Macunaíma de Mário de Andrade. O plano de aula apresenta uma série de atividades para introduzir os alunos à obra literária durante o bimestre. A primeira aula motiva os alunos a ler o livro discutindo o conceito de herói e anti-herói, e relacionando ao personagem Macunaíma. As atividades seguintes exploram temas da obra e estimulam a leitura por meio de discussões e exercícios em grupo.
Macunaíma de Mário de Andrade. O plano de aula apresenta uma série de atividades para introduzir os alunos à obra literária durante o bimestre. A primeira aula motiva os alunos a ler o livro discutindo o conceito de herói e anti-herói, e relacionando ao personagem Macunaíma. As atividades seguintes exploram temas da obra e estimulam a leitura por meio de discussões e exercícios em grupo.
Macunaíma de Mário de Andrade. O plano de aula apresenta uma série de atividades para introduzir os alunos à obra literária durante o bimestre. A primeira aula motiva os alunos a ler o livro discutindo o conceito de herói e anti-herói, e relacionando ao personagem Macunaíma. As atividades seguintes exploram temas da obra e estimulam a leitura por meio de discussões e exercícios em grupo.
Macunaíma de Mário de Andrade. O plano de aula apresenta uma série de atividades para introduzir os alunos à obra literária durante o bimestre. A primeira aula motiva os alunos a ler o livro discutindo o conceito de herói e anti-herói, e relacionando ao personagem Macunaíma. As atividades seguintes exploram temas da obra e estimulam a leitura por meio de discussões e exercícios em grupo.
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Universidade Federal de So Carlos
Centro de Educao e Cincias Humanas
Curso de Letras
Plano de aula Literatura Brasileira Modernismo Tema: Macunama de Mrio de Andrade
Discentes: Dalma C. Florentino RA: 326097 Leonardo M. T. A. Soto RA: 325953 Willian Pereira RA: 393975 Prof Dr: Rejane C. Rocha
So Carlos, 10 de junho de 2013 Introduo Aspectos gerais
Turma: 3 srie do Ensino mdio Tempo estimado para trabalhar a obra: Durante o 3 bimestre Tema: Macunama Recursos a serem utilizados: tela, lousa, computador, projetor, papel e caneta
Objetivo Gerais
Desenvolver o interesse do aluno pela literatura brasileira e faz-los compreender aspectos da obra a partir de atividades relevantes que os motivem leitura e produo dos assuntos tratados.
Especficos
Propiciar aos alunos o contato com a obra literria Macunama. Motiv-los leitura da obra. Trazer a obra mais perto da realidade dos alunos, apresentando atividades significantes para que acontea essa aproximao. Instig-los a estudar no apenas para o vestibular, mas tambm para conhecimentos gerais para ampliar sua cultura.
Contedo do bimestre
Introduo
O livro ser apresentado gradualmente aos alunos por meio de uma proposta de leitura estruturada. Em grupos de trs em trs captulo, a obra ser dividida por temticas ou at por peculiaridades de cada captulo. Anteriormente ser avisado aos alunos que no bimestre em questo a obra a ser tratada Macunama, sem que haja uma recomendao expressa de que ela seja lida.
1. Aula Inaugural
Para que os alunos se sintam convidados e tenham interesse em ler a obra durante o bimestre necessrio que a aula que iniciar a discusso, tenha uma carga de motivao e inspirao. Para tanto devemos nos ater a um aspecto do livro que impulsione essa leitura. Tratando-se de Macunama, um ponto interessante a questo do heri, ou do anti-heri, neste caso.
Atividade 1 I nstrues: Para a aula inaugural o professor solicitar que os alunos sentem-se em crculo para deix-los mais a vontade na aula.
Aps, o professor iniciar questionando os alunos: 1. Qual a ideia que vocs tm sobre heri? 2. Quais os principais exemplos de heri que vocs destacariam?
Aps ouvir as respostas dos alunos, o professor colocar na tela imagens com exemplos de heris que eles tenham falado e alguns que talvez no tenham citado. Posteriormente demonstrao das imagens de alguns heris, o professor questionar o que eles diriam a respeito de dois heris a partir de dois vdeos dos mesmos:
Hancock Chapolin Colorado
Aps passar estes dois vdeos, o professor pergunta aos alunos:
Na opinio de vocs, esses heris so iguais aos primeiros, que vocs citaram? Se no, qual a diferena entre eles? A partir de suas concluses crie uma lista com essas diferenas, diferenciando um grupo de heris do outro.
Objetivo da atividade 1: Primeiramente, estabelecer a ideia de heri. Construir juntamente aos alunos um conceito do que este tipo de personagem composto, suas caractersticas e fazer com que compreendam que nem todos possuem essas mesmas caractersticas (vide os dois exemplos acima citados como diferentes).
Atividade 2 I nstrues: A partir da discusso da atividade 1, os alunos tero uma noo de um heri exemplar e de um heri que no visto como o melhor, devido as suas atitudes e caractersticas. Relacionado a esse propsito, temos a seguinte atividade: Em pares, construa as caractersticas de um anti-heri. Para gui-lo utilize os seguintes tpicos:
o Nome do heri o De onde veio o Caractersticas fsicas o Habilidades o Aspectos positivos do heri o Aspectos negativos do heri o Frase de efeito do heri
Objetivo da atividade 2: Consolidar o conceito do anti-heri utilizando aquilo que os prprios tenham como conhecimento prvio.
Atividade 3: I nstrues: A partir do levantamento de ideias proposto pela atividade anterior, pode ser introduzido o conceito terico de anti-heri, contrastando o Macunama com o anti- heri criado pelos prprios alunos. Utilizando excertos do livro, o professor demonstrar as principais caractersticas do personagem da obra, sem diz-las diretamente, apenas por caracterizaes j dadas pelo narrador. Com isso o professor pede para que respondam as seguintes perguntas, utilizando a produo escrita, como parte da nota do bimestre para estimular os alunos a realizarem a tarefa:
O heri da obra tem as caractersticas do primeiro grupo de heris (Liga da Justia) ou do segundo grupo de heris (Hancock e Chapolin Calorado), ou ainda mesmo com aquele que foi criado por vocs? Justifique sua primeira resposta caracterizando o heri da obra a partir dos excertos retirados da obra Macunama.
Exemplos de excertos a serem utilizados:
O heri nem bem viu Maanape de longe pegou se lastimando. Se atirou nos braos do mano e contou uma histria bem triste provando que Jigu no tinha razo nenhuma pra sov-lo tanto. Maanape ficou zangado e foi falar com Jigu. Mas Jigu tambm j vinha pra falar com Maanape. Se encontraram no corredor. Maanape contou pra Jigu e Jigu contou pra Maanape. Ento eles verificaram que Macunama era muito safado e sem carter. Voltaram pro quarto de Maanape e toparam com o heri se lastimando. Pra consolar levaram ele passear na mquina automvel. (p.101)
Objetivo da atividade 3: Introduzir os alunos obra propriamente dita atravs da chave do anti-heri. Atravs das atividades anteriores, consolidar a caracterizao de Macunama.
Atividade 4: I nstrues: Aps o professor ter abordado a questo do heri e do anti-heri na obra Macunama na aula inaugural, com atividades relevantes e que estimulam os alunos a se interessarem pela obra, o professor inicia uma atividade com propsitos mais objetivos e estruturais com o terceiro ano, todavia sem deixar de lado atividades que os estimulem o que os faam continuar a leitura da obra, pois esse o eixo central do professor ao elaborar essas atividades para a classe. Para essa prxima atividade o professor mostra um vdeo que se chama Tudo que slido pode derreter abordando a mistura que a obra Macunama. A personagem do seriado chamada Thereza no fica ao lado dos amigos e excluda de uma punio que o diretor da escola aplica sobre eles, que realizar uma prova sobre a obra Macunama. O interessante da abordagem do seriado tratar um pouco da temtica da obra literria a partir da realidade de alunos do Ensino Mdio, com temas reais que podem aparecer na vida escolar de cada um. Aps assistirem o vdeo, o professor faz algumas perguntas oralmente para os alunos, a fim de tirar informaes bsicas daqueles que j estavam lendo a obra e daqueles que ainda no haviam iniciado a leitura, aps a aula inaugural:
1. O que conhecem sobre esta histria de Macunama? 2. Quem o autor deste livro? Em que ano foi escrito? 3. Qual o perodo literrio em que ele est inserido? 4. Quem Macunama? 5. Em que lugar se passa a histria? 6. Ele faz referente ao Brasil? Se sim, como perceberam isso?
Objetivo da atividade 4:
O objetivo desse vdeo instigar os alunos a continuarem a ler o livro durante o bimestre, trazendo algo da realidade deles, no caso a realidade escolar e tambm trazendo essas caractersticas do livro dentro do universo de personagens familiares ao espectador. Sem abordar nenhum aspecto terico do livro o professor apenas apresenta algo interessante que os faa prestar ateno aos principais aspectos da obra, como temticas, perodo literrio, ano de publicao, contexto histrico e posteriormente se interessar pelo enredo da histria.
Atividade 5: I nstrues: Depois do vdeo passado na atividade 4 o professor faz uma breve explicao sobre os temas que so tratados nos primeiros captulos do livro, por exemplo, a relao indgena, a identidade nacional, entre outros, ento explicita novamente a importncia da leitura da obra para o andamento do bimestre e o quo importante a mesma para conhecermos melhor nosso pas. Para esta atividade o professor apresenta no telo uma citao referente ao primeiro captulo da obra:
A mensagem deste livro faz referncia a nossa cultura, que se afastou da sua origem, e com isso, o modernista aparece para tentar conscientizar as pessoas para voltar s origens e o amor a terra, sendo assim, Macunama uma lenda amaznica. (fonte: http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_mandrade_texto006.html)
A partir dessa citao o professor passa a seguinte proposta para os alunos: Observe algumas imagens e em pares faam uma reflexo sobre as mesmas e escrevam dois pargrafos sobre o que entendem das imagens. Aps escreverem troquem os papis com os colegas de classe para observar se as mesmas observaes que voc fez so parecidas com a do colega. Vocs tm a mesma opinio sobre a cultura do Brasil?
Objetivo da atividade 5: Fazer com que os alunos tomem conhecimento sobre alguns temas que surgem durante a obra, para que assim possam compreender a importncia de Macunama para a literatura.
Atividade 6: I nstrues: Aps trocarem os papis e informaes sobre a temtica indgena no Brasil o professor faz um comentrio sobre a temtica referida: O ndio faz parte do imaginrio popular como uma figura, muitas vezes, folclrica. E isso muito claro quando vemos, em escolas no dia 19 de abril, crianas se vestindo como ndios, ou quando se ensina a respeito de suas vestimentas e atividades. No entanto muito chocante a diferena entre a realidade de muitos ndios no Brasil e esse imaginrio criado. Para a atividade 6, o professor pede que os alunos reflitam um pouco sobre a escolha da temtica indgena para representar um heri que busca ser o mais brasileiro possvel e que produzam uma dissertao utilizando as respostas das seguintes questes:
a) Por que voc acha que, entre todos os povos que, na poca, habitavam o Brasil (africanos, portugueses, outros europeus, japoneses e ndios) o ndio, que representava menos de 2% de toda populao no Brasil, foi escolhido para tentar representar a identidade brasileira?
b) Em seu dia-a-dia voc consegue ver influncias indgenas? Se sim, onde?
c) Pensando nesse imaginrio popular construdo sobre o ndio disserte sobre as suas consequncias atuais no processo de incluso dos ndios na sociedade brasileira (ndios na universidade e em empregos pblicos), a violncia contra ndios, as lutas e demandas indgenas, entre outros que voc conhea.
Objetivo da atividade 6:
Esse conjunto de atividades prope uma reflexo a respeito das relaes que um livro tem com seus contextos histrico, social, cultural e literrio. O dilogo interdisciplinar fundamental para o conhecimento do aluno e elaborar a dissertao de extrema necessidade para o vestibulando.
Atividade 7: I nstrues:
Notamos que o modernista brasileiro tinha a preocupao em representar os elementos genuinamente nacionais. Para o incio da stima atividade, o professor coloca no telo a seguinte pergunta: Identifique a partir deste trecho algumas palavras genuinamente brasileiras e justifique o motivo das mesmas estarem inseridas na obra.
O heri teve medo e desembestou numa chispada me parque adentro. O cachorro correu atrs. Correram, correram. Passaram l rente a Ponta do Calabouo, tomaram rumo de Guajara Mirim e voltaram pra leste. Em Itamarac Macunama passou um pouco folgado e teve tempo de comer uma dzia de manga-jasmim que nasceu do corpo de dona Sancha, dizem.
Aps identificarem o professor explica que uma das caractersticas que mais chamam a ateno em Macunama refere-se presena de paisagens e traos culturais tipicamente brasileiros. As referncias geogrficas, a linguagem e as lendas e mitos so algumas das caractersticas que trazem para o livro traos da cultura do nosso pas. Ao lermos esse trecho, podemos perceber que diversos elementos esto ligados a nossa cultura. Palavras e expresses como desembestou, chispada me, fazem parte do vocabulrio de nossa lngua; Ponta do Calabouo, Guajara Mirim e Itamarac so alguns dos diversos cenrios genuinamente nacionais que aparecem durante do livro. Tudo isso d ao livro fortes tons locais. Esse tom brasileiro se relaciona com outra questo que a identidade nacional.
Objetivo da atividade 7: Esta atividade pretende fazer com que o aluno conhea aspectos do Brasil at ento desconhecidos por ele, e, assim, comear a assimilar a ideia de identidade nacional.
Atividade 8 I nstrues:
A atividade nmero oito se inicia com mais um comentrio e questionamentos do professor dizendo que muitos crticos e leitores de Macunama apontam que o heri traz consigo caractersticas que so comuns tambm ao brasileiro. Mas quais seriam esses traos? Eles representariam o brasileiro mesmo? O prprio Mario de Andrade teve indefinies quanto questo. Nos prefcios que fez para Macunama, o autor exps algumas consideraes quanto a esse problema, observe-os no telo:
O brasileiro no tem carter porque no possui nem civilizao prpria nem conscincia tradicional. Os franceses tm carter e assim os jorubas e os mexicanos. Brasileiro (no). Esta que nem o rapaz de vinte anos: a gente mais ou menos pode perceber tendncias gerais, mas, ainda no e tempo de afirmar coisa nenhuma. Quando matutava nessas coisas topei com Macunama. E Macunama um heri surpreendentemente sem carter.
Aps um aluno ler o trecho exposto pelo professor, outro aluno solicitado para ler o prximo, que foi retirado do incio do livro Macunama:
No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a ndia tapanhumas pariu uma criana feia. Essa criana e que chamaram de Macunama. J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos no falando. Si o incitavam a falar exclamava: Ai! Que preguia!...
O professor pede que os alunos peguem uma folha de caderno e coloquem o nome. Essa atividade deve ser entregue ao professor para o mesmo guard-la para ser entregue ao final do bimestre para que os alunos possam relembrar a resposta que deram, pois ainda esto no incio ou meio da leitura da obra e a resposta deve ser comparada ao final da leitura do livro.
1. Podemos tirar desses trechos algumas informaes sobre Macunama: ele negro e ndio (e sabemos que depois fica branco), preguioso e esperto. Ao longo do livro outras caractersticas surgem. Quais outras caractersticas voc pode identificar? 2. Poderamos nos perguntar: afinal, Macunama a representao do brasileiro? Entregue sua folha de resposta ao professor, para que no final do bimestre voc possa comparar e tirar novas concluses (ou no) ao final da leitura da obra.
Objetivo da atividade 8: Atravs das leituras dos trechos e produo dos textos, a atividade tem como objetivo criar no aluno uma reflexo sobre a questo da identidade nacional, relacionando com aspectos culturais do Brasil.
Atividade 9: I nstrues:
A atividade 9 prope um trabalho com o Captulo IX de Macunama intitulado Carta Pras Icamiabas. O professor iniciar questionando aos alunos o que eles entendem por carta. Poder fazer as seguintes perguntas: Como escrita? Qual sua estrutura? Qual a importncia do destinatrio? Qual o objetivo da carta?
Com as respostas dos alunos, o professor expor na lousa todas as caractersticas da carta. Em seguida ele afirma que ler alguns trechos do captulo IX do livro, que sero os seguintes: s mui queridas sbditas nossas, Senhoras Amazonas. Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, So Paulo. Senhoras: No pouco vos surpreender, por certo, o endereo e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudades e muito amor, com desagradvel nova.
Recebei a bno do vosso Imperador e mais sade e fraternidade. Acatai com respeito e obedincia estas mal traadas linhas; e, principalmente, no vos esqueais das alvaras e das polonesas, de que muito hemos mister. Ci guarde a Vossas Excias.
Macunama, Imperator.
Aps a introduo de tais trechos o professor questiona a importncia do destinatrio. Pede ento que os alunos escrevam duas cartas em seus cadernos mesmos: a primeira ser escrita ao diretor, pedindo melhorias na escola, ou a permisso para fazer algum evento; a segunda ser para algum familiar ou amigo prximo avisando algo corriqueiro. Terminada a escrita das cartas, o professor solicitar a algum aluno que leia o primeiro tipo de carta e a outro que leia o segundo tipo. Pra finalizar promover nova discusso a respeito da diferena entre os dois modelos.
Objetivo da atividade 9: Estabelecer com os alunos a importncia da comunicao escrita e a consequente da forma lingustica a ser usada em determinado contexto.
Atividade 10: I nstrues:
Esta atividade ser uma continuao da atividade anterior. O professor colocar na tela dois trechos e pedir que um aluno leia em voz alta o trecho 1 e outro aluno da mesma forma leia o trecho 2:
Texto I "Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, voc sabe, n? De dizer aqueles negcios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou l, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, t na minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado... Virei as costas, meu irmo, e me mandei... " Texto II "Digo a voc que ela estava l, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a ss comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, mas me faltou coragem. Fugi."
Aps a leitura o professor promover uma discusso elencando as diferenas entre os dois trechos e colocar os seguintes questionamentos:
Em quais situaes prefervel que se utilize a linguagem expressa no trecho 1? Qual o efeito provocado por cada um dos trechos?
Em seguida colocar na tela o seguinte trecho do Captulo IX de Macunama:
Enfim, senhoras Amazonas, heis de saber ainda que a estes progressos e luzida civilizao, ho elevado esta grande cidade os seus maiores, tambm chamados de polticos. Com este apelativo se designa uma raa refinadssima de doutores, (...) Obedecem todos a um imperador, chamado Papai Grande na gria familiar, e que demora na ocenica cidade do Rio de Janeiro a mais bela do mundo, na opinio de todos os estrangeiros, e que por meus olhos verifiquei.
O educador ler em voz alta o trecho acima e em seguida pedir para que cada um dos alunos escreva aquilo que est sendo transmitido, porm tendo como destinatrio um amigo, ou colega. A escrita de cada um deles ser feita em folha a parte e sem nome. Aps a escrita, pedir que passem adiante sua reescrita do trecho. Com o papel de outro colega de classe em mos, o aluno anotar em seu caderno as diferenas entre o que ele escreveu e o trecho que tem em mos. Com tais resultados o professor promover nova discusso abordando todos esses aspectos elencados pelos alunos.
Objetivo da atividade 10: Trabalhar a questo da linguagem e principalmente os aspectos inerentes linguagem falada e linguagem escrita.
Atividade 11: I nstrues: Neste momento, o professor perguntar aos alunos o que eles entenderam do significado da muiraquit em Macunama, o que esperado que gere um debate sobre o conceito da mesma entre os alunos. Aps a discusso o professor exibir o seguinte excerto: A muiraquit perdida pelo heri o smbolo de sua identidade cultural, a qual ele busca insistentemente em todas as partes da nao, mas no a encontra. Esse amuleto fala tambm da grande supersticiosidade e misticismo, prprios de nossa gente, que se apega a toda sorte de objetos e seres inanimados, atribuindo-lhes poderes especiais para auxlio e proteo sobre quem os utilize. (fonte: http://karipuna.blogspot.com.br/2007/08/muiraquits.html)
Aps a leitura do trecho acima citado, o professor pedir para que os alunos, a partir daquilo descrito, produzam um texto no qual eles devam eleger algum objeto particular para representar a prpria muiraquit, e, justificar a escolha do mesmo.
Objetivo da atividade 11: Fazer com que os alunos compreendam a significao da muiraquit na obra e gerar uma nova reflexo sobre a identidade cultural, mais especificamente sobre a superstio em nossa cultura.
Atividade 12: I nstrues: Continuando com a temtica da muiraquit, nesta atividade o professor pedir para que os alunos dividam-se em dois grandes grupos, e, elejam um texto de um dos membros como o representante da muiraquit daquele grupo. Feito isso, os alunos devero expor ao restante da classe a muiraquit que os representa, incluindo suas justificativas. Aps todos os grupos exporem as suas muiraquits, o professor pedir para que um dos grupos tente desconstruir a muiraquit de outro grupo, atravs de argumentos plausveis, o porqu do objeto escolhido por eles no pode representar a identidade cultural, para assim representar o papel de Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaim, e roubar a muiraquit alheia. O grupo que perdeu a sua muiraquit ter seu direito de resposta, cabendo aqui, a argumentao favorvel quele objeto, para que assim possa recuperar a muiraquit. Em seguida, o outro grupo dever fazer a mesma coisa sobre a muiraquit do primeiro grupo. Cabe ao professor o papel de moderador do debate. Ressaltamos aqui que no necessrio que um grupo vena a discusso sobre o valor da muiraquit, apenas o fato de gerar uma discusso sobre cultura e identidade j de extrema importncia para o aprendizado dos alunos.
Objetivo da atividade 12: Promover uma aula dinmica para que os alunos interajam e discutam entre si o conceito de identidade cultural.
Atividade 13: I nstrues: Nesta ltima atividade, o professor pedir para que os alunos se renam em grupos de at trs ou quatro integrantes e solicitar para que cada grupo pesquise trs objetos sagrados, ou valiosos, em outras culturas, produzam um texto explicativo sobre o porqu do valor do objeto e faam cartazes com cada um deles. O professor conversar com a direo da escola para realizar uma exposio do trabalho realizado colando os cartazes nas dependncias da escola. O trabalho proposto se relaciona com a muiraquit presente na obra, assim como com a temtica de identidade cultural.
Objetivo da atividade 13: Promover a pesquisa e com isso fazer com que os estudantes aprendam sobre aspectos culturais das mais variadas culturas, para assim ampliarem a compreenso do conceito identidade nacional.
Avaliao:
Os alunos sero avaliados durante todo o bimestre, e no com uma avaliao final. Como este plano visa que os alunos desenvolvam o pensamento crtico e o interesse pela leitura, optamos por realizar a avaliao da seguinte maneira: o professor no avaliar a qualidade dos textos produzidos pelos alunos, mas sim a dedicao dos mesmos para com a disciplina. Assim sendo, a realizao (e entrega) das atividades 3, 6, 7, 8, 9 e 11 valero um (1,0) ponto cada; a atividade 13 valer dois (2,0) pontos e a participao nas discusses propostas nas demais atividades cobrir os dois (2,0) pontos restantes.
Referencias Bibliogrficas:
ANDRADE, Mrio de. Macunama: Heri sem nenhum carter. So Paulo: Agir, 2008. FORNACIARI, M. T. H. MACUNAMA, O HERI SEM NENHUM CARTER. Revista Lumen et Virtus vol. II, n4, mai/2011. Disponvel em: http://www.jackbran.com.br/lumen_et_virtus/numero4/PDF/MACUNA%C3%8DMA_ O%20HER%C3%93I%20SEM%20NENHUM%20CAR%C3%81TER.pdf http://www.coladaweb.com/literatura/analise-de-obras/macunaima http://karipuna.blogspot.com.br/2007/08/muiraquits.html http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_mandrade_texto006.html