Um Estudo Sobre A Modelagem Da Roupa Intima Masculina
Um Estudo Sobre A Modelagem Da Roupa Intima Masculina
Um Estudo Sobre A Modelagem Da Roupa Intima Masculina
2006
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2006
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elaborada por
Mariane Andressa Claudino Albino
COMISSO EXAMINADORA
_____________________________
Rafaela Satiko Sasaki
(Orientador)
_______________________________
Larcio Lacerda
(Professor)
_______________________________
Rogrio Felix Blanco
(Professor)
DEDICATRIA
AGRADECIMENTO
SUMRIO
1. INTRODUO ..................................................................................13
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................14
3. PROBLEMA ......................................................................................15
4. OBJETIVO ........................................................................................16
4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 16
4.1.1 Objetivos especficos..................................................................................... 16
5. HIPTESE ........................................................................................17
7. METODOLOGIA ...............................................................................50
REFERNCIAS ....................................................................................62
APNDICE ............................................................................................65
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 16: Cueca tradicional com elstico menos apertado na cava da perna ...... 56
LISTA DE GRFICOS
LISTA DE QUADROS
RESUMO
1. INTRODUO
2. JUSTIFICATIVA
3. PROBLEMA
4. OBJETIVO
5. HIPTESE
A anlise dos bitipos masculinos contribuir para que seja desenvolvida uma
pea mais agradvel a cada tipo fsico.
6. FUNDAMENTAO TERICA
Tudo comeou na era paleoltica, onde a maior parte da terra era coberta por
gelo, sendo assim muito frio, ai ento o homem primitivo percebeu que poderia caar
os animais no s pela carne, mas tambm pela sua pele, que seria usada como
proteo ao frio intenso.
J o povo que vivia em climas mais temperados utilizava fibras animais como a
l e pelos e vegetais como casca de rvores, muito mais prticos de se manejar, j
que a pele depois de certo tempo tornava-se dura. Enrolar um retngulo de pano na
cintura era a maneira mais pratica que costumava usar, esse retngulo era chamado
de saronge uma espcie de saia. (LAVER, 1999).
De acordo com Braga (2005, p.74) cobrir o corpo uma necessidade, seja
pelo carter pudor, de adorno ou de proteo.
No perodo do antigo imprio (1500 a.C), segundo Laver (1999, p.18) os reis
usavam o chanti, feito de tecido com o formato de uma tanga amarrado com um
cinto na cintura, era pregueado e engomado e algumas vezes at bordado. Depois
se passou a usar sobre o chanti uma tnica quase transparente chamada colasires.
O chanti durante algum tempo foi ganhando variaes, antes feito apenas de
tecido, agora podendo ser de linho, l ou couro.
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No sculo XVI surgiu a moda do recorte que segundo Laver (1999) no apenas
o gibo, mas tambm os cales eram recortados, na verdade, cortados em tiras,
estas eram cadas at o joelho ou tornozelo e muitas vezes coloridas formando
desenhos.
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Nessa poca homens se vestiam com tanto brio quanto as mulheres, usavam
tecidos como o veludo e cetim e adornos bordados com fios de ouro e prolas.
O efeito geral nessa poca, j sculo XVII das roupas masculinas era de total
relaxamento. As descries sobre a roupa de baixo masculina so deixada de lado
pelos historiadores. A moda comea a tomar propores e o imprio das aparncias
comea a ser mais fremente, com a maioria dos autores dando importncia apenas
a descrio das roupas de cima.
Foi nos anos 60 e 70 que surgiu a moda unissex, com essa pluralidade se
iniciou ento o sculo XXI com o homem se preocupando um pouco mais com a sua
prpria aparncia. (Braga, 2005, p. 43)
Nos dias atuais os homens esto ocupando um lugar cada vez mais importante
no mercado do lingerie.
Cada homem passou a ser dono de varias opes e precisa apenas adequar
esse repertrio ao que imagina ser aquilo que mais o agrada, que mais o deixa
confortvel. (BARROS, 1997, p.33)
Tudo indica que nos dias de hoje, os homens esto mais ligados a moda e
conforto de si prprios, esto tambm mais independentes e com coragem de
assumirem o que gostam.
Nos dias de hoje lingerie quer dizer roupa intima, no importando de que
material nem mesmo cor em que confeccionado. (BARROS, 2005)
Como diz Derennes (apud ROSEMBERG, 2006, p.01) Dez anos atrs todos
usavam grandes cuecas de algodo branco, (isso) atualmente no mais assim.
6.3.1 Modelos
Alguns modelos fecham na frente, outros tm fecho ecler. A abertura pode ser
vertical ou horizontal ou ainda com discretos botes. O modelo de cueca boxer o
mais procurado, Rosemberg afirma que (2006, p. 01) o modelo boxer campeo de
vendas por ser mais elegante e confortvel e hoje em dia os homens procuram por
isso.
Atualmente a roupa intima, serve para seduzir, confortvel para dormir, muito
pratica deixou de ser tabu, principalmente pelos homens e livremente discutida. Se
tornou a pea mais importante do vesturio em geral. (UOL, 2000)
A tradicional ou slip, como seu nome j diz clssica, para serem usadas em
todas as ocasies, nos dias atuais deixaram de ser apenas simples, esto ganhando
estampas, cores, fitas. (UOL, 2000)
Aparentemente medir as pessoas seria uma tarefa fcil, bastando ter uma
rgua, trena e balana. Entretanto, isso no assim to simples, quando
se deseja obter medidas confiveis de uma populao que contem
indivduos dos mais variados tipos. Alm disso, as condies em que essas
medidas sero realizadas (com roupa ou sem roupa, com ou sem calado,
ereto ou com postura relaxada) influem consideravelmente nos resultados.
(LIDA, 1990, p. 100).
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Lida (1990) afirma que hoje j h um maior interesse nas diferenas entre
grupos e as influencias tnicas, religiosas e culturais.
Existem hoje segundo Sheldon (apud LIDA, 1990) trs tipos fsicos do corpo
humano, ou seja, o endomorfo, mesomorfo e ectomorfo.
O homem 25% mais alto que a mulher. Sheldon (apud LIDA, 1990) cita que
dentro de uma populao de adultos, as diferenas de estatura entre os homens
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Isso significa que a diferena entre o homem mais alto (sudans) e o mais
baixo (pigmeu) de 62% (SHELDON apud LIDA 1990, p. 103).
Essas medidas porem no podem ser generalizadas, pois muitos povos no
sculo passado migraram de seus locais de origem para outros, onde o clima,
cultura e hbitos alimentares so diferentes, com isso seus organismos sofreram
mudanas, assim possibilitou aos estudiosos verificar at que ponto a etnia
determina a antropometria exata de cada povo.
6.5 Ergonomia
A roupa intima uma pea que est em contato com a pele o dia todo, para
isso ela deve ser confortvel, ergonomicamente correta para que no aja incomodo
ao corpo do usurio, tornando assim uma pea adequada para o uso em tempo
integral.
Para obter uma modelagem perfeita, o desenho deve ser bem analisado,
prestando ateno em pences, folgas e recortes.
Modelagem plana uma tcnica que reproduz em segundo plano num papel,
algo que ser usado sobre o corpo. Essa modelagem poder ser usada para
confeccionar apenas uma pea ou em grande quantidade, como acontece nas
indstrias maiores.
se utilizar o scanner, que realiza a leitura das linhas do contorno do molde, sendo
necessrio marcar pences e piques aps o molde estar no sistema, ou ento usar
uma mesa digitalizadora, na qual os moldes feitos manualmente so colocados, e
com um mouse so selecionados os pontos principais, que formaro uma imagem
no computador, essa mesa possui grade de linha guia para o melhor posicionamento
do molde em papel. (TREPTOW, 2003)
A era da computao est favorecendo cada vez mais, com suas tecnologias, a
praticidade de desenvolver as tarefas do cotidiano e o aproveitamento de tempo,
alguns empreendedores preferem optar por um computador que comandado por
apenas uma pessoa, consegue desenvolver as tarefas de muitas outras.
6.6.3 Moulage
Por mais confuso que tenha sido o processo para chegar a um molde, precisa-
se ser caprichoso e metdico no molde final. (JONES, 2005)
6.6.4 Graduao
Como afirma Arajo (1996) em todos os itens anteriores utilizada uma outra
tcnica, a graduao, a mesma desenvolvida aps o molde do tamanho base estar
terminado, o tamanho base ser utilizado para obter os outros tamanhos da grade
desejada, menores ou maiores, no qual todos os tamanhos devem conter piques e
costuras relativamente no mesmo lugar.
Pode ser realizada manualmente, fazendo alteraes no molde base para cada
tamanho e aps copiando-os separadamente ou pelo sistema CAD/CAM, fazendo a
graduao automaticamente no qual se torna muito mais rpido.
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a pea piloto que mostra como a pea final dever ficar depois de pronta.
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6.7 Tecidos
O nome tecido surgiu para se referir aos produtos feitos nos teares planos com
fios transversais e horizontais (trama e urdume), esse ento comeou a ser
chamado tecido plano. (TREPTOW, 2006)
Treptow (2006) cita que a malharia retilnea parecida com o tric artesanal,
produzido por laadas de agulhas em tear plano. J a malharia circular obtida
atravs de laadas formando um tecido tubular, em sua largura possui mais
elasticidade e seu comprimento se parece aos tecidos planos. Esse tipo de malharia
com polister produz tecidos prprios para lingerie, sendo do seu lado direito mais
liso do que o avesso.
Renda um tipo de tecido que formam desenhos feitos por teares especiais
que tem a habilidade de se mover em diagonal. (TREPTOW, 2006)
a textura que ativa o tato do usurio, ela tambm que da sinal das
sensaes recebidas.
Esses tecidos so elaborados nas mesmas fbricas que tecem linho, algodo
entre outros, porem so feitas mudanas em seus maquinrios e uma preparao
especial para seus colaboradores. So feitas pesquisas, que conduzem a
descobertas de novos tecidos, utilizando-se de laboratrios qumicos.
(CHATOIGNIER, 2006)
Chatoignier (2006) ainda cita o modal e o suplex como uns dos tecidos
tecnolgicos mais usados. O primeiro tem capacidade de absolvio por ser
composto por celulose. J o segundo, se parece com o algodo, no entanto no
desbota e permite que o suor passe para o lado externo, no causando odores, o
suplex muito usado nas roupas ntimas, alguns possuem elastano e tambm
proteo UV (ultravioleta).
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7. METODOLOGIA
BOXER
0% SAMBA-CANO
10%
OUTRO
57%
BOXER e
TRADICIONAL
GRAFICO 01
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
PERCENTUAL DE CONFORTABILIDADE
13% 0% 13%
BOXER
TRADICIONAL
SAMBA-CANO
OUTRO
74%
GRFICO 02
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
PERCENTUAL DE COMPRADORES
0%
ME/ESPOSA
48% VOC
53% OUTRO
GRFICO 03
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
Mesmo sendo os homens os usurios das peas, 53% deles confirmaram que
quem compra as cuecas so suas Mes e Esposas.
53
PERCENTUAL DE DESCONFORTO
25%
SIM
NO
75%
GRFICO 04
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
Alguns dos 25 % dos homens que declaram sentir desconforto alegam que no
caso da cueca boxer, a perna no firme o suficiente, e no decorrer do uso, acabam
subindo e se amontoando prximo a virilha.
18% ALGODO
COTTON
0% 37%
SEDA
18% POLIVISCOSE
CETIN
5% 22%
VISCO LYCRA
GRFICO 05
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
HOMENS de 18 a 30 anos
52,5
86,5 CINTURA
QUADRIL
COXA
97
GRFICO 06
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
HOMENS de 31 a 50 anos
52
CINTURA
91,5
QUADRIL
COXA
97
GRFICO 07
FONTE: Pesquisa de campo, outubro (2006).
As poucas que foram colocadas disseram que nas cuecas sem costura, a
modelagem no se modela ao corpo como deveria e tem pouca sustentao nas
partes intimas. Tambm que no caso das cuecas com costura o acabamento das
costuras devem ser bem feitos, pois algumas so grossas e acabam ferindo o
usurio, causando dores e mal estar.
56
Cada pea intima (cueca) se adapta melhor a um tipo de corpo e uma idade
diferenciada, com a pesquisa realizada, pode-se observar que a cueca escolhida
como a mais confortvel pelo pblico-alvo de homens com 18 a 50 anos a
tradicional.
FIGURA 16: Cueca tradicional com elstico menos apertado na cava da perna
FONTE: Prprio autor, outubro de 2006.
O pblico masculino necessita muito mais ateno por parte dos fabricantes,
pois so muito reservados e conservadores na questo roupa intima.
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REFERNCIAS
BRAGA, Joo. Reflexes sobre a moda: volume II. So Paulo: Ed. Anhembi
Morumbi, 2005.
LAVER, James. A Roupa e a Moda: uma historia concisa. 5 edio, So Paulo: Ed.
Companhia das letras. 1999.
APNDICE
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