Plano de Aula Macunaíma Final

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

Universidade Federal de So Carlos

Centro de Educao e Cincias Humanas


Curso de Letras







Plano de aula Literatura Brasileira Modernismo
Tema: Macunama de Mrio de Andrade






Discentes: Dalma C. Florentino RA: 326097
Leonardo M. T. A. Soto RA: 325953
Willian Pereira RA: 393975
Prof Dr: Rejane C. Rocha




So Carlos, 10 de junho de 2013
Introduo
Aspectos gerais

Turma: 3 srie do Ensino mdio
Tempo estimado para trabalhar a obra: Durante o 3 bimestre
Tema: Macunama
Recursos a serem utilizados: tela, lousa, computador, projetor, papel e caneta

Objetivo
Gerais

Desenvolver o interesse do aluno pela literatura brasileira e faz-los
compreender aspectos da obra a partir de atividades relevantes que os motivem leitura
e produo dos assuntos tratados.

Especficos

Propiciar aos alunos o contato com a obra literria Macunama.
Motiv-los leitura da obra.
Trazer a obra mais perto da realidade dos alunos, apresentando atividades
significantes para que acontea essa aproximao.
Instig-los a estudar no apenas para o vestibular, mas tambm para conhecimentos
gerais para ampliar sua cultura.









Contedo do bimestre

Introduo

O livro ser apresentado gradualmente aos alunos por meio de uma proposta de
leitura estruturada. Em grupos de trs em trs captulo, a obra ser dividida por
temticas ou at por peculiaridades de cada captulo.
Anteriormente ser avisado aos alunos que no bimestre em questo a obra a ser
tratada Macunama, sem que haja uma recomendao expressa de que ela seja lida.

1. Aula Inaugural

Para que os alunos se sintam convidados e tenham interesse em ler a obra
durante o bimestre necessrio que a aula que iniciar a discusso, tenha uma carga de
motivao e inspirao. Para tanto devemos nos ater a um aspecto do livro que
impulsione essa leitura. Tratando-se de Macunama, um ponto interessante a questo
do heri, ou do anti-heri, neste caso.

Atividade 1
I nstrues:
Para a aula inaugural o professor solicitar que os alunos sentem-se em crculo
para deix-los mais a vontade na aula.

Aps, o professor iniciar questionando os alunos:
1. Qual a ideia que vocs tm sobre heri?
2. Quais os principais exemplos de heri que vocs destacariam?

Aps ouvir as respostas dos alunos, o professor colocar na tela imagens com
exemplos de heris que eles tenham falado e alguns que talvez no tenham citado.
Posteriormente demonstrao das imagens de alguns heris, o professor
questionar o que eles diriam a respeito de dois heris a partir de dois vdeos dos
mesmos:

Hancock
Chapolin Colorado

Aps passar estes dois vdeos, o professor pergunta aos alunos:

Na opinio de vocs, esses heris so iguais aos primeiros, que vocs citaram?
Se no, qual a diferena entre eles? A partir de suas concluses crie uma lista
com essas diferenas, diferenciando um grupo de heris do outro.

Objetivo da atividade 1: Primeiramente, estabelecer a ideia de heri. Construir
juntamente aos alunos um conceito do que este tipo de personagem composto,
suas caractersticas e fazer com que compreendam que nem todos possuem essas
mesmas caractersticas (vide os dois exemplos acima citados como diferentes).

Atividade 2
I nstrues:
A partir da discusso da atividade 1, os alunos tero uma noo de um
heri exemplar e de um heri que no visto como o melhor, devido as suas
atitudes e caractersticas.
Relacionado a esse propsito, temos a seguinte atividade:
Em pares, construa as caractersticas de um anti-heri. Para gui-lo
utilize os seguintes tpicos:

o Nome do heri
o De onde veio
o Caractersticas fsicas
o Habilidades
o Aspectos positivos do heri
o Aspectos negativos do heri
o Frase de efeito do heri

Objetivo da atividade 2: Consolidar o conceito do anti-heri utilizando aquilo
que os prprios tenham como conhecimento prvio.

Atividade 3:
I nstrues:
A partir do levantamento de ideias proposto pela atividade anterior, pode ser
introduzido o conceito terico de anti-heri, contrastando o Macunama com o anti-
heri criado pelos prprios alunos. Utilizando excertos do livro, o professor
demonstrar as principais caractersticas do personagem da obra, sem diz-las
diretamente, apenas por caracterizaes j dadas pelo narrador.
Com isso o professor pede para que respondam as seguintes perguntas,
utilizando a produo escrita, como parte da nota do bimestre para estimular os
alunos a realizarem a tarefa:

O heri da obra tem as caractersticas do primeiro grupo de heris (Liga da
Justia) ou do segundo grupo de heris (Hancock e Chapolin Calorado), ou
ainda mesmo com aquele que foi criado por vocs?
Justifique sua primeira resposta caracterizando o heri da obra a partir dos
excertos retirados da obra Macunama.

Exemplos de excertos a serem utilizados:

O heri nem bem viu Maanape de longe pegou se lastimando. Se atirou nos braos
do mano e contou uma histria bem triste provando que Jigu no tinha razo
nenhuma pra sov-lo tanto. Maanape ficou zangado e foi falar com Jigu. Mas
Jigu tambm j vinha pra falar com Maanape. Se encontraram no corredor.
Maanape contou pra Jigu e Jigu contou pra Maanape. Ento eles verificaram que
Macunama era muito safado e sem carter. Voltaram pro quarto de Maanape e
toparam com o heri se lastimando. Pra consolar levaram ele passear na mquina
automvel. (p.101)

Objetivo da atividade 3: Introduzir os alunos obra propriamente dita atravs da
chave do anti-heri. Atravs das atividades anteriores, consolidar a caracterizao
de Macunama.

Atividade 4:
I nstrues:
Aps o professor ter abordado a questo do heri e do anti-heri na obra
Macunama na aula inaugural, com atividades relevantes e que estimulam os alunos a se
interessarem pela obra, o professor inicia uma atividade com propsitos mais objetivos
e estruturais com o terceiro ano, todavia sem deixar de lado atividades que os estimulem
o que os faam continuar a leitura da obra, pois esse o eixo central do professor ao
elaborar essas atividades para a classe.
Para essa prxima atividade o professor mostra um vdeo que se chama Tudo
que slido pode derreter abordando a mistura que a obra Macunama.
A personagem do seriado chamada Thereza no fica ao lado dos amigos e
excluda de uma punio que o diretor da escola aplica sobre eles, que realizar uma
prova sobre a obra Macunama. O interessante da abordagem do seriado tratar um
pouco da temtica da obra literria a partir da realidade de alunos do Ensino Mdio,
com temas reais que podem aparecer na vida escolar de cada um.
Aps assistirem o vdeo, o professor faz algumas perguntas oralmente para os
alunos, a fim de tirar informaes bsicas daqueles que j estavam lendo a obra e
daqueles que ainda no haviam iniciado a leitura, aps a aula inaugural:

1. O que conhecem sobre esta histria de Macunama?
2. Quem o autor deste livro? Em que ano foi escrito?
3. Qual o perodo literrio em que ele est inserido?
4. Quem Macunama?
5. Em que lugar se passa a histria?
6. Ele faz referente ao Brasil? Se sim, como perceberam isso?

Objetivo da atividade 4:

O objetivo desse vdeo instigar os alunos a continuarem a ler o livro durante o
bimestre, trazendo algo da realidade deles, no caso a realidade escolar e tambm
trazendo essas caractersticas do livro dentro do universo de personagens familiares ao
espectador.
Sem abordar nenhum aspecto terico do livro o professor apenas apresenta algo
interessante que os faa prestar ateno aos principais aspectos da obra, como temticas,
perodo literrio, ano de publicao, contexto histrico e posteriormente se interessar
pelo enredo da histria.

Atividade 5:
I nstrues:
Depois do vdeo passado na atividade 4 o professor faz uma breve explicao
sobre os temas que so tratados nos primeiros captulos do livro, por exemplo, a relao
indgena, a identidade nacional, entre outros, ento explicita novamente a importncia
da leitura da obra para o andamento do bimestre e o quo importante a mesma para
conhecermos melhor nosso pas.
Para esta atividade o professor apresenta no telo uma citao referente ao
primeiro captulo da obra:

A mensagem deste livro faz referncia a nossa cultura, que se afastou da sua origem, e
com isso, o modernista aparece para tentar conscientizar as pessoas para voltar s
origens e o amor a terra, sendo assim, Macunama uma lenda amaznica.
(fonte: http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_mandrade_texto006.html)

A partir dessa citao o professor passa a seguinte proposta para os alunos:
Observe algumas imagens e em pares faam uma reflexo sobre as mesmas e
escrevam dois pargrafos sobre o que entendem das imagens.
Aps escreverem troquem os papis com os colegas de classe para observar se
as mesmas observaes que voc fez so parecidas com a do colega. Vocs tm
a mesma opinio sobre a cultura do Brasil?

Objetivo da atividade 5:
Fazer com que os alunos tomem conhecimento sobre alguns temas que surgem
durante a obra, para que assim possam compreender a importncia de Macunama para a
literatura.

Atividade 6:
I nstrues:
Aps trocarem os papis e informaes sobre a temtica indgena no Brasil o
professor faz um comentrio sobre a temtica referida:
O ndio faz parte do imaginrio popular como uma figura, muitas vezes,
folclrica. E isso muito claro quando vemos, em escolas no dia 19 de abril, crianas se
vestindo como ndios, ou quando se ensina a respeito de suas vestimentas e atividades.
No entanto muito chocante a diferena entre a realidade de muitos ndios no Brasil e
esse imaginrio criado.
Para a atividade 6, o professor pede que os alunos reflitam um pouco sobre a
escolha da temtica indgena para representar um heri que busca ser o mais brasileiro
possvel e que produzam uma dissertao utilizando as respostas das seguintes questes:

a) Por que voc acha que, entre todos os povos que, na poca, habitavam o Brasil
(africanos, portugueses, outros europeus, japoneses e ndios) o ndio, que representava
menos de 2% de toda populao no Brasil, foi escolhido para tentar representar a
identidade brasileira?

b) Em seu dia-a-dia voc consegue ver influncias indgenas? Se sim, onde?

c) Pensando nesse imaginrio popular construdo sobre o ndio disserte sobre as suas
consequncias atuais no processo de incluso dos ndios na sociedade brasileira (ndios
na universidade e em empregos pblicos), a violncia contra ndios, as lutas e demandas
indgenas, entre outros que voc conhea.

Objetivo da atividade 6:

Esse conjunto de atividades prope uma reflexo a respeito das relaes que um
livro tem com seus contextos histrico, social, cultural e literrio. O dilogo
interdisciplinar fundamental para o conhecimento do aluno e elaborar a dissertao
de extrema necessidade para o vestibulando.

Atividade 7:
I nstrues:

Notamos que o modernista brasileiro tinha a preocupao em representar os
elementos genuinamente nacionais. Para o incio da stima atividade, o professor coloca
no telo a seguinte pergunta:
Identifique a partir deste trecho algumas palavras genuinamente brasileiras e
justifique o motivo das mesmas estarem inseridas na obra.

O heri teve medo e desembestou numa chispada me parque adentro. O cachorro
correu atrs. Correram, correram. Passaram l rente a Ponta do Calabouo, tomaram
rumo de Guajara Mirim e voltaram pra leste. Em Itamarac Macunama passou um
pouco folgado e teve tempo de comer uma dzia de manga-jasmim que nasceu do corpo
de dona Sancha, dizem.

Aps identificarem o professor explica que uma das caractersticas que mais
chamam a ateno em Macunama refere-se presena de paisagens e traos culturais
tipicamente brasileiros. As referncias geogrficas, a linguagem e as lendas e mitos so
algumas das caractersticas que trazem para o livro traos da cultura do nosso pas.
Ao lermos esse trecho, podemos perceber que diversos elementos esto ligados a
nossa cultura. Palavras e expresses como desembestou, chispada me, fazem parte
do vocabulrio de nossa lngua; Ponta do Calabouo, Guajara Mirim e Itamarac
so alguns dos diversos cenrios genuinamente nacionais que aparecem durante do
livro. Tudo isso d ao livro fortes tons locais. Esse tom brasileiro se relaciona com outra
questo que a identidade nacional.

Objetivo da atividade 7:
Esta atividade pretende fazer com que o aluno conhea aspectos do Brasil at
ento desconhecidos por ele, e, assim, comear a assimilar a ideia de identidade
nacional.

Atividade 8
I nstrues:

A atividade nmero oito se inicia com mais um comentrio e questionamentos
do professor dizendo que muitos crticos e leitores de Macunama apontam que o heri
traz consigo caractersticas que so comuns tambm ao brasileiro. Mas quais seriam
esses traos? Eles representariam o brasileiro mesmo?
O prprio Mario de Andrade teve indefinies quanto questo. Nos prefcios
que fez para Macunama, o autor exps algumas consideraes quanto a esse problema,
observe-os no telo:

O brasileiro no tem carter porque no possui nem civilizao prpria nem
conscincia tradicional. Os franceses tm carter e assim os jorubas e os mexicanos.
Brasileiro (no). Esta que nem o rapaz de vinte anos: a gente mais ou menos pode
perceber tendncias gerais, mas, ainda no e tempo de afirmar coisa nenhuma.
Quando matutava nessas coisas topei com Macunama. E Macunama um heri
surpreendentemente sem carter.

Aps um aluno ler o trecho exposto pelo professor, outro aluno solicitado para ler o
prximo, que foi retirado do incio do livro Macunama:

No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri de nossa gente. Era preto retinto
e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to grande
escutando o murmurejo do Uraricoera, que a ndia tapanhumas pariu uma criana feia.
Essa criana e que chamaram de Macunama. J na meninice fez coisas de sarapantar.
De primeiro passou mais de seis anos no falando. Si o incitavam a falar exclamava:
Ai! Que preguia!...

O professor pede que os alunos peguem uma folha de caderno e coloquem o
nome. Essa atividade deve ser entregue ao professor para o mesmo guard-la para ser
entregue ao final do bimestre para que os alunos possam relembrar a resposta que
deram, pois ainda esto no incio ou meio da leitura da obra e a resposta deve ser
comparada ao final da leitura do livro.

1. Podemos tirar desses trechos algumas informaes sobre Macunama: ele
negro e ndio (e sabemos que depois fica branco), preguioso e esperto. Ao
longo do livro outras caractersticas surgem. Quais outras caractersticas voc
pode identificar?
2. Poderamos nos perguntar: afinal, Macunama a representao do brasileiro?
Entregue sua folha de resposta ao professor, para que no final do bimestre voc
possa comparar e tirar novas concluses (ou no) ao final da leitura da obra.

Objetivo da atividade 8:
Atravs das leituras dos trechos e produo dos textos, a atividade tem como
objetivo criar no aluno uma reflexo sobre a questo da identidade nacional,
relacionando com aspectos culturais do Brasil.

Atividade 9:
I nstrues:

A atividade 9 prope um trabalho com o Captulo IX de Macunama intitulado
Carta Pras Icamiabas. O professor iniciar questionando aos alunos o que eles
entendem por carta.
Poder fazer as seguintes perguntas:
Como escrita? Qual sua estrutura?
Qual a importncia do destinatrio?
Qual o objetivo da carta?

Com as respostas dos alunos, o professor expor na lousa todas as caractersticas da
carta. Em seguida ele afirma que ler alguns trechos do captulo IX do livro, que sero
os seguintes:
s mui queridas sbditas nossas, Senhoras Amazonas.
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, So Paulo.
Senhoras:
No pouco vos surpreender, por certo, o endereo e a literatura desta missiva.
Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudades e muito amor, com
desagradvel nova.

Recebei a bno do vosso Imperador e mais sade e fraternidade. Acatai com
respeito e obedincia estas mal traadas linhas; e, principalmente, no vos esqueais
das alvaras e das polonesas, de que muito hemos mister.
Ci guarde a Vossas Excias.

Macunama,
Imperator.

Aps a introduo de tais trechos o professor questiona a importncia do
destinatrio. Pede ento que os alunos escrevam duas cartas em seus cadernos mesmos:
a primeira ser escrita ao diretor, pedindo melhorias na escola, ou a permisso para
fazer algum evento; a segunda ser para algum familiar ou amigo prximo avisando
algo corriqueiro.
Terminada a escrita das cartas, o professor solicitar a algum aluno que leia o
primeiro tipo de carta e a outro que leia o segundo tipo.
Pra finalizar promover nova discusso a respeito da diferena entre os dois
modelos.

Objetivo da atividade 9:
Estabelecer com os alunos a importncia da comunicao escrita e a consequente
da forma lingustica a ser usada em determinado contexto.

Atividade 10:
I nstrues:

Esta atividade ser uma continuao da atividade anterior. O professor colocar
na tela dois trechos e pedir que um aluno leia em voz alta o trecho 1 e outro aluno da
mesma forma leia o trecho 2:

Texto I
"Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de
dize!; bem, voc sabe, n? De dizer aqueles negcios que fico pensando sem ela. Era
hora, agora, vou l, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, t na
minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um
estado... Virei as costas, meu irmo, e me mandei... "
Texto II
"Digo a voc que ela estava l, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a
imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava
dela quando estava a ss comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, mas me faltou
coragem. Fugi."

Aps a leitura o professor promover uma discusso elencando as diferenas
entre os dois trechos e colocar os seguintes questionamentos:

Em quais situaes prefervel que se utilize a linguagem expressa no
trecho 1?
Qual o efeito provocado por cada um dos trechos?

Em seguida colocar na tela o seguinte trecho do Captulo IX de Macunama:

Enfim, senhoras Amazonas, heis de saber ainda que a estes progressos e luzida
civilizao, ho elevado esta grande cidade os seus maiores, tambm chamados de
polticos. Com este apelativo se designa uma raa refinadssima de doutores, (...)
Obedecem todos a um imperador, chamado Papai Grande na gria familiar, e que
demora na ocenica cidade do Rio de Janeiro a mais bela do mundo, na opinio de
todos os estrangeiros, e que por meus olhos verifiquei.

O educador ler em voz alta o trecho acima e em seguida pedir para que cada
um dos alunos escreva aquilo que est sendo transmitido, porm tendo como
destinatrio um amigo, ou colega. A escrita de cada um deles ser feita em folha a parte
e sem nome.
Aps a escrita, pedir que passem adiante sua reescrita do trecho. Com o papel
de outro colega de classe em mos, o aluno anotar em seu caderno as diferenas entre o
que ele escreveu e o trecho que tem em mos.
Com tais resultados o professor promover nova discusso abordando todos
esses aspectos elencados pelos alunos.

Objetivo da atividade 10: Trabalhar a questo da linguagem e principalmente os
aspectos inerentes linguagem falada e linguagem escrita.

Atividade 11:
I nstrues:
Neste momento, o professor perguntar aos alunos o que eles entenderam do
significado da muiraquit em Macunama, o que esperado que gere um debate sobre o
conceito da mesma entre os alunos. Aps a discusso o professor exibir o seguinte
excerto:
A muiraquit perdida pelo heri o smbolo de sua identidade cultural, a qual
ele busca insistentemente em todas as partes da nao, mas no a encontra. Esse
amuleto fala tambm da grande supersticiosidade e misticismo, prprios de nossa
gente, que se apega a toda sorte de objetos e seres inanimados, atribuindo-lhes poderes
especiais para auxlio e proteo sobre quem os utilize.
(fonte: http://karipuna.blogspot.com.br/2007/08/muiraquits.html)

Aps a leitura do trecho acima citado, o professor pedir para que os alunos, a
partir daquilo descrito, produzam um texto no qual eles devam eleger algum objeto
particular para representar a prpria muiraquit, e, justificar a escolha do mesmo.

Objetivo da atividade 11: Fazer com que os alunos compreendam a significao
da muiraquit na obra e gerar uma nova reflexo sobre a identidade cultural, mais
especificamente sobre a superstio em nossa cultura.

Atividade 12:
I nstrues:
Continuando com a temtica da muiraquit, nesta atividade o professor pedir
para que os alunos dividam-se em dois grandes grupos, e, elejam um texto de um dos
membros como o representante da muiraquit daquele grupo. Feito isso, os alunos
devero expor ao restante da classe a muiraquit que os representa, incluindo suas
justificativas. Aps todos os grupos exporem as suas muiraquits, o professor pedir
para que um dos grupos tente desconstruir a muiraquit de outro grupo, atravs de
argumentos plausveis, o porqu do objeto escolhido por eles no pode representar a
identidade cultural, para assim representar o papel de Venceslau Pietro Pietra, o gigante
Piaim, e roubar a muiraquit alheia. O grupo que perdeu a sua muiraquit ter seu
direito de resposta, cabendo aqui, a argumentao favorvel quele objeto, para que
assim possa recuperar a muiraquit. Em seguida, o outro grupo dever fazer a mesma
coisa sobre a muiraquit do primeiro grupo.
Cabe ao professor o papel de moderador do debate. Ressaltamos aqui que no
necessrio que um grupo vena a discusso sobre o valor da muiraquit, apenas o fato
de gerar uma discusso sobre cultura e identidade j de extrema importncia para o
aprendizado dos alunos.

Objetivo da atividade 12: Promover uma aula dinmica para que os alunos
interajam e discutam entre si o conceito de identidade cultural.

Atividade 13:
I nstrues:
Nesta ltima atividade, o professor pedir para que os alunos se renam em
grupos de at trs ou quatro integrantes e solicitar para que cada grupo pesquise trs
objetos sagrados, ou valiosos, em outras culturas, produzam um texto explicativo sobre
o porqu do valor do objeto e faam cartazes com cada um deles. O professor
conversar com a direo da escola para realizar uma exposio do trabalho realizado
colando os cartazes nas dependncias da escola. O trabalho proposto se relaciona com a
muiraquit presente na obra, assim como com a temtica de identidade cultural.

Objetivo da atividade 13: Promover a pesquisa e com isso fazer com que os
estudantes aprendam sobre aspectos culturais das mais variadas culturas, para assim
ampliarem a compreenso do conceito identidade nacional.

Avaliao:

Os alunos sero avaliados durante todo o bimestre, e no com uma
avaliao final. Como este plano visa que os alunos desenvolvam o pensamento crtico
e o interesse pela leitura, optamos por realizar a avaliao da seguinte maneira: o
professor no avaliar a qualidade dos textos produzidos pelos alunos, mas sim a
dedicao dos mesmos para com a disciplina. Assim sendo, a realizao (e entrega) das
atividades 3, 6, 7, 8, 9 e 11 valero um (1,0) ponto cada; a atividade 13 valer dois (2,0)
pontos e a participao nas discusses propostas nas demais atividades cobrir os dois
(2,0) pontos restantes.

Referencias Bibliogrficas:

ANDRADE, Mrio de. Macunama: Heri sem nenhum carter. So Paulo: Agir, 2008.
FORNACIARI, M. T. H. MACUNAMA, O HERI SEM NENHUM CARTER. Revista
Lumen et Virtus vol. II, n4, mai/2011. Disponvel em:
http://www.jackbran.com.br/lumen_et_virtus/numero4/PDF/MACUNA%C3%8DMA_
O%20HER%C3%93I%20SEM%20NENHUM%20CAR%C3%81TER.pdf
http://www.coladaweb.com/literatura/analise-de-obras/macunaima
http://karipuna.blogspot.com.br/2007/08/muiraquits.html
http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_mandrade_texto006.html

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy