes dos pinhes da placa.
4) Lubrifique com graxa os pinhes e a coroa dentada da placa. N5o convm lubrificar a ranhura espiral, a fim de evitar a aderncia de sujeira ou cavacos. 5) De vez em quando, ou se houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, desmonte-a e limpe cuidadosamente todas as peas do seu mecanismo.
RECOMENDAC$3ES SBIIRE A FIXACiO DE PECAS NA PLACA CNIVERSAL 1) No caso de peas de grandes dimetros,
prenda-as nos ltimos degraus, evitando que as castanhas fiquem muito salientes, ou seja, com pequeno encaixe nas ranhuras (fig. 4).
4) A pea bruta, com empenanlento ou irregularidade, no deve ser fixada na placa universal. Esta s usada para a centragem de peas bem uniformes.
Fig. 5
=O
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TORNEIR0 MECNICO
OS A N I S G R A D U A D O S D O T O R N O
2 . 3
Para remover certa espessura de material, ou seja, "dar um passe", o torneiro necessita fazer avanar ferramenta contra a pea, na medida determinada. A fim de que o trabalho se execute de modo preciso, a medida da espessura a remover deve ser fixada e garantida por um mecanismo que, alm de produzir o avano, permita o exato e cuidadoso controle dste avano. O torno mecnico possui mecanismos que atendem a tais condies:
1,o) no carro transversal, cujo deslocamento sempre perpendicular ao eixo da pea ou linha de centros do torno;
2.O)
na espera, onde se situa o porta-ferramenta, que pode ser inclinada a qualquer ngulo, pois sua base rotativa e dispe de graduao angular.
Fig. 1
Os dois mecanismos possibilitam o avano da ferramenta por meio de um sistema parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas fixas, pela rotao de um volante ou de manivela. Com o giro do parafuso, a porca (que prsa base do carro) desloca-se e arrasta
o carro, fazendo-o avanqar ou recuar, conforme o 'sentido da rotao do parafuso (fig. 1). O controle dos avanos, em qualquer dos carros, se faz por meio de graduaes circulares existentes ein torno de buchas oii anis cilndricos solidrios com os eixos dos parafusos de movimento, e junto aos volantes ou s manivelas (fig. 1).
OS ANIS GR.4DUaDOS
Os anis graduados, tambm chamados colares micromtricos, so os dispositivos circulares, que determinam e controlam as medidas de que devem avanqar os carros, mesmo que os avanos tenham de ser muito pequenos. Sobretudo nos trabalhos de acabamento e de execuo de roscas (nos quais so necessrios pequenos passes de espessuras precisas) o emprgo do anel graduado evita dificuldades ou erros. O torneiro pode garantir um determinado! avano da ferramenta, girando o anel graduado de um certo nmero de divises, a partir de uma referncia fixa. Nas tarefas de tornearia, principalmente na execuo de roscas, os anis graduados podem servir s seguintes finalidades:
3) Permitir um ponto de referncia para acertar novamente a posio de uma ferramenta que tenha sido deslocada durante a operao.
TORNEIR0 MECNICO
OS ANIS GRADUADOS DO T O R N O
2.4
Nestas condies, uma volta completa do anel graduado far com que a porca, e portanto a ferramenta montada no carro, avance de 4 mm. Se for feito o deslocamento de apenas uma diviso do anel, o avano a ou penetrao da ferramenta ter a medida: a=---4mm 1 mm 80 - 20
-
0,05 mm.
Aplicaes
1) No anel da fig. 2, qual o nmero de divises a deslocar para se ter uma profundidade de corte na ferramenta de a' = . . . . = 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 = = 5 divises. 2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e um anel de 60 divises iguais, qual o avano a da ferramenta que corresponder a 1 diviso? 6mm 1 mm - --- - 0,l mm. Resposta: a = 60 - 1O
Fig. 2
+ 0,001'' = 15 divises
2) Com
parafuso de 4 fios Por polegada e um anel de 125 divises, calcular a profundidade de corte correspondente a 1 diviso.
Aplicaes
1) Com o anel e o parafuso do exemplo ariterior, calcular qual o nmero de divises adeslocarparase ter uma profundidade de corte de a' = 0,015".
Como a penetrao da ferramenta radial, obtm-se no dimetro uma reduo de duas vzes a penetrao dada. ~ ~ se a penetra~ i odaferramentafrde0,1mm,odimetro sofre uma reduo de 0,2 mm.
1) Indique trs finalidades do anel graduado no torno. 2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a penetrao transversal da ferramenta. 3) Com o passo p = 6 mm e 120 divises do anel, calcular o avano ou a profundidade de corte a. 4) Num anel micromtrico cujas divises correspondem a 0,05, quantas divises preciso girar para um passe de 0,75 mm de profundidade?
i2
MEC
1965
15.00
TORN E l R 0 MECNICO
FERRAMENTA DE DESBASTAR
2.5
,
A operao de desbastar consiste em remover, da pea em rotao no torno, o cavaco mais .grosso possvel (o cavaco de maior seo), tendo em conta a. resistncia da ferramenta de corte e da mquina, bem como a conservao do gume cortante da ferramenta. Visa o desbaste a obter, com o mximo de rendimento, uma medida na pea que seja ligeiramente superior, de crca de 1 milme-
tro, medida desejada como definitiva. Atinge-se aproximadamente medida definitiva por meio de novos passes da ferramenta para acabamento. Essa operao final, depois do desbaste, requer passes leves da ferramenta de corte, que devem ser constantemente controlados por instrumentos de medida ou por calibradores de medida.
FERRAMENTA DE DESBASTAR Particularmente, no caso do torno, usual denominar-se Ferramenta de desbastar a que produz a operao de DESENGROSSAR COM PASSES FORTES, nos casos de cilindrar, ou de tornear cnico, isto , de operar o corte de modo tal que a ponta da ferramenta se desloque respectivamente paralela ou inclinada em relao ao eixo da pea. A ferramenta de desbastar B direita (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no sentido do CABEOTE MVEL PARA O CABEOTE FIXO. de desbastar esquerda quando, ao cortar, se desloca no sentido do CABEOTE FIXO PARA O CABEOTE MVEL (figs. 2 e 4).
Fig. 3
bastar B d i ~ e i t a .
para melhor rendimento ao corte. Os ngulos, suas denominaes e valores prticos, sero estudados oportunamente.
TORNEIR0 MECNICO
FERRAMENTA DE DESBASTAR
2.6
Com o auxlio das figs. 5 e 6 sero aqui caracterizadas apenas as superfcies oti Faces e as arestas da parte cortante.
Face de .saida o u ataque: A B C D A Face frontal: A B B V A " A Face frontal secundria: BCC"BJ'B Aresta de corte, g u m e o u fio: A B Aresta de corte secundria: B C Aresta frontal o u de incidncia: B B '
A inclinao da aresta de corte AB tem grande influncia sbre a durao do fio cortante, podendo produzir maior ou menor presso de corte, maior ou menor vibrao, devido superfcie do cavaco a arrancar. O ngulo r (figs. 7 e 8) chama-se ngulo de rendimento. Para um mesmo avano a e uma rnesma profundidade p de corte das duas ferramentas das figs. 7 e 8, v-se que, no caso da fig. 8, h maior extenso da aresta de corte
contato. Resulta a maior presso e a possibilidade de maior vibrao. Sobretudo, quando no desbaste de peas de pequeno dimetro, convm, portanto, ferramenta com aresta de corte mais inclinada, como na fig. 7.
eiii
A seo transversal mnop da haste da ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra de ao possa resistir ao esforo de flexo que resulta da presso de corte, ou seja, a presso que se produz sbre a aresta cortante, quando o cavaco arrancado. A seo da ferramenta deve ser escolhida tendo em conta a seo do cavaco a arrancar, isto , a rea resultante do produto a X p (avano vzes a profundidade do corte, figs. 7, 8 e 9). A regra usual adotar-se uma rea da seo da ferramenta 80 a 100 vzes a rea da seo do cavaco. Por exemplo, para um cavaco a cortar de 5 mm2 de seo, pode-
Fig. 9
4) Explique a influncia da inclinao da aresta de corte da ferramenta. 5) Como deve ser escolhida a seo da ferramenta de desbastar?
* MEC
- 1965 -
15
TORNEIRO MECANICO
FERRAMENTA DE 1-ALEAR
2.7
A operao de facear serve para remover material da pea em rotao no torno, fazendo o bico da ferramenta avanar em direco perpendicular ao eixo da pea. Por iiieio do foceamento so feitos, no torno, os planos dos topos das pea, os planos transversais dos rebaixos ou os cantos vivos dos i-e baixos. Em suma, o faceainento uma OPE-
-TORNO, A
OBTEN~O
DE SUPERFCIES PLASAS.
.4 operao de tacear pode ser, no smente por desbaste (passes profundos), mas tambm em selni-acn1)ninento ou em acabamento (sucessivos passes leves, com controle freqiiente das .medidas).
Fig. 1
F ' r r ~ - ~ i i i ~ r reta n t a (1'0 f ( i c ~ I. ~ iti direita.
/*=
1 I
~errarnr?;ta reta d e
5
curva d e direita.
FERKAMEN?',1 DE FACEAR Apresenta as formas das figuras 1, 2, 3 e 4 (ferramenta ~ e t n de facear) ou as das figuras 5 e 6 (ferramenta c u w a de facear). Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta de fncerr~.r i t/ir.ritn, isto , ela produz planos do lado do cabeote iiivel. Nas figs. 2, 4 e 6 a ferramenta de facear esquerda, ou seja, produz planos do lado do cabeote fixo. Existe tainbem outro tipo de ferramenta de facear, que trabalha ciliildrando
---r
-.
--
-..-
TORNEIR0
MECNICO
FERRAMENTA DE FACEAR
2.8
lateral direita.
Fig. 7
Fig. 8
em passes profundos, com pequeno avano e produzindo faceamento no rebaixo que deixa na pea. As figs. 7 e 8 mostram as duas ferramentas: faca direita e faca esquerda. O faceamento com as ferramentas indicadas nas figs. de 1 a 4 feito do centro para o exterior da pea. Quando a ferramenta tem a face de sada ou de ataque, conforme indicado nas figs. 5 e 6, o corte feito do exterior para o centro. O que influi, ento, no sentido de deslocamento da ferramenta, a forma da face de ataque: se ela inclinada
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE FACEAR Por meio da fig. 9, podem ser caracterizadas estas faces e arestas:
Face de saida o u ataque: ABCDA Face lateral: ABB'A'A Face frontal: BCC'B'B Aresta de corte, gume, fio: BA Aresta de corte secundria: BC Aresta frontal o u de incidncia: BB'
Os ngulos, que influem no corte, se-
para os lados, isto , se o gume lateral, o corte se d do centro para o exterior; se a face inclinada para trs, isto , se o gume frontal, o corte se d do exterior para o centro, qualquer que seja a forma da ferramenta: reta ou curva. As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 so montadas com pequena inclinao em relao ao eixo longitudinal da pea. As das figs. 5, 6, 7 e 8 so fixadas com o eixo longitudinal perpendicular ao eixo longitudinal da pea.
Fig. 9
1) Em que consiste a operao de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento? 2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear? 3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento? 4) Por que no se deve forar a ferramenta de facear num desbaste pesado?
I
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TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERAC~~O
3.1
muito comum no trabalho do torneiro mecnico a execuo de peas prsas entrepontas ou na placa e ponta. Para qualquer dos dois processos de instalao da pea necessrio fazer centro. Os furos de centro devem ser bem fei-
tos, pois, do seu estado, dependem a perfeio e a segurana das operaes a serem executadas na pea. Furos alinhados, com superfcies lisas, ngulos e dimenses corretos, so indispensveis para uma perfeita fixao de peas.
FASES DE EXECUCO
1." Fase
PRENDA E
CENTRE O
material na placa.
2.a Fase
(fig. 1 - Veja Ref. FO 2/1). FACEIE
3." Fase
LIMPEOS gote.
4.a Fase
CONES
do mandril e do man-
MANDRIL
no mangote
Fig. 2
5.a Fase
A PRENDA dril.
BROCA DE CENTRAR
no man-
6." Fase
APROXIME A BROCA da pea e fixe o cabeote mvel, apertando a porca A (fig. 3).
v Fzg. . 4
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....4NICO
1
CNtIKU
FOLHA DE
OPERAO
3 . 2
8.a Fase
I
I
I
I
Consulte a tabela de velocidade de corte para brocas e detemine a r.p.m., considerando o dimetro D (fig. 7). PRECAUO: No ultrapasse o limite de rotao indicada para a placa, a fim de no danificar a mquina e de no se expor a perigo.
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
QUESTIONARIO
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACO
3.3
Quando as peas no necessitam ser torneadas entrepontas e so LONGAS demais para serem torneadas smente na placa, usase um apoio: a contraponta. As peas finas e longas flexionam (fig. 1) e, quando a "pega" curta, podem escapar-se da placa sob a ao da ferramenta. Para evitar stes inconvenientes, usa-se colocar um apoio, ou seja a contraponta, no extremo da pea, resultando disso a fixao na PLACA E PONTA (fig. 2).
FASES DE EXECUO
Fase
FAJA FURO DE CENTRO
numa extremiFig. 3
dade do material.
2.a Fase
COLOQUE LUBRIFICANTE
no furo de
3.a Fase LIMPEOS CONES e coloqiie a contraponta no mangote. 4.a Fase SITUE E FIXE O CABEJOTE mvel apertando a porca A (fig. 4).
OBSERVA~ES: a) O mangote deve estar fora do cabeote de um comprimento igual a duas vzes o seu dimetro (fig. 5). b) A distncia da contraponta placa deve ser igual parte da pea que fica para fora da mesma. Fase INTRODUZA O MATERIAL N A PLACA e feche as castanhas sem, contudo, prend-lo.
Fig. 4
6.a Fase APERTE AS CASTANHAS, acertando antes o furo de centro na contraponta e girando o material.
Fase da contraponta pelas referncias B e corrija, se necessrio, girando o parafuso C (fig. 4).
VERIFIQUE O ALINHAMENTO OBSERVAJES:
7.a Fase
AJUSTE A PRESSO DA CONTRAPONTA,
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACO
3.4
muito importante, pode-se verificar o alinhamento da contraponta do modo seguinte: a) Torneia-se uma pequena extenso, a partir do topo da pea, do lado da contraponta. b) Toma-se a referncia do ponto mximo em que a ferramenta avanou transversalmente, no anel graduado. c) Desloca-se a ferramenta para o ponto mais prximo da placa e torneia-se uma pequena parte, avanando a ferrainenta no sentido transversal exatamente at o ponto em que ela torneou na extremidade. d) Verifica-se com compasso externo (fig. 6) ou micrmetro. Diferena nos dimetros indica que a contraponta no est alinhada. Deve-se, por conseguinte, fazer as correes necessrias no alinhamento da contraponta. Quando o dimetro da extremidade for maior que o dimetro prximo da placa, deve-se deslocas o cabeote mvel no sentido de X, girando o parafuso C; caso contrrio, deve-se desloc-lo no sentido de Y, isto , deve-se afast-lo do operador (fig. 7). A contraponta smente estar alinhada, quando os dois dimetros forem iguais.
a) Consulte a tabela e determine a r. p. m, e o avano. b) Durante o torneamento, evite retirar a pea da placa, sem acab-la porque ser mais difcil a centragem da mesma. c) Proteja e limpe as guias do torno constantemente, quando trabalhar com ferro fundido.
a) Verifique constantemente o ajuste da contraponta e lubrifique-a, pois, durante o torneamento, a pea se aquece e se dilata, razo pela qual a contraponta deve ser reajustada.
b) Quando tornear lato, use culos protetores para os olhos ou uma rde, metlica ou plstica, sobre a ferramenta.
9.a Fase
PRENDA A
FERRAMENTA
e torneie.
Fig. 7
Fig. 6
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TORNEIRO MECNICO
SANGRAR NO TORNO
FOLHA DE OPERACO
3.5
A operao de sangrar no torno muito executada pelo torneiro na abertura de canais e no corte de peas. A ferramenta usada nessa operao denominada FERRAMENTA DE
SANGRAR OU BEDAME
(fig. 1); tem a .ponta hgil e, por isso, necessrio muito cuidado na sua utilizao.
Bedame de lmina.
Fig. 1
Bedame comum.
FASES DE EXECUO I - ABRIR CANAL l.a Fase A PESA. PRENDA, OBSERVA~O: Se usar placa, introduza a pea o mximo possvel, de forma que o canal a ser feito fique' prximo das castanhas, a fim de evitar que a pea flexione (fig. 2).
2.a Fase
OS LIMITES DO CANAL usando MARQUE uma ferramenta de ponta e o paqumetro (fig. 3) ou, ento, com o compasso de centrar e a escala (fig. 4).
3.a Fase
O BEDAME, observando a altuPRENDA ra e o alinhamento (figs. 5 e 6).
OBSERVAJO: A marcao pode tambm ser feita diretamente com o bedame a ser usado para fazer o canal.
Pig. 3
Fig. 4
TORNEIRO MECNICO
SANGRAR NO TORNO
F6LHA DE OPERAAO
3.6
b) Na operao de sangrar muito conveniente o uso de suporte de mola (fig. 5). este tipo permite executar a operao sem deslocar lateralmente o bedame.
4.a Fase
Fig. 5
Consulte a tabela e determine a r. p. m. Fase AVANCE O BEDAME at tocar de leve na pea (fig. 7) e acerte o anel graduado do carro transversal na referncia O (zero - fig. 8).
Fig. 7 Fig. 6
Caso o esforo seja muito grande, v deslocando ligeiramente o bedame no sentido lateral de modo que o canal fique um pouco mais largo e le possa penetrar livremente. b) Desloque a ferramenta com a manivela do carro principal e repita o mesmo trabalho na outra extremidade do canal (fig. 10).
Fig. 8
MQML limita
Fig. 9
OBSERVAO:
Fig. 10
I
Deixe, aproximadamente, 0,2 mm a mais no dimetro e 0,2 mm de cada lado do canal, para acabamento.
MEC
'
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TORNEIRO MECNICO
Fase
SANGRAR NO TORNO
FOLHA DE
OPERAO
3.7
TERMINE O canal faceando os flancos primeiramente (fig. 11) e depois o fundo (fig. 12).
OBsERvA~":
S>enecessrio, reahe o bedame.
Fig. 11
Fig. 12
I1
- CORTAR
l.a Fase
2.a Fase
PRENDA O
3.a Fase).
BEDAME
(Veja parte I,
Fig .
O bedame usado para cortar material no trno tem a aresta inclinada em relao ao eixo geomtrico da pea (fig. 13). Esta inclinao evita na pea que se destaca.
RESTO DE CORTE
Para melhorar o acabamento da face da pea cortada, comum fazer-se, tambm, um pequeno ngulo de sada ou de ataque (fig. 13 - Corte AB). 3.a Fase
MARQUE O
L I
Fig. 14
14).
4.a Fase
CORTE A
I
PESA
(f ig. 15).
I
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TORNEIRO MECNICO
SANGRAR N O T O R N O
FOLHA DE OPERACO
3.8
OBSERVA~~ES:
a) No caso de pea furada, a altura do be-
dame deve ficar ligeiramente acima do centro da mesina (fig. 16). b) Se o nmero de peas a cortar for grande, use bedame "pescojo de cisne", tambm chamado "bedame de gancho". Neste caso, quando a pea gira em sentido contrrio e a ferramenta se encontra voltada para baixo, o corte feito com mais facilidde (fig. 1'7). OBSERVAO:
Fig. 16
O sangramento com a ferramenta voltada para baixo e a peqa girando em sentido contrrio muito aconselhvel no caso de peas de grandes dimetros e quando j h alguma folga entre a rvore e o manca1 do torno.
PRECAUJO: Adote ste processo smente se o torno tem placa de encaixe cnico e prsa com porca, pois, nos tornos comuns, a placa pode se desatarraxar, expondo o operador a perigo. NOTA: Quando se sangram peas compridas, o esforo do bedame muito acentuado. Usase, por isso, uma luneta fixa, a qual deve ser montada bem prxima ao canal ou ao corte a ser executado (figs. 18 e 19).
,
I
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-- --
. .
3.1
O nmero de rotaes da rvore do torno no pode ser adotado, vontade, arbitrriamente, pelo torneiro. Depende a sua determinao de alguns fatores, dentre os quais so de grande importncia a espcie do material a tornear, a espcie do material da ferramenta de corte, o dimetro da pea, o tipo de operao (desbaste, acabamento).
Por exemplo, para tornear material macio, usa-se maior nmero de rotaes que para material duro. Para um mesmo material a tornear, emprega-se maior nmero de rotaes quando a ferramenta de ao rpido do que no ,caso de ser a ferramenta de ao ao carbono.
O nmero de rotaes sempre considerado em relao ao tempo de 1 minuto. A abreviatura "r.p.m." significa "rotao por
Os tornos mecnicos tm, em geral, variaes reduzidas de "r.p.m." Nos tornos antigos, de polias em degraus, so comuns as variaes de 8 a 12 rotaes diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 71 - 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 900 r.p.m. Nos tornos modernos, o cabeote fixo contm complicados Jogos de engrenagens de mudanas, que permitem variaes mais amplas, como se mostra pos dois exemplos seguintes:
1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158 - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700 r.p.m. 36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56 -64-75-85 -98 - 113 - 128 - 146 - 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340 - 385 - 445 - 500 - 580 - 665 - 765 895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 1750 r.p.m.
Existem trs processos: 1.0) Clculo mediante o emprgo de uma frmula matemtica, sendo conhecidos o dimetro da pea e um valor chaniado "velocidade de corte", dado por tabelas. OBSERVAO : A velocidade de corte dada em tabelas j considera o tipo de material a ser torneado, o da ferramenta e a espcie de trabalho, isto , se se trata de desbaste ou de acabamento. a tornear, material das ferramentas de corte e tipos de operao (desbaste, acabamento.). S ser apresentado aqui o terceiro caso, o de tabelas. Em qualquer dos processos, obtido um determinado nmero de "r.p.m.", adota-se o igual da gama de velocidades do torno, se houver. Em geral, porm, no h coincidncia. DEVEM SER ADOTADAS ENTO AS "r.p.m." pelo clculo ou pelos grficos ou tabelas.
LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS
A ttulo de exemplo se encontram, no verso, tabelas resumidas de "rotaes por minuto" para certos casos.
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TORNEIR0 MECANICO
C '
3 . 2
*
TABELA DE "r.p.in
DIMETROS
WTERIAL A TORNEAR F e r r o fundido Ao doce O d o Ao d u r o Bronze Lato e dlumnio
1" 1 "
182 296 159 259
27 25 55 51 45 42 27 25 73 68 118 110
@ TABELA DE DIAMETROS
(mm)
MATERIAL A TORNEAR Ferro fundido Ao doce Ao semi- duro Ao d u r o Bronze L a t o e Alumnio 136 159 136 91 296 341
N~ERo D E ROTA~ESPOR MINOTO ( r. p - .m ) 119 106 95 85 76 69 64 59 5 5 51 48 42 139 124 1 1 1 99 89 8 1 74 69 64 59 56 50 119 106 95 85 76 69 64 59 55 51 48 42 80 71 64 57 5 1 46 42 39 36 34 32 28 259 230 207 184 166 1 5 0 1 3 8 1 2 7 1 1 8 1 1 0 1 0 3 92 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 136 127 119 106
38 45 38 25 83 95
@ TABELA DE . DIMETRos
"r.p .mn
(mm)
4 D E ROTAES POR MINUTO (r.u.m 99 89 8 1 74 69 1 4 1 1 2 7 1 1 6 1 0 6 98 1 1 3 102 93 85 78 8 5 76 69 64 59 1 4 1 127 116 L06 98 283 255 231 212 196
-
- -
1 1 159 139 124 1 227 1 9 9 1 7 7 1 5 9 182 1 5 9 1 4 1 127 136 119 106 95 227 199 1 7 7 159 455 398 354 318
-
---
64 59 56 50 45 9 1 85 8 0 7 1 64 73 68 64 57 5 1 5 5 5 1 48 42 38 91 85 80 7 1 64 182 1 7 0 1 5 9 1 4 1 L27
-
TBBELA D E "r.p.mn
321 361 40 4 501 551 601 65 701 751 801 90 m o DE BOTAES POR (r.p.m )
MINUTO
COO
143 127 1 1 5 1 0 4 95 8 8 82 76 72 64 57 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 136 127 1 1 9 106 95 1 7 5 156 1 4 0 1 2 7 1 1 7 1 0 8 1 0 0 93 88 78 70 127 1 1 3 102 93 8 5 78 73 68 64 57 5 1 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 1 3 6 1 2 7 1 1 9 1 0 6 95 1 L a t o e Aluminio 398 354 318 289 265 245 227 212 1 9 9 1 7 7 L59 P68 EXEMPLOS : 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas1 tar ferro fundido corn ferramenta de ao 1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbasrpido, dimetro da pea 40 mm. Restar ao duro com ferramenta de ao rI posta: 111 r.p.m. (tab. 3). pido, dimetro da pea 55 mm. ResOBSERVA~O: 1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). No caso de dimetros que no constam 2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para trabanas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para lhos de acabamento em lato C O ~ Iferramais prximo. Exemplo: para desmenor menta de ao ao carbono, dimetro da bastar bronze com ferramenta de ao rpido, 1 I pea 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela dimetro da pea 72 mm, deve-se trabalhar 1 2). com 91 r.p.m. C I MEC - I 06s - 15 nnn 68
"2"
TORNEIR0 MECNICO
BROCAS DE CENTRAR
3.3
Para se tornear urna pea que deva ser ap~iada entre a ponta e a contraponta, necessrio fazer centros nas faces dos dois topos. Os centros so furos de forma cnica, aos quais se adaptam os cones da ponta e da
contraponta. Quando se precisa tornear, prendendo a pea na placa e apoiando o outro extremo na contraponta, tambm se pratica uin furo de centro, lia face dsse outro topo, para adaptaco da contraponta.
Fig. 1
Fig. 3
O mais comum o. centro simples, como se v na figura 1. Compe-se de uma entrada tronco-cnica de 60. Segue-se um furo cilndricb. Na parte tronco-cnica se adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones so de 600. O furo cilndrico penni~e que fique livre o extremo da ponta ou da contraponta e , ao mesmo tempo, um pequeno depsito de leo, que serve lubrificao dessas partes em contato e sujeitas a atrito devido rotao da pea. A figura 4 mostra claramente como se ajusta a ponta do torno no interior do orifcio de um centro simples. Outro tipo o centro protegido indicado na figura 2. Alm das partes cnica e cilndri'ca, ste centro possui uma entrada es-
careada a 1200. H tanibm o centro protegido do tipo da figura 3: em lugar da entrada escareada a 120, h um pequeno rebaixo cilndrico. Tanto o escareado a 120, como o rebaixo, tm a funo de proteger a parte conica contra choques que possam produzir mossas, deformaes ou rebarbas capazes de prejudicarem o rigor da centragem. O cone do centro e o cone da ponta devem ter o mesmo ngulo (60), para permitir a ajustagem exata da ponta ou da contraponta. Se assim no acontecer, a peja girar mal guiada e o torneamento ser imperfeito. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgastam mais rpidamente, se a centragem no fr correta.
MEC
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECNICQ
BROCAS DE CENTRAR
3.4
BROCAS DE CENTRAR Para a execuo dos centros nas peas, usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, cujos tipos inais comuns so indicados a seguir: broca de centrar simples (fig. 5) e broca de centrar com chanfro de proteo (fig. 6). A primeira , em geral, de ao carboilo; e a segunda de ao rpido. Devido sua forma, executam, numa s operao, o furo cilndrico, o cone e, ainda, o escareado (fig. 6). As medidas dos centros devem ser adotadas em proporo com os dimetros das peas. A tabela abaixo apresenta dados prticos.
.Fig. 5
.Fig. 6
'DIAMETROS
DAS PEAS
MO DO ESCAREK
c
D
56 8 10 12 14
C
40 45 50 55 66 78
Do
IE)
4 5
6,s
lmn)
5 16 21 31 41 61
I
a15 a 20 a 30 a 40 a 60 a 100
'
1;5 2 2,5 3 4 5
2 3 3.5 4 5 6,s
7,5 10 12.5
Fig. 7
EXECUCO DO CENTRO No convm executar o centro na furadeira, a no ser que, pela sua forma, a pea no possa ser fcilmente prsa r,a placa. O melhor processo de executar furo de centro o mostrado na figura 8, utilizando-se a broca de centrar, montada em mandril fixado no cabeote mvel, e a pea prsa na placa universal. Como a broca fraca, deve-se operar com avano bem lento e com a velocidade da rvore de acordo com a tabela para brocas. Se o avano for rpido, resulta a quebra da ponta da broca, que fica encravada no furo j iniciado. QUESTIONRIO
1) Que so os centros da pea? Para que servem os centros?
- 1965 - 15.000
TORNEIRO MECANICO
I
3.5
I
Sangrar a operao em que a ferramenta de corte se desloca perpendicularmente ao eixo longitudinal da pea, produzindo desbaste a partir do exterior da pea para o seu centro. Por meio desta operao se executam canais ou ranhuras na pea, segundo a
'direo transversal do seu eixo geomtrico. A operao de sangrar , tambm, frequentemente, destinada a cortar a pea transversalmente, para o que, em passes sucessivos, se vai aprofundando o bico da ferramenta at que le atinja prticamente o centro.
FERRAMENTA DE SANGRAR
A ferramenta de sangrar, tambm denominada Bedume, apresenta usualmente uma das formas indicadas nas figs. 1 e 2 Quando se prepara o bedame para corte, afia-se a aresta de corte ou gume com LIINCLINA~O,a fim de conseguir a completa remoo de rebarbas na parte a ser destacada da pea (fig. 2).
. GEIRA
Sob a forma de bite, para montagem num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame uma simples lmina de ao, cujo aspecto est mostrado nas trs vistas da fig. 4. J encontrado no comrcio com as inclinaes laterais que se vem na terceira vista da fig. 4 e que servem para dar as folgas necessrias num e noutro plano do canal aberto na pea. Essa ferramenta geralmente conhecida sob os nomes de bite-bedume ou bedame de lmina.
Fig. 3
Fig. 4
de vibrao, porque o bico tende a penetrar e a levantar a pea, quando existe qualquer folga nos mancais da rvore. Para evitar sse inconveniente, usa-se montar a ferramenta ao contrrio, invertendo-se tambm o movimento de rota~o da r71
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'1
.
TORNEIR0 MECNICO
I
3 . 6
I
Fig.
vore do torno, como mostra a fig. 5. Emprega-se tambm o bedame "pescoo de cisne" ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao contrrio e ainda com inverso da rotao da rvore. Esta ferramenta turva oferece maior flexibilidade que a ferramenta reta. Nos dois
casas, a inverso da ferramenta e da rotao foram a rvore do torno contra os seus mancais inferiores, eliminando prticamente a vibrao. X desvantagem que, conforme a presso do corte, a placa montada no extremo da rvore tende a deslocar-se.
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE SANGRAR As figs. 7 e 8 facilitam a caracterizao das faces e arestas da parte til:
Face de saida o u ataque: ABCDA Face frontal: ABB'A'A Faces laterais: AA'DA e BB'CB Aresta de corte (nica): AB.
Ao afiar a aresta de corte, conveniente dar-lhe um ligeiro arredondamento, como mostra, com exagro, a fig. 8. Com isso se curva e se desprende obliquamente o cavaco. Se no for tomada esta precauo, h possibilidade de acumulao forada de cavacos no bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da ranhura e por ser frgil, pode-se romper devido presso. No caso do bedame de corte, convm repetir a observao da primeira pgina: a aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclinao, para facilitar a remoo das rebarbas na parte a ser destacada da pea (fig. 2). QVESTIONA.RJO 1) Em que consiste a operao de sangrar? Qual a direo da ferramenta? 2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que bedame? 3) Que bite-bedame? Como se monta ste bite para o corte? 4) Como se evita a vibrao da ferramenta de sangrar? 5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume.
72
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Fig. 7
Fig. 8
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TORNEIR0 MECtNICO
I
F6LHA DE OPERAO
4.1
2.a Fase FIXEA ESPERA no $ngulo de inclinao do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: * a) Solte os parafusos de fixao da base giratria. b) Gire a espera no ngulo desejado, observando a graduao angular. c) Aperte os parafusos.
OBSERVA~O Consulte a tabela de velocidade e determine a r.p.m., considerando o dimetro maior do cone.
Fig. I
3.a Fase
O TORNEAMENTO pelo extremo B INICIE da pea (fig. 3), com passes finos, girando a manivela da espera vagarosamente. Troque as mos, na manivela, de modo que no interrompa o corte.
4.a Fase
VERIFIQUE O NGULO do cone, quando le estiver mais ou menos na metade (figs. 4 e Fi), e corrija, se necessrio.
Fig. 4
Tvet,ifir.a!.ocom trcc?zsfe~.i(loi.
Fig. 5
T'erificao com. calibrado?-. (Cone de precisno).
( C o n e po?ico precisa).
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a) Para corrigir o ngulo, desaperte os parafusos da base giratria, gire-a levemente no sentido desejado e reaperte os parafusos. b) Quando o cone verificado com calibrador, afaste a ferramenta transversalmente e limpe a peqa e o calibrador.
6.a Fase
D os PASSES FINAIS, movimentando a ferramenta de A para B (fig. 6), at ficar no comprimento desejado. OBSERVAO: Os cones dever50 ser ajustados no ngulo desejado, antes de atingirem a medida final.
5.a Fase
O TORNEAMENTO pela metaRECOMECE de da parte cnica, com cuidado, para tirar o mnimo possvel (fig. 6) e, se necessrio, faa novos ajustes at que o ngulo fique na medida.
I1
l.a Fase
TORNEIE CILNDRICO INTERNO no dimetro menor do cone.
OBSERVAO : Leve em conta o comprimento do cone.
2.a Fase
FIXEA ESPERA no ngulo de inclinao do cone (Veja 2.a fase da parte I).
1
Fig. 7
76
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II
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACO
4.3
3.a Fase
A FERRAMENTA de alisar interPRENDA
no.
OBSERVAO : Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, quando faltar menos de 1 mm, para acert-la na altura (fig. 7), utilizando, para isso, o verificador.
Fig. 8
4.a Fase
O CARRO em. posio de tornear SITUE o cone (Veja 4.a fase da parte I).
a) Sendo o cone do comprimento da.pea, a ferramenta dever sair do lado da placa (fig. 8)..
b) Para alisar, d os passes no sentido de B para A e repasse de A para B, sem dar profundidade de corte (fig. 9).
5.$ Fase
O avano E A r.p.m., consiDETERMINE rando o dimetro maior do cone.
Fig. 9
6.a Fase
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TORNEIRO MECANICO
A furao no torno
uma
FURAR NO TORNO
FaLHA DE
OPERAAO
4.5
operao feita, com broca helicoidal, no incio da usinagem de partes internas das peas, eni geral.
Fig. 1
---
2.a Fase
O MANDRIL para brocas 110 COLOQUE cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca pela haste cilndrica (fig. 3).
Fig. 2
OBSEXVA~~ES: a) Se a broca tiver haste cnica (fig. 4) no precisa de tnandril; basta introduzir sua haste no cone do mangote. Se necessrio, use bucha de reduo (fig. 5). Para a inontagem, os cones do mangote, da haste da broca e da bucha de redujo devem estar liiilpos e secos.
corpo
/Haste
cilndrico
Fig. 3
a
ESPIGA
.. .
-.
HASTE cNICA
Fig. 4
Fig. 5
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'
TORNEIRO YCINICO
FUKAR NO T O R N O
FGLHA DE
. OPERAAO
4.6
c) Verifique o dimetro da broca com paqumetro, medindo sobre as guias (fig. 6). No gire a mesma, quando esta estiver prsa entre os encostos do paq;imetro.
3.a Fase
PREPARE O TORNO, para a furao.
Fig. 6
Consulte a tabela de velocidade de corte para brocas e determine a r.p.m. Limpe e lubrifique as guias do barramento.
4.a Fase
O CABEOTE MVEL de modo APROXIME que a ponta da broca fique a, mais ou menos. 10 mm da pea (fig. 7), tendo antes girado a manivela para que o mangote ficasse todo para dentro.
Fig. 7
5.a
Fase
6.a Fase
-.Cdpo do oscora -
INICIEO FURO, girando o volante do cabeote mvel, at que a broca encoste na pea.
Caso a broca vibre, ponha um calo de ao macio na espera e force-o levemente contra a mesma, medida que a sua ponta penetra na pea (fig. 8).
Fig. R
7 .a Fase
AFASTE o CALFO e verifique novamente se a broca vibra; sendo necessrio, repita a fase anterior, at que a mesma fique centrada e a sua ponta penetre lia pea.
oBsERvA~02
Coloque os guines cortantes da broca em posio vertical, a fim de facilitar o corte quando a broca pressionada pelo calo de
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TORNEIRO MECNICO
FURAR NO T O R N O
FOLHA DE OPERACO
escora e, tambm, para manter o alinhamento (fig. 9). 8.a Fase CONTINUE A FURAR, afastando, constantemente, a broca da pea e limpando-a com um pincel embebido em um fluido de corte adequado ao material a ser furado.
5
Furo inicial
Se o esforo para furar muito grande, verifique se a broca est bem afiada. No caso de broca de dimetro grande, s vzes, necessrio fazer um furo inicial de dimetro menor (fig. 10).
Fig. 10
O uso de broca inicial, muito maior do que a alma da broga final (fig. 1l), pode provocar a quebra da mesma e acidente.
9." Fase
TERMINE O FURO, na profundidade desejada. OBSERVA~~ES: a) O comprimento do furo pode ser controlado pela escala existente no mangote (fig. 12); se no houver esta escala, use um compasso interno. A abertura do comFig. 11
passo, neste caso, igual ao comprimento total que fica fora do mangote, menos o comprimento do furo (fig. 13).
MANOOTL
/ ' 1
Fig. 12
r :
Comp. do furo
_Abertura do wmpos6e -
Com~rimrnto totol
Fig. I?
IMEC
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TORNEIRO MECNICO
r
FURAR NO T O R N O
FOLHA DE O PERACO
4.8
O comprimento indicado pelo compasso pode ser marcado com um trao de giz ou com uin anel de cobre, prso na broca, quando o coiripriinento do furo no de grande preciso.
b) Veja se a medida da profundidade do furo inclui, ou no, o cone da ponta da broca (figs. 14 e 15).
c ) Ao medir coin o paclumetro a profundidade do furo. a haste deve ficar apoiada na parede do mesmo (fig. 16).
---
Fig. I 6
4) Que se deve fazer para evitar que a broca vibre ao iniciar o furo? 5) Que se deve fazer para diminuir o esfdr~o,quando se fura com broca de dimetro grande?
6) Qual a diferena no comprimento de um furo que deve ser faceado de um que no ser faceado?
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GONIOMETRO (TRANSFERIDOR)
4.1
I
O mecnico tem necessidade de medir ou verificar ngulos nas pejas que executa, a fim de usinar ou preparar determinadas superfcies com o rigor indicado pelos desenhos.
O instrumento que usa: para medir ou verificar ngulos, um Gonimetro o.u Transferidor.
I
I
MEDIO DE UM NGULO
A medio ou verificao de um ngulo qualquer, numa pea, se faz ajustando-o entre a rgua e a base do gonimetro. ste instrumento possui graduaes adequadas, que indicam a medida do ngulo formado pela rgua e pela base, e, portanto, do ngulo da pea. A unidade prtica de medida angular
o grau. Dividindo-se um crculo qualquer em 360 partes iguais, o ngulo central correspondente a uma parte o ngulo de 1 grau. O grau se divide em 60 minutos de ngulo e o minuto se divide em 60 segundos de ngulo. Os smbolos usados so: grau (O), minuto (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se l: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.
Em geral, o gonimetro, ou instrumeilto de medida angular, pode apresentar, ou um crculo graduado (360), ou um semi-crculo graduado (1800), ou um quadrante graduado (90). Prticamente, 1 grau a menor diviso apresentada diretamente na graduao do gonimetro. Quando possui vernier, pode dar aproximao de 5 minutos. O gonimetro de alta preciso aproxima at 1 minuto. Um tipo de gonimetro muito usado na oficina o Transferidor universal (fig. 1). Suas duas peas fazem parte de um conjunto denominado Esquadro combinado ou Esquu-
dro universal, que possui mais duas pejas (esquadro de centrar e esquadro com meia esquadria). O fixador prende o disco graduado e a rgua. O alinhamento dos traos extremos do disco (900 - 90) fica paralelo aos bordos da rgua. No arco, encontra-se um trao "O" de referncia. Quando a base perpendicular borda da rgua, a referncia "0" do arco coincide com o "90" do disco. Quando a base paralela rgua, os "zeros" do disco e do arco coincidem.
Rdguo groduo
' 9
TORNEIRO
(TRANSFERIDOR) GONI~METRO
INFORMACAO TECNOLOGICA FOLHA DE
4.2
Para usos comuns, em casos de medidas angulares que no exijam extremo rigor, o instrumento indicado o transferidor simples (figs. 2, 3 e 4).
No transferidor indicado na fig. 4, a 1mina, alm de girar na articulao, pode deslizar atravs da ranhura.
II
I
I
Fig. 7
'1
1
1) O gonimetro deve ser manejado com todo o cuidado, evitando-se quedas e choques. 2) Evite ranhuras ou entalhes que prejudiquem a graduaqo.
3) Faa completa limpeza, aps o uso, e lubrifique-o com leo fino.
5) O gonimetro deve ser aferido, isto , devem ser comparadas diferentes aberturas com ngulos padres precisos.
QUESTIONARIO
I
1) Quais so as caractersticas do bom gonimetro ou transferidor? 2) Que grau? Que minuto de ngulo? Que segundo de ngulo?
3) 4) 5) 6)
>
Para que serve o gonimetro ou transferidor? Qual a menor diviso angular de um transferidor ou gonimetro? Quais as condies de conservao do gonimetro ou transferidor? Como o mecnico mede um ngulo de uma pea com o gonirnetro ou transferidor?
'
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TORNEIR0 MECNICO
4.3
A broca helicoidal a ferramenta que, adaptada mquina, produz na pea um furo cilndrico, em conseqncia de dois movimentos que se realizam ao mesmo tempo: rotao e avano. O nome "helicoidal" devido ao aspec-
to da broca, cujo corpo se apresenta com arestas e canais em forma de uma curva denominada hlice. A broca helicoidal tambm chamada broca americana.
fabricada, em geral, de ao ao carbono. Para trabalhos que exijam, porm, alta rotao, usam-se brocas de ao rpido. Estas oferecem maior resistncia ao corte e ao ca-
lor do atrito, desgastam-se menos, podem trabalhar com mais rapidez, sendo, portanto, mais econmicas.
Si& c
dd OEk*
As figs. 1 e 2 apresentam dois tipos usuais, que se diferenciam pela haste. As brocas de haste cilndrica usuais tm, em geral, dimetros no mximo at 112". So prsas por meio de mandris. As brocas de haste cnica so, quase sempre, as de dimetros acima de 112". Prendem-se por meio de adaptao em furo cnico do prprio eixo, ou por meio de buchas de reduo de furo cnico.
f\ Artisia
da oontp
Fig. 3
A ao da aresta a de calcar o material., mediante a grande presso causada pelo movimento de avanco (fig. 3). A aresta da ponta no corta o ,material.
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C
4.4
I
A fig. 4 mostra, bem ampliado, um aspecto da ponta de uma broca helicoidal. As duas superfcies cnicas da ponta da broca se encontram com as superfcies dos canais, formando as Arestas Cortantes (Fios ou Gumes da broca). Na furao, o corte produzido por estas arestas, como se v na fig. 5: c o ngulo do gume, f o ngulo de folga ou de incidncia e s o ngulo de sada do cavaco tambm conhecido por ngulo de ataque.
3) Haste da broca
Destina-se fixao da broca na mquina. Pode ser cilndrica ou cnica. As hastes cnicas'do um aprto mais enrgico. Por isso, so usadas nas brocas de maiores dimetros, que produzem maior esforo no corte.
2) Corpo da broca
a) Guias - So estreitas superfcies helicoidais que mantm a broca em posio correta dentro do furo, sem produzir corte, O DIMETRO DA BROCA MEDIDO ENTRE AS DUAS GUIAS (fig. 4). b) Canais - So ranhuras helicoidais (fig. 5). Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos produzidos pelas arestas cortantes vo sendo elevados e lanados para fora do furo. c) Alma - a parte central da broca (fig. 4), entre os dois canais. A alma aumenta ligeiramente de espessura medida que se aproxima da haste, ou seja, os canais vo se tornando mais rasos. Isso aumenta a resistncia da broca, que sujeita constantemente a um esforo de toro, durante o corte. O corpo da broca diminui ligeiramente de dimetro, a partir da ponta at a haste na relao de 1 : 2.000. Dessa maneira, a broca no se agarra superfcie do furo, quando ste fr profundo.
Fig. 4
QUESTIOI - - RIO
1) Quais so os tipos usuais de brocas helicoidais (tipos de haste)?
4) Explique onde e como se d o corte, na broca helicoidal. 5) Quais sa os materiais de que se fabricam as brocas?
6) Por que as hastes cnicas so usadas nas brocas de maiores dimetros?
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I
TORNEIR0 MECNICO
4.5
I
I
A broca helicoidal 6, por vzes, usada em trabalhos no torno. Eis alguns casos:
1) para a execuo de furo, q ; e deva ser posteriormente torneado no seu interior por uma das ferramentas de torno, tais como a de broquear, a de facear interno, ou a de abrir rosca interna;
3) para a execuo de furo em pea fixada na espera superior. Em tal caso, monta-se a broca na rvore do torno.
Fig. 2
A aresta da ponta da broca ao iniciar a penetrao na pea, devido rotao desta, tende a desviar-se, podendo assim descentrar o furo. necessrio, portanto, guiar a broca,
at que suas arestas cortantes tenhain penetrado bem na peqa. Em trabalhos comuns, usa-se guiar a broca, no inicio do furo, por meio de uma
..v
-.
FLHA DE INFORMAO TECNOL6G1CA
TORNEIR0 MECNICO
4.6
pea de ao doce ou de lato, podendo ter, num dos topos, uma ranhura em "V" para encosto (fig. 3). Fixa-se esta pea no porta-ferramenta do torno, de modo a ajustar as duas faces da ranhura em "V", Sem presso, ao corpo da broca.
Fig. 3
Fig. 4
I
I
Pig. 5
I
1
aconselhvel usar, antes da execuo do furo, ou a broca de centrar, ou uma broca curta, ou ferramenta chata de centrar.
I
I
1) Havendo necessidade de centragem rigorosa, o furo pode ser iniciado com uma broca de centrar (fig. 4). A broca helicoidal, montada, depois no mandril (ou diretamente no mangote, ou em bucha de reduo), ser guiada normalmente, sem desvios.
QUESTIONARIO
,.-
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TORNEIR0 MECNICO
v
4.8
Para firmar o mangote, aps a regulagem da posio desejada da contraponta, atuase na trava, dando-lhe pequeno movimento angular. Resulta o aprto do escavado de duas buchas cilndricas internas contra o mangote, que fica assim imobilizado. Os deslocamentos longitudinais do mangote podem ser regulados por um dos dois meios seguintes:
1)' Graduao retilnea na parte superior ou na lateral (fig. 2). 2) Graduao circular no eixo do volante. Quando se usa a contraponta (no torneamento externo), conveniente aproximar bem o cabeote mvel da pea, para que a projeo do mangote (distncia D na fig. 2) seja a menor possvel. Na parte posterior do cabeote, na unio do corpo com a base (fig. 3), h dois traos de referncia, para regulagem da posio que coloca a contraponta no alinhamento da ponta. Nesta posio, os traos coincidem. Em trabalhos de grande preciso, no convm confiar apenas nesta coincidncia dos traos de referncia. H nitodo rigoroso de verificao do alinhamento da ponta e contraponta, que ser estudado oportunamente. H tornos em que o cabeote apresenta, na parte posterior, uma graduao de um lado e de outro do trao de referncia. Tal graduao facilita a regulagem do deslocamento lateral da contraponta, em certas operaes de torneamento cnico. O uso correto do cabeote mvel exige os seguintes cuidados:
Fig. 2
1) Verifique o alinhamento da ponta e contraponta. 2) Fixe o cabeote firmemente no barramento. 3) Adote a menor projeo D (fig. 2) possvel, no torneamento externo. 4) Trave o mangote, no torneamento externo.
QUESTIONARIO
,
1) Quais so os cuidados no uso correto do cabeote mvel? 2) Explique o funcionamento do mecanismo interno de deslocamento da contraponta.
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- 1965 - 1.5.00
TORNEIR0 MECNICO
5.1
A placa arrastadora e o arrastador so usados quando se torneia uma pea entrepontas, isto , montada entre a ponta e a contraponta. A fig. 1 mostra claramente a funo dstes acessrios. A placa arrastadora, montada por meio de rosca na rvore do torno, tem corno finali-
dade transmitir o movimento de rotao da rvore pea suportada entre a ponta e a contraponta.
Fabricada geralmente em ferro fundido, apresenta-se nos trs tipos das figs. 2, 3 e 4. PLACADE RANHURA (fig. 2) - Neste tipo se adapta uin arrastador de haste curva como o indicado na fig. 7. Quando o arrastador est fixado na pea, a extremidade da haste se aloja na ranhura. (fig. 3) - a que, quase sempre, acompanha os acessrios normais do torno. Com ela se emprega um arrastador de haste reta como os indicados nas figs. 5 e 6. O pino da placa, em contato com a haste do arrastador, determina o seu giro e, portanto o da pea.
Fig. 2
Placa de arrasto, de ranhura.
PLACA DE
PINO
PLACA DE S E G U R A N ~ A (fig. 4) - Neste tipo de placa o arrastador fica alojado no seu interior, que tem a forma de um cilindro raso e oco. A haste do arrastador se encaixa numa ranhura interna. uma placa que protege o operador contra possveis pancadas do arrastador em movimento.
Fig. 4
Placa de arrasto, de segurana.
TORNEIRO MECNICO
5.2
ARRASTADORES
O tipo de arrastador mais empregado o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com a placa de pino ou com a placa de segurana.
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
O arrastador de haste curva (fig. 7) se usa com a placa de ranhura. H ainda o arrastador de mandbulas regulveis (fig. 8). Os arrastadores de haste curva oferecem maior segurana contra acidentes. No uso dos arrastadores deve-se obedecer s seguintes normas:
1) escolher um arrastador em cujo orifcio a pea tenha pequena folga. errado o emprgo de um arrastador que tenha dimetro interno muito maior que o da pea a tornear;
3) ao colocar a pea emrepontas com o arrastador nela adaptado, deve-se pr o pino da placa em contato com a haste do arrastador. crrado encostar-se o parafuso de aperto do arrastador no pino da placa de arrasto;
4) para colocar entrepontas uma pea que j tenha superfcie usinada no local de adaptao do arrastador, deve-se proteger essa parte usinada com chapa de cobre ou de outr'o material macio.
2) fixar firmemente o arrastador na superfcie da pea pelo enrgico aprto do parafuso ou dos parafusos. (? aprto deve ser
94
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- 1965 - 15.01
TORNEIRO MECNICO
PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA DILATAO DA PESA ENTREPONTAS
5.3
se adaptam aos centros da pea a tornearl cotii o fim de apoi-la (figs. 1 e 2).
PONTA E CONTRAPONTA Chama-se ponta o cone duplo que montado na rvore do trno. O cone duplo igual, que se monta no mangote do cabeote mvel, se chama contraponta (fig. 1). O cone da haste dos dois (ponta e contraponta) estandardizado pelo sistema "Morse" O cone da ponta sempre de 60 (fig. 2).
Fig. 1
1) Verifique se os cones de 60 esto em perfeitas condies para adaptao nos centros da pea. Qualquer mossa ou rebarba prejudicar a correo do trabalho de tornear.
A
"
Limpe cuidadosamente a ponta, a contraponta e os furos cnicos de encaixe da rvore do trno e do mangote do cabeote mvel. Partculas de p, cavacos, etc. impediro a perfeita adaptao e prejudicaro a correta centragem da pea a tornear. Com estpa enrolada em uma haste de metal pode-se fazer a limpeza dos furos cnicos. Lubrifique com graxa o furo de centro da pea do lado da contraponta.
4) Adapte um centro da pea na ponta, aproxime cuidadosamente a contraponta do outro centro. Gire o volante do cabeote at perceber um ajustamento perfeito. ste se d quando a pea pode girar sem folga, mas tambm sem estar pressionada entre a ponta e a coiltraponta.
REMOGAO DA PONTA E DA CONTRAPONTA 1) Para retirar a ponta da rvore do torno, mantm-se sua extremidade, envolvida em estopa, com utna das mos. Com a outra mo, d-se uma pancada firme em uma haste prpria que tenha sido introduzida no furo da rvore. Dsse modo se consegue afrouxar o aprto da haste da ponta e esta retirada, em seguida, com todo o cuidado, protegida pela estpa. Para afrouxar o aprto da haste da contraponta no mangote, gira-se o volante do cabeote mvel da direita para a esquerda, at que as extremidades internas da contraponta e do parafuso de movimento do mangote se toquem. Com urna ligeira presso, girando no mesmo sentido, consegue-se afrouxar a contraponta.
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TORNEIRO MECNICO
PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PEA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA ' DILATAO DA PEGA ENTREPONTAS
5.4
Fig. 3
INFLURNCIA DO CALOR DE -ATRTfCJ A pea bem montada entre a ponta e a contraponta deve girar sem folga, mas tambm sem estar pressionada. Ao ser desbastada, porm, a pea se aquece, quer pelo atrito da ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo com a contraponta. O calor D r o ~ u z a dilatao da pea. Estando ela sem iolga, resulta presso sobre as pontas, capaz de pro-
PONTA RDTATNA
Neste tipo de ponta, que adaptado no mangote do cabeote mvel, no h atrito. A ponta de ao prpriamente dita, temperada e retificada, gira com a pea (fig. 4). montada dentro de uma bainha, cuja parte posterior em cone Morse, para se adaptar no furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se instalam trs rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira suavemente e suporta bem esforos radiais e axias ou longitudinais. QUESTIONARIO 1) Que so a ponta e a contraponta? Para que servem? 2) Indique quais as providncias para a montagem e desmontagem das pontas. 3) Explique o que a contraponta rebaixada. Quando 6 usada esta contraponta? 4) Explique qual a influncia do calor de atrito. Que a ponta rotativa?
,
TORNEIR0 MECNICO
GABARITOS
5.5
I
A planeza das faces das peas verificase por meio de rguas ou planos de controle. Os ngulos entre faces podem ser verificados por esquadros, gonimetros ou transferidores. Quando, entretanto, o mecnico necessita executar uma pea com um perfil complexo como, por exemplo, o da fig. 1, no bastam os recursos citados. H curvaturas e formas especiais cujo rigor tem que ser controlado durante a execuo da pea, sem o que ela ir apresentar defeitos e no poder ser utilizada. Em tais casos, o mecnico ser obrigado a utilizar modelos ou moldes exatos de partes do perfil. Muitas vzes, ter mesmo que confeccionar, antes da execuo da pea, um ou mais moldes do perfil. Com sses ins-
trumentos auxiliares de controle, estar ento habilitado a verificar a forma que vai dando pea, em obedincia aos desenhos orientadores da sua execuo. Tais moldes ou modelos so chamados gabaritos.
Fig. I
Fig. 2
Fig. 5
; ; I i
Fig. 3
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Fig. 6
97
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TORNEIR0 MECNICO
GABARITOS
5.6
GABARITOS ESPECIAIS (EXECUTADOS EM CADA CASO) O exemplo dado na fig. 1 reaparece na fig. 7, para melhor esclarecimento. Como se trata de um perfil de forma irregular, deve o mecnico fazer o trabalho preliminar de execuo dos gabaritos, recortando-os e dandolhes acabamento preciso. Os gabaritos so placas de ao dos tipos A, B, C e D da fig. 7. Para obter os contornos de contacto, o mecnico recorre ao desenho da pea, em cujas vistas encontra os raios de curvatura, os ngulos e as cotas necessrias. Transporta sses elementos para a chapa, por meio de traado. ~ e c o r t os contornos traqados. D-lhes, por fim, cuidadoso acabamento, por meio de limas de diferentes tipos e tambm, muitas vzes, usando um raspador. Para iilellior coinpreenso, os contornos de contacto dos gabaritos foram mostrados em traos mais fortes na fig. 7.
Fig. 7
GABARITOS DIVERSOS O ferreiro, o serralheiro e o caldeireiro usam com frequncia gabaritos (que no so de preciso), para confeccionarem as suas peas. A maioria dsses gabaritos de chapa. Podem ser de dois tipos: 1) chapas recortadas; 2) simples traados sobre chapas. Por vzes, entretanto, em trabalhos seriados, usam como gabarito uma pea inteira, executada cuidadosamente em primeiro lugar (exemplo: ornatos, peas curvadas, etc.). Na confeco das demais peas, iguais, vai o operador dando-lhe formas sucessivas, cada vez mais aproximadas do gabarito, at atingir aquela que com le coincida.
1) Em que se baseia o mecnico para fazer drn gabarito? 2) Para que serve um gabarito? Cite os seus tipos.
3) De um modo geral, como o mecnico faz um gabarito?
98
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TORNEIR0 MECNICO
L
5.7
I
As vzes, no torno, precisa-se dar pea uma forma variada mas regular, cujo perfil, formado de retas e curvas, seja simtrico em relao ao eixo geomtrico da pea. Serve essa operao para tornear um Slido de revoluo perfilado. A usinageiil no torno pode ser feita, como est na fig. 1, por movimentos combinados de avanos transversais e longituclinais da ferramenta.
ste trabalho , entretanto, difcil, exige muita percia, redobrados cuidados e frequentes controles da forma por meio de moldes ou modelos chamados Gabaritos. Para uma s pea ainda serve. Para o torneamento de vrias peas, em srie, , entretanto, uma operao imprpria, capaz de produzir, apesar dos cuidados, variaes de formas e de medidas, alm de exigir longo tempo.
Fig. 1
Fig. 3
Fi. 4
Fig.
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TORNEIRO MECNICO
5.8
Para qualquer operao de perfilar, aconselhvel um desbaste prvio, com ferramentas comuns, que d pea uma forma aproximada da que se deseja obter. Por exemplo, para o esfrico da fig. 8, obtido por meio da ferramenta fig. 9, faz-se um desbaste, antes,
com a forma aproximada, que se v na fig. '7. A fig. 9 mostra uma ferramenta de perfilar substituvel, firmemente engastada numa base de ao, servindo de porta-ferramenta e fixada por parafusos.
rzg.
Fig. 8
Fig. 9
1) ferramenta prismtica de perfil constante (fig. 10) - fabrica-se em ao rpido, na fresadora. Recebe tmpera e depois retificada em retificadoras planas. A afiao, na face de sada ou de ataque no altera o perfil;
PorM fctiomcnta
o circular
de aloque
Fig. i 1
Fig. i0
QUESTIONARIO
1) Quais so os processos de tornear perfis? Qual o mais conveniente? 2) Que so ferramentas de perfilar? D exemplos de usos. 3) Qual a vantagem das ferramentas de perfil constante?
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TORNEIRO MECNICO
RECARTILHAR N O T O R N O
FOLHA DE OPERACO
6.1
Os recartilhados so feitos para evitar que a mo deslize quando se toma a peca. H casos em que so feitos para melhorar o aspecto das peas Os recartilhados se aplicam em pegas de mquinas que devam dar ao operador firmeza ao empunha-las ou, ento, em pecas de
aperto. Variam de formas e dimenses segundo as finalidades e propores das pecas em que se aplicam. Os recartilhados podem ser paralelos (fig. 1 ) ou cruzados (fip 2). Os paralelos so geralmente usados em superfcies curtas, meilores ou iguais a largura da recartilha.
Fig. I
FASES DE EXECUO
l.a Fase
TORNEIE a parte a ser recartilhada, deixando-a lisa, limpa e com dimetro ligeiramente menor, dependendo: a) Do material da pea.
Rddono estriado
I
Fig. 3
Za Fase
A PRENDA
RECARTILHA,
verificando:
a) A altura (fig. 3). A recartilha dever ficar na altura do centro da pea. b) O alinl-iamento (fig. 4). A recartilha dever ficar perpendicular superfcie a ser recartilhada.
3.a Fase
RECARTILHE. a) Desloque a recartilha at prximo ao extreino da parte a ser recartilhada. Fig. 4
h) Ligue o torno.
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103
TORNEIRO MECNICO
K K A R T I L H A R NO T O R N O
FOLHA DE OPERACO
6.2
OBSERVA~O: Consulte a tabela e deterinine o nvanco e a Avance a recartilha transversalmente at marcar a pea (fig. 5) e desloqiie-a, um pouco, no sentido longitudinal. d) Desligue o torno e exaniiile a zona recartilhada.
C)
OBSERVA~O: Caso o i-ecartilhado fique irregular (fig. 6), corrija-o, repetindo os itens a, b, c e d desta fase, at le ficar uniforme (fig. 7). e) Ligue o torno e engate o carro longitudinal. f ) Recartilhe toda a superfcie desejada.
Fig. 5
4." Fase AFASTE A RECARTILHA e limpe com uma escova de ao, movinientando-a no sentitio das estrias (fig. 10).
5." Fase CHANFRE OS cantos, a fim de eliminar as rebarbas (fig. 11).
Fig. 9
* ' < .
**=
Fig. 10
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TORNEIRO MECNICO
I
TEMPERAR E REVENIR
FOLHA DE OPERACO
6 . 3
A tmpera um tratamento trmico que se faz em determinados tipos de acos comuns e aos-liga. Tem como principal objetivo aumentar a dureza dos aos. O REVENIDO OU REVENIMENTO um tratamento trmico que, normalmente, acompanha a tmpera, pois elimina a fragilidade provocada por ela. As ferramentas usadas por um mecnico, tanto as de choque como as de corte,
FASES DE EXECUO
FORJA.
OBSERVA~ES : a) As peas de pouca espessura no so cobertas a fim de permitir o coritrle visual do aquecimento e evitar que se "queimem". b) O aquecimento deve ser lento. c) Deve-se aquecer smente a parte que vai ser temperada. d) As temperaturas de aquecimento do ac;o so indicadas nos catlogos, de acordo com o seu fabricante.
Ferramenta
Parte resfriada
2." Fase
TEMPERE.
a) Segure a pea com a tenaz. b) Mergulhe, em gua. smente a parte da pega que vai ser temperada (fig. 1)) at o esfriamento total. OBSERVAO: , A gua para o esfriamento deve ser limpa e na temperatura ambiente. c) Esfrie toda a pea. d) Verifique com lima rnura usada se a pea est temperada (fig. 2).
Fig. I
Lixa
3.a Fase ' 0 . FAAO REVENIAIEN 1 a) Limpe a parte temperada, usando uma lima coberta com lixa (iig. 3). b) Coloq~ie s0b1-e uiil lijolo iefrat'ii-io um bloco de ac,o aquecido. c) Colocl~ica pea a revenir em ciina do bloco de aCo aqiiecido (tig. 4 ) .
Fig. 3
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TORNEIRO MECNICO
T E M P E R A R E REVENIR
FLHA DE
OPERACO
6.4
d) Observe atentamente a pea at que a cor desejada aparea e atinja o corte e, a seguir, esfrie o material completamente na gua. e) Verifique, novamente, a dureza da pea com lima.
J'zg. 4
NOTA: Quando o mecnico tem prtica em fazer tratamento trmico, pode, em alguns casos, temperar em gua e fazer o revenimento com o prprio calor do corpo da pea (fig. 5). Neste caso, le esfria a ponta da ferramenta, limpa, espera que o calor que ficou no corpo se propague at o corte e, no momento que chega a cor desejada, esfria completamente na gua.
locarnento
~ l g 5 .
PEA
at temperatura ou
3.a Fase FAAO REVENIMENTO. a) Lixe a peja at ficar limpa dos xidos. b) Coloque a pea a revenir ein cima de um bloco de ao aquecido at cl-iegar colorajo desejada. Para que a colorao fique uiliforiile, mude conszantemente a pea de posio. c) Esfrie a peqa em leo.
OBSERvACAO:
apa-
l.a Fase
COLOQUE O MARTELO a revenir no meio de dois blocos de ao quente, de modo que a pancada e a bola no fiquem em contacto com os mesmos (fig. 6).
2." Fase
EM LEO, depois que a bola e a ESFRIE pancada atingirem a colorao desejada.
Fig. 6
t
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j
1
TORNEIRO MECNICO
RECARTILHAS
6.1
Se certas peas tiverem superfcies rugosas, ao serem utilizadas manualmente permitem melhor aderncia, so seguradas entre os dedos com mais firmeza. o caso das cabeas dos parafusos de manobra dos instrumentos de medida, dos cabos de certos utenslios ou ferramentas e dos manpulos de alguns rgos de mquinas. Pelo emprgo de uma ferramenta especial, denominada Recartilha, obtm-se, no trno, a superfcie com rugosidade ou aspereza desejada. A ferramenta executa, na superfcie da pea, uma srie de estrias ou sulcos, paralelos ou cruzados.
A superfcie estriada se denomina recurtilhado, que tambm o nome da operao por meio da qual se produz tal rugbsidade.
ml~w
orticui~~
Fig. 1 .
RECARTILHAS
As recartilhas, que do nome ao conjunto da ferramenta, so roletes de ao temperado, extremamente duros. Na sua superfcie cilndrica, apresentam uma srie de dentes ou estrias que penetram, mediante grande presso, no material da pea, transformando a superfcie lisa em superfcie estriada ou rugosa. Em geral, a superfcie externa dos roletes da recartilha no perfeitamente cilndrica: h uma ligeira convexidade ou uma leve concavidade, conforme a aplicao a dar ferramenta.
O tipo mais usado de recartilha o da fig. 1. Na haste de ao se articula uma cabea, na qual esto montados dois roletes recartilhadores. Conforme o desenho do recartilhado que se quer dar superfcie, usam-se recartilhas com roletes de estrias inclinadas ou no, com maior ou menor afastamento. As figuras 2 a 7 apresentam tipos usuais de roletes recartilhadores. Com a recartilha de dois roletes, como stes tm estrias de inclinaes contrrias, resultam sulcos cruzados. O recartilhado simples se faz, em geral, com recartilha de um s rolete, no articulada.
REARTILHADO
Monta-se a recartilha no porta-ferramenta do torno, fixando-a como se fosse uma ferramenta usual de tornear. Na fig. 8 se mostra um detalhe do recartilhado de um cilindro, com a recartilha de dois roletes, que produz, de uma vez, o estriado cruzado.
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TORNEIRO MECNICO
RECARTILHAS
6.2
Os roletes so arrastados pela rotaco da peca, e como esto firmemente pressionados contra ela, imprimem, lia sua superfcie, o desenho de estrias cruzadas, medida que o carro porta-ferramenta se desloca paralelamente ao eixo longitudinal da pea que est sendo trabalhada. V-se que o recartilhado uma operaco que demanda grande presso no contacto entre a ferramenta e a superfcie da pea. Exige, pois, cuidados:
Fi. 8
2) Ou deseentradas as Peas
na pia-
ca; 3) ou estragados os centros das pejas entre pontas. Deve-se executar o recartilhado em mais de um passe, para que seja menor a presso. Monta-se a recartilha no porta-ferramenta, de modo que os dois roletes fiquem em
contacto com a superfcie da pea. A paltir de um dos extreinos desta, em crca de 1 a 2 mm de largura, aplicam-se com forte presso os roletes. Quando as estrias se apresentam com a profundidade desejada, liga-se a marcha automtica do carro, lubrifica-se bastante (exceto para bronze e ferro fundido) e executa-se o recartilhado com baixa rotao e pequeno avano.
TABELA DE PROPORES DOS RECARTILHADOS Levam-se em conta o material e as dimenses das peas, para dar boa aparncia ao recartilliaclo. Eis uma pequena tabela que especifica dimenses (ver figs. 9 e 10).
3T
Fig. 9 - Simples.
6 a 14mm Acima de 64mm 14mm ~ t 66mm De 64mm 6 a 14mm a 14 a 3Omm Acima de 100mm 30min *
a
1 O *8 0*8 1 192
O *8 0, 8 1 192
t e (
Fig. 10 - Cruzado.
QUESTIONRIO
1 ) Que o recartilhado? Para que se faz? Que a recartilha?
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TORNEIRO MECNICO
A TMPERA DO AO
6 . 3
FASES DA OPERACO 1.0) Aquecimento lento e uniforme at que o ao adquira por completo a temperatura de tmpera (aproximadamente 500 acima do ponto de transformao). De um modo geral, como exemplo, a temperatura de tmpera pode atingir aproximadamente os valores a seguir: Aos meio-duros (0,4 a 0,6 Oj de carbo750 50 = 8000 C no) : tura do forno) mostra a temperatura da tmpera e o momento em que a peca se torna totalmente aquecida, passam alguns minutos. Deve-se manter a peca no forno, portanto, mais algum tempo: crca de 3 minutos para peas delgadas e 10 ininutos para peas pesadas. 3.O) Resfriamento - Passa-se a pea o mais rpidamente possvel do fogo para o banho de resfi-iamento. Deixa-se que se resfrie rpidamente at crca de 400 C, a partir da a temperatura baixa lentamente. O resfriamento, assim em duas fases, diminui as possibilidades de deformao da pea e de ocorrncia de fendas ou fissuras na massa do ao, devido s tenses internas.
+ Aos duros (0,6 a 0,8 % de carbono) 735O + 50 = 7850 C Aos extra-duros (0,8 a 1,5 Oj de carbo720 + 50 = 7700 C no) :
2.O) Manutenno da tenzperatura de tmpera - Entre o momento em que o Pirmetro (aparelho indicador da tempera-
sse mtodo de avaliao pelas cres, ainda que muito usado, conduz a erros at
MEIOS DE AQUECIMENTO
- FQRNOS
DE TRATAMENTO TRMICO
1) Para trabalhos comuns de tratamento trmico (ferramentas manuais), realiza-se o aquecimento na forja, com carvo ligeiramente umedecido e envolvendo bem a pea (fig. 1).
2) Ainda em trabalhos comuns, usa-se o aquecimento, por vzes, por meio do maarico de oxiacetileno.
Fig. 1 Aquecimento na forp.
I MEC
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TORNEIR0 MECNICO
A TMPERA DO AO
6.4
I
3) Em trabalhos de responsabilidade, utilizam-se os fornos a leo (fig. 2), ou a gs (do mesmo tipo), ou ainda os fornos eltricos (fig. 3). 4) Tambm em tmperas de responsabilida-
de, usam-se lquidos em elevada temperatura: sais quniicos (cloretos e nitratos); chumbo em fuso; leos minerais. As peas so mergulhadas totalmente nesses banhos, durante o tempo necessrio.
MEIOS DE RESFRIAM Os fluidos usados na tmpera tm a finalidade de provocar o resfriamento rpido das peas, das quais les retiram o calor. usado, em geral, um dos seguintes banhos de tmpera:
TO
3) leos vegetais e minerais. Produz tmpera mais suave, sendo lento o resfriamento em relao aos dois primeiros fluidos citados;
1) gua, com temperatura de 15 a 20 C (gua fria). Produz a chamada tmpera sca, que endurece bem o ao, sendo rpido o resfriamento;
2) soluo de gua e soda ou cloreto de sdio. Produz a chamada tmpera muito sca;
4) corrente de ar frio, para fraca velocidade de tmpera. usada na tmpera de aos rpidos;
5) banhos de sais qumicos ou de chumbo fundido, ou de zinco fundido. So tambm usados para a tmpera de aos rpidos.
QUESTIONRIO
1) Quais so os meios de aquecimento para tratamento trmico?
110
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TORNEIRO MECNICO
REVFNTL~FNTOn o ACO
FOLHA DE INFORMACQ
O revenimento do ao tem a importante finalidade de anular prticamente a fragilidade que resulta da tmpera do metal, cus-
ta de pequena diminuio da dureza. Assim, pois, o revenimento uiil tratamento triiiico que s se aplica ao ao temperado.
NOO DO FENOMENO DO REVENIMENTO Devido ao resfriamento rpido, a tmpera produz tenses internas, que tornam o ao muito frgil. Reaquecendo-se o ao, aps a tmpera, at que uma gota d'gua borbulhe na superfcie do ao (ou seja, at crca de 100), sse reaquecimento apenas alivia as tenses internas. A partir da, prosseguindo-se no aquecimento, d-se gradualmente diminuio da dureza e diminuio da fragilidade. Nos aos de boa tmpera, sobretudo os destinados a ferramentas de corte (com 0,7 % ou mais de carbono), as experincias demonstram que reaquecendo-se aps a tmpera, entre ZOO0 e 325O, isto , revenindo-se, prticamente se anula a fragilidade (o ao fica com alta resilincia). Continua entretanto m u i t o satisfatria a dureza, apesar de inferior da tmpera. Conforme, pois, as iiistrues do fabricante do ao, em certa temperatura da faixa acima indicada (200 a 325O), faz-se cessar o aquecimento, mergulhando-se a pea na gua ou no leo ou expondo-a naturalmente ao ar.
AQUECIMENTO DO AGO PARA O REVENIMENTO Em instalaes industriais importantes, faz-se o aquecimento em fornos a gs, em fornos eltricos ou em banhos de leo aquecido ou ainda em banhos de sais minerais, ou chumbo em fuso. O controle da temperatura se faz por meio de pirmetros. Comumente, na oficina mecnica, para as ferramentas manuais comuns, usa-se um dos processos indicados nas figuras 1 e 2. REVENIMENTO AO CALOR DA FORJA (fig. 1). A ferramenta, aps a tmpera, exposta acima do fogo da forja, recebendo o calor por irradiao. Como o controle da temperatura visual (pelas cres d o revenimen.to), tal processo sujeita o mecnico a erros, pois as fumaas de carvo, que se desprendem, dificultam apreciar a colorao adequada ao revenimento.
Fig. 1
REVENIMENTO AO CALOR
DE A ~ O AQUECIDO
DE UM BLOCO
(fig. 2j. ste o processo mais aconselhvel nos trabalhos usuais da oficina. Um bloco voliimoso de ao doce aquecido ao vermelho. A ferramenta temperada, e polida na parte a ser revenida, exposta, nessa regio, ao forte calor que se irradia do bloco. A ferramenta vai sendo progressivamente aquecida at surgir a colorao que indique o momento de revenir .
OBSERVA~O:
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TBRNEIRO MECNICO
REVENIMENTO DO A(;O
,6.6
Se urna barra temperada for bem polida e depois submetida ao calor, nota-se que adquire sucessivamente diversas cores, medida que aumenta a temperatura. So as chamadas cres do revenimento. Resultam das diferentes camadas de xido que se vo forman-
do em virtude do aquecimento. As cores do revenimento so teis para indicar as temperaturas aproximadas, simples vista, quando o operrio OU O tcnico adquire bastante prtica. Eis a tabela das cores.
Amarelo claro Amarelo palha Amarelo -Amarelo escuro Amarelo de ouro Castanho claro Castanho avermelhado Violeta Azul escuro Azul marinho Azul claro Azul acinzentado
Como no caso da tmpera, uma vez atingida a temperatura desejada (acusada pelo pirmetro ou pela cor), mantm-se a pea ao
calor por alguns momentos, de modo a permitir que o grau de aquecimento se torne uniforme na peGa.
Alcanada a temperatura adequada, fazse cessar a exposi~oao calor e, em geral, se deixa a pea resfriar-se naturalmente ao ar. ste um meio de resfriamento lento, que evita a criao de tenses internas. A velocidade de resfriamento no influi
no revenimento. Deve-se, entretanto, sempre que possvel, em peas de responsabilidade, evitar o resfriamento rpido, que poder causar fissuras ou fendas. Usam-se, alm do ar, outros nieios de resfriamento tais como a gua e o leo.
1) Por que no convm o reveniiilento com aquecimento na forja? 2) Qual a finalidade do revenimento? Aplica-se ao ao doce? Por qu?
3) Quais os dois processos comuns de aquecimento para revenir? Explique-os. 4 j Como se resfria a pea no revenimento? 5 ) Quais os limites de temperatura para o revenimento?
6) Cite as cores e as respectivas temperaturas mais usuais no revenimento.
12
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TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACAO
7.1
A ferramenta de desbastar a mais usada no torneamento e no aplainamento de peas. A preparao e a reafiao de ferramentas constituem importante operao a ser feita pelo torneiro e pelo ajustador, pois de-
las depende a boa execuo dos trabalhos de torno e de plaina. As fases de execuo da afiao da ferramenta de desbastar direita so as mesmas para a afiaqo da ferram.enta de desbastar esquerda (figs. 1 e 2).
FASES DE EXECUGO
I .a Fase
NGULO DE RENDIMENTO
PRECAU~O: Use mscara ou culos de. proteo (fig. 4). a) Segure o bite com os dedos mdio e polegar e encoste o indicador (fig. 5).
Fig. 3
Fi. 4
Fig. j
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TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE
OPERACO
7.2
Fig. 7
Fig. 8
b) Apie o bite sobre o dedo mdio da mo esquerda e ste sobre a mesa do esmeril (fig. 6). Incline ligeiramente o bite, a fim de obter, ao mesino tempo, o iigulo de incidncia (folga).
c) Esmerilhe, fazendo presso ccjm o dedo indicador (fig. 7). d) Verifique o ngnlo coin transferidor (fig. 8) ou com verificador fixo (fig. 9), olhando contra a luz.
Fig. 9
e) Verifique o ngulo de incidncia (folga) com verificador fixo, estando o bite prso no suporte e sobre o desempeno (fig. 10). Se necessrio, faa as correes.
Este lado deve ser considerado terminado, quando a poro esnierilhada suficiente para permitir que, ao concluir a afiao, a ponta da ferramenta fique conforme indicado na figura 1.
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
7.3
?.a Fase
ESMERILHE O OUTRO LADO, formando o ngulo de ponta (figs. 11 e 12), repetindo as iiiesmas fases anteriores. Consulte a tabela de ngulos.
Fig. 12
Fig. 11
a) Deixe a aresta de corte na posico horizontal (fig. 13) e paralela coni o rebolo
(fig. 14).
b) Consulte a tabela de ngulos.
'
3.a Fase
'
I . . . .,
: '
',
1
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TORNEIRO MECNICO
4.a Fase
FOLHA DE OPERACO
7.4
I
DE CUNHA
OBSERVA~~ES: a) A ferramenta de desbastar esquerda afiada seguindo-se as mesmas fases. b) Nas grandes indstrias existe, geralmente, uma seo para a afiao de ferramentas, de modo que os profissionais, que vo us-las, j as recebam afiadas.
NOTAS : a) A afiao de desbaste geralmente feita em rebolo plano, encostando-se a ferramenta periferia do mesmo (fig. 17).
b) A afiao de acabamento e as reafiaes so feitas em rebolo cilndrico, encostando-se a ferramenta, inclinada no ngulo indicado, face do mesmo (fig. 18).
Fig. 17
Fig. 18
3) Por que se usa, durante a afiao de acabamento, esmeril que corta pela face?
118
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TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
7.5
Serrar material espsso, empregando-se o arco de serra, muito comum nas oficinas mecnicas. uma operao simples que perrnite, em certos casos, maior facilidade e ra-
pidez de execuo do que quando se einpregam mquinas de serrar, alm do meiior custo, considerando-se o preo das mesmas.
ARCO DE
SERRA.
Fzg.
a) Coloque a serra no arco, com os dentes voltados para a frente (fig. 1j. b) Estique a folha de serra, girando a borboleta com a mo.
Za Fase
SERRE. a) Inicie o corte, guiando a serra com o dedo polegar (fig. 2). Mantenha a serra ao lado do risco e levemente inclinada para a frente (fig. 3).
Fig. 2
OBSERVA~O: Essa inclinao facilita o incio do corte e evita que se quebrem os dentes da serra.
. .
LICP
I ~ L C
i c nnn
. l-a
QUESTIONRIO
1) Por que no se deve exercer presso exagerada ao serrar?
2) Para que se afrouxa a serra quando a mesina ilc est sendo usada?
3) Por que os dentes da serra devem ficar voltados para a frente?
4 Por que no se deve girar a borboleta do arco com alicate oii morsa? para esticar a serra?
T~RNEIRO MECNICO
ESMERILHADORAS DE C O L U ~ ~ A EDEBANCADA
7.1
A Esmerilhadora a mquina na qual mecnico faz o desbaste e a afiaco das arestas cortantes de variados tipos de ferramentas, com o fim de dar-lhes certos ngulos de corte, que sejam favorveis ao bom rendimento do trabalho. A esmerilhadora tambm denominaO
da f/lquina de Esmerilhar ou simplesmente Esmeril. Este ltimo nome no conveniente, pois o Esrneril, prpriamente dito, um mineral granulado que, devido sua dureza, se usa, por vzes, nos trabalhos de desgaste por atrito.
6RGOS DA MAQUINA
mra
A esmerilhadora mquina extremamente sim~les. conforme se L ' v nas figuras 1 e 2: um motor eltrico a cujo eixo se prendem, por meios adequados, dois discos de material cortante (Abrasivo). O abrasivo um material granulado e duro, em pequenas partculas, que, em contato, a grande velocidade, com a superfcie da ferramenta, produz um corte ou desgaste por atrito, particularmente denominado a braso. Todos os demais rgos da esmerilhadora so acessrios destinados a proteger os discos (ou Rebolos), proteger o operador contra fagulhas resultantes da abraso e para colocar a ferramenta em posi550 prpria (figs. 1 e 2).
trabalhos comuns de preparo das arestas cortantes das ferramentas de corte manuais, de torno, de plaina, brocas, etc.
MEC
A potncia do motor eltrico mais usual de 1 HP. O motor gira a altas velocidades: os nmeros mais usuais so de 1.450 e 1.750 rpm.
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I
C
TORNEIR0 MECNICO
7.2
O tipo da figura 2 a Esmerilhadora de Bancada, para trabalhos mais leves. Nesta, os motores se apresentam com potncias de
1/ 4 HP, ou 1/ 3 H P ou, no mximo, 112 HP. Os limites de velocidade so tambm de 1.450 e 1.750 r.p.nl.
APOIQS DA FERRAMENTA Os apoios da ferramenta so articulados para permitir a colocao da aresta de corte em contacto com a superfcie do rebolo, na posio apropriada (exemplos nas figuras 3, 4 e 5, no caso de ferramentas de torno). H esmerilhadoras (Afiadoras de Ferranzentas) nas quais o apoio tem articulaes diversas, peas de fixao da ferramenta e graduaes de preciso, para se obterem ngulos rigorosos. Nessas mquinas a afiao se faz lateralmente, na face de um rebolo especial (Reb1o Cilndrico).
Fig. 3
Fig. 4
RECIPIENTE PARA AGLTA Com o atrito, a ferramenta se aquece. necessrio, de vez em vez, mergulh-la na gua contida no recipiente prprio. Com isso,
ela refrigerada, evitando-se que se alterem as propriedades de corte do ao.
4) Quais so os dois tipos de esmerilhadoras mais usados nas oficinas? 5) Indique as potncias dos motores (HP) e as rotaes usuais (r.p.m.) dos dois.
6) Quais so os rgos principais da esmerilhadora? E os acessrios?
TORNEIRO MECNICO
VERIFICADORES DE NGULOS
7.3
No preparo das ferramentas de corte, usa o mecnico, com frequncia, Verificadores de ngulos. So placas de ao temperado,
MODO DE USAR
simples o processo de utilizar um verificador de ngulos. Consiste apenas em colocar o ngulo padro do verificador em contacto com o ngulo que se quer medir na ferramenta, verificando se sse contacto se faz com rigor. o que mostra a fig. 1: verificao do ngulo de uma talhadeira para cortar ao de baixo teor (60). Se a talhadeira se destinasse ao corte de metal diferente, a verificao do ngulo se faria em um dos outros entalhes, tendo em conta que a experincia indica o ngulo de 65O para o ao duro, o de 70 para o bronze e o ferro fundido; e o de 50 para o cobre.
VERIFICADORES DE NGULOS, DE LAMINAS ARTICULADAS O da fig. 2 contm dois jogos de lminas: as da direita verificam ngulos de 2O 40 - 60 - 80 - 120 - ,900 - 300 - 450; as da esquerda verificam ngulos de l0 - 3O - 5O - 10 - 14O - 1 5 ' - 25O 3 5 ' . A fig. 3 mostra o uso de uma das lminas, na verificao de um ngulo chamado ngulo de folga ou de incidncia, nas ferramentas de corte de torno e plaina.
Se h contato exato entre o fio da 1mina e o topo da ferramenta, o ngulo que se verifica est correto.
I
I
A base da ferramenta e a aresta da 1mina devem ficar bem assentadas sobre um plano.
( A "
Fig. 3
- Verificao do i n g u l o d e uma ferramentu
de plaina o u tdrno.
I MEC --
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1 5.000
TORNEIR0 MECNICO
VERIFICADORES DE NGULOS
7.4
Fig. 4 - Verificador de ngulos universal pal-a ferramentas de trno, brocas, porcas sextavadas.
Fig. S - Vista da face posterior. Verificador de ngulos de ferranzentas de trno para rscas triangulares. ( A s escalas medem os nmeros de fios poi. polegada da rsca). Fig. 9 - Tyerificador de ngulos diversos de ferramentas de corte para plaina e trno.
-------. -
i -
.~
=
perfil sextavado.
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- 15.000
TORNEIR0 MECNICO
J
7.5
Fig. 1
Fig. 2
CONDIES GERAIS A QUE DEVE SATISFAZER A FERRAMENTA DE CORTE 1) Ser de material muito duro e resistente ao calor. 2) Ser rgida e perfeitamente fixada no seu suporte.
3) Ser bem esmerilhada na parte cortante, de modo a apresentar os ngulos que as ex-
perincias e a prtica indicam como os que do maior rendimento ao cortante do gume da'ferramenta.
4) Ser bem polida nas superfcies em- que se fz a afiao (face frontal e flanco) e na superfcie de sada do cavaco (face superior).
MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE Para cortar bem e resistir, durante muito tempo, ao calor resultante do atrito, a parte cortante da ferramenta deve ser, de preferncia, de Ao Rpido ou de um Carbonto Metlico muito duro. Usa-se, tambm, muito raramente o Ao ao Carbono, de menor rendimento. me a porcentagem do carbono. Aps temperado e revenido, apresenta um grau de dureza suficiente para cortar bem o ao e outros metais e ligas, mas resite mal ao calor do atrito desenvolvido durante o corte da pea. O seu aquecimento, mesmo ligeiro, perto de 280 C, anula completamente a dureza adquirida pela tmpera. Serve, portanto, apenas para trabalhos leves de acabamento e para o corte de metais macios.
1 ) Ao ao Carbono - O ao utilizado para ferramenta de corte contm 1,2 a 1,6 % de carbono e tem dureza varivel, confor-
MEC
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125
TORNEIR0 MECNICO
I
7.6
2) Ao Rpido - uma liga de ferro, carbono e tungstnio. Apresenta tambm; em menores porcentagens, outros elementos como cromo, cobalto, vandio e molibdnio. Fica muito duro (grau 65 da escala de dureza "Rockwell C"), uma vez temperado, at a temperatura de 550 a 6000 C.
3) Carbonto Metlico - mais duro que o ao rpido, apresentando-se em pequenas pastilhas, durssimas e de diferentes formas. Suas marcas mais conhecidas so: Widia, Carboloy e Estelite. Estas pastilhas so soldadas numa haste de ao, que forma o corpo da ferramenta de corte.
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
A ferramenta de corte pode ser: 1) Monobloco, isto , toda ela de ao carbono ou de ao rpido, forjada e esmerilhada pelo mecnico (fig. 3).
4) Sob a forma de "bite". ste um pequeno prisma de ao rpido (fig. 6) que se fixa convenieiitemente em suporte reto (fig. 7 ) ou em suporte inclinado (fig. 8). O suporte fixado no porta-ferramenta do trno.
126
MEC
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TORNEIRO MECNICO
7.7
Para a obl c iio das melhores condies tcnicas e econmicas, em cada tipo de trabalho ou de material a usinar, foram feitas numerosas experincias, de que resultou o estabelecimento de determinados perfis, assim como de certos ngulos nas ferramentas de corte. O conhecimento dos perfis vem sendo dado, nesta srie de Informaes Tecnolgicas, em cada tipo de ferramenta que se estuda. A caracterizao dos ngulos, porm, pode ser fei-
ta, de uma s vez, na ferramenta de desbastar, em que se apresentam todos les. Na maioria das ferramentas de torno aparecem ngulos em condies semelhantes. H poucas excees, como na ferramenta de sangrar e nas ferramentas de alisar. Nessas no se encontra a totalidade dos ngulos que, na presente folha, sero discriminados e caracterizados em relao ferramenta de desbastar.
A concordncia das arestas frontal e lateral se faz geralmente por um arco de pequena curvatura, variando o raio r de 0,5 mm a 3 mm, conforme a natureza do trabalho. Os ngulos f e fl (folgas frontal e lateral) so, em geral, de 6 O a 80 para a maioria das ferramentas de torno, em trabalhos nos metais usuais. O valor do ngulo de folga de grande influncia nas condies do corte, porquanto le que possibilita a penetrao do bico da ferramenta. O ngulo de sada ou de ataque fixa a posio da face de ataque ou face de sada, sbre a qual desliza o cavaco. Da inclinao e curvatura desta face dependem a presso e o atrito exercidos pelo cavaco removido da pea.
Fig. I
Quanto maior o ngulo de sada ou de ataque, mais facilitada ser a penetrao da cunha da ferramenta, menores o atrito do cavaco e o calor do atrito. Fica diminuda, porm, a resistncia da ferramenta.
IEC
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12;
TORNEIRO MECNICO
I
Fig. 3
7.8
O ngulo de sada ou de ataque varia com a dureza do material a tornear: seu valor deve ser tanto menor quanto mais duro for o
material. H casos em que convm mesmo um ngulo de sada nulo (fig. 2) e, s vzes, um ngulo de sada negativo (fig. 3).
Fig. 2
MATERIAL A T O R N E A R
F e r r o fundido duro F e r r o fundido macio Ao ex tra-duro Ao duro Ao doce Bronze e l a t o duros Bronze e l a t o macios Cobre Alumnio e m e t a i s macios Ilsticos
'*IDA
s
C
'OLGA
f -fl 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8' 6Oa 8'
S A ~ D A ARESTA ARESTA F O L G A LATERAL FRONTAI LATERAL D A PONTA s1 af a1 aP 5Oa 10' 12Oa 18' l o O a 15' 12Oa 20' 15Oa 25' oOa(-4') oOa 5' 20a 3.0o
0' 5'
a
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10' 74Oa 72' 20' 64Oa 62' 22Oa 30620a 52' 0' 10' 16' 84Oa 82' 74Oa 72' 68Oa 66'
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wc a M
O NGULO P
OBLIQDIDADE DO CORTE
aresta lateral de corte). Sendo, por ex., s ,= = 10, sl = 15O e a1 = 40, o clculo d um valor de 17O 42' para o ngulo de obliquidade de corte.
Na saida lateral da ferramenta de desbastar, devem ser distinguidos dois ngulos. Alm do ngulo de sada lateral (que se mede num plano perpendicular ao eixo longitudina1 da ferramenta) h o ngulo real de sada lateral ou ngulo de obliquidade do corte, que se mede num plano CC' perpendicular aresta lateral de corte (fig. 4). ste ngulo influi no enrolamento do cavaco, ao qual determina a direo de sada. O ngulo de obliquidade do corte na ferramenta de desbastar depende de trs ngulos (fig. 4): s (sada posterior que modernamente est sendo abandonado neste tipo de ferramenta), sl (sada lateral) e al (ngulo da
QUESTIC
I0
128
- 1965 - 15.00
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERAO
8.1
I
Esta operao, tambm conhecida pelo nome de broquear, executada frequentemente pelo mecnico no torneainento de buchas, furos de polia e de engrenagens, furos a serem roscados, etc.
No torneamento cilndrico interno, a pea geralmente prsa na placa universal ou na de castanhas independentes. Ern determinados casos, torneiam-se internamente peas prsas em cantoneiras e na placa lisa.
FASES DE EXECUO
I .a Fase
2.a Fase
PEJA
PRENDA A
e centre.
PRENDA A
FERRAMENTA
de broquear.
OBSERVAS;~ES:
a) Coloque o porta-ferramenta apropriado em posio, na espera do torno. b) Coloque a ferramenta no suporte, deixando para fora um comprimento suficiente para broquear (fig. 3).
b) Antes de tornear internamente, a pea deve estar furada com broca menor do que o furo final (aproximadamente 2 mm a menos).
Fig. 1
Fg. 3
MEC
- 1965 - 15.000
131
TORNEIRO MECNICO
L
FOLHA DE OPERACO
8.2
c) Ajuste a ferramenta ria altura e no aliiiliLimento. A ferramenta dever ficar lia posio horizontal, com a ponta na al~ut-a do centro (fig. 3) e o corpo paralelo ao eixo imaginrio da pea (fig. 4).
I
c ) .A ferramelita de broquear de haste redonda pode ser assentada sobre uni calo em "V" e prsa e 1 1 1 porta-ferramenta c o ~ i
I ' L A C A D E APRTO
(fig. 6 ) .
OBSERVA~~ES: a) O canto inferior A da ferramenta (fig. 5) dever ser esmerilhado de modo a c \ i ~ a r que le q e atrite na parede do fur. tlurante o torncamento.
(1) Usando porta-ferramenta tipo americano (fig. 7), coloque a ferramenta entre dois calos "V" e regule a altura coin calos planos. Use o menor nii~ieropossvel de c al~os.
Fig. 5
b i Use d ferrailiei~ta iilais grossa poss~el: coiitudo, ela deve ticar li\.re no furo a ser i orneado.
132
MEC
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
8.3
3.a Fase
E PREPARE
LIGUE O
TORNO.
4.a Fase
Fig. 8
a) Aproxime a ferramenta da pea, faa-a penetrar no furo e desloque-a transversalmente, at que a ponta toque na pea (fig. 8). b) D um passe na boca do furo, para servir de base para inedi~o(fig. 9). c) Pare o torno, afaste a ferramenta no sentido longitu(iiila1 e tome a medida com paqumetro (fig. 10). d) Calcule quanto deve tirar e d os passes necessrios, deixando 0,2 inm de sobremetal para acabamento.
e) Desligue o torno.
a) Rafie a ferramenta. se necessrio. b) Ligue o tOi-no, d um passe na boca do furo e verifique a rriedida.
Os furos, conforme sua preciso, podem ser verificados com paqunietro, imicro ou calibraclor tampo. Pode-se controlar a medida com a pec;a que entrar no furo. a) Quando a pea comprida e no oferece segurana ao ser prsa, iise luneta fixa.
Quando tornear lato, use culos proretores para os olhos, ou, ento, uma rde. metAlica ou plstica, sobre a ferramenta.
.
TORNEIRO MECNICO
TORNEAR CILNDRO INTERNO
F6LHA DE OPERAAO
8.4
jadas, bites presos em suportes especiais. H diversos tipos de suportes para broquear (fig. 11 e 12) que so empregados de acordo com a forma do furo a tornear.
Fig. 12
QUESTIONARIO
1 ) Que deve ser observado ao prender a peja na placa para broquear?
134
MEC
- 1965 - 15.OC
TORNEIRO MECNICO
FERRAMENTA DE BROQUEAR
8.1
Quando o torneiro fura uma pea no trno, com uma broca, obtm geralmente uma superfcie interna rugosa que nem sempre se apresenta bem centrada e perfeitamente cilndrica. Por outro lado, as brocas de dimetros grandes so muito caras e, por isso, r.aramente se usam nos trabalhos de trno.
A operao que o torneiro executa para o desbaste e o acabamento das superfcies internas dos furos, com dimetro preciso e bom estado de superfcie, se chama broquear. Por essa operao se produzem interiormente tanto superfcies cilndricas como superfcies cnicas.
FERRAMENTA DE BROQUEAR
Fig. 1
Fig. 3
Fig. 4
A ferramenta de broquear, de ao ao carbono ou de ao rpido forjado, apresenta, em geral, a forma indicada na fig. 1. Atua, no interior do furo, da maneira mostrada nas figs. 2 e 3. Outro tipo de ferramenta de broquear consiste em um bite de ao rpido fixado, por meio de um parafuso, perpendicularmente ao eixo longitudinal de uma haste prpria, montada no porta-ferramenta (fig. 4). Nesta haste h um orifcio transversal, de seqo retangular, para o alojamento do bite. Quanto forma geral, os tipos usuais de ferramentas de broquear esto mostrados nas figs. 5, 6 e 7, em suas respectivas posies de usinagem:
Fig. 5
- Cz~rua,para furos passantes.
Fig. 6
- Reta,
Fig. 7
- Curva, para
ranhuras internas.
TORNEIR0 MECNICO
FERRAMENTA DE BROQUEAR
8.2
So fabricadas geralmente na forja, a partir de barras de ao de sego quadrada ou redondk A poro da haste que penetra no furo recebe uma seo cilndrica mais reduzida. O bico, encurvado, forjado de tal ma-
Alguns tcnicos aconselham para ste ngulo 450. O ngulo de folga usual f = 6 O e o ngulo de sada mais empregado para trabalhos comuns em ao ao carbono s = 29O (fig. 10).
Fig. 8
*'--b&
Fig. 3
Fig. 10
neira que a parte mais elevada da aresta de corte fica altura do eixo da barra, como se v na fig. 8. A curvatura do bico deve dar uma inclina~o lateral segundo o ngulo de 30. O ngulo de direo tambm de 30 (fig. 9).
Figura, a seguir, uma tabela de valores dos ngulos de folga ou incidncia e de sada ou ataque para alguns materiais, com ferramentas de broquear de ao rpido (indicadas por R) e com ferramentas de pastilhas de carbonto metlico (CM):
A ferramenta, que deve ter a maior grossura possvel, de acordo com o dimetro do furo a broquear, fixada no porta-ferramenta, mantendo-se o comprimento da parte til um pouco maior que a profundidade do furo. Pode ser montada normalmente (fig. 11) ou invertida (fig. 12). No segundo caso, evita-se a trepidao, se houver folga na rvore do torno. Em qualquer das duas posies, o bico deve ficar ligeiramente acima do centro da pea.
Fig. 11
Fig. 12
1) 2) 3) 4)
I 136
Em que consiste a operao de broquear? Quais so os tipos de ferramentas de broquear? D as caractersticas da ferramenta e os ngulos de corte usuais. Explique particularidades sobre a montagem da ferramenta de broquear.
MEC
1965
I
15.000
TORNEI R 0 MECNICO
FERRAMENTA DE ALISAR
8 . 3
Os trabalhos de alisar servem para dar o acabamento final superfcie da pea, depois de ter sido desbastada. Modernamente ste acabamento no torno de pequena importncia, pois, para conseguir elevada cjualidade das superfcies, melhor acabar a pea numa retificadora mecnica.
De qualquer modo, o alisamento, alm de dar bom aspecto superfcie usinada no torno, a melhora, se tiver que trabalhar sob o efeito do atrito. Quanto mais lisa for uma superfcie, mais reduzida ser o artito.
FERRAMENTA DE ALISAR
A ferramenta de alisar pode ter uma das formas indicadas nas figs. 1 e 2. A de fig. 1 a Ferramenta de alisar de bico urredondado, mais comum. Apresenta U M LIGEIRO ACHATAMENTO NA PONTA, MEDINDO 1,5 A 2
Os dois tipos devem ser cuidadosamente afiados na pedra untada de leo. Quanto mais caprichada for a afiao dos gumes dessas ferramentas, mais aprimorado ser o alisamento da superfcie.
Seu gume, tambm rigorosamente paralelo superfcie em acabamento, largo, produzindo mais acentuada presso de corte, razo pela qual esta ferramenta provoca trepidao quando h folga, por menor que seja, nos mancais da rvore. O avano, por volta, pode ir at perto da metade da largura do gume.
Na operao de alisar deve haver tambm unia refrigerao abundante, que conserve a aresta corcante da ferramenta. tambm conveniente que as ferramentas de alisar trabalhem com profundidade de corte e avan50 reduzidos e com rotao elevada. O grau de acabamento de uma superfcie alisada relativo e depende das condies de ajustagem a que a pea dever satisfazer quando for montada num conjunto mecnico.
TORNEIR0 MECNICO
FERRAMENTA DE ALISAR
8.4
h
Fig. 3
Fig. 6
Fig. 7
Ferramenta de alisar de bico arredondado - A forma do bico permite o alisamento em variados casos, como se v nas figs. 3 a 7. As ferramentas usadas no desbaste deixam as superfcies estriadas, como mostra a fig. 8, ou onduladas, confornie se v na fig. 9. Consegue-se evitar a aspereza da super-
fcie usinada, e o que se faz na ferramenta de alisar, ESMERILHANDO UM PEQUENO ACHATAMENTO NA PONTA, OU arredondando a mesma com um raio maior. A ponta deve tambm ser cuidadosamente polida na pedra de afiar. Para que, com sse achatamento, se consiga um corte liso, necessrio controlar sua largura, de modo QUE TENHA DE 1,5 A 2
vz~s A MEDIDA DO AVANSO POR VOLTA.
Fig. 9
Fig. 1O
QUESTIONRIO
1) Que a operao de alisar? Quais os seus efeitos na peja?
38
MEC
1965
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!
r
TORNEIR0 MECNICO
AFIAR
FERRAMENTA DE FACEAR
A DIREITA
F6LHA DE
OPERACO
9.1
Fig. 1
FASES DE EXECUO
l.a Fase
O ESMERILHE (fig. 3).
SEMI-NGULO
da ponta
b) Apie o bite sobre o dedo mdio da mo esquerda e faa leve presso com o indicador da mo direita (fig. 5).
Fig. 3
2.a Fase
VERIFIQUE A INCLINAO (fig. 6), a incidncia ou folga (fig. 7) e a espessura (fig. 8).
3.a Fase
A PONTA (fig. ESMERILHE do a l.a e a 2.a fases.
$9, repetin-
4.a Fase
A FACE DE SADA OU de ataESMERILHE que ou ngulo de sada (fig. 10).
I
A J
VERIFIQUE O NGULO
DE CUNHA
(fig. 13).
I
i
- 1Q
A ~
I c,
nnn
TORNEI R 0 MECNICO
I
F ~ L H ADE OPERACAO
9.2
-4
Vista de lado.
Fig. 9
Fig. I 0
OB~ERVA : ~ES a) As reafiaes posteriores devero ser feitas, esmerilhando smente os flancos (figs. 13 e 14).
Fig. 13
Fig. 14
Fig. 15
b) A.afiao de desbaste geralmente feita em plano, encostando-se a ferramenta periferia do mesmo (fig. 15). c ) A afiao de acabamento e as reafiaes so feitas em rebolo cillndrico, encostando-se a ferramenta, inclinada no ngulo indicado, na face do mesmo (fig. 16). NOTAS :
- ..
: ; '
O :..
Fig. 16
a) Nas grandes indstrias existe, geralmente, uma seo para a afiao de ferramentas, de modo que os profissionais que vo us-las, j as recebem afiadas. b) A ferramenta de facear esquerda afiada seguindo-se as mesmas fases.
~ n z r
. E
nnn
TORNEIRO MECNICO
REBOLO
I
9.1
Furo
O rebolo a ferramenta cortante que trabalha, girando a grande velocidade, nas esmerilhadoras e nas retificadoras. Na sua forma mais comum, o rebolo um cilindro de pequena espessura ou um disco (figs. 1 e 2), com um furo central, por meio do qual se adapta no eixo da mquina esmerilliadora.
Fig. 1
Fig. 2
MONTAGEM DO REBOLO
A fig. 3 apresenta o caso do rebolo plano e a fig. 4 o da montagem do rebolo cilndrico. O primeiro trabalha esmerilhando com sua periferia, enquanto o segund,~ ;trabalha esmerilhando na face. NOTA:AS guarnies, de papel grosso especial, so indispensveis na montagem do rebolo.
Fig. 4
CONSTITUIO DO REBOLO
Os rebolos usados modernamente se compem de uma substncia mista formada de dois elementos: 1.O Os A brasivos, .que so inmeros GROS DE ARESTAS VIVAS, extremamente duros, destinados a produzir o desgaste das peas em trabalho, por meio do atrito (fig. 5). O Aglomerante ou Aglutinante o materia1 que assegura a adeso das partculas abrasivas (fig. 5).
2.O
Fig. 5
Na massa do rebolo h ainda espaamentos ou poros, que so vazios ou cavidades com funo muito importante na ao de esmerilhar o metal (fig. 5).
ABRASIVOS ARTIFICIAIS At fins do-sculo passado, smente se conheciam os abrasivos naturais. Dstes, um dos mais empregados era o Esmeril, mineral de cr preta, com crca de 40 % de xido de ferro e 60 O/, de xido de alumnio. Dle vem a denominao comum, mas raramente exa- 1965 - 15.000
ta, que se aplica ainda hoje aos rebolos, de maneira geral: Rebolos de Esmeril. O esmeril tem dureza inferior a 9 na Escala de Mohs, que uma escala padro de dureza na qual o Diamante ocupa o nmero 10: o ma'is duro.
MEC
143
TORNEIR0 MECNICO
REBOLO
9.2
No ano de 189 1, pesciuisas tcnicas levaram descoberta de abrasivos artificiais de dureza muito prxima de 10, mais vantajosos do que o esmeril para os usos industriais. So les: 1.O A brasivos Siliciosos, constitudos de Cal-hanto de Silicio, fabricados em fornos eltricos e com dureza 9,6 (Mohs). Nomes comerciais mais comuns: Carborundzsnz (da T h e Carborundum Company) e Crystolon (da T h e Norton Company). Recomendam-se para metais de fraca resistncia trao (FERRO FUNDIDO, LATO, COBRE, ALUM~NIO) e para MATERIAIS NO
METLICOS.
A granwlao dos abrasivos classificada por nmeros, correspondentes s quantidades de inall-ias por polegada das peneiras nas quais se faz a separao dos gros.
1 r'"
Sendo os aglomerantes os retentores ou suportes dos gros abrasivos, a sua resistncia assume grande importncia. Esta se chama grau do rebolo. Os tipos de aglomerantes so: 1.') Aglomerarzte uitrificado, de argila (cal{lim) fundida. Muito resistente e empregado na maioria dos rebolos. 2.O) Aglomerante Silicioso, de SILICATO DE sDIO. Permite desprendimento mais rpi-
do dos gros abrasivos e, portanto, constante renovao da eficincia do corte. Usado, por isso, nos rebolos de afiao de ferramentas.
3.0) Aglomerantes Elsticos, que podem ser de PESINA, BORRACHA OU GOMA-LACA. Suportam elevado calor na esmerilhaqo, sendo, pois, usados para os rebolos de alta velocidade, os de corte e os de acabamento.
ESFAGAMENTO ENTRE OS GR
ste espaamento, chamado estrz~tzcra na especificao comercial dos rebolos influi grandemente na ao esmerilhadora. So os vazios (entre os gros) que retm as partculas arrancadas do inetal, at que sejain expelidas pela fora resultante do movimento giratrio do reblo. De dois rebolos de igual nmero (ranz~lao)e igual grau (resistncia do aglomerante), mas de diferentes estruturas (esflaanzentos), uni cortar mais rpidamente que o outro. A estrutura do reblo pode ser: derzsa, mdia ou aberta.
1) Quais so os aglomerantes usuais dos rebolos? 2) Que o rebolo? Como se monta no eixo?
- - .
- ..
TORNEIR0 MECNICO
L
9.3
Os ngulos adequados ao corte se obtm pelo esmerilhamento, seguido de afiao na pedra, das faces de folga ou de incidncia (frontal, ou lateral, ou, ento, as duas) e da face de sada (tambm chamada face de ataque). Dessa forma se prepara, no bico da ferramenta, a cunha com o ngulo e a posio
convenientes ao corte que o torneiro vai fazer no material. Costuma-se denominar afiao da ferramenta a operao completa de preparo da cunha, compreendendo o esmerilhamento para desbaste e a afiao na pedra para acabamento e aperfeiqoamento das arestas cortantes.
Fig. 1
Fig. 2
Para se preparar a face que forma o ngulo de folga ou de incidncia, emprega-se, de preferncia, um reblo que corta na face (figs. 1, 2 e 3). Nos dois casos, a afiao se faz na face plana do reblo que, como se v na figura 3, uma coroa circular. A ferramenta deve ter sua base firmemente assentada sbre um apoio, com a inclinao adequada ao ngulo de folga que se pretende obter. Para boa conservao do rebolo dois cuidados so indispensveis: 1.O) a ferramenta deve ficar em contato com tda a face plana do reblo, para o que deve ela ser deslocada constantemente, sbre o apoio, para um lado e outro. Assim se evita a formao de canaletas ou o arredondamento das guias do rebolo;
2.0) o reblo destinado afiao de ferramentas deve ser reservado smente para essa operao. Na falta dos rebolos indicados nas figuras acima, pode-se afiar a ferramenta na periferia de um reblo plano. ste um processo de frequente emprgo nas nossas oficinas. Deve ser evitado, sefnpre que possvel, pois produz desgaste irregular do reblo, o que, alm de prejudicial sua durao, influi desfavorvelmente nas condies de afiao da ferramenta. A face de folga ou de ataque deve ser sempre plana. Por isso, no aconselhvel prepar-la na periferia do reblo plano, pois esta produziria uma face cncava que dificultaria ou impediria o correto controle do ngulo.
AFIAO DA FACE DE SADA OU DE ATAQUE Para ferramentas com a face de sada plana, a afiao se faz tambm em reblo que corta pela face. A ferramenta posta em contato com a coroa plana do reblo, na inclinao desejada para o ngulo de sada.
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TORNEIRO MEC*NICO
A figura 4 inostra essa posio da ferramenta. A face de sada deve ser to limpa e polida quanto for possvel. Quando a ferramenta especial, com face de sada curva, a afiao deve ser feita em pequenos rebolos que cortam na periferia e que tm granulao fina.
Fig. 4
A tcnica manual de afiar pessoal e , U sucesso depende da habilidade e da prtica do operador (figs. 5, 6 e 7). A durao do gume aumentada quando, na afiao, se Prepara uma estreita faixa junto aresta (0,5 mm de largura) com inclinao de crca da metade do valor do ngulo de sada ou de ataque (fig. 8).
\
Fig. 5 Fig. 7 Fig. 8
entretanto, para diminuir a durao do corte. O rpido aquecimento produz ainda dilataes superficiais das quais resultam fendas ou fissuras no ao da ferramenta.
3) Empregue rebolos limpos e retificados.
QUESTIONARIO 1) Quais so as duas fases da operao completa de afiar uma ferramenta? 2) Como se afiam as faces de folga? 3) Como se afia a face de safda? 4) Quais as vantagens da afiao na pedra untada de 61eo? 5) Quais so os cuidados n? esmerilhao e afiao? E na conservao do reblo?
146
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TORNEIR0 MECNICO
9.5
Tem grande importncia o afiamento da ferramenta de corte, isto , o preparo conveniente da aresta de corte formada pela interseo da face de folga ou incidncia com a face de sada do cavaco ou de ataque. Com o afiamento, obtm-se uma aresta de corte igual e resistente. A prtica indica que as arestas de corte perfeitamente preparadas, ou seja, b e m afiadas, concorrem decisivamente para um EXTRAORDINRIO AUMENTO DE DURAO DA FERRAMENTA e para a obteno, na pea, de superfcies de fino acabamento. Para o preparo final das arestas de corte, depois de desbastadas as faces da ferramenta na esmerilhadora, so frequentemente utilizadas, na oficina, as Pedras de Afiar, constitudas, em geral, de ligas artificiais de Abrasivos m u i t o finos. Abrasivos finos - So denominados abrasivos os gros de arestas vivas, extremamente duros, destinados a produzir o desgaste das peas em trabalho, por meio do atrito. Empregam-se, com frequncia, para usos industriais os Abrasivos artificiais: 1) Abrasivos Siliciosos, constitudos de carbonto de silcio de dureza Mohs 9,6; 2) Abrasivos Alz~minosos,obtidos pela fuso da bauxita (minrio de xidos de alumnio, silcio e ferro; dureza 9,4.
A granulao do abrasivo determina o grau de acabamento do trabalho. Comercialmente, a granulao especificada por nmeros, seguindo os seguintes grupos: 1) Abrasivos muito grossos - n." 8 e 10; 2) grossos - n.06 12, 14, 16, 20 e 24; 3) mdios - n.OB30, 36, 46 e 60; 4) finos - n.OV0, 80, 90, 100, 120;
A classificao dos abrasivos se faz por meio de peneiras, exceo dos mais finos, em p, que exigem um processo hidrulico de separao.
sses abrasivos pulverizados, por causa mesmo de sua extrema finura, so os que se usam especialmente para operaes de acabamento, capazes de determinar boa qualidade do estado de superfcie das peas, preciso de formas e arestas bem iguais e definidas. Usamse assim os abrasivos em p: 1) diretamente, em seu estado normal, misturado com leo, para o acabamento das superfcies das peas, pela operao que, geralmente, denominada rodagem; 2) aglomerado, por meio de ligantes especiais, para constituir as pedras abrasivas, tambm para rodagem ou para afiao.
So peas de abrasivo artificial muito fino que, uma vez aglomerado, recebe prensagem capaz de lhe dar formas variadas (fig. I), tais como prismas, cilindros, meias-canas, etc. Para o uso, seja na rodagem, seja na afiao de ferramentas, passa-se leo na superfcie da pedra, a fim de evitar que os poros desta sejam obstrudos e para permitir a remoo das partculas de metal que so arrancadas pela ao do abrasivo. Consiste a rodagem em atritar a pedra oleada, por meio de movimentos constante-
mnte variados, contra a superfcie da pea em acabamento. O desgaste se faz progressivamente, lentamente tdas as rugasidades e defeitos superficiais at se obter uma superfcie polida ou "espelhada".
Fig. 1
I MEC
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TQRNEIRO MECNICO
Fig. 2
QUESTIONARIO
18
MEC
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1S.OC
---I
TORNEIR0 MECNICO
TORNEAR CNCAVO (MOVIMENTO B1MANUAL)FGLHA DE OPERACO
10.1
Grande parte das peas torneadas tem superfcies cncavas, seja por efeito esttico, seja para fins de guiar ou alojar outros elementos de mquinas.
Tornear cncavo uma operao difcil que exige muita habilidade manual e golpe de vista do torneiro. Smente a prtica pode dar ao mesmo stes atributos.
2.a Fase,
com riscos de ferramenta, os limites do cncavo (fig. 1).
MARQUE,
3.a Fase
apropriada, de acordo com o perfil do cncavo que vai ser torneado (figs. 2 e 3).
FERRAMENTA
PRENDA A
Fig. 1
A espera deve estar fixada em posio paralela ao barramento do torno (fig. 4).
4.a Fase
INICIEO CORTE pelas partes que devero ficar mais profundas, conforme mostra a figura 2.
Fig. 3 - Cncavo c o m face limite.
I
I
MEC
Torneie com avano bimanual, dando passes finos de A para B e de B para A (figs. 2 e 3). Trabalhe, girando a manivela do carro transversal, com a mo esquerda, e, ao mesmo tempo, a da espera, com a mo direita, procuran-
Fig. 4
15
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TORNEIR0 MECNICO
FBLHA DE OPERAO
10.2
Fig. 5
Fig. 7
do executar movimentos coordenados e contnuos, a-fim de no prejudicar o perfil (fig. 5). O sentido e a velocidade de giro dessas manivelas dependem da forma do cncavo e da posio da ferramenta (figs. 6 e 7).
6.a Fase
-.
a) Se necessrio, verifique o dimetro e a posio do cncavo com paqumetro.- Neste caso, procure localizar o instrumento de medio no dimetro mnimo. b) O emprgo de ferramenta de ponta aguda dificulta a operao e prejudica o aspecto da pea. Por essa razo, deve-se trabalhar com ferramenta de ponta bem arredondada, porm no muito exagerada para evitar trepidao. c) Se o cncavo um semi-crculo, use, de preferncia, um bedame com a ponta arredondada.
Fig. 6
5.a Fase VERIFIQUE com gabarito, mantendo-o bem alinhado e bem centrado (fig. 8), e assinale os pontos de contato com a pea.
I
I
Fig. 8
-m
Gabarito
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TORNEIRO MECNICO
FLUIDOS DE CORTE
10 . 1
I
A usinagem de qualquer metal produz sempre calor, o qual resulta da ruptura do material 'pela ao da ferramenta e do atrito constante-entre os cavacos arrancados e a superfcie da mesma (fig. l). O calor assim produzido apresenta dois inconvenientes : 1.0) aumenta a temperatura da parte temperada da ferramenta, o que pode alterar suas propriedades; 2.0) aumenta a temperatura da pea, provocando dilatao, erros de medidas, deformaes, etc.
Para evitar stes inconvenientes, utilizam-se, nas oficinas mecnicas, os Fluidos de Corte.
Fig. 1 (ampliada).
FLUIDOS DE CORTE Os fluidos de corte geralmente empregados so: 1) Fluidos Refrigerantes;. 2) Fluidos Lubrificantes; 3) Fluidos Refrigerantes-Lubrificantes. 1) Fluidos refrigerantes - Usam-se, de preferncia, como fluidos refrigerantes: a) ar insuflado ou ar comprimido, mais usado nos trabalhos de rebolos; b) gua pura ou misturada com sabo comum, mais usadas na afiao de ferramentas, nas esmerilhadoras. No recomendvel o uso de gua, como refrigerante, nas mquinas-ferramentas, por causa da oxidao das peas. Funo refrigerante Como o calor passa de uma substncia mais quente para outra mais fria, le absorvido pelo fluido (fig. 3). Por esta razo, o leo deve fluir constantemente sbre o corte. Se for usado em quantidade e velocidade adequadas, o calor ser eliminado quase imediatamente e as temperaturas da ferramenta e da pea sero mantidas em nveis razoveis.
2) Fluidos lubrificantes - Os mais empregados so os leos. So aplicados, geralmente, quando se deseja dar passes pesados e profundos, nos quais a ao da ferramenta contra a pega produz calor, por motivo da deformao e do atrito da apara (cavaco) sbre a ferramenta. Funo lubrificante Durante o corte, o leo forma uma pelcula entre a ferramenta e o material, impedindo quase totalmente o confcto direto entre os mesmos (fig. 2). Funo anti-soldante Algum contacto, de metal com metal, sempre existe em reas reduzidas. Em vista da alta temperatura nestas reas, as partculas de metal podem soldar-se pea ou ferramenta, prejudicando o seu corte. Para avitar isto, adicionam-se, ao fluido, enxofre, cloro ou outros produtos qumicos.
FZg. 2 (ampliada).
Fig. 3 (ampliada).
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153
FLUIDOS DE CORTE
10.2
1
3) Fluidos refrige~antes-lubrificantes - Estes fluidos so, ao mesmo tempo, lubrificantes e refrigerantes, agindo, porm, muito mais como refrigerantes, em vista de conterem grande proporo de gua. So usados, de preferncia, em trabalhos leves. 0 fluido mais utilizado uma mistura, de aspecto leitoso, contendo Agua (como re-
frigerante) e 5 a 10 O/, de Oleo Soluel (como lubrificante). O uso dos fluidos de corte, na usinagem dos metais, concorre para maior produo, melhor acabamento e maior conservao da ferramenta e da mquina. A seguir, figura uma tabela, que contm 0s fluidos de corte recomendados de do com o trabalho a ser executado.
*
TIPO
DE
MATERIAL A TRA.BBL&AR
Ao ao carbono 0,18 a 0,30Y$C Rt= 50 kg/mm:! Ao ao carbono 0,30 a 0,60%C - A o s - l i g a Rt= 90 kg/mm - Ao ao carbono acima de 0,60%C -A o s - l i g a Rt- 90 kg/mm
Tornear F u r a r
1 2 3 3
2
Fresar
2
Aplai-
8
8
3
3
3 3 3
1
-
3 9 3
4
3 3 1
7
3
1 5 7 1 2
3 13 1
7
6 9
7
1 8 4
7
8
1 O
1 1
1 1
7
2 2
2
7
1
2
1 1
1
2
Aseco &ua com 5% de leo s o l v e l Kgua com 8% de leo solvel 6100 mineral com 12% de gordura animal Querosene
10
Oleo mineral, de enxofre em po com 1% bleo minera1,com 5% de enxofre em po Agua,c/l% carbonato sdio. 1% de borax e de 0.5% de o l e o de mineral a com 1% de carbonato de s d i o e 1 1 1 de borax h$i 12
4
5
6
7
hgua com 151 de carbonato de s d i o e 0,5% de leo mineral u a r r a z , 40% Enxofre, 30% AlGordura animal com 30% de a l v a i a d e 1 3 %iade, 30%
RIO
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-1
--
-- . .
- - --
-*7
TORNEIR0 MECNICO
10.3
Sendo o trno a mquina na qual se remove material da superfcie de uma pea em rotao, por meio de uma ferramenta de corte, que se desloca continuamente, os seus tm que permitir, ao mesmo tempo, dois movimentos principais:
I
I
1) Fazer girar a Pea, que est suportada e prsa por meios apropriados. o movimento de corte (Mc).
I &a e~pwnco
Po<lO Csndutorg
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TBRNEIRO MECNICO
FUI
DOS bR1
WISMOS DO TORNO
locidades de rotao do fuso ou da vara, determinando a variao da velocidade de deslocamento do carro e, portanto, da ferramenta. este mecanismo constitui a chamada caixa de cmbio ou caixa Norton;
B - transmisso da rotao rvore ou ao eixo principal do trno, entre polias que permitem mudana de velocidades;
C
- mecanismo de movimento automtico de avano longitudinal do carro, usado mais para abrir roscas; - mecanismo de movimento manual da espera.
QUESTIO
1) Quais so os dois movimentos principais do trno?
156
MEC
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TORNEIRO MECNICO
10.5
AVENTAL DO TORNO
Fig. 1
caixa de ferro fundido, adaptada na parte anterior do carro longitudinal. Contm o mecanismo de movimento longitudinal do carro ao longo do barramento do torno, assim como o mecanismo de movimento automtico transversal do carro transversal. A fig. 1 indica todos os mecanismos do avental.
MANUAL DO CARRO - Estando 1) MOVIMENTO o pinho P1 desligado (alavanca A2), gira-se o volante V. A rotao do pinho P2 faz girar R1 e o pinho P3, que, engrenado na cremalheira, produz o deslocamento longitudinal do carro.
uma
A U T O M ~ T I C ODO CARRO TRANSVER3) AVANO SAL DA VARA - Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2, para a posio que produz o acoplamento das luvas L1. A rotao da vara determina as rotaes de R2, R3, P (parafuso semfim), R4 (roda helicoidal), P1, R1 e P3. Estando P3 engrenado na cremalheira, o carro se move ao longo do barramento.
2) AVANO AUTOMTICO
DO FUSO
DO CARRO ATRAVS
(para abertura de roscas) - Move-se a alavanca Al. Os pinos das metades da porca aberta movem-se nos rasgos do disco D e fecham a porca, engrenando-a com o fuso. A rotao do fuso determina o avano longitudinal do carro.
4) AVANO AUTOMTICO TRANSVERSAL DA ESPERA INFERIOR - Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2 para a posio que, desligando as luvas LI, acopla ao mesmo tempo as luvas L2. A rotao do fuso no se transmite ao pinho P1, por estar desligado e, assim, o carro do torno no se move. Atravs, porm, de R2, R3, P e R4, a rotao se transmite a R5 que engrena com o pinho P4, montado no topo do parafuso de deslocamento transversal da espera inferior.
MFr
- 1 OXQ
I r; nnn
TORNEIR0 MECNICO
10.6
CARRO DO TORNO
forte pea de ferro fundido, tendo ranhuras trapezoidais na parte inferior, que se adaptam em guias prismticas do barramento do torno, para facilitarem o seu deslizamento longitudinal (figs. 2 e 3). As duas guias prismticas externas (fig. 3) so as que servem de apoio ao carro. A guia prismtica interna e o ressalto achatado servem para o deslocamento do cabeote mvel. Todas essas guias so rigorosamente retificadas, para que o movimento da ponta da ferramenta se faa sempre paralelamente ao alinhamento da ponta e da contraponta. Na parte inferior do carro est o parafuso de movimento que se conjuga a uma porca, determinando o deslocamento transversal do mesmo. Este deslocamento se faz manualmente, pelo volante, ou automticamente, atravs do mecanismo do avental, conforme foi explicado (fig. I), sendo guiado pelo encaixe em rabo de andorinha existente na parte inferior. Um anel graduado, no eixo do volante, permite deslocamentos micromtricos do carro transversal.
uma
Fig. 2
krrkwnM
I
do
mrm h8nw~wI
Fig. 3
A ESFERA
o rgo que serve de base ao portaferramentas. O deslocamento da espera se faz girando o volante, que move um parafuso conjugado a uma porca existente na mesma. Um anel graduado, no eixo do volante, facilita a execuo manual de avanos micromtricos da ferramenta de corte. A base da es-
graduao angular, para mostrar qualquer inclinao da direo de avano da ferramenta em relao ao eixo da pea que est sendo torneada.
O porta-ferramenta o rgo superior que suporta e prende a ferramenta de corte, mediante parafusos de aprto.
QUESTIONARIO
I
1911
M F ~
- 106';
I r;
nnn
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACAO
11.1
Quando a superfcie a ser usinada exigir bom acabamento, o mecnico deve usar ferramenta de alisar, tambm conhecida como ferramenta de ponta redonda (fig. 1). A ferralilenta de alisar tem a ponta arredondada para permitir um melhor acaba-
mento da superfcie. Ela deve ser muito bem afiada, porque o estado da superfcie usinada depende do acabamento do gume de corte. A ferramenta de ponta redonda (fig. 2) deixa ondula~es(restos de corte) nleiiores que a de desbastar (fig. 3).
Fi 1
Fig. 2
Fig. 3
e verifique
Irnrn
Fig. 5
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I
r
TORNEIRO MECNICO
F6LHA DE OPERAAO
11.2
I
I
Za Fase REPITA A
PRIMEIRA FASE
para fazer o
ARREDONDE A PONTA.
a) Faa pequenos chanfros como em A, H,
I
Fig. 11
4.a Fase
F A ~O ANGULO
DE ATAQUE OU
de sada
I
- . ...
.
S .
I
L
. . ,.
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, '
_ . L
S.-:
'
'
..
162
MEC
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- 15.00(
TORNEIR0 MECNICO
I
FOLHA DE OPERACO
11.3
?
5.a Fase
A A F I A ~ Oda ponta coni peCOMPLETE dra de afiar untada de leo (fig. 15).
OBSERVA~ES:
a) Nas reafiaes nunca esmerilhe a face de sada o u de ataque. b) Nas grandes indstrias existe, geralmente. uma seo para a afiao de ferramentas, de modo que os profissionais que vo uslas j as recebam afiadas.
Fig. 15
r-------
Ferramenta
: NOTAS
a) A afiao de .desbaste geralmente feita em rebolo plano, encostando-se a ferramenta periferia do mesmo (fig. 16). 15, indispensvel que o rebolo esteja com a face absolutamente plana; se necessrio, para isso, deve-se repass-lo com retificador apropriado. b) A afiao de acabamento e as reafiaes so feitas em rebolo cilndrico, encostando-se a ferramenta,. inclinada no ngulo indicado,, face do mesmo (fig. 17). Neste rebolo as faces afiadas ficam planas. As mquinas que se destinam a essa afiao, tm, geralmente, a mesa regulvel de modo que os ngulos desejados so obtidos com muita facilidade.
Fig. 16
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163
Fig. 18
QUESTIONRIO
1) Por que a ferramenta de alisar tem a ponta arredondada?
4) Por que no se deve esmerilhar a face de sada, nas reafiaes? 5) Por que a afiao de acabamento e as reafiaes so, de preferncia. feitas em rebolo cilndrico?
6) Para que so feitos os pequenos chanfros antes de arredondar a ponta da ferrainentn?
TORNEIR0 MECNICO
1 1-1
Os rebolos so especificados comercialmente pelas formas, inedidas e constituio-da massa. ESPECIFICAOES DE FORMAS E MEDIDAS A figura 1 apresenta o esquema do rebolo de forma usual. As figuras 2 a 6 mostram alguns de formas especiais, usados em geral para trabalhos de retificao e afiaqo.
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 5
Fig. h
Fig. 1 - Rebolo plano o z ~ de disco - Dimenses: Dimetro X Espessura X Dimetro do furo. Fig. 2 - Rehlo plano rebaixado - Dimenses: Dimetro X Altura X Dimetro do furo X Dimetro do rebaixo X Espessuras de paredes. Fig. 3 - Reblo de copo, cilndrico - Dimenses: Dimetro X Altura X X Dimetro do furo X Espessuras de paredes. Fig. 4 - Reblo de copo, c~aico- Dimenses: Dimetro maior X Dimetro
inenor X Altura X Dimetro do furo X Espessuras de paredes. Fig. 5. - Reblo de prato - Dimenses: Dimetro maior; X Dimetro menor X X Altura X Dimetro do furo X Espessuras de paredes. Fig. 6 - Reblo cilndrico - (Em forma de anel) - Dimenses: Dimetro externo X Dimetro interno X Altura. As setas mais fortes mostram, nas diversas figuras, as faces esmerilhadoras de cada tipo de reblo apresentado.
ESPECIF1CACS)ES DA CONSTITUIAO DO REBOLO 0 s fabricantes de rebolos adotam um cdigo universal, constitudo por letras e nmeros, para indicar a constituio da massa. Os elementos dessa codificao definem: tipo de abrasivo (por uma letra); granz~lao(por um ninero); grau (por uma letra); estrz~tz~ra (por um nmero); aglomerante (por uma letra). Por exemplo, o rebolo que, no disco de papel, traz a marcao A80-K5V tem abrasivo aluminoso (A) de granulao 80, resistncia do aglomerante de grau K, estrutura ou espaainento 5, sendo o seu aglomerante vitrificado (V). Se fr encontrada, por exemplo, a marcao 38A80-K5VBE, tpica da "The Norton Co.", isso indica o mesmo reblo anteriormente especificado, com as seguintes particularidades: o abrasivo A (aluminoso) tem um ninero 38 e o aglomerante V (vitrificado) de smbolo BE, representando ambos (n.0 38 e smbolo BE) tipos especiais fabricados pela "The Norton Co.". Outro exemplo: Rebolo GA46-H6V10 da "The Carborundum Co.':. A letra G um prefixo particular do fabricante, assim como o ninero 10 final.
DESIGNAQ DOS ABRASIVOS Letra A para os abrasivos aluininosos. Letra C para os carbonetos de silcio. Letra
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TORNEIRO MECNICO
1 1.2
I
DESIGNAC
)A GR
iq
8 1O
12 14 16 2O 24
3O 36 46 6O
7O 8O 9O 1O 0 120
LODC J As letras indicativas da resistncia ou dureza do aglomerante seguem a ordem alfabtica, medida do aumento da dureza:
EXTRA-MACIO MACIO MDIO DURO EXTRA-DURO
A-B-C-D-E-F-G
H-IJ-K
L-M-N-O
P-Q-R-S
'
T-U-W-Z
DF"'-" ' -" - 4 E S T R U I I -A estrutura no mais do que o espaamento entre os gros abrasivos. Classifica-se a estrutura seguindo o quadro seguinte:
ESPAAMENTO CERRADO ESPAAMENTO MDIO ESPAAMENTO ABERTO
0-1-2-3
L
4-5-6 DESIGI
7-8-9-10-11-12
,SP
D(
4GLOMERA-NT -
Letra V
C
Letra S
Letra B
Letra R
Letra E
1) Como so especificados os rebolos de um modo geral, no comrcio? 2) D os nomes de seis tipos de rebolos. 3) Como se especifica a constituio de um rebolo?
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MEC
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TORNEIR0 MECNiCO
I
FOLHA DE
OPERACAO
12.1
I
H dois processos bastante usados para abrir rscas triangulares externas. Em cada um dles, a ferramenta opera .de modo diferente: em um, a ferramenta penetra no materia1 obliquamente (fig. 1) e, no outro, perpendicularmente (fig, 2).
A penetrao oblqua usada na execuo de roscas sem grande preciso de ajuste ou, ento, no desbaste de roscas a serem acabadas por outros processos, pois ste sistema bastante prAtio e econmico.
FASES DE EXECUO
-.
!
Fig. 2
l.a Fase
Fi. 3
Fig. d
MEC
Fig. 5
169
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TORNEIR0 MECNICO
4.a Fase
FOLHA DE OPERACO
12.2
c) Avance a ferramenta de, aproximadamente, 0,3 mm. d) Engate o carro (fig. 7) e deixe a ferramenta deslocar-se num comprimento igual a, aproximadamente, 10 filtes. e) Afaste a ferramenta, desligue o tbrno, verifique o passo (figs. 8 e 9) e, se necessrio, corrija.
5.a Fase
UM PASSE
para ensaio.
Em tornos de mudana de engrenagens, feche a proteo da grade. b) Desloque a ferramenta para fora da pea, com a manlvela do avental, e tome referncia no anel graduado (fig. 6).
Fig. 8
Fig. 9
-1
:
TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE
OPERACO
12.3
6." Fase
D os a rsca.
'
PASSES
necessrios at terminar
Quando a rosca a ser executada mltipla do fuso do trno, o retrno pode ser feito desengatando-se o carro. Caso contrrio, para roscas curtas, o retrno se faz invertendo o sentido de rotao do motor e com o carro engatado. b) Avance a ferramenta, girando a manivela (A) do carro superior, at o ponto de referncia (fig. 10). c) D a penetrao correspondente ao passe, girando a maniv,ela B (f ig. 10). d) Ligue o torno e deixe a ferramenta avanar at o comprimento previsto para a rosca (fig. 11). e) Repita os itens desta fase at chegar medida final.
Fig. 10
No caso de rsca com nmero de filtes mltiplo dos filtes do fuso, os passes sucessivos so dados sem desligar o trno, pois o retorno da ferramenta pode ser feito desengatando o carro.
7.a Fase
VERIFIQUE A ROSCA com uma porca-calibre (fig. 12). Fase REPASSE, se necessrio, at conseguir o ajuste.
Fig. I 1
Antes de verificar o ajuste com a porca-calibre, limpe e lubrifique a rosca com pincel a fim de n ferir a mo.
I
MEC
Fig. 1 2
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECNICO
F6LHA DE OPERAAO
12.4
OBSERVAO: Na abertura de rosca por penetrao oblqua, a ferramenta corta com um dos gumes, enquanto o outro apenas raspa um dos flancos do filte (figs. 15 e 16).
Fig. 15
I
l0 passa
w
30 passe
UULl
40 posre
2?passe
Fig. I 6
QUESTIONAR10
1) Em que casos prefervel abrir rosca por penetrao oblqua?
2) Qual o instrumento utilizado para verificar a simetria da ferramenta, quando prsa no suporte?
3) Como se verifica o ajuste de uma rsca?
4) Qual a operao que deve ser executada no extremo da pea, quando se termina a rsca?
172
MEC
- 1965 - 15.000
F ~ L H ADE OPERAO
12.5
O processo de abrir rosca triangular. em que a ferramenta penetra no material em posio perpendicular, usado para execuo de roscas em peas que requerem bom acabamento e bom ajuste. utilizado na exe-
cuo de roscas finas (pequeno passo e pouca profundidade) e no acabamento de roscas desbastadas pelo processo de penetrao oblqua. Nesta operao, muito til o uso do suporte flexvel.
FASES DE EXECUCO
2.a Fase
O escantilho (fig. 2) serve para alinhar bem a ferramenta para que o filte fique perpendicular ao eixo da pea.
3.a Fase
Fig. 2
Desligue a chave geral do torno antes de trocar as engrenagens. b) Consulte a tabela de velocidade de corte para roscar e determine a r.p.m.
4.a Fase
D
UM PASSE
para ensaio.
OBSERVAO:
A espera deve estar fixada em posio paralela ao eixo da pea (fig. 3). a) Ligue o torno.
PRECAUO:
'-IZ e
Fig. 3
MEC
- 1965 - 15.000
173
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
12.6
I
d) Avance a ferramenta transversalmente de, aproximadamente, 0,3 mm. e) Engate o carro principal e deixe a ferramenta deslocar-se num comprimento de, aproximadamente, 10 filtes. f) Afaste a ferramenta, desligue o torno, verifique o passo (figs. 4 ou 5) e, se neces-. srio, corrija. 5.a Fase D os a rsca.
PASSES
necessrios at terminar
a) Retorne a ferramenta ao ponto inicial de corte. OBSERVAO: Quando a rsca a ser executada tem o nmero de filtes mltiplo do nmero de filtes do fuso, o retrno pode ser feito desengatando-se o carro. Caso contrrio, para roscas curtas, o retrno se faz invertendo o sentido de rotao do motor e com o carro engatado.
b) D a profundidade de passe recomendada, com a manivela do carro transversal.
Fig. 5
OBSERVAO: Guarde a referncia de cada passe no anel graduado, a fim de poder controlar a profundidade nos passes subsequentes.
Fig. 6 - I .o passe.
c) Ligue o torno e observe a ferramenta cortar o material formando o filte da rosca (fig. 6).
.-
d) Interrompa o avanGo da ferramenta quando ela atingir o comprimento previsto para a rosca (ig. 7), e retorne ao ponto inicial.
174
MEC
1965
- 15 000
1
I
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACAO
12.7
e) Desloque, um pouco, a ferramenta longitudinalmente, com a manivela da espera, e d nvo passe sem aprofundar a ferramenta (figs. 8 e 9).
Fig. P
Fig. 9 - 2 . O passe.
Esses contnuos deslocamentos longitudinais da ferramenta tm por finalidade evitar que ela corte com toda a ponta, o que pode quebr-la e dar rosca mal acabada.
Fig. 11 - 4 . O passe.
+
I? passe
20 passe
3? passe Fi. 12
4 0 passe
50 passe
Como se observa, o deslocamento da erramenta se d nas direes longitudinal e transversal, alternadamente. Assim, o 1.O, 3.0,
MEC
5.O, etc. passes so dados traiisversalmente, e o 2.0, 4.07 6.O, etc. so dados longitudinalmente, ora para a direita, ora para a esquerda.
- 1965
-.15.000
-I
-- -
TORNEIRO MECNICO
FBLHA DE OPERAO
12.8
Fig. 1 ;
6.a Fase
A ROSCA, com uma porcaVERIFIQUE calibre (fig. 13) ou com calibrador tipo "passa no passa" (fig. 14).
7.a Fase
REPASSE, se necessrio, at conseguir o ajuste.
8.a Fase
4) Como feito o retorno do carro ao ponto inicial ein roscas, cujo nmero de filtes mltiplo do nmero de filtes do fuso?
5 ) Com que manivela se faz o deslocamento longitudinal da ferramenta, para cada novo passe?
176 .
MEC
- 1965 - 15.0C
TORNEIR0 MECNICO
12.1
Entre as ferramentas de abrir rscas usadas pelo mecnico, so usuais os bites de ao rpido montados em porta-ferramentas (fig. l ) e as ferramentas forjadas em ajo tenaz.
depois esmerilhadas com a parte til ou cortante caladas em ao rpido (fig. 2) ou com pastilhas soldadas de durssimo carbonto metlico (figs. 3 e 4).
Fig. 1
Fig. 2
MEC
1965
- 15.000
TORNEIR0 MECNICO
TECNOLGICA
FOLHA DE INFORMACO
12.2
FERRAMENTA.DE ABRIR ROSCA TRIANGULAR POR PENETRAO OBLQUA A fig. 9 mostra as trs vistas, com os detalhes e ngulos dos perfis de um dos tipos de ferramenta usados. Os flancos A e B apresentam ngulos de folga laterais da mesma forma que a ferramenta de penetraco perpendicular. Como o deslocamento paralelo a ~ 1 x 1 flanco do filte, trabalha a ferramenta apenas numa aresta cortante, como mostra, por exemplo, a fig. 10, em que o gume de corte A . Por isso, a sada ou o ataque pode ser igual de uma ferramenta de desbastar. A figura 11 mostra uni outro tipo de ferramenta de abrir rosca triangular por penetrao oblqua. Tericamente, os ngulos da ponta so de 60 para o passo mtrico e de 550 para o Whitworth. Para melhor acabamento do filte usa-se, na prtica, 55O. ou 56O para a rosca mtrica, e 500 ou 51 para a rosca Whitworth. Assim, a ferramenta trabalha com a folga que se v na fig. 10, do lado B, atacando o material segundo o gume A e produzindo bom acabamento no flanco contrrio do filte, isto , no flanco direita.
R
I
Flg. 9
Fig. I 3
~os~a UAS o
FERMMENTAS
NA F I X A ~ A O
As regras so as j conhecidas para outros tipos de ferramentas: 1) a ferramenta fixada na posio horizontal (fig. 12);
2) o gume deve ficar na altura do eixo da peca, usando calos, se necessrio (fig. 12); 3) o eixo longitudinal da ferramenta deve ser perpendicular ao da pea (fig. 13).
MEC
- 1965 - 15.000
meio da roda R1 (fig. 2). Esta roda R1 , ento, o como de todo o mecanismo de deslocamento automtico da ferramenta de corte.
A transmisso do movimento se faz, logo no incio, atravs do mecanismo inversor da rotaso (figs. 1, 3 e 4). O exame destas figuras esclarece o funcionamento do dispositivo. A alavanca exterior manobra uma pea P, que se desloca em torno do eixo do inversor e leva o conjunto das rodas R2 e R3 a uma das posies seguintes:
Posrjo 1 - R3 engrena c0111 R1. Em virtude de R2, a rotao de R4 tetil sentido contrrio ao de
I'ig. I - Marcha ilzvertidn.
I'ig. 2
Posrqo 2 - R2 e R3 no engrenam com R1. O sistema est em ponto morto". No transmite, pois, rotao ao eixo do inversor, que comanda o mecanismo de avano do Pos~jo 3 - R2 engrena com R1. Como R3 fica desengatada, o conjunto funciona apenas com : ! engrenagens e, em conseqncia, R1 e R4 giram no mesmo sentido Como R1 e R4 tm o iilesmo diriietro, o eixo do inversor gira lilesma velocidade da rvore do torno. As rodas R2 e R3 so simples transmissoras da rotao, no alterando a velocidade de rotao entre a rvore do torno e o eixo do inversnr , '
TORNO PARADO.
MEC.4NISMO DA GRADE
As engrenagens da grade formam um dispositivo de ligao entre o eixo I do inversor de avano e o eixo condutor A da caixa Norton (figs. 5 e 6), ou entre o inversor e o fuso, nos tornos que no possuem caixa Norton. A grade uma peca de ferro fundido articulada em torno do eixo A, podendo ser
1'
-- -----
- - -- - -
- - - - - . -
-INFORMAAO TECNOLGICA
.-
TORNEIR0 MECNICO
F6LHA
DE
12.4
fixada, devido ao rasgo F e pela porca P, em diferentes posies. 8 seu rasgo longitudinal E serve para a montagem de UMA OU MAIS engrenagens intermedirias, por meio de parafusos com buchas e porcas. Este dispositivo permite a montagem de variadas combinaes de engrenagens. CASO DE SIMPLES TRANSMISSO SEM ALTERAR A VELOCI-
- Basta montar no eixo I do inversor e no eixo A da caixa Norton (ou no fuso, se no houver caixa Norton) duas rodas R5 e R8 com o MESMO NMERO DE DENTES. Ento R8, R5, R4 e a rvore tm a mesma velocidade de rotao.
DADE
Fig. 5
DE ALTERAJO DA VELOCIDADE DE CASO Basta que as rodas, que substiturem R5 e R8, tenham nmeros de dentes diferentes, para se dar mudana de rotao. Por exemplo: roda de 60 dentes na posio R5 e roda de 120 dentes na posio R8. Resultado: o eixo A ter metade da rotao do eixo I. As rodas intermedirias no alteram a rotao. Outro meio de modificar a rotao consiste em montar na grade, em um mesmo eixo, duas rodas de nmeros de dentes diferentes (fig. 7). Mesmo que as rodas extremas R5 e R8 tenham o mesmo nmero de dentes, h mudana de rotao. Tomemos o exemplo da fig. 7. Segundo a regra, a reduo se obtm dividindo o produto dos nmeros de dentes das rodas condutoras pelo produto dos das conduzidas:
ROTAO -
Reduo =
40 X 30 30 1 60 x 4 0 6 0 2
.
TORNEIR0 MECNICO
TORNEAR CGNICO DESALINHANDO A CONTRAPONTA
FOLHA DE
OPERACO
13.1
I
Os cones longos, de pequeno ngulo de inclinao, podem ser torneados desalinhando-se a contraponta, desde que a pea possa ser prsa entrepontas (fig. 1). Esta operao executada quando a preciso do cone no muito importante.
como, por exemplo, no torneamento dos cabos de desandadores para machos e no desbaste de cones a serem acabados por outros processos. este processo, para tornear cnico, permite trabalhar com avano automtico.
Fig. I
FASES DE EXECUO 1." Fase FACEIE a pea (Veja Ref. FO 211). 2.a Fase FAJA FUROS de centro (Veja Ref. FO 311). 3." Fase c) Verifique o valor do desalinhamento a por um dos modos indicados nas figuras 3
Fig. 3
Fig. 4
MEC
- 1965 - 15.000
183
TORNEIRO MECNICO
L
FGLHA D E OPERACAO
1 3 . 2
,
7.a Fase
entrepontas.
O INICIE
TORNEAMENTO
do cone.
O desalinhamento da contraponta Provoca, de da Pea, certa $20, quando se usam pontas ~nicaS. Recomenda-se, por isso, usar pontas esfricas (fig.
AS pontas esfricas so mais fracas do que as comuns. Evite, portanto, esforos muito grandes, a fim de quebr:(-l;ls, 8.a Fase VERIFIQUE A CONICIDADE, medindo os dimetros e o comprimento do cone ou, en- , to, usando calibrador. 9.a Fase CORRIJA,se necessrio, e CONE.
TERMINE O
5).
na altura do
O processo de tornear cnico desalinhando a contraponta indicado principalmente nos trabalhos em srie para desbaste. Neste caso, indispensvel que as peas tenham tdas o mesmo comprimento de sustentao, pois a variao do mesmo modifica o valor do ngulo do cone (fig. 6).
Fzg.
P(IIILO
mes?~zodesalinharr~entoda contraporltrr.
QUESTIONARIO
- 1965 --
15.000
TORMEIRO MECNICO
13.1
Ao montar a pea destinada ao torneamento cnico por meio dste processo, d-se um pequeno deslocamento transversal e contraponta (fig. 1 ) . s s e deslocamento no qualquer: calcula-se, tendo e m conta certas medidas da pea e da parte cnica que se deseja tornear. Resulta, das condies de montagem da pea entrepontas, um desalinhamento, do eixo geomtrico da pea, em relao ao eixo do torno. stes dois eixos passam a formar, portanto, um pequeno ngulo (fig. 1). O torneamento cnico pelo processo de desalinhamento da contraponta smente realizvel nas seguintes condies:
Fig. I
feituoso contato do cone da ponta com o cone do furo de centro. Isso acontece tanto na ponta como na contraponta. Nos trabalhos de grande preciso, tal defeito prejudicial, motivo por que aconselhvel o uso de pontas esfricas, como est mostrado na fig. 3. No torneamento de uma srie de peas cnicas iguais, indispensvel que os furos de centro sejam executados com grande cuidado e preciso, sem o que haver variao sensvel nas conicdades.
Fig. 2
Fig. 3
TORNEIR0 MECNICO
C
13 . 2
I
A pea, montada entrepontas e prsa pelo arrastador, gira em torno do seu eixo geomtrico XX' que, com o desalinhamento e da contraponta. no paralelo direso do deslocamento da ferramenta. Fica ento uma superfcie cnica (fig. 4). Sendo C o comprimento total Fig. 4 da peqa, c o comprimento do cone, D o dimetro maior e d o dirnelro rrienor do cone, calcula-se o desalinhamento e da contraponta pela frmula:
e= (D - d) X C 2Xc 1.0 exemplo: Sendo D = 42 mm, d = 38 mm, C = 160 mm e c = I20 mm, resulta: e=
( 4 2 - 3 8 ) X 1 6 0 -4x 160 2x160 160 - 2,66 mm ou 2 X 120 - 2 X 1 2 0 120 - 60 aproximadamente, e = 2,7 m m 2 O exemplo: Sendo D = 46 mm, d = 40 mm, C = 130 mm e c = 100 mm, tem-se: e= 6 X 130 - 3 X 130 390 (46 - 40) X 130 --= 3,9 mm. 2x100 -2x100100 -100
Em lugar de todas as medidas indicadas, pode-se, s vzes, ter apenas, como elementos de clculo, o comprimento total da pea (C) e a conicidade dada em percentagem. Aplica-se, ento, a frmula: e= conicidade xC 2 1.0 exemplo - Sendo L = 164 mm e a conicidade de 8 %, tem-se 8 % = 0,08. 164 = 0,04 X 164 = 6,56 mm 2 2.0 exemplo - L = 120 mm e a conicidade de 6 %. Sendo 6 0/1, = 0,06, resulta: e =
X --2
Ento e =
QUESTIONARIO 1) Calcule e sendo C = 140 mm e a conicidade de 8 %. 2) Quais so as condiqes em que realizvel o torneamento cnico com o desalinhamento da contraponta? 3) Como se evita o contato defeituoso das pontas com os furos de centro das peqas? Qual o tipo de ponta que pode ser utilizado? 4) Indique as duas frmulas para clculo do desalinhamento do cabeote mvel. 5) Calcule e sendo: D = 38 mm, d = 34 mm, C = 140 mm e c = 100 mm.
.--
TORNEIRO MECNICO
FGLHA DE OPERAO
14.1
Uma broca helicoidal, que no est bem afiada, no permite furar bem; o furo pode desviar-se e o tempo necessrio para a furao aumentado. , pois, indispensvel ao mecnico saber afiar bem a broca helicoidal.
A afiao desta ferramenta feita em rebolo abrasivo, mo ou com dispositivo apropriado. A afiao manual uma operao difcil que exige muita habilidade por parte do mecnico.
A MA0
b) Movimente-a, conforme indicado na fig. 3.
2.a Fase
A INICIE
e 5)
AFIAJO
da broca.
Fig. 1
Fig. 2
Resfrie a broca em uma vasilha com gua para evitar que ela se destempere.
Fig. 4
Fig. 5
MEC
- 1965 - 15.000
189
FdLHA DE OPERACO
14.2
5.;' Fase
* ~ F OI OUI-RO ~ GUME.
VERIFIQUE O NGULO DA BROCA usando verificadores fixos (fig. 6) ou transferidor (fig. 7).
I
faa a veriiicac,o
fig. 7
- Usando 1~un.rferidor.
4.a Fase
as vzes que forem necessrias, at afiar o primeiro gume.
SEGUNDA FASE
REPITAA
I1
O aparelho, montado na espera do i-cbolo, permite a regulagem precisa da posio da broca. Para a afiayo, o operador executa urii niovimento siinpies e avana a broca contra o rebolo, por ineio de -u-uiiiparafuso de apoio (fig. 9).
1965
1 - 15nnn
TORNEIR0 MECNICO
I
14.1
A superfcie cnica desempenha funo de grande importncia nos conjuntos ou dispositivos mecnicos. Permite o cone um tipo de ajustagem com a caracterstica especial de poder proporcionar enrgico aprto entre peas que devam ser montadas ou desmontadas com certa frequncia.
Os cones so utilizados, principalmente, nas fixaes de ferramentas rotativas (exemplos: cones Morse, mtrico, "standard" americano e Brown & Sharpe) e em conjuntos desmontveis (tais como polias ou engrenagens montadas em eixos) nos quais seja indispensvel a rigorosa concentricidade.
ELEMENTOS DE EXECUO E VERIFICACO DO CONE So os seguintes (figs. 1 e 2): Dimetro maior (D), dimetro menor (d), comprimento (C) e ngulo (a) da geratriz do cone com o seu eixo geomtrico. A conicidade pode ser fixada: 1) ou pelo ngulo a em graus; o 2) ou pela porcentagem de conicidade, D-d dada pela frmula e % = Fig. 1 X 100. C Exemplo: D=34mm; d = 2 8 m m e C = ..... = 120 mm. A conicidade ento e % = . . . . 34 - 28 1 1 X 100=-X 100=-=5 yo. 120 2o 20 3) ou pela inclinao da geratriz do cone, dada em porcentagem pela frmula Fig. 2 R-r i%=--X 100. C VERIFICASAO DOS CONES - CALIBRADORES CONICOS O correto controle da execuo de um cone exige, vista do exposto: 1.O) verificao de medidas; 2.0) verificao da conicidade; 3.O) verificao de regularidade da forma. Ora, numa pea, os dimetros e o ngulo do cone no podem ser medidos com grande preciso usando os instrumentos comuns de medio. Por isso, na prtica, utilizam-se Calibradores cnicos que, conforme o caso, ser um Calibrador tampo cnico retificado (Fig. 4) ou uma Bucha de furo cnico retificado (Fig. 3), de dimenses e propores normalizadas.
14078/&
Emprega-se, tambm, ou uma pea macho, ou uma pea fmea, j usinada, para servir de Calibrador, respectivamente, para a pea fmea (Fig. 5) ou para a pea macho que est sendo torneada. A verificao da ajustagem dos cones interno e externo se faz por contato. Para isso, do-se quatro traos equidistantes (a giz ou a lpis especial, oleoso) segundo as geratrizes, no cone exterior. Introduz-se ste no cone interior e gira-se suavemente um contra o outro. Ao retirar, se os traos estiverem apagados em toda a sua extenso, o contato dos cones est correto.
/uro dmrro
&
MEC - 1965
15.000
191
-I
--
---
14.2
MECNICO TORNEIRO
I
CONES NORMALIZADOS Em geral, as mquinas-ferramentas possuem rvores ou eixos com furos cnicos destinados fixao das hastes cnicas das ferramentas rotativas ou de acessrios (brocas, alargadores, machos, escareadores, centros, buchas de reduo, etc.). Todos estes cones so normalizados, sendo mais comuns os dos sistemas mtrico e mo?-se.
Standard Americano (conicidade aproxiinada Os outros sistemas de cones mais comuns, sobretudo em fresadoras, so: Brown . de 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20). 8< Sharpe (coniridade aproximada de 1 : 24);
'
MEC
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECANICO
1 1
14.3
Devido forma especial da broca helicoidal, prticamente impossvel medir, diretamente e com exatido, os ngulos c (ngulo cortante), f (ngulo de folga ou de incidncia) e s (ngulo de sada ou de ataque), que influem nas condies do corte com a broca helicoidal (fig. 1). A prtica indica, entretanto, algumas regras que, se observadas na afiao da broca, do-lhe as melhores condies de corte.
Fig. I
o
W
Fig. 2
Fig. 3
I: .-
4.a) No caso de brocas de maiores dimetros, a aresta da ponta, devido ao seu tamanho, dificulta a centragem da broca e tambm a sua penetrao no metal. 2 necessrio, ento, reduzir sua largura. Desbastam-se, para isso, os canais da broca, nas proximidades da ponta (fig. 5 e 7). Rte desbaste, feito na esmerilhadora, tem que ser muito cuidadoso, devendo-se retirar rigorosamente a mesma espessura, num e noutro canal.
Fig. 4
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
TORNEIR0 MECNICO
14.4
I
VERIFICADOR DE NGULOS DA BROCA Para a verificao do ngulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usase o tipo de verificador da fig. 8.
Fig. 9
AFIAGO DA BROCA
ANGULAR, como mostra a fig. 9. A broca fica em contacto com a face do rebolo cilndrico, como se v na figura. O suporte da broca gira, impulsionado a mo, por meio do eixo E. A amplitude dsse giro limitada a um ngulo de crca de 65O.
TIVO DE SUPORTE
Como o ngulo de inclinao do suporte 590, para ngulo de ponta de l 180, resulta uma afiao correta, para o que concorre tambm o uso do verificador (fig. 8), h medida do desenvolvimento do trabalho. O rebolo biselado (fig. 9) serve para o desbaste dos canais, a fim de reduzir a aresta da ponta da broca.
'QUESTIONARIO
1) Quais so os trs ngulos do corte?2) As arestas cortantes devem ter medidas iguais ou desiguais? 3) Qual o melhor ngulo da ponta da broca, para os trabalhos comuns? 4) Em que mquina se afia a broca? 5) Com que se verifica a afiao da broca? 6) Indique os ngulos da ponta da broca para furar: a) ao duro; b) cobre; c) fibra, baquelite e madeira; d) ferro fundido macio; e) ao forjado. 7) Quais os melhores valores do ngulo de incidncia ou de folga? Por qu? 8) Qual a inclinao normal das arestas de corte em relao ao eixo? 9) Qual o ngulo da aresta da ponta com o dimetro que passa pelas guias?
J
TaA
MEC
- 1965 - 15.000
TORNEIRO MECNICO
14.5
A operao de facenr interno ou a de rebaixar interno serve para terminar o torneamento com uma ferramenta apropriada,
nos fundos dos furos no passantes, ou nos rebaixos internos de qualquer tipo.
FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO A mesma ferramenta pode tanto facear como rebaixar. Sua ponta bem aguda (figs. 1, 2 e 3) para a obteno de cantos vivos na interseo da superfcie cilndrica interna do furo com os planos transversais do fundo ou do rebaixo. posio do seu gume em relao face em usinagem, a ferramenta de facear interno no deve ser utilizada em trabalho de desbaste grosso mas apenas em operaes de acabamento. Como as demais ferramentas de torno,
(vista de cima).
Sua aresta cortante deve fazer u1i1 ngulo de 80 a 120 com o plano transversal que por ela est sendo executado, como est na fig. 2. V-se, na fig. 3, a posio em que a ferramenta faceia o fundo do orifcio. Observase, ainda, na fig. 2, que apenas uma pequena parte da aresta cortante, prxima ao bico, ataca a superfcie do material. Por ter ponta bem aguda, e devido
a de facear interno forjada em ao ao carbono ou em ao rpido, esmerilhada e afiada para formar as faces, os ngulos e as arestas de corte. Aps essa preparao, passam ainda pelos processos de tmpera e revenimento. As ferramentas de usinagem interna (broquear, facear interno, abrir rosca interna) so de confeco mais difcil que as de torneamento externo, devido s suas formas especiais.
Fig. 3
FERRAMENTA DE BITE DE FACEAR INTERNO Para evitar o trabalhoso processo de forjamento da ferramenta, pode-se usar um bite de ao rpido, bem esmerilhado, afiado no extremo cortante e montado etn suporte pr-
TORNEIRO MECNICO
FLHA DE INFORMACAO
TECNOLOGICA
14.6
prio. Possui ste um rasgo interno, de seo quadrada ou retangular, no qual se aloja o bite, em posio inclinada. Sua fixao se faz por meio de um parafuso de aprto, ou pela presso de uma haste que fora o bite contra a parede do furo quadrado. A fig. 4 mostra uma ferramenta de tal tipo, com o bite faceando o fundo do orifcio.
Fig. I
P(
: ; O
DA F
O eixo longitudinal do corpo da ferramenta, na fixao desta, deve ser disposto paralelamente ao eixo geomtrico da pea (fig. 5). Os deslocamentos da ferramenta de facear interno esto indicados na fig. 5. Quanto altura, monta-se a ferramenta no porta-ferramenta de forma tal que, nor-
4) Indique: a) qual a posio da ferramenta de facear interno (altura e direo; b) quais os sentidos dos deslocamentos da ferramenta.
196
MEC
- 1965
15.000
TORNEIRO MECNICO
FOLHA
DE
OPERACO
15.1
As roscas quadradas so aplicadas quando se deseja funcionamento suave nos dois sentidos. Devido sua grande durao, aplicamse ainda em peas cujo funcionamento repetidb muitas vzes. Exenlplos: parafusos de morsas, vlvulas, torneiras, etc.
Em ajustes de rosca quadrada, muito difcil evitar a folga axial. Por esta razo, esta rosca est sendo menos usada e vem sendo substituda pelas roscas trapezoidal e semitrapezoidal.
FASES DE EXECUC;O
l.a Fase
TORNEIE NO DIMETRO e faa o canal de sada (fig. 1).
2.a Fase
ESCOLHA A
FERRAMENTA E O SUPORTE.
a) Use ferramenta com ngulo de inclinao conveniente, para haver folga ou incidncia lateral entre ela e os flancos dos filtes da rsca a ser executada (figs. 2 e 3).
b) Use, de preferncia, suporte flexvel (fig. 4), o qual melhor do que o fixo.
c ) Verifique se o compriinento da parte afiada da ferramenta suficiente para perniitir atingir a profundidade do filte da rosca a ser executada, sem ser exageradamente grande, o que a enfraquece muito.
Fig. 2
Pig. 4
I
i
Fig. 5
MEC
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199
TORNEIRO MECNICO
FaLHA DE OPERA~AO
1 1
15.2
4.a Fase O TORNO para roscar. PREPARE a) Calcule e monte as engrenagens para roscar, ou disponha as alavancas na posio, no caso de tornos com caixa de mudanas.
PRECAUO: Caso seja torno de mudana de engrenagens, desligue a chave geral do mesmo, antes de troc-las. b) Localize a alavanca de inverso de modo que o fuso gire no sentido desejado (figs. 7 e 8). c ) Consulte a tabela e determine a r.p.m. 5." Fase D UM PASSE para ensaio. Tome referncia, engate o fuso, d certo nmero de voltas na placa e verifique o passo, medindo o deslocamento (Veja Ref. FO 1812 - 5.a fase). 6;" Fase a) Avance a ferramenta transversalmente (fig.
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
9).
A profundidade de corte varia de 0,05 a 0,l mm. b) Engate o carro e ligue o torno para dar o primeiro passe. c) Desligue o torno quando estiver no canal de sada (fig. 10) ou fora da pea (fig. 11). d) Afaste a ferramenta, ligue a mquina eni sentido contrrio para voltar ao ponto Fig. 10 - Kosrn direitci. Fig. I 1 - Ktbca esquerda. "inicial e d novo passe. 8." Fase OBSERVAO: VERIFIQUE O AJUSTE DA ROSCA com caNo caso de.$rsca, cujo nmero de filtes librador ou com a pea fmea. maltiplo do fuso, volta-se ao ponto inicial, OBSERVAO : desengatando o carro e girando-se manualmente a manivela do mesmo. No force o calibrador.
7.a Fase
REPITA A FASE ANTERIOR at chegar pr6ximo medida.
I
9.a Fase
200
MEC
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
15.3
As roscas esquerdas so pouco usadas. Hr casos. porm, eni que elas so necessrias como, por exemplo, em esticadores, eixos de esmeris cluplos, cai-ros de tornos, etc. Pode-se executar rhsca esquerda por doi3 processos: 1.O) A pea gira em sentido normal e a ferramenta se desloca da esquerda para a direita cio operador (fig. 1). 2.')) 4 pea gira em sentido contrrio e a ferramenta se desloca da direita para a esquerda, porm com o corte para baixo (fig. 2). PRECAUGO: Neste caso, importante verificar se a placa est bem prsa, a fim de evitar que ela se solte, danificando o torno e expondo o operador a perigo. FASES DE EXECUGO l.a Fase
(figs. 3 e 4).
3.a Fase PREPARE O TORNO para roscar. a) Calcule e monte as engrenagens ou tlisponha as alavancas para roscar.
PRECAU~O: N o caso de trocar en'grenagens, desligue a chave geral do torno, antes de troc-las, e, ern seguida, feche a tampa de proteo. bj Consulte a tabela de velocidade de corte para roscar e deteriniiie a r.p.m. I
Fig. 4
-
4.a Fase DE
UM PASSE
verifique o passo. Processo de abrir rsca esquerda com a ferramenta virada para baixo geralmente empregado quando a pea no pode ter canal de entrada' para a ferramenta.
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERACO
15.4
Conol de entrodo
Fig. 6
Fig. 7
OBSERVA~ES:
do ajuste da a) Comece a smente depois que a penetrao da ferramenta tiver atingido, aproximadamente, 314 da altura do filte. b) No force o calibrador.
Usando a ferramenta virada para baixo, deve-se afast-la suavemente da pea com o TORNO AINDA GIRANDO e o CARRO ENGATADO (fig. 8). O afastamento da mesma com o torno parado quebra a sua ponta.
6.a Fase
VERIFIQUE A
TORNEIRO
1 1
15.1
A ferramenta de abrir rosca quadrada feita de barras de ao ao carbono ou de bites de ao rpido e ataca o material segundo a aresta frontal AB, retilnea e horizontal (figs. 1 e 2).
semelhante ferramenta de sangrar (bedame), da qual se distingue pelas duas caractersticas seguintes: 1.0) a parte til mais curta; 2.0) os ngulos das folgas laterais (1) so diferentes e dependem ,da inclinao do filte da rsca quadrada.
Fig. 1
Fig. 2
Os ngulos de folga frontal (f) e de sada (s) devem ter os valores usuais, iildicados na tabela geral de ngulos das ferramentas de corte. As faces laterais apresentam ligeira inclinao para trs, de crca de 10.
Quando o passo da rosca for direita, a face BB' deve ter maior folga lateral (1)que a face AA' (fig. 1). Quando o passo for esquerda, BB' deve ter menor ngulo de folga lateral que AA'.
Fig. 3
A execuo de um filte de rosca quadrada consiste na abertura de uma ranhura helicoidal cuja profundidade deve ser aproximadamente igual largura e, ainda, igual metade do passo da rosca (p 5 2). A inclinao desta ranhura helicoidal varia com o passo da rsca e com o dimetro da pea. A fim de que a ferramenta possa atacar bem at o fundo da rsca, necessrio que as folgas laterais sejam bem preparadas de acrdo com a inclinao do filte (figs. 3 e 4). A folga f i = 40 (ou 4 Oa6 O - fig. 3) , pela experincia, a que permite ataque mais desembaraado da ferramenta de corte. Pelo exame da fig. 4, sendo i o ngulo de inclinao do filte e f i = 40, se estabelecem as frmulas seguintes, dos valores dos ngulos a e b:
Quando o passo for inferior ou, no mximo, igual a 114 do dimetro da pea no fundo da rosca, uma das faces laterais dever ter a folga de 8 O e a outra face a folga de Z0 (fig. 5), conforme a rosca for num sentidq ou no contrrio: 1) Para ferramenta de roscar externo e passo direita, 80 na face BB' e Z0 na face AA'; 2) Para ferramenta de roscar interno e passo direita, 80 na face AA' e 2 O na face BB'.
20d
TORNEIRO MECNICO
,
1
Quando o passo da .rosca for esquerda, invertem-se as posies dos ngulos acima indicados. A largura da aresta AB , tericamente, igual metade do passo (p -+ 2). Na prtica, porin, d-se-lhe um ligeiro aumento: 0,04 a 0,05 mm a mais que a medida da metade do passo da rosca. POSIbES DA FERRAMENTA O movimento de penetrao perpendicular ao eixo da pea (fig. 6). A aresta, horizontal, fica altura do centro da pea (fig. 7). Como a ferramenta frgil e tem aresta de corte larga, pode ser montada corn o gume para baixo, o que evita quebr-la e diminui a vibrao.
Fig. 6
SUPORTES FLEXVEIS As ferramentas de roscar, assim como a de sangrar, devern trabalhar, de preferncia, montadas em suportes flexveis. So porta-ferramentas especiais (exemplo, o tipo da fig. 8), construdos de tal forma que se flexionarn ligeiramente qiiando a ferramenta recebe grande presso de corte. Por causa da larga extenso de contacto da aresta cortante da ferramenta, nas operaes de sangrar e de abrir rosca (sobretudo a quadrada) que convm o uso do suporte flexvel. Oferece ste as seguintes vantagens: 1) Evita a ruptura da ferramenta, pois a flexibilidade da haste curva do suporte alivia as fortes presses ocasionais de. corte e no permite que .a aresta da ferramenta se agarre ranhura; 2) Produz melhores condies de corte, do que resulta bom acabamento; 3) Aumenta o rendimento da operao, pois dispensa certos cuidados que, no caso de um suporte comum, so imprescindveis.
Fig. 8
QUESTIONRIO
1) Quais so as caractersticas da ferramenta de abrir rosca quadrada? 2) Explique as particularidades dos ngulos de folga laterais. 3) De que dependem os ngulos de folga laterais? -1) Por que se usam os suportes flexveis? Quais as suas vantagens?
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TORNEIR0 MECNICO
15.1
A ferramenta de abrir rosca quadrada feita de barras de ao ao carbono ou de bites de ajo rpido e ataca o material segundo a aresta frontal AB, retilnea e horizontal (figs. 1 e 2).
semelhante ferramenta de sangrar (bedame), da qual se distingue pelas duas caractersticas seguintes: 1.0) a parte til mais curta; 2.0) os ngulos das folgas laterais (fl) so diferentes e dependem da inclinao do filte da rsca quadrada.
Fig. 1
Fig. 2
Os ngulos de folga frontal (f) e de sada (s) devem ter os valores usuais, iiidicados na tabela geral de ngulos das ferramentas de corte. As faces laterais apresentam ligeira inclinao para trs, de crca de 1.
Quando o passo da rosca for direita, a face BB' deve ter maior folga lateral (1)que a face AA' (fig. 1). Quando o passo for esquerda, BB' deve ter menor ngulo de folga lateral que AA'.
Fig. 3
A execuo de um filte de rosca quadrada consiste na abertura de uma ranhura helicoidal cuja profundidade deve ser aproximadamente igual largura e, ainda, igual metade do passo da rsca (p + 2). A inclinao desta ranhura helicoidal varia com o passo da rsca e com o dimetro da pea. A fim de que a ferramenta possa atacar bem at o fundo da rsca, necessrio que as folgas laterais sejam bem preparadas de acrdo com a inclinao do filte (figs. 3 e 4). A folga f~ = 40 (ou 4O a 6 O - fig. 3) , pela experincia, a que permite ataque mais desembaraado da ferramenta de corte. Pelo exame da fig. 4, sendo i o ngulo de inclinaqo do filte e 1 = 40, se estabelecem as frmulas seguintes, dos valores dos ngulos a e b:
r inferior ou, no lilQuando o passo f ximo, igual a 1/4 do dimetro da pea no fundo da rosca, uma das faces laterais dever ter a folga de 8 O e a outra face a folga de 2 O (fig. 5), conforme a rosca for num sentidq ou no contrrio: 1) Para ferramenta de roscar externo e passo direita, 80 na face BB' e 2 O na face AA'; 2) Para ferramenta de roscar interno e passo direita, 8 O na face AA' e Z0 na face BB'.
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- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECNICO
15.3
O cabeote fixo do torno contm a rvore. ou eixo principal de rotao, e, em geral, os i-riecanismos de reduo e de inverso de murcha (fig. 1). Muitos clos torilos modernos possuem rvore com monopolia (uma s polia) e no com polia ern degraus, como mostra a fig. 1. No caso de monopolia, ou h um me-
canismo de mudana de velocidade da rvore na caixa do p do torno, ou ento o cabeote fixo uma caixa de cmbio de velocidade. Neste ltimo caso, contm o cabeote fixo diversos pares distintos de engrenagens clue, combinados por acionamento de alavancas exteriores, permitem rpidas e fceis mudanas de velocidade da rvore do torno.
exemplo ao-cromo-nquel), endurecido, retificado e superacabado, de modo a apresentar superfcies finamente polidas nos contactos dos mancais (fig. 2). Assenta a rvore em mancais de bronze fosforoso. Junto ao rebaixo posterior, fica em contacto com um manca1 de encsto, que recebe a presso longitudinal resultante do esforo de corte exercido pela ferramenta. A conicidade do furo, na parte interior. se destina ao alojamento da ponta de ao.
Na rvore, esto montadas externamente (fig- 1) a polia, que recebe a rotao do motor eltrico, e as engrenagens de transmisso necessrias. Quando o dispositivo de reduo ou "de dobrar" do tipo da fig. 1 (modernamente o usado), h ainda o mecanismo de acoplamento, capaz de permitir a marcha direta (acoplamento fechado) ou a marcha reduzida (aco~lamentoaberto).
Corh &ia.
do fui0
Fig. 7
- Aruol-e d o tl-no.
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TORNEIcRO MECNICO
4
15.4
MECANISMO DE REDUAO DA VELOCIDADE DA ARVORE Fig. 1 - A polia P gira livremente na rvore do torno ("polia louca") e constitui um s conjunto com a roda de engrenagem A e a parte esquerda da luva L de acoplamento. A parte direita desta luva desliza longitudinalmente na rvore, por meio de rasgos de chavta ou de estrias, com pequeno deslocamento, suficiente para que, ao acionar-se uma alavanca exterior, ela se una parte esquerda ou dela se afaste. A fie. 1 mostra a luva aberta. As duas rodas dentadas inferiores B e C (l.igadas por uma bucha e deslizantes no seu eixo E) se desengrenam das rodas dentadas superiores A e D (deslocamento para a esquerda) quando a luva de acoplamento se fecha. Neste caso produz-se marcha direta. Na marcha com velocidade reduzida, o acionamento da alavanca exterior engrena as rodas B e C com as rodas A e D (deslocamento para a direita), ao mesmo tempo que a luva de acoplamento se abre (posio da fig. l), resultando a marcha reduzida.
REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE MANOBRADO POR EXCNTRICO Nos tornos antigos, ste o tipo de mecanismo redutor mais comum. O exame da fig. 3 faz compreender o funcionamento. A polia em degraus, ligada solidriamente roda dentada A, forma um conjunto que gira livre na rvore ("polia louca"): Um pino de engate liga a roda dentada D polia em degraus ou as desliga. A roda D prsa rvore. Pela alavanca E se gira uma bucha de furo excntrico, o que faz o conjunto das rodas B e C engrenar nas rodas A e D ou, ao contrrio, desengrenar. Na posio indicada na fig. 3, as quatro rodas esto engrenadas e o pino de engate slto. A rotao da polia em degraus se transmite por A, atravs das rodas B e C, roda dentada D, resultando marcha reduzida da rvore. Acionando-se a alavanca do excntrico E em sentido contrrio, as rodas B e C se de-
# ,
sengrenam de A e D. Move-se o pino de engate, que prende a roda D polia em degraus, e a marcha ser direta, tendo ento a rvore a mesma rotao da polia em degraus.
QUESTIONARIO 1) Quais so os rgos e mecanismos do cabeote fixo? 2) Quais so as caractersticas da rvore e como ela apoiada? 3) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de marcha do sistema de luva de acoplamento. 4) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de excntrico.
I1
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TORNEIRO MECNICO
1*15.)
O cabeote fixo do torno contm a rvore, ou eixo principal de rotao, e, em geral. os mecatiismos de reduio e de inverso de murcha (fig. 1). Muitos dos tornos modernos possuem rvore com monopolia (uma s pulia) e no com polia em degraus, como mostra a fig. 1. No caso de monopolia, ou h um me-
canismo de mudana de velocidade da rvore na caixa do p do torno, ou ento o cabeote fixo uma caixa de cmbio de velocidade. Neste ltimo caso, contm o cabeote fixo diversos pares distintos de engrenagens que, combinados por acionamento de alavancas exteriores, permitem rpidas e fceis mudanas de velocidade da rvore do torno.
ARVORE
um eixo co, de ao especial (por exemplo ao-cromo-nquel), endurecido, retificado e superacabado, de modo a apresentar superfcies finamente polidas nos contactos dos mancais (fig. 2). Assenta a rvore em mancais & bronze fosforoso. Junto ao rebaixo posterior, fica em contacto com um manca1 de encsto, que recebe a presso longitudinal resultante do esforo de corte exercido pela ferramenta. A conicidade do furo, na parte interior. se destina ao alojamento da ponta de ao.
Na rvore, esto montadas externamente (fig. 1) a polia, que recebe a rotao do motor eltrico, e as engrenagens de transmisso necessrias. Quando o dispositivo de reduo ou "de dobrar'' do tipo da fig. 1 (modernamente o mais usado), h ainda o mecanismo de acoplamento, capaz de permitir a marcha direta (acoplamento fechado) ou a marcha reduzida (acoplamento aberto).
mt. & i 0
do tum
Fig. 2
I
Arvore do tl-no.
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- 1965
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I 205
TORb(EIR0
MECNICO
15.5
1
Fig. 1
Observe a alavanca exterior na posio 1, abrindo a luva de acoplamento e engrenando as rodas dentadas A-B e C-D (fig. 1). O que produz a MARCHA REDUZIDA essa combinao das engrenagens A-B e C-D. Pela abertura da luva, d-se o desvio ou a derivao do movimento de rotao atravs do sistema redutor constitudo pelas rodas B e C, as quais se acham firmemente ligadas por uma bucha que gira no eixo E. Os nmeros de dentes das rodas de uma engrenagem tm uma relao determinada. Suponhamos que a polia P (ligada sempre roda dentada A) gire com 400 r.p.m. Sejam, por exemplo: A, roda condutora, com 35 dentes; B, roda conduzida, com 70 dentes; C: (ligada a B pela luva), roda condutora, com 20 dentes; e roda conduzida, com 80 dentes. Tm-se, ento duas relaes:
Ento, as 400 rotaes da polia, atravs do sistema redutor, ficam reduzidas apenas a 50 r.p.m. na rvore (400 + 8 = 50). Realmente, quando a polia P d 8 voltas, a roda A (de 35 dentes) executa tambm 8 voltas e a roda B (com o dobro do nmero de dentes, 70) realiza apenas a metade das voltas, 4. A roda C (20 dentes) tambm d 4 voltas, pois est ligada roda - enquanto a roda D (com 4 X 20 dentes = 80 dentes) efetua a quarta parte das rotaes de C, isto , 1 volta. V-se, pois, que "dobrando o torno" (isto , engrenando o redutor), a velocidade da rvore (400 r.p.m.), no exemplo dado, ficou 8 vzes menor que a velocidade da polia que gira livre sobre a rvore (50 r.p.m.). Para se fazer o clculo de uma reduo de velocidade por engrenagens, basta dividir o produto dos nmeros de dentes das rodas condutoras pelo dos nmeros de dentes das rodas conduzidas. No exemplo dado, tem-se: Reduo
A 35 1 ----B-702
20 .C D= ~ =1 T
2xT=s.
1 1 1
c
MEC
- 1965 -
15.006
-1
:r - Y
I
1
- -4
TORNEIRO MECNICO
15.6
MARCHA DIRETA
Para se obter a mesma velocidade da polia (400 r.p.ni.) para a rotao da peqa a tornear, ligada rvore, basta mover a alavanca exterior para a esquerda (posio 2 da fig. 1). O mecanismo da alavanca tal que desengrei-ia, por deslizamento, as rodas B e C das rodas
A e D e, ao mesmo tempo, fecha a luva de acoplan~ento.Nes~ascondies, as 400 r.p.m. se transmitem diretamente da polia rvore, porque o fechamento da luva torna a polia em degraus solidria com a rvore do torno.
II
I
I
EXEMPLO DO CALCULO DE REDUO N O CASO DO REDUTOR DE EXCNTRICO Procede-se de modo parecido: Sejam: Roda A, condutora (25 dentes); B, conduzida (50 dentes); C, condutora (20 dentes); e D, conduzida (60 dentes). Observe a fig. 2. Aplicando-se a regra resulta:
I
I
I
De fato, enquanto a polia em degraus d 6 voltas, a roda A (25 dentes) efetua tambm 6 voltas; a roda B (50 dentes) executa 3 voltas: a roda C (20 dentes) realiza tambm 3 voltas; e a roda D (60 dentes) d 1 volta.
Fz. 2
NUMERO DE VELOCIDADES
O nmero de velocidades da rvore do torno, com os mecanismos indicados, dependente do nmero de degraus da polia. Para os exemplos apresentados, resultam, no total,
8 velocidades da rvore: 4 velocidades por acionamento direto e 4 velocidades reduzidas, ou com o "torno dobrado".
QUESTIONARIO 1) Como se produz a marcha da rvore do torno com reduo? 2) Explique o princpio da reduo de velocidade empregando as rodas: A (16 dentes) - B (48 dentes) - C (15 dentes) - b (60 dentes).
I
I
I
I
i i
1
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- 1965 - 15.000
TORNEIR0 MECNICO
r
CALIBRADORES DE ROSCAS
15.7
A produo em srie exige que todas as peas fabricadas sejam verificadas com o mximo rigor. Essa verificao abrange no smente as dimenses e o acabamento, mas ainda outros aspectos da execuo que possam influir no'ajuste, quando as peas tiverei11 de ser montadas no conjunto mecnico no qual iro funcionar.
Nos conjuntos sujeitos a ajustes frequente a existncia de peas roscadas, cuja confeco deve ser verificada com todo o cui(lado, sem o que no podero ser aproveitadas, perdendo-se, pois, tempo, dinheiro e material.
CALIBRADORES DE ROSCAS
Fig. 1
Fig. 2
O ajuste de partes roscadas, como a de partes lisas, compreende peas "machosJJ(as de roscas externas) e peas "fmeasJJ(as de
roscas internas). Nestas ltimas, as primeiras devem penetrar, por meio de giro, obedecendo a certas normas padronizadas, que prevem uma folga mxima e uma folga mnima para que o conjunto possa funcionar bem. Alm disso, se as roscas (tanto internas como externas) tm dimenses e acabamento que as situam dentro dos limites mximo e minimo, resultar a possibilidade do uso de qualquer das peas "machos" com qualquer das peas "fmeas". Ento, as peas em tais condies so intercam biueis. Isso significa qiie qualquer parte "fmea" pode ser trocada por outra "fmea" das mesmas especificaes, assim como qualquer "macho" poder ser empregado em lugar de outro, sem que o funcionamento do conjunto mecnico sofra qualquer alterao. Quando isso aeontece, as peas esto dentro da tolerncia, isto , entre o limite mximo e o limite minimo especificados para a ajustagem. Um dos processos usuais e rpidos de verificar roscas consiste no uso dos Calibradores padres de rscas. So peas de ao, temperadas e retificadas, obedecendo s dimenses e condies de execuo de cada tipo de rdsca (figs. 1 e 2). O verificador de rosca mostrado na fig. 1 um tipo usual de Calibrador
de anel e controla rosca externa. O verificador da fig. 2 o modlo comum do Calibrador tampo de rsca, servindo ao controle de rosca interna. A extremidade de rosca mais longa do calibrador tampo (fig. 2) verifica o limite mnimo: ela deve penetrar suavemente, sem ser forada, na rosca interna da pea que est sendo controlada. Diz-se que ela passa. A extremidade de rosca mais curta ( direita, na fig. 2), no passa na rosca que se estiver verificando; ela verifica o limite mximo. Quanto aos calibradores de anel, com um dos tipos se faz rigorosamente o controle de um dos limites da rsca externa executada na pea: le passa. O outro calibrador de anel verifica o outro limite: no passa. As canaletas ou ranhuras que existem em ambos os tipos de calibradores, de tampo e de anel, servem para coletar os cavacos ou sujeiras que estejam aderidos aos filtes das rscas, medida que se d a penetrao durante a operao de controle. De qualquer forma, conveniente limpar cuidadosamente as rscas, quer nas peas, quer nos calibradores, antes de iniciar o trabalho de verificao. Quando o calibrador j estiver adaptado na pea, deve-se sempre verificar se h esquadro entre um e outro. Se isso no acontecer, ou o furo est com o eixo inclinado ou foi executado incorretamente.
MEC
- 1965 -
15.000
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TORNEIRO MECNICO
CALIBRADORES DE ROSCAS
15.8
O calibrador no pode oscilar ou apresentar-se frouxo durante o controle, pois, se isso se der, a folga exagerada, no estando, pois, a rosca dentro dos limites de tolerncia desejados.
Outro verificador adequado, e de muito uso, mas smente para rscas externas, o Calibrador de bca de roletes (figs. 3 e 4). As vantagens dste calibrador sobre o calibrador de anel so: 1) permite uma verificao mais rpida;
Fig. 3
Fig. 4
CALIBRADORES COMUNS
Quando no se exige que as rscas sejam executadas com grande preciso e no se trata de produo em grande srie, o processo comum calibrar uma das peas por meio de outra ("macho" com "fmea" ou vice-versa). Por exemplo, preparada cuidadosamente a rosca de uma porca, dentro das especificaes e medidas do desenho, a porca ser o calibrador. O mecnico abre as roscas correspondentes em diversos parafusos e controla a ajustagem usando a porca.
QUESTIONARIO
210
MEC - 1965
- 15.000
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA
DE
OPERACO
16.1
No torneamento de peas pesadas ou irregulares, forjadas ou fundidas, costuma-se prend-las na placa de castanhas independentes. Este tipo de placa possui as castanhas comandadas, cada qual por um parafuso, o que permite o fechamento independente das mesmas, possibilitando, dessa forma, maior firmeza na pea, aps sua fixao.
O uso de placa universal, neste caso, no indicado, pois, alm de no permitir boa fixao da pea, poder danificar-se, perdendo sua preciso, uma vez que o fechamento simultneo e concntrico das castanhas se far sobre um material irregular e, em conseqncia, umas sero mais foradas que outras.
FASES DE EXECU(2O
l.a Fase
E PRENDA CENTRE
a pea na placa.
1.a) Pode-se tomar o dimetro da pea com compasso e, com ste, controlar a abertura das castanhas (fig. 1). 2.") As castanhas devem ficar, aproximadamente, mesma distncia do centro, podendo-se, para isso, tomar como referncia as circunferncias concntricas que so marcadas geralmente na face da placa. b) Introduza a pea na placa, aperte ligeiramente as castanhas e verifique a centragem com graminho (fig. 2), do seguinte modo: 1) ,Gire a pea e observe o espao entre a mesma e a agulha do graminho. 2) Solte ligeiramente a castanha do lado em que a pea mais se afaste da agulha e aperte a castanha oposta (fig. 2).
7
Fig. 1
Fig. 2
MEC
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213
TORNEIR0 MECNICO
I
FOLHA DE OPERACO
16.2
I
I
1
3) Repita stes dois ltimos itens, at que a pea fique centrada, e aperte todas as castanhas.
a) No caso de peas usinadas, cuja centragem deve ser rigorosa, deve-se, ao invs do graminho, usar um comparador (fig. 3). b) No caso de peas brutas, pode-se fazer a centragem usando giz Para isto, prendese a pea, liga-se o torno a baixa rotao e aproxima-se o giz, o qual marca a regio da pea que fica mais afastada do centro (fig. 4); da por diante, procede-se como foi explicado na centragem com o graminho. c) Quando a pea muito comprida, faz-se a centragem prximo placa, por um dos processos j indicados, e, depois, centra-se a extremidade, batendo com martelo (fig. 5) antes do aprto final. Fase FACEIE A
3.a Fase
TORNEIE PEA.
Fig. 3
Fig. 4
NAS MEDIDAS.
*
Fig. 5
2) Qual a precauo a ser tomada em relao ao desaprto das castanhas, quando se faz a centragem da pea? 3) Qual o instrumento que deve ser utilizado, quando a centragem de uma pea, j usinada, exigir preciso?
4) Como se faz a centragem de pesas brutas?
TORNEIR0 MECNICO
FOLHA DE OPERAC~O
16.1
No torneamento de peas pesadas ou irregulares, forjadas ou fundidas, costuma-se prend-las na placa de castanhas independentes. Este tipo de placa possui as castanhas comandadas, cada qual por um parafuso, o que permite o fechamento independente das mesmas, possibilitando, dessa forma, maior firmeza na pea, aps sua fixao.
a pea na placa.
a) Abra as castanhas da placa em uma dimenso ligeiramente maior que o dimetro da pea.
1.a) Pode-se tomar o dimetro da pea com compasso e, com ste, controlar a abertura das castanhas (fig. 1). 2.") As castanhas devem ficar, aproximadamente, mesma distncia do centro, podendo-se, para isso, tomar como referncia as circunferncias concntricas que so marcadas geralmente na face da placa.
b) Introduza a pea na placa, aperte ligeiramente as castanhas e verifique a centragem com graminho (fig. 2), do seguinte modo :
7
Fig. 1
Fig. 2
TORNEIRO MECANICO
FOLHA DE OPERACO
16.3
*
O torneainento de rebaixo interno muito semelhante ao torneainento interno, diferenciando-se dste por ser mais curto e teriniiiar em uma face interna plana. Os alojamentos de rolamentos, de certas buchas, etc. so rebaixos internos. A operao de REBAIXAR INTERNO feita coin ferramenta de FACEAR INTERNO, que pode tornear em dois sentidos (C e D), como se v na figura 1. No caso de no existir o furo central "A" (fig. 1) torna-se inais difcil a operajo, pois a ferramenta deve ter espajo para se movimentar transversalmente (fig. 2) e a sua colocao exige maior rigor no que se refere altura. Em qualquer caso, deve-se habituar a utilizar a ferramenta mais grossa possvel e a coloc-la, para fora dos calos, smente o que for absolutamente necessrio (fig. 3), para evitar vibraes.
I '
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
FASES DE EXECUO 1." Fase . FACEIE A PESA 2." Fase PRENDA A FERRAMENTA de facear interno
Quando, no faceainento de pejas no fu. radas, a ferrainenta prsa acima ou abaixo do centro (figs. 4 e 5), ela deixa um resto de corte B, que provoca a rutura da ponta cortailte. No caso de ser ferramenta de carbonto, ela quebra-se ainda coin maior facilidade.
3.a Fase APROXIME A FERRAMENTA da pea e fixe o carro longitudinal. 4.a Fase PREPARE E
LIGUE O
TORNO.
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TORNEIRO MECNICO
FOLHA DE OPERACO
16.4
1
Fig. 7
Fig. 8
5.a Fase A FERRAMENTA transversalmente at DESLOQUE que sua ponta coincida com o centro da pea (fig. 6). OBSFRVA~O: Sempre que possvel, faa um pequeno furo antes de iniciar o torneamento do rebaixo. O furo deve ser mais raso do que o rebaixo (fig. 7). Para rebaixos muito rasos, a furao dispensvel. 6.a Fase O REBAIXO. DESBASTE a) Encoste a ferramenta na face da pea, girando a manivela da espera, tome a referncia no anel graduado e avance a ferramenta contra o material, aproximadamente 0,s mm. b) Desloque a ferramenta girando a manivela do carro transversal, at que se aproxime da medida do dimetro (fig. 8). c) Deixe de 0,5 a 1 mm de sobremetal para acabamento. a) Use fluido de corte adequado ao material. b) No caso de pea furada, inicie o torneamento pelo dimetro, at prximo-da medida, para depois passar ao faceamento do fundo. 7.a Fase TERMINE O REBAIXO, torneando primeiro o ,dimetro, e, em seguida, faceando na profundidade desejada. a) Se necessrio, para terminar a parede e o fundo do rebaixo, reafie a ferramenta com pedra de afiar. b) Tome as medidas com paqumetro, conforme as figmas 9 e 10. No deixe que o paqumetro toque o canto interno da pea e retire as rebarbas antes de medir.
I
Fig. 10
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TORNEIR0
MECNICO
F ~ L H ADE OPERACO
16.5
Grande nmero de roscas internas so executadas no torno com ferramentas de roscar. A rsca interna de difcil execuo, porque quase todo o trabalho se desenvolve sem que o torneiro veja a ferramenta cortando; alm disso, a verificaso da rosca tambm difcil, porque no se pode ver o perfil do
filete. v tambm muita dificuldade na movimentao da ferramenta, pois o espaco , geralmente, muito reduzido, apresentando, assim, limitaes. Para facilitar, sempre recomendvel, no caso de ajustes, executar primeiro o parafuso e com le verificar a rosca interna.
FASES DE EXECUO
Za Fase FAAO CANAL DE SADA para ferramenta de roscar (fig. l), caso no se trate de rsca total em furo passante.
OBSERVA~O: Toriic a referncia e controle a profiindida-
Fig. I
Fig. 2
de do canal com auxlio do anel graduado do carro transversal. 3.a Fase de roscar, observando a altura (fig. 2) e 0 alinhamento (fig. 3).
PRENDA
A FERRAMENTA
OBSERVAO : Verifique se o corpo da ferramenta passa com folga no furo, at o canal de sada.
4.a Fase PREPARE O TORNO para roscar. 5.a Fase D UM PASSE para ensaio do passo. a) Engate o carro.
b) Encoste um calo no carro longitudinal (fig. 4), aproxime e fixe o cabeote mvel para servir de referncia de partida.
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FOLHA DE
OPERACAO
16.6
6.a Fase
LIGUE O TORNO e tome a referncia (fig. 7).
7.a Fase
CHANFRE e inicie a rosca. a) Avance transversalmente a ferramenta. OBSERVAO: O avano feito no sentido da flecha (fig. 8). Os passes devem ser mais finos que para rsca externa. b) Engate o carro principal. c) Desengate o carro ou desligue o torno quando a ferramenta chegar no final da rosca (canal de sada).
ser qualquer. b) A distncia entre o carro e O calo deve ser, neste caso, de 10 vzes o passo da rsca OBSERVACO: Use um anel de arame para referncia (fig. 9), ou uma marca de giz. 8." Fase REPITA OS PASSES at prximo medida final, segundo a ordem da figura 10.
Fig. 8
9.a Fase O AJUSTE com calibrador tipo "passa no VERIFIQUE passa" (fig. 11) ou com a pea macho (parafuso, por exemplo).
OBSERVAJ.L\O: No force o calibrador ou a pea macho. 10." Fase REPASSE at conseguir o ajuste desejado.
Fi. 9 Fig. I 1
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L
16.1
Qualquer pea cilndrica necessita de um apoio especial, quando deve ser trajada com o graminho ou quando se precisa executar nela um furo, um desbaste ou uma ranhura. Tal apoio ou suporte, denominado Bloco prisrntico, Bloco am Tr ou Paralelo e m V, preenche duas condies:
2) faz com que o eixo geomtrico da pea fique paralelo ao plano de referncia do traado (por onde desliza a base do graminho) ou face superior da mesa da mquina (furadeira, plaina, fresadora).
Fig. 1
I
I
-- -
~ ~ : ~ '16.2 g$~
.
FOLHA DE
nos
BLOCOS PRISMTICOS
I
I
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1
I 1
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I i
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1
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Fig. 7
Fig. R
Fig. 9
QUESTIONAIIIO
1) Para que serve o bloco prismtico? De que materiais pode ser fabricado? 2) Quais as condies a que um bloco prismtico deve satisfazer? 3) Faa esboos de trs tipos de blocos prisniticos.
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Virias operaes de tornearia tnecnica exigem que a pea seja prsa, apenas por uma das partes, em uma placa que possa mant-la firmemente durante a usinagem. A placa de quatro castanhas independentes uin dos tipos utilizados para sse fim.
um acessrio destinado fixao de peas nos casos em que material irregular, geralmeqte, fundido, forjado ou com laminao defeituosa, nos casos de peas muito pesadas, ou, ainda, nos casos em que se pretende fazer uma centragem rigorosa com o auxlio do comparador. Seu corpo , em geral, de ferro fundido ou ao fundido. As castanhas para o aprto das peas so de ao e endurecidas por tmpera.
O nome desta placa se deve ao fato de que cada uma das castanhas separadamente deslocada, no sentido radial, aproximando-se ou afastando-se do centro. Para isso, usa-se a chave mostrada na fig. 1, encaixando-a no orifcio quadrado dos parafusos: que se alojam em cada uma das quatro ranhuras da placa, por trs da castanha (igs. 1 e 2).
Como mostra a fig. 2, cada castanha canaletas laterais, que servem de guia ao seu deslocamento. Alm disso, a parte inferior da castanha que se ajusta ao parafuso roscada. Movendo-se a chave num sentido, o parafuso gira e sua rosca determina o deslocamento radial da castanha, que se comporta como se fora uma porca, na direjo do centro da placa (movimento do aprto). Movimentando a chave no sentido contrrio, a castanha se desloca afastandose do centro da placa (movimento de desaprto). A placa de quatro castanhas apresenta, no centro, um furo cilndrico que fica alinhado com o da rvore do torno. Essa disposio permite a passagem de peas longas que devam ser torneadas. A placa se atarraxa no extremo da rvore do torno por meio de uma rosca interna situada na sua parte posterior, no prolongamento do furo cilndrico central (fig. 3).
Fig. 2
E'ig. I
As castanhas so reversveis, isto , podem ser encaixadas nas ranhuras respectivas, ficando todos os degraus voltados para o centro (fig. 1) ou, ao contrrio, para a periferia (fig. 2). A placa de quatro castanhas independentes muito utilizada, porque pode prender, em geral, peas de variadas formas. Alm disso, devido ao moviineiito independente das castanhas, perrnite centragem prticamente exata da peja. Presta-se bem i fixaco de pecas fundidas em bruto, de peas de forinas irregulares e de peas que j tenham uma parte
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PLACA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES
T .
16.4
torneada. Dispe, geralmente, de diversos rasgos radiais e furos, que poss-b'l' i itam a montagem de grampos, contrapesos e outros acessrios necessrios colocao do trabalho numa determinada posio. As circunferncias concntricas, gravadas na face anterior da placa, a distncias determinadas, facilitam a centragem aproximada de peas cilndricas. Para a fixao, e centragem aproximada, de peas cilndricas, assim se procede (fig. 4) :
Fig. 4
1.O) abrem-se as castanhas concntricamente, tomando como referncia as circunferncias da face, num dimetro pouco maior que o da pea (por exemplo: 147 mil1 > > 145 mm);
2.O) encaixa-se a pea e fecham-se as castaril-ias, apertando-as na ordem 1-2-3-4. No caso de peas no cilndricas, devese observar as duas regras seguintes (exemplo na fig. 5) : 1.O) abrir as castanhas 2 e 3 de modo que fiquem distantes do centro aproximadamente das medidas a e b indicadas na pea; 2.O) encostar a pea nas castanhas 2 e 3 e echar as castanhas 1 e 4 at o aprto completo da pea.
stes processos, entretanto, no do a centragein definitiva; les apenas simplificam o trabalho, pois deve-se sempre proceder a uma verificao, depois de prsa a pea e, se necessrio, corrigir a posio da mesma.
QUESTIONARIO
1) 2) 8) 4) 5) Para que serve a placa de quatro castanhas independentes? Em que casos convm mais o seu eniprgo? Por qu? Explique o funcionamento da placa. Para que servem as circunferncias concntricas da face da placa? Explique a centragem aproximada: 1) de peas cilndricas; 2) de peas no cilndricas.
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16.5
Ao tratar da centragem de uma peja na placa de castanhas independentes inostrouse que em um dos processos utiliza-se o Graminho, instrumento de frequente emprgo pelo mecnico em variados trabalhos de ajustagem, trno, plaina, fresadora, etc. As figs. 1, 2 e 3 apresentam tipos usuais de grami1111os. O da fig. 1 o comuin. No de preciso (fig. 2). um parafuso micromtrico de re-
gulagem permite deslocamentos precisos da ponta da agulha. O graminho da fig. 3 possui uma graduao na haste suporte e um ve~flierjunto a esta. Um parafuso de chamada, micromtrico, produz deslocamentos de preciso. Neste graminho, as alturas da ponta da agulha so medidas e aproximadas rio prprio iiistrumeiito.
Ponto 'reta
Fig. 2
Fi. 3
USOS DO GRAMINHO
O graminho pode ser utilizado:
1) para executar traos ou riscos nas faces das peas, com a finalidade de localizar planos, ranhuras, rebaixos, orifcios, etc. que devam ser depois usinados; 2) para nivelar peas ou. partes de um conjunto mecnico;
3) para alinhar peas ou partes de um conjunto mecnico;
da sbre o barramento do trno; sbre uma face plana de um dos carros ou do barramento do torno; ou a prpria Mesa de uma das m5quinas-ferramentas, como a plaina, a fresadora, a furadeira. Em certos casos, usa-se o graminho mantendo-o parado. Em outros trabalha-se deslizando-o sobre a superfcie plana e horizontal de apoio.
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16.6
INFE-
lha do graminho, enquanto se d o deslocamento, risca a face da pea; logo, qualquer que seja a inclinao da agulha, sua ponta traGa sempre, na face da peca, uma linha pa-
ralela ao plano de apoio sobre o qual desliza graminho. Se o graminho estacionrio, a ponta do riscador serve como ponto fixo de referncia. Pode servir tambm para um traado de referncia no topo da pea (caso de peca que est sendo centrada na placa).
1) Quais as finalidades do graminho? Indique cinco usos. 2) Quaiis os tipos usuais de graminhos? 3) D a nomenclatura das partes de um graminho. 4) Como trabalha o graminho? Quais as caractersticas da superficie sobre a qual assenta o graminho?
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16.7
Pela centragem procura-se conseguir a coincidncia de um determinado ponto da pea com a linha dos centros do torno. H v-
rios processos de centragem de peas na placa de quatro castanhas independentes. Sero a seguir indicados trs dles.
1) PROCESSO DO GIZ
No caso de pea em bruto ou apenas desbastada, a centragem a giz satisfatria. Procede-se da seguinte maneira (figs. 1 e 2):
II
a) Monta-se a pea, centra-se aproximadamente e aperta-se. b) Pe-se o trno em marcha lenta. c) Aproxima-se um pedao de giz da superfcie da pea, prximo s castanhas, seguPando-o firmemente numa s posio (fig. 1). As partes salientes ficaro marcadas pelo giz. d) Desaperta-se a castanha A e aperta-se a castanha B (fig. 2 - centro 1) de modo que a pea se desloque na direo oposta s marcas de giz. Faz-se nova tentativa e procede-se de modo idntico at que a pea fique centrada. Quando estiver centrada, o trao de giz aparecer un'f :ormemente em torno da pea. ste um processo sim-
Fig. 2
ples e o menos preciso de todos. Quanto mais curto for o trao de giz, mais descentrada estar a pea e, portanto, maior o deslocamento necessrio para se conseguir a centragem desejada. Uma vez feita a centragem da pea prximo placa, deve-se centrar a extremidade da mesma. por meio de golpes de martelo ou macte.
2) PROCESSO DO GRAMINHO
1.O caso - Centro da pea j marcado com puno. a) Passa-se verniz ou giz na face da pea prviamente usinada, b) Verifica-se se a centragem j est certa, encostando a ponta da agulha do graminho na marca do centro e girando lentamente a placa (fig. 3). Se estiver exata a centragem, a ponta da agulha permanece na marca do centro durante todo o giro. O graminho poder, tambm, ser apoiado sobre o barramento ou sobre a face plana de um dos carros do torno. c ) Se a pea estiver descentrada ou excntrica, a ponta da agulha descrever, durante o giro, uma circunferncia nas proximidades do centro marcado (fig. 4). Quanto mais descentrada a pea maior ser essa circunferncia (fig. 4 a). d) Desapertando as castanhas, desloca-se a pea convenientemente e repete-se a verificao (fig. 4 b).
boiromenlo
Fig. 3
Fig. 4
e) Coin tentativas, chega-se centragem orreta e a ponta da agulha do graminho coincidir ento com o centro marcado, durante todo o giro (fig. 4 c).
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ste processo de centragem indicado de preferncia para peas curtas. 2 . O caso - No h marca de centro na face da pea. a) Centra-se aproximadamente a pea. b) Regula-se a ponta da agulha do graminho na altura da pea, prximo placa. c ) Gira-se lentamente .a placa. Se a pea no estiver centrada, a ponta da agulha, conforme a posio da pea durante o giro da placa, se aproxima ou se afasta da periferia da mesma. d) Marca-se a posio em que a pea mais se
afasta da agulha, desaperta-se a castanha dsse lado e aperta-se a que lhe fica oposta. e) Repetem-se as fases c e d at que a periferia da pea, durante o giro da placa, fique sempre mesma .distncia da agulha, o que indica que a peqa est centrada. f) Centra-se a extremidade da pea batendo corn o martelo ou c0111 macte.
O processo da centragem com graminho aceitvel, mas no apresenta grande rigor. Por sse motivo deve ser usado quando se trate da centragem de peas ainda sujeitas a outra operao de acabamento.
3) PROCESSO DO C O M P A R A O O ~
O ernprgo do comparador tipo relgio permite a centragem mais precisa. Os desvios da pea excntrica, por mnimos que sejam, so claramente acusados no mostrador. A figura 5 apresenta o exemplo de uma verificao de centragem pela superfcie externa da pea. A figura 6 o de uma verificao pela superfcie interna. Fases: a) Monta-se o comparador sobre o barramento ou sobre a face do carro do torno, em posio conveniente. lj) Ajusta-se o apalpador (fig. 5) ou a ponta de comacto da alavanca (fig. 6) na super. fkie da pea, com presso tal que o ponteiro se desloque at uma volta completa. c) Gira-se o mostrador do comparador, de modo a levar o "zero" em coincidncia com o ponteiro. d) Gira-se a placa do torno, a mo, ao mesmo tempo que se observa a oscilao do ponteiro, a fim de verificar a variao da excentricidade. e) Pra-se o giro, quando o ponteiro acusar o .desvio mximo. f) Desapertam-se e apertam-se as castanhas, .coino foi indicado nos casos anteriores e
:!
i I
faz-se nova verificao. O deslocamento corretivo da pea deve ser de metade do maior desvio que se tenha observado. A pea estar centrada quando o poiiteiro, permanecer parado, durante o giro da mesma.
QUESTIONRIO
1) Quais as linhas da pea e do torno que ficam em coincidncia quando uma pea est corretamente centrada? 2) Como se centra por meio do giz? 3) Como se faz a centragem usando o graminho? 4) Explique como se verifica a centragem com o comparador.
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As ferramentas de abrir roscas internas, na sua forma geral, podem apresentar-se segundo do& tipos: ferramenta forjada e bite.
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fabricada a partir de uma barra de ao carbono ou de ao rpido. Seu aspecto o indicado, em perspectiva, nas figs. 1 e 3. A extremidade til forjada, esmerilhada e afiada de acordo com a forma do filte que se deseja abrir internamente, em urri furo j praticado na pea. A ferramenta da fig. 1 apresentada novamente, em suas trs vistas, na fig. 2. Destina-se ela ao corte de tilte triangular interno. A ferramenta mostrada na fig. 3 serve para a abertura de filte trapezoidal. As ferramentas forjadas devem ser usadas de preferncia na abertura de roscas em furos de pequena profundidade. Em furo p1.ofundo e estreito, torna-se necesshrio diminuir sensivelmente o dimetro da haste redonda. Alm disso, devendo ser ela comprida, flexiona-se fcilmente devido presso de corte, est sujeito a quebrar-se e, por outro lado, no permite bom acabamento da rosca. Em todo o caso, sendo indispensivel o uso de uma ferramenta de haste fina e coinprida deve-se fix-la de modo tal que o bico fique um pouco acima do centro da pea: com a ligeira flexo, o gume vem colocar-se na altura conveniente. Ao montar a ferramenta de roscar interno, recomenda-se o cuidado de dar-lhe posio correta em relao superfcie a atacar. Para isso emprega-se o escantilho, da maneira indicada na fig. 4. De um modo geral, os ngulos de afiao da ferramenta de roscar interno so idnticos ao da ferramenta de roscar externo. Entretanto, recomenda-se, conforme o caso, um ngulo de folga ou incidncia frontal mais acentuado, para evitar que a aresta frontal ou a face frontal da ferramenta venha atritar contra a superfcie que est sendo atacada ou contra a superfcie do filte. A fig. 5 mostra uma ferramenta de roscar triangular interno, na posio em que est abrindo o filte na parede interna do furo de uma pea.
Fig. 1
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Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
Fig. 5
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;!;;t&!Z;C,
16.10
BIT D
ABRIR
R~SCA INTERNA
Quando o furo a roscar no vazado, a rsca terminada numa ranhura cilndrica (rebaixo de sada), preparada antes no fundo. Neste caso adota-se um sistema de aprto diferente (fig. 7), uma vez que o parafuso no topo de ataque impediria o acabamento da rosca no fundo. O parafuso disposto no topo contrrio e o aprto transmitido atravs de uma haste alojada num furo central.
Z uma pequena pea de ao rpido, ein cuja extremidade til se esmerilham e se afiam os ngulos e o perfil do tipo de rosca que deve ser aberta. O bite montado num suporte prprio, reforado, de forma cilndrica, conforme ilustra a fig. 6. A se aloja num orifcio transversal, de seo quadrada ou retangular, no qual apertado por meio de um parafuso de presso.
Fig. 6
Fig. 7
OBSERYA~~ES:
1) A parte livre da ferramenta forjada deve ter o comprimento estritamente necessrio a cada operao, de acordo com a profundidade do furo.
2) O bite deve ter tambm o comprimento estritamente necessrio para no embaraar a manobra do porta-ferramenta no interior do furo.
4) prefervel o uso do porta-ferramenta com bite ao emprgo da ferramenta forjada, que apresenta dificuldade em sua confeco e, em certos casos, no executa acabamento to bom quanto o do bite.
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FLHA DE
TECNOL~GICA
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Quando o passo da .rosca for esquerda, invertem-se as posies dos ng'ulos acima indicados. A largura da aresta AB , tericamente, igual metade do passo (p + 2). Na prtica, porm, d-se-lhe um ligeiro aumento: 0,04 a 0,05 mm a mais que a medida da metade do passo da rosca.
POSIES DA FERRAMENTA O movimento de penetrao perpendicular ao eixo da pea (fig. 6). A aresta, horizontal, fica altura do centro da pea (fig. 7). Como a ferramenta frgil e tem aresta de corte larga, pode ser montada corn o gume para baixo, o que evita quebr-la e diminui a vibrao.
Fig. 6
Fig. 7
SUPORTES FLEXVEIS As ferramentas de roscar, assim como a de sangrar, devem trabalhar, de preferncia, montadas eni suportes flexveis. So porta-ferramentas especiais (exemplo, o tipo da fig. 8), construdos de tal forma que se flexionam ligeiramente quando a ferramenta recebe grande presso de corte. Por causa da larga extenso de contacto da aresta cortante da ferramenta, nas operaes de sangrar e de abrir rosca (sobretudo a quadrada) que convm o uso do suporte flexvel. Oferece ste as seguintes vantagens: 1) Evita a ruptura da ferramenta, pois a flexibilidade da haste curva do suporte alivia as fortes presses ocasionais de- corte e no permite que a aresta da ferramenta se agarre ranhura; 2) Prodiiz melhores condies de corte, do que resulta bom acabamento; 3) Aumenta o rendimento da operao, pois dispensa certos cuidados que, no caso de um suporte comum, so imprescindveis.
Fig. 6
QUESTIONRIO
1) Quais so as caractersticas da ferramenta de abrir rosca quadrada? 2) Explique as particularidades dos ngulos de folga laterais. 3 ) De que dependem os ngulos de folga laterais? 3) Por que se usam os suportes flexveis? Quais as suas vantagens?
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