A Relação Pedagógica: Jaime Cordeiro
A Relação Pedagógica: Jaime Cordeiro
A Relação Pedagógica: Jaime Cordeiro
Jaime Cordeiro
Doutor em Educao.
Faculdade de Educao USP
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A grande expanso do acesso escola e a sua extenso s massas, que tem incio na
segunda metade do sculo XIX e que se acelera e concretiza em praticamente todo o mundo
durante o sculo XX, acabou consolidando algumas caractersticas comuns e praticamente
universais ou mundializadas do processo de escolarizao.
Nesse processo, produziu-se um modelo escolar muito semelhante em todo o mundo,
que acabou estabelecendo uma escolaridade obrigatria entre os seis ou sete anos de idade,
e os 14 em alguns casos mais; escolas organizadas por meio de uma seriao anual. Hoje,
o modelo escolar tende a ser transformado por meio dos ciclos de aprendizagem; currculos
padronizados e organizados por disciplina; durao da aula em torno de 50 minutos; classes
mais ou menos homogneas, com seleo por idade e por nvel de aprendizagem dos alunos;
turmas com um determinado nmero de alunos, as quais acabam se fixando em torno de 30,
com variaes para mais ou para menos ao longo do mundo.
Outra caracterstica comum e quase invarivel ao longo de cerca de 150 anos de
escolarizao de massas tem sido o formato da sala de aula: a escola seriada e graduada, ao
reunir no mesmo edifcio diversas turmas de estudantes e diversos professores, estabeleceu a
presena de um professor para cada turma, de tal maneira que sempre haver um professor se
responsabilizando por um grupo de alunos em cada momento da jornada escolar.3 Seriao,
critrios de seleo, durao do tempo de aula e mtodos de 3. Hoje em dia ou de alguns anos para
ensino utilizados combinam-se com o arranjo arquitetnico c vm sendo experimentados outros
arranjos, mas isso ainda no atinge um
dos edifcios escolares, que designa s classes determinados nmero muito significativo de classes ou
espaos retangulares e regidos por um arranjo espacial inter- de turmas, ou pelo menos ainda no se
trata de prticas generalizadas.
no, mais ou menos padronizado.
Ao longo desse processo, consolidou-se, portanto, um determinado modelo de sala de
aula, com uma distribuio de pessoas, de material didtico e de mobilirio bastante caracterstica, pensada com o propsito de facilitar a aprendizagem e propiciar a realizao do ensino simultneo. Devido s novas exigncias da expanso do ensino, passou a ser necessrio
abrigar um nmero de alunos exponencialmente maior do que nos perodos anteriores. Assim, grande parte dos esforos dos pedagogos, no sculo XIX, seria no sentido de estabelecer
procedimentos didticos que tornassem possvel superar o ensino quase individualizado que
se praticara at ento e que era voltado para uma parcela bastante reduzida da populao.
Garantir que todos, ou potencialmente todos, pudessem ter
4. A genealogia da produo desses moacesso, ao mesmo tempo, aos mesmos contedos obrigou a dos de ensinar desenvolvida no livro de
reformular o funcionamento do ensino. Assim, criaram-se dois autores argentinos: DUSSEL, Ins;
dispositivos didticos como a pedagogia frontal, a aula expo- CARUSO, Marcelo. A inveno da sala
sitiva, o ordenamento quadriculado das carteiras escolares, de aula: uma genealogia das formas de
ensinar. So Paulo: Moderna, 2003, em
de modo a que todos os alunos se voltassem para a frente da uma perspectiva que se vale das anlisala, onde se instalam o professor e o quadro-negro.4
ses do filsofo francs Michel Foucault.
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Tal modelo de sala de aula seria criticado, desde o incio do sculo XX, por um grupo
de educadores que, sob a influncia dos estudos da Psicologia da poca, proclamam a centralidade do papel ativo da criana na aprendizagem e a necessidade da decorrente de alterar
radicalmente as prticas pedaggicas que at ento se exerciam, e que passam a receber o
rtulo de tradicionais. Esses educadores novos proporiam, ento, reformulaes bastante
importantes que tocaram, inclusive, no arranjo e ordenamento espacial da sala de aula.
Seja na perspectiva dita tradicional ou na perspectiva das pedagogias renovadas, a
importncia da dimenso espacial da sala de aula para a definio do tipo de relao pedaggica que se pretende exercer reconhecida. Podem-se comparar, por exemplo, os dois
modelos de sala predominantes nessas propostas. De um lado, a sala de aula tradicional, que
se organiza com fileiras de carteiras voltadas para a mesa do professor, a qual fica frente
da sala, junto lousa, lugar de inscrio do saber. H poucos ornamentos, mantendo-se um
ambiente austero para que a ateno dos alunos se concentre no professor e nas tarefas realizadas em classe individualmente.
De outro lado, a sala de aula adaptada s pedagogias renovadoras: sem lugares fixos
determinados, o mobilirio deve ser de tal modo que se possam realizar os trabalhos em
equipes. Tambm h outras mesas e estantes com diversos materiais didticos a serem utilizados nas diversas atividades propostas; nas paredes, cartazes coloridos, trabalhos realizados pelos alunos, fotografias, mapas etc.
Nessa comparao, pode-se dizer que cada um dos modelos de sala de aula induz a
tipos diferentes de relao pedaggica. No primeiro caso, o professor tem um papel claramente ativo e central, e pode observar e controlar a maior parte das interaes pessoais que
ocorrem dentro da classe. Nesse tipo de relao pedaggica, predominam interaes pessoais no sentido vertical, entre cada aluno e o professor.
J no segundo caso, os alunos tm papel mais ativo e o professor se desloca mais para o
papel de observador e monitor das diversas atividades, intervindo pontualmente quando julga necessrio, para possibilitar que os alunos possam se aproximar dos objetivos propostos
nas tarefas. Predominam interaes horizontais, entre os alunos. Em grande parte dos casos,
o professor se dirige ao grupo de alunos envolvido diretamente na tarefa observada.
Tanto num caso, quanto no outro, porm, o que importa ter em mente que a adoo
deste ou daquele dispositivo depende, em grande medida, dos objetivos que se quer realizar e
das modalidades de saberes com que se est trabalhando, j que saberes proposicionais podem
ser mais bem assimilados por meio da exposio didtica, enquanto outras modalidades de
conhecimento exigem interveno mais ativa dos alunos, colaborao, troca de opinies etc.
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Tempor ais
O tempo escolar , em grande parte, regrado e determinado fora da sala de aula, nas
instncias jurdicas, administrativas e curriculares mais amplas, que se pem fora do alcance do professor e dos alunos, e sobre as quais muitas vezes esses agentes mais diretamente
envolvidos na relao pedaggica no podem interferir. A distribuio da carga didtica e
do peso de cada disciplina ou grupo de contedos estabelecida previamente, no currculo
prescrito. O horrio escolar tambm determinado previamente: o incio, o final e a sequncia e alternncia das aulas, bem como a durao de cada aula e dos intervalos, e perodos de
descanso ou recreio.
No entanto, essas determinaes externas no conseguem controlar completamente o
tempo escolar. Durante cada aula, h uma larga faixa de estipulao da durao das atividades pelo professor e um certo espectro de negociao e resistncia por parte dos alunos,
que acabam estabelecendo distintas formas de aproveitamento do tempo na classe. E isso
est intimamente ligado s diversas modalidades de relao pedaggica estabelecidas entre
cada professor e cada turma de alunos. Modalidades mais diretivas tendem a tentativas de
aproveitamento mais intensivo do tempo. Relaes pessoais mais distendidas podem resultar
em aproveitamento menos uniforme, mas que, s vezes, pode significar aprendizagens mais
significativas. Somente a observao atenta de cada caso poderia nos oferecer uma imagem
mais completa das implicaes mltiplas entre os modos de organizao do tempo escolar, a
relao pedaggica, o ensino e as aprendizagens efetivamente realizados.
Lingusticas
Outra dimenso muito importante para se apreender a relao pedaggica nos seus
mltiplos aspectos tem relao com o fato de que ela se estabelece essencialmente por meio
da linguagem. Se essa dimenso no d conta de todos os aspectos da relao pedaggica, a
compreenso dos modos como a linguagem utilizada na sala de aula permite compreender
melhor o que acontece no ensino e na aprendizagem: a linguagem certamente estruturante
da relao pedaggica e tem poderosa influncia na aprendizagem dos alunos.
por meio das prticas discursivas instauradas na sala de aula que as crianas vo,
aos poucos, se transformando em alunos. Nesse sentido, tornar-se aluno , em larga medida, aprender as regras e os comportamentos lingusticos que vigoram na sala de aula. Aos
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poucos, elas vo percebendo os modos como o professor se dirige aos alunos, seja individualmente, seja classe como um todo; como o professor vai demarcando, por meio da entonao e dos modos de dizer, o que mais ou menos importante e o que no pode deixar de
ser assimilado.
O professor exerce diversos atos de fala: expe, preleciona, adverte, explica, faz perguntas, incita os alunos a falar etc. Aos alunos sobram menos possibilidades lingusticas: em
situaes ideais, a eles est reservada a obrigao de falar e responder quando interrogados;
neste ou naquele caso, existe a possibilidade de questionar, declarar no ter entendido, pedir
mais esclarecimento sobre ideias ou tarefas a realizar, solicitar permisso para se retirar ou
para realizar atividades no previstas inicialmente. Informalmente, claro, os alunos realizam diversos outros atos lingusticos, s vezes tolerados ou reprimidos pelo professor.
A linguagem verbal, no limite, o que conta como conhecimento na escola; ensina-se e aprende-se essencialmente aquilo
que se fala e que se pode converter em texto. Na situao escolar,
ensinar e aprender significa ensinar a falar e aprender a falar (e
escrever).5
Os modos como os professores mobilizam a linguagem, formulam as perguntas e operam com o dilogo da sala de aula revelam amplamente tanto os modos de exerccio do poder
em classe, quanto as concepes de ensino ali presentes. Quando um professor ou uma disciplina escolar insistem em perguntas que exigem apenas a citao de fatos ou a enumerao
de ideias, isso sinaliza algo para os alunos: nesse tipo de aula, importa menos o raciocnio
e mais a mobilizao da memria. A forma do dilogo que se estabelece na aula revela em
grande medida o prprio sentido do ensino ali ministrado e do que se espera que os alunos
retenham como aprendizagem.
A autoridade do professor se afirma mediante o exerccio do seu papel ativo no controle
do dilogo na aula. E muitas vezes, a linguagem mobilizada pelo professor apenas para reforar essa sua posio de autoridade. Outras possibilidades de uso da linguagem na sala de
aula esto, no entanto, disponveis enquanto dispositivos pedaggicos a que se pode recorrer
para imprimir outros sentidos prpria relao pedaggica e aprendizagem. Por exemplo,
quando o professor ou as circunstncias da aula instauram, voluntria ou involuntariamente,
outras formas de falar, perguntar e responder, pode ocorrer uma inverso de papis e as questes passam a ser formuladas pelos alunos. Aprender pode deixar de ser apenas assimilar
respostas para questes predeterminadas.
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A relao pedaggica que a se instaura pode romper com o desejo de controle total do
dilogo por parte do professor, mas ao mesmo tempo pode permitir a emergncia de questes
de carter mais investigativo, ampliando o espectro e as modalidades do conhecimento que podero ser abordadas na sala de aula. Saberes mais indeterminados e especulativos, mais ricos
e dotados de potencial investigativo, podero ser confrontados, ento, com os saberes proposicionais, com as informaes e conhecimentos j acumulados coletivamente pela sociedade,
permitindo que a sala de aula se torne um ambiente de aprendizagem mais rico.
Pessoais
A dimenso pessoal da relao pedaggica tem sido a mais fortemente explorada pela
bibliografia pedaggica, quase sempre sob forte influncia dos estudos da Psicologia. Costuma-se, muitas vezes, at mesmo reduzir a relao pedaggica a essa dimenso interpessoal,
que se preocupa com o exame e a compreenso dos vnculos entre professor e alunos.
Para melhor compreender essa dimenso do ponto de vista da Didtica no necessrio abandonar as contribuies dos estudos psicolgicos, mas necessrio enfatizar os modos como essa dimenso interpessoal afeta, positiva ou negativamente, o ensino e a aprendizagem.
O vnculo entre o professor e o aluno na sociedade ocidental moderna bastante diferente do vnculo entre mestre e discpulo que se constitui, por exemplo, na tradio oriental
clssica ou na perspectiva socrtica, tal como descrita por Plato nos seus dilogos. Na tradio taosta, budista ou hindu, por exemplo, ou nos ensinamentos de Scrates, a relao entre
mestre e discpulo se instaura para que o discpulo alcance uma melhor compreenso de si
prprio e um consequente aperfeioamento moral e tico pessoal. Trata-se de uma relao
presidida por uma forte presena da autoridade pessoal e do exemplo do mestre, cujo papel
o de reconduzir continuamente o discpulo no sentido da admisso da sua ignorncia, ponto
de partida indispensvel para o conhecimento interior. O vnculo fortemente pessoal e o
seu propsito no se dirige para uma compreenso mais acurada do mundo exterior.
J no caso da relao pedaggica que se instaura na modernidade ocidental, entre o
professor e o aluno, ela se volta justamente para uma descrio acurada do mundo exterior,
para o conhecimento de um mundo objetivo, que se situa fora do sujeito que quer conhecer.
O mergulho introspectivo feito, de acordo com as proposies de um autor como Descartes, por exemplo, apenas como ponto de partida e como mecanismo de correo dos erros da
percepo e de aperfeioamento da razo.
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participao mais ativa ou reflexiva dos diversos agentes envolvidos na classe e na aula ser
diferentemente exigida, o que implica em que o professor precisa ter desenvolvido uma percepo e uma sensibilidade acurada para perceber como agir em cada situao.
Do ponto de vista das interaes pessoais, professores e alunos estabelecem diferentes
percepes da relao pedaggica, das suas finalidades e da concretizao do ensino como
aprendizagem, o que tende a instaurar necessariamente um conjunto de tenses entre eles.
Do ponto de vista dos alunos, o ponto de partida da relao pedaggica percebido como
arbitrariedade, tendo em vista a compulsoriedade da escolarizao. J do ponto de vista do
professor, isso percebido como parte e como objetivo central, como finalidade mesma do
seu trabalho, do seu labor pessoal.
Assim, professores e alunos se ocuparo, no processo, com posturas, desejos e finalidades distintas. O professor se ocupa com a imposio dos procedimentos e das rotinas
escolares; os alunos, desta ou daquela maneira, se ocuparo com as formas de resistncia a
essa imposio. Longe de uma viso idealizada e romantizada da relao pedaggica, preciso admitir que ela se instaura em um campo de tenses e conflitos que tm que ser assim
percebidos, para alm de uma diviso muito esttica e imutvel de papis.
Cognitivas
A ltima dimenso da relao pedaggica a ser aqui analisada a de que ela se realiza
necessariamente como uma relao com o conhecimento. De acordo com diversos autores, a
relao pedaggica pode ser representada por uma trade de elementos que interagem entre
si: professor, alunos e conhecimento. O que define o carter e a funo primordial da escola,
e a torna distinta de outras instituies sociais, o fato dela propiciar s novas geraes um
lugar social reservado para o acesso aos saberes socialmente considerados relevantes e necessrios para a continuidade da vida na sociedade.
Embora isso no invalide as anlises que se ocupam de outras diversas funes assumidas pela instituio escolar, em dimenses, por exemplo, polticas, socializadoras, ideolgicas, no se pode negar o fato de que, para a grande maioria da populao, a escola ser
possivelmente o nico lugar social e o nico tempo na vida de cada um em que se poder ter
acesso a um conjunto de saberes, prticas, instrumentos e aparatos intelectuais, artsticos e
expressivos que no so facilmente disponveis em outras instncias sociais.
No se podem refutar as anlises sociolgicas j clssicas que demonstraram o papel
da escola e do saber escolar na reproduo do sistema de posies e das estruturas sociais
j existentes antes da entrada dos indivduos no sistema escolar. No entanto, as relaes que
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Essa atribuio particular e especfica de sentido que feita por esses alunos sujeitos
cria mltiplas hierarquias do que mais ou menos interessante ou do que pode ser objeto de
investimento pessoal. O professor precisa entender os diversos modos como se processa essa
atribuio de sentidos para poder operar sobre ela. Isso nos distancia bastante da ideia de pura
subordinao do currculo ao interesse do aluno, que tem resvalado para prticas populistas
que procuram apenas revestir os saberes escolares de formas mais atraentes ou agradveis, sem
refletir mais detidamente sobre os diversos significados desses mesmos saberes.
Pensar sobre o significado dos saberes que so ensinados, tentar refletir sobre o que
eles representam para ns mesmos como professores, estabelecer suposies bem fundadas sobre que sentidos eles podem assumir para os nossos alunos, tudo isso remete a nossa
profisso para uma dimenso bem distante das representaes idealizadas do professor que
transmite de maneira integral todo o saber que acumulou no seu processo de formao.
Nesse processo de reflexo sobre o currculo, pois afinal disso que se trata, ns professores, mais do que nunca, nos vemos obrigados a nos envolver em um movimento contnuo de ressignificao dos nossos prprios saberes e das nossas modalidades pessoais em
relao a esses saberes. Podemos ensinar algo de que no gostamos? Ou sobre o que duvidamos em alguma medida da sua relevncia social e pessoal? Que relaes ns mesmos estabelecemos com os saberes que ensinamos e com os modos de adquiri-los e com eles operar?
Par a finalizar
Como se procurou mostrar neste texto, a relao pedaggica um aspecto vital da Didtica, um tema que tem que ser examinado com muito cuidado por todos aqueles que exercem
ou pretendem exercer o ofcio docente. no mbito da relao pedaggica, compreendida em
sentido bastante amplo, que o trabalho do professor e as atividades centrais da escola e dos
estudantes se efetivam.
Do ponto de vista da Didtica, pouco proveitoso reduzir a relao pedaggica dimenso puramente interpessoal, porque se ela nos ajuda a entender muitos aspectos do nosso ofcio,
ela no d conta de outros aspectos tambm muito relevantes. Compreender as dimenses espaciais, temporais, lingusticas ou comunicativas, pessoais e cognitivas amplia muito o mbito
da nossa reflexo e alarga o campo de atuao, e de competncias do profissional docente.
As reflexes aqui delineadas procuraram incidir sobre aspectos e problemas encontrados
cotidianamente pelos professores, e pelas professoras no exerccio da nossa profisso. Longe
de compor representaes idealizadas que procuram apenas elevar imaginariamente o nosso
ofcio a uma dimenso mais sublime, preciso nos voltar para as questes concretas que nos
afetam, sem com isso diminuir o alcance e as possveis repercusses do nosso trabalho.
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Saiba Mais
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