Método de Vioão Violão Pratico (Eduardo Castañera) PDF

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REET Ih ius) Posicionamento Coordenagao mee Resisténcia HSE} meee PO eee cOLEGho TOQUE DE MESTRE metodo de viola CT EDUARDO CASTANERA Nog6es de anatomia e movimentos Aquecimento das maos Exercicio de ataque individual das cordas Arpejos Ligados simples Ligados mistos Deslocamento dos dedos da mao direita Exercicios com dedos fixos (mao esquerda) Ataque de acordes Translados por salto Exercicio de coordenagao das maos Exercicio de continuidade, resisténcia e velocidade Escalas (maos direita e esquerda) ee __ COLEGKO TOQUED DE ‘MESTRE | PREFACIO CConheci Eduardo Castafiera na minha adolescénca, quando tive 2 oportunidad de estudarvioldo com ele por um ano, antes de dar continuidade a meus estudos musicais no Urugual e Estados Unidos. Na época, ‘4 estava familarizado com os Cuadernos de técrica de Abel Calevaro, pedagogo com o qual estudaram diversos violonstas de renome internacional, tis como Eduardo Fernandez e Alvaro Pier. Contudo, Casta mastrou-me formas alterativas de praticar © contetido dos Cuadernos, além de suger me diversos outros exercicios. Tal estudo metodolégico da técnica violonstica refletiv-se na «levaco do nivel da minha performance em um espago de tempo razoavelmente curto. Ciente dos seus benefice, ainda hoje recomendo dversos exerciios deste Iwro aos meus alunos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, obtendo resutados encorajadores. Assim como a prética da musculago prepara a musculatura do atleta para. as competic es esportivas, oreo detécricasuperido neste lvro permite © desenvolvimento consistente do controle ‘muscular do volonista, controle este de extrema vala para melhor desempento na execucio Faco votos de que o conteido deste nro passa trazeraoletor 0s ‘mesmos benefcios que propiciou a mim e meus alunos. Daniel Wolff Porto Alegre, novembro de 2005 SAPSSSSRLELG indic INTRODUGAO Nogées de anatomia e movimentos dos membros superiores (brago) ROTEIRO DE ESTUDOS — Aquecimento das maos SEQUENCIA DE EXERCICIOS Exercicio de ataque individual das cordas (méo direita) Ligados simples ascendentes (mao esquerda) Arpejos (mao direita) Ligados simples descendentes (mao esquerda) Deslocamento dos dedos da mao direta Ligados Mistos (mao esquerda) Arpejos livres (mao esquerda) » Atpejos livres de 2 notas com 2 dedos 8) Arpejos livres de 4 notas com 4 dedos ©) Arpejos livres de 4 notas com 3 dedos 0) Arpejos livres de 6 notas com 3 dedos «) Arpejos livres de 6 notas com 4 dedos Exercicio com dedos fixos (mao esquerda) Grupo A com 1 dedo fixo Grupo B com 2 dedos fixos Grupo C com 3 dedos fixos Grupo D com 2 dedos fixos e toque simultaneo Ataque de acordes (mao dirita) Translados por salto (mao esquerda) Exercicio de coordenagdo das maos direita e esquerda Exercicio de continuidade, resistencia e velocidade (mao direita) Escalas (méos direita e esquerda) Escalas maiores Escalas menores Ergo-Violéo Conclusdo Bibliografia introducao. La forma carece de vida sino esté animada por el espirity; ‘pero sin conocimiento y método la eneraia del espiritu 10 serd transmitda a la obra de arte. Pablo Casals ‘Sempre que me perguntam como realizo meus estudos ou como, soluciono os desafis encontrados na preparagao de uma determi- rhada pera musica, minha primeira resposta 6: "Nao do feito que ‘me ensinavam quando comecei a estudar violBo”.Tinha, ento, Por volta de oito anos de idade, e naquela época, a maioria dos, professores aconselhava estudar uma hora de escalas e arpelos. ‘e depois abordar diretamente as pecas ou estudos para viola0,, repetindo-os de cinco a dez vezes por dia, até obter um resultado razoavel, Sem ironia: se executo uma peca todos os dias dez vezes 20 da, 20 longo de um ano a terei tocado 3650 vezes, e no entanto no ha certeza de que terei alcancado um acabamento artistico ‘satisfatério ao final deste periodo (mas, provavelmente,jé estarel ‘cansado de ouv-a tantas vezes). Na verdade, no & necessério estudar uma pega mais que uma vez pe rec ome tana i 4e. Claro que, incialmente, seré necessério dedicar algum tempo ‘extra para a analise da vlacSo das sheaves de Dedos fixos: m, a, ch na 1* corda e Polegar na 6* corda. Pos. ss Posy Pos. ik Ely Repetir esta seqiiéncia também com os dedos médio, anular ‘minimo nas suas respectivas cordas de atuacao (médio, 28 corda; anular, 18 corda ; minimo, 18 corda). Dedos fixos: I,m, a na 1* corda Pos. 1 2. LIGADOS SIMPLES ASCENDENTES (mio esquerda) {Quando optamos por extrair sons do viol6o por meio dos chama- dos lgados ascendentes emitimas duas ou mais notas sucessivas, ssendo que apenas a primeira dela & produzida com a atuacBo da mao direita sobre a corda. As demas so resutantes da atuacdo dda mBo esquerda, que delimita a extensdo do setor da corda que ird vibra. (0 objetivo do exercicio de ligados ascendentes & desenvolver simultaneamente: ‘a. precisdo e velocidade no ataque as cordas; b. forca na musculatura envolvida no movimento. “Tanto o inicio do movimento vibratério da corda quanto a intens- dade do som dependem diretamente da forca do impacto do dedo sobre a cord, ea efciéncia desse movimento depende da posico _adequada do antebraco e do pulso esquerdos do instrumentsta «em relago ao braco do violdo. Os dedos da mo esquerda, nesse ‘250, atacar8o as cordas movimentando apenas a primeira felange, ‘que atuard como o cabo de um martelo,Impulsionando a ponta do dedo contra a corda ‘Como os objetivos do presente exercico so, em primetro lugar, “desenvolver preciso e forca da musculatura dos dedos, antebraco fe pulso devem permanecer em uma posio estdvel, acompa- Inhando apenas os movimentos de descida e subida dos dedos desde a 62 até a 1? corda e vice-versa. Para tanto, & necessério ‘apenas escorregaro polegar esquerdo & medida que se fazem os ataques, desde a 6 até a 12 cordas e retomando até a 6 corda. 0 dsiocamento do polegar esquerdo assegura que 0 &ngulo de ataque dos dedos permaneca 0 mesmo sobre todas as cordas, garantindo maior efcéncia 20s movimento. "IMPORTANTE: 2 nota produzida por ligado deve soar com a mesma intensidade da nota pulsada pela mao direta Sugio que as combinagBes dos dedos (férmulas) para arealizaclo do exercico sigam a seguinte ordem: (G-4) [edo ts apoiado; dedo quatro ataca a nota “igada"] © 2 Sseguit as combinacées (2-3), (2-4), (1-3), (1-4) (1-2). O exercicio consiste em fazer os igados a partir da 62 corda, des- cendo até a 12 e retornando & 6? corda nas posigGes I, I, V, VIt IX (ou seja: dedo incicador esquerdo no 1° traste, a segui, no 3° taste e assim sucessivamente), mantendo a mesma velocdade imetronémica inclusive nos saltos de uma posiglo para a outra. ‘Avelocidade sugerida para inicio do exercicioé de M.M. seminima ‘= 60 executando-se 04 semiolcheies por tempo, podendo chegar a M.M.seminima = 144. ‘Duracho: OS manuros Para TOOK & SEQUENCIA DE COMBINACEES. 60.144 Idem para os dedos. 23,34, 13,240 1-4 3. ARPEJOS (mao direita) ss série de arpejos fol entrada do cadernon 2, “Técnica de a mano derecha’ de A. Carlevaro; pode se utiizada para diferentes finaldades, de acordo com a necesidade do aun. A énfase pode ‘estar no desenvolvimento de forca muscular, na coordenacao motor, na resistencia muscular, no equiriortmicoe, por fm, na regulago da intensidade de ataque do polegar, desde que se Uilzem 0 arpejos de acordo com a forma desert a seguir. a. Forca muscular: 0 movimento resultante do ataque simuitneo 60s dedos nas formulas (0; 1) (pm) e(p a) permite fortalecer ‘2 misculos dos dedos i mea, pelo ponto de apoio ave opolegar cferece durante o taque, pr sero dedo mats forte. b. Coordenago motore: a sequénca de estudo que proponho resulta no dominio da alteracdo dos dedihados da mao dieta de forma automstica, bastando 0 comando do cérebro pare modifi Cévlos, sem a necessidade de ‘parer para pensar” na seqincia do novo dedihado. Por exemplo, executar um compasso com a seajiéncia am, m, 2. 0 préximo compasso na fSemula a, i, 2, isem a necesidade de nenuma pausa ou atraso no tempo par “reprogramar”o comando dos dedos. ‘ Resisténcia 0 estudo da seqiéncia completa das 24 formulas Luma velocdade uniforme asseguraoaporte de maior resisténciaa esforgo para as musculaturas do brago, da mBo e dos dedos. ‘4. Equibrio ritmico: polegare indicador so naturaimente os ‘deddos mais fortes , por isso mesmo, & comum que haja algum desequirio em algumas combinagSes de arpejos. Sendo mais fracos, 0s decios medio e anular no sBo capazes de imprimir a mesma velocdade que os dedos polegare indcador. Série de arpejos em que o polegaratua em colcheias colabore pare que a reguardade do ritmo seja mantida durante a execucso em velocidades cada vez maiores. €. Regulagdo da intensidade de atuagdo do polegar: depois de memorizadas e dominadas as 24 férmulas, numa execugo com reguardade ritmica, fora eresisténcia musculres consistentes, pode-se passar a uma Segunda etapa, na qual a énfase seré 6 controle da intensdade do ataque do polegr independentemente dia intensidade de ataque aplicada aos outros dedos. Por exempo, utilzando a férmula ra, iniar 0 arpejo em pp (pianisimo) ¢ aumentar progressivamente a intensidade de ataque do polegar até fou ff (forte ou fortissimo), mantendo adgitago F-aem pp (pianissimo) Veocidade do exercco: niiar com ¥.M. seminima {60 e aumentar progressivamente, até alcancar M.M. Seminima Formula n? 4 200-148 - op rere ee atc até a 6" corda Formula n° 4 aiam v F a y AN Formula n° 5 Formula n° 6 m ima Formula n?7 Formula n° 8 ma_iia Formula n° 9 Moet we i ee a Formula n? 10 Carat ee etl p Férmula n° 14 Formula n° 12 ig > ie Fr 4, LIGADOS SIMPLES DESCENDENTES (mao esquerda) Extraido do caderno n° 4, “Técnica de la mano izquierda’, de A. Crlevaro, exerccios 12 a 17. Os principio para a execucdo dos, ligados descendentes sdo basicamente os mesmos dos ligados ascendentes, mudando-se a énfase para 0 trabalho de coordena- {30 e forga muscular dos misculos extensores da mo esquerda, Fesponsdveis pelo afastamento dos dedos com relacio ao braco {do violBo. Nos ligados descendentes esses muisculos comandara0. C tracionamento das cordas pelos dedos que efetuam os ligados. ‘A ponta do dedo faré a fungdo de gancho que atua como se fosse puxar a corda "para fora” (e nunca para baixo), no sentido, perpendicular & linha do braco do violéo. No entanto, algumas ‘otras especiicidades se impdem para que possamos alcancar uma execuclo eficente desse tipo de ligados. Nao podemos esquecer que o dedo minimo é sempre o mais fraco €, por isso, todo detalhe técnico que possa compensar essa debi- lidade deve ser aplcado com apuro. Nesse sentido, um aspecto fundamental para a eficiéncia dos ligados descendentes esté na posiglo da mao esquerda com relagao ao braco do violo. Assim ‘como nos ligados ascendentes, a posicao natural éa da palma da m&o paralela @ linha do braco do violdo. Devem ser observados (0 dois pontos importantes descritos ababxo. ‘Na formula (3 ; 4), posigéo T, 0 dedo minimo ~ desde sua base - a lateral da mo esquerda devem estar alinhados como se fossem um prolongamento do traste da casa 4, evitando que ‘© dedo minimo atue sobre a casa 4 mas permitindo que sua base esteja alinhada com o terceiro traste (por uma leve inclinacdo do pulso ou atuacéo do cotavelo afastando o brago do violoista). 0 ‘alinhamento com o 4° traste garante maior apoio e precisdo 20 ataque do dedo minimo. . Por serem menos espessase no terem orevestimento metalico, ‘das cordas superiores, as cordas 12, 22 © 39 muito faciimente es- ‘corregam sob a presso dos dedos ca mao esquerda, desafinando levemente durante @ execucdo de ligados descendentes. Para ‘evitar esse “efeito colateral” bastam duas providéncias: 1. utiizando-se como exemplo a combinacSo dos dedos(3;2) fa posi II: na hora em que o dedo 3 pura a corda, 0 7 5 + dem com as combinagbes: pm, p-a 6 Pos. Xi! Pos. 1 B. Arpejos livres de 4 notas com 4 dedos: (p-Fma) 1.2 (emp) // 1.0 (maps) (p-e-m) // 2a (ta-m-p)// 2.b (a-m-p-) (pm) // 3.2 (a-m-+p) // 3.b (m-rp-a) (formula do trémolo) (pam) // 4.a (a-m-p) // 4 (-m-p-a) (p-m-a) // 5.2 (m-i-p-a) // 5b (-p-a-m) (p-m-ai // 6. (m-a-+p) // 6. (atp-a) \Velocidade que pode ser atingida no exerccio: unidade de tempo = seminima, no andamento de M.M. 176 a 184, executado em ‘semicolcheias. ») Arpejos livres de 4 notas com 4 dedos Pos. 1 Pos.V Pos. x pms Pos. Xill os. 1x Formula B-1.2 Formula 8-2 Formula B-2.b Formula B-8.0 Formula B-4.b atime tom pe Formula B-5.2 Formula B-6 Formula B-6.2 Formula B-6.b . Arpejos livres de 4 notas com 3 dedos: (p-mm-m) /] 2.2 (mv (p-mm-arm) // 3.a (rmrarmp) // 3.b (a-mmp-m) (p-a-ma) // 4.2 (@-ma'p) // 4b (mapa) (p-Fari) //5.a (-ariep) // 5.b (aepri) (pata) // 6.2 (ara) // 6. (ra-p-a) ‘OBSERVAGAO — Dentre os exemplos abairo relacionados, 0 “Formula 1” 6 apicvel para as formulas 2, 3,4, 5, 6. O exemplo “Formula I-A” se aplica nas restates. \Velocidade que pode ser atingida: unidade de tempo = seminima, io andamento de M.M. 160 a 168, executado em colcheias. Bo Pos. V Pos. x Pos. Xi! = Idem i-m nas cordas 3 ¢ 2 ® ® ‘OO Pos. ix Pos. V Pos. | Idem im nas cordas 2¢ 1 hE T Tire tetris & Formula C-1.2 Formula C-1.b ae @® renatteas nase = = aay tet ges @ D. Arpejos livres de 6 notas com 3 dedos: 0) (p-m-p-m) D1) (p-m-p-m-i) 2) (p-m-a-p-ma) D3) (pa-m-p-a-m) D4) (Pre-p-ra) 05) (papa) Velocidade que pode ser atingida: unidade de tempo = semini- ‘ma pontuada, no andamento de 120 a 132 bpm, executado em colcheias. ‘ Rereteeeat carcass 22 Idem mn nas cordas 3 @ 2 sy E. Arpejos livres de 6 notas com 4 dedos: E) (p-Fm-aeem) // Et) (Em-a-m-+p) // £2) (rem-rp-) 5) (aripima) 4) (p-arm-tm-a) // £5) (a-m-im-a-p) // £6) (m-m-a-p-a) 7) (ma-pem) Velocidade que pode ser atingida: unidade de tempo = seminima ppontuada, no andamento de M.M.116, executado em colcheias ©) Arpojos livres de 6 notas com 4 dedos Pos. Pos. V Idem ma nas cordas 3, 201 Idem im-a nas cordas 3, 2€ 1 ‘8. EXERCICIO COM DEDOS FIKOS (mao esquerda) Extraido do caderno ne 4, "Técnica de a mano iaquierda’, de A Carlevaro, exercicios 87 a 110, Estes exercicos estdo destinados 2 fortalecer a musculature e proporcionar maior independéncia {de atuacdo 20s dedos da mio esquerda, Para que isso ocorra & importante que, durante a execucéo, seja evtado qualquer auxlio ‘20 movimento dos dedes por movimento do pulso ou do braco. Manter a atencéo sobre a atuacdo dos dedos e a mao esquerda ‘com a palma paralela 20 sentido do brago do viléo Iniciar © festudo lentamente, buscando uma sonoridade clara em cada nota, aumentando progressivamente a velocdade. Trabalhar um ‘04 dois grupos por dia Grupo A — Um dedo fix0;cuidado para deixé-o realmente parado, 1n&o utilizando-o para descer ou subir, acompanhando o acionar os outros dedos. Grupo B ~ Dois dedos fos; importante manter preso 0 dedo da nota com ligadura de prolongacéo até o fim da sua duraglo. & esse detalhe que vai nos apresentar as limitagSes de movimento dos dedos e & por meio desse mesmo detalhe que poderemos Perceber 0 crescimento progrssivo do controle e independéncia dos movimentos. Também pode ser utiizado como exercico para coordenacSo de dois dedos com dois dedos fins. Grupo C - Tiés dedos fixos: além de ser estudado na forma proposta no exemplo,& importante que seja aproveltado para o toque de cordas imediatamente préximas, para obter-se dominio na passagem de uma corda a outra em pequenas distancia e em alta velocidad de execugao. Por exemplo: aproveitando o exercicio 1n® 101, com as dedos 2,3 4 fixos, 0 dedo 1 toca sucessvamente desde a 68 até a 12 corda e retorna 862, num andamento de 120 bpm (unidade de tempo = seminima; executar em colcheias). ‘Grupo D - Deis dedos fix e toques simultneos: nesse exercic, para que se obtenha o maximo de proveto,é importante que os edossoltos pousem nas cordas simultaneamente, evtando que lum deles se movimente primeiro, apoiado no que se sota por timo. Ejustamente essa difculdade de atuacéo simulténea que se pretend sanar com a proposta. Esse aspecto, que parece um ppequeno detalhe no transcorrer de um exercci, pode tornar-se de vital importéncia durante a execucSo de uma misica qualquer, ‘rovocendo tropecos e comprometendo a regulardade do ritmo a velocdade de execuclo da peca. O idea é que sejaestudado ‘com uma velocidade metronémica alta, para maior dominio nas ‘mudancas de posio dos dedos. Por exemplo, no exercico n® 105, om os dedas 1 2fixos e toque simultineo com os dedos 3 4, chega-se a utiizar velocidade de 160 a 208 bpm, considerando-se ‘como unidade de tempo a seminima, ‘Sugiro que os grupos acima sejam estudados nas posigdes 1, Ve VIII, fxando os dedos nas cordas 38, 19 e 68, respectivamente, ‘Assim, aumentamos as distncas a serem alcancadas pelos dedos. €, conseqlentemente, as dificuldades de coordenacio motora e ‘forgo muscular, jé que a altura das cordas com relagdo ao braco ‘aumenta progressivamente nas posicdes superiores. Duracko: 05 minutos. Pos. Vill itiin vt S ysnd y2 9 (a caer == : a5 = wits — fries F te ete ‘OBSERVAGAO — Idem para dedo fixo: 2, 3, € 4. Pos. | des Aoaas Idem Pos. Ville V P eperere rears 124 a4 Idem Pos. Ville V < Fete, cick ' SS tetnw Idem Pos. Vill e V t peeriEDe a fate ee ae Eee er, enn Sling e- e- 6 dem para os dedos fxos ® 1-2-3, 1-3-4, 1-2-4. ‘Sequéncia idem para as posigdes Vill na ‘orda 1 e V na corda 6, g ‘Sequéncia idem para as posigdes Villna corda 1 @ V na corda 6. ‘Sequéncia idem para os dedos fixos 2-3, 3-4, 1-3, 2-4, 1-4 ‘9. ATAQUE DE ACORDES (mio direita) Extraido do cademo n? 2, “Técnica de la mano derecha'’, de A. Carlevaro, formulas 203 a 207. 0 principio de atuagSo mecénica aplicada 20s acordes & similar 20 que foi descrito no primeira, ‘exerccio do roteiro, que explica a din&mica de ataque individual das cordas. A diferenca é que, para obter-se uma sonoridade de. intensidade média o pulso comanda © movimento de ataque, & desejando-se uma intensidade forte ou frtissima, 0 pulso perma- neve fxo e 0 ataque & comandado por movimento do antebraco, ‘como se antebrago, pulso e dedos formassem uma Unica peg sem articulacéo. Esses acordes podem ser estudados com ts, objetivos distintas em etapas sucessivas: 11, sonoridade uniforme: estudarlentamente, buscando obter a simultaneidade do ataque de todas as notas do acorde, preparendo 1 ar as posies dos dedos quando hii mudanga de cordas; 2. destaque de vozes por massa de contato: elegemos 0 {ded /ou m ou a para que defina, quando muda de corda, uma linha melédica de trés notas por corda, 2 qual destacaremos das demas notas do acorde pela ntensidade do som produzido; para isso, utlizamos 0 ataque com maior contato da polpa e unha do dedo escolhido; 3. destaque de vozes por timbre: adotando 0 mesmo principio 4o item anterior, escolhemos um dedo que produziréo timbre di ferenciado das demais notas do acorde. Esse dedo tocaré a corda ‘com a unha de plano e puxando a corda ligeiramente para fora. (s demais dedos atacam as cordas com polpa e unha. Duracho prevista pana o exencicio: O5 MINUTOS. Pos. = Pos. V Idem para posigées V, Xe Xl! 10. TRANSLADOS POR SALTO (mio esquerda) Exercicio extraido do cademo 3, "Técnica dela mano izquierda, de A. Carlevaro, exercicios n° 69 a 85. Nesse lvro, Abel Carlevaro agrupa tréstipos de trasiados para a mo esquerda: 1. translado por substituigao ~ aquele em que hé a troca do ddedo que fica uma mesma nota. Hé um deslocamento da mao lesquerda, mas a nota permanece a mesma (traslado com casa ‘comum @ dedo diferente); 2. translado por deslocamento - quando a mo esquerda ' movimenta de forma que um mesmo dedo sate de uma casa ara outra, na mesma corda (traslado entre casas diferentes com um mesmo dedo}, 3. translado por salto ~ a m3o esquerda se movimenta de forma que o préximo repouso fixe nota diferente da anterior com lum dedo diferente do anterior (transiado entre casas ciferentes ‘com dedos diferentes). A técnica para execugdo desses trés tipos de translado é exata- ‘mente a mesma, e consiste em “desenhar um retdngulo” com 0 pulso imaginando que a base desse reténgulo & a linha do braco do viol. ‘So trés passos para efetuar 0 translado: 11°- tomando como exemplo o transiado por salto, em que 0 {ded deverd soltar a corda afastando-se no sentido perpendi- cular 20 braco do instrumento, mediante o pulso em atitude ascendente; 2:- a seguir © brago transporta @ mio (e 0 dedo) para o Ponto de destino, tragando uma linha paralela ao brago do instrumento, com a participacdo exclusiva do braco; 3° finalmente o dedo se aproxima da nota desejada atacando ‘numa linha perpendicular & do brago do violdo, com o pulso fem atitude descendente. Observe os desenhos: ‘Translado defeituoso Transiado correto ‘brago-dedo-brapo-dedo-brago 41. Pulso - 2.Brago 3,Pulso ‘Idem para posigées V, IX e ill Idem para posigGes V, IX Xill ‘© objetivo desse movimento evitar 0 ruido que resulta do arrasto ‘dos dedos sobre o revestimento metalico das cordas superiores, ‘quando é exigido seu deslocamento sobre uma mesma corda. A mmo deve estar em apresentac3o longitudinal (palma paralela a0 braco do instrumento). Utlizando como exemplo a execucio de uma escala cromtica sobre a sexta corda, 0 dedo 1 na posiclo I deve soltar a corda ‘quando 0 dedo 2 a toca, e assim sucessivamente até 0 dedo 4. Isso nos daré maior liberdade para efetuar o translado e trés ‘chances a menos de produzirruido pelo deslocamento, © pulso ‘comecaré a subir j8 quando atua 0 dedo 1; quando chegarmos, _20 dedo 4, 0 puso fa terd acabado de subir e 0 braco, entdo, $6 Precisaré aproveltar a inércia do movimento para transportar a mao pare a préxima posigao (posicéo V), ‘© polegar da méo esquerda deve deixar 0 contato com 0 braco {do violdo no final da duracao da nota imediatamente anterior 20, ‘tanslado, e deverd voltar a repousar no brago do instrumento ra nota imediatamente posterior. Nossos olhos devem estar fixos ‘sempre um passo adiante das notas que estamos executando, ‘antecipando as mudancas de posicéo, e no devem, portanto, ‘acompanhar o movimento da mo durante otraslado. Devem estar fixos no "ponto de chegada” desde o inicio do movimento, J=00-148 Idem até corda 1 e volar até corda 6 o>: * stents . 2 ® dom até corda 1 ‘Sequéncia idem para combinagbes 2-3, 34, 4-3, 2-4, 1. | 37 dem até corda 6 e volar até corda 1 @ 11, EXERCICTO DE COORDENAGAO DAS MAOS DIREITA E ESQUERDA Para aperfeigoarmes a sonoridade da execucio é preciso uma sincronia perfeita entre os dedos das mios direita e esquerda. ‘Uma sonoridade nitida e intensa pode ser obtida & medida que Cconseguimos tornar automética uma pequena antecipacdo dos. {dedos da méo esquerda com relacdo a0 toque das cordas pela ‘mo direta, Se 0s dedos da mo esquerda atacam as notas 20, ‘mesmo tempo que 0s da dirlta, h grande probabilidade de que ‘som seja abafado, produzindo notas "mudas” ou sujas, porque no houve a fxacSo adequada das notas na escala.Pratico este ‘exercicio adotando, para os dedos da méo esquerda, a mesma dindmica que adotaria se estivessem realizando um ligado as- Cendente: os dedos atacam as cordas com intensidade, em vez, de apenas repousarem sobre elas. Esse tipo de atitude da mao lesquerda sé reforeao trabalho da mo direta resultando em uma, sonoridade clara, incsiva e de maior projecio. Durante o estudo devemas alternar as combinagBes de dedos em. ‘ambas as mos, podendo usar a formula (1-2) + (em) descendo da 62 até a 1° corda para depois subir numa combinacéo (2-1), + (om); assim pode-se construir variagbes, de modo que todas {as combinagSes de dedos das maos direlta e esquerda sejam trabalhadas. Velocidad: unidade de tempo = seminima;inciar com andamento de M.M. 80, executando em semicolcheias, podendo chegar até MM, 160. Duracio: 05 minutos Formulas: Coordenacdo de 2 dedos: (1-2), (2-3), (3-4), (1-3), (2-4), (1-4) Coordenagao de 3 dedos: (1-2-3), (2-3-4), (1-3-4), (1-2-4) Coordenagdio de 4 dedos: (1-2-3-4),(2-3-4-1), (3-4-1-2), (412-3), (13-24), (241-3), (14-23), (2341-4) 38 Coordenagdo de 2 dedos Pos. | 1242 Pos. Xill sae Coordenaco de 3 dedos Pos. | 2s ® = ® a dues Sites Se Fete ys ise ® ‘ Repetiem Pos. Vile Xi Fe te tet Goordenagao de 4 dedos Pos. | He wets fersie 72 ir em Pos. Vile XII 442 3,492.4 3a tial rspet' ertce ey Fr pviw gate dom para as combinacbes, (2341), (Gd-1-2), (41-2 3), (1-9-2), (241-3), (14-23), (23-144) 112. EXERCICIO DE CONTINUIDADE, RESISTENCIA E \VELOCIDADE (mao direita) (Bxtraido do caderno ne 2, "Técnica de la mano derecha’, de A. Carlevaro. & bastante dificil manter uma execucio em alta, velocidade por um periodo longo se no houver o treinamento concomitante de continuidade, resistencia e velocidade. Antes de estudar escalas em ata velocidade, algumas dificuldades de- vem ter sido superadas: coordenagdo de ambas as més (item 11), passagem dos dedos da mao direita pelas cordas (item 5), translados por salto da mo esquerda (item 10) e continuidade, resistinciae velocidade da mao diretta Proponho o estudo com as seis combinacBes de dedos da mao direita para feciltar sua aplicacéo nas obras, e também porque. considero que maior habilidade e velocidade nas combinabes, (ra) e (em) favorecem 0 desempenho das combinaces de (em) e (a. ( exemplo dado sugere o percurso que aconselho, para nao prat- Car oexerccio em excesso e para utlizé-lo em diferentes setores. dobrago do vilBo, o ue é necessrio face ds diferencas de tens e altura das cordas nas diversas posicBes proposta. Para as combinagdes (m-a) e(a-m) sugiro uma velocidade metro- ‘némica duas marcas abaixo da utlizada nas demais combinagbes. dededos. A versdo em tercinas é alternativa da versio em quatro semicolcheias, 0 que pode servr para trabalhar dificuldades de desequilbro ritmico, sendo que a alternéncia na acentuacéo em \elocidade: M.M. seminima = 80, podendo chegar até M.M. semi ima = 160. Executando em tercinas, M.M. colcheia pontuada = Iniciar @ 100 e chegar até M.M. colchela pontuada = 208 Dueacho: 5 manuros. 4 =80-160 Pos. | Lm iim = SSS 2 Z Jadagdaevsew ees iadseveeeoessees Pos. Xill te 3 2 1 ‘Sequéncia idem para combinagdes: Versio alternativa ‘MM: 100-208 Pos. | = @ ‘Seqiéncia idem para combinagdes Repetir sequéncia do exercicio anterior me manera nas posigdes I-V-IX-XIll OBSERVACAO ~ 0 exemplo em tercinas deve seguir 0 ‘mesmo percurso do exemplo anterior. 13. ESCALAS (mos direita e esquerda) Proposta de estudo baseada nas Escalas Diatnicas conforme apresentadas no Caderno 1, de A. Carlevaro. O objetivo do estudo e escalas neste roteito é estrtamente técrico. Entendo que a ‘execugo de escalas daténicas reine vrios padres de movimento 48 apresentados nos itens anteriores trenslados transversais de mmo direta (tem); translados por salto (item. 10); exercicio de ‘oordenago dos dedos das mos direlta e esquerda (tem.11) € ‘exerci de continuidade, resistncia e velocidade (Item 12). E preciso que esses padies de movimento tenhiam sido bem ‘ompreendidos e desenvolvidos para que, somados & capacidade 4e concentraglo e dominio do reflexo visual, possamos praticar cescalas em ala velocidade e com apuro técnico. Cerlevaro facitou 0 estudo das escalas diatnicas 20 juntas fem pequenos grupos que podem ser executados utlizando-se ‘mesma diitacSo,bastando recorrer a uma transposicfo da m0 cesquerda, Desta forma é possivl conhecerepraticar as 24escaas ddaténicas sem ter que memorizar uma digitagéo diferente pare ‘ada uma delas. Os tracados das digitates de Carlevaro no fexigem nenhuma contragSo ou distensSo dos dedos, diminuindo a probabildade de ruidos pea ficsdo dos dedos nas cordas e faciitando a execucSo em velocidades maioes. Aconselho comecar 0 estudo de escalas aplcando o recurso de variantesritmicas simples, que auxliam na constituigfo de ‘alorresisténcia muscular e no aprimoramento da percepra0 e da regularidade de rtmos. As variagdes ritmicas propostas S80 as seguintes, sempre torando como unidade de tempo uma 3. tocar a escala em cokcheias ©. tocar em tercinas de colcheias tocar a escala em semicolcheas. ‘Tio logo quanto possivel,sugio tocar astrés formas rtmicas ac ‘ma em seqiéncia, madficando o padréo rtmico sem interromper a execucéo. Para que a sensaco de repouso recaia sempre sobre a thnica da escala deve-se executar a seguinte seqUéncia: 4. nas escalas que percorrem duas otavas (06, Ré Demo, Ré, Mi bbemol, D6 sustenido e Ré sustenido) tocar uma vez a escala em colchelas, tits vezes em tercnas e uma vez em semicolcheias; 2. nas escalas que percorrem trésotavas (Wi, FF sustenido, Sol, Sol sustenido, Lé bem, L, Si bem, Si), tocar uma vez em ‘olchelas, uma vez em tercinas e duas vezes em semicolhelas. Grupos das escalas maiores: grupo 4: Dé, RE bemol, RE, Mi bemol, Mi e Fé; {grupo 2: Fé sustenido, Sl eLé ber}; ‘grupo 3: Ld, Si bemol e Si. Grupos das escalas menores: ‘grupo X: Dé e Ré sustenido, ‘grupo B: Mi, Fé e Fé sustenido; ‘Grupo C: Sol, Sol sustenido, Lé, Si bemol e Si. OBSERVACAO — 0 grupo X é composto de duas escalas que ‘no tm dedihados iquais ou parecidos. Por isso a designacdo dlferenciada para o grupo. ‘Apis a memorizacdo das 24 escalas, para manter o dominio na execuso basta estudar uma escala de cada grupo, totalizando sete escalas por dia, garantindo que em uma semana se tenha fechado todo o ciclo de 24 € interessante que a digitagao da mao direita seja modificada de escala para escala, utiizando todas {as combinagées: (im), (mi), (Fa), (al), (@m) e (ma), e trés dedos (a,m, I). Utllzar como Unidade de tempo a seminima com ‘andamento inicial de M.M. 60, podendo chegar até M.M.160. Duracio: 05 manwtos. ESCALAS MAIORES | Grupo 1 De Mator (C) Pos. Ré b Malor (Ob) Ré Maior (0) Mi b Maior (Eb) Mesma digitagdo de Ré b Maior, 1 tom acima, Pos. Vill Pos. tl Pos. i Mi Maior (E) Pos.t Fé Maior(F) Pos. x Qi Pos. ® ‘Sol Maior (6) Mesma digitagdo de Fat Maior, 1/2 tom acima. Pos. [LA Maior (Ab) Mesma digitagdo de Fat Maior, 1 tom acima, Pos. “Grupo 3 La Maior (A) Pos. XIV ® 4 THe The Pos. | Sib Malor (8b) Pos. x 222 Pos.1 "a os. x ‘Si Maior (8 ag 1 46 ESCALAS MENORES: ‘Grupo x 146 menor (c) Pos. 6 # menor (#) Pos. | ‘Grupo A 146 # menor (c#) Pos.1 6® & 16 menor (d) et: Pos. Mesma digitaco de d6 # menor, 1/2 tom acima, Grupo B ‘mi menor (e) Pos. x Pos. fa menor () Pos.X Pos. Vill 4 # menor (f#)-Mesma cigitacio de fé menor, 1/2 tom acima, Pos. I : Pos. xi Pos. Vil ‘sol menor (9) Pay ‘apts BE Pos. Pos. I! 14 menor (a) Mesma digtacdo de sol # menor, 1/2 tom acima. Pos. I ‘menor (bb) Mesma digitagdo de sol # menor, 1 tom acima, Pos. 'simenor(b) Mesma digitagSo de sol # menor, 1 @ 1/2 tom acima, Pos. IV acessoria ERGO-VIOLAO Ergonomi Atividade que busca eficiéncia e seguranca no trabalho pela ‘pesquisa e construcéo de abjetos melhor adaptados & anatomia {0 corpo humano, Ergo-violéo: um suporte destinado a substiuiro apoio para opé que mantém mais ata a pema que di o principal suporte ao Viol. ‘Com 0 rgo-violdo pade-se ajustar o instrumento na poscao mais adequada para execucdo mantendo 0 corpo confortavelmente sentado, com a coluna vertebra alinhada e ambas a plantas dos és bem apoiadas no chéo. Objetivo: Diminuir does nas costs, casionadas pela mé postu corporal durante os estudos. Manter 0 fluxo normal da circulaeao sangbines, diminuindo a orménca da pera de apoio resutante da altura excessive do joetho quando & utlizado o suporte para o pé Como usar: Prende-se 20 volo com o auxlio de quatro ventosas apicadas,

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