19 14 31 Apostila Fundamentos PDF
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Fundamentos da
Enfermagem
INTRODUO
Pode se considerar que a enfermagem sempre esteve voltada para atender as necessidades de
assistncia de sade da sociedade. Ela originou-se do desejo de manter as pessoas saudveis, assim como
propiciar conforto, cuidado e confiana ao enfermo. A enfermagem como profisso, a nica na medida,
em que se dedica humanista, s reaes dos pacientes e de suas famlias, frente aos problemas reais e
potenciais.
SADE: um estado de completo bem-estar fsico, mental e social, no meramente a ausncia de doena
ou enfermidade.
DOENA : um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma pessoa est diminudo
ou prejudicado em uma ou mais dimenses.
Necessidades de segurana: No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos,
buscamos por abrigo, segurana, proteo, estabilidade e continuidade. A busca da religio, de uma crena
deve ser colocada neste nvel da hierarquia.
Necessidades sociais: O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser
amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Ns queremos nos sentir necessrios a outras pessoas
ou grupos de pessoas. Esse agrupamento de pessoas pode ser, no seu local de trabalho, na sua igreja, na
sua famlia, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a
sensao de pertencer a um grupo.
Necessidades de "status" ou de estima: O ser humano busca ser competente, alcanar objetivos, obter
aprovao e ganhar reconhecimento.
Necessidade de auto-realizao: O ser humano busca a sua realizao como pessoa, a demonstrao
prtica da realizao permitida e alavancada pelo seu potencial nico. O ser humano pode buscar
conhecimento, experincias estticas e metafsicas, ou mesmo a busca de Deus.Os profissionais de sade
preocupam-se que estas necessidades bsicas sejam proporcionadas aos pacientes que buscam assistncia.
- Perodo Pr-Cristo
Neste perodo as doenas eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do
demnio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funes de mdicos e enfermeiros. O
tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espritos por meio de sacrifcios.
Usavam-se: massagens, banhos de gua fria ou quente. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos
sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funes de enfermeiros e
farmacuticos. Alguns papiros, inscries, monumentos, livros de orientaes polticas e religiosas, runas
de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idia do tratamento dos doentes.
- Egito
Os egpcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua poca. As receitas
mdicas deviam ser acompanhadas da recitao de frmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a
interpretao de sonhos; acreditava-se na influncia de algumas pessoas sobre a sade de outras. Havia
ambulatrios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxlio aos desamparados.
- ndia
Documentos do sculo VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, msculos, nervos,
plexos, vasos linfticos, antdotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam
alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputaes e corrigiam fraturas. Neste aspecto o
budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se
conhecidos pela construo de hospitais. Foram os nicos, na poca, que citaram enfermeiros e exigiam
deles qualidades morais e conhecimentos cientficos. Nos hospitais eram usados msicos e narradores de
histrias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado
respeito ao corpo humano - proibia a disseco de cadveres e o derramamento de sangue. As doenas
eram consideradas castigo.
- Assria e Babilnia
Entre os assrios e babilnios existiam penalidades para mdicos incompetentes, tais como:
amputao das mos, indenizao, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete
demnios eram os causadores das doenas. Os sacerdotes - mdicos vendiam talisms com oraes usadas
contra ataques dos demnios. Nos documentos assrios e babilnicos no h meno de hospitais, nem de
enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episdio bblico do
banho no rio Jordo. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordo e tua carne ficar limpa".
- China
Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenas eram classificadas da seguinte
maneira: benignas, mdias e graves. Os sacerdotes eram divididos em trs categorias que correspondiam
ao grau da doena da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses
conheciam algumas doenas: varola e sfilis. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fgado; doenas da
pele, aplicavam o arsnico. Anestesia: pio. Construram alguns hospitais de isolamento e casas de
repouso. A cirurgia no evoluiu devido a proibio da disseco de cadveres.
- Japo
Os japoneses aprovaram e estimularam a eutansia. A medicina era fetichista e a nica teraputica
era o uso de guas termais.
- Grcia
As primeiras teorias gregas se prendiam mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da sade e da
medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos,
tambm tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes - mdicos,
que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro,
gua pura mineral. Dava-se valor beleza fsica, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo
corpo atrasou os estudos anatmicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando
desprezo pela obstetrcia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se cientfica, graas a
Hipcrates, que deixou de lado a crena de que as doenas eram causadas por maus espritos. Hipcrates
considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnstico, prognstico e a teraputica.
Reconheceu doenas como: tuberculose, malria, histeria, neurose, luxaes e fraturas. Seu princpio
- Roma
A medicina no teve prestgio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou
estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivduo recebia cuidados do
Estado como cidado destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela
limpeza das ruas, ventilao das casas, gua pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram
sepultados fora da cidade, na via pia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influncia do
povo grego. O cristianismo foi a maior revoluo social de todos os tempos. Influiu positivamente atravs
da reforma dos indivduos e da famlia. Os cristos praticavam tal caridade, que movia os pagos: "Vede
como eles se amam". Desde o incio do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados
especiais por parte da Igreja.
Histria da Enfermagem
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses. Possua inteligncia
incomum, tenacidade de propsitos, determinao e perseverana - o que lhe permitia dialogar com
polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas idias. Dominava com facilidade o ingls, o francs,
o alemo, o italiano, alm do grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de
1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Catlicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e
decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
Decidida a seguir sua vocao, procura completar seus conhecimentos que julga ainda
insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irms de Misericrdia, Ordem Catlica de
Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irms de Caridade de So Vicente de Paulo, na Maison de
la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande misso. Em 1854, a Inglaterra, a
Frana e a Turquia declaram guerra Rssia: Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior
abandono. A mortalidade entre os hospitalizados de 40%. Florence partiu para Scutari com 38
voluntrias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas
por incapacidade de adaptao e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%.
Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela foi imortalizada como a "Dama da Lmpada" porque, de
lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao
retornar da Crimia, em 1856, leva uma vida de invlida. Dedica-se porm, com ardor, a trabalhos
intelectuais. Pelos trabalhos na Crimia, recebe um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio,
consegue iniciar o que para ela a nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem uma Escola de
Enfermagem em 1959.
Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a
servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo
militar, era uma das caractersticas da escola Nightingaleana, bem como a exigncia de qualidades morais
das candidatas. O curso, de um ano de durao, consistia em aulas dirias ministradas por mdicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de fato a nica pessoa qualificada para ensinar. A ele
cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das enfermeiras. Florence morre em
13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge no mais
como uma atividade emprica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupao assalariada
que vem atender a necessidade de mo-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social
institucionalizada e especfica.
Anna Nery
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Provncia da Bahia.
Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um mdico militar e um
oficial do exrcito, so convocados a servir a Ptria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a
presidncia de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6 ano de Medicina, oferece seus servios mdicos
em prol dos brasileiros.
Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale,
rompeu com os preconceitos da poca que faziam da mulher prisioneira do lar.
A enfermagem uma arte; e para realiza-la como arte, requer uma devoo to exclusiva, um preparo to
rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que tratar da tela morta ou do frio mrmore
comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do esprito de Deus . uma das artes; poder-se-ia dizer, a
mais bela das artes
SMBOLOS DA ENFERMAGEM
Resoluo COFEN-218/1999
(Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Smbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem)
Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Smbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem.
O Conselho Federal de Enfermagem-COFEN, no uso de suas atribuies legais e estatutrias;
CONSIDERANDO os estudos e subsdios contidos o PAD-COFEN N 50/98, sobre " padronizao de
Juramento, Pedra, Cor, e Smbolos a serem utilizados nas Solenidades de Formaturas ou representativas da
Profisso ", pelo Grupo de Trabalho constitudo atravs da Portaria COFEN-49/98; CONSIDERANDO as
diversas consultas sobre o tema, que constantemente so efetuadas; CONSIDERANDO inexistir legislao,
normatizando a matria; CONSIDERANDO deliberao do Plenrio em sua Reunio Ordinria de n 273;
realizada em 28.04.99.
Resolve:
Art. 1- Aprovar o regulamento anexo que dispe sobre o Juramento a ser proferido nas Solenidades de
Formatura dos Cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e o Braso ou marca que representar a
Enfermagem, em anis e outros acessrios que venham a ser utilizados em nome da Profisso.
Seringa: tcnica
INFECO
uma ao exercida no organismo decorrente da presena de agentes patognicos, podendo ser
por bactrias, vrus, fungos ou protozorios.
INFECO HOSPITALAR
uma infeco adquirida durante a internao do paciente-cliente. Pode se manifestar durante a
internao ou mesmo aps alta hospitalar. A infeco hospitalar est associada com a hospitalizao ou
com procedimentos hospitalares.
Tipos de infeces
a ) Endgena : pode ocorrer quando parte da flora natural do paciente sofre alteraes, convertendo-se em
patgenos por modificao de sua estrutura. Exemplo: candidase vaginal.
b ) Exgena : resulta de microrganismos externos ao indivduo que no fazem parte da flora natural.
Exemplo: bactrias, vrus, fungos, entre outros.
Modo de transmisso
a ) Contato : Exemplos de doenas que necessitam isolamento de contato: Infeces por bactrias
multirresistentes, Clostridium difficile, Difteria cutnea, Enterovirus, Hepatite A, Herpes simples, herpes
zoster, Impetigo, abcessos, celulite ou lceras de decbito, ou outras infeces por Staphylococcus aureus
cutneo, Parainfluenza, VSR, Rotavirus, Escabose, Pediculose, Shigella, Febre hemorrgica (bola)
b ) Gotculas : o agente infeccioso entra em contato com mucosas nasal ou oral do hospedeiro susceptvel,
atravs de tosse ou espirro . Exemplo : Adenovrus, Difteria farngea, Haemophilus influenza tipo b (
meningite tipo b ), Influenza ( gripe ), Parotidite, Mycoplasma pneumoniae, Pertussis, rubola, Faringite ou
pneumonia estreptoccica .
c ) Pelo ar : ncleos secos de gotculas, ou seja, resduos de gotculas evaporadas que permanecem
suspensas no ar, quando o indivduo infectado espirra, fala, tosse, etc. . Exemplo : tuberculose, sarampo e
varicela.
e ) por veculos : itens contaminados. Exemplo : sangue, secrees, solues, entre outros.
O profissional de sade pode intervir para evitar que as infeces se desenvolvam ou disseminem,
adotando medidas preventivas adequadas. O profissional exerce papel importante para minimizar a
disseminao de infeces. Por exemplo: uma simples lavagem das mos, adotar tcnicas adequadas no
momento de um banho no leito. Os profissionais tambm podem contrair infeces dos pacientes, caso
suas tcnicas sejam inadequadas no controle de transmisso de infeco.
Precauo Padro: o conjunto de tcnicas que devem ser adotadas por todos os profissionais de sade
para atendimento de todos os pacientes, independentemente de seu diagnstico. Devero ser usadas
quando existir risco de contato com sangue, fludos corpreos, pele no ntegra e mucosas. recomendada
para todas as situaes, independente da presena ou ausncia de doena transmissvel comprovada. Os
materiais que compes o conjunto de precaues padro so:
- luvas de procedimentos
- avental de manga longa, descartvel ou no
- mscaras simples
- culos protetor
Isolamento
a ) Isolamento reverso : este isolamento estabelecido para proteger das infeces um indivduo
imunocomprometido.
Materiais : Quarto privado, Luvas de procedimentos, Mscara comum, Avental de manga longa
Quarto privado. Se no for possvel, agrupe os doentes por doena. Use sempre luvas de procedimentos.
Lave as mos antes e depois de retirar as luvas. Use avental se vai estar em contato prximo com o doente.
reas hospitalares
a ) rea crtica : so aquelas que oferecem risco potencial para aquisio de infeces em decorrncia
procedimentos invasivos freqentes, manejo de substncias infectantes e por admitirem pacientes
susceptveis infeces. Exemplo : UTI, CC, Unidade de queimados, entre outros.
b ) rea semi-crtica: so todas aquelas ocupadas por pacientes que no exijam cuidados intensivos ou de
isolamento. Exemplo: enfermarias
C ) rea no crtica : so reas que no so ocupadas por pacientes. Exemplo: almoxarifado, copa, farmcia
Artigos hospitalares
a ) Artigos crticos : so os artigos que penetram o sistema vascular, bem como todos os que estejam
diretamente conectados com este sistema. Exemplo: cateteres vasculares ( scalp, jelcos, intracath ),
equipos, polifix, torneirinhas
b ) Artigos semi-crticos: entram em contato com mucosas ntegras ou pele no intacta. Exemplo: materiais
de terapias respiratrias ( cnula endotraqueal, sondas de aspirao, cateteres de O2 ), endoscpios e
sondas em geral.
c ) Artigos no crticos : so aqueles que entram em contato apenas com a pele ntegra. Exemplo:
termmetros, esfigmomanmetro, estetoscpios, entre outros.
Terminologias bsicas
A principal via de transmisso de infeco hospitalar so as mos da equipe de sade, sua adequada
lavagem de grande importncia .
Finalidade
Materiais
Sabonete lquido
Toalhas de papel
Mtodo
Observaes
Retirar relgios, jias. Ao lavar as mos NO encostar-se a pia ou torneira ( se isso ocorrer repetir
todo o procedimento ). Existem torneiras manuais, com pedais. As mos so as partes mais contaminadas a
serem lavadas, por isso a gua deve fluir da rea menos contaminada para a mais contaminada ( dos pulsos
para as periferias ). Esfregar e friccionar mecanicamente. Friccionar os dedos e polegares assegura que
todas as superfcies esto sendo limpas. Manter unhas cortadas e lixadas. Ao secar as mos deve-se iniciar
da rea mais limpa ( periferia ) para a menos limpa ( antebrao ) para evitar contaminao.
Luvas
Tipos
a ) Luvas de procedimentos : utilizada para manipular pacientes, principalmente em possvel contato com
sangue ou fludos corpreos, assim como, em casos de contato com pele no ntegras ou mucosas .
recomendada para todas as situaes independentemente da presena ou ausncia de doenas
transmissveis comprovadas. Usada tambm em casos de isolamentos.
Finalidade
b ) Luvas esterilizadas ou cirrgicas : agem como barreira para a transmisso bacteriana . As bactrias
podem contaminar uma ferida ou objeto estril.
Aps o procedimento estril, o profissional despreza as luvas das mos, da seguinte maneira :
O preparo da cama hospitalar consiste em arruma-la, de acordo com as caractersticas do paciente que vai
ocupa-la.
Tipos de preparo
- Cama fechada
- Cama aberta
- Cama para operado
- Cama com paciente ( banho no leito )
Cama fechada
Material: 2 lenis ( de cima e de baixo ), 1 toalha de rosto, 1 toalha de banho,1 fronha, 1 cobertor, 1
colcha.
Mtodo de Dobradura:
-Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior e o lado mais prximo do lenol.
- Dobrar duas vezes no sentido da largura ( ponta com ponta ).
- Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar no espaldar da cadeira
Ordem na qual a roupa dever ser colocada no espaldar da cadeira: toalhas, fronha, colcha,
cobertor, lenol de cima, lenol de baixo .
Mtodo:
Cama aberta
- aquela que est sendo ocupada por um paciente que pode deambular
Material: 2 lenis ( de cima e de baixo ), fronha, cobertor, colcha, luvas de procedimentos, hamper
Mtodo:
Neste mtodo ( cama aberta) o travesseiro permanece abaixado na cabeceira superior e abre-se o lado que
o paciente vai entrar e deitar na cama. No se esquecer de fazer a limpeza concorrente do colcho,
cabeceiras.
realizada para receber o paciente que est na sala de cirurgia sob anestesia.
Finalidade:
Proporcionar conforto e segurana ao paciente. Facilitar colocao do paciente no leito. Prevenir infeco
Materiais: 2 lenis ( de cima e de baixo ), 1 lenol mvel ( dependendo da cirurgia ), 1 cobertor, 1 colcha, 1
forro de cabeceira, comadre ou papagaio suporte para soro
Mtodo:
Banho no leito
Materiais: 2 lenis ( de cima e de baixo ),1 lenol mvel, 1 cobertor, 1 colcha, 1 fronha,1 toalha de banho,
compressas ( esfrego ), sabo ( de preferncia lquido ), 1 jarro, 1 bacia, 1 camisola, biombo, luvas de
procedimentos
Procedimento:
movimentos firmes e longos. Por ltimo dobras da pele das ndegas e nus.
- Trocar o leito de acordo a tcnica, colocando roupas sujas no hamper sem balana-las.
- Hidratar e massagear pele do paciente.
- Colocar camisola sem dar ns ou laos.
- Pentear os cabelos.
- Colocar desodorante nas axilas.
- Realizar limpeza concorrente nos mveis do paciente .
- Auxilia-lo no desjejum e higiene oral ( tcnicas seguintes ).
- Elevar grades.
- Lavar as mos manter material em ordem.
Observao:
Cuidados perineais
Observao :
Se houver presena de fezes, retira-las primeiro com papel higinico antes de iniciar o procedimento.
Higiene oral
Materiais:
Cuba-rim
Procedimento:
Colocar antissptico oral no copo descartvel, Molhar o abaixador de lngua, Molhar crostas e placas
presentes nos lbios, Cuidadosamente higienizar : bochechas internas, palato, lngua e lbios, Enxugar
lbios, Trocar os abaixadores de lngua quantas vezes forem necessrias.
Observao:
- Determinar se existem qualquer risco que possa contra indicar a lavagem dos cabelos.
- Explicar o procedimento ao paciente.
- Arrumar materiais em local conveniente.
- Colocar a bacia sob a cabea do paciente com o jarro derramar gua cuidadosamente aos cabelos.
- Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo, enxaguar at que os cabelos fiquem sem sabo.
- Repetir o processo sempre que necessrio.
- Aplicar condicionador nas pontas se necessrio.
- Enrolar a cabea do paciente na toalha.
Observaes: aps o banho, troca da cama, por ltimo pentear os cabelos a fim de remover emaranhados,
secar bem.
POSICIONAMENTO
H diferentes posies com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames, tratamentos e cirurgias.
Posio de Fowler: Posio em que o paciente fica semi sentado, com apoio sob os joelhos. indicada para
descanso, para pacientes com dificuldades respiratrias.
Decbito ventral ou de prona: a posio em que o paciente fica deitado sobre o abdome, com a cabea
lateralizada . indicada para exames da coluna vertebral e regio cervical.
Decbito lateral ou Sims: O paciente assume posio lateral esquerda ou direita. O membro inferior que
est sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve permanecer flexionado. Essa
posio utilizada para enemas, repouso.
Genupeitoral: O paciente se mantem ajoelhado sobre o colcho com o trax na cama. Os membros
superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando a amparar o paciente. Esta
posio utilizada para exames vaginais e retais.
Ginecolgica: A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes (perneiras). Cobre-se
a paciente com lenol em diagonal. Esta posio utilizada para cirurgias por vias baixas, exames
ginecolgicos.
Trendelemburg: Posio em que o corpo fica inclinado, com a cabea em plano mais baixo que o restante
do corpo. indicada para facilitar drenagem de secrees brnquicas e para melhorar o retorno venoso.
- Imobilizao
- Reduo da sensibilidade
- Alteraes nutricionais
- Secrees e excrees da pele
- Insuficincia vascular
- Dispositivos externos
uma leso com tendncia a necrose dos tecidos. causada pela irrigao sangnea deficiente,
ocasionada por presso demorada e conseqente falta de nutrio dos tecidos. Ocorre nos pacientes com
afeces graves do sistema nervoso, sobretudo nos hemiplgicos e paraplgicos, em pacientes em estado
de coma ou politraumatizados incapacitados de mover-se na cama. A lcera de presso caracteriza-se por
uma crosta enegrecida, formada de tecido mortificado, com tendncia a eliminar-se. Tende a aumentar de
tamanho se a regio no for protegida e principalmente, se no for diminuda a presso sobre o corpo, pela
mudana de posio.
Causas imediatas
Cuidados preventivos
CURATIVO
o tratamento de qualquer tipo de leso da pele ou mucosa. Sua principal finalidade a limpeza da
leso, com o menor trauma possvel, contribuindo para o processo da cicatrizao.
Tipos de curativos
a ) Aberto: curativos em feridas sem infeco, que aps a limpeza podem permanecer abertos, sem
proteo de gazes . Exemplo : inciso cirrgica ( cesrea )
b ) Oclusivo: curativo que aps a limpeza da ferida e aplicao de medicamentos cpm ) ocludo ou
fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe .
c ) Compressivo: o que faz compresso para estancar hemorragias ou vedar bem uma inciso .
d ) Com Irrigao: utilizado em ferimentos com infeco dentro de cavidades, com indicao de irrigao
com solues salinas .
e) Com drenagem: so utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de exsudato ( Penrose,
Kehr ), tubular ou bolsas de Karaya.
Medidas de antissepsia:
- Antissptico
- Composio: sulfadiazina de prata micronizada e nitrato cerium hexahidratado;
- Aes: eficaz contra uma grande variedade de microrganismos, tais como: bactrias, fungos, protozorios
e alguns vrus; promove melhor leito de enxertia e ao imunomoduladora;
- Indicao: tratamento de queimaduras, e feridas que no evoluem com coberturas oclusivas e feridas
extensas ;
- Contra-indicao: presena de hipersensibilidade aos componentes;
- Reaes adversas: disfuno renal ou heptica, leucopenia transitria
- Troca com perodo mximo de 24 horas.
b ) Placa de Hidrocolide:
- Composio: possuem duas camadas: uma externa, composta por filme ou espuma de poliuretano,
flexvel e impermevel gua, bactrias e outros agentes externos; e uma interna, composta de partculas
hidroativas, base de carboximetilcelulose, gelatina e pectina, ou ambas que interagem com o exsudato
da ferida, formando um gel amarelado, viscoso e de odor acentuado;
- Aes: absorve o excesso de exsudato, mantm a umidade, proporcionam alvio da dor, mantm a
temperatura em torno de 37C ideal para o crescimento celular, promovem o desbridamento autoltico;
- Deve ser aplicada diretamente sobre a ferida, deixando uma margem de 2 a 4cm ao redor da mesma, para
melhor aderncia;
- Pode ser recortada, no precisa de tesoura estril pois, as bordas da placa no entraram em contato com
o leito da ferida;
- Impermevel a fluidos e microrganismos (reduz o risco de infeco);
- Indicao: feridas com mdio exsudato, com ou sem tecido necrtico, queimaduras superficiais.
- Contra-indicao: feridas infectadas e altamente exsudativas;
- Troca: no 7 dia.
c ) Grnulos de Hidrocolide:
- Devem ser sempre usados associados placa de hidrocolide, pois auxiliam a ao da mesma.
- Devem ser trocados juntamente com as placas;
- Indicao: feridas profundas, cavitrias;
d ) Alginato de clcio:
- Composio: fibras de cido algnico (cido gulurnico e cido manurnico) extrado das algas marinhas
marrons (Laminaria). Contm tambm ons de clcio e sdio;
- Apresenta-se em forma de placa e deve estar associado gaze aberta ou gaze dupla (cobertura
secundria);
Aes: atravs da troca inica promove a hemostasia; absorve exsudato, forma um gel que mantm a
umidade, promove a granulao, auxilia o desbridamento autoltico;
- Composio: tecido de carvo ativado, impregnado com prata (0,15%) envolto externamente por uma
pelcula de nylon (selada);
- Cobertura primria, e estril; requer uma cobertura secundria (gaze aberta ou dupla);
- Manusear com luvas estreis;
- Aes: absoro de exsudato, microbicida, eliminao de odores desagradveis,desbridamento autoltico
e manuteno da temperatura em torno de 37 C;
- Indicaes: feridas ftidas, infectadas e bastante exsudativas;
- No pode ser cortado devido a liberao de prata no leito da ferida, o que pode ocasionar queimadura
dos tecidos pela prata ou formar granuloma devido resduos a do carvo;
- Troca: at 07 dias;
- Contra-indicaes: ferida com pouco exsudato, com presena de sangramento, exposio ssea e
tendinosa e em queimaduras.
f ) Hidrogel Amorfo:
- Composto de goma de co-polmero, que contm grande quantidade de gua; hoje, alguns possuem
alginato de clcio ou sdio;
- Deve ser usado sempre associado cobertura oclusivas ou gaze;
g ) Creme Hidratante:
h ) PAPANA :
Modo de usar: preparar a soluo ( cpm ) em frasco de vidro, irrigar a leso e deixar gaze embebida na
soluo, ou ainda h os que j vem preparados em pomadas.
Materiais: Pacote de pinas para curativos, SF 0,9 % morno, Seringa de 20 ml, agulhas, algodo
umedecido com lcool 70%, Pacotes com gazes, Micropore e esparadrapo, Tesoura, Luvas de
procedimentos e esterilizadas, Proteo para a roupa de cama. Quando indicado pela prescrio mdica ou
de enfermagem : Almotolia com antisspticos, Pomadas, Cremes, Ataduras. Observao : A soluo
fisiolgica dever ser aquecida no momento da realizao do curativo e desprezada logo aps o trmino .
No reutilizar.
Mtodo:
Preparar o ambiente :
Observaes:
- Antes de realizar o curativo observar o estado do paciente, ler as anotaes sobre o tipo de curativo e
prescries para verificao de medicamentos.
- Curativos midos por secrees, gua do banho, devem ser trocados.
- Quando o paciente necessitar de vrios curativos, iniciar pela inciso fechada e limpa, seguindo se as
leses abertas no infectadas e por ltimo os curativos com infeco.
- Em feridas com exsudato, com suspeita de infeco, antes de realizar o curativo pode ser necessrio a
coleta de material para bacterioscopia ( swab )
- Em casos de uso com KmNO4 tomar os seguintes cuidados:
- protege-lo da luz
- se acastanhado ( o que indica oxidao ) despreza-lo e preparar nova soluo para uso.
Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o ou bolsa de karaya conforme indicao.
Atentar para que o dreno no apresente dobras para garantir boa drenagem
As alteraes da funo corporal geralmente se refletem nos sinais vitais podendo indicar enfermidade. Por
essa razo devemos verificar e anotar com preciso.
Materiais: Esfigmomanmetro, Estetoscpio, Termmetro, Recipiente com algodo, Almotolia com lcool
70%, Relgio com ponteiros de segundos.
Verificao da temperatura
A temperatura corporal pode ser verificada na regio axilar, inguinal, bucal ou retal. No entanto no
ambiente hospitalar sua verificao realizada em regio axilar. Valor normal 37,2 C
Terminologias especficas
Hipertermia : quando a temperatura corporal encontra-se acima do valor normal Entre 37,8 a 40, 9 C
Hiperpirexia : a partir de 41 C
Mtodo:
Colocar o termmetro com o bulbo em contato direto com a pele na regio axilar
Verificao do pulso
O pulso a onda de contrao e expanso das artrias, resultante dos batimentos cardacos. O valor
normal em adultos de 60 a 100 bpm.
Radial ( pulso )
Terminologias bsicas:
Mtodo:
Colocar os dedos indicador e mdio sobre a artria, fazendo leve presso (o suficiente para sentir a
pulsao )
Observaes :
No usar o polegar para verificao do pulso, pois a prpria pulsao pode ser confundida com a pulsao
do paciente
Aquecer as mos
No fazer presso forte sobre a artria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos
Verificao da respirao
A respirao consiste no ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o organismo e o
ambiente . Valor normal 16 a 20 rpm
Terminologias bsicas:
Mtodo:
Anotar o valor
Observaes:
A presso arterial consiste na presso do fluxo sanguneo na parede das artrias. Valor normal varia de
indivduo para indivduo, portanto difcil definir exatamente.
Terminologias Bsicas:
Mtodo:
Colocar o manguito 4 cm acima da prega do cotovelo, prendendo-o sem apertar demasiado, nem deixar
muito frouxo
Anotar os valores
Observao:
Sendo necessrio verificar a PA novamente, manter o manguito no brao sem compresso, em casos de
dvidas repetir verificao ( esvaziar completamente o manguito, antes de fazer nova verificao.
Qualquer verificao dos SSVV deve ser realizada com o paciente descansado
MEDIDAS ANTROPOMTRICAS
Finalidade:
Auxiliar o paciente a subir na balana, sem calados, colocando-o no centro da mesma, com os ps unidos e
os braos soltos ao lado do corpo
Suspender a escala mtrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabea do paciente (
cuidadosamente )
Manter o paciente em posio ereta, com a cabea em posio anatmica com os ps unidos.
Travar a haste
Observao : Para verificao de peso e estatura de crianas existem balana e rgua apropriada, onde a
criana permanece deitada
ALIMENTAO DO PACIENTE
Sabemos que a alimentao contm nutrientes necessrios ao organismo e que a deficincia de vitaminas e
nutrientes podem desencadear patologias graves. Sendo a alimentao uma necessidade humana bsica,
que o alimento possui finalidades importantes no organismo, precisa ser bem digerido e assimilado, a
enfermagem deve favorecer cuidados eficientes:
Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes, pes se for necessrio
Se o paciente recusar a refeio ou deixar de comer alimentos adequados sua dieta, persuadi-lo,
explicando-lhe o valor dos mesmos
Terminada a refeio, retirar a bandeja e oferecer materiais para higiene oral e lavagem das mos
Servir pequenas pores do alimento de cada vez, com cuidado e pacincia, estimulando o paciente a
aceitar toda a refeio.
Remover a bandeja
Realizar anotao: hora da alimentao, tipo de dieta, reaes do paciente e alteraes observadas.
Observaes:
o mtodo empregado para introduzir alimentos no estmago, por meio de sonda nasogstrica ( SNG ),
sonda nasoenteral ( SNE ) ou gastrostomia.
Indicaes:
Pacientes inconscientes
Materiais: Suporte para frasco de alimento, Equipo, Frasco com o alimento, Seringa de 20 ml, Estetoscpio,
Luvas de procedimentos.
Observao: Quando a dieta for, em quantidade pequena, pode ser introduzida com a seringa sem o
mbolo.
Mtodo:
Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no suporte, protegendo equipo
Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para verificao de contedo gstrico. Se houver
contedos, comunicar a enfermeira ou mdico sobre a quantidade e aspecto.
Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o equipo da dieta, controlando gotejamento
cautelosamente.
Terminada a introduo do alimento, introduzir o frasco de gua a fim de remover partculas que ficaram
aderidas.
Fechar a sonda
Observaes:
Sempre que for conectar ou desconectar seringas ou equipos na sonda do paciente, dobrar a extremidade
a fim de prevenir disteno abdominal e flatulncia.
Consiste na introduo de alimentos lquidos no estmago, por meio de uma sonda nele colocada atravs
de uma cirurgia na parede abdominal
SONDAGEM NASOGSTRICA
Objetivos
Materiais: Sonda gstrica, Lubrificante anestsico ( xylocana gel ), 1 seringa de 20 ml, micropore /
esparadrapo, gazes, luvas de procedimentos, tesoura, algodo umedecido com lcool 70%, toalha de
rosto ou papel toalha.
Mtodo:
Reunir o material
Calar as luvas
Medir a sonda do lbulo da orelha, este at a ponta do nariz, seguindo se ao apndice xifide e marcar
com um pedao de esparadrapo discreto
Fletir a cabea do paciente para a frente com a mo no dominante, a fim de fechar o acesso da sonda as
vias respiratrias
Orientar o paciente que ao sentir a sonda em regio orofarngea o mesmo deve deglutir
Recolher o material
ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS
Lembrar a regra dos 5 certos : medicamento certo, paciente certo, dose certa, hora certa, via certa
Quando o medicamento por algum motivo deixou de ser dado, bolar o horrio e anotar no pronturio.
Mtodo:
Identificar o recipiente com a fita contendo: nome do paciente, nmero do leito, medicamento, dose, via e
hora.
Colocar o (s ) medicamento ( s ) em sua boca quando o mesmo estiver impossibilitado de faze-lo ou dar o
copinho em suas mos quando estiver possibilitado de faze-lo
Oferecer-lhe gua
Checar
Mtodo:
Separar o medicamento
Colocar o medicamento sob a lngua do paciente e pedir para abster-se de engolir a saliva at o
medicamento se dilua por completo
Checar
Observao: quando o comprimido for em drgeas fura-lo com agulha, utilizando luvas de procedimentos
Intradrmica ( ID )
Subcutnea ( SC )
Intramuscular ( IM )
Endovenosa ( EV ) ou Intravenosa ( IV )
Infeces : podem ser local ( urticria ) ou sistmica ( sepses ) . As infeces podem resultar da
contaminao do medicamento ou material .
Traumas : podem ser psicolgicos ( medo, tenso, choro ) ou tissulares (leses da pele, hematomas,
equimoses, dor, parestesias, paralisias, ndulos, necrose)
Antes de abrir a ampola, certificar-se que toda a medicao est no corpo da ampola e no no gargalo
Mater a seringa com os dedos polegar e indicador e segurar a ampola entre os dedos mdio e indicador da
outra mo
Introduzir a agulha na ampola e proceder a aspirao do contedo, invertendo levemente a ampola, sem
encostar em sua borda
Manter agulha protegida com o protetor prprio e o mbolo da seringa em sua prpria embalagem
Retirar a parte deslocvel da tampa metlica, realizar desinfeco da tampa de borracha com algodo
embebido em lcool 70%
Aspirar o medicamento
Retirar o ar da seringa, no esquecendo de proteger a agulha . Se for intramuscular trocar a agulha por uma
prpria para administrao (30x7).
Materiais: seringa de 1 ml ( 100UI ), agulhas apropriadas ( 13x3,8 ou 13x4,5 ), lcool 70%, algodo,
etiqueta com identificao, luvas de procedimentos.
Mtodo:
Preparar a medicao
Injetar o medicamento
Esvaziada a seringa, retirar rapidamente a agulha e com algodo fazer leve presso
Checar
regio do glteo
Mtodo:
Preparar o medicamento
Introduzir a agulha firmemente com o bsel voltado para o lado, em sentido as fibras musculares
Introduzir o medicamento
Checar
Locais de aplicao
Mtodo:
Preparar a injeo
Calar luvas
Pedir para o paciente abrir e fechar a mo vrias vezes a aps fecha-la e conserva-la fechada
Realizar a antissepsia do local com movimentos longos e firmes de baixo para cima
Retirar a agulha, comprimir o local e orientar o paciente a permanecer com o brao estendido (no dobrar )
Checar
Observaes:
NUNCA dar tapinhas para aparecimento das veias ( pode lesar o vaso e causar embolias por presena de
cogulos )
Preferencialmente a administrao deve ser realizada por infusor lateral ( polifix ou torneirinha )
ENEMAS
Indicaes:
Tipos:
a ) Lavagem intestinal ou Enteroclisma : para casos de introduo de grande quantidade de lquidos ( 1000
a 2000 ml ), geralmente gota a gota . Preparado cpm
b ) Clister ou fleet enema : introduzido em pequenas quantidades ( 130 ml ), geralmente introduzido por
material industrializado . J vem preparado
Materiais: Xylocana gel, Sonda retal ( enteroclisma ), Forro de proteo para o leito, Biombo, Equipo (
enteroclisma ), Comadre, Suporte para o soro ( enteroclisma ), Frasco de fleet enema cpm.
Calar as luvas
Quando a soluo estiver acabando, pinar e retirar a sonda, desprezando-a no lixo do banheiro.
Orientar o paciente a reter a soluo por alguns minutos, posiciona-lo na comadre se for paciente acamado
ou encaminha-lo ao banheiro se deambular
Anotar no relatrio: hora, efeito (satisfatrio ou sem sucesso), aspecto das fezes, reaes apresentadas.
TRICOTOMIA
a retirada dos plos de uma determinada rea, tendo por finalidade manter uma rea limpa para
determinados procedimentos, facilitando o acesso cirrgico, permitindo a fixao de curativos, drenos,
cateteres e sondas sem tracionar os pelos.
30.1 Material .
- cuba rim
- recipiente com gua morna
- luvas de procedimento
- aparelho de barbear, com lmina nova, sabo lquido, papel toalha, Gazes, biombo
Mtodo:
Preparar o ambiente
Organizar o material
Calar as luvas
Esticar a pele com a mo no dominante e com cuidado, raspar os plos em delao ao seu crescimento,
evitando ferir a pele
Materiais: frasco de aspirao, sonda estril de aspirao, luva esterilizada ( traquia ), mscara
descartvel, culos protetor , luva de procedimento ( nasal e oral ), frasco de gua destilada
Procedimento:
Lavar as mos
Reunir o material
Conectar a extenso
Abrir o vcuo
Retirar a sonda sem fazer movimentos rotatrios ( pode lesar traquia ) tracionando-a para fora
Manter o vcuo aberto ao trmino da aspirao, lavar com a AD at total limpeza do circuito.
Recolher o material
Anotar no pronturio: horrio, quantidade, aspecto, odor e consistncia da secreo aspirada, bem como o
padro respiratrio do paciente.
Seqncia de aspirao:
2 cavidade nasofarngea
3 cavidade oral
Teste realizado para identificar a taxa de glicose atravs da gota de sangue, utilizando glicmetro.
Materiais: glicmetro, 1 lanceta, lancetador / caneta, luvas de procedimento, algodo umedecido com
lcool 70 %, fita teste
Procedimento
Reunir o material
Escolher o local mais adequado para a puno ( face lateral da polpa digital )
Checar o procedimento
Comunicar alteraes
a realizao do teste atravs da fita reagente para deteco indireta de glicose e/ ou cetona presentes na
urina.
Mtodo:
Higienizar as mos.
Reunir o material
Calar luvas
Comparar a cor da rea reagente com a escala de cores impressas no rtulo do frasco e realizar a leitura
Recolher o material
o procedimento de substituio do lquido drenado no frasco do dreno de trax por gua destilada estril
Objetivo:
Mtodo:
Reunir o material
Calar as luvas
Pinar o dreno
Retirar a tampa segurando com cuidado para no contaminar a ponta interna do frasco
Colocar a AD no frasco, fazendo movimentos circulares para desprender qualquer material que esteja
aderido a parede do frasco
Repetir o processo
Colocar uma fita de esparadrapo no lado externo do frasco, marcando o nvel de gua com a caneta .
Anotar data, hora da troca
Observaes :
Por segurana, recomendado que o procedimento seja realizado por duas pessoas
DOCUMENTAO
Pronturio Mdico
Nele deve ser registrado a descrio concisa da histria clnica do paciente e da famlia, seus hbitos e
antecedentes pessoais, sua condio fsica e estado mental, diagnstico mdico e de enfermagem e o
resultado de exames realizados. O pronturio til para o paciente, equipe mdica, equipe da enfermagem
e outros profissionais envolvidos no processo de atendimento.
Anotao de Enfermagem
Consiste nos registros realizados pela equipe de enfermagem, em impresso prprio, a respeito dos
cuidados prestados ao paciente. A anotao de enfermagem faz parte do pronturio mdico sendo
considerada um documento legal, por ser o testemunho escrito da prtica de enfermagem. Todas as
informaes contidas nele so utilizadas pela equipe de sade durante o tratamento.
Finalidade:
Constituir documento legal para o paciente ou equipe de enfermagem referente assistncia prestada
O que anotar :
Condies fsicas
- possibilidades de locomoo
Manifestaes emocionais
Procedimentos realizados
Por ser um documento legal, a anotao de enfermagem deve obedecer a alguns cuidados para o registro :
Escrever com caneta ( nunca lpis ) de cor azul ou vermelha de acordo a instituio
Registrar horrios
Se errar, no rasurar
Fechar com um trao espao de linhas, assinar carimbar em caso de funcionrio. Em caso de alunos
assinarem e colocar o nome do colgio.
Passagem de planto
A passagem de planto tem como objetivo assegurar o fluxo de informaes entre as equipes de
enfermagem, nos diferentes turnos, que se sucedem no perodo de 24 horas . Pode ser considerada um elo
de ligao no processo de trabalho da enfermagem com o outro turno subsequente . esta ligao que
assegura a continuidade da assistncia.
Admisso Hospitalar
Regras gerais
Deve-se :
- horrio de banhos, refeies, visitas mdicas, visitas de familiares, repouso, recreao, servios religiosos,
pertences pessoais necessrios.
- Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.
- Entregar pertences de valores famlia, anotando no pronturio.
- Apresenta-lo companheiros de quarto.
- Se necessrio, encaminha- lo ao banho e vestir roupas apropriadas.
- Preparar o pronturio.
- Comunicar servio de nutrio e demais servios interessados.
Verificar SSVV, peso, altura e anotar.
- hora de entrada
- orientaes dadas
Alta Hospitalar
A alta do paciente, em decorrncia a implicaes legais, deve ser dada por escrito e assinada pelo mdico .
Tipos
a) Alta hospitalar por melhora : aquela dada pelo mdico porque houve melhora do estado geral do
paciente, sendo que este apresenta condies de deixar o hospital
b) Alta a pedido : aquela em que o mdico concede a pedido do paciente ou responsvel, mesmo sem estar
devidamente tratado. O paciente ou responsvel por ela assina o termo de responsabilidade.
c) Alta condicional ou licena mdica : aquela concedida ao paciente em ocasies especiais, com a condio
de retornar na data estabelecida ( dia das mes, pais, natal, entre outros ) . Tambm deve ser assinado o
termo de responsabilidade .
Papel da Enfermagem
Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos ps alta ( repouso, dieta, medicamentos, retorno )
- hora de sada
- tipo de alta
- condies do paciente
- presena ou no de acompanhante
- orientaes dadas
Transferncia
realizada da mesma forma que a alta . Deve-se avisar os diversos servios, conforme rotina . A unidade
para onde o paciente est sendo transferido dever ser comunicada com antecedncia, a fim de que esteja
preparada para recebe-lo. O pronturio deve estar completo e ser entregue na outra unidade. O paciente
ser transportado de acordo s normas da instituio e seu estado geral.
Ordem e Limpeza
Limpeza a eliminao de todo o material estranho ( resduos, material orgnico, poeiras, entre
outros ), com uso de gua, detergentes e ao mecnica . A limpeza antecede os procedimentos de
desinfeco e esterilizao. Os hipocloritos so desinfetantes amplamente utilizados, porm podem ser
inativados na presena de sangue ou outra matria orgnica, da a necessidade de limpeza anterior. O
Servio de Limpeza de grande interesse nos hospitais e demais Servios de Sade, no s porque essa a
primeira impresso do servio ao paciente, mas tambm pela importncia no controle de infeces
hospitalares . A enfermagem deve participar ativamente na manuteno da ordem e limpeza, quer
atuando diretamente ou orientando o pessoal responsvel por esse trabalho.
realizada pela equipe da limpeza . Consiste na limpeza geral e total do quarto e leito do paciente. Nesta
limpeza, a enfermagem participa retirando mobilirios do quarto, limpando-os e recolocando-os
novamente ao quarto.
Indicaes:
Quando o paciente acamado deve ser realizada a cada 15 dias, dependendo do caso, uma vez por semana
realizada diariamente . Consiste na limpeza de partes do imobilirio do local, como cabeceira da cama do
paciente, mesa de cabeceira, cadeiras, poltronas, posto de enfermagem, mesas, cadeiras, bandejas, pias,
entre outros .
Objetivos:
O destino dos resduos merece ateno especial, no por se constituir fonte de infeco, mas tambm pela
possibilidade de reciclagem .
a ) Resduos Infectantes : acondicionar em saco plstico branco leitoso, com smbolo de infectante .
Exemplo : materiais com material orgnico, como : swab, compressas, drenos, curativos, etc . . .
b ) Resduos Comuns : acondicionar em saco plstico comum preto. Exemplo : papel toalha, restos de
alimentos, copos descartveis, entre outros .. .
A preocupao dos profissionais de sade com os perfurocortantes antiga, pois estes representam riscos
potenciais aos trabalhadores da rea.
Tipos de coletores
Descarte inadequado
Recomendaes
Posicionar a caixa em suporte adequado, evitando-se coloca-la no cho enquanto estiver sendo usada
O coletor no deve ser posicionado muito alto, ou seja acima dos olhos do profissional . Deve se mant-lo
na altura dos olhos
Manter o coletor fora do alcance de respingos, ou seja, afastado de pias, torneiras e sadas de lquidos.
CATETERISMO VESICAL
a introduo de um cateter, sem cuff, atravs da uretra at a bexiga, para esvaziamento vesical
momentneo .
Objetivos:
Materiais:
Luva estril, Cateter vesical com calibre adequado ao paciente, Seringa de 20 ml (sexo masculino),
Xylocana gel, Pacote de cateterismo vesical ( contem cuba rim, cpula, pina ), Pacotes de gazes estreis,
Almotolia com antissptico ( PVPI ) Polvidine tpico, Comadre, Biombo s/ n, Agulha 40x12.
Mtodo
Lavar as mos
Reunir o material
Abrir campo estril entre os MMII do paciente que deve permanecer em decbito dorsal e colocar nele as
gazes, seringa, agulha, sonda, com cuidado para no contaminar.
Realizar antissepsia da regio perineal ( conforme tcnica de higienizao perineal demonstrada em banho
no leito masculina ou feminina ), com as gazes embebidas na soluo com auxlio da pina
No sexo masculino: colocar 20 ml de xylocana gel na seringa, colocar agulha e retirar o ar . Retirar a agulha,
introduzir a xylocana na uretra.
No sexo feminino : manter paciente em posio dorsal com os MMII flexionados, lubrificar com a xylocana
o cateter
a introduo de um cateter com cuff, atravs da uretra at a bexiga, para esvaziamento vesical
permanente.
Objetivos
Materiais:
Luvas estreis, Sonda de Foley 2 vias, Seringa de 20 ml ( sexo masculino ), Agulha 40x12, 1 ampola de AD,
Xylocana, pacote de cateterismo vesical, gazes estreis, almotolia com PVPI, coletor de urina sistema
fechado, micropore / esparadrapo, tesoura
Mtodo:
Lavar as mos
Reunir o material
Manter paciente em posio dorsal ( sexo feminino com MMII flexionados e afastados; sexo masculino
MMII estendidos e afastados )
Abrir campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais estreis a serem utilizados
Realizar a antissepsia da regio com gazes embebidas na soluo com auxlio da pina utilizando as tcnicas
anteriores
Objetivo:
Vestir o corpo
Materiais: 2 rolos de ataduras de crepe , Algodo, gaze no estril, Esparadrapo, luvas de procedimentos, 1
pina cheron, avental de manga longa
Procedimento:
Reunir o material
Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, regio anal e vaginal e garrotear regio peniana com gaze
Vestir o corpo
Higienizar as mos
OBS : Se o paciente fizer uso de prteses coloca-la imediatamente aps o bito Manter plpebras
fechadas, com a fita adesiva. O corpo no dever ser tamponado quando houver restrio religiosa (
judaca) ou se houver necessidade de necropsia.
TERMINOLOGIAS BSICAS
- Colostomia : abertura cirrgica da parede abdominal com exteriorizao do clon para eliminao de
fezes
- Evacuao : fezes
- mese : vmito
- Exsudato : secreo
- Odor : cheiro
- Sinais flogsticos : sinais de infeco ( rubor, calor, dor, presena de secreo, edema )
SIGLAS PADRONIZADAS
REFERNCIAS
GEOVANINI, T. et al. Histria da enfermagem: verses e interpretaes. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
LIMA, M. J. O. O que enfermagem. So Paulo: Brasiliense. 1993. (Coleo So Paulo).
ALMEIDA, M. C. P. O saber de enfermagem e sua dimenso prtica. So Paulo: Cortez, 1986.
GERMANO, R. Educao e ideologia da enfermagem no Brasil. So Paulo: Cortez, 1993.
LOUZEIRO, J. A. N. A brasileira que venceu a guerra. Rio de Janeiro: Mondrian, 2002.
FUNDAMENTOS BSICOS EM ENFERMAGEM. Normas e Procedimentos Guia de Bolso Escola Superior de
Sade Faculdade de Cincias da Sade Universidade Fernando Pessoa, 2006.
HISTORIA DA ENFERMAGEM, 5 EDIO REVISTA E AUMENTADA, Ilustraes de Newton de Figueiredo
Coutinho e JULIO C. REIS LIVRARIA, Rio de Janeiro-RJ.,1979