O documento discute a polêmica sobre a redução da maioridade penal no Brasil. O autor é contra a redução da idade penal e argumenta que medidas mais repressivas não resolverão o problema da violência entre jovens e que é necessário investir em alternativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O documento discute a polêmica sobre a redução da maioridade penal no Brasil. O autor é contra a redução da idade penal e argumenta que medidas mais repressivas não resolverão o problema da violência entre jovens e que é necessário investir em alternativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O documento discute a polêmica sobre a redução da maioridade penal no Brasil. O autor é contra a redução da idade penal e argumenta que medidas mais repressivas não resolverão o problema da violência entre jovens e que é necessário investir em alternativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O documento discute a polêmica sobre a redução da maioridade penal no Brasil. O autor é contra a redução da idade penal e argumenta que medidas mais repressivas não resolverão o problema da violência entre jovens e que é necessário investir em alternativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
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Artigos de opinio - Atividades com texto
Olimpadas - lugar onde eu vivo!
LEITURA DE UM ARTIGO DE OPINIO (dupla ou trio) SOU CONTRA A REDUO DA MAIORIDADE PENAL Renato Roseno A brutalidade cometida contra dois jovens em So Paulo reacendeu uma fogueira: a reduo da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em priso. Acreditam que a violncia pode estar aumentando porque as penas que esto previstas em lei, ou a aplicao delas, so muito suaves para os menores de idade. Mas necessrio pensar nos porqus da violncia, j que no h um nico tipo de crime. Vivemos em um sistema socioeconmico historicamente desigual e violento, que s pode gerar mais violncia. Ento, medidas mais repressivas nos do a falsa sensao de que algo est sendo feito, mas o problema s piora. Por isso, temos que fazer as opes mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos. Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e no que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experincia positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso no diminuir a violncia. Nosso sistema penal como est no melhora as pessoas.O problema no est s na lei, mas na capacidade para aplic-la. Sou contra porque a possibilidade de sobrevivncia e transformao desses adolescentes est na correta aplicao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). L esto previstas seis medidas diferentes para a responsabilizao de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA necessrio dinheiro, competncia e vontade. Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos no sero superados de modo simplrio e imediatista. Precisamos de inteligncia, oramento e, sobretudo, de um projeto tico e poltico de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens no precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva at l. A deciso agora nossa: se queremos construir um pas com mais prises ou com mais parques e escolas. Renato Roseano advogado, coordenador do Centro De Defesa da Criana e do Adolescente (Cedeca Cear) e da Associao Nacional dos Centros de Defesa da Criana e do Adolescente (Anced). Fonte: www.cedecaceara.org/maioridadena.htm Atividade Ler novamente o texto e responder as questes a seguir: a) Quem o autor do texto? Em que ele especialista? b) Onde o texto foi publicado? c) Qual a questo polmica? d) O autor refere-se a um acontecimento que o levou a escrever esse artigo. Que acontecimento foi esse? e) Qual a posio do autor a respeito da polmica? f) Que argumentos ele usa para justificar sua posio? g) No texto, o autor apresenta argumentos de pessoas que discordam dele. Que argumentos so esses? h) O autor prope alguma alternativa de tratamento para os jovens infratores, ou seja, reflete a respeito de uma soluo para a polmica? i) Qual o objetivo do autor? j) Quem o pblico leitor?
TEXTO 2 O peso do esteretipo Moacyr Scliar No que se refere aos distrbios da alimentao podemos dividir a humanidade em dois grandes grupos, aquelas que comem de menos e aqueles que comem demais. Os primeiro compreendem aqueles para os quais falta comida os habitantes do Terceiro Mundo e aqueles que, mesmo dispondo de alimento, recusam-no por razes emocionais. A abundncia de comida e a voracidade, por sua vez, geraram o problema da obesidade, que, mesmo em pases como o Brasil, hoje uma questo de sade pblica. A extrema obesidade est associada a diabetes, hipertenso arterial, doena cardiovascular, problemas articulares. E resulta numa imagem corporal que no das mais agradveis ao contrrio do que acontecia no passado, quando a maior ameaa era representada pela desnutrio. Mulheres gordinhas eram valorizadas, como se pode ver nos quadros de Rubens ou de Czanne. Na poca deste ltimo, o grande espectro era a tuberculose, comumente associada extrema magreza. Pela mesma razo, na cultura hotentote so valorizadas mulheres com ndegas grandes; a gordura ali depositada equivale a uma poupana mais importante que qualquer poupana bancria. As coisas mudaram: You can never be too rich or to thin um dito corrente nos Estados Unidos. Ou seja: excesso de riqueza ou de magreza no prejudica. Riqueza smbolo de sucesso, magreza a imagem da elegncia. O corpo transformou-se num objeto a ser exibido. E isso resulta num conflito: de um lado est a indstria da alimentao, com toda a sua gigantesca propaganda; assim, ningum mais vai ao cinema sem levar junto um continer com pipocas (como s e a pessoa no pudesse passar duas horas sem comer). De outro lado, temos o estigma representado pela obesidade. O resultado um conflito psquico que se manifesta de vrias maneiras, mais notavelmente pela anorexia nervosa. Que no coisa nova. J na Idade Mdia, Santa Catarina de Siena tornou-se famosa por evitar o alimento. Comia pouqussimo, apenas o suficiente para no morrer de fome. Mas a razo ali era religiosa; voracidade era pecado, conteno alimentar era virtude. O conflito emocional que leva anorexia de outra natureza, e bem mais recente. At os anos 50 a anorexia nervosa era pouco mais que uma curiosidade mdica. Mas em meados dos anos 70 um estudo mostrava que cerca de 10% das adolescentes suecas eram anorxicas. Em 1980 os transtornos psicolgicos da alimentao j eram um dos problemas mais frequentes entre as jovens universitrias americanas. O gnero, no caso, fundamental porque anorexia muito mais frequente entre moas. Tambm importante a classe social: a classe mdia mais propensa a ela que os pobres. Estudar a anorexia e outros distrbios alimentares tornou-se prioridade mdica. Aqui preciso destacar o papel pioneiro da psiquiatra americana Hilde Bruch, nos anos 70. Baseada em vasta experincia, Bruch mostrou que a anorexia resultava de um conflito entre o desejo de atender s expectativas sociais de uma silhueta esbelta e a vontade de comer, fomentada pela mdia. E por que isso mais frequente no sexo feminino? Porque, diz Bruch, os rapazes tm outras formas de expressar seus conflitos, atravs da revolta juvenil, por exemplo. Entre as garotas, o perfil familiar tambm importante. A anorxica vem de uma famlia em que o pai ou a me, ou ambos, so pessoas bem-sucedidas, ambiciosas, preocupadas com aparncia fsica e a pressionar a filha para ser esbelta e elegante. O resultado pode ser uma sobrecarga emocional insuportvel, com consequncias devastadoras, at porque a anorexia pode se acompanhar de distrbios hormonais graves. E no raro a jovem necessitar de acompanhamento teraputico especializado. Em termos de peso corporal, como em relao carga emocional, o ideal no nem a falta nem o excesso. O ideal o equilbrio, mas para isso a sociedade precisa se conscientizar dos problemas representados pelos esteretipos que cria.
Revista Viver Mente & Crebro, ano 13, n.152. 1) Por meio de um esquema de identificao das informaes pargrafo a pargrafo, vamos destacar as ideias principais do texto: 1 pargrafo: distrbios da alimentao Aqueles que comem menos. 2)
Aqueles para os quais falta comida. 1) 3)
2 pargrafo: consequncias da obesidade 4)
5)
No passado, ao contrrio... 6)
7)
3 pargrafo: conflito resultante da transformao do corpo em objeto a ser exibido A gigantesca propaganda feita pela indstria da alimentao 8)
RESULTADO: 9)
4 pargrafo: a anorexia atravs do tempo At os anos 50 era uma curiosidade mdica. 10)
11)
5 pargrafo: causas da anorexia, segundo Hilde Bruch Conflito entre 12)
13)
14) Por que ocorre mais entre meninas? O perfil familiar da garota pode colaborar. Resultado 15)
6 pargrafo: opinio final do autor diante do quadro apresentado no artigo.
FONTE: CAMPOS, Elizabeth. CARDOSO, Paula Marques. ANDRADE, Slvia Letcia de. VIVA PORTUGUS 9 ANO. 2.ed. So Paulo: tica, 2010.