Fichamento de Pragmática

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO CEAR
CAMPUS CRATES
LICENCIATURA EM LETRAS
DISCIPLINA: ESTGIO III REGNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
TURMA: S6 SEMESTRE 2016.1
HORRIO: QUARTA (09H45 / 11H45) SEXTA (07H30 / 09H30)
DOCENTE: JOS ROBERTO DE SOUZA BRITO
DISCENTES: JOS EDMILSON M. de A. (AUGUSTO)
PEDRO BOMFIM
FICHAMENTO DE: FIORIN, Jos Luiz (Org). Introduo lingustica vol. 1 e 2. Cap. 10, A
linguagem
em
uso,
pg.
227
260.
Disponvel
em,
<https://sabinemendesmoura.files.wordpress.com/2012/01/introduc3a7c3a3o-c3a0lingc3bcc3adstica-vol-1e2-josc3a9-luiz-fiorin.pdf>. Acesso dia 03/08/2016.
A pragmtica tem em uma de suas funes principais o estudo das multi significaes da
linguagem no contexto de uso, ou seja, nas interaes de fala. Este trabalho de Fiorin conta com
uma srie de exemplos bem prximos da realidade prtica, por tal motivo, o texto de fcil
compreenso e assimilao no desmerecendo pois, a importncia desta coletnea de artigos
organizada pelo mesmo.
Temos que o valor entre significante e significado das expresses da linguagem em
movimento recebem um importante destaque nos estudos pragmticos por se tratar de um objeto
que previamente no pode ser descrito apenas pelo estudo da semntica, por ser deveras restrito ao
significado superficial das palavras e oraes. Logo aps citar alguns exemplos Fiorin (2003, pg.
228) diz que: No sistema lingstico, temos oposies fnicas e semnticas e regras combinatrias
dos elementos lingsticos. No entanto, nem as oposies semnticas, nem as regras de
combinao conseguem explicar os fatos acima. O autor faz tal afirmao ao descrever exemplos
de significao pragmtica dentro da linguagem falada onde apenas os objetos do contexto espacial
e temporal do dilogo podem determinar o significado emprico da fala e sua subjetividade
implcita, ou seja, a pragmtica estuda as condies que governam a utilizao da linguagem em
contexto.
O ponto de partida para os estudos pragmticos nasce a partir de estudos filosficos em

linguagem de John Austin e Paul Grice. Assim a lngua em uso e seus atos de fala ganham destaque
de estudo que anteriormente foi desprezado pelas correntes lingusticas.
J em Moeschler so descritos trs domnios de fatos lingusticos que determinam a
introduo a uma dimenso pragmtica nos estudos da lingustica, que so: os fatos de enunciao,
de inferncia e de instruo.
Sobre a enunciao, que tem a funo de anunciar fatos, h diversos atos, dos quais:
Diticos, performativos, conectores, algumas negaes e advrbios de enunciao.
J com relao a inferncia, que um enunciado que implica outro, ou seja, se afirmo que
Lcia minha me, logo temos tambm que sou filho de lcia e esta funo da linguajem dada a
designao filosfico lingustico de inferir informaes. importante frisar tambm que tais
informaes esto contidas dentro do prprio enunciado.
A Pragmtica deve explicar como os falantes so capazes de entender no literalmente uma
dada expresso, como podem compreender mais do que as expresses significam e por que um
falante prefere dizer alguma coisa de maneira indireta e no de maneira direta.
Em Austim, temos os estudos dos atos de fala, onde as inferncias, se verdadeiras ou falsas,
so de fundamental importncia no desenvolvimento de seu estudo, pois a lingustica at ento se
deixava levar por iluses descritivas. A lngua em uso segue padres performativos de fala e ao,
tais como uma ordem, que ao mesmo temo acatada, esta no verdadeira nem falsa quando se
realiza, caso contrrio passa a ser apenas nulo, ou seja, o ato performativo fracassou. H uma srie
de performativos descritos, dos quais posso citar as condies de felicidade (sucesso) ou de fracasso
anulao do performativo, que seguem definies bsicas da eficincia da execuo ou no dos
mesmos.
H tambm performativos de constatao e proibio, que se realizam de forma diferente
deste anteriormente citados. Estes so performativos implcitos por receberem estruturas
pragmticas que remetem ao ato em si e podem ser convertidas as formas pregressas aqui
discutidas, ou seja, constativos dos performativos. Posteriormente se d o estudo dos atos
ilocucionrios, Searle mostra que no podemos confundir proposio e fora ilocutria, porque
enunciados que tm fora ilocucional diferente, podem exprimir a mesma proposio como o
exemplo de uma frase onde se aplica uma pontuao diferente como a exclamao, interrogao,
ordem etc.
A teoria da polidez de Brown e Levinson incorrido sobre sua teoria das faces, onde descreve
que h uma face positiva e outra negativa sobre as perspectivas de um enunciado em relao ao
sujeito enunciador em seu amor prprio por ser aceito ou no pelo receptor, culminando assim na
descrio de que h uma polidez tambm positiva e negativa.
Em resumo pode-se tambm dizer que este trabalho fundamental para se ter acesso aos
conhecimentos bsicos em pragmtica, sendo pois, bibliografia importante para a formao
acadmica de profissionais que estudam as linguagens.
REFERENCIAS
ARMENGAUD, Franoise. A pragmtica. Traduo Marcos Marcionilo. Parbola Editorial, So
Paulo-SP, 2006.
CAVALCANTE, Mnica Magales (Org.). Clssicos da Lingustica, referenciao. Editora
Contexto, So Paulo-SP, 2003.

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<https://sabinemendesmoura.files.wordpress.com/2012/01/introduc3a7c3a3o-c3a0lingc3bcc3adstica-vol-1e2-josc3a9-luiz-fiorin.pdf>. Acesso dia 03/08/2016.

O ponto de partida para os estudos pragmticos nasce a partir de estudos filosficos em

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