Andai em Espírito Por John Gill
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Andai em Espírito Por John Gill
John Gill
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Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida
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Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Andai em Esprito
Por John Gill
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verdade quanto a Cristo; e o contrrio pode ser encontrado e observado em Cristos verdadeiros, embora andem no Esprito; mas [o apstolo adverte] para que no cumpram ou realizem as concupiscncias da carne; eles no devem se entregar inteiramente ao poder e
aos ditames da carne, como se estivessem debaixo dela e de seu comando, e no devem
ser servos e escravos dela; pois, nesse sentido, apenas, aqueles que so espirituais no
se comprometem com o pecado, eles no negociam com o pecado, eles no pecam com
frequncia ou andam no curso de ms conversaes.
Verso 17
Porque a carne cobia contra o Esprito. Por carne compreende-se no o sentido carnal
ou literal da Escritura, que a interpretao de Orgenes, como que militando contra o sentido espiritual da coisa; nem a sensualidade do homem rebelando-se contra seus poderes
racionais; mas a corrupo da natureza, que ainda permanece nas pessoas regeneradas:
e assim chamada porque propagada pela descendncia segundo a carne; tem por objeto coisas da carne; suas concupiscncias e obras so carnais; e embora se assente no corao, mostra-se na carne ou membros do corpo, os quais so usados como instrumentos
de injustia; isso torna e faz com que os homens sejam carnais, mesmo os prprios crentes
na medida em que prevalece: por o Esprito compreende-se a fonte interna de graa no
homem regenerado, e assim chamado por causa de seu autor, o Esprito de Deus, cujo
nome leva, uma vez que Ele quem executa; e por causa do sujeito do mesmo, a alma, ou
esprito, do homem; e por causa de sua natureza, espiritual, um novo corao e um novo
Esprito; os que o recebem so espirituais, eles meditam, saboreiam e deleitam-se nas
coisas espirituais: e a razo pela qual um cobia contra o outro, pois recproco, visto o
que se segue,
e o Esprito contra a carne; a vontade de um, suas escolhas, desejos e emoes so contrrios ao outro; assim, a carne, ou o velho homem, o eu carnal, em pessoas regeneradas,
tem vontade, escolhe, deseja, e ama as coisas carnais, que so contrrias ao Esprito ou
fonte de graa na alma; e por outro lado, o Esprito, ou o novo homem, o eu espiritual, tem
vontade, escolhe, deseja, aprova, e ama as coisas espirituais, que so contrrias natureza
corrupta; pode-se perceber melhor esse sentido nas verses Orientais. Na verso Siraca
l-se, pois a carne deseja aquilo, , que fere, ou contrrio ao Esprito; e o Esprito
deseja aquilo que fere, ou contrrio carne; e de maneira semelhante, na verso Arbica l-se, pois a carne deseja aquilo que milita contra o Esprito, e o Esprito deseja aquilo
que milita contra a carne; com a qual a verso Etope concorda, pois a carne deseja o que
o Esprito no deseja, e o Esprito deseja o que a carne no deseja; a razo disso sugerida na prxima clusula:
e estes opem-se um ao outro; como luz e trevas, fogo e gua, ou quaisquer dois opostos
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nos quais se pode pensar; eles so contrrios em sua natureza, em suas aes, e consequncias; no h apenas uma repugnncia um para com o outro, mas uma guerra, conflito,
e combate contnuos se mantm entre eles; a carne a lei dos membros, ou a fora do
pecado, que guerreia contra o esprito, a lei na mente, ou contra a fora e o poder da fonte
de graa; estes so uma companhia de dois exrcitos, que podem ser vistos na Sulamita
[Cnticos 6:13], lutando um contra o outro. Os judeus dizem algo1 acerca da boa e da m
imaginao, com o que eles intendem o mesmo sentido, que eles so como Abrao e L;
e que: embora eles sejam irmos, unidos em um corpo, , so inimigos um
do outro; da, segue-se,
para que no faais o que quereis. O que deve ser entendido tanto acerca das coisas
ms como das boas. Esse ltimo parece ser a acepo principal do apstolo; uma vez que
todo esse texto um argumento de o porqu aqueles que andam espiritualmente no devem cumprir as concupiscncias da carne, pois eles tm uma fonte de graa poderosa
neles, o Esprito, ou graa; e embora as concupiscncias da carne cobicem contra o
Esprito, e se opem a Ele, ainda assim a graa se levanta contra a carne, e com frequncia
a impede de fazer suas obras e satisfazer suas concupiscncias.
H no homem regenerado uma propenso e uma inclinao para o pecado, um eu carnal,
que quer e deseja o pecado, e anseia por uma oportunidade para pecar, que quando se
apresenta a carne fortemente a ambiciona; mas o Esprito, ou a fonte interna de graa, se
ope a esse impulso; e como outro Josefo diz: como posso me comprometer com tamanha
perversidade e pecado contra um Deus de tanto amor e graa?. uma voz no crente, que,
quando tentado a se desviar para direita ou para esquerda, diz: esse o caminho, ande
nele e no entrars pelos caminhos tortuosos com os inquos; e assim o pecado no pode
ter domnio sobre ele, pois ele est sob a graa como uma fonte soberana; e o velho homem
no pode fazer as coisas ms que faria, pois est sujeito graa poderosa. Essa a ideia
principal do apstolo, que se adequa melhor argumentao do contexto; mas como a
cobia e oposio desses dois princpios so mtuos e recprocos, o outro sentido tambm
pode ser aceito; pois muitas vezes, por causa do predomnio da natureza corrompida, e do
poder do pecado interior, o homem regenerado pratica o mal que ele no quer, e no pode
fazer o bem que ele quer; pois ele quer sempre fazer o bem e nada mais, como os anjos o
fazem no Cu; mas ele no pode, por causa dessa fonte oposta, a carne.
Verso 18
Mas, se sois guiados pelo Esprito; isto , de Deus, que o guia e lder de Seu povo.
__________
[1] Tzeror, Hammor, fol. 15. 3.
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Essa uma metfora tirada do liderar de pessoas cegas; como que antes da converso, a
quem o Esprito de Deus guia por caminhos desconhecidos, e por veredas em que nunca
estiveram: ou do liderar crianas, e do ensin-las a ir; assim o Esprito conduz as pessoas
regeneradas, e as ensina a andar pela f em Cristo. Esse ato de guiar supe vida nas pessoas que so guiadas, pois homens mortos no podem ser guiados; o Esprito, primeiro,
antes de ser um guia, um Esprito de vida a partir de Cristo; e tambm supe alguma fora, apesar de uma boa dose de fraqueza; se no houvesse fora espiritual da parte de
Cristo, eles no poderiam ser conduzidos; [por outro lado] se no houvesse nenhuma fraqueza, tambm no haveria necessidade de serem guiados; esse um exemplo da graa
poderosa e eficaz sobre eles, ainda que no seja contrria vontade deles, pois apesar de
serem levados, eles no so forados; eles vo livremente, sendo guiados, pois h boa
razo para isso; pois o Esprito de Deus sempre os guia para seu benefcio e proveito, e
para seu deleite espiritual, prazer, e conforto de suas almas; ele guia para fora dos caminhos de pecado, e, portanto, da runa e destruio, e do Monte Sinai, e de toda dependncia da justia moral e legal; Ele guia a Cristo, Sua Pessoa, para abrigo, segurana e
salvao, para Seu sangue, para perdo e purificao, para Sua justia, para a justificao,
e para Sua plenitude, para toda a fonte de graa; Ele guia Presena de Deus, e Sua
casa e Suas ordenanas; Ele guia ao Pacto da Graa, s bnos, s promessas, e ao
Mediador delas; Ele guia em toda a verdade em Cristo, nos caminhos da f e verdade, e
nas veredas da justia e santidade, e sempre no caminho certo, apesar de, s vezes, ser
acidentado, cidade de Sua habitao; Ele guia de graa em graa, e finalmente, para a
glria: tudo isso Ele faz gradualmente; Ele guia aos poucos para longe do pecado, para que
o homem veja sua participao em Cristo, e aos poucos nas doutrinas do Evangelho, e ao
amor eterno das trs Pessoas; e proporcionalmente os fortalece, na medida em que so
capazes de suportar: agora essas pessoas no tm nada a temer da lei de Deus:
no estais debaixo da lei; tais no esto apenas livres da lei, de fato, mas de suas prprias
apreenses; eles tm e experimentam o conhecimento confortante; a lei no mais os aterroriza; ela no opera a ira neles; eles so salvos do esprito de escravido do medo, pelo
Esprito de Deus, por quem so guiados; eles no esto debaixo da lei, nem dela precisam
ser forados a cumprirem os deveres da lei; eles se deleitam nela, e a servem alegremente,
sendo constrangidos pelo amor, e no possudos de medo; tambm o peso e as acusaes
da lei no so mais considerados, e nem devem, por aqueles que so guiados pelo Esprito
de Cristo, o fim da lei para a justia; e eles so completamente livres da maldio da lei e
da condenao; eles esto sob o reinado de Cristo; e sob a influncia e orientao do
Esprito, permanecem em obedincia alegre e evanglica.
Verso 19
Porque as obras da carne so manifestas; por carne quer-se dizer natureza corrupta,
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como antes, e por obras da carne, no apenas os atos externos do pecado, mas as concupiscncias internas; entre as que aqui so mencionadas esto o dio, a ira, invejas,
etc., e ambos os atos internos e internos so assim chamados, pois brotam da carne, ou a
natureza corrupta, e so o que incita e estimula, o que forja, e o que chama os homens
para serem carnais: dessas coisas diz-se que so manifestas; no que todas e sempre
so praticadas publicamente, e vista dos homens; pois so obras das trevas, e muitas
vezes so feitas em segredo, apesar de serem sempre conhecidas por Deus, que sonda
os coraes; elas sero trazidas luz no dia do julgamento; em alguma medida sabe-se,
luz da natureza, que so pecado, e especialmente pela lei de Deus; e claramente so contrrias ao Esprito, tanto ao Esprito de Deus, como fonte de graa que produz no corao;
e aqueles que vivem praticando as obras da carne no so guiados por Ele, nem esto sob
a influncia de Sua graa:
as quais so; embora nem todas sejam mencionadas, apenas algumas das principais,
pelas quais pode-se julgar as demais:
adultrio; essa no se encontra nas verses Vulgata Latina, Siraca, e Etope, e na cpia
Alexandrina; uma profanao do leito conjugal, e o pecado da impureza cometido por
duas pessoas, uma das quais, pelo menos, casada; condenado pela lei de Deus e pela
luz da natureza;
fornicao; que apesar de no ser considerado pecado por muitos gentios, ou ser um
pecado muito pequeno, permanece aqui entre as obras da carne, que so manifestas e
devem ser evitadas; pecado de impureza cometido pelas pessoas solteiras;
impureza; nome geral para tudo que no virtuoso, em pensamentos, palavras, ou aes;
e aqui pode significar, mais especificamente, toda concupiscncia anormal, como:
sodomia; autoerotismo, etc.
lascvia; ou licenciosidade, cortejos lascivos, tudo o que leva a atos de impureza ou os
satisfaz, como palavras impuras, gestos obscenos, e coisas semelhantes.
Verso 20
Idolatria; que alguns entendem como avareza, que assim chamada; mas aqui significa a
adorao a outros deuses, ou de imagens de escultura;
feitiaria; qualquer associao real ou pretendida com o demnio, que procura conversar
com espritos de familiares, ou para adquirir conhecimento ilegtimo, ou para causar dano
a outras criaturas; que, ao honrar a Sat, rouba de Deus Sua glria, e assim se segue a
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idolatria; encantamentos, adivinhao, necromancia, e todo tipo de mgica esto aqui includos e condenados;
dio; dio, no ntimo, a quaisquer pessoas, mesmo contra nossas inimigos, proibido; no
texto original, l-se inimizades: pois a mente carnal nada mais seno inimizade contra
Deus e Cristo, contra a lei e o Evangelho, e contra todos os homens bons, e contra tudo o
que bom;
porfias; ou contendas; lutas e brigas, por palavras escandalosas e rprobas, que frequentemente censuramos;
emulaes; ou paixes; no as boas, mas as ms: insurgir e levantar-se com ardor contra
a honra e a alegria do outro;
iras; emoes violentas da mente, procura de vingana, e para causar dano ou prejuzos
a outros;
pelejas; contradies e objees capciosas perptuas, expressas com palavras, ou maquinaes da mente; essas pelejas podem estar no corao dos homens, de acordo com Tiago
3:14;
dissenses; ou divises: separaes e faces, dissenes em questes domsticas,
civis, e religiosas;
heresias; princpios e dogmas maus, no que diz respeito doutrina, que so subversivas
aos fundamentos do Evangelho e Religio Crist; e so produtos das prprias invenes
humanas, e fruto de suas escolhas, sem qualquer fundamento na palavra de Deus; e essas
so as obras da carne, pois elas surgem da mente corrupta e carnal, e so propagadas
com vises carnais, e pelos aplausos do povo, com vantagens mundanas, entregando-se
aos desejos da carne.
Verso 21
Invejas; torturas inquietantes e angustiantes da mente, afligindo-se por causa dos bens
dos outros, como se ningum pudesse estar em condio igual ou melhor que a deles
mesmos;
homicdios; destruindo a vida dos homens, o que frequentemente uma consequncia
dos maus acima;
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bebedices; excesso ao beber vinho ou bebida forte, de maneira que o estmago esteja
sobrecarregado, a mente intoxicada, e o corpo debilitado e incapaz de cumprir seus deveres; essa , frequentemente, a fonte de muitos, seno todas, as obras da carne mencionadas anteriormente;
glutonarias; excesso na alimentao, tumultos noturnos para comer, beber, danar, cantar, com impudiccias e dissolues. Na verso Siraca l-se: , cantorias lascivas; e
na verso Arbica, msicas, que fazem parte de orgias noturnas: e coisas como essas
que so da mesma natureza e tipo; assim o apstolo termina a lista, sendo muito tedioso
enumerar todas as obras da carne; isso no era necessrio, pois por essas pode-se julgar
as demais; tambm poderia no ser to adequado, uma vez que o corao carnal encontra
prazer, e irrigado, apenas pelo mencionar de coisas ms;
e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro; antes que o Juiz venha e
o terrvel julgamento se suceda, quando todas essas coisas sero feitas manifestas, e todo
homem ser julgado segundo suas obras: isso o apstolo lhes declarou, como que lembrando-lhes da natureza m dessas coisas, e assegurando-lhes das ms consequncias
que se seguiriam, se a graa no prevenisse;
como j antes vos disse; quando ele pregou pela primeira vez entre eles, e os advertiu a
fugir da ira vindoura; ele ento expe a natureza m dessas coisas, o efeito mortfero delas,
e mostra como no h salvao delas, seno por Cristo;
que os que cometem tais coisas no herdaro o reino de Deus; pelo que se entende a
glria celeste, chamada de reino, por causa de sua grandeza e magnificncia; e de Deus,
porque Ele quem o prepara e d aos que Ele chama de Seus por sua graa, e onde Ele
reina e reinar para sempre, e manifestar a glria de Sua majestade: o reino possudo
por meio de herana, que um legado de nosso Pai celestial, um dom de Sua livre graa,
e que no pode ser obtido por obras da lei, ou mrito dos homens; mas que pertence, e
peculiar aos filhos de Deus, que o so pela graa adotiva: agora eles praticam as obras da
carne, como enumeradas anteriormente; ou seja, que vivem na prtica dessas coisas, cujas
vidas so empregadas completamente nessas obras, vivendo e morrendo em tal estado,
sem arrependimento para com Deus e f em Cristo, nunca desfrutaro da vida e alegria
eterna. Aqueles que praticam tais coisas, sendo trazidos ao conhecimento de si mesmos,
e do sangue e justia de Cristo para perdo e justificao, para a vida e salvao herdaro,
atravs da livre graa de Deus, e do sacrifcio propiciatrio de Cristo, o reino e a glria de
Deus, no obstante as obras da carne neles.
Verso 22
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abraado, e desfrutado por meio da comunho. Esse gozo tambm produzido pelo Esprito,
est nas coisas espirituais, e surge de uma apreenso ou da esperana da participao
nelas, a justificao, perdo, paz, adoo, e glria eterna; e peculiar queles que tm o
Esprito, pois um estranho no pode ser desfrutado por estranhos, nem pode formar qualquer juzo acerca dela, visto que indizvel at para o prprio crente. Alm disso, alegria
pelo bem dos outros, de criaturas e companheiros Cristos, em sua prosperidade externa
e interna, em seu bem temporal, espiritual e eterno, que, por ser uma graa do Esprito,
pode muito bem ser entendido como, pelo menos, uma parte do sentido da palavra; uma
vez que resulta do amor, e se une a ele, e permanece entre ele e a
paz; que outro fruto do Esprito: e projeta a paz de Deus na prpria conscincia do homem, paz produzida pelo Esprito de Deus, como consequncia da paz feita pelo sangue
de Cristo; e isso atravs da aplicao do sangue de Cristo para o perdo, e de sua justia
para justificao para a alma de um pecador sensibilizado pelo bendito Esprito, cujo efeito
paz, quietude tranquilidade na mente; tambm paz com os homens, com os santos, e
com todos os outros; pois aqueles que esto sob a obra do Esprito de Deus, e so influenciados e guiados por ele, procuram as coisas que produzem paz e edificao entre os
irmos, e so desejosas se possvel para viver pacificamente com todos os homens: da,
surge outra graa neles,
longanimidade; que quer dizer nem tanto a pacincia no esperar por coisas boas por vir,
por mais graa, e pela glria, atravs do Esprito; mas o suportar paciente e duradouro dos
males do presente com alegria, sendo fortalecidos pelo Esprito, segundo Seu glorioso poder; sendo lentos para irar-se, prontos para perdoar as injrias, deixar as afrontas, suportar
e tolerar uns aos outros: o que normalmente acompanhado de mansido, a humanidade,
afabilidade, cortesia, demonstrado tanto em palavras, gestos e aes; na imitao da bondade de Cristo, de acordo com a sabedoria, e a doutrina celestial do Evangelho, que, dentre
outras coisas, das quais se diz que so gentis, e fceis de solicitar. s quais se adiciona a
benignidade, bondade; e o que mais poderia vir do bom Esprito de Deus, o autor da boa
obra da graa sobre a alma? E que mostra isso em atos de bondade para com o homem,
de modo natural, civil, moral, espiritual e evanglico, para o benefcio tanto da alma como
do corpo? Essa benignidade deve ser entendida e agradvel a Deus quando praticada no
exerccio da graa que se segue, a
f; embora possa significar fidelidade, tanto de palavras como de aes, o que embeleza o
Evangelho; ainda assim no se pode excluir a f em Cristo, como geralmente interpretado;
pois essa f no prpria do homem, nem todos a tm: um dom de Deus, uma operao
de Seu poder, e a obra de Seu Esprito, por causa do que Ele chamado de Esprito da f;
e que, portanto, deve ter lugar entre Seus frutos; e que est e se mostra quando [algum]
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o da natureza, o velho homem e o corao de carnal. Na verso Latina, l-se: sua prpria
carne; e assim tambm as verses Siraca e Etope; sua preocupao [do velho homem]
consigo mesmo, e no com as corrupes, paixes e concupiscncias dos outros. Por
as paixes e concupiscncias quer-se dizer no as afeies naturais e paixes da alma
com seus desejos; mas suas afeies desordenadas e infames, suas inclinaes corruptas,
vontades malignas, e cobias enganosas; tudo isso foi crucificado, primeiro, com Cristo,
como se l na verso Arbica (veja Romanos 6:6), e que foram abolidas, aniquiladas, e
destrudas pelo sacrifcio de Cristo, de modo que o poder dessas coisas para condenar Seu
povo, se foi. E, por causa dessa crucificao do corpo do pecado, com Cristo na cruz,
quando Ele terminou e deu fim ao mesmo, o pecado, com suas paixes e concupiscncias,
crucificado pelo Esprito de Deus na regenerao e santificao; de modo que perde seu
poder para governar, e no tem mais domnio de antes: a carne, ou a natureza corrompida,
com suas afeies malignas, e concupiscncias carnais, ainda existem e esto vivas; como
uma pessoa presa na cruz pode estar viva, embora no possa agir e mover como antes,
assim o velho homem, embora crucificado, e restringido pela graa soberana, no pode
reinar e governar como antes, mas ainda est vivo, e age e opera, e frequentemente tem
grande influncia; mas apesar disso, est despojado de seu poder para governar, est
crucificado: e embora esse ato atribudo queles que so de Cristo, ainda assim no
praticado por eles em sua prpria fora, pois no so capazes de lidar com a corrupo,
mas pela influncia da graa de Cristo, e atravs do poder de seu Esprito (veja Romanos
8:13).
Verso 25
Se vivemos em Esprito; ou pelo Esprito, como todos os que esto espiritualmente
vivos. O pecado no trouxe apenas a morte fsica aos homens, e os fez passveis de morrerem eternamente, mas tambm introduziu sobre eles a morte espiritual, ou moral; eles esto
mortos em pecados e delitos, e no podem salvar-se, e nenhuma outra criatura pode darlhes vida; nem os ministros da palavra, nem os anjos no Cu, somente o bendito Esprito
que o esprito de vida de Cristo; que faz morada neles e os livra da lei do pecado e da
morte, e neles implanta uma fonte de vida espiritual, e pelo qual eles vivem uma vida de f
em Cristo, de santidade nEle, e comunho com Ele: o apstolo faz uso dessas palavras
como um argumento para que os crentes andem segundo o Esprito:
andemos tambm em Esprito. Ou pelo Esprito; por meio de Sua ajuda e assistncia,
de acordo com a regra de Sua Palavra, e sob Sua influncia e direo como guia, como
antes j nos aconselhara em Glatas 5:18.
Verso 26
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ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use esta exposio para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermes R. M. MCheyne
Adorao A. W. Pink
Agonia de Cristo J. Edwards
Batismo, O John Gill
Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo
Neotestamentrio e Batista William R. Downing
Bnos do Pacto C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleio
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos
Cessaram Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da
Eleio A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida
pelos Arminianos J. Owen
Confisso de F Batista de 1689
Converso John Gill
Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins
Doutrina da Eleio, A A. W. Pink
Eleio & Vocao R. M. MCheyne
Eleio Particular C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A
J. Owen
Evangelismo Moderno A. W. Pink
Excelncia de Cristo, A J. Edwards
Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon
Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink
In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah
Spurgeon
Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao
dos Pecadores, A A. W. Pink
Jesus! C. H. Spurgeon
Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon
Livre Graa, A C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield
Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill
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Sola Scriptura Sola Gratia Sola Fide Solus Christus Soli Deo Gloria
2 Corntios 4
1
Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,
2
na presena de Deus, pela manifestao da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho est
4
encoberto, para os que se perdem est encoberto. Nos quais o deus deste sculo cegou os
entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria
5
de Cristo, que a imagem de Deus. Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,
7
para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porm,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.
8
Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.
9
10
Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste tambm nos nossos corpos; E assim ns, que vivemos, estamos sempre
entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na
12
13
nossa carne mortal. De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. E temos
portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,
14
por isso tambm falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar
15
tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. Porque tudo isto por amor de vs, para
que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de
16
Deus. Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentnea tribulao
18
produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; No atentando ns nas coisas
que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se
no veem so eternas.
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