Diamante PDF
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EQUIPE TCNICA
ELABORAO DO INFORME
EXECUO DA PESQUISA
Apresentao
O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das atividades tcnicas da CPRM nos campos da geologia econmica, prospeco, pesquisa e economia mineral. Tais resultados so apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliogrficos, relatrios e estudos.
Em funo dos temas abordados so distinguidas oito sries de publicaes, abaixo
relacionadas:
1) Srie Metais do Grupo da Platina e Associados;
2) Srie mapas Temticos do Ouro, escala 1:250.000;
3) Srie Ouro Informes Gerais;
4) Srie Insumos Minerais para Agricultura;
5) Srie Pedras Preciosas;
6) Srie Economia Mineral;
7) Srie Oportunidades Minerais Exame Atualizado de Projeto;
8) Srie Diversos.
A aquisio de exemplares deste informe poder ser efetuada diretamente na Superintendncia Regional de Salvador ou na Diviso de Documentao Tcnica, no Rio de Janeiro.
RESUMO
O projeto localiza-se na regio de Santo Incio, municpio de Gentio do Ouro, centronoroeste do Estado da Bahia. Teve o objetivo de avaliar o potencial diamantfero relacionado a
depsitos tipo placer, formados durante a evoluo do Neotercirio ao Pleistoceno, e admitidos
como sendo um produto da reciclagem erosiva de paleoplaceres diamantferos mesoproterozicos, tendo como metalotecto principal a Formao Tombador, especificamente os seus nveis conglomerticos.
Geomorfologicamente, os depsitos se situam na zona da plancie aluvionar do Rio
So Francisco, imediatamente adjuntos s escarpas de serras que delimitam a parte terminal
da Zona da Chapada Diamantina Ocidental.
As cinco reas remanescentes onde se acham inseridos os depsitos tm uma extenso de 2.400 ha, sendo a delimitadas as zonas portadoras de uma espessa seqncia detrtica, incluindo cascalhos, areias e argilas, em graus variveis de mistura e com estruturao
vertical e lateral controladas pelos regimes de sedimentao, representados por duas fases
distintas: uma, para a Zona Basal/N-1, mais rica em diamantes detrticos, e a outra para a Zona
Superior/N-2 e N-3, sendo a ltima mais empobrecida em diamantes detrticos.
Nessas cinco reas foi quantificada, com base num programa de 2.648 m de sondagem rotativa diamantada, uma reserva medida de aluvies de, aproximadamente, 42 milhes
3
de m , onde se admite, pelos testes realizados, um teor mdio para diamante detrtico de 1,70
3
pontos/m , sendo portadoras de nveis de cascalhos diamantferos (camadas econmicas) da
3
3
ordem de 27 milhes de m , onde se admite um teor mdio de 2,64 pontos/m , o que condiciona uma expectativa de conter uma quantidade de diamantes detrticos de cerca de 713 mil
quilates. O dimensionamento de um reservatrio, com possibilidade de ser mecanicamente
lavrado por dragas, com extenso de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os setores Cajueiro, Pega e Pintor, que representam 92% do potencial da rea, constituiu a principal conquista das
atividades de pesquisa. Neste reservatrio, estima-se que seja recuperado um volume de detri3
3
tos da ordem de 39 milhes de m (93% do total de 42 milhes de m ), com uma proporo de
3
3
cascalhos diamantferos da ordem de 25 milhes de m (93% do total de 27 milhes de m ).
Tem-se uma expectativa de a se poder recuperar uma quantidade de diamantes detrticos da
3
ordem de 663 mil quilates, considerando o teor mdio da aluvio em torno de 1,70 ponto/m
6
(39x10 x0,017). A qualidade esperada para os diamantes a seguinte: 47,67% para o tipo
GEMA; 39,78% para o tipo INDUSTRIAL CHIPS e 12,54% para o tipo CARBONADO.
ABSTRACT
The area of the project is located in the Santo Incio region, in the Gentio do Ouro municipality, in the center-northwestern of the State of Bahia. The aim of the project was to evaluate the diamond potential related to placer type deposits, developed during the geologic evolution from the Neotertiary until the Pleistocene, and supposed as being a product of the erosive
re-working of mesoproterozoic diamond paleoplacers, having as the main metallotect the Tombador Formation specifically its conglomeratic levels.
Geomorphologically, the deposits are situated in the So Francisco River alluvial plain
zone, just besides the steep slopes of the ridge that limits the end part of the Western Chapada
Diamantina Zone.
The five remnant areas where the deposits are located have an extent of 2.400 ha, in
which are limited the bearing zones of a thick debris sequence, including gravels, sands and
clays, in variable degrees of mixture, with vertical and lateral structuring controlled by the sedimentation regimes, represented by two distinct phases: one, to the Lower Zone/N-1, richer in
remainder diamonds, and the other to the Upper Zones/N-2 and N-3, the last one being poorer
in remainder diamonds.
In those five areas it was quantified, according to a program of 2.648m of drilling holes,
3
an alluvium measured content of, approximately, 42 million of m , were it is admitted, according
3
to achieved tests, a remainder diamond average content of 1,70 spots/m , bearing diamond
3
gravel levels (economic layers) of about 27 million of m , where is accepted an average content
3
of 2,64 spots/m , what gave rise to a hope of a content on remainder diamonds of about
713,000 carats. The sizing of a deposit, with the possibility to be mechanically mined by
dredges, with an extension of 2,2 km by 1,2 km, enclosing the Cajueiro, Pega and Pintor sectors, that represent 92% of the potential area, constituted the main result of the searching activities. In that deposit, it is estimated that is possible a recovering of a debris volume of about 39
3
3
million of m (93% from the total of 42 million of m ), with a diamond bearing gravels proportion
3
3
of about 25 million of m (93% of the total of 27 million of m ).
There is an expectation of recovering a remainder diamond quantity of about 663,000
3
6
carats, considering the alluvium average content of about 1,70 spots/m (39x10 x0,017). The
waited quality of the diamonds is: 47,67% of the GEM type; 39,78% of the INDUSTRIAL
CHIPS, and 12,54% of the GLAZIERs type.
The perspective that an economic project of mechanical mining by dredges can be developed is a challenge to be reached. The obtained data, as demonstrated by preliminary studies, are encouraging, considering the parameters related to the deposit, average price of the
diamond and the total mining costs (operational and investments). However, more searching
studies are needed in order to assure the minimum conditions of security to the establishment
of a mining project, specifically in relation to the deposit content, distribution, size and diamond
quality, and to the basic problems of mining engineering and environmental preservation.
ii
1. Introduo
O projeto Santo Incio, cujas atividades de pesquisa remontam ao perodo
de agosto/1985 a maio/1988, foi empreendido inicialmente em um bloco de 14 reas
de 500 hectares, cada uma, totalizando
2
7.000 hectares (70 km ). Executou-se um
programa de pesquisa, cujo objetivo era
uma avaliao do potencial diamantfero
relacionado a depsitos tipo placer, at
ento conhecidos a nvel de trabalhos garimpeiros. Posteriormente, foram descartadas as reas desinteressantes, ficando
apenas 5 reas que totalizavam 2.400 hectares. Mais adiante, em cumprimento a
exigncia do DNPM, a rea foi reduzida
aos limites da jazida, correspondente a
1.560 hectares. A atividade garimpeira teve
seu pice em meados do sculo XVIII, com
stios de produo ao longo das mon-
44
46
42
38
40
PERNAMBUCO
MAR
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ALAGOAS
Juazeiro
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Rio
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Senhor do
Bonfim
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11
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11
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13
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13
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Vitria da
Conquista
15
Ilhus
15
Itapetinga
Una
Rio
Pa
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Canavieiras
Belmonte
Jequitinhonha
Rio
Eunpolis
17
17
Teixeira de
Freitas
Prado
Caravelas
Rio
cu
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ESPRITO
SANTO
46
44
Mucuri
40
42
85
38
85
170
255km
ESCALA 1:8.500.000
DNPM
N
Alvar
N
rea
(ha)
BA-87/84
870.387/84
6.635/85
350
BA-88/84
870.388/84
7.674/85
250
BA-89/84
870.389/84
5.211/85
350
BA-90/94
870.390/84
3.981/85
250
BA-01/91
870.808/91
676/97
360
Situao Atual
Publicada aprovao do RFP
no D.O.U. de 17/10/2001
Publicada aprovao do RFP
no D.O.U. de 17/10/2001
Publicada aprovao do RFP
no D.O.U. de 17/10/2001
Publicada aprovao do RFP
no D.O.U. de 09/10/2001
Em anlise no Distrito do
DNPM - Salvador
43
42
10
11
12
BREJOLNDIA
SERRA DOURADA
WANDERLEY
13
km20
20
40
60km
4240'
1100'
2.000m
4 2
2.500m
2.500m
2.500m
BA-88/84
DNPM-870.388/84
BA-89/84
DNPM-870.389/84
BA-90/84
DNPM-870.390/84
BA-01/91
DNPM-870.808/91
2.000m
2.000m
11
11
2.000m
2.000m
N0813'W 11.548m
2.000m
2 4
2.000m
1.800m
2.000m
2.000m
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BA-87/84
DNPM-870.387/84
2.500m
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P.A.
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2.500m
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2.000m
2.500m
2.500m
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LAGOA ITAPARICA
N1028'W 9.081m
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1.800m
4240'
O
MB
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1110'
P.A.
0
1Km
SERRA
DO
REA ATUALMENTE EM VIGOR, APS A EXIGNCIA PARA REDUO AOS LIMITES DA JAZIDA (1.560 ha) E DISPONVEL
PARA NEGOCIAO
REA ONDE FORAM EXECUTADOS TRABALHOS DE AVALIAO DE RESERVA EM ESCALA DE DETALHE
REA TRABALHADA EM ESCALA DE SEMI-DETALHE
REA DESCARTADA (COMPUNHA A REA ORIGINAL DO PROJETO, RELATIVA AOS 14 PROCESSOS).
Figura 3: Localizao da rea disponvel para negociao na regio de Santo Incio (situao
em out/2000).
6
41
39
40
42
38
43
44
Uau
45
Fr
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46
Juazeiro
Euclides da Cunha
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11
SANTO
INCIO
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10
Senhor do Bonfim
11
Jacobina
12
12
Feira de Santana
MORRO DO
Barreiras
CHAPU
B
PIAT/SE. DO BASTIO
D
Bom Jesus
da Lapa
Jequi
Barra da Estiva
Carinhanha
14
Valena
Camamu
14
Ilhes
Vitria da Conquista
Itabuna
15
45
44
13
SALVADOR
ANDARA
MUCUG
ATL
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O
Rio
13
15
43
46
42
SALOBRO
17
17
OCE
ANO
16
16
Canavieiras
18
18
39
40
Domnio de Paraplataforma
Sistema de Dobramentos do Espinhao (sub-domnios):
A - Zona do Espinhao Sententrional;
B - Bloco do Paramirim;
C - Bloco do Gavio;
D - Zona da Chapada Diamantina Ocidental
Focos de garimpos de diamante detrtico
II
III
ORT
isc
o
Fr
an
c
REGIO DE DOBRAMENTOS
CHAPADA - ESPINHAO
PAR- DOMNIO PARAPLATAFORMAL
(ESPINHAO)
SANTO INCIO
S
o
MORRO DO CHAPU
PAR
SALVADOR
ANDARA
(CHAPADA)
Rio
MUCUG
PIAT SE. DO
BASTIO
SALOBRO
I
Alinhamentos Estruturais
Foliao metamrfica
Figura 4: Situao dos depsitos e ocorrncias de diamante secundrio no Estado da Bahia, dentro
do modelo tectnico do Estado da Bahia, concebido por Inda e Barbosa (1978).
SONDAGEM
(1)
CA
ESCAVAES FSI-
GEO-
Fases
Atividades
Fotointerpretao Geolgica
Reconhecimento Geolgico
Mapeamento Geolgico 1:25.000
Mapeamento Geolgico 1:5.000
Topografia
Radiohm
SEV N
Poos
n
3
m
Catas
n
3
m
Diamantes
ct
Apurados
Trado
n
m
Banka
n
m
Rocky
n
m
Winkie
n
m
Rotativa
n
m
Relatrio
n
Pesquisa
Etapa I
Etapa II
2
2
18 km
9 km
99,25 km
180,4 km
72,1 km
56,7 km
52
9
8
(1)
43,77
38,92
03
5
(1)
(1)
507,50
2.464,18
7.000 ha
7.000 ha
5
(1)
24,31
-
Prospeco
Preliminar
7.000 ha
7.000 ha
12,0 km
-
12,207
17,583
40
220
01
55
302,5
01
100
550
-
500
2.750
75
429,58
44
993,70
01
5,5
123
2.648,37
01
Prospecto
10
4230'
4300'
4330'
1100'
4200'
sf
sd
SANTO INCIO
sf
sd1
sf
sf
sd2
sd1
sf
sd
vsd
sd
sf
ib
sd1
sf
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sf
sf
sf
1130'
sd1
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sd1
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sf
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sd1
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sd1
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sf
sf
sd1
sf
sd1
sd1
sf
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vsd
vsd
vsd
sf
ib
4300'
4330'
sd1
sd1
sf
sf
sd1
sf
sf
ib
1200'
1130'
sd2
sd1
1100'
sf
ib
sf
4230'
10
20
30
1200'
4200'
40Km
PROTEROZICO SUPERIOR
sd2
Cobertura sedimentar dobrada tipo bacia epicontinental marinha ( Bacia Una / Bambu,
Sub - bacia de Irec ).
PROTEROZICO MDIO
ib
Intrusivas bsicas.
vsd
ARQUEANO INDIVISO
a
Figura 5
42
41
10
10
MIMOSO
UPAMIRIM
11
11
MIRANGABA
SANTO
INCIO
MORRO DO CHAPU
GENTIO
DO
OURO
AFRNIO PEIXOTO
CAFARNAUM
BARRA DO MENDES
12
12
OURICURI
DO OURO
M. DO
ESPRITO
SANTO
CAMPESTRE
SEABRA
PALMEIRAS
IBITIARA
SERRA
DO BASTIO
LENIS
ANDARA
13
13
MUCUG
PIAT
PARAMIRIM
ESCALA - 1:2.000.000
43
42
41
12
4300'
GARIMPO DO
ALTO DO VIDAL
GARIMPO
LAVRINHA
LAGOA
ITAPARICA
8780
GARIMPO PEDRA
VERMELHA
20
GARIMPO DO PINTOR
TQ
87
88
89
90
GARIMPO DO PINTOR
GARIMPO DO PEGA
TQ
01
a
ar
ap
u
Su
SANTO
INCIO
GARIMPO ROA
DO CAMPO
POSSES
GARIMPOS
DE POSSES
do
TQ
Riacho
8760
1115'
TQ
TQ
GAMELEIRA
DO AURU
GARIMPO DO
MSICO
GARIMPO DO
MSICO
8740
ITAJUBAQUARA
TQ
GARIMPO DO
OVO CHOCO
TQ
15
740
720
4245'
15
TERCIRIO/QUATERNRIO
Areias elicas sotopostas por sedimentos
TQ
cascalhosos de matriz areno-argilosa a argiloarenosa, intercados com nveis arenosos, arenoargilosos e argilo-arenosos, tpicos de fcies de
plancie de inundao
PROTEROZICO MDIO
FORMAO TOMBADOR (LAVRAS)
Meta conglomerados basais e intraformacionais
(polimictos quando basais, diamantferos; metarenitos no topo)
FORMAO PARAGUAU
Metassedimentos detrticos, predominantemente
finos e metavulcanicas associadas
2,5
7,5
10Km
760
13
em graus variveis de mistura, com granulometria e pureza (frao argilosa) decrescentes de leste (linha de encosta atual de
serras e margem da calha) para oeste,
sedimentada em 2 regimes distintos: um,
para a Zona Basal e o outro para a Zona
Superior, conforme mostra o bloco diagrama esquemtico da figura 8. A Zona Basal
(zona N-1) corresponde aos primeiros nveis de sedimentao detrtica, natureza
colvio-aluvionar, formados pela interao
de leques de detritos procedentes da dissecao de uma provvel escarpa de falha,
de trao paralelo atual linha erosiva de
encosta de serras, com sistemas fluviais
precoces do estgio de formao da bacia
hidrogrfica do Rio So Francisco. So
constitudos comumente por produtos detrticos de alta energia de sedimentao,
representados por areias e cascalhos grosseiros, oriundos da parte basal da Formao Tombador, incluindo seus nveis de
conglomerados diamantferos, da seu maior enriquecimento em diamantes. Apresentam uma razo matriz/cascalho de aproximadamente 1/1, com componente argilosa
subordinada. O tamanho mximo de blocos
no excede a 1m de dimetro, numa proporo nunca superior a 10%. A espessura
mxima pode atingir 20 m, mas a mdia
situa-se em torno de 10-12 m. A Zona Superior de cascalho foi subdividida em 2
subzonas: a mais inferior - Zona N-2, tem
tambm regime de sedimentao ligado
aos estgios iniciais de evoluo da bacia
hidrogrfica do Rio So Francisco, da sua
interdigitao faciolgica com a Zona Basal, notadamente quando esta atinge cerca
de 500 m da atual linha de encosta de serras. A sua natureza composicional guarda
muita similaridade com a desta ltima zona.
As diferenas residem numa maior interdigitao com produto areno-argilosos, que
se reflete na razo matriz/cascalho, um
pouco mais elevada, e no presumido contedo de diamantes, aqui provavelmente
menor em decorrncia de fatores concentradores ligados a anatomia e a constituio do substrato e a energia do agente
transportador. A espessura, no entanto,
bem expressiva, podendo atingir, mais de
20 m, com uma mdia em torno de 10-15
m. A subzona superior - Zona N-3 marca
um novo stio de regime fluvial de grande
energia, instalado aps um estgio mais
avanado de preenchimento da calha, sob
14
Totais
Poos
Catas
RemoExecutados Executadas
vidos
Volume
Volume
3
N
(m )
N
3
3
(m )
(m )
Investigadas
Zona
Basal
19
N-1
Zona Sup.
3
N-3
Total
22
87
961
1.048
20
2.010
2.030
107
2.971
3.078
Quartzitos conglomerados
da Formao Tombador
Areias elicas
Cascalho superior (ZONA N-3)
Nvel argiloso
Cascalho superior (ZONA N-2)
15
16
70W
F-19
ar-arg
F-7
F-66
EMB
F-94
F-76
F-86
F-84
EMB
ar
ar
ar
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EMB
ar
60W
F-18
EMB
F-65
EMB
ar
EMB
EMB
50W
F-17
F-8
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Zona Superior/N-2
F-64
Zona Superior/N-3
ar-arg
F-92
ar
40W
F-15
30W
Zona Superior/N-2
ar-arg
Zona Superior/N-3
P-38
F-16
EMB
F-62
EMB
F-93
F-72
Zona Superior/N-2
Zona Superior/N-2
F-63
F-87
Zona Superior/N-2
Zona Superior/N-2
F-73
F-80
F-101
Zona Superior/N-2
Zona Superior/N-2
F-81
Zona Superior/3
ar-arg
Zona Superior/N-3
Zona Superior/N-3
ar-casc
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F-85
ar-casc
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F-82
ar-casc
F-102
Zona Superior
N-3
F-74
EMB
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F-75
ar-arg
ar
EMB
F-83
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F-90
10W
F-13
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F-77
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00
EMB
F-12
ar-arg
ar-arg
ar-arg
F-59
F-6
420M
440M
460M
ar
ar
10E
F-11
20E
F-10
P-43
F-9
30E
LEGENDA
420m
440m
460m
420m
440m
460m
Poo Exploratrio
Furo de sonda
SECO H
P-43
F-10
Embasamento de Metarenito
SECO D
EMB
SECO G
EMB
ar
ar-arg
Zona Basal/N-1
400m
420m
440m
460m
SECO F
SECO E
EMB
400m
420m
440m
460m
420m
440m
460m
F-67
SECO C
Zona Basal/N-1
F-58
EMB
F-91
Zona Basal/N-1
F-68
F-89
SECO B
Zona Basal/N-1
EMB
Zona Basal/N-1
F-69
430m
450m
SECO A
Zona Basal/N-1
F-97
ar
ar-arg
EMB
F-70
F-88
EMB
EMB
0-29
Zona Basal/N-4
F-14
Zona Superior/N-3
ar-arg
F-78
430m
450m
Zona Basal/N-1
Zona Basal/N-1
Zona Superior/N-3
ar
EMB
EMB
ar
Figura 9: Seces de sondagem ortogonais ao eixo maior da calha de detritos do Setor Pega e adjacncias dos setores Pintor e Cajueiro.
410m
430m
450m
410m
430m
450m
410m
430m
450m
440m
430m
450m
410m
430m
450m
410m
430m
450m
420m
440m
410m
430m
440m
F-100
Poos
N Pedras
Poos
ExecutaAchadas
Positivos
dos
(Gema+Ind.)
Zona Basal/
N-1
Zona Basal/
N-3
22
Peso
Peso Mdio
Teor no
Total
por Pedras Cascalho
3
(Pontos)
(Pontos) (Pontos/M )
Teor no
Cascalho
Estril
3
(Pontos/M )
13
126
9,69
2,10
1,91
02
25
12,50
1,29
0,95
Catas
N Pedras
Peso ToCatas
ExecutaAchadas
tal
Positivas
das
(Gema+Ind.) (Pontos)
Zona Basal/
N-1
Zona Basal/
N-3
Peso Mdio
Teor no
por Pedras Cascalho
3
(Pontos) (Pontos/m )
Teor no
Cascalho
Estril
3
(Pontos/m )
174
2374
13,64
4,14
2,80
54
555
10,27
0,34
0,28
Setores
Garimpinho e
Roa do Campo
4,51
2,37
-
Setores Pega
e Cajueiro
3,96
0,29
0,35
0,29
Material
Cascalho
Cascalho+Estril
Cascalho
Cascalho+Esteril
Com relao ao teor mdio de diamantes obtido por inferncias probabilsticas, para a Zona Superior/N-2, levando-se
100%
90%
70%
63%
63%
3,12
90%
2,18
99%
1,99
17
C-2
Subtotal
C-3
Subtotal
C-1
Subtotal
C-5
Subtotal
C-7
Subtotal
C-8
Subtotal
C-9
Subtotal
C-4
Subtotal
P-1
Subtotal
P-22
Subtotal
P-32
Subtotal
P-23
Subtotal
P-24
Subtotal
P-30
Subtotal
P-43
Subtotal
Total
Quantidade
01
02
14
13
30
2
11
7
20
1
1
10
7
17
2
3x1
5x1
+FF Ex
FF 2
5x1
+FF Ex
FF 2
5x1
+FF Ex
FF 2
+FF Ex
14
3
17
10
3
13
15
6
21
5
5
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
+FF Ex
FF 2
133
47,67
%
18
Classifi.
+FF Ex
FF 2
+FF Ex
FF 2
FF 2
+FF Ex
+FF Ex
+FF Ex
FF Ex
+FF Ex
+FF Ex
Industrial/Chips
QuanClassific.
tidade
Carbonado
QuanClassific.
tidade
35
35
22
22
15
5
5
15
2
2
8
5
2
2
5
8
12
5
6
12
13
13
4
4
-
111
39,78
%
Total
Gema +
Carbon.
Indus.
65
42
1
5
-
32
25
6
4
25
4
1
1
-
34
35
12,54
%
244
35
87,46%
12,54%
6.2.2 - Sondagem
A sondagem foi utilizada com os
seguintes objetivos: (i) conhecer a anatomia de fundo do depositrio, indicada pela
profundidade do substrato da pilha de sedimentos; (ii) conhecer a seqncia estratigrfica do pacote sedimentar, especificamente com respeito aos nveis de cascalhos que poderiam conter diamantes detrticos.
Foram realizadas sondagens dos -
19
7. Mineralizaes
7.1 - Tipo Gentico
A mineralizao do tipo placer,
sendo originada a partir da reciclagem erosiva do paleoplacer conglomertico da
Formao Tombador, do Proterozico Mdio, pertencente ao Grupo Chapada Diamantina, do Supergrupo Espinhao. Postula-se que a formao do depsito ocorreu
no perodo compreendido do Neotercirio
ao Pleistoceno, pela interao de processos fluviais de alta energia que esculpiam
uma provvel linha de escarpa de falha, de
direo aproximadamente meridiana, com
aqueles relacionados com a evoluo da
bacia hidrogrfica do Rio So Francisco.
7.2 - Descrio Sumria
Ocorre associada a nveis espessos de cascalhos relacionados a trs zonas
especficas: Zona Basal/N-1, Zona Superior/N-2 e Zona Superior/N-3. As caractersticas dessas zonas j foram abordadas no
item 6.1.
7.3 - Reservas
Com relao s reservas lavrveis
de cascalho diamantfero, foi quantificado
um total de 27.781.873 metros cbicos,
estando 84% na categoria de reserva medida e 16% na categoria de reserva indicada. A distribuio do cascalho nas diversas
zonas investigadas a seguinte: 28% na
Zona Superior/N-3; 50% na Zona Superior/N-2 e 22% na Zona Basal/N-1. O Setor
Pega deteve 79% da reserva total quantificada e em associao com os setores Pintor e Cajueiro, que lhe so adjuntos, alcana a cifra de 94% dessa reserva, com os
6% restantes compondo os setores Garimpinho e Roa do Campo, j com situaes
mais desfavorveis com relao a implantao de um projeto de lavra com utilizao
de dragas (tabela III). As reservas lavrveis foram calculadas em funo da razo
estril/cascalho nas diversas zonas de
cascalho, segundo os ndices do quadro
VII.
20
N-2
N-3
Variao da
Razo
Razo
Mdia
Tipos de
Reservas
0,00 - 3,28
0,91
5,20 - 14,57
8,31
0,10 - 4,50
1,24
11,21 - 73,40
42,30
0,00 - 5,00
1,22
5,00 - 21,00
10,51
lavrvel
no
lavrvel
lavrvel
no
lavrvel
lavrvel
no
lavrvel
Considerando as reservas em termos de CASCALHO+ESTRIL, foi quantificado um total de 41.846.583 metros cbicos de material lavrvel, sendo 82,22% na
categoria de reserva medida e 17,78% na
categoria de reserva indicada. Como analisado anteriormente, o Setor Pega detm
75,74% da reserva total e em associao
com os setores Pintor e Cajueiro, que lhe
so adjuntos, responde pela cifra de
92,47% da reserva total, estando os 7,53%
restantes distribudos pelos setores Garimpinho e Roa do Campo. Como o teor mdio do cascalho+estril, pelo mtodo con3
vencional, ficou em 1,70 pontos/m , admitindo-se um grau de confiabilidade de 99%
para o teor da Zona Superior/N-2, estimouse uma expectativa de diamantes no depositrio (5 setores) de 712.779 quilates. Nestes clculos, admitiu-se uma taxa de recuperao de 70% no processo de lavra por
dragas (tabela IV). A tabela V simula, tambm, taxa de recuperao de 80% no processo de lavra.
A figura 10 relativa ao Mapa de
Ispaca Total das zonas de cascalho superior (N-3 e N-2) e basal (N-1), ao longo dos
6 km de rea trabalhada pela CPRM, com
delimitao das reas de requerimento. A
Formao Tombador corresponde ao relevo de serras, e a rea adjunta, de fisiogra-
Setores
913.125
(4%)
20.777.570
(89%)
555.375
(2%)
630.528
(3%)
363.750
(2%)
6.761.625
(29%)
11.057.125
(48%)
Pintor
Pega
Cajueiro
Roa do
Campo
Garimpinho
Zona N-3
Zona N-2
Zona N-1
5.421.598
(23%)
23.240.348
(84%)
Total
Indicada
3
(m )
1.948.125
(43%)
1.086.870
(24%)
792.500
(17%)
506.250
(11%)
207.780
(5%)
1.146.495
(25%)
1.995.000
(44%)
Total
3
(m )
2.861.250
(10%)
21.864.440
(79%)
1.347.875
(5%)
1.136.778
(4%)
571.530
(2%)
7.908.120
(28%)
13.052.125
(50%)
1.400.030
(32%)
6.821.628
(22%)
4.541.525
(16%)
27.781.873
Setores
Pintor (1)
Pega (2)
Cajueiro (3)
Roa do Campo (4)
Garimpinho (5)
Total
1+2+3
Total
4+5
Total
1+2+3+4+5
Ind. (m )
3.204.198
4.576.475
30.263.968
1.428.566
31.692.534
984.764
1.441.476
2.426.240
1.182.583
988.707
2.171.290
606.178
373.863
980.041
32.621.012
6.074.240
38.695.252
1.788.761
1.362.570
3.151.331
34.409.773
7.436.810
41.846.583
Med. (m
1.372.280
Teor Mdio
3
p/m
1,96
1,70
1,50
1,67
1,29
1,72
1,55
1,70
Expectativa da Quantidade
de Diamantes
Med. (Ct)
Ind. (Ct)
28.594
61.023
89.617
505.888
31.960
537.848
19.290
17.201
36.491
21.160
15.005
36.165
9.138
3.520
12.658
533.772
110.184
663.956
30.298
18.525
48.823
584.070
128.709
712.779
21
Tabela V - Reservas Lavrveis com Expectativas da Qualidade de Diamantes, Admitindose Taxas de Recuperao de Lavra de 80% e 70% e Graus de Confiabilidade
do Teor a Zona N-2 de 63%; 90% E 99%.
Setores
05
Setores
05
Setores
05
Setores
05
Setores
05
Setores
05
Setores
Expectativa da
Reservas Lavrveis
Teor Mdio
Quantidade de
Medida + Indicada
3
p/m
Diamantes
Aluvio Diamantfero
3
(CT)
(m )
80% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63%
47.824.664
2,26
1.081.040
80% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90%
47.824.664
1,80
858.879
80% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99%
47.824.664
1,70
814.777
70% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 63%
41.846.583
2,26
945.709
70% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 90%
41.846.583
1,80
751.359
70% de Recuperao de Lavra
Grau de Confiabilidade do Teor da Zona N-2 de 99%
41.846.583
1,70
712.779
As curvas de ispacas, que na figura 10 acham-se delineadas de uma maneira simplificada, foram traadas com
auxlio de um programa de sondagem rotativa diamantada, em malhas de 400 x 100 e
200 x 200 metros. Pela verificao das
curvas de ispacas nota-se que a zona de
maior espessura localiza-se no mago do
Setor Pega e adjacncias dos setores Cajueiro e Pintor, com espessura superior a
30 metros na seo S8+0. Este trecho,
com 2,2 km de extenso longitudinal meridiana, e 1,2 km de largura, constitui a zona
mais importante delimitada pelas atividades
do projeto, por se conceber que possa a
ser desenvolvido um processo de lavra
mecanizada, com utilizao de dragas, por
armazenar um volume de detritos da ordem
de 35 milhes de metros cbicos, com uma
proporo de cascalhos da ordem de 25
milhes de metros cbicos.
7.4 - Perspectivas Econmicas
J se prevendo taxas de recuperao de lavra da ordem de 70 a 75%, o dimensionamento de uma reserva de cascalho diamantfero da ordem de 27 milhes
de metros cbicos, relacionada a um pacote de sedimentos detrticos (casca22
BA-87/84
BA-88/84
S10 + 0
5,00
S9 + 80
2,50
1,00
SETOR PINTOR
S9 + 60
C4
S9 + 40
S9 + 20
S8 + 80
20
,0
0,0
S9 + 0
0
5,0
BA- 89/84
S8 + 60
20,00
S8 + 40
BA-90/84
C5
S8 + 20
25,00
30
SETOR PEGA
,00
S8 + 0
C9
,0
25
S7 + 80
C8
S7 + 60
20,00
S7 + 40
C7
S7 + 20
5,0
SETOR CAJUEIRO
S7 + 0
CONVENES DO MAPA
S6 + 80
TERCIRIO-QUATERNRIO
5,
00
1,00
S6 + 60
2,50
S6 + 40
0
2,5
S6 + 20
PROTEROZICO MDIO
1,0
S6 + 0
1,0
S5 + 80
SETOR
ROA DO CAMPO
BA-01/91
S5 + 40
1,00
S5 + 20
S5 + 0
1,00
0,00
5,00
S7 + 40
S4 + 80
SETOR
GARIMPINHO
1,0
Figura 10
SEES GEOLGICAS DE
SONDAGEM
S7 + 20
S4 + 60
Cata
C2
2,50
S4 + 40
C3
S4 + 20
C1
20,00
60E
40E
20E
00
20W
40W
60W
80W
100W
120W
140W
S4 + 0
160W
180W
S5 + 60
C2
200
200
400m
* *
* *
*
0
0,0
6,00
BA-87/84
Mapa de ispaca total das zonas de cascalho diamantferos (N-1, N-2 e N-3).
70
80
TEOR DO DEPSITO
1,42 p/m3
90
TEOR DO DEPSITO
1,70 p/m3
1,00
1,00
1,20
49,66 50
40
36,54
1,10
30
25,52
25,01
1,50
20
6
1,60
14,05
1,40
10
1,70
4,85
1,50
1,80
1,60
1,90
2,00
1,70
10
2,10
1,80
PREJUZO - % ( VAL - )
20
1,90
2,20
2,30
2,00
2,10
2,40
2,50
60
2,20
30
2,30
2,40
2,50
40
50
1,42 ponto / m3
OP = Custo Operacional
I
= Custo de Investimento
70
6
1,70 ponto / m3
39 x 10 m3 / 2,64 x 10
15 anos ).
24
25
8. Concluses
A pesquisa empreendida pelo Projeto Santo Incio permitiu chegar ao seguinte
resultado econmico: o dimensionamento de
um mdulo (reservatrio), com dimenses
de 2,2 km por 1,2 km, abrangendo os setores Cajueiro, Pega e Pintor, onde estima-se
que seja recuperado um volume de detritos
da ordem de 39 milhes de metros cbicos,
3
(93%do total de 42 milhes de m ), com
uma proporo de cascalhos diamantfero
da ordem de 25 milhes de metro cbicos
3
(93% do total de 27 milhes de m ), admitindo-se taxa de recuperao na lavra de
cerca de 70%).Ai tem-se uma espectativa
de encontrar uma quantidade de diamantes
de cerca de 663 mil quilates, considerandose um teor mdio do depsito em torno de
3
6
1,70 pontos/m (39x10 x 0,017). A qualidade esperada para os diamantes a seguinte: 47,67% do tipo gema, 39,78% do tipo
industrial / chips e 12,54% do tipo carbona-
26
do
A perspectiva de a se poder viabilizar um projeto econmico de lavra mecanizada com utilizao de dragas, constitui um
desafio a ser alcanado. Os dados obtidos,
conforme demonstrados pelos estudos preliminares de simulaes objetivando a viabilizao econmica do depsito, mostraramse animadores considerando os parmetros
analisados relativos ao teor do depsito e
aos custos totais de minerao (operacional
e de investimento). No entanto, necessita-se
de estudos adicionais de pesquisa, que
garantam atingir as condies mnimas de
segurana implantao de um projeto de
lavra de diamantes, especificamente no
tocante ao teor do depsito, distribuio,
tamanho e qualidade das pedras e aos problemas bsicos de engenharia de lavra.
27
APNDICE
29
RAZO 1,0
RAZO 1,2
Teor pontos/m3
Teor pontos/m3
0,92
1,00
1,10
1,19
1,28
1,37
1,46
1,55
1,65
0,76
0,84
0,92
0,99
1,07
1,14
1,22
1,30
0,66
0,72
0,79
0,85
0,92
0,98
1,05
1,11
0,57
0,63
0,69
0,75
0,80
0,86
0,92
0,97
1,38
1,12
1,03
LUCRO 90%
LUCRO 100%
LUCRO 110%
1,74
1,83
1,93
1,25
1,31
1,38
1,08
1,15
1,20
LUCRO 120%
2,02
1,45
1,53
1.61
1,68
1,44
1,26
LUCRO 130%
LUCRO 140%
LUCRO 150%
2,11
2,20
2,29
1,76
1,83
1,91
1,51
1,57
1,64
1,32
1,38
1,43
LUCRO 0
LUCRO 10%
LUCRO 20%
LUCRO 30%
LUCRO 40%
LUCRO 50%
LUCRO 60%
LUCRO 70%
LUCRO 80%
1,70
1,70
Razo 1,4
RAZO 1,6
31
RAZO 1,0
RAZO 1,20
Razo 1,40
RAZO 1,60
Teor pontos/m3
Teor pontos/m3
Teor pontos/m3
Teor pontos/m3
LUCRO 0
1,35
1,13
0,97
0,85
LUCRO 10%
1,49
1,63
1,24
1,06
0,93
1,35
1,16
1,02
LUCRO 30%
1,76
1,47
1,26
1,10
LUCRO 40%
1,90
1,35
1,19
LUCRO 50%
2,03
1,58
1,69
1,45
1,27
LUCRO 60%
LUCRO 70%
2,17
1,81
1,37
2,30
1,92
1,55
1,69
2,44
2,03
1,74
1,52
LUCRO 20%
1,70
LUCRO 80%
1,70
1,70
1,44
INVESTIMENTOS ADMITIDOS
6
32
Tabela XXVIII - Simulao das Variaes da Taxa de Lucratividade de um Empreendimento de Minerao na rea do Depsito de Santo Incio, para Diversos
Custos de Minerao (Investimento + Operacional), em Diversas Razes
de Cmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preo de Comercializao do Diamante em US$ 109,00/quilate, na Razo de Cmbio Unitrio, e
o Teor do Depsito nas Condies Mais Exigentes, pelo Valor Registrado no Clculo Tradicional (1,70 pontos/m3).
DIAMANTES (GEMAS + INDUSTRIAIS/chips)
RAZO US$PAR/ US$
RAZO 1,00
RAZO 1,20
RAZO 1,40
RAZO 1,60
OFICIAL
CUSTO
Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade
MINERAO US$/m3
Lquida
Lquida
Lquida
Lquida
1,00
1,20
85,30%
122,36%
159,42%
196,48
54,42%
85,30%
116,18%
147,07
71,05
99,55%
128,06
58,83%
85,30%
111,77
48,24%
72,95%
97,65
15,81%
38,98%
62,14%
85,30
9,00%
30,80%
52,60
74,40
1,2381 49,66
1,30
42,54%
1,3571 36,54
1,40
32,36%
1,4762 25,52
1,50
23,53%
1,6113 15,00
1,60
1,70
1,6845 10,00
1,80
2,94%
23,53%
44,12%
64,71
1,90
-2,47%
17,03%
36,54%
56,04
2,00
-7,35%
11,18%
29,71%
48,24
2,10
-11,76%
5,89%
23,53%
41,18
2,20
-15,77%
1,07%
17,92%
34,76
2,30
-19,43%
-3,32%
12,79
28,90
2,40
-22,79%
-7,35%
8,09%
23,53
2,50
-25,88%
-11,06%
3,76%
18,59
-0,22%
14,03%
2,60
2,90
2,23%
3,00
-1,17%
33
Tabela XXIX - Simulaes das Variaes da Taxa de Lucratividade de um Empreendimento de Minerao na rea do Depsito de Santo Incio, para Diversos Custos de Minerao (Investimento + Operacional), em Diversas Razes de
Cmbio US$ Par/US$ Oficial, Considerando o Preo de Comercializao
do Diamante em US$ 109,00/quilate na Razo US$ Par/US$ Oficial. Unitria e o Teor do Depsito, nas Condies mais Exigentes, pela Mdia do
Clculo Tradicional e de Poisson (1,42 Pontos/m3).
RAZO 1,00
RAZO 1,40
RAZO 1,60
1,00
54,78%
85,74
116,69%
147,65%
1,10
40,71%
68,85%
96,99%
125,13%
28,98%
54,78%
80,58%
106,37%
42,87%
66,69%
90,50%
10,55%
32,67%
54,78%
76,89%
1,50
3,18%
23,82%
44,46%
65,10%
1,60
-3,26%
16,09%
35,43%
54,78%
1,70
-8,95%
9,26%
27,47%
45,67%
1,80
-14,01%
3,19%
20,38%
37,58%
1,90
-18,54%
-2,24%
14,05%
30,34%
2,00
-22,61%
-7,13%
8,35%
23,82%
2,10
-26,30%
-11,55%
3,19%
17,93%
2,20
-29,65%
-15,57%
-1,50%
12,56%
2,30
-32,70%
-19,25%
-5,78%
7,67%
2,40
-35,51%
-22,61%
-9,71%
3,19%
2,50
-38,09%
-25,71%
-13,32%
-0,94%
1,20
1,2381 25,01
1,30
19,06%
1,3571 14,05
1,40
1,4762 4,85
34
RAZO 1,20
Foto 2 - Local da cata 4 (Setor Pintor), onde ocorre cascalho da zona basal N1. No fundo, v-se incio da escarpa da Formao Tombador (Proterozico Mdio), onde ocorre os conglomerados basais diamantferos
(paleoplacer).
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36
Foto 6 - Cata 09 - Setor Pega - Detalhe da zona superior de cascalho N-3. Nota-se
que os blocos maiores no excedem a 20 cm de dimetro (intervalo numrico da escala=10 cm). Razo matriz/blocos aproximadamente igual.
37
Foto 8 - Cata 8 - Zona superior de Cascalho N-3. Vagonete sobre trilho para retirada dos blocos
maiores de cascalho que entram no processo de beneficiamento
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39
40
41
42