Ética Da Autenticidade Taylor - S R C PDF
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Artigo recebido em 05/12/2012 e aprovado para publicao pelo Conselho Editorial em 20/12/2012.
Doutor em Filosofia pela Pontificia Universit San Tommaso (Roma). Professor do Mestrado em
Direito da Universidade Catlica de Petrpolis. Currculo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4874832664252533. Email: carlos.silveira@ucp.br.
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Abstract: In the thought of Charles Taylor, the relationship between authenticity and
multiculturalism involves fundamental elements of contemporary society, such as the
formation of identities, the politics of recognition, the mass communication. Although
controversial, these concepts gain harmony and coherence in thought Taylor, thanks to his
philosophical method of the historical knowledge of the most important traditions that form
the Western thought. The authenticity understood as mere assertion of individuality creates a
conflict for the common good, because it would imply the idea of exclusion and its default
would be an erroneous fudamentation of authenticity. Taylor's solution is to take the concept
of authenticity in the sense of community, that is to say, in the sense of the person, the being
naturally open to others, the place of achievement of authenticity.
Keywords: Multiculturalism; Authenticity; Self; Formation of identities; Charles Taylor.
1. Consideraes Iniciais
Charles Taylor reconhecidamente um dos pensadores polticos mais influentes de
nosso tempo. Sua reflexo acerca do ideal moderno da autenticidade marcada por um
surpreendente equilbrio e solues originais contrrias aos excessos do atomismo poltico e
da razo instrumental. Esse equilbrio se manifesta de modo especial nas condies tericas
por ele criadas para associar autenticidade e multiculturalismo. Como se sabe, a corrente
multiculturalista faz uso da coletividade para explicar a condio individualidade da vida social,
partindo da afirmao da cultura e compreenses de uma pessoa e seu grupo social.
A relao estabelecida por Charles Taylor entre autenticidade e multiculturalismo
envolve elementos fundamentais da sociedade contempornea, como a formao das
identidades, a poltica do reconhecimento, a comunicao de massa. Com efeito, a era da
informao permite a supresso ou reduo de antigas barreiras de comunicao, ensejando a
influncia de mltiplos fenmenos sociais na construo do eu. Neste momento da histria,
diferentes culturas so rapidamente disseminadas, permitindo com que ideias e valores sejam
alocados com incrvel velocidade e magnitude atravs dos atuais meios de comunicao,
sobretudo do maior fenmeno de todos os tempos, as redes de computadores.
Entretanto, a rpida difuso de informaes e o contato mais amplo entre
agrupamentos sociais podem gerar conflitos entre as diferentes culturas, com a tentativa
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dominao pelas culturas homogeneizantes, resistida pelas culturas minoritrias. Tal embate
possui reflexos direitos na autodefinio dos sujeitos, que passam a dispor de elevada
quantidade de elementos culturais para a construo de sua identidade, sobretudo nas
sociedades liberais.
sob este prisma, que Taylor procura desenvolver a sua tica da autenticidade,
levando em conta a aglutinao dos indivduos em grupos, ou ao menos, o fenmeno
inevitvel da informao, que influencia diretamente as culturas locais, e secundariamente os
valores individuais.
Paralelamente construo da identidade, figura a noo de reconhecimento, isto , a
forma pela qual a sociedade conceitua e atribui valor a um indivduo, ou a um determinado
grupo social. Entretanto, nota-se que a ausncia desse reconhecimento pode at mesmo causar
danos s pessoas ou comunidades, com a formao de uma imagem pejorativa destes,
ensejando a construo de uma identidade inferiorizada.Desse modo, a percepo coletiva
frequentemente pode produzir inverdades, vindo a se perpetuar ao longo do tempo,
atribuindo indevidamente menor valor a determinados grupos, como o caso dos indgenas
americanos, tidos por inferiores e ingnuos 2.
Sob tal prisma, fica patente a importncia do reconhecimento na formao da
identidade, seja do indivduo ou de um grupo com interesses comuns, mesmo e, sobretudo
nos casos de grupos que tenham sido socialmente rotulados erroneamente e de forma
pejorativa.
Ademais, sustenta Taylor que a formao fortemente influenciada por um ideal de
autenticidade, que, no entanto, no deve ser compreendido como absoluto, desprovido de
delimitaes por horizontes de sentidos socialmente construdos, ou visto apenas como
afirmao de individualidades, mas sim regido por determinados padres ticos pela a tica
da autenticidade.
Nesse contexto, o objeto deste artigo consiste na avaliao do processo de construo
da identidade dos indivduos numa sociedade marcada pelo multiculturalismo, partindo da
noo que a originalidade e autenticidade que envolvem tal processo devem ser delimitadas
por uma ordem normativa de sentidos de uma comunidade.
2. A formao da identidade a partir do reconhecimento
DEAN, Warren. A ferro e fogo. So Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 87.
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2.1.
TAYLOR, Charles. El atomismo, en Derecho y moral. Ensayos analticos. Universidad Catlica do Chile,
1990. Traduo livre dos autores.
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TAYLOR, Charles. Argumentos filosficos. So Paulo: Loyola, 2000, p. 197.
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O reconhecimento
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interao com o outro. Alis, o prprio valor de uma identidade estabelecido por elementos
externos, e no pelo prprio indivduo, sendo, portanto, dependentes de um reconhecimento.
Conforme assevera Semprini 6:
a percepo que um indivduo tem de si mesmo e de sua individualidade
depende de estruturas cognitivas, esquemas corporais, afinidades comuns e
outras qualificaes inscritas em um quadro que emerge somente no
decurso de interao com os membros de seu grupo de pertena e dos
outros grupos sociais. Em termos, a prpria capacidade de um indivduo
pensar como indivduo e definir as qualificaes dessas individualidades
amplamente determinada por suas interaes e experincias sociais []. O
self individual construdo e ativamente negociado pelo indivduo em suas
interaes com o outro.
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indivduos e grupos sociais e, assim, vista como uma poltica homogeneizante dos grupos
majoritrios9.
Por outro lado, a poltica de reconhecimento das diferenas, de carter igualmente
universalista, preconiza que a dignidade dos cidados exige justamente o oposto da poltica de
reconhecimento igualitrio, pugnando pelo reconhecimento da singularidades que identificam
os grupos sociais ou os indivduos.
Taylor, entretanto, reconhece a fraqueza de ambos os modelos. Desse modo, o autor
prope um reconhecimento das diferenas que no apenas permita a sobrevivncia de uma
cultura minoritria em uma sociedade, mas que reconhea seu valor 10, permitindo sua
manuteno e efetiva influncia na tomada de decises coletivas e na construo coletiva de
significados em uma sociedade democrtica. O reconhecimento, assim, configura um ato de
respeito e valorizao de diferenas culturais, no um ato de condescendncia de grupos
majoritrios.
Para a obteno de tal fim, Taylor sugere uma fuso de horizontes, uma articulao
pblica entre concepes distintas de bem, na qual haveria a compreenso e aceitao dos
elementos de percepes opostas, com o fim de formular uma viso comum e ampla de bem,
publicamente compartilhada e no excludente, que abrangeria as concepes iniciais. Por essa
fuso de horizontes,
Aprendemos a nos movimentar num horizonte mais amplo em que aquilo
que antes tnhamos por certo como a base da valorao pode ser situado
como uma possibilidade ao lado da base diferente da cultura desconhecida.
A fuso de horizontes opera por meio do desenvolvimento de novos
vocabulrios de comparao, voltados para articular esses novos contrastes.
Assim, se e quando terminarmos por encontrar apoio substantivo para
nossa suposio inicial, isso depende de uma avaliao do valor que
possivelmente no teramos condio de fazer no comeo. Chegamos ao
juzo em parte por meio da transformao de nossos padres11.
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Esse deslocamento da nfase moral para o mbito interior, individual, passa a ser
considerado como essencial ao ser pleno na busca de uma autenticidade, reforada pela ideia
de Herder que cada ser humano tem sua prpria medida, isto , que cada pessoa tem um
modo especfico e original de ser humano17.
Surge, assim, o princpio da originalidade, segundo o qual cada voz tem algo peculiar
a dizer. No s no devo moldar minha vida de acordo com as exigncias de conformidade
externa, como sequer posso encontrar fora de mim o modelo pelo qual viver 18.
O subjetivismo reforado pela mobilidade existente nas sociedades modernas.
Segundo Taylor, a facilidade com que os indivduos transpassam as fronteiras de cidades e
pases, seguindo oportunidades de emprego, por exemplo, ampliada na modernidade. Com
isso, antigos laos entre as pessoas so rompidos, gerando um contanto muito mais
impessoal e casual no lugar de relaes mais intensas, cara a cara19.
A construo da identidade passa a se fundamentar no empirismo do prprio eu, e no
mais atravs da difuso do pensamento de terceiros. Nessa nova construo, deparamos com
o problema da autenticidade, capaz de suprir as indagaes oriundas deste individualismo
moderno.
A criao da prpria identidade passa a exigir o reconhecimento de ns mesmos,
atravs da autodefinio. Nessa descoberta, a originalidade se faz necessria, caso contrrio, o
homem estar simplesmente absorvendo e replicando tudo que se encontra sua volta, ou que
tenha poder de influenci-lo na construo do eu. O indivduo assume cabalmente o encargo
de definio de sua identidade e dos critrios para sua busca do bem, a partir de uma
representao interna do mundo. Passamos de um perodo em que regras externas moldaram
o homem, para outra, que passa a rechaar qualquer influncia externa. A autenticidade passa a
ser entendida como um fim em si mesmo, sendo uma forma de satisfao intrnseca ao
homem. Alm disso, a descoberta dessa identidade autocentrada feita atravs da
manifestao, da expresso de um determinado modo de vida em discursos e aes tidas pelo
sujeito como originais. Da surge o expressivismo da noo moderna do indivduo, como
afirma Taylor20.
Entretanto, a interioridade contribui para o desengajamento da razo. A prpria
compreenso da natureza e do pensamento sofre um processo de interiorizao, abstraindo-se
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dos objetos e do espao que circunda o indivduo. Nesse contexto, o foco das cincias tornase a ordenao do pensamento, e no a vinculao entre pensamento e objeto.
Esse individualismo exacerbado na formulao da identidade constitui uns dos
problemas morais das sociedades contemporneas, pois abandonam estruturas que conferiam
sentido ao mundo e s aes humanas, gerando um processo de desencantamento do
mundo21. Tal desinteresse pelo outro leva tomada de decises com base em um razo
instrumental, que avalia apenas a relao custo-benefcio, no mximo benefcio, descurando
do valor intrnseco dos seres humanos e demais critrios e objetivos mais elevados. Esse no
reconhecimento de horizontes de valor, com a perda do interesse pela sociedade por outras
pessoas, aliado ao individualismo exagerado, tem como consequncia com a reduo na
participao na poltica com o fim de construir objetivos sociais comuns.
Curiosamente, a nfase na possibilidade de escolhas do indivduo na formao de sua
identidade, com ampliao do espao privado, enseja uma perda de liberdade na determina o
dos fins coletivos, gerando um despotismo brando, como j alertava Tocqueville:
Penso, assim, que o tipo de opresso de que os povos democrticos esto
ameaados se assemelhar a nada que o tenha precedido no mundo [...]. Eu
vejo uma incontvel multido de homens parecidos que giraro em torno de
si mesmos sem repouso, em busca dos pequenos e vulgares prazeres com os
quais eles ocupam as suas almas [...] como um estranho para o destino dos
demais [...]. Cada um existe somente para si mesmo e em si mesmo [...].
Acima deles, um imenso poder tutelar se eleva, que, s, toma para si a
responsabilidade de assegurar seus prazeres e de vigiar os seus destinos.
absoluto, detalhado, regular, onisciente e moderado, [...] procura apenas
mant-los irrevogavelmente na infncia22.
MORAIS, Alexander Almeida. A concepo de Charles Taylor de uma tica da autenticidade unida a
uma poltica do reconhecimento. Revista Filosofia Capital, Braslia, v. 6, n. 13, p. 03-12, jul/2011, p. 05.
22
TOCQUEVILLE, Alexis de. Democracia na Amrica. So Paulo: Nacional, 1969, p. 223.
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O Self na Identidade
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O indivduo encontra sua referncia no prprio self, sendo autnomo das redes de
interlocuo. O indivduo est em permanente busca de sentido para sua existncia. Esta
construo est intimamente relacionada ao processo cognitivo, sendo visceral para a
consolidao do self, assim descreve Clancey:
Na cognio situada, um dos conceitos fundamentais de que os processos
cognitivos so casualmente sociais e neurais. Uma pessoa obviamente
parte de uma sociedade, mas os efeitos causais nos processos de
aprendizagem podem ser entendidos como bidirecional27.
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que voc pode estabelecer e razo de que ela trata; e (3) que esse tipo de argumento pode fazer
diferena na prtica.
Estes elementos subjetivos esto compreendidos na razo instrumental, mecanismo
este, impessoal, no qual Weber denominou de jaula de ferro. Por fim, cabe dizer que este
cenrio vem a culminar na autoindulgncia, que est a cada momento mais presente na
sociedade. Nesta perspectiva, a sociedade passa a refletir esta anomia que leva ao
enfraquecimento da democracia, e fortalece uma unidade de governo que tende a subjugar
seus cidados.
3.2.
A identidade, como registrado, deve ser tratada como uma construo social, na qual o
indivduo busca o autoconhecimento e a definio de seus objetivos a partir de avaliaes e
descriminaes valorativas sobre si, sobre seus desejos e sobre a relao destes com os
elementos da comunidade que o circunda.
A avaliao dos desejos, entretanto, no deve ser feita por uma perspectiva fraca, na
qual inexistem sentidos valorativos das aspiraes humanas, sendo a ao conduzida por
meros impulsos ou clculos quantitativos de benefcios, como preconiza o utilitarismo.
A avaliao forte est centrada no modo reflexivo dos desejos, estes que vm a
culminar nas expresses valorativas da identidade. Tal conceito, segundo Taylor, reside sobre
os desejos e crenas de algum. A avaliao forte depende, segundo Taylor, de
discriminaes acerca do certo e errado, melhor ou pior, mais elevado ou menos elevado, que
so validadas por nossos desejos, inclinaes e escolhas, mas existem independentemente
destes e oferecem padres pelos quais podem ser julgados 28. A estrutura do self, portanto,
diretamente influenciada por fatores externos, por orientaes morais, ainda que
imperceptveis ao sujeito, que servem como base para a construo da identidade.
Dessa forma, a identidade
[...] definida pelos compromissos e identificaes que proporcionam a
estrutura ou horizonte em cujo mbito posso tentar determinar caso a caso
o que bom, ou valioso, ou o que se deveria fazer ou aquilo que endosso ou
TAYLOR, Charles. As Fontes do Self. A construo da identidade moderna. 3.ed. So Paulo: Loyola,
2011, p. 17.
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