Instrumentos Eletrodinamicos
Instrumentos Eletrodinamicos
Instrumentos Eletrodinamicos
INSTRUMENTOS ELETRODINMICOS
Curitiba
2015
INSTRUMENTOS ELETRODINMICOS
Curitiba
2015
Resumo
O autor do presente trabalho dedica-se a apresentar o funcionamento de instrumentos
de medidas eltricas especficos, capazes de analisar ao mesmo tempo duas variveis
de entrada (corrente e tenso), e fornecer um valor de sada (potncia), visualizvel
a partir de um ponteiro que se desloca sobre uma escala de valores. Estes so
os instrumentos denominados eletrodinmicos, uma variao do galvanmetro de
DArsonval, mas, ao invs de um im permanente, utilizam-se de uma bobina fixa, a
qual gera um fluxo magntico que atravessa uma bobina mvel a partir de um eixo. A
partir da Lei de Lorentz, quando uma corrente atravessa a bobina mvel, a mesma
exerce sobre o eixo no qual est fixa um torque, que, a partir da variao angular
do eixo, realiza o deslocamento do ponteiro. Os instrumentos eletrodinmicos so
sensveis, precisos e versteis, podendo ser adaptados para diversos tipos de medida.
Abstract
The author of this present work dedicates to present the operation of specific electrical
measure instruments, capable of analyzing at the same time two input variables (current
and tension), and to provide an output value (power), viewable through a pointer that
travels by a values scale. These are the instruments called electrodynamic, a variation
of the DArsonval galvanometer, but, instead of a permanent magnet, get use of a
fixed coil, which generates a magnetic flux that crosses a coil, this last spinnable by
an axis. From Lorentz Force, when the spinnable coil is crossed by a current, it exerts
upon the axis a torque that, by an angular variation of the axis, performs a shift to the
pointer. Electrodynamic instruments are sensible, precise and versatile, being able to
get adapted to various kinds of measure.
Lista de ilustraes
Figura 1 Experimento da Coroa de Ouro de Arquimedes . . . . . . . .
Figura 2 Evoluo do tomo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 3 Alguns Instrumentos de Medida de Antigamente . . . . . . . .
Figura 4 Telescpio (esq.), Espectroscpio e Balana de Preciso (dir.)
Figura 5 Tecnologias trazidas pela Cincia . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 6 Sensores Capacitivos e Indutivos . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 7 Preciso x Exatido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 8 Laboratrio de Calibrao de Instrumentos . . . . . . . . . . .
Figura 9 Simbologia dos Instrumentos de Medidas Eltricas . . . . . . .
Figura 10 Bobinas Cruzadas (A e B) com Bobina Fixa (C) . . . . . . . . .
Figura 11 Multmetros Analgico e Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 12 Instrumentos Registrador (esq.) e Totalizador . . . . . . . . . .
Figura 13 Potencimetro Digital (Leitura de Potncia Reativa) . . . . . . .
Figura 14 Simbologia Eletrodinmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 15 Montagem de um Instrumento Eletrodinmico . . . . . . . . . .
Figura 16 Funcionamento de um Galvanmetro . . . . . . . . . . . . . .
Figura 17 Ilustrao da Lei de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 18 Regra da Mo Esquerda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 19 Funcionamento como Miliampermetro . . . . . . . . . . . . . .
Figura 20 Escala Quadrtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 21 Funcionamento como Ampermetro . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 22 Funcionamento como Voltmetro . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 23 Funcionamento como Wattmetro . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 24 P ligada ao terminal negativo de C . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 25 P ligada ao terminal positivo de C . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 26 Esquema de Ligao para Configurao A . . . . . . . . . . .
Figura 27 Esquema de Ligao para Configurao B . . . . . . . . . . .
Figura 28 Simbologia Ferrodinmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 29 Montagem de um Instrumento Ferrodinmico . . . . . . . . . .
Figura 30 Aplicao como Registrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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8
8
9
9
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13
15
15
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16
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17
18
18
19
19
22
23
23
24
25
26
27
28
29
29
29
30
Lista de tabelas
Tabela 1 Grandezas e seus respectivos Instrumentos Medidores . . . . . . .
16
Sumrio
1
INTRODUO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2
2.1
2.2
2.3
2.3.1
2.3.2
2.3.3
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12
12
13
15
17
22
24
2.3.4.2
DESENVOLVIMENTO TERICO . . . . . .
Medio e Erro . . . . . . . . . . . . . . . .
Necessidade da Instrumentao Eltrica
Instrumentos Eletrodinmicos . . . . . . .
Funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . .
Configurao Ampermetro . . . . . . . . . .
Configurao Wattmetro . . . . . . . . . . .
Configurao A . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Configurao B . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Anlise das Perdas no Wattmetro . . . . . . . . .
Instrumentos Ferrodinmicos . . . . . . . .
Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Caractersticas . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CONCLUSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
31
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .
32
2.3.3.1
2.3.3.2
2.3.3.3
2.3.4
2.3.4.1
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26
27
28
28
30
1 Introduo
Desde o evento da civilizao, o progresso da humanidade sempre esteve aliado
ao desenvolvimento das diferentes formas de medio dos fenmenos fsicos e dos
estados da Natureza. Antigamente, os primeiros avanos cientficos foram obtidos com
o objetivo de criar ou aprimorar formas de medio especficas. Toma-se como exemplo
o mito conhecido da Coroa de Ouro de Arquimedes (figura 1), quem, por sua vez,
determinou as primeiras noes de densidade relacionada ao peso e ao volume de um
objeto.
Figura 1 Experimento da Coroa de Ouro de Arquimedes
Captulo 1. Introduo
Com o passar dos sculos, a cincia passou a ser desenvolvida como finalidade,
e no mais por consequncia de outros objetivos e, a partir disso, a necessidade
de observao e medio da Natureza aumentou consideravelmente. Ocorre, ento,
uma inverso dos papeis: os instrumentos medidores que se tornam o meio para o
aprimoramento da cincia. Encaixam-se nessa categoria uma infinidade de inovaes
e aprimoramentos tecnolgicos, dentre eles o microscpio, as balanas de preciso, o
espectroscpio, os telescpios de alta resoluo, voltmetros, ampermetros etc (figura
4).
Figura 4 Telescpio (esq.), Espectroscpio e Balana de Preciso (dir.)
Captulo 1. Introduo
10
A exigncia de preciso cada vez maior comeou a forar os limites dos instrumentos de medida puramente mecnicos, de forma que, pouco a pouco, sistemas
eletromagnticos, assim como eletrnicos, comeassem a tomar lugar. Como exemplo
clssico, os sensores capacitivos ou indutivos de proximidade (figura 6) que substituram
em muitas reas os fins de curso mecnicos.
Atualmente, h instrumentos para diversos tipos de medio e com vrios nveis
de preciso, assim como para diferentes condies do ambiente. A lista to extensa
que talvez seja impossvel listar todos. Dito isso, pode-se voltar ao mbito da disciplina
de Medidas Eltricas, que analisar o funcionamento dos instrumentos medidores
de grandezes eltricas, e ao desse trabalho, em especfico, que analisa instrumentos
eletrodinmicos: sua montagem, funcionamento e aplicaes.
Captulo 1. Introduo
11
12
2 Desenvolvimento Terico
2.1
Medio e Erro
13
Sistemticos: devem-se a falhas do instrumento. Componentes internos desgastados e ambiente de medio hostil geralmente causam esse tipo de falha. Podem
ser evitados ou contornados pelo conhecimento dos limites do equipamento ou
pela sua recalibrao.
Aleatrios: aps a considerao de todos os efeitos sistemticos, acontece devido
a rudos, variaes bruscas no ambiente de medio etc. Mltiplas medies
ajudam a contornar esse tipo de erro.
A confeco de um bom aparelho de medio deve considerar esses fatores, de
modo a minimiz-los ao mximo. Alm disso, a calibrao peridica de instrumentos
dos quais exigida alta preciso (figura 8) primordial ao processo de medio.
Figura 8 Laboratrio de Calibrao de Instrumentos
2.2
14
Pode-se citar uma gama de aparelhos para diferentes grandezas, como ampermetros, voltmetros, ohmmetros, wattmetros, varmetros, fasmetros, frequencmetros,
etc. Fora do objetivo de discutir os polgrafos aparelhos capazes de medir mais de
uma grandeza sobre o mesmo fenmeno , a metrologia eltrica, de acordo com o
Programa de Certificao de Pessoal de Manuteno (SENAI-ES, 1996), pode ser
dividida basicamente em quatro tipos de instrumentos, quanto ao princpio fsico:
eletromagnticos;
eletrodinmicos;
eletroqumicos;
dinmicos.
Segundo Leo/Kurokawa ([2000?], Captulo 1 p. 5), no entanto, os tipos podem
ser mais especficos, e incluem:
bobina mvel;
ferro mvel;
ferrodinmico;
bobinas cruzadas;
indutivo;
ressonante;
eletrosttico;
A figura 9 lista alguns tipos de instrumentos de medidas eltricas.
O objetivo deste trabalho discorrer sobre os instrumentos eletrodinmicos, os
quais utilizam o princpio da bobina mvel / bobina fixa (uma variao do galvanmetro
tradicional de bobina mvel, ou galvanmetro de DArsonval). Instrumentos conhecidos
como ferrodinmicos compem-se de um instrumento eletrodinmico, em que um circuito magntico interior amplifica o torque aplicado no eixo do ponteiro, alm de garantir
robustez e invulnerabilidade contra interferncias do ambiente externo. Instrumentos
eletrodinmicos com bobina cruzada (figura 10) caracterizam-se por sua utilizao
tpica em medidores de quociente.
Leo/Kurokawa ([2000?], Captulo 1 p. 5) listam ainda outras formas de identificar
os instrumentos de medida, apresentadas a seguir.
15
2.3
Instrumentos Eletrodinmicos
16
Instrumento Medidor
Corrente (A)
Tenso (V)
Potncia Ativa (W)
Potncia Reativa (VAr)
Fator de Potncia(cos )
Resistncia ()
Capacitncia (F)
Frequncia (Hz)
Ampermetro
Voltmetro
Wattmetro
Varmetro
Fasmetro ou Cosifmetro
Ohmmetro
Capacmetro
Frequencmetro
17
2.3.1
Funcionamento
18
19
em AC, registrando valores mdios no ltimo caso, sem deflexo senoidal do ponteiro,
j que a inverso no sentido de fluxo da bobina fixa acompanhada por uma inverso
de corrente na bobina mvel, resultando ento no mesmo sentido para a fora de
defleco F. Instrumentos de bobina mvel e im permanente no registram grandezas
em DC.
Figura 17 Ilustrao da Lei de Lorentz
20
torque de reao das molas de torso. O torque gerado pela bobina que atua no eixo
escrito como:
Tb = C If Im
C um coeficiente que depende do nmero de espiras das bobinas, das dimenses, formas e da posio mtua das mesmas;
If a corrente que circula pela bobina fixa;
Im a corrente que circula pela bobina mvel.
O torque restaurador das molas varia conforme o ngulo de defleco :
Tr = s
A defleco mxima ocorre ao equilbrio dos dois torques:
C If Im = s
Obtendo-se, portanto, o ngulo de defleco instantneo:
CI I
Tb =
Tb = If Im
21
Observe que a derivada dos dois primeiros termos de (1) nula devido indutncia mtua ser uma funo de , mas as correntes If e Im e as indutncias prprias
Lc e Lp no. Isto porque a indutncia mtua depende da permencia magntica do
meio de acoplamento magntico das bobinas (neste caso o ar), e esta permencia
varia em funo do descolamento do ponteiro de um ngulo em funo da rotao da
bobina mvel. Seguindo o raciocnio da deduo anterior, em que se igualam os dois
torques, para a mxima defleco, tem-se:
If Im
=s =
1
s
If Im
CIf Im
s
seja constante.
(2)
1
T
RT
0
dt (3)
Sendo:
av : Posio angular mdia do ponteiro;
T : Perodo do movimento angular do ponteiro."
conveniente agrupar as duas constantes em (2), s, de forma que reste apenas
uma constante k. Substituindo ento (2) em (3):
av =
1
k
1
T
RT
0
22
na rea de potncia (Torreira, 2002, Captulo VI p. 135). O foco deste trabalho est
na configurao de wattmetro, que ser apresentada a seguir. Antes, porm, ser
introduzida a configurao ampermetro, objetivando evidenciar a versatilidade dos
instrumentos eletrodinmicos.
2.3.2
Configurao Ampermetro
q
1 RT
2T T
[i(t)]2 dt
q R
1 T
T 0
[i(t)]2 dt
Como If = Im = I, tem-se:
av =
1
k
1
T
RT 2
I
0
dt1
Irms av
1
A corrente I, assim como Im e If, esto referenciadas no domnio do tempo. Preferiu-se adotar essa
nomenclatura, ao invs de I(t), Im(t) e if(t), de modo a padronizar as diferenas entre os autores.
23
CKf Km I 2
Kf
s
If
, Km
I
Im
I
24
2.3.3
V2
2
r
+r
( m f +rad )
CKf Km
s
V2
2
r
+r
( m f +rad )
Configurao Wattmetro
CIf Im
Im
s
V
rm +rad
CIf
s
V
rm +rad
25
= Sw If V = Sw P
A corrente If e a tenso V compem a potncia P. No caso de corrente alternada,
o wattmetro registra a potncia mdia da carga, ou seja, a potncia ativa. Desse modo:
= Sw If V cos = Sw P
Tal que cos corresponde ao fator de potncia do circuito (Pinto, 2008, p. 16-17;
Torreira, 2002, p. 140-142).
Deve-se levar em considerao, no entanto, a polaridade das bobinas na conexo do wattmetro, pois podem ocorrer mudanas sutis, mas importantes, nas medies.
Existem duas possibilidades de conexo: bobina mvel ou de potencial ligada ao terminal negativo da bobina fixa ou de corrente (configurao A - figura 24), ou, bobina de
potencial ligada ao terminal positivo da bobina de corrente (configurao B - figura 25)
(Leo/Kurokawa, [2000?], Captulo 7 p. 4-7). Pode-se analisar as diferenas prticas de
cada configurao, fazendo uso da equao de posio angular mdia e das leis de
Kirchoff. De modo a seguir a conveno de nomenclatura dos autores Leo/Kurokawa,
ser usada corrente da bobina de potencial Ip e corrente da bobina de corrente Ic (ao
invs de Im e Ic, respectivamente)2 .
2.3.3.1
Configurao A
Supondo que o wattmetro deva medir a potncia de uma carga conectada aos
terminais de P, submetida a uma tenso E e uma corrente I ( ambas referenciadas ao
tempo), tem-se que:
Ic = Ip + I
2
26
1
k
1
T
RT
0
(Ip + I) Ip dt av =
1
k
1
T
R
T
0
Ip2 dt +
RT
0
I Ip dt (1)
E
rp +rad
(2)
1
k(rp +rad )
1
T
E2
0 rp +rad
RT
dt +
1
T
RT
0
E I dt
Configurao B
E+rc Ic
rp +rad
1
k(rp +rad )
1
T
RT
0
rc Ic2 dt +
1
T
RT
0
E Ic dt
27
2.3.3.3
1
k(rp +rad )
2
Erms
rp +rad
(1)
1
k(rp +rad )
2
) (2)
(rc Irms
28
Uma conveno dos fabricantes que, independente da configurao, os terminais 1 e 2 num wattmetro monofsico correspondem aos terminais da bobina de
corrente, enquanto os terminais 3 e 4 so os terminais da bobina de potencial. Alm
disso, a corrente Ic deve sempre entrar por 1 (terminal positivo da bobina de corrente),
assim como Ip deve sempre entrar por 3 (terminal positivo da bobina de potencial).
As figuras 26 e 27 ilustram esclarecem essa conveno.
Figura 26 Esquema de Ligao para Configurao A
2.3.4
Instrumentos Ferrodinmicos
Tambm includos, por alguns autores, na categoria de instrumentos eletromagnticos (Torreira, 2002, Captulo VI p. 135), nada mais so que uma variao especfica
dos instrumentos eletrodinmicos. Tm simbologia caracterstica, conforme ilustrado
na figura 28.
2.3.4.1
Montagem
29
30
F = I B L |F | |B |
Como o fluxo magntico amplificado pela introduo de ferros magnticos, a
fora gerada na bobina mvel multiplicada, assim como o torque resultante. Isso torna
o instrumento insensvel a interferncias magnticas externas. Para intensificar ainda
mais essa propriedade, geralmente revestido com material diamagntico, isolando-o
completamente do rudo. Tudo isso o torna tambm robusto e resistente.
2.3.4.2
Caractersticas
Por ser capaz de gerar um torque resultante elevado, geralmente usado como
instrumento registrador: a frico da pena sobre o papel gera grande resistncia, e
apenas um torque elevado capaz de vencer essa fora (exemplo na figura 30).
Figura 30 Aplicao como Registrador
31
3 Concluso
Devido a sua versatilidade, instrumentos eletrodinmicos podem substituir praticamente qualquer aparelho de medida eltrica analgico tradicional. Dentre suas
vantagens, encaixam-se:
Podem ser usados tanto para medio de corrente contnua como para alternada;
So os mais precisos na medio de corrente alternada;
Com poucas alteraes, aplicam-se como medidores de diversas grandezas:
ampermetro (A), voltmetro (V), wattmetro (W), frequencmetro (Hz), etc.
So especficos quando se trata de medir grandezas com mltiplas entradas
(corrente e tenso so necessrias para o clculo da potncia).
Porm, devido aos cuidados extras, como revestimento contra interferncias
magnticas externas e robustez, esse tipo de instrumento acaba sendo mais caro que
medidores de im permanente, por exemplo. Outra desvantagem seu consumo de
energia ligeiramente maior, mesmo quando usado como ampermetro ou voltmetro,
por ser composto de duas bobinas. Alm disso, para determinadas grandezas deve-se
usar escala quadrtica, ou seja, no linear. Mesmo assim, sua sensibilidade e preciso
ainda o tornam prefervel em muitos campos de instrumentao.
A partir desse estudo, possvel concluir, portanto, que o avano cientficotecnolgico sempre estar lado a lado com o aperfeioamento dos sistemas de medio,
sendo estes necessrios em todas as esferas produtivas humanas.
32
4 Referncias Bibliogrficas
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