Apostila Introd Lógica Matemática-1

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1.

PROPOSIÇÃO

1.1 Conceito

É todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento completo. As


proposições transmitem pensamentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a
respeito de determinados assuntos.
Ex.: a) a lua é um satélite da terra;
b) Recife é a capital de Pernambuco;
c) > 3

1.2 Princípios

A lógica matemática adota como regras fundamentais do pensamento os dois seguintes princípios:

(I) Princípio da não contradição: “Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo”
(II) Princípio do terceiro excluído: “Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é,
verifica-se sempre um destes casos e nunca um terceiro”.

Desta forma as proposições são expressões à respeito das quais tem sentido dizer que são
verdadeiras ou falsas.

Ex.: Hoje vai chover – é V ou F ? .............(Não é proposição)

1.3 Valores lógicos das proposições

Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade se a proposição é verdadeira e a falsidade se a


proposição é falsa.
Ex.: a) o ferro é mais pesado que a água (V)
b) o Sol gira em torno da Terra (F)

1.4 Proposições simples e compostas

1.4.1 Proposição simples

É aquela que não contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. São
representadas por letras latinas minúsculas chamadas letras proposicionais.
Ex.: p: Pedro é careca
q: Carlos é estudante
r: 25 é quadrado perfeito

1.4.2 Proposição composta

É aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições. São representadas por letras
latinas maiúsculas, também chamadas letras proposicionais.
Ex.: P: Pedro é careca e Carlos é estudante.
Q: Pedro é careca ou Carlos é estudante.
R: Se Carlos é estudante então é feliz.
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Obs.: 1) As proposições compostas são também chamadas de fórmulas proposicionais, ou apenas


fórmulas;
2) Quando se deseja destacar que uma proposição composta P é formada pela combinação
de proposições simples p, q, r, ..., escreve-se: P(p, q, r,.....)
3) As proposiçõs componentes de uma proposição composta podem ser, elas próprias,
proposições compostas.

1.5 Conectivos

São palavras que se utilizam para formar novas proposições a partir de outras.
Ex.: P: O nº 6 é par e o nº 8 é cubo perfeito.
Q: O triângulo ABC é retângulo ou isósceles.
R: Não está chovendo.
S: Se José é engenheiro então sabe matemática.
T: O triângulo ABC é eqüilátero se e somente se tiver os ângulos internos iguais.

1.6 Tabela verdade

Segundo o princípio do terceiro excluído, toda proposição simples p é (V) ou (F). Em se tratando de
uma proposição composta, a determinação do seu valor lógico, se faz com base no seguinte
princípio:

“O valor lógico de qualquer proposição composta depende unicamente dos valores lógicos das
proposições simples componentes, ficando determinado por eles”.

Admitido este princípio, recorre-se a um dispositivo denominado tabela verdade, para a


determinação do valor lógico de uma proposição composta dada.

Ex.: 1) Uma proposição composta cujas proposições simples componentes são p e q, temos:

p q
1 V V
2 V F
3 F V
4 F F

2) Uma proposição composta cujas proposições simples são p, q e r , as únicas possíveis


atribuições de valores lógicos a p, q e r são:

p q r
1 V V V
2 V V F
3 V F V
4 V F F
5 F V V
6 F V F
7 F F V
8 F F F
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1.7 Notação

O valor lógico de uma proposição simples p indica-se por V(p). Assim, exprime-se que p é
verdadeira escrevendo: V(p) = V

Analogamente: V(p) = F (quando p for falsa)

Ex.: p: o sol é verde V(p) = F

Do mesmo modo, o valor lógico de uma proposição composta P indica-se por V(P).

Exercícios: Determinar o valor lógico (V ou F) de cada uma das seguintes proposições:

- o nº 17 é primo - as diagonais de um paralelogramo são iguais


- Fortaleza é capital do Maranhão - todo nº divisível por 5 termina em 5
- Tiradentes morreu afogado - o produto de dois nos ímpares é um nº ímpar
- (3 + 5)2 = 32 + 52 - Todo homem é mortal
- -1 < -7 - Todo prof. de matemática é louco

2 Operações lógicas sobre preposições

Quando pensamos, efetuamos operações chamadas operações lógicas, que obedecem a regras de um
cálculo denominado cálculo proposicional. A seguir alguns exemplos.

2.1 Negação (~)

Chama-se negação de uma preposição p a proposição representada por “não p”, cujo valor lógico é
a verdade (V) quando p é falsa e é a falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem o valor
lógico oposto ao de p. Em símbolos: “~p” “não p”
Desta forma:
~V = F ; ~F = V ; V(~p) = ~V(p)
p ~p
V F
F V

Ex: p: 2 + 3= 5 (V) e ~p: 2 + 3 5 (F) V(~p) = ~V(p)

Na linguagem comum a negação efetua-se, nos casos mais simples, colocando o advérbio “não” ao
verbo da proposição dada.

Ex.: As negações da proposição, “p: O sol é uma estrela” podem ser:


~p: O sol não é uma estrela, ou
~p: Não é verdade que o sol é uma estrela, ou
~p: É falso que o sol é uma estrela

Observação:
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A negação de “Todos os homens são elegantes” é “Nem todos os homens são elegantes” e a
negação de “Nenhum homem é elegante” é “Algum homem é elegante” ou “Pelo menos um homem
é elegante”.

2.2 Conjunção (∧)

Chama-se conjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p e q”, cujo valor
lógico é a verdade (V) quando as proposições p e q são ambas verdadeiras e a falsidade (F) nos
demais casos. Simbolicamente: “p∧q” lê-se “p e q”.

O valor lógico da conjunção de duas proposições é, portanto, definido pela seguinte tabela verdade:

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

2.3 Disjunção ( ∨ )

Chama-se disjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor
lógico é a verdade (V) quando ao menos uma das proposições p ou q é verdadeira e a falsidade (F)
quando ambas são falsas. Simbolicamente: “p ∨ q” lê-se “p ou q”.

O valor lógico da disjunção de duas proposições é definido pela seguinte tabela verdade:

p q p∨ q
V V V
V F V
F V V
F F F

2.4 Condicional ( )

Chama-se proposição condicional uma proposição representada por “se p então q” cujo valor lógico
é a falsidade (F) quando p é verdadeira e q é falsa e a verdade (V) nos demais casos.
Simbolicamente: “p q” lê-se “se p então q”.

O valor lógico da condicional de duas proposições é definido pela seguinte tabela verdade:

p q p q
V V V
V F F
F V V
F F V

Obs.: Uma condicional p q não afirma que o conseqüente q se deduz ou é conseqüência do


antecedente p. Assim, p.ex., as condicionais

7 é um nº ímpar Brasília é uma cidade


3+5=9 9 > 10
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não estão afirmando que o fato de Brasília ser uma cidade se deduz do fato de 7 ser um nº ímpar ou
que a proposição “9 > 10” é conseqüência da proposição “3 + 5 = 9”.
O que uma condicional afirma é unicamente uma relação entre os valores lógicos do antecedente e
do conseqüente, de acordo com a tabela verdade anterior.

2.5 Bicondicional ( )

Chama-se proposição bicondicional uma proposição representada por “p se e somente se q” cujo


valor lógico é a verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas, e a falsidade (F)
nos demais casos. Simbolicamente: “p q” que se lê:
“p se e somente se q” ou
“p é condição necessária e suficiente para q” ou

O valor lógico da bicondicional de duas proposições é definido pela seguinte tabela verdade:

p q p q
V V V
V F F
F V F
F F V

Exercícios:

1) Sejam as proposições: p: está frio e q: está chovendo. Traduzir para a linguagem corrente as
seguintes proposições:
a) ~p = f) p ∨ ~q =
b) p∧q = g) ~p∧~q =
c) p ∨ q = h) p ~q =
d) q p = i) p∧ ~q p =
e) p ~q =

2) Sejam as proposições: p: M é alto e q: M é elegante. Traduzir para a linguagem simbólica as


seguintes proposições|:
a) M é alto e elegante =
b) M é alto mas não é elegante =
c) Não é verdade que M é baixo ou elegante =
d) M não é nem alto nem elegante =
e) É falso que M é baixo ou que não é elegante =

3 Tabelas verdade

3.1 Tabela verdade de uma proposição composta

Dadas várias proposições simples p, q, r, ..., podemos combiná-las pelos conectivos lógicos e
construir proposições compostas, tais como:

a) P(p, q) = ~p ∨ (p q)
b) Q(p, q) = (p ~q) ∧ q
c) R(p, q, r) = (p ~q ∨ r) ∧ ~(q ∨ (p ~r))
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Então com o emprego das tabelas verdade das operações lógicas fundamentais: ~p, p∧q, p ∨ q, p q
e p q é possível construir a tabela verdade correspondente a qualquer proposição composta dada
que mostrará sua veracidade (V) ou falsidade (F).

3.2 Número de linhas de uma tabela verdade

O número de linhas de uma tabela verdade dependerá do número de proposições simples que a
integram.

Teorema: “A tabela verdade de uma proposição composta com n proposições simples componentes
contém 2n linhas”.

3.3 Construção da tabela verdade de uma proposição composta

Roteiro:

1) Contar o nº de proposições simples que a integram (Ex.: se houver 4 proposições simples


então a tabela verdade terá 24 = 16 linhas);
2) À 1ª proposição simples (p1) atribuem-se 2n/2 = 2n-1 valores V seguidos de 2n-1 valores F;
3) À 2ª proposição simples (p2) atribuem-se 2n/4 = 2n-2 valores V seguidos de 2n-2 valores F, e
assim por diante.

Ex.: 1) No caso de uma proposição composta de 5 prop. simples componentes, a tabela verdade
contém 25 = 32 linhas.

Ex.: 2) Construir a tabela verdade (tv) da prop.: P(p, q) = ~ (p ∧ ~q)

Ex.: 3) Idem para: P(p, q) = ~(p ∧ q) ∨ ~ (q p)


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3.4 Hierarquia das operações

Quando não vier indicado entre parênteses ou colchetes, a “ordem de precedência” para os
conectivos é:

(1) ~ ; (2) ∧ e ∨ ; (3) ; (4)

Assim, p.ex., a proposição p q s ∧ r é uma bicondicional e não uma condicional ou uma


conjunção. Logo devemos efetuá-la como (p q) (s ∧ r)

Ex.: 4) Construir a tv para: P(p, q, r) = p ∨ ~ r q ∧ ~r

Ex.: 5) Idem para: P(p, q, r) = (p q) ∧ (q r) (p r)


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Ex.: 6) Idem para P(p, q, r) = (p (~q ∨ r)) ∧ ~(q ∨ (p ~r))

3.5 Valor lógico de uma proposição composta

Dada uma proposição composta P(p, q, r, ...), pode-se sempre determinar o seu valor lógico (VL)
quando são dados, ou conhecidos,os VLs respectivos das prop. componentes.

Ex.: 1) Sabendo que os VLs das prop. p e q são, respectivamente, V e F, determinar o VL da


proposição: P(p, q) = ~ (p ∨ q) ~p ∧ ~q

Solução: substituindo os valores tem-se ~ (V ∨ F) ~V ∧ ~F = ~V F∧V = F F = V

Ex.: 2) Sabendo-se que V(p) = V , V(q) = F e V(r) = F , determinar o VL de:


P(p, q, r) = (q (r ~p )) ∨ ((~q p) r)

Solução: (F (F ~V )) ∨ ((~F V) F) = (F (F F)) ∨ ((V V) F) = (F V) ∨ (V F)


=F ∨ F=F

Ex.: 3) Idem para V(q) = V determinar o VL de : P(p, q) = (p q) (~q ~p)

Solução:

Ex.: 4) Idem para V(r) = V P(p, q, r) = p ~q ∨ r


Solução:
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4 Tautologias, Contradições e Contingências

4.1 Tautologia

É toda proposição composta cuja última coluna de sua tv é igual à V, ou, é toda proposição
composta P(p, q, r,...) cujo VL é sempre V, qualquer que seja os VLs das prop. simples
componentes.

Ex.:1) A proposição ~(p ∧ ~p) “Princípio da não contradição” é tautológica, pois:

p ~p p ∧~p ~(p ∧ ~p)


V F F V
F V F V

(Logo, dizer que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo é verdadeiro)

Ex.:2) Idem para p ∨ ~p (Princípio do 3º excluído):

p ~p p ∨ ~p
V F V
F V V

(Logo, dizer que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa é verdadeiro).

Exercício: Verificar se a seguinte proposição é tautológica: p ∨ ~ (p ∧ q)

4.2 Contradição

É toda proposição composta cuja última coluna de sua tv é igual a F, ou, é toda prop. composta P(p,
q, r, ...) cujo VL é sempre F, quaisquer que sejam os VLs das prop. componentes. Como uma
tautologia é sempre V, a negação de uma tautologia é sempre falsa, ou seja, é uma contradição, e
vice-versa.

Ex.:1) A prop. p ∧ ~ p é uma contradição, pois sua tv é:

p ~p p ∧ ~p
V F F
F V F

(Logo, dizer que uma prop. pode ser simultaneamente verdadeira e falsa é falso)
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Ex.:2) Idem para p ~p

p ~p p ~p
V F F
F V F

Exercício: Idem para (p ∧ q) ∧ ~ (p ∨ q)

4.3 Contingência

É toda proposição composta em cuja última coluna de sua tv aparecem as letras V e F cada uma
pelo menos uma vez, ou, é toda prop. composta que não é tautologia nem contradição.

Ex.:1) p ~p

p ~p p ~p
V F F
F V V

Exercício: p ∨ q p
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5 Implicação Lógica

5.1 Definição

Diz-se que uma prop. P(p, q, r,...) implica logicamente, ou apenas implica, uma prop. Q(p, q, r, ....)
se Q (p, q, r, ...) é verdadeira (V) todas as vezes que P(p, q, r,....) é verdadeira (V), ou, em outros
termos, uma prop. P(p, q, r,...) implica logicamente uma prop. Q(p, q, r,...) todas as vezes que nas
respectivas tvs dessas prop. não aparece V na última coluna de P(p, q, r,..) e F na última coluna de
Q(p, q, r,...), com V e F em uma mesma linha, isto é, não ocorre P(p, q, r,...) e Q(p, q, r,...) com VL
simultâneos respectivamente V e F.

Notação: P(p, q, r,...) Q(p, q, r,...)

Obs.: Em particular, toda proposição implica uma tautologia e somente uma contradição implica
uma contradição.

5.2 Propriedades da implicação lógica

Há duas propriedades: reflexiva (R) e transitiva (T), simbolicamente:

(R) P P

(T) Se P Q e Q R então P R

Exemplo 1) As tvs das proposições p ∧ q, p ∨ q e p q são:

p q p∧q p∨ q p q
V V V V V
V F F V F
F V F V F
F F F F V

A proposição p ∧ q é verdadeira somente na 1ª linha, o mesmo ocorrendo, nesta linha, com as


proposições p ∨ q e p q. Logo a 1ª proposição implica cada uma das outras 2 proposições, isto
é: p∧q p∨ q e p∧q p q

As mesmas tvs também demonstram as importantes regras de inferência:

i) p p∨ q e q p∨ q (Adição)
ii) p ∧ q p e p∧q q (Simplificação)

Exemplo 2) As tvs das prop. p q,p qeq p são:

p q p q p q q p
V V V V V
V F F F V
F V F V F
F F V V V
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A prop. p q é V nas linhas 1 e 4 e, nestas linhas, as outras prop. também são V. Logo a 1ª prop.
implica cada uma das outras duas, isto é, p q p q e p q q p
Exemplo 3) A tv da prop. (p ∨ q) ∧ ~ p é:

p q p∨ q ~p (p ∨ q) ∧ ~ p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V F

Esta proposição é V somente na 3ª linha e, nesta linha, a prop. q também é V. Logo, existe a
implicação lógica: (p ∨ q) ∧ ~ p q denominada “ Regra do silogismo disjuntivo” .

Outra forma desta regra de inferência é: (p ∨ q) ∧ ~ q p

Exemplo 4) A tv da prop. (p q) ∧ p é:

p q p q (p q) ∧ p
V V V V
V F F F
F V V F
F F V F

Esta prop. é V somente na 1ª linha e, nesta linha, a prop. q também é V. Logo, existe a implicação
lógica: (p q) ∧ p q denominada “ Regra Modus Ponens” .

Exemplo 5) As tvs das prop. (p q) ∧ ~q e ~p são:

p q p q ~q (p q) ∧ ~q ~p
V V V F F F
V F F V F F
F V V F F V
F F V V V V

A prop. (p q) ∧ ~q é V somente na 4ª linha e, nesta linha, a prop. ~p também é V. Logo, existe a


implicação lógica (p q) ∧ ~q ~p denominada “ Regra Modus Tollens” .

As mesmas regras mostram que: ~p p q

5.3 Tautologias e Implicação Lógica

Teorema: A prop. P(p, q, r,...) implica a prop. Q(p, q, r,...) se, e somente se, P Q é tautologia.

Exemplo 1) A prop. (p q) ∧ (q r) (p r) é tautológica (a última coluna de sua tv é V).


Logo existe a implicação lógica: (p q) ∧ (q r) (p r) denominada “ Regra do silogismo
hipotético”

Exemplo 2) A condicional (p ∧ ~ p) q é tautológica pois a última coluna de sua tv é V. Logo


existe a implicação lógica (p ∧ ~ p) q denominado “ Princípio da inconsistência” .
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Exemplo 3) Idem para [(p q) ∧ p] q . Logo [(p q) ∧ p] q

6 Equivalência Lógica

6.1 Definição

Uma proposição P(p, q, r,...) é logicamente equivalente, ou apenas equivalente a uma proposição
Q(p, q, r,...) se as respectivas tvs são idênticas.

Notação: P(p, q, r,...) ⇔ Q(p, q, r,...)

Obs.: Em particular, se as proposições P e Q são ambas tautologias ou ambas contradições, então


são equivalentes.

6.2 Propriedades

- Reflexiva (R) P⇔ P
- Simétrica (S) Se P ⇔ Q então Q ⇔ P
- Transitiva (T) Se P ⇔ Q e Q ⇔ R então P ⇔ R

Exercício: mostrar que as seguintes proposições são equivalentes

1) ~~p ⇔ p (dupla negação)


2) ~p→p ⇔ p (Regra de Clavius)
3) p→ p∧q ⇔ p→q (Regra da absorção)
4) p→q ⇔ ~p ∨ q
5) p↔q ⇔ (p→q) ∧ (q→p)
6) p↔q ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

7 Tautologias e equivalência lógica

Teorema: P⇔ Q ↔Q é tautológica
se e somente se a bicondicional P↔

Demonstração: se P ⇔ Q, então possuem tv idênticas, logo o valor lógico da bicondicional é sempre


V, isto é, é tautológica e vice-versa.

Obs.: os símbolos ↔ e ⇔ são distintos, pois o 1º é de operação lógica, enquanto que o 2º é de


relação (estabelece que P↔Q é tautológica).

Exercícios: verificar se as seguintes proposições são equivalentes

a) P = (p∧~q→c) onde c é sempre F e Q = p→q


b) P = (p∧q→r) e Q = (p→(q→r))
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8 Álgebra das proposições

Sejam p, q e r prop. simples quaisquer e sejam t e c prop. simples cujos VLs são V e F,
respectivamente.

8.1 Propriedades da conjunção

a) Idempotente: p∧p⇔p
b) Comutativa: p∧q⇔q∧p
c) Associativa: (p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r)
d) Identidade: p∧t⇔p e p∧c⇔c

Estas propriedades exprimem que t e c são, respectivamente, elemento neutro e elemento


absorvente da conjunção.

8.2 Propriedades da disjunção

a) Idempotente: p∨p⇔p
b) Comutativa: p∨q⇔q∨p
c) Associativa: (p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r)
d) Identidade: p∨ t⇔t e p∨c⇔p

8.3 Propriedades da conjunção e da disjunção

a) Distributivas: i) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ ( p ∧ r) ii) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)

As tvs das prop. p ∧ (q ∨ r) e (p ∧ q) ∨ ( p ∧ r) são idênticas.


A bicondicional “ p ∧ (q ∨ r) ↔ (p ∧ q) ∨ ( p ∧ r)” é tautológica. Analogamente, as tvs das
proposições p ∨ (q ∧ r) e (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) são idênticas.
A bicondicional “ p ∨ (q ∧ r) ↔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)” é tautológica.

Obs.: a equivalência (i) exprime que a conjunção é distributiva em relação à disjunção e a


equivalência (ii) exprime que a disjunção é distributiva em relação à conjunção.

Exemplos:
- Segundo (i) a proposição: “ Carlos estuda e João ouve música ou lê” é equivalente à prop.
“ Carlos estuda e João ouve música ou Carlos estuda e João lê” .
-Segundo (ii) a prop “ Chove ou faz vento e frio” é equivalente à prop “ Chove ou faz vento e
chove ou faz frio”

b) Absorção: i) p ∧ (p ∨ q) ⇔ p ii) p ∨ (p ∧ q) ⇔ p

As tvs das prop p ∧ (p ∨ q) e p são idênticas, isto é, a bicondicional p ∧ (p ∨ q) ↔ p é


tautológica. Idem para p ∨ (p ∧ q) e p, isto é, a bicondicional p ∨ (p ∧ q) ↔ p é tautológica.

c) Regras de De Morgan (Augustus De Morgan, matemático e lógico britânico)

i) ~ (p ∧ q) ⇔ ~ p ∨ ~ q
ii) ~(p ∨ q) ⇔ ~ p ∧ ~ q
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As tvs das prop ~ (p ∧ q) e ~ p ∨ ~ q são idênticas, isto é, a bicondicional ~ (p ∧ q) ↔ ~ p ∨ ~ q


é tautológica.

As regras de De Morgan ensinam:

a) negar que duas dadas prop são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afirmar que uma pelo
menos é falsa (quando se diz “ pelo menos” podem ser as duas também);
b) negar que uma pelo menos de duas prop é verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.

Estas regras de De Morgan podem exprimir-se ainda dizendo que a negação transforma a conjunção
em disjunção e a disjunção em conjunção.

Exemplos:
- Segundo (i) a negação da prop “ É inteligente e estuda” é “ Não é inteligente ou não
estuda” ;
- Segundo (ii) a negação da prop “ É médico ou professor” é “ Não é médico e não é
professor”

Obs.: as regras de De Morgan mostram como é possível definir a disjunção a partir da conjunção e
da negação, ou a conjunção a partir da disjunção e da negação.

p ∨ q ⇔ ~(~ p ∧ ~q)

p ∧ q ⇔ ~(~ p ∨ ~q)

8.4 Negação da condicional

Como p → q ⇔ ~ p ∨ q temos que:~( p → q) ⇔ ~(~ p ∨ q) ⇔ ~ ~ p ∧ ~ q ⇔ p ∧ ~ q

Esta equivalência é demonstrada pelas tvs das prop ~( p → q) e ~(~ p ∨ q), que são idênticas.

Obs.: a negação da condicional p → q não goza das propriedades idempotente, comutativa e


associativa, pois as tvs das proposições p → p e p , p → q e q → p , (p → q) → r e p → (q → r)
não são idênticas.

8.5 Negação da bicondicional

Como p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) temos que:

p↔q ⇔ (~p∨q)∧(~q∨p)
~(p↔q) ⇔ ~[(~p∨q)∧(~q∨p)]
~(p↔q) ⇔ ~(~p∨q)∨~(~q∨p)
~(p↔q) ⇔ (~~p∧~q)∨(~~q∧~p)
~(p↔q) ⇔ (p∧~q)∨(q∧~p)

Esta equivalência também é demonstrada pelas tvs das proposições ~(p↔q) e (p∧~q)∨(q∧~p) que
são idênticas.
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As tvs das proposições ~(p↔q), p↔~q e ~p↔q são idênticas portanto subsistem as equivalências

~(p↔q) ⇔ p↔~q ⇔ ~p↔q

Obs.: a bicondicional não goza da propriedade idempotente, pois não são idênticas as tvs das
proposições p↔p e p, mas goza das proposições comutativa e associativa.

9 Método dedutivo

9.1 Introdução

Todas as implicações e equivalências foram demonstradas até aqui pelo “ método das tabelas-
verdade” . Vamos agora exemplificar a demonstração de implicação e equivalências por um método
mais eficiente chamado “ método dedutivo” . Em seu emprego desempenham papel importante as
equivalências relativas à “ álgebra das proposições” que, observamos, subsistem quando as
proposições simples p, q, r, t(verdadeira) e c(falsa), que nelas figuram, são substituídas
respectivamente por proposições compostas P, Q, R, T(tautologia) e C(contradição).

Exemplos: Demonstrar as implicações:

1) c p p t

2) p∧q p (simplificação)

3) p p ∨ q (adição)

4) (p → q) ∧ p q (Modus Ponens)
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5) (p → q) ∧ ~q ~p (Modus Tollens)

6) (p ∨ q) ∧ ~p q (Silogismo disjuntivo)

7) (p ∧ q) (p ∨ q)

8) p q→p

9) p ~p → q

10) p→q (p ∧ r) → q

11) p → q ⇔ p ∧ ~q → c (Redução a absurdo)


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12) p → q ⇔ (p ∨ q) → q

13) (p → q) ∧ (p → ~q) ⇔ ~p

14) p ∧ q → r ⇔ p → (q → r) (Exportação-Importação)

15) (p → r) ∧ (q → r) ⇔ p ∨ q → r

16) (p → q) ∨ (p → r) ⇔ p → q ∨ r

17) (p → r) ∨ (q → s) ⇔ (p ∧ q) → (r ∨ s)
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9.2 Redução do número de conectivos

Entre os cinco conectivos fundamentais (~, ∧, ∨, → e ↔), três exprimem-se em termos de apenas
dois dos seguintes pares:

(1) ~ e ∨
(2) ~ e ∧
(3) ~ e →

Exemplos:

(1) ∧ , → e ↔ exprimem-se em termos de ~ e ∨:

a) p ∧ q ⇔ ~~p ∧ ~~q ⇔ ~(~p ∨ ~q)


b) p → q ⇔ ~p ∨ q
c) p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) ⇔ ~(~(~p ∨ q) ∨ ~(~q ∨ p))

(2) ∨ , → e ↔ exprimem-se em termos de ~ e ∧:

a) p ∨ q ⇔ ~~p ∨ ~~q ⇔ ~(~p ∧ ~q)


b) p → q ⇔ ~p ∨ q ⇔ ~(p ∧ ~q)
c) p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) ⇔ ~(p ∧ ~q) ∧ ~(~p ∧ q)

(3) ∧ , ∨ e ↔ exprimem-se em termos de ~ e →:

a) p ∧ q ⇔ ~(~p ∨ ~q) ⇔ ~(p → ~q)


b) p ∨ q ⇔ ~~p ∨ q ⇔ ~p → q
c) p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) ⇔ ~((p → q) → ~(q → p))

Obs.:

- os conectivos ∧, ∨ e → não se exprimem em termos de ~ e ↔;


- o conectivo ∨ exprime-se em função unicamente de → pela equivalência:
p ∨ q ⇔ (p → q) → q

9.3 Forma normal das proposições

Diz-se que uma proposição está na forma normal (FN) se e somente se, quando muito, contém os
conectivos ~, ∧ e ∨.

Por exemplo, estão na FN as seguintes proposições: ~p ∧ ~q , ~(~p ∨ ~q) , (p ∧ q) ∨ (~q ∨ r).

Toda proposição pode ser levada para uma FN equivalente pela eliminação dos conectivos → e ↔,
se existirem, isto é, pela substituição de p → q por ~p ∨ q e de p ↔ q por (~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q).

Há duas espécies de FN para uma proposição: a forma normal conjuntiva (FNC) e a forma normal
disjuntiva (FND).
20/30

9.4 Forma normal conjuntiva (FNC)

Diz-se que uma proposição está na FNC se, e somente se, são verificadas as seguintes condições:

(1) Contém, quando muito, os conectivos ~ , ∧ e ∨;


(2) O conectivo ~ não aparece repetido (como ~~) e não tem alcance sobre ∧ e ∨ (isto é, só incide
sobre letras proposicionais);
(3) O conectivo ∨ não tem alcance sobre ∧ (isto é, não há componentes do tipo p ∨ (q ∧ r).

Por exemplo, estão na FNC as seguintes proposições:

~p ∨ ~q ; ~p ∧q ∧ r ; (~p ∨ q) ∧ (~q ∨ ~ r)

Para toda proposição pode-se determinar uma FNC equivalente mediante as seguintes
transformações:

i) eliminando os conectivos → e ↔ pela substituição de p → q por ~p ∨ q e de p ↔ q por


(~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q);
ii) eliminando negações repetidas e parênteses precedidos de ~ pelas regras da “ dupla negação” e de
“ De Morgan” ;
iii) substituindo p ∨ (q ∧ r) e (p ∧ q) ∨ r pelas suas equivalentes respectivas (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) e
(p ∨ r) ∧ (q ∨ r).

Exemplo: Determinar a FNC da proposição ~(((p ∨ q) ∧ ~q) ∨ (q ∧ r))


Solução:

⇔ ~((p ∨ q) ∧ ~q) ∧ ~(q ∧ r) ⇔ (~(p ∨ q) ∨ ~~q) ∧ (~q ∨ ~r) ⇔ ((~p ∧ ~q) ∨ q) ∧ (~q ∨ ~r) ⇔
(~p ∨ q) ∧ (~q ∨ q) ∧ (~q ∨ ~r) (já é uma FNC)

Obs.: uma outra FNC da proposição dada é: (~p ∨ q) ∧ (~q ∨ ~r), equivalente à anterior. Assim
sendo, uma mesma proposição pode ter mais de uma FNC, mas equivalentes.

9.5 Forma normal disjuntiva (FND)

Diz-se que uma proposição está na forma normal disjuntiva (FND) se, e somente se, são verificadas
as seguintes condições:

(1) Contém, quando muito, os conectivos ~, ∧ e ∨ ;


(2) O conectivo ~ não aparece repetido (como ~~)e não tem alcance sobre ∧ e ∨ (isto é, só incide
sobre letras proposicionais);
(3) O conectivo ∧ não tem alcance sobre ∨ (isto é, não há componentes do tipo p ∧ (q ∨ r)).

Exemplificando, estão na FND as seguintes proposições:


~p ∨ q , p ∨ (~q ∧ r) , (p ∧ ~q) ∨ (~p ∧ ~q ∧ r)

Para toda proposição pode-se determinar uma FND equivalente mediante as seguintes
transformações:
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i) eliminando os conectivos → e ↔ mediante a substituição de p → q por ~p ∨ q e de p ↔ q


por (~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q);
ii) eliminando negações repetidas e parêntesis precedidos de ~ pelas regras da “ dupla negação”
e de “ De Morgan” ;
iii) substituindo p ∧ (q ∨ r) e (p ∨ q) ∧ r pelas suas equivalentes respectivas (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) e
(p ∧ r) ∨ (q ∧ r).

Exemplo, determinar a FND da proposição: (p → q) ∧ (q → p)


Solução:
(~p ∨ q) ∧ (~q ∨ p) ⇔ ((~p ∨ q) ∧ ~q ) ∨ ((~p ∨ q) ∧ p ⇔ (~p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~q) ∨ (~p ∧ p) ∨ (p ∧ q)

Obs.: uma outra FND da proposição dada é (~p ∧ ~q) ∨ (p ∧ q), equivalente à anterior. Desta forma,
uma mesma proposição pode ter mais de uma FND, mas equivalentes.

10 Argumentos

Sejam P1, P2,.....,Pn (n ≥ 1) e Q proposições quaisquer, simples ou compostas. Chama-se argumento


toda afirmação de que uma dada seqüência finita P1, P2,.....,Pn (n ≥ 1) de proposições tem como
conseqüência, ou acarreta, uma proposição final Q.

As proposições P1, P2,....., Pn chamam-se premissas, e a proposição final Q chama-se conclusão. Um


argumento de premissas P1, P2,.....,Pn e de conclusão Q indica-se por; P1, P2,.....,Pn |---- Q e se lê:
i) P1, P2,.....,Pn acarretam Q;
ii) Q decorre de P1, P2,.....,Pn ;
iii) Q se deduz de P1, P2,.....,Pn ;
iv) Q se infere de P1, P2,.....,Pn

Um argumento que consiste em duas premissas e uma conclusão chama-se silogismo.

10.1 Validade de um argumento

Um argumento P1, P2,.....,Pn |---- Q diz-se válido se, e somente se, a conclusão Q é verdadeira todas
as vezes que as premissas são verdadeiras. Em outros termos, um argumento P1, P2,.....,Pn |---- Q é
válido se, e somente se, for V o VL da conclusão Q todas as vezes que as premissas P1, P2,.....,Pn
forem V. Um argumento não válido é chamado de sofisma.

10.2 Critério de validade de um argumento

Um argumento P1, P2,.....,Pn |---- Q é válido se e somente se a condicional abaixo for tautológica

P1 ∧ P2 ∧ ..... ∧ Pn → Q

Desta forma, dado um argumento qualquer, P1, P2,.....,Pn |---- Q, a este argumento corresponde a
condicional P1∧ P2 ∧.....∧ Pn → Q cujo antecedente é a conjunção das premissas e cujo conseqüente
é a conclusão, denominada “ condicional associada” ao argumento dado (e vice-versa).
22/30

Exemplos:

1) A condicional associada ao argumento p ∧ ~q , p → ~r , q ∨ ~s |------ ~(r ∨ s) é:

(p ∧ ~q) ∧ (p → ~r) ∧ (q ∨ ~s) → ~(r ∨ s)

2) O argumento correspondente à condicional (p → q ∨ r) ∧ ~s ∧ (q ∨ r → s) → (s → p ∧ ~q) é


p → q ∨ r , ~s , q ∨ r → s |------ s → p ∧ ~q

10.3 Argumentos válidos fundamentais

I) Adição (AD):

i) p |----- p ∨ q ii) p |----- q ∨ p

isto é: p → p ∨ q e p → q ∨ p são tautologias.

II) Simplificação (SIMP):

i) p ∧ q |----- p ii) p ∧ q |----- q

isto é: (p ∧ q) → p e (p ∧ q) → q são tautologias.

III) Conjunção (CONJ)

i) p , q |-----p ∧ q ii) p , q |---- q ∧ p

IV) Absorção (ABS): p → q |---- p → (p ∧ q)

isto é: (p → q) → (p → (p ∧ q)) é tautologia

V) Modus Ponens (MP): p → q , p |----- q

isto é: (p → q) ∧ p → q é tautologia

VI) Modus Tollens (MT): p → q , ~q |----- ~p

isto é: (p → q) ∧ ~q → ~p é tautologia
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VII) Silogismo Disjuntivo (SD):

i) p ∨ q , ~p |---- q ii) p ∨ q , ~q |---- p

isto é: (p ∨ q) ∧ ~p → q e (p ∨ q) ∧ ~q → p são tautologias

VIII) Silogismo Hipotético (SH): p → q , q → r |---- p → r

isto é: (p → q) ∧ (q → r) → (p → r) é tautologia

IX) Dilema Construtivo (DC): p → q , r → s , p ∨ r |--- q ∨ s

isto é: (p→ q) ∧ (r → s) ∧ (p ∨ r) → (q ∨ s) é tautologia

X) Dilema Destrutivo (DD): p → q , r → s , ~q ∨ ~s |--- ~p ∨ ~r

isto é: [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (~q ∨ ~s)] → (~p ∨ ~r) é tautologia.

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