Dança Circular
Dança Circular
Dança Circular
CAMPINAS
2005
i
ii
CAMPINAS
2005
iii
Membros:
1. Profa. Dra. Ctia Mary Volp
2. Prof. Dr. Jos Jorge de Morais Zacharias
3. Prof. Dr. Srgio Luiz Saboya Arruda
4. Profa. Dra. Elisabeth Bauch Zimmermann
5. Prof. Dr. Joel Sales Giglio
DEDICATRIA
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Joel Sales Giglio, meu orientador, que sempre com seu
bom humor me abriu caminhos, teceu comentrios preciosos e desculpou minhas
distraes e aes impensadas.
Profa. Dra. Zula Garcia Giglio que, com sua fora e carinho, abriu sua
casa e apoiou-me em difceis momentos pessoais, vividos durante a poca do
doutorado.
Profa. Dra. Catia Mary Volp, Profa. Dra. Elisabeth Bauch
Zimmermann, Profa. Dra. Regina Muller, pelos comentrios na banca de
qualificao.
s alunas do curso de Especializao em Arte-terapia da Unicamp,
que participaram deste trabalho.
Profa. Dra. Maria Augusta H. W. Ribeiro, companheira em alguns
cursos ministrados, responsvel por me abrir possibilidades junto Pedagogia da
Universidade Estadual Paulista (UNESP Rio Claro), e tambm pelas correes
de portugus.
Ao Prof. Dr. Valmor da Silva, da Universidade Catlica de Gois
(em Goinia), com pesquisas na rea de Bblia e literatura sagrada, pela coletnea
e envio das passagens bblicas que mencionam a dana, muitas das quais foram
por mim selecionadas para este trabalho.
Ao Prof. Dr. Antonio Carlos Simes Pio, do Depto. de Estatstica,
Matemtica Aplicada e Computao do IGCE/UNESP (Rio Claro), pelo tratamento
estatstico.
Aos funcionrios da UNICAMP - do Depto. de Psiquiatria: Andr Lus
Alcntara Goulart, Llian Cristina Gonalves, Mnica Ap. Cintra Garcia de Almeida;
da Ps-Graduao na pessoa de Mrcia Aguiar dos Santos; da Diretoria de Apoio
Didtico, Cientfico e Computacional da FCM: Elaine F. A. Corradello (reviso),
Rosana Eugnia Soares Elias Lugli e Slvia Auxiliadora de Lcio (editorao) por
ajudarem de alguma maneira a realizao deste trabalho.
ix
Profa. Dra. Maria Jos Ap. Hebling, ao Prof. Dr. Osvaldo Aulino da
Silva, que me incentivaram para o doutorado e ao Prof. Dr. Irineu Bicudo, que,
alm do incentivo, presenteou-me com sua prosa utilizada na introduo deste
trabalho.
Maria Carolina Moraes - querida amiga Lolita - pela sua valiosssima
presena na filmagem das danas e encaminhamento do vdeo.
Ao Prof. Enilton Silviano e ao Prof. Luiz Carlos Picca, pessoas especiais
na roda da minha vida, as quais, com carinho e admirao, estiveram sempre,
de alguma maneira ao meu lado.
Ao Prof. Gil Moreira Neto, mdico homeopata e amigo, presente em
preciosas horas e em momentos delicados, cuidando para que minha energia vital
no sucumbisse.
A Ana Maria Galro Rios, minha terapeuta sempre presente, mesmo
distncia, cuidando e apontando com seu jeito especial de ser, para minhas idias
e meu corao.
Ao Prof. Dr. Ivan Antnio de Almeida, querido amigo e primo,
que desde o projeto inicial deste trabalho esteve presente com seu carinho, apoio
e comentrios adequados.
Aos meus padrinhos, Maria Lgia Prado Almeida Brandt e Joo Batista
Brandt, que tantas vezes proporcionaram uma boa cama, uma boa mesa,
aconchego e carinho, quando me hospedaram em Campinas.
Ao meu tio, Wail Hebling, que com o brilho de admirao, nos olhos,
pelo meu trabalho, regado a alguns churrascos e peixes, alimentou o meu corpo e
a minha alma.
Ao Vicente Mrio da Fonseca, meu par neste momento na dana da
vida, que, muitas vezes entendeu e suportou os meus muitos momentos
estressantes, enquanto eu permanecia segundo suas palavras casada com a
minha tese e meu computador.
xi
xiii
xv
Foto nas montanhas de Rylla, Bulgria: dana circular sagrada focalizada por
Peter Deunov, Pan- Euritmia (1999 - arquivo pessoal da autora).
xvii
SUMRIO
Pg.
RESUMO......................................................................................................
xxxi
ABSTRACT..................................................................................................
xxxv
1- APRESENTAO....................................................................................
39
1.1- Justificativa......................................................................................
46
1.2- Pressupostos...................................................................................
49
2- OBJETIVOS.............................................................................................
51
53
53
3- REVISO DA LITERATURA...................................................................
55
57
62
64
71
87
89
religiosidade...................................................................................
93
100
105
108
123
130
134
137
xix
142
156
160
163
167
169
4- METODOLOGIA.......................................................................................
173
175
4.2- Procedimentos.................................................................................
178
4.3- Sujeitos.............................................................................................
179
179
180
184
185
187
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
201
207
xxi
209
209
211
213
214
216
218
220
222
224
226
6- CONCLUSO...........................................................................................
229
231
7- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................
235
8- OBRAS CONSULTADAS........................................................................
253
9- ANEXOS..................................................................................................
257
10- APNDICES...........................................................................................
333
xxiii
LISTA DE TABELAS
Pg.
Tabela 1 Inventrio de religiosidade.........................................................
200
203
204
xxv
205
LISTA DE QUADRO
Pg.
Quadro Sinptico
xxvii
207
LISTA DE FIGURAS
Pg.
Figura 01
46
Figura 02
Pintura em caverna..............................................................
72
Figura 03
74
Figura 04
Mozrabes em procisso.....................................................
82
Figura 05
84
Figura 06
85
Figura 07
86
Figura 08
93
Figura 09
99
Figura 10
105
Figura 11
109
Figura 12
Tripla espiral.........................................................................
112
Figura 13
113
Figura 14
Deusa da fertilidade..............................................................
114
Figura 15
116
Figura 16
117
Figura 17
119
Figura 18
130
Figura 19
138
Figura 20
Desenho
feito
por
senhora
durante
processo
de
depresso.............................................................................
139
Figura 21
163
Figura 22
165
xxix
RESUMO
xxxi
Resumo
xxxiii
ABSTRACT
xxxv
to
be
compatible
with
qualitative
research
proposal
within
phenomenological approach.
By the end of this study, modifications in body image, alteration in religiosity,
improvement in quality of life and the constellations of the Child Archetype, of the
Grand Mother Archetype and of the Feminine Archetype have all been ascertained.
Abstract
xxxvii
1- APRESENTAO
39
Apresentao
41
42
trabalho
de
SANDOR
internacionalmente
reconhecido.
43
Isso fez ainda mais sentido quando na minha formao tomei contato
com um grupo de pessoas que voltavam de um curso em Findhorn, na Esccia,
sobre Danas Circulares Sagradas e comecei a participar de vivncias com tais
danas no Instituto Sedes Sapientiae em So Paulo.
Percebi que estas danas alteravam o meu tnus corporal: minha
postura melhorava, minha disposio fsica aumentava; meu estado emocional se
alterava - ficava mais alegre e mais calma, e que algumas delas me tocavam
numa profunda emoo de maneira a me deixar ligada num estado mais sensvel
e perceptvel a algo mais profundo e denso como se tocasse algo sagrado, ou
como se os gestos e passos presentes nas danas favorecessem um contato com
uma dinmica diferente, mais espiritual. Desde ento continuei eventualmente
danando, fazendo cursos na rea, tentando entender o que ocorria.
Aps a minha defesa de mestrado, em 1999, procurei o Prof. Dr. Joel
Sales Giglio relatando-lhe o meu interesse em aprofundar os conhecimentos sobre
este tema, propondo um grupo de vivncia e pesquisa interligando este assunto
nas reas de Sade Mental, Psicologia e Religio. Para minha alegria e realizao
ele considerou o tema interessante e aceitou a orientao do meu projeto de
doutorado.
A religiosidade, a msica, o cantar e o danar sempre esto presentes
em minha vida.
A dana da vida me apresentou surpresas diversas, entre elas o fato
de, na Sexta-Feira Santa de 2001, na Igreja Luterana em Rio Claro - SP, aps a
audio de piano de um amigo de infncia - Douglas Guarnieri Rodrigues Apresentao
44
conhecer aquele com quem eu convivo nas danas de salo, nas da fora, nas do
amor, nas da compaixo, nas das emoes da vida e nas tentativas de viver a
alegria, sempre, a despeito das adversidades: meu companheiro, Vicente Mrio da
Fonseca.
A msica, as danas, o sagrado, o mistrio tem revelado-se uma
constante em minha vida e sou agradecida a Deus por isso tudo.
Em outubro de 2003, em So Paulo, durante uma vivncia de Danas
Circulares Sagradas com Marie Gabriele Wosien (Foto 1) - me das danas
sagradas - pessoalmente comuniquei a ela o desenvolvimento de minha tese de
doutorado sobre estas danas, conforme pode ser registrado pela foto a seguir,
desta autora Lcia Helena ( esquerda) e Marie Gabriele ( direita):
Apresentao
45
1.1- Justificativa
Quem possui a cincia e a arte
tem tambm a religio.
(Goethe)
46
senso comum, o corpo costuma ser lembrado por questes estticas, mas isso
no significa que vivido e percebido de uma maneira melhor, mais integrada
(ALMEIDA, 1999).
O nosso corpo e a nossa vivncia corporal no so alvos de uma atenta
e cuidadosa observao em nosso dia-a-dia, pois na inquietude da vida moderna
nos questionamos, pensamos, corremos com nossas tarefas dirias, e no nos
apercebemos de nosso corpo. Quando o corpo reclama a sua vitalidade, isto ,
quando adoecemos e/ou nos cansamos, que costumamos nos aperceber dele
(ALMEIDA, 1999).
Na viso de Jung a psiconeurose pode ser o sofrimento de uma alma
que no encontrou o seu sentido, e a religiosidade uma manifestao necessria
ao ser humano (JUNG, 1991).
Poderamos, quem sabe, com a prtica das danas circulares sagradas,
nos apercebermos do sagrado, do sentido que damos s nossas vidas, e
encontrarmos ainda mais uma maneira de manifestarmos a nossa religiosidade?
Creio que sim, e espero que este trabalho colabore para esta reflexo.
O Dr. Petho Sandor sempre dizia, a seus alunos, uma frase que se
tornou clebre: - Faa!... Depois me conte. Ento, estou fazendo e vou contando.
Venho aliando a aplicao de desenho livre no consultrio e as tcnicas
de Sandor - a sua Terapia do Toque Sutil.
A Terapia do Toque Sutil conhecida no Brasil como Psicologia
Organsmica, pois Sandor assim a denominava muitas vezes nas suas aulas
informalmente (DURAN, 1997; ALMEIDA, 1999).
Fui percebendo que a vivncia de um trabalho corporal, por meio de
uma tcnica de relaxamento - no importando qual a tcnica, poderia trazer uma
maior conscincia corporal e psquica, modificando a imagem corporal, e que isto
poderia ser verificado nos desenhos (ALMEIDA, 1999).
Acreditar que tambm a prtica das danas circulares sagradas possa
modificar a imagem corporal das pessoas que a vivenciam, e que isto tambm
possa ser constatado em desenhos feitos, antes e depois dessa prtica
(das danas circulares sagradas), estimulou-me a realizar este trabalho.
Apresentao
47
qual
movimentos
propositais
coordenados
so
NASH, (1983), apud WILLIAMS, H. G. Perceptual and motor development. New Jersey: Prentice Hall Inc.,
1983.
Apresentao
48
1.2- Pressupostos
Diante das consideraes feitas acima, os pressupostos deste trabalho
so:
(1) que a prtica das danas circulares sagradas modifica a imagem corporal e a
conscincia de si mesmo, e que isto poder ser constatado utilizando-se a
observao e anlise de desenhos; e
(2) inferir, acreditar no fato de estar promovendo na pessoa que participa das
vivncias com as danas circulares sagradas, a possibilidade de uma melhora
na qualidade de vida que repercutir na sua sade mental, levando o
indivduo a uma condio mais plena consigo mesmo e mais harmoniosa com
o coletivo.
Apresentao
49
2- OBJETIVOS
51
Objetivos
53
3- REVISO DA LITERATURA
55
57
SHADEN, (1986), apud PELLEGRINI FILHO, A. Danas folclricas. So Paulo: Esperana, 1986.
HANNA, (1979), apud DEUTSCH, S. Msica e dana de salo: interferncias da audio e da dana nos
estados de nimo. So Paulo, 1997. (Tese - Doutorado - Universidade de So Paulo).
Reviso da Literatura
58
as
idias
de
fluxo
refluxo,
opostas,
complementares,
Reviso da Literatura
59
Reviso da Literatura
60
61
MURRAY, (1989) apud GUDMUNDSON, J. E. An update on States' dance curricula: North Dakotta. Jofherd,
6(5):50-51, May/Jun. 1989.
Reviso da Literatura
62
63
64
Reviso da Literatura
65
Reviso da Literatura
66
67
Reviso da Literatura
68
em
ELIADE
Reviso da Literatura
69
necessrio
em
nossos
dias,
mesma
compreenso
do
homo religious.
BERNI (2002) diz que o homem religioso o homem integral, holstico
por excelncia... identificado com o Todo, holos. O autor admite que precisamos
nos aproximar deste aspecto orientador do homo religious de uma maneira
ntima, de modo a se vivenciarem seus referenciais, para assim, melhor
apreend-lo (p. 148).
Aproveitamos para ressaltar o que realmente acreditamos e esperamos
verificar neste trabalho:
(1) Ao danar as danas circulares sagradas, com um conhecimento sobre os
seus simbolismos, estaremos de alguma forma restaurando algum significado
em nossas vidas.
(2) Ao atribuir aos passos nas danas sagradas um significado, o danar poder
levar as pessoas que participam das danas a perceber a comunho com algo
divino, transcendente, metafsico.
(3) Ao observar cuidadosamente estas questes, abre-se uma porta, uma
dimenso, uma iniciao em direo a um homem menos fragmentado, menos
materialista, menos mecanicista, contribuindo para uma outra viso acerca da
espiritualidade e do sagrado, e,
(4) ao promover na pessoa que vivencia este tipo de dana, a possibilidade de
uma melhora na qualidade de vida que repercutir na sua sade mental,
levando ao indivduo uma condio mais plena consigo mesmo e mais
harmoniosa com o coletivo.
Reviso da Literatura
70
71
BOUCIER
considera
esta
composio
com
figura
data
(2001)
uma
incerta,
72
Reviso da Literatura
73
74
danas
religiosas,
dramticas,
funerrias
guerreiras.
Reviso da Literatura
75
76
Reviso da Literatura
77
Reviso da Literatura
78
un
cierto
animismo,
pues
el
mundo
entero
se
Reviso da Literatura
79
Reviso da Literatura
80
Em Limgenes, na Frana, na partida dos Cruzados, em 1215, danouse a carola com alegria; h ainda a carola na noite de Pscoa em algumas igrejas
de Paris (BOUCIER, 2001). Em Limgenes, at o sculo XVII, danava-se no coro
da catedral para Saint Martial: Saint Martial, roga por ns e danaremos para ti
(BOUCIER, 2001, p. 49); at metade do sculo XIX, os sacerdotes e o povo
danavam em volta do coro de So Leonardo (tambm em Limogenes, Frana,
conforme LIFAR, s/d).
Na Idade Mdia - 465 d.C. at 1453 - a Idade das Trevas - as danas
passam a ser consideradas ritos de orgia, e o culto ao corpo passa a ser
considerado como pecado. Em funo de uma forte influncia da autoridade
eclesistica, as danas tornam-se proibidas (MENDES, 1987).
As danas tambm foram importantes no rito gnstico cristo do
sculo III. Tiveram importncia nos sculos XVII e XVIII na liturgia espanhola que
ainda as conserva em Toledo e Sevilha, e tambm encontramos resqucios destas
danas na liturgia ortodoxa (MENDES, 1987).
Constatamos
Por So Isidoro de Sevilha... que era costume que os
estudantes celebrassem as bodas com danas e cantos, com
acompanhamento
instrumental,
que
nos
sugere
um
PROFANA
MEDIEVALES.
In:
EN
LOS
PREHISTORIA.
PRIMEROS
Flamenco
Reviso da Literatura
81
SIGLOS
-
Msicas
Os mozrabes (do rabe musta'rab, arabizado - de origem rabe) eram os conhecidos cristos que viviam sob a dominao muulmana na regio
de Andaluzia.
Encontramos tambm, ainda hoje, em Toledo, a antiga prtica das
missas mozrabes nas quais se dana no coro, na nave da igreja (LIFAR, s/d,
p. 24). Aps a missa os mozrabes saem em procisso pelas ruas (FIGURA 4):
82
83
Esta comunidade radicada no Brasil, oriunda dos pases do Oriente Mdio entre
eles Turquia, Sria, Lbano, Iraque, Palestina e Jordnia, mantm a tradio na
celebrao de Pscoa de executar uma procisso ao redor da igreja, como
referncia s danas sagradas realizadas em tempos antigos. uma das
lembranas do cristianismo primitivo. Tive a oportunidade de participar deste
bonito ritual em algumas celebraes da Pscoa nesta igreja.
Entre os hebreus a dana tambm se faz presente.
Na Bblia existem diversas passagens de louvor a Deus com danas.
Citarei isso mais adiante, com um destaque especfico.
Posteriormente, a dana ressurge no Renascimento para expressar o
conceito de beleza, de harmonia entre o corpo e o esprito.
Inicia-se a preocupao com a coreografia na dana e o senso esttico
presente nas roupas - que eram distintas entre os camponeses e os nobres.
Comea na corte um ensino especfico que leva ao aperfeioamento dos
movimentos, tornando complexo o seu aprendizado dando origem ao ballet e aos bailados (ELLMERICH,
1964). Temos o incio da teoria da dana e o ensino
da dana a partir do sculo XV (SACHS, 1943).
Com este desenvolvimento deixa-se de dar
importncia ao rito. A dana tornou-se complexa e foi
envolvendo
estudos
especficos.
Executada
por
Assim
sendo,
dana
rito
seguem
Reviso da Literatura
84
No grande ritual Krikati - o WuT que chega a durar quatro meses tambm h a presena de danas para os homens e para as mulheres. Esse ritual
guerreiro, revigora a identidade tnica, a auto-imagem e a auto estima deste
povo que habita o serto e o sudoeste do estado do Maranho (BARROS, 1999,
p. 54).
Reviso da Literatura
85
Reviso da Literatura
86
Reviso da Literatura
87
88
- Amm!
Tudo cuja natureza seja danar [que dance].
- Amm!
Quem no dana, no sabe o que est sendo feito.
- Amm!
(...) E agora responde ao Meu danar!
Veja a ti mesmo em Mim que falo;
E vendo o que fao, Guarda silncio sobre os Meus Mistrios.
Danando compreende o que Eu fao...
(grifos da autora) (MEAD, 1994, p. 33-40)
Reviso da Literatura
89
Aleluia!
Louvai a Deus no seu santurio,
Louvai-o na fortaleza do seu firmamento.
Louvai-o por suas proezas;
Louvai-o por tanta grandeza.
Louvai-o com toques de trompa;
Louvai-o com harpa e ctara;
Louvai-o com tambor e dana
Louvai-o com cordas e flautas;
Louvai-o com cmbalos sonoros;
Louvai-o com os cmbalos da ovao.
Que tudo que respira louve o Senhor!
Aleluia!
(grifo da autora)
90
Reviso da Literatura
91
92
Reviso da Literatura
93
perenidade
do
fluxo
da
fonte.
crculo
94
cuidadosas
de
se
mostrarem
mais
belas
no
Reviso da Literatura
95
96
histrico, pois esta ciso rompeu o elo que ligava as civilizaes s suas origens
e retirou do homem a comunho de substncia que havia entre ele e as foras
csmicas; e como esta trajetria se tornou irreversvel, cabe ao homem moderno
o desafio de resgatar atravs de si mesmo o elo perdido com as foras
primordiais (p.2).
ELIADE (s/d b.) mostra que em nossa sociedade urbana, ps-industrial,
no h espao suficiente para os rituais religiosos, e que estes, por sua vez,
trariam uma expresso maior de nossos smbolos.
O homem contemporneo vtima de sua sociedade de consumo, de
seu
processo
de
industrializao,
este
(homem
contemporneo)
exalta
97
98
(WOSIEN, 1996). Percebemos, tambm, a sensibilidade, a emoo, a comoo coisas que esto sendo perdidas no nosso dia-a-dia, na nossa realidade virtual e
tecnolgica, e que precisam ser retomadas, recuperadas.
Isso precisa ser experimentado, vivenciado.
Podemos fazer isto: ressignificar a vida buscando o sagrado.
Podemos buscar isso por meio das danas circulares sagradas; estas
podem ser um caminho, uma maneira de nos aproximarmos do Divino.
Podemos voltar a sentir a sacralidade de nosso mundo, perceber o
sagrado presente muitas vezes em pequenos gestos, no nosso mundo simblico.
Afinal, como bem nos lembra ELIADE (1976), tambm apontado por
BERNI (2002): o homo faber, o homo ludens, o homo sapiens e o homo religious
possuam a mesma qualidade e grandeza.
No ser isso o que ainda buscamos quando, tantas vezes, muitos de
ns ritualizamos as comemoraes do Ano-Novo indo praia e pulando sete
ondas?...
Ou
quando
damos
danarinos
com
os
de
Arte
Londres
99
Reviso da Literatura
100
animais
pela
sua
capacidade
de
101
E por qu?
Porque o homem possui conscincia, e uma contnua ampliao da
conscincia - sua tarefa metafsica - faz do homem o nico ser capaz de perceber
seus sentimentos e dar sentido s coisas.
E para qu?
Acreditamos que para o homem atribuir significados aos seus gestos,
ressignificar a todo instante a sua vida, propiciar a cura de seu corpo e de sua
psique. Entendendo aqui a palavra significado no de maneira abstrata
relacionada ao signo ou representao, e sim na maneira apontada por EDINGER
(1989). Para este autor significado refere-se a um estado psicolgico que traz luz a
uma vida, uma experincia profunda e significativa, carregada de afeto,
sentimentos, emoes. O significado percebido de maneira subjetiva, viva que
nos pe em relao orgnica com a vida como um todo. Sonhos, mitos, ritos,
manifestaes artsticas transmitem essa sensao de significado subjetivo e
vivo (EDINGER, 1989, p. 156).
Para que o homem possa buscar a si mesmo, estar atento ao seu
centro interior: self ou si mesmo, necessrio tornar-se aquilo a que veio para
ser no seu processo de individuao (SANDOR, 1991).
O processo de individuao, na perspectiva junguiana, seria como um
acordo entre a semente inata da totalidade e o destino com suas circunstncias
externas, com a interveno de alguma fora suprapessoal... o Grande Homem
que vive em nosso corao, e nos guia atravs do inconsciente de acordo com
um desgnio secreto (VON FRANZ, s/d, p. 162).
De acordo com GIGLIO (1996, p. 4) Jung entende a religio como uma
forma de acesso ao nosso centro interior profundo - o self... que seria o elemento
de integrao entre o consciente e o inconsciente, entre o Divino e o Ego.
JUNG (1988) ressalta em sua obra o quanto a Psicologia se defronta
com o problema religioso: quais as relaes entre psicologia e religio, discorre
sobre o sagrado e o a existncia de uma funo religiosa no inconsciente,
Reviso da Literatura
102
JUNG, em grande parte de sua obra, cita Rudolf Otto - filsofo e telogo
protestante (1896-1937), e influenciado por ele. JUNG (1988, p. 3) entende a
religio como uma acurada e conscienciosa observao do que Rudolf Otto
chamou de numinoso, uma existncia ou um efeito dinmico no causado por um
ato arbitrrio, a propriedade de um objeto visvel, ou o influxo de uma presena
invisvel, que produzem uma modificao especial na conscincia.
Esta categoria que OTTO (1985) chamou de numinosa ou o numinoso,
somente pode ser percebida encontrando o ponto onde ela surge e se torne
consciente (p.12); isto , o Sagrado tem que ser obrigatoriamente vivido
intimamente para que seja compreendido (BERNI, 2002, p. 129).
OTTO (1985) define os diferentes sentimentos que possibilitam a
identificao do numinoso: a) o sentimento de criatura; b) o sentimento de temor;
c) o mistrio que faz tremer; d) o temor, a majestade e a energia; e) o fascinante.
Reviso da Literatura
103
Reviso da Literatura
104
regio
movimento,
do
umedece-o,
ar
os
aquoso
ventos
zoomrficos mantm-no
em rotao, e a camada
de ar inferior desperta a
natureza. A terra o
cubo da roda do mundo,
cujos raios cruciformes
representam as quatro
estaes e as quatro
partes
do
cosmos
Reviso da Literatura
105
WAHBA, L.L. apud ALMEIDA (1999) Conscincia de si atravs da vivncia corporal. So Paulo, 1982.
Dissertao (Mestrado - Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo).
Reviso da Literatura
106
processo de individuao, pode muitas vezes tornar-se doente; a sua doena pode
assumir um sintoma fsico - no corpo - ou mental - na psique ou mesmo em
ambos: corpo e psique.
Reviso da Literatura
107
que
nosso
corpo,
matria
realizada
de
uma
108
tambm
sagrada,
como
receptculo
dos
mortos.
Com
exemplo,
temos
deusa
Reviso da Literatura
109
110
Os arqutipos so
formas de apreenso, e todas as vezes que nos deparamos
com formas de apreenso que se repetem de maneira uniforme
e
regular,
temos
diante
de
ns
um
arqutipo,
quer
Reviso da Literatura
111
Um exemplo disso a
Tripla Espiral (FIGURA 12) do
Templo
da
New
Grange,
na
do
milnio
a.C.
um local de monumentos de
rituais pr-histricos e tmulos do
perodo Neoltico. A espiral um
padro
bsico
encontrado
em
de
movimento
muitas
danas
STEINER (1974) diz que a dana possui uma origem espiritual, e que
sua tarefa desenhar o seu impulso e sua fora criativa, conforme essa origem.
Este autor assinala ainda que a dana poderia ser considerada como uma
expresso divina no estmulo humano, por meio do movimento do corpo e que a
arte do movimento tambm uma experincia do esprito (p. 5 - 12).
Reviso da Literatura
112
FIGURA 13- foto de dana com movimento em espiral (arquivo pessoal da autora):
Esta autora afirma ainda que em suas origens as artes eram religiosas
e seus impulsos e direes vinham dos grandes centros de mistrio, onde uma
relao consciente com o mundo espiritual e seus poderes divinos era cultivada
(STEINER, 1974, p. 27).
Os povos primitivos expressavam pelos movimentos e gestos suas
crenas e valores; por meio das suas danas comunicavam sua religiosidade,
organizavam sua postura perante o divino, ao transcendente e tambm perante o
seu mundo de trabalho. Isso infelizmente foi esvaziado na nossa sociedade
moderna (WOSIEN, s/d).
Acreditamos, baseados em nossas observaes e experincias, que
por meio da dana podemos vivenciar muitas emoes sem o recurso da palavra;
a dana se torna extremamente simblica por meio de imagens, gestos,
representaes que exprimem muita riqueza e vitalidade.
Reviso da Literatura
113
imagens
podem
ser
simblicas
verificadas
de
carter
nas
danas
114
principalmente
no
Glolshan-i-Raz
(Rosal
dos
Reviso da Literatura
115
Kircher,
Obeliscus
116
em
forma
de
de
Cristo.
Westphalian
117
Reviso da Literatura
118
Figura 17- Foto da autora exemplificando maneira de assinalar o centro do crculo na dana
circular
Reviso da Literatura
119
Reviso da Literatura
120
13
STEWART, I. J. Sacred Woman, Sacred Dance. Rochester, Vermont, Inner Traditions, 2000
Reviso da Literatura
121
Reviso da Literatura
122
123
124
125
Reviso da Literatura
126
As danas circulares sagradas - como um movimento (BERNI, 2000) chegam ao Brasil por meio de Carlos Solano Carvalho, que morou na comunidade
de Findhorn por seis meses em 1984, e teve na comunidade de Nazar em
Nazar Paulista - SP, um dos primeiros focos de difuso das mesmas.
Em 1992, Renata Carvalho Lima Ramos participou de uma Semana de
Experincia em Findhorn com as Danas Circulares Sagradas. Tocada
profundamente por esse trabalho (em relato pessoal autora), retorna Esccia
em 1993 e participa de um treinamento formal com Anna Barton; em 1994 inicia
seu trabalho de divulgao das Danas, dando cursos e editando livros sobre o
assunto.
No perodo de 1993 a 1995, Glucia Castelo Branco Rodrigues dedicouse a ensinar danas circulares sagradas - algumas indgenas - para um grupo de
pessoas ligadas ao curso de Cinesiologia do Instituto Sedes Sapientiae em So
Paulo. Maria Cristina Bonetti tambm ministrava cursos e vivncias nesta poca,
sobre este mesmo assunto no curso de Educao Fsica da Universidade Federal
de Educao Fsica de Gois (ESEFFEGO), levando tambm ao planalto central a
pessoa de Marie Gabriele Wosien.
Em 1995, Carlos Solano (Belo Horizonte, MG), Sirlene Barreto
(Salvador, Bahia), Renata C. L. Ramos (Editora TRIOM - So Paulo, SP) e Glucia
Castelo Branco Rodrigues (Universidade Anhembi-Morumbi - S. Paulo, SP),
trazem Anna Barton para a realizao de cursos no Brasil, nos diversos estados
acima citados.
Reviso da Literatura
127
128
Reviso da Literatura
129
FIGURA 18- da esquerda para direita, temos: Luciana Esmeralda Ostetto, Luiz
Eduardo Valiengo Berni, Marie Gabriele
Wosien, e esta autora - Lcia Helena
Hebling Almeida - em curso ministrado
por Marie Gabriele Wosien, em junho de
2003.
Reviso da Literatura
130
rpido,
lento,
brusco,
suave,
rgido,
diludo,
curto,
argo;
HDOUBLER, (1986), apud INGRAM, A. Philosophical discusson of where dance belongs in higher education
(USA). In: 8 COMMONWEALTH AND INTERNATIONAL CONFERENCE ON SPORT, PHYSICAL
EDUCATION, DANCE, RECREATION AND HEALTH, Glasgow, 18-23 jul., 1986. Dance: the study of dance
and the place of dance in society. London, E. & F. N. Spon, 1986, pg 194-203.
Reviso da Literatura
131
influir
desenvolvimento,
positivamente
no
no
autoconceito,
nvel
na
de
maturao,
auto-estima,
crescimento,
autoconfiana
na
132
Reviso da Literatura
133
15
STEINER, apud WOLFF, O.; HUSEMANN, F. A imagem do homem como base da arte mdica.
So Paulo: Associao Ben eficiente Tobias, 1984.
Reviso da Literatura
134
(2000)
faz
um
interessante
histrico
do
uso
da
135
em
diversas
comunidades,
com
uma
caracterstica
um
fonoaudiologia
campo
de
foras
terapia
de
ocupacional...
grande
poder
de
Reviso da Literatura
136
Psiquiatria
tambm
passaram
ter
137
Reviso da Literatura
138
139
indivduo projeta sobre o papel aquilo que ele sente, seus conflitos, medos,
angstias e a imagem que tem de si mesmo (ALMEIDA, 1999).
A doena somtica e sua expresso simblica foi observada e
analisada por RAMOS (1994) que tambm utilizou desenhos com seus pacientes.
ALMEIDA (1999) faz um apanhado de diferentes autores que estudam o
desenho como tcnica projetiva: LOWENFELD e BRITTAIN (1970), DUARTE
JNIOR (1988), MACHOVER (1949), OLIVEIRA (1978), MORGENSTERN (1978),
ANNA FREUD (1978), OCAMPO (1981), CAMPOS (1986), KOTKOV E
GOODMAN (1986), DI LEO (1987) READ (1955), SILVEIRA (1981).
Destacamos SILVEIRA (1981), pioneira com seu trabalho baseado em
Jung no Brasil, apresentando casos de esquizofrnicos e psicticos de um hospital
psiquitrico, que realizavam trabalhos num atelier de pintura sob sua
responsabilidade. Segundo a autora o desenho possibilita uma distncia do
contedo invasor do inconsciente. Assim, com o uso de desenhos (entre outras
tcnicas expressivas) percebiam-se melhoras no quadro clnico, melhora no
relacionamento interpessoal e at um interesse pelos estudos.
Na verdade, o processo artstico em si apresenta elementos que podem
ser considerados teraputicos. O acesso subjetividade do indivduo funciona
como canal mediador entre mundo interno e mundo externo. O valor teraputico
no est na obra de arte enquanto produo final, e sim no processo artstico que
expressa essa subjetividade e permite a elaborao de conflitos intrapsquicos
(GIGLIO, 1994).
Acrescentamos LEO (2000), que tambm trabalhou com desenhos
como tcnica projetiva numa anlise de contedo dos mesmos e anlise dos
aspectos formais, para investigar transformaes ocorridas em sujeitos perante a
aposentadoria.
Relacionando o uso de desenhos com a dana, destaco o trabalho de
ZIMMERMANN (1992), que utilizou o que denominou de dana meditativa e
tambm associou a dana meditativa ao desenho livre em atendimentos, num
enfoque junguiano.
Reviso da Literatura
140
autores,
tais
como
BONILHA
(1974),
FARAH
(1995),
16
141
142
nosso corpo, que o sentido da vida. Por meio deles e de maneira misteriosa o
homem se liga ao mundo.
Encontramos idia semelhante em MORAIS (1992): Nossos corpos
so, antes de tudo, o nosso primeiro e mais fundamental mistrio. Somos e no
temos um corpo... E o corpo apresenta claramente uma conscincia e uma
sabedoria que no precisam de raciocnios (p. 80).
Para STEINER (1988) a doena um problema espiritual - o que ocorre
no organismo nada mais do que a conseqncia do que ocorreu nos planos
superiores anteriormente; curar reconciliar estes planos. Segundo este autor, os
primrdios da profisso mdica encontravam-se no campo religioso. O mdico era
o mediador entre esprito e matria, entre o mundo terreno e o divino, e o
administrador das foras curativas que tinham uma origem divina.
A idia de doena, de cura e o papel do curador foi-se modificando ao
longo dos tempos.
Para o homem primitivo, subjugado pelas foras da natureza, o que
explicava a sua realidade era o invisvel e no o material. Almas e espritos
animavam todas as coisas vivas da natureza, isto , todas as coisas tinham alma;
chamamos isto de animismo ou filosofia animista (SHELDRAKE, 1993). Havia uma
totalidade: o homem e a natureza eram um s. O transcendente encontrava-se
na natureza e a medicina respeitava o espiritual.
O curador - o xam, o curandeiro, mago - que era o homem da
medicina, mediava o cosmos e o doente. O curador tinha mais uma atitude de
superviso dos acontecimentos, pois a cura vinha dos cus, dos deuses
(GARRISON, 1966).
Os sumrios, assrios, caldeus, persas, babilnicos comeam a
descrever uma classificao e teraputica para as doenas e usavam a inspeo
das vsceras, urina e fgado para prever o futuro. Existem modelos em terracota
datados de aproximadamente 3000 anos com inscries profticas. A astrologia,
os eventos da natureza, metereolgicos e astronmicos, eram considerados no
diagnstico e prognstico das doenas em 1185 a.C. (GARRISON, 1966).
Reviso da Literatura
143
Reviso da Literatura
144
Reviso da Literatura
145
EURPEDES, apud BURKERT, W. Religio grega na poca clssica e arcaica. Lisboa, Fundao
Calouste Gulbenkian, 1993.
Reviso da Literatura
146
curatela;
enfim
aes
para
melhorar,
proteger,
obtendo
uma
PLATO, apud LIFAR, S. La Danza. Buenos Aires: Ediciones Siglo Veinte, s/d.
Reviso da Literatura
147
ele acreditava ser um dos livros sagrados perdido - O Livro Hermtico de Thot
(Hermes Trimegistus), deus da medicina (como Apolo na Grcia) (GARRISON ,
1966).
A religiosidade permanece no direcionamento de determinados deuses
para a cura: Apolo com suas flechas trazia as epidemias e pragas para a
humanidade, mas podia cur-las tambm, bem como Esculpio. Havia os templos
para a cura como os de Cs, Epidauro, Cnido, Prgamo, e Delfos, onde os
pacientes eram purificados com banhos, massagens e onde muitas vezes
permaneciam, para que seus sonhos e dos mdicos-sacerdotes que deles
cuidavam fossem interpretados.
O paciente era levado at a parte mais interna do templo chamada
baton, e aguardava seu sonho de cura onde o prprio deus Apolo tocava a parte
doente efetuando a cura; o deus muitas vezes aparecia na forma de uma
serpente, que simbolizava a renovao da vida. O basto de Esculpio possui
uma serpente enrolada em torno de si, simbolizando transcendncia e
renascimento (GROESBECK, 1983).
A serpente era considerada sagrada e protetora da cura no s para os
gregos, como tambm para os egpcios, os cretenses, os hindus, e os judeus.
Na Grcia clssica, os quatro elementos, o fogo, a gua, a terra, e o ar,
esto presentes na teoria dos humores de Hipcrates (460-377 a.C.). Para
Hipcrates a bile amarela, bile negra, sangue e fleuma, respectivamente, fogo,
terra, gua, e ar so humores que predominariam em determinada estao do
ano, isto , vero (bile amarela), outono (bile negra), primavera (sangue) e inverno
(fleuma). Estes humores influenciam o temperamento das pessoas que variavam
entre o colrico, raivoso (irado), melanclico, fleumtico.
Nesta cultura o corao era a sede da alma, contudo respectivamente
havia tambm uma atitude mais racional, orientada para a causalidade: os
mtodos
de
observao
tratamento,
comeavam
(RAMOS, 1994).
Reviso da Literatura
148
ser
valorizados
149
Reviso da Literatura
150
151
Reviso da Literatura
152
as
reflexes
humanas
desde
advento
da
interessam
terapeutas
freqentemente
defrontam-se
com
153
experimentais.
Assim
sendo,
verificamos
um
processo
de
154
Reviso da Literatura
155
Reviso da Literatura
156
19
GSSWEINER, V; PFEIFER, C.; RICHTER, R. Quality of life and social quality. Osterreichische institu fr
familienforschung (OIF). 12:2-5, 2001.
20
GSSWEINER, V; PFEIFER, C.; RICHTER, R. Quality of life and social quality. Osterreichische institu fr
familienforschung (OIF). 12:2-5, 2001.
Reviso da Literatura
157
158
Reviso da Literatura
159
de
critrio,
validade
concorrente
fidedignidade
teste-reteste,
(2004)
realizou
um
estudo
com
558
estudantes
Reviso da Literatura
160
arqutipo
possui
um
dinamismo
prprio
que
determina
Reviso da Literatura
161
162
163
por
exemplo,
Demter
Core),
Sofia
tipo
Cibele-tis,
ou
enquanto
filha-amada
Reviso da Literatura
164
que
durante
certas
danas
Reviso da Literatura
165
Reviso da Literatura
166
Reviso da Literatura
167
quantidade de energia que o ego tem disposio, para canalizar a sua ao.
H nveis nos quais a vontade no consegue operar, por exemplo, no inconsciente
coletivo; pode-se com a vontade lembrar o que se fez antes, ou com algum
esforo lembrar algo do passado.
o ego que faz com que possamos refletir sobre ns mesmos, ele o
centro e causador de tomadas de deciso, ao e escolhas pessoais. O ego
tambm um complexo - complexo de identidade, cujos elementos mentais se
apiam nos cinco sentidos. A conscincia e o ego dependem um do outro e o ego
apenas o centro do meu campo de conscincia.
Jung utiliza o termo ego-conscincia para mostrar o quanto a nossa
conscincia parcial, pois no estamos conscientes de tudo o que nos acontece e
no conseguimos registrar tudo ao mesmo tempo. A conscincia s se apercebe
de um fenmeno por vez, h uma alternncia da conscincia: eu leio o jornal,
escuto msica e desvio de uma cadeira na minha sala; d a impresso que tudo
ao mesmo tempo, mas no . A minha conscincia s se apercebe de uma coisa
de cada vez, isso me d uma falsa noo da seqncia dos eventos.
Para Jung a conscincia emerge do inconsciente, ento o inconsciente
existe desde o nascimento, mas a conscincia, o ego, vai-se formando no decorrer
de sucessivos estgios (NEUMANN, 1990).
O Self o ncleo arquetpico do ego, o sujeito da totalidade.
O Self pode ser comparado com um centro de energia que levar
realizao de uma personalidade, cujo potencial nos dado a priori. Isso significa
o desenvolvimento mximo do ser humano, no no sentido da perfeio, mas sim
no sentido da plenitude. Todo indivduo tem para Jung, a possibilidade nata de
atingir uma inteireza (WHITMONT, 1990).
Em outras palavras, eu - o meu ego deve ao menos tentar perceber
mais profundamente o que de certa forma a vida prope a mim, e como eu devo
proceder para que esse desenvolvimento ocorra.
Reviso da Literatura
168
Reviso da Literatura
169
as
permanentes,
construes,
eram
fossem
circulares
em
elas
temporrias
sua
grande
ou
maioria.
da
serpente
que
Reviso da Literatura
170
morde
prpria
cauda...
171
4- METODOLOGIA
173
175
Metodologia
176
177
4.2- Procedimentos
A pesquisa envolve aspectos tericos e prticos, e a prtica requer,
portanto, a montagem de um grupo de pessoas dispostas a participar de vivncias
- aulas de danas circulares sagradas por um determinado perodo, bem como a
disposio das mesmas para que observem, registrem e relatem suas
experincias em torno disso.
Em maio de 2002 foi divulgado no curso de Especializao em
Arte-Terapia da Unicamp a criao de um mdulo de vivncia em danas
circulares sagradas num total previsto de nove encontros com a durao mdia
de cinqenta minutos, uma vez por semana, em horrio e local a ser estabelecido,
a partir de agosto de 2002 com trmino previsto para novembro de 2002.
Aps esta divulgao pedimos s pessoas interessadas em participar,
que assinassem uma lista com nome, telefones e e-mail para contato, a fim de
marcarmos antecipadamente os testes da pr-avaliao, cujos trabalhos tiveram
incio em 6 de agosto de 2002.
Inicialmente
14
pessoas
do
sexo
voluntariamente.
Informamos a esta populao que tal mdulo se tratava da parte
experimental da pesquisa de doutorado que denominamos Programa de
Vivncias com Danas Sagradas - Qualidade de Vida e Religiosidade.
Informamos, ainda, que os resultados seriam divulgados fossem eles
favorveis ou no pesquisa, que o projeto no apresentaria riscos ou prejuzos
s pessoas participantes, e que os aspectos ticos de sigilo seriam respeitados.
Metodologia
178
4.3- Sujeitos
Uma mostra de convenincia com dez pessoas do sexo feminino com
curso superior completo e que faziam o curso de Especializao em Arte-terapia
na UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), com idade variando entre
25 a 54 anos.
Metodologia
179
Metodologia
180
delineamento
da
pesquisa
tambm
levou
em
conta
cinco
buscando-se
um
procedimento
adequado
para
anlise
Metodologia
181
fsico,
psicolgico,
nvel
de
independncia,
relaes
sociais,
182
Metodologia
183
Metodologia
184
185
em
processo
psicoterpico,
no
necessitando
encaminhamento
especfico.
187
5.2.1- Sujeito 1
SUJEITO 1 - 44 ANOS
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM
PSICOLGICA
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Percebe-se no relato:
alteraes no estado
emocional
(humor,
prazer,
entusiasmo,
euforia).
Ganho
Intra-Psquico.
Melhora na interao
com o outro.
Socializao.
Melhora na disposio
fsica.
Disposio
fsica.
5.2.2- Sujeito 2
SUJEITO 2 - 34 ANOS
RESPOSTAS AO QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho Intra-Psquico.
Socializao.
Disposio fsica.
Mobilizao interior e
maior motivao.
Motivao.
Percepo/Conexo
com o sagrado.
5.2.3- Sujeito 3
SUJEITO 3 - 51 ANOS
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Ligao intra-psquica
natureza.
com
Ampliao da percepo
manifestaes culturais.
Disposio fsica.
de
Constelao do
Arqutipo da
Grande Me.
Ampliao Cultural.
5.2.4- Sujeito 4
SUJEITO 4 - 42 ANOS
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
As
danas
favoreceram
a
integrao das pessoas, e neste
sentido foi muito importante.
Aps as danas
disposio fsica.
senti
maior
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Disposio fsica.
5.2.5- Sujeito 5
SUJEITO 5 - 54 ANOS
RESPOSTAS AO QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Disposio fsica.
Melhora na percepo de si
mesmo.
Auto- percepo.
Percepo/Conexo
Com o sagrado
5.2.6- Sujeito 6
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
SUJEITO 6 - 45 anos
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
No humor, no nimo, na
coragem. Me sentia bem, mais
calma e alegre.
Me
senti
fsicamente.
mais
disposta
Percebe-se no relato:
alteraes no estado emocional
(humor/nimo/coragem/
calma/alegria).
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Disposio fsica.
Percepo/Conexo
Com o sagrado
5.2.7- Sujeito 7
SUJEITO 7 - 54 anos
RESPOSTAS AO QUESTIONRIO:
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
Percebe-se no relato:
alteraes no estado emocional
(humor/alegria/prazer).
Percebi
a
importncia
da
harmonizao do grupo podendo me
comunicar mais com o outro.
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Auto- percepo.
Disposio fsica.
Percepo/Conexo
Com o sagrado
Ampliao da percepo
manifestaes culturais.
Ampliao Cultural.
de
5.2.8- Sujeito 8
SUJEITO 8 - 49 anos
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
Maior alegria e sensao de bemestar, maior reflexo sobre os
sentimentos, maior motivao, maior
harmonia, buscou-se o ldico.
SNTESE :
LINGUAGEM PSICOLGICA
Percebe-se no relato: alteraes no
estado
emocional
(bem-estarharmonia/ alegria-ldico/motivaosentimentos).
Ampliao da percepo de
manifestaes culturais.
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Auto- percepo.
Feminilidade.
Percepo/Conexo
com o sagrado.
Ampliao Cultural.
5.2.9- Sujeito 9
SUJEITO 9 - 46 ANOS
RESPOSTAS AO
QUESTIONRIO:
SNTESE:
LINGUAGEM PSICOLGICA
Ampliao da percepo de
manifestaes culturais.
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
Ganho
Intra-Psquico.
Socializao.
Disposio fsica.
Feminilidade.
Percepo/Conexo
Com o sagrado.
Ampliao Cultural.
5.2.10- Sujeito 10
UNIDADES
SIGNIFICATIVAS
SUJEITO 10 - 33 ANOS
RESPOSTAS AO QUESTIONRIO:
SNTESE:
LINGUAGEM PSICOLGICA
Socializao.
Disposio fsica.
Ligao
intra-psquica
natureza.
com
Ganho
Intra-Psquico.
Constelao do
Arqutipo da Grande
Me.
Percepo/Conexo
com o sagrado.
198
Este dado -
Portanto, para a
sendo,
soma
total
do
inventrio
por
ns
aplicado
199
Pr Avaliao
Ps Avaliao
Sujeito 1
78
110
Sujeito 2
80
80
Sujeito 3
102
112
Sujeito 4
84
82
Sujeito 5
110
98
Sujeito 6
76
80
Sujeito 7
92
96
Sujeito 8
92
88
Sujeito 9
90
102
Sujeito 10
98
98
200
Numa
anlise
qualitativa,
percebemos
que
dos
sujeitos
que
apresentaram uma pontuao maior na ps-avaliao, trs deles - sujeitos VI, VII
e IX - relataram em seu discurso a Percepo/Conexo com o Sagrado.
Curiosamente dois sujeitos que apresentaram uma diminuio na
pontuao no Inventrio de Religiosidade - sujeito V e sujeito VIII - relataram uma
situao
aparentemente
contraditria,
pois
aparece
no
relato
deles,
vem
a celebrao com o
201
202
203
GL
SQ
QM
VALOR f
Pr > F
TESTE
11.408
11.408
0.43
0.512
DOMNIO
105093.241
21018.648
794.91
0.0001
DOMNIO * TESTE
72.441
14.488
0.55
0.7396
RESDUO
108
2855.700
26.441
TOTAL
119
108032.791
204
Concluso
1) No h diferena significativa do ponto de vista estatstico no teste entre a
pr-avaliao e a ps-avaliao; aplicando o Teste de Tukey no foi
significativo a pr-avaliao com mdia 55.016 e ps-avaliao com mdia
54.400. Novamente o fato dos valores no serem estatisticamente
significativos se d em funo do pequeno nmero de sujeitos da pesquisa.
2)
MDIA
DOMNIO
108.200
20
5- Ambiente
68.150
20
2- Domnio Psicolgico
60.750
20
3- Nvel de Independncia
40.750
20
4- Relaes Sociais
36.150
20
1- Domnio Fsico
14.250
20
6- Aspectos Espirituais
205
Concluso
Relacionando-se a anlise qualitativa de cada faceta com o Teste de
Tukey nos domnios, temos os mesmos resultados. A anlise qualitativa uma
explanao dos domnios no Teste de Tukey. Verificamos tambm que podemos
estabelecer relaes entre os domnios do WHOQOL 100 que mais apresentaram
alteraes em todo o processo, e as unidades significativas (mencionaremos
apenas US e citaremos alguns dos relatos), a saber:
- Ambiente (disponibilidade e qualidade social - WHOQOL 100) com Socializao
(US): tivemos a oportunidade de integrao e uma melhor socializao com o
grupo; fez o grupo ficar mais prximo; favoreceram no aspecto de socializao
com o grupo.
- Domnio psicolgico (WHOQOL 100) com Ganho Intrapsquico (US): Houve
melhora no humor; Foi... um despertar sentir-se mais revigorada, entusiasmada.
Senti mais euforia; Me senti mais leve, mais alegre como uma criana...
Sentia-me muito bem e mais solta; Muitas vezes cheguei triste e sa alegre.
- Nvel de independncia (que envolve mobilidade fsica - WHOQOL 100) com
Disposio fsica (US): Senti mais disposio fsica; sentia-me mais leve, com o
corpo mais relaxado; Eu estava muito cansada e as danas me ajudaram muito;
chegava cansada e sem nimo e ao trmino estava mais animada.
206
informaes
habilidades,
participao
SUJEITO 4:
em
auto-estima,
pensar,
aprender,
memria
(domnio
aprender,
memria
nas
facetas:
sentimentos
dor
positivos,
concentrao,
imagem
SUJEITO 5:
sono
positivos,
pensar,
repouso
(domnio
aprender,
fsico);
memria
sentimentos
concentrao,
SUJEITO 3:
(ambiente).
SUJEITO 9:
psicolgico);
atividade
da
vida
cotidiana,
SUJEITO 7:
positivos
mobilidade,
atividades
da
vida
SUJEITO 8:
Apresentou melhoras nas facetas: pensar,
aprender, memria e concentrao, auto-estima, imagem
corporal e aparncia, sentimentos negativos (domnio
psicolgico); atividades da vida cotidiana, dependncia de
medicao ou de tratamentos, capacidade de trabalho
SUJEITO 10:
Apresentou melhoras nas facetas: sentimentos
positivos, imagem corporal e aparncia (domnio psicolgico);
segurana fsica e proteo, oportunidade de adquirir novas
informaes e habilidades, participao em oportunidades de
recreao/lazer (ambiente).
209
210
5.6.2- Sujeito 2
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
O primeiro desenho mostra uma figura feminina com traos mais soltos
e sensuais, um olhar sereno, mas uma pequena tenso nos braos ao lado do
corpo, as clavculas e o ponto de juno perto do osso externo, busto e umbigo
assinalados, cho e o detalhe dos sapatos fechados, sugerindo um tnis.
Interpretao dos Dados
211
212
5.6.3- Sujeito 3
Pr-Avaliao
Ps- Avaliao
213
5.6.4- Sujeito 4
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
214
Adornos femininos como brincos, colares, pulseira, porm, h uma certa tenso
nos ombros e braos, e uma leveza no vestido.
O segundo desenho j revela um olhar mais maduro, sedutor, maroto
de quem observa algo com perspiccia. Mais colorido e feminino, apresenta
tambm os brincos e os colares. H um certo movimento na postura, j no mais
to tensa, os braos colocados atrs do corpo sugerindo uma unio das mos,
os ps mais juntos. O vestido de alas, mais aberto, tem um cruzar na altura do
osso externo.
Acredito poder resumir o primeiro desenho como susto e o segundo
como perspiccia.
215
5.6.5- Sujeito 5
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
216
217
5.6.6- Sujeito 6
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
primeiro
desenho
apresenta
uma
mulher
com
os
cabelos
218
219
5.6.7- Sujeito 7
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
220
221
5.6.8- Sujeito 8
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
222
223
5.6.9- Sujeito 9
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
224
225
5.6.10- Sujeito 10
Pr-Avaliao
Ps-Avaliao
226
227
6- CONCLUSO
229
Neste trabalho, fez-se uma ampla reviso sobre a dana, sua relao
com o primitivo, com o sagrado, com o rito, bem como a histria das danas
circulares sagradas, seu desenvolvimento em alguns pases e seu recente
movimento no Brasil.
Constatou-se que houve modificao da imagem corporal atravs dos
desenhos da figura humana aps toda a vivncia das danas circulares sagradas.
Pode-se observar que na maioria dos desenhos da ps-avaliao as mos so
omitidas. Talvez isto se deva a uma diminuio da agressividade na medida que
entendemos a supresso das mos como um indcio dessa diminuio, o que teve
como conseqncia uma maior integrao entre os sujeitos da pesquisa, conforme
constatado
atravs
da
anlise
das
respostas
ao
questionrio
aplicado
231
232
233
Concluso
234
7- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
235
Referncias Bibliogrficas
237
Referncias Bibliogrficas
238
Referncias Bibliogrficas
239
Referncias Bibliogrficas
240
Referncias Bibliogrficas
241
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uma
compreenso
junguiana.
Campinas,
2000.
So
UNIFESP/EPM.
Paulo,
Vol
Centro
de
33,
n.
Estudos,
2,
Departamento
abr-jun/2000.
de
Disponvel
Referncias Bibliogrficas
242
Psiquiatria
em:
Referncias Bibliogrficas
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H.;
SCHAEFER,
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Vom
schamanentanz
zur
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Referncias Bibliogrficas
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Referncias Bibliogrficas
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Campinas).
Referncias Bibliogrficas
252
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253
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Ver Bras Educ Med 20 (1): 21-7, 1996.
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ELIOT, T. S. Quatro quartetos.
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FROMM, E. A linguagem esquecida. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.
GUNON, R. Os smbolos da cincia sagrada. A importncia dos smbolos na
transmisso dos ensinamentos doutrinais de ordem tradicional. So Paulo:
Pensamento, 1989.
JACOBI, J. Von Bilderreich der Seele. Weg und Umwege zu Sich Sebst. Sua,
Walter-Veriag AG Olten, 1969.
Obras Consultadas
255
Obras Consultadas
256
9- ANEXOS
257
Eu,_______________________________________________________________
RG__________________,
Assinatura e data.
Anexo 1
259
261
realizao da
262
seus objetivos, mtodos, benefcios previstos, potenciais riscos e o incmodo que esta
possa acarretar, formulada em um termo de consentimento, autorizando sua participao
voluntria na pesquisa.
II.12- Indenizao - cobertura material, em reparao a dano imediato ou tardio, causado pela
pesquisa ao ser humano a ela submetida.
II.13- Ressarcimento - cobertura, em compensao, exclusiva de despesas decorrentes da
participao do sujeito na pesquisa.
II.14- Comits de tica em Pesquisa-CEP - colegiados interdisciplinares e independentes,
com munus pblico, de carter consultivo,
263
III.2- Todo procedimento de qualquer natureza envolvendo o ser humano, cuja aceitao no
esteja ainda consagrada na literatura cientfica, ser considerado como pesquisa e,
portanto, dever obedecer s diretrizes da presente Resoluo. Os procedimentos
referidos incluem entre outros, os de natureza instrumental, ambiental, nutricional,
educacional,
sociolgica,
econmica,
fsica,
psquica
ou
biolgica,
sejam
eles
264
benefcios diretos aos vulnerveis. Nestes casos, o direito dos indivduos ou grupos que
queiram participar da pesquisa deve ser assegurado, desde que seja garantida a proteo sua
vulnerabilidade e incapacidade legalmente definida;
l) respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos e ticos, bem como os hbitos e
costumes quando as pesquisas envolverem comunidades;
m) garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que possvel, traduzir-se-o em benefcios
cujos efeitos continuem a se fazer sentir aps sua concluso. O projeto deve analisar as
necessidades de cada um dos membros da comunidade e analisar as diferenas presentes
entre eles, explicitando como ser assegurado o respeito s mesmas;
n) garantir o retorno dos benefcios obtidos atravs das pesquisas para as pessoas e as
comunidades onde as mesmas forem realizadas. Quando, no interesse da comunidade, houver
benefcio real em incentivar ou estimular mudanas de costumes ou comportamentos,
o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre que possvel, disposies para comunicar tal
benefcio s pessoas e/ou comunidades;
o) comunicar s autoridades sanitrias os resultados da pesquisa, sempre que os mesmos
puderem contribuir para a melhoria das condies de sade da coletividade, preservando,
porm, a imagem e assegurando que os sujeitos da pesquisa no sejam estigmatizados ou
percam a auto-estima;
p) assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefcios resultantes do projeto, seja em termos de
retorno social, acesso aos procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa;
q) assegurar aos sujeitos da pesquisa as condies de acompanhamento, tratamento ou de
orientao, conforme o caso, nas pesquisas de rastreamento; demonstrar a preponderncia de
benefcios sobre riscos e custos;
r) assegurar a inexistncia de conflito de interesses entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa
ou patrocinador do projeto;
s) comprovar, nas pesquisas conduzidas do exterior ou com cooperao estrangeira,
os compromissos e as vantagens, para os sujeitos das pesquisas e para o Brasil, decorrentes
de sua realizao. Nestes casos deve ser identificado o pesquisador e a instituio nacionais
co-responsveis pela pesquisa. O protocolo dever observar as exigncias da Declarao de
Helsinque e incluir documento de aprovao, no pas de origem, entre os apresentados para
avaliao do Comit de tica em Pesquisa da instituio brasileira, que exigir o cumprimento
de seus prprios referenciais ticos. Os estudos patrocinados do exterior tambm devem
responder s necessidades de treinamento de pessoal
desenvolver projetos similares de forma independente;
Anexo 2
265
Anexo 2
266
267
V- RISCOS E BENEFCIOS
Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco. O dano
eventual poder ser imediato ou tardio, comprometendo o indivduo ou a coletividade.
V.1- No obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo seres humanos sero
admissveis quando:
a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir ou aliviar um
problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros indivduos;
b) o risco se justifique pela importncia do benefcio esperado;
c) o benefcio seja maior, ou no mnimo igual, a outras alternativas j estabelecidas para a
preveno, o diagnstico e o tratamento.
V.2- As pesquisas sem benefcio direto ao indivduo, devem prever condies de serem bem
suportadas pelos sujeitos da pesquisa, considerando sua situao fsica, psicolgica, social
e educacional.
V.3- O pesquisador responsvel obrigado a suspender a pesquisa imediatamente ao perceber
algum risco ou dano sade do sujeito participante da pesquisa, conseqente mesma,
no previsto no termo de consentimento. Do mesmo modo, to logo constatada a
superioridade de um mtodo em estudo sobre outro,
268
V.7- Jamais poder ser exigido do sujeito da pesquisa, sob qualquer argumento, renncia ao
direito indenizao por dano. O formulrio do consentimento livre e esclarecido no deve
conter nenhuma ressalva que afaste essa responsabilidade ou que implique ao sujeito da
pesquisa abrir mo de seus direitos legais, incluindo o direito de procurar obter indenizao
por danos eventuais.
269
m) declarao de que os resultados da pesquisa sero tornados pblicos, sejam eles favorveis ou
no; e
n) declarao sobre o uso e destinao do material e/ou dados coletados.
VI.3- informaes relativas ao sujeito da pesquisa:
a) descrever as caractersticas da populao a estudar: tamanho, faixa etria, sexo, cor
(classificao do IBGE), estado geral de sade, classes e grupos sociais, etc. Expor as razes
para a utilizao de grupos vulnerveis;
b) descrever os mtodos que afetem diretamente os sujeitos da pesquisa;
c) identificar as fontes de material de pesquisa, tais como espcimens, registros e dados a serem
obtidos de seres humanos. Indicar se esse material ser obtido especificamente para os
propsitos da pesquisa ou se ser usado para outros fins;
d) descrever os planos para o recrutamento de indivduos e os procedimentos a serem seguidos.
Fornecer critrios de incluso e excluso;
e) apresentar o formulrio ou termo de consentimento, especfico para a pesquisa, para a
apreciao do Comit de tica em Pesquisa, incluindo informaes sobre as circunstncias sob
as quais o consentimento ser obtido, quem ir tratar de obt-lo e a natureza da informao a
ser fornecida aos sujeitos da pesquisa;
f) descrever qualquer risco, avaliando sua possibilidade e gravidade;
g) descrever as medidas para proteo ou minimizao de qualquer risco eventual. Quando
apropriado, descrever as medidas para
assegurar
os
necessrios
cuidados
sade,
Anexo 2
270
271
responsabilidade
272
273
sero definidos por sorteio. Poder contar tambm com consultores e membros ad
hoc, assegurada a representao dos usurios.
VIII.2- Cada CEP poder indicar duas personalidades.
VIII.3- O mandato dos membros da CONEP ser de quatro anos com renovao alternada a
cada dois anos, de sete ou seis de seus membros.
VIII.4- Atribuies da CONEP - Compete CONEP o exame dos aspectos ticos da
pesquisa envolvendo seres humanos, bem como a adequao e atualizao das
normas atinentes. A CONEP consultar a sociedade sempre que julgar necessrio,
cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuies:
a) estimular a criao de CEPs institucionais e de outras instncias;
b) registrar os CEPs institucionais e de outras instncias;
c) aprovar, no prazo de 60 dias, e acompanhar os protocolos de pesquisa em reas temticas
especiais tais como:
1- gentica humana;
2- reproduo humana;
3- farmcos, medicamentos, vacinas e testes diagnsticos novos (fases I, II e III) ou no
registrados no pas (ainda que fase IV), ou quando a pesquisa for referente a seu uso com
modalidades, indicaes, doses ou vias de administrao diferentes daquelas estabelecidas,
incluindo seu emprego em combinaes;
4- equipamentos, insumos e dispositivos para a sade novos, ou no registrados no pas;
5- novos procedimentos ainda no consagrados na literatura;
6- populaes indgenas;
7- projetos que envolvam aspectos de biossegurana;
8- pesquisas coordenadas do exterior ou com participao estrangeira e pesquisas que envolvam
remessa de material biolgico para o exterior; e
9- projetos que, a critrio do CEP, devidamente justificado, sejam julgados merecedores de anlise
pela CONEP;
d) prover normas especficas no campo da tica em pesquisa, inclusive nas reas temticas
especiais, bem como recomendaes para aplicao das mesmas;
e) funcionar como instncia final de recursos, a partir de informaes fornecidas sistematicamente,
em carter ex-ofcio ou a partir de denncias ou de solicitao de partes interessadas, devendo
manifestar-se em um prazo no superior a 60 (sessenta) dias;
Anexo 2
274
IX- OPERACIONALIZAO
IX.1- Todo e qualquer projeto de pesquisa envolvendo seres humanos dever obedecer s
recomendaes desta Resoluo e dos documentos endossados em seu prembulo.
A responsabilidade do pesquisador indelegvel, indeclinvel e compreende os aspectos
ticos e leagis.
IX.2- Ao pesquisador cabe:
a) apresentar o protocolo, devidamente instruido ao CEP, aguardando o pronunciamento deste,
antes de iniciar a pesquisa;
b) desenvolver o projeto conforme delineado;
c) elaborar e apresentar os relatrios parciais e final;
d) apresentar dados solicitados pelo CEP, a qualquer momento;
e) manter em arquivo, sob sua guarda, por 5 anos, os dados da pesquisa, contendo fichas
individuais e todos os demais documentos recomendados pelo CEP;
f) encaminhar os resultados para publicao, com os devidos crditos aos pesquisadores
associados e ao pessoal tcnico participante do projeto;
g) justificar, perante o CEP, interrupo do projeto ou a no publicao dos resultados.
Anexo 2
275
IX.3- O Comit de tica em Pesquisa institucional dever estar registrado junto CONEP/MS.
IX.4- Uma vez aprovado o projeto, o CEP passa a ser co-responsvel no que se refere aos
aspectos ticos da pesquisa.
IX.5- Consideram-se autorizados para execuo, os projetos aprovados pelo CEP, exceto os
que se enquadrarem nas reas temticas especiais, os quais, aps aprovao pelo CEP
institucional devero ser enviados CONEP/MS, que dar o devido encaminhamento.
IX.6- Pesquisas com novos medicamentos, vacinas, testes diagnsticos, equipamentos e
dispositivos para a sade devero ser encaminhados do CEP CONEP/MS e desta,
aps parecer, Secretaria de Vigilncia Sanitria.
IX.7- As agncias de fomento pesquisa e o corpo editorial das revistas cientficas devero
exigir documentao comprobatria de aprovao do projeto pelo CEP e/ou CONEP,
quando for o caso.
IX.8- Os CEP institucionais devero encaminhar trimestralmente CONEP/MS a relao dos
projetos de pesquisa analisados, aprovados e concludos, bem como dos projetos em
andamento e, imediatamente, aqueles suspensos.
X- DISPOSIES TRANSITRIAS
X.1- O Grupo Executivo de Trabalho-GET, constituido atravs da Resoluo CNS 170/95,
assumir as atribuies da CONEP at a sua constituio, responsabilizando-se por:
a) tomar as medidas necessrias ao processo de criao da CONEP/MS;
b) estabelecer normas para registro dos CEP institucionais;
X.2- O GET ter 180 dias para finalizar as suas tarefas.
X.3- Os CEP das instituies devem proceder, no prazo de 90 (noventa) dias, ao levantamento
e anlise, se for o caso, dos projetos de pesquisa em seres humanos j em andamento,
devendo encaminhar CONEP/MS, a relao dos mesmos.
X4- Fica revogada a Resoluo 01/88.
ADIB D. JATENE
Presidente do Conselho Nacional de Sade
276
M.I.N.I.
Mini International Neuropsychiatric Interview
Brazilian version 5.0.0 DSM IV
Anexo 3
277
Nmero do protocolo:
Data de nascimento:
Data da entrevista:
MDULOS
A
PERODO
EXPLORADO
Atual (2 semanas)
CRITRIOS
PREENCHIDOS
DSM-IV
ICD-10
296.20-296.26
nicoF32.x
Recorrente
Recorrente
296.30-296.36
F33.x
Atual (2 semanas)
296.20-296.26
F32.x
(opcional)
296.30-296.36
Recurrent
F33.x
TRANSTORNO DISTMICO
RISCO DE SUICDIO
Baixo
Mdio
300.4
F34.1
300.4
F34.1
nenhum
nenhum
Alto
EPISDIO MANACO
Atual
Passado
296.00-296.06
F30.x-F31.9
EPISDIO HIPOMANACO
Atual
Passado
296.80-296.89
F31.8- F31.9/F34.0
TRANSTORNO DE PNICO
300.01/300.21
F40.01-F41.0
AGORAFOBIA
Atual
300.22
F40.00
FOBIA SOCIAL
300.23
F40.1
300.3
F42.8
309.81
F43.1
DEPENDNCIA DE LCOOL
ABUSO DE LCOOL
(ltimos 12 meses)
(ltimos 12 meses)
303.9
F10.2x
305.00
F10.1
(ltimos 12 meses)
(ltimos 12 meses)
304.00-.90/305.20-.90
F11.0-F19.1
304.00-.90/305.20-.90
F11.0-F19.1
SNDROME PSICTICA
Vida inteira
Atual
M
N
Vida inteira
Atual (ltimos 3 meses)
Atual (ltimos 3 meses)
296.24
F32.3/F33.3
307.1
F50.0
307.51
F50.2
307. 1
F50.0
Atual
300.02
F41.1
301.7
F60.2
(opcional)
Anexo 3
278
INSTRUES GERAIS
O M.I.N.I. (DSM IV) uma entrevista diagnstica padronizada, de aplicao rpida
(em torno de 15 minutos), que explora os principais Transtornos Psiquitricos do Eixo I do DSM IV
(American Psychiatric Association, 1994). O M.I.N.I. pode ser utilizado por clnicos, aps uma
formao breve. Os entrevistadores no clnicos necessitam de uma formao mais intensiva.
Entrevista:
Com o objetivo de reduzir o mais possvel a durao da entrevista deve-se preparar
o(a) entrevistado(a) para este enquadramento clnico pouco habitual, informando que lhe sero
feitas perguntas precisas sobre os seus problemas psicolgicos e que se espera dele(a) respostas
sim ou no.
Apresentao:
O MINI est dividido em mdulos identificados por letras, cada um correspondendo a
uma categoria diagnstica.
No incio de cada um dos mdulos diagnsticos (exceto o mdulo L que explora os sintomas
psicticos),
Convenes:
As frases escritas em letras minsculas devem ser lidas palavra por palavra para
o(a) entrevistado(a) de modo a padronizar a explorao de cada um dos critrios diagnsticos.
As frases escritas em MAUSCULAS no devem ser lidas para o(a) entrevistado(a).
So instrues s quais o clnico deve-se referenciar de modo a integrar os algoritmos diagnsticos
ao longo de toda a entrevista.
As frases escritas em negrito indicam o perodo de tempo a explorar. O clnico deve
l-las tantas vezes quanto necessrio, ao longo da explorao dos sintomas e s levar em conta
aqueles presentes ao longo desse perodo.
As frases escritas entre (parntesis) so exemplos clnicos que descrevem o sintoma
avaliado. Podem ser lidos de modo a clarificar a questo.
Quando os termos so separados por uma barra ( / ) o clnico deve considerar apenas
o termo que corresponde ao sintoma apresentado pelo(a) entrevistado(a) e que foi explorado
anteriormente.
Anexo 3
279
Instrues de cotao :
Todas as perguntas feitas devem ser cotadas. A cotao faz-se direita de cada uma
das questes, envolvendo com um crculo a resposta correspondente do(a) entrevistado(a), seja
SIM ou NO.
O clnico deve se assegurar que cada um dos termos formulados na questo foi, de
fato, considerado pelo(a) entrevistado(a) na sua resposta (em particular, os critrios de durao,
de frequncia e as alternativas e / ou).
No levar em conta os sintomas imputveis a uma doena fsica, ou ao uso de
medicamentos, droga ou lcool.
Se tem questes ou sugestes, se deseja ser treinado(a) na utilizao do M.I.N.I. ou
informado(a) das atualizaes, pode contactar:
Yves LECRUBIER /
Thierry HERGUETA
Inserm U302
Patrcia AMORIM
David SHEEHAN
Hpital de la Salptrire 47, Chcara 2 Jardim Novo Mundo 3515 East Fletcher Avenue
boulevard de lHpital
F. 75651 PARIS
BRASIL
FRANCE
Tel: + 55 62 524 18 02
+ 55 62 524 18 04
fax: + 55 62 213 64 87
e-mail:
e-mail:
hergueta@ext.jussieu.fr
e-mail:
p.amorim@persogo.com.br
Anexo 3
280
dsheehan@com1.med.usf.edu
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
Teve, por vrias vezes, pensamentos ruins como, por exemplo, pensar que
seria melhor estar morto(a) ou pensar em fazer mal a si mesmo(a) ?
NO
SIM
A4
NO
SIM *
b
c
EPISDIO
DEPRESSIVO
MAIOR ATUAL
NO
SIM 10
NO
SIM
NO
SIM
11
EPISDIO
DEPRESSIVO
MAIOR
RECORRENTE
* SE O(A) ENTREVISTADO(A) APRESENTA UM EPISDIO DEPRESSIVO MAIOR, COTAR
CORRESPONDENTES (A6d, A6e) NA PGINA 5
Anexo 3
281
AS QUESTES
SE
O(A)
ENTREVISTADO(A)
APRESENTA UM
EXPLORAR O
SEGUINTE:
A6 a A2 COTADA SIM ?
NO
SIM
12
NO
SIM
13
NO
SIM
NO
SIM
14
NO
SIM
15
NO
SIM
16
Acordava pelo menos duas horas mais cedo do que o habitual, e tinha
dificuldade para voltar a dormir, quase todos os dias?
A3c COTADA SIM (ALTERAES PSICOMOTORAS)?
NO
SIM
17
NO
SIM
18
NO
SIM
19
NO
SIM
EPISDIO
DEPRESSIVO
MAIOR
com Caractersticas
Melanclicas
ATUAL
Anexo 3
282
B- TRANSTORNO DISTMICO
SIGNIFICA: IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE.
NO
20
NO
SIM
SIM
21
NO
SIM
22
NO
SIM
23
NO
SIM
24
Perdeu a auto-confiana ?
NO
SIM
25
NO
SIM
26
NO
NO
NO
SIM
27
NO
SIM
SIM
SIM
28
TRANSTORNO
DISTMICO
ATUAL
Anexo 3
283
C- RISCO DE SUICDIO
Durante o ltimo ms:
Pontos
NO
SIM
C2
NO
SIM
C3
Pensou em suicdio ?
NO
SIM
C4
NO
SIM
10
C5
Tentou o suicdio ?
NO
SIM
10
NO
SIM
NO
SIM
RISCO DE SUICDIO
ATUAL
C1
Anexo 3
284
D- EPISDIO (HIPO)MANACO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE.
SIM
SIM
SIM
SIM
Se D1a = SIM:
Sente-se, atualmente, eufrico (a) ou cheio (a) de energia?
D2 a Alguma vez teve um perodo em que, por vrios dias, estava to NO
irritvel que insultava as pessoas, gritava ou chegava at a brigar
com pessoas que no eram de sua famlia? Voc ou outras pessoas
achou /acharam que voc estava mais irritvel ou hiperativo(a),
comparado(a) a outras pessoas, mesmo em situaes em que isso
lhe parecia justificvel ?
(No considerar os perodos que ocorrem apenas sob o efeito de
drogas ou lcool)
Se D2a = SIM:
NO
b
Sente-se, continuamente irritvel atualmente?
Anexo 3
285
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
10
SIM
11
D4
D4 COTADA SIM ?
Se SIM, Especificar se o episdio Atual ou Passado
Anexo 3
286
12
EPISDIO
HIPOMANACO
Atual
Passado
NO
SIM
EPISDIO
MANACO
Atual
Passado
E- TRANSTORNO DE PNICO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE PARA E5, ASSINALAR NO E PASSAR AO MDULO SEGUINTE.
E1
a
E2
E3
E4
NO
SIM
NO SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
10
NO
SIM
11
NO
SIM
12
NO
SIM
13
NO
SIM
14
NO
SIM
15
NO
SIM
16
NO
SIM
17
E5
NO
SIM
E6
Anexo 3
287
Transtorno de
Pnico
Vida inteira
NO SIM
E7
Ataques Pobres
em
Sintomas Vida
inteira
NO SIM
18
Transtorno de
Pnico
Atual
F- AGORAFOBIA
F1
NO
SIM
19
F2
NO
SIM
20
Anexo 3
288
Agorafobia
Atual
NO SIM
TRANSTORNO DE
PNICO
sem Agorafobia
ATUAL
NO SIM
TRANSTORNO DE
PNICO
com Agorafobia
ATUAL
NO SIM
AGORAFOBIA
sem histria de
Transtorno de
Pnico
ATUAL
NO
NO
NO
NO
SIM
SIM
2
G3 Tem tanto medo dessas situaes sociais que, na prtica, as evita
SIM
ou sente um intenso mal-estar quando as enfrenta ?
3
SIM
4
G4 Esse medo causa-lhe um sofrimento importante ou perturba de
forma significativa seu trabalho ou suas relaes sociais?
G4 COTADA SIM ?
NO
SIM
FOBIA SOCIAL
(Transtorno de
Ansiedade Social)
ATUAL
Anexo 3
289
H- TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE.
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
Teve a impresso de que a sua vida no seria nunca mais a mesma, ou que
morreria mais cedo do que as outras pessoas ?
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
10
I1
I2
I3
a
e
f
I4
NO
SIM
11
NO
SIM
12
NO
SIM
13
I5
NO
NO
SIM
SIM
14
NO SIM
TRANSTORNO DE
ESTRESSE
PSTRAUMTICO
ATUAL
I5 COTADA SIM?
Anexo 3
290
J- DEPENDNCIA/ABUSO DE LCOOL
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE.
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
NO
SIM
SIM
7
8
a
b
c
d
e
f
g
NO
SIM
DEPENDNCIA DE
LCOOL ATUAL
c
d
NO
SIM
NO
SIM
10
NO
SIM
11
NO
SIM
12
NO
SIM
Anexo 3
291
K1 Agora, vou lhe mostrar / ler (mostrar a lista das substncias / ler a lista
abaixo) uma lista de drogas e de medicamentos e gostaria que me
dissesse se, durante os ltimos 12 meses, usou vrias vezes uma
destas substncias para se sentir melhor, para mudar o seu estado de
humor ou para ficar de cabea feita / chapado(a)?
Envolver com um crculo cada SUBTNCIA CONSUMIDA
NO
SIM
292
SIM
SIM
SIM
d
e
f
g
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
DEPENDNCIA
DE
SUBSTNCIA(S)
ATUAL
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
10
NO
SIM
11
NO
Anexo 3
293
SIM
ABUSO DE
SUBSTNCIA(S)
ATUAL
L- SNDROME PSICTICA
Para todas as questes destE
MDULO,
bizarrAS"
E COTAR A
ALTERNATIVA APROPRIADA.
DELRIOS BIZARROS :
SO AQUELES CUJo
L1a
b
L2a
b
L3a
b
L4a
b
L5a
Bizarro
NO
SIM
SIM
NO
SIM
SIM
L6a
NO
SIM
NO
SIM
L6a
NO
SIM
SIM
NO
SIM
NO
SIM
SIM
L6a
SIM
NO
SIM
NO
SIM
SIM
L6a
SIM
NO
SIM
SIM
10
Anexo 3
294
L6a
b
L7a
NO
NO
SIM
NO
SIM
13
NO
SIM
14
NO
SIM
15
NO
SIM
16
NO
SIM
17
NO
SIM
OBSERVAES DO CLNICO:
L8b Atualmente O(A) ENTREVISTADO(A) apresenta um discurso
claramente incoerente ou desorganizado ou apresenta uma
perda evidente das associaes ?
L9b Atualmente O(A) ENTREVISTADO(A) apresenta um
comportamento claramente desorganizado ou catatnico?
L10b Os sintomas negativos tipicamente esquizofrnicos
(embotamento afetivo, pobreza do discurso, falta de energia
ou de interesse para iniciar ou terminar as atividades) so
proeminentes durante a entrevista?
L11 DE L1 a L10 H PELO MENOS :
UMA QUESTO b COTADA SIM BIZARRO OU
DUAS QUESTES b COTADAS SIM(NO BIZARRO)?
SIM
11
SIM
SIM
L8a
12
SNDROME PSICTICA
ATUAL
DE L1 a L7 H PELO MENOS:
UMA QUESTO a COTADA SIM BIZARRO OU
NO
SIM
DUAS QUESTES a COTADAS SIM (NO BIZARRO)?
(verificar se os sintomas ocorreram ao mesmo tempo)
SNDROME PSICTICA
OU L11 COTADA SIM ?
VIDA INTEIRA
L13a Se L12 cotada SIM E se h pelo menos um SIM de
L1 a L7:
Anexo 3
295
Anexo 3
296
NO
SIM
TRANSTORNO DO
HUMOR
com caractersticas
psicticas
ATUAL
NO
SIM
TRANSTORNO DO
HUMOR
com caractersticas
psicticas
VIDA INTEIRA
M- ANOREXIA NERVOSA
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE
|__|__|__| cm
NO
NO
NO
NO
M2
|__|__|__| kg
M5
M6
SIM
SIM
SIM
SIM
3
4
NO
SIM
NO
SIM
NO
NO
SIM
NO
SIM
SIM
ANOREXIA
NERVOSA
ATUAL
38 39
39
40
41
42
43
44
45
46
47
49
50
51
Os limites de peso acima correspondem a uma reduo de 15% em relao ao peso normal, segundo o
gnero, como requerido pelo DSM-IV.
Anexo 3
297
N- BULIMIA NERVOSA
SIGNIFICA : IR DIRETAMENTE AO(S) QUADRO(S) DIAGNSTICO(S), ASSINALAR NO EM CADA UM E PASSAR AO MDULO
SEGUINTE
N1
N2
N3
N4
N5
N6
N7
N8
NO
SIM
SIM
SIM
10
NO
SIM
11
NO
SIM
12
NO
NO
NO
passar
a N8
NO
SIM
13
SIM
14
NO
SIM
BULIMIA NERVOSA
ATUAL
NO
SIM
N7 COTADA "SIM" ?
ANOREXIA NERVOSA
tipo Compulso
Peridica / Purgativa
ATUAL
Anexo 3
298
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NO
SIM
NO
SIM
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
TRANSTORNO
DE ANSIEDADE
GENERALIZADA
ATUAL
Anexo 3
299
P1
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
10
NO
SIM
11
NO
SIM
12
NO
SIM
a
b
P2
a
c
d
e
f
TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE
ANTI-SOCIAL
VIDA INTEIRA
Anexo 3
300
REFERNCIAS
Lecrubier Y, Sheehan D, Weiller E, Amorim P, Bonora I, Sheehan K, Janavs J,
Dunbar G. The Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.), a short
diagnostic interview: Reliability and validity according to the CIDI. European
Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Janavs J, Weiller E, Keskiner A,
Schinka J, Knapp E, Sheehan MF, Dunbar GC. Reliability and validity of the Mini
International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) according to the SCID-P.
European Psychiatry, 1997 ; 12 : 232-241.
Sheehan DV, Lecrubier Y, Harnett Sheehan K, Amorim P, Janavs J, Weiller E,
Hergueta T, Baker R, Dunbar G. The Mini International Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I.): The development and validation of a structured diagnostic psychiatric
interview. Journal of Clinical Psychiatry, 1998 ; 59 [suppl 20] : 22-33.
Amorim P, Lecrubier Y, Weiller E, Hergueta T, Sheehan D. DSM-III-R Psychotic
disorders : procedural validity of the Mini International Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I.). Concordance and causes for discordance with the CIDI. European
Psychiatry, 1998; 13 : 26-34.
Anexo 3
301
Tradues
Afrikaans
R. Emsley
Alemo
rabe
O. Osman, E. Al-Radi
Basco
Em preparao
Bengali
H. Banerjee, A. Banerjee
Blgaro
L.G. Hranov
Catalo
Em preparao
Checo
P. Zvolsky
Chins
Croata
Em preparao
Dinamarqus P. Bech
P. Bech, T. Sctze
Esloveno
M. Kocmur
M. Kocmur
Espanhol
Estonian
Farsi/Persa
Finlands
M.
Heikkinen,
M.
Lijestrm,
Tuominen
Francs
Grego
Y.
Lecrubier,
E.
T. Hergueta
S. Beratis
T. Calligas, S. Beratis
M. Patel, B. Patel
Gujarati
Hebreu
J. Zohar, Y. Sasson
R. Barda, I. Levinson
C. Mittal, K. Batra, S. Gambhir
Hindi
Holands/
K. Demyttenaere
Flamenco
Hngaro
I. Bitter, J. Balazs
I. Bitter, J. Balazs
Anexo 3
302
Ingls
E.
Knapp,
M. Harnett-Sheehan, M. Sheehan
Sheehan
J.G. Stefansson
Islands
Italiano
Japons
V. Janavs, J. Janavs
Noruegus
G. Pedersen, S. Blomhoff
Polaco
M. Masiak, E. Jasiak
M. Masiak, E. Jasiak
Portugus
P. Amorim
Portugus-
P. Amorim
P. Amorim
Brasil
Punjabi
A. Gahunia, S. Gambhir
Romeno
O. Driga
Russo
Srvio
I. Timotijevic
I. Timotijevic
K. Ketlogetswe
Setswana
Sueco
Turco
T. rnek, A. Keskiner
A. Taj, S. Gambhir
Urdu
O desenvolvimento e a validao do M.I.N.I. foram
Anexo 3
303
ANFETAMINA
XTASE
MORFINA
BRANQUINHA
ERVA
PIO
CANNABIS
TER
DAIME
BASEADO
GASOLINA
COCANA
HASHISH
RITALINA
CODENA
HERONA
COGUMELO
COLA
L.S.D.
VEGETAL
CRACK
MARIJUANA
REBITE
MACONHA
CHEIRINHO
LOL
MERLA
BOLINHA
MESCALINA
ARTANE
ESTERIDES
PLULAS TIRA-FOME
CALMANTES
DOLANTINA
ALGAFAN
AYHUASCA
PEDRA
TARJA PRETA
ANABOLISANTE
LANA
Nome_______________________________________________Idade:_________
1- Voc tem religio? ( )Sim. Qual? _______________________________No( )
2- Voc freqenta a igreja? A( ) mais de uma vez por semana; B( ) uma vez por
semana; C( ) menos que uma vez por semana; D( ) de vez em quando;
E( ) nunca.
3- Quantas vezes voc reza quando no freqenta as igrejas? A( ) uma vez por
dia; B( ) mais de uma vez por semana; C( ) uma vez por semana; D( ) menos
que uma vez por semana; E( ) de vez em quando; F( ) nunca.
4- Voc acredita em alguma forma de vida aps a morte? Sim( ) No( )
5- Em que sua doena modificou seu comportamento religioso? A( ) eu rezo mais
agora que antes; B( ) eu rezo menos; C( ) nada mudou; D( ) outros.
6- Que tem lhe ajudado a enfrentar sua doena? A( ) minha famlia e ou amigos;
B( ) minha religio ( f); C( ) meus mdicos; D( ) minhas enfermeiras; E( ) eu
no tenho nada que me ajude a enfrentar minha doena; F( ) outros.
Algumas pessoas acreditam que seu sofrimento significa mais do que
apenas dor fsica. Sofrimento mental (por exemplo) medo da morte, medo do
futuro, outros medos ou sentimentos.
7- Voc acredita que seus sofrimentos so punio de Deus? ( )Sim; No(
);
No sei ( )
8- Voc acredita que Deus o fez sofrer para ser uma pessoa melhor? Sim(
);
No( )
9- Voc acredita que a recompensa de seus sofrimentos vir no cu? Sim( );
No( )
10- Voc acredita que Deus est envolvido de alguma forma com seus
sofrimentos? Sim( ); No( )
11- Desde que eu fiquei doente, eu acredito que Deus esta testando minha f.
No( ); Sim( )
Anexo 4
305
coisas
certas?
1-(
nunca;
2-(
)raramente;
3-(
as
vezes;
306
WHOQOL-100 - Instrues
Este questionrio sobre como voc se sente a respeito de sua
qualidade de vida, sade e outras reas de sua vida. Por favor, responda todas as
questes. Se voc no tem certeza sobre que resposta dar em uma questo, por
favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas
vezes, poder ser a sua primeira escolha.
Por favor, tenha em mente seus valores, aspiraes, prazeres e
preocupaes. Ns estamos perguntando o que voc acha de sua vida, tomando
como referncia s duas ltimas semanas.
Por exemplo, pensando nas ltimas duas semanas, uma questo
poderia ser:
Quanto voc se preocupa com sua sade?
nada
muito pouco
mais ou menos
bastante
extremamente
307
muito pouco
mais ou menos
bastante
extremamente
F1.3- Quo difcil para voc lidar com alguma dor ou desconforto?
nada
muito pouco
extremamente
5
F1.4- Em que medida voc acha que sua dor (fsica) impede voc de fazer o que
voc precisa?
nada
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
Anexo 5
308
extremamente
5
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
Anexo 5
309
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
F7.3- H alguma coisa em sua aparncia que faz voc no se sentir bem?
nada
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
Anexo 5
310
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
F11.2- Quanto voc precisa de medicao para levar a sua vida do dia-a-dia?
nada
muito pouco
extremamente
5
F11.3- Quanto voc precisa de algum tratamento mdico para levar sua vida
diria?
nada
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
Anexo 5
311
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
F15.4- Voc se sente incomodado(a) por alguma dificuldade na sua vida sexual?
nada
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
Anexo 5
312
extremamente
5
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
extremamente
5
F22.1- Quo saudvel o seu ambiente fsico (clima, barulho, poluio, atrativos)?
nada
muito pouco
313
extremamente
5
F22.2- Quo preocupado(a) voc est com o barulho na rea que voc vive?
nada
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
muito pouco
extremamente
5
muito pouco
mdio
muito
completamente
Anexo 5
314
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
F14.2- Em que medida voc pode contar com amigos quando precisa deles?
nada
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
Anexo 5
315
muito pouco
mdio
muito
completamente
F20.1- Quo disponvel para voc esto as informaes que precisa no seu
dia-a- dia?
nada
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
muito pouco
mdio
muito
completamente
Anexo 5
316
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F2.3- Quo satisfeito(a) voc est com a energia (disposio) que voc tem?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
Anexo 5
317
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F5.2- Quo satisfeito(a) voc est com a sua capacidade de aprender novas
informaes?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F5.4- Quo satisfeito(a) voc est com sua capacidade de tomar decises?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
Anexo 5
318
nem satisfeito /
nem insatisfeito
nem satisfeito /
nem insatisfeito
F13.3- Quo satisfeito(a) voc est com suas relaes pessoais (amigos,
parentes, conhecidos, colegas)?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F14.3- Quo satisfeito(a) voc est com o apoio que voc recebe de sua famlia?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
Anexo 5
319
F14.4- Quo satisfeito(a) voc est com o apoio que voc recebe de seus
amigos?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F13.4- Quo satisfeito(a) voc est com sua capacidade de dar apoio aos outros?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F16.4- Quo satisfeito(a) voc est com com a sua segurana fsica (assaltos,
incndios, etc.)?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F17.3- Quo satisfeito(a) voc est com as condies do local onde mora?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
Anexo 5
320
F19.3- Quo satisfeito(a) voc est com o seu acesso aos servios de sade?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F20.3- Quo satisfeito(a) voc est com as suas oportunidades de adquirir novas
habilidades?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F20.4- Quo satisfeito(a) voc est com as suas oportunidades de obter novas
informaes?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
F21.4- Quo satisfeito(a) voc est com a maneira de usar o seu tempo livre?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
3
Anexo 5
321
F22.3- Quo satisfeito(a) voc est com o seu ambiente fsico ( poluio, clima,
barulho, atrativos)?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
F22.4- Quo satisfeito(a) voc est com o clima do lugar em que vive?
muito insatisfeito insatisfeito
1
nem satisfeito /
nem insatisfeito
nem satisfeito /
nem insatisfeito
F13.2- Voc se sente feliz com sua relao com as pessoas de sua famlia?
Muito infeliz
infeliz
nem feliz /
nem infeliz
3
feliz
muito feliz
ruim
boa
muito boa
Anexo 5
322
ruim
boa
muito boa
ruim
bom
muito bom
ruim
boa
muito boa
ruim
boa
muito boa
Anexo 5
323
raramente
s vezes
repetidamente
sempre
raramente
s vezes
repetidamente
sempre
F8.1- Com que freqncia voc tem sentimentos negativos, tais como mau humor,
desespero, ansiedade, depresso?
Nunca
raramente
s vezes
repetidamente
sempre
muito pouco
mdio
muito
completamente
Anexo 5
324
muito pouco
mdio
muito
completamente
F12.4- Quo satisfeito(a) voc est com a sua capacidade para o trabalho?
muito
insatisfeito
insatisfeito
nem satisfeito /
nem insatisfeito
satisfeito
muito
satisfeito
ruim
boa
muito boa
ruim
bom
muito bom
Anexo 5
325
bastante
extremamente
bastante
extremamente
insatisfeito
nem satisfeito /
nem insatisfeito
bastante
extremamente
F24.2- Em que medida voc acha que sua vida tem sentido?
Nada
1
Anexo 5
326
bastante
extremamente
F24.3- Em que medida suas crenas pessoais lhe do fora para enfrentar
dificuldades?
Nada
1
bastante
extremamente
Anexo 5
327
extremamente
5
para
incluso
dos
participantes
nas
categorias
de
Religiosos/
No religiosos
1- Voc temreligio? Sim (10). Qual? ____________________________No (00).
2- Voc freqenta a igreja? A(10) mais de uma vez por semana; B(8) uma vez por
semana; C(6) menos que uma vez por semana; D(4) de vez em quando;
E(2) nunca.
3- Quantas vezes voc reza quando no freqenta as igrejas? A(10) uma vez por
dia; B(8) mais de uma vez por semana; C(6) uma vez por semana;
D(4) menos que uma vez por semana; E(2) de vez em quando;
E(0) nunca.
4- Voc acredita em alguma forma de vida aps a morte? Sim (10)
no (00)
Anexo 6
329
8- Voc acredita que Deus o fez sofrer para ser uma pessoa melhor? Sim (10);
no (00)
9- Voc acredita que a recompensa de seus sofrimentos vir no cu? Sim (10);
no (00)
10- Voc acredita que Deus est envolvido de alguma forma com seus
sofrimentos? Sim (10); no (00).
11- Desde que eu fiquei doente, eu acredito que Deus esta testando minha f.
No (00); sim (10).
12- Voc acredita que Deus o abandonou? Sim (10) no (00)
13- Voc se considera uma pessoa de f? Sim (10) no (00)
14 - O que f para voc (avaliao qualitativa)
15- Como voc acha que uma pessoa que tem f deveria agir com relao sua
doena? (avaliao qualitativa).
16- Quais as obrigaes de uma pessoa que se considera UMA pessoa de f?
(avaliao qualitativa).
17- Voc acredita em Santos? Sim (10) no (00)
18- Com que freqncia voc l ou estuda a bblia, ou outros livros sobre religio?
1-(2) nunca; 2-(4) raramente; 3-(6) ocasionalmente; 4-(8) freqentemente
(pelo menos uma vez por semana, mas no diariamente); 5-(10) diariamente.
19- Quando voc tentado a fazer algo errado, com que freqncia voc pede a
Deus (ou a uma fora superior, energia ou entidade superior) foras para fazer
as coisas certas? 1-(2) nunca; 2-(4)raramente; 3-(6) s vezes; 4-(8)
freqentemente; 5-(10) muito freqentemente.
Anexo 6
330
20- Se voc tem que tomar uma deciso no seu dia a dia, com que freqncia
voc pergunta a voc mesmo o que Deus ou uma fora superior gostaria que
voc fizesse, ou pede a Deus (ou um a fora superior) ajuda para tomar a
deciso? 1-(2) nunca; 2-(4) raramente; 3-(6) s vezes; 4-(8) freqentemente;
5-(10) muito freqentemente .
21- Em mdia, com que freqncia voc foi ao culto (missa, celebrao) de sua
igreja no ltimo ano? 1-(2) nunca; 2-(4) umas poucas vezes no ano; 3-(6) uma
vez por semana (ou quase uma vez por semana); 4-(8) mais de uma vez por
semana.
22- Com que freqncia voc serve a (ou participa) em sua igreja (ou outra
organizao religiosa) em trabalhos religiosos como, por exemplo, escola
dominical, grupo de jovens, grupo de crianas, catecismo, ou outra atividade
deste tipo? 1-(2) nunca; 2-(4) poucas vezes no ano; 3-(6) uma ou duas vezes
por ms; 4-(8) semanalmente ou quase semanalmente; 5-(10) mais de uma
vez por semana.
Anexo 6
331
10- APNDICES
333
Nome:_____________________________________________ ____Idade:_____
Questionrio:
1- Em que setores da personalidade voc acha que as danas circulares sagradas
interferiram e/ou modificaram?
2- Houve alteraes de humor?
3- Houve alteraes na disposio e tnus?
4- Houve alguma modificao no seu conceito de sagrado?
5- Houve alguma modificao na sua viso de religiosidade?
Apndice 1
335
Apndice 2
337
ao centro; para trs - dar o espao para o outro e para si mesmo. O andar para a
direita - seguir o curso junto com o outro, cada um dentro do Todo, mantendo sua
individualidade, e tambm a tentativa de resoluo do que est sendo proposto
pela vida. Deve ser realizada num incio de trabalho.
Formao inicial em crculo, braos cruzados em forma de cruz, o direito sobre o
esquerdo, palma da mo D voltada p/ baixo e palma da mo E p/ cima. Os dedos
da mo direita do sujeito tocam levemente a palma da mo esquerda do
participante sua esquerda e os dedos da mo esquerda do sujeito (com a palma
para cima), tocam levemente a palma da mo direita do sujeito sua direita. O
crculo caminha para a direita - sentido anti-horrio - 1 passo p/ dentro do crculo
com p E, unir (juntar) o D e flexionar o joelho 2x; 1 passo p/ atrs com p D, unir
(juntar) E flexionar o joelho 2x; com o p D, ir p/ lateral D, unir (juntar) E, flexionar
o joelho 2x.
338
RUMELAJ - Dana para acender o fogo interno - da regio dos Balcs Europa Oriental
Formao inicial em crculo ou meia Lua, unindo-se todos os sujeitos, segurar,
encaixar como um ganchinho com o dedo mnimo no sujeito ao lado, cotovelos
levemente flexionados em forma de W - WWWW
Bate ponta do PD e joga quadril para a D em direo ao centro
Bate ponta do PE e joga quadril para a E em direo ao centro
Bate ponta do PD e joga quadril para a D em direo ao centro
Cruza PD atrs e abre para a lateral E (com a perna esquerda)
Cruza PD na frente e abre para a lateral E batendo a ponta do PE
Cruza PE atrs e abre para a lateral D (com a perna direita)
Cruza PE na frente e abre com a perna direita e batendo ponta do PD/ponta do PE
Bate ponta do PD iniciando tudo de novo, repetidamente.
339
4 passos para centro do circulo, iniciar com PD, subir os braos da altura do peito
elevando at o alto, balanando de um lado para o outro;
4passos para fora do circulo, iniciar com PD, os braos descem, fazendo o mesmo
balano anterior, abenoando com os movimentos das mos
2X
Apndice 2
340
Formao inicial em crculo, na mo direita cada sujeito pode ter tem uma fita
colorida (cerca de 40 cm) amarrada no dedo mnimo, ficando pendurada (pode ser
nas duas mos).
1- Passos no ar: abre p D - perna E no ar; abre p E - perna D no ar - 2x
2- Passos da terra - raiz: abre p D - junta p E - duas flexes joelhos unidos - 2x
3- Giro livre com as mos soltas e braos ao alto, para D (sentido horrio) em
4 tempos e depois para a E (sentido anti-horrio) em 4 tempos
4- O grupo d as mos e vai ao centro, com os braos esticados, voltados para
baixo em 8 passos pequenos at estar ombro com ombro
5- Todos com os braos esticados, voltados para baixo - fazem 6x os passos
terra/raiz para a D
6- Abrir o crculo com 8 passos para atrs formando um crculo maior
7- Saltitar - andando 16 tempos no sentido da roda (criana interna que
comemora)
8- De mos dadas, saltitando ir ao centro em 4 tempos e voltar em 4 tempos
tambm 2x
9- Repete 1 8 2x
10- Repete 1 e 2 (passos no ar e passos da terra) e termina com um cumprimento,
inclinando o corpo para frente.
341
(1) Este sou eu, meu corpo fsico, que caminha na vida na direo do progresso
(para a direita);
(2) Que reconhece o Esprito e se move em direo a Ele o reconhecendo
(3) Trazemos o Esprito para nossas vidas;
(4) Experimentamos o que passou, mas no nos prendemos ao passado;
caminhamos em frente... para a direita...
Apndice 2
342
Apndice 2
343
Eu te sado
Eu te dou espao
Eu caminho
ED
fi
lt
fi
+ fI
+fI
+fI
Zemer Atik:
Apndice 2
344
ED
fl
Apndice 2
345
Apndice 2
346