Relatorio Inicial de Simulacao Empresarial
Relatorio Inicial de Simulacao Empresarial
Relatorio Inicial de Simulacao Empresarial
FACULDADE DE ECONOMIA
Simulação Empresarial
Relatório Inicial
Elaborado por:
Docente:
Março de 2017
LISTA DE SIGLAS
Posto isto, por forma a alcançar esses objectivos, foi aleatoriamente atribuída uma
empresa à cada par de estudantes incumbindo a estes a responsabilidade académica de
fazê-la funcionar de forma eficiente e eficaz. Desta feita, o Restaurante Faz Bem, Lda,
cuja actividade principal é servir refeições é a empresa atribuída aos estudantes
Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane e Ismael Carlos Miambo.
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2 DESCRIÇÃO DAS FORMALIDADES DA CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA
2
reconhecida presencialmente no notário, devendo ser celebrado por escritura pública, no
caso em que entrem bens imóveis.
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2.8 Pedido de licenciamento de actividade
Não obstante o acima referido, deve-se ter em atenção que a instrução dos processos de
licenciamento dos estabelecimentos de restauração compete a entidades distintas
daquelas com competência para autorizar a instalação, alteração, ampliação, mudança
de local, encerramento ou suspensão. Abaixo apresentamos as entidades competentes
pela instrução dos processos:
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a) Nome completo, filiação, nacionalidade, bilhete de identidade e validade e
domicílio (tratando-se de pessoa singular);
b) Endereço da sede da organização, indicação do representante legal autorizado e
Boletim da República no qual se encontram publicados os estatutos (tratando-se
de sociedade);
c) Local do empreendimento proposto.
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2.8.1 Preparação e apresentação do projecto executivo
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2.8.2 Verificação prévia do processo
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As tabelas de preços devem ser apresentadas no formato facultado pela autoridade
licenciadora, em duplicado, e uma cópia deve ser carimbada e devolvida ao requerente.
Se um estabelecimento for reclassificado, as novas tabelas de preços devem ser
comunicadas no prazo de cinco dias úteis, após a notificação da nova classificação.
Se a decisão tomada for de não autorizar a abertura do estabelecimento, tal decisão deve
ser devidamente comunicada com os respectivos fundamentos legais, devendo a mesma
ser apresentada por escrito. Se a decisão tomada for a de exigir que o requerente faça
modificações, o estabelecimento estará sujeito a uma nova vistoria. A execução das
alterações iniciais não exclui a identificação de defeitos adicionais na segunda ou em
qualquer vistoria subsequente.
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licenciamento deve remeter o processo para o INATUR (Instituto Nacional do Turismo)
que deverá proceder a classificação do estabelecimento no prazo de 3 (três) meses e
após tal classificação remeter o processo à entidade licenciadora para homologação do
mesmo. Só após a conclusão do processo de classificação pelas entidades competentes,
é que será emitido o alvará do estabelecimento de restauração.
Considerando que na prática, a emissão dos alvarás pode levar mais tempo do que o
previsto na lei, o requerente pode pedir um certificado da autoridade licenciadora que
prova que está a espera da emissão do alvará, para dar seguimento a outros processos
que possa eventualmente ter com outras entidades governamentais.
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2.10 Inscrição na Segurança Social
Toda a pessoa contratada por uma sociedade deve ter um contrato de trabalho, e o ónus
pesa sobre a entidade empregadora que deve providenciar um contrato na forma escrita.
As sociedades têm a liberdade de elaborar os seus próprios contratos de trabalho, ou
podem seguir o modelo disponibilizado pela Direcção Provincial de Trabalho. Vide o
contrato de trabalho Anexo 15.
De acordo com os dispostos pelos artigos 42.º a 47.º do Código Comercial, todo
empresário é obrigado a ter escrituração organizada adequada à sua actividade
comercial, sendo assim deve obter os livros obrigatórios (Livros de Diário, de Balanço,
de Inventários, de Actas, entre outros), que devem ser submetidos à legalização na
Direcção Geral dos Impostos, onde esta legalização consiste nos termos de abertura e
encerramento destes livros. Consta no Anexo 17 o termo de abertura e Anexo 18 termo
de encerramento de um livro do RFB, Lda.
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3 PLANO DE NEGÓCIOS
3.1 Diagnóstico do negócio
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3.1.1.2 Contexto Económico1
1
http://www.amb.co.mz/index.php/notas-de-imoprensa/notas-de-imprensa/216-balanco-economico-
2015-e-perspectivas-para-2016-dr-oldemiro-belchior-economisca
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taxa de literacia dos adultoss é de 56%, e a esperança média de vida à nascença é de
50,3 anos. Moçambique enfrenta ainda outros desafios como a má nutrição e o
raquitismo.2
2
http://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview
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Variáveis Tendências Intensidade de Impacto
Político-Legal - Instabilidade política
- Incentivos a investimentos no Sector de Média
Turismo
Económico - Agravamento do nível de inflação Alta
- Crescimento do sector de turismo
Sócio-cultural - Riqueza cultural
- Tendência de estilo de vida da classe média Alta
de frequentar restaurantes
Tecnológico - Fácil acesso a tecnologia de informação; Baixa
- Oferta diversificada de equipamentos no
mercado
Quadro 3: Resumo da análise contextual
Esta análise pode ser feita através do modelo das Cinco Forças Competitivas de Porter,
a saber: o poder negocial dos clientes e dos fornecedores, as ameaças de novos entrantes
e produtos substitutos e a rivalidade no sector. As interações entre essas cinco forças
determinará o potencial de lucro do negócio. Quanto menor a intensidade desse
conjunto de forças, maior é a possibilidade de sucesso da empresa. No Quadro 4
apresenta-se o resumo da análise das Cinco Forças de Michael Porte aplicadas no
sector.
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novos de custo de produção em escala; entrada de
concorrentes - Os clientes em potencial, identificam-se com novos
alguns restaurantes já existentes; concorrentes
- O capital a investir neste sector é relactivamente são baixas
baixo.
Ameaça de - Existem diversos empreendimentos com ofertas de Ameaça de
produtos produtos substitutos no mercado, como produtos
substitutos restaurantes, bares, quiosques, que oferecem peixes, substitutos é
carnes, hamburger e outros. elevada
Poder negocial - Escassez de matéria-prima no mercado interno; Alto poder
do - Poucos fornecedores; negocial dos
fornecedores - A procura é elevada. fornecedores
Poder negocial - Diversas opções de escolha para os clientes; Alto poder
dos clientes - Elevado custo de produtos pode incentivar a negocial dos
procura alternativa. clientes
Rivalidade no - Diversos restaurantes no mercado, mas com pouca A rivalidade no
sector rivalidade sector de
restauração é
média baixa
Quadro 4: Análise transacional através do modelo de 5 forças de Porter
Em termos gerais, pode-se constatar que a atractividade deste sector é média atendendo
a conjugação das forças competitivas.
Para abertura de um negócio torna-se necessário que se faça uma pesquisa de mercado,
para que a empresa esteja preparada para as possíveis ameaças, oportunidade, forças e
fraquezas que a empresa pode a vir a sofrer.
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Forças Oportunidades
- Alta qualidade de bens e serviços, e preços -Incentivos a investimentos no Sector de
competitivos Turismo;
- A capacidade inovadora e dinâmica do RFB, - Crescimento do sector de turismo;
Lda; - Crescente procura por restaurantes;
- A existência de uma estrutura organizacional - Existência de poucos restaurantes no
bem organizada, com objectivos e estratégias mercado de simulação empresarial.
bem definidos .
Fraquezas Ameaças
- A falta de experiência por parte dos gerentes, - Escassez de máteria-prima no mercado
visto ser o primeiro ano a operar no ramo; nacional;
-Abrandamento do crescimento económico;
- Elevado custo de tecnologia no mercado
nacional.
Quadro 5: Análise SWOT da empresa
Restaurante Faz Bem, Lda é uma sociedade por quotas, nova, criada no universo da
simulação empresarial que se dedica ao serviço de restauração, constituída por dois
sócios (Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane e Ismael Carlos Miambo) cuja a
participação do capital foi de 51% e 49% do capital social de 1.000.000,00MT
respectivamente. A empresa está sediada em Maputo, na Av. Da Malhangalene n.° 51,
Maputo e com o número de NUIT/INSS 400912802.
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3.2.1 Logotipo
3.2.2 Organigrama
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3.2.3 Missão
3.2.4 Visão
3.2.5 Valores
a) Qualidade;
b) Nutrição;
c) Profissionalismo;
d) Inovação.
3.2.6 Objectivos
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empresas existentes na simulação empresarial do mercado moçambicano
especificamente em Maputo e eventualmente para mercado português.
3.4.3 Fornecedores
Os factores críticos de sucesso são os aspectos que a empresa deve desempenhar bem
para que tenha sucesso. Da análise do sector, identificou-se como os factores críticos de
sucesso os descritos no Quadro 6.
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3.4.5 Formulação de Estratégia Competitiva
Uma vez analisadas as forças competitivas que afetam a competição do sector e suas
causas básicas, e as forças e as fraquezas da empresa em relação à indústria, o
Restaurante Faz Bem, Lda adotará uma estratégia genérica de enfoque na diferenciação,
na qual visa suprir as necessidades e desejos dos segmento atrás referido. Esta estratégia
visa servir aos empresários que procuram produtos e serviços diferenciados e com
qualidade.
3.4.6 Posicionamento
O Restaurante Faz Bem, Lda irá fornecer aos seus clientes refeições de excelente
qualidade, com um atendimento personalizado, rápido visando à satisfação plena dos
clientes. A qualidade dos produtos e serviços será um factor importante para atrair e
fidelizar os seus clientes.
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A aposta em qualidade dos produtos e serviços será alicerçada por compra de insumos
de qualidade, com vista, a oferta de pratos de qualidade e formação contínua dos
colaboradores que os permitirão desempenhar melhor as suas funções atingindo os
objectivos qualitativos e quantitativos do projecto. A empresa está convicta que a
sustentabilidade das organizações depende por um lado da qualidade e inovação
apresentada em termos de produtos e serviços oferecidos e não só. Depende ainda,
sobretudo, da satisfação dos anseios dos clientes. Sendo assim a aposta na qualidade é a
marca e o serviço do RFB irá primar sempre qualidade.
3.4.7.2 Preços
3.4.7.3 Praça
3.4.7.4 Promoção
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4 PLANO FINANCEIRO
4.1 Actividade de exploração
4.1.1 Vendas
Semestral
Empresa Faturação
Ju Construções 912.600
Energias de Niassa 312.000
Limpezas Cheira Bem 620.568
Sua Obra 720.000
Vidro Pinta 546.000
Energias XXI 312.000
Macoreli Ltd 312.000
Transportes Maputo 768.000
Ferragens 312.000
HMC caixilhos 620.568
Cerlove 312.000
100 choques 821.340
Quadro 8: Potenciais Clientes do Restaurante Faz Bem
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4.1.3 Custos Operacionais
Descrição Valor
Remuneração dos trabalhadores 574.814
Remuneração dos Órgãos Sociais 1.159.646
Encargos sobre remunerações 76.868
Diversos Encargos 2.869.473
Total 4.680.802
Quadro 10: Gastos com pessoal
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4.1.3.2 Fornecimentos e serviços de terceiros
Descrição Valor
Ferramentas e Utensílios de Desgaste Rápido 258.867
Rendas e alugueres 2.081.025
Subcontratações 224.000
Total 2.563.892
Quadro 11: Fornecimentos e Serviços de Terceiros
Descrição Valor
Jóia de Admissão (ACISEM) 20.000
Quota anual (0,0015 do volume de vendas) 20.232
Participação no evento 5.000
Preparação 260.000
Total 305.232
Quadro 12: Outros Gastos Operacionais
Os gastos com Jóia de admissão dizem respeito a associação ao ACISEM o qual exige
uma jóia de admissão fixa de 20 000 Meticais e pagamento de uma quota anual
dependente do volume de negócio.
A entidade irá investir em activos de longo prazo os quais irão seguir as seguintes
linhas:
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Descrição Valor
Equipamento Básico 1.414.292
Equipamento de Transporte 317.512
Ferramentas e Utensílios 114.802
Total 1.846.607
Quadro 13: Investimento em activos
4.3 Depreciações
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4.4 Mapas Previsionais
Valores em Meticais
Semestre
Rubricas 1 2 Ano
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Balanco Previsional
Valores em Meticais
Semestre
1 2
ACTIVOS
Activos não correntes
Activos tangíveis 1.142.613 1.657.822
Activos correntes
Inventários 230.600 311.493
Clientes 1.280.970 2.630.190
Caixa e seus equivalentes 1.150.747 1.602.132
Total dos activos correntes 2.662.317 4.543.815
TOTAL DOS ACTIVOS 3.804.930 6.201.637
Passivos correntes
Fornecedores 308.838 624.322
Outros Credores 1.104.640 1.385.831
Estado 460.428 610.512
Outras passivos
Total dos passivos correntes 1.873.906 2.620.665
Total dos passivos 1.873.906 3.240.665
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS 3.804.930 6.201.637
Quadro 16: Balanço Pevisional
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Demonstração Previsional de fluxos de caixa (método directo)
Semestre
Rubricas 1 2 Ano
Recebimentos relativos a
Alienação de activos tangíveis
Alienação de activos intangíveis 71.000
Juros
Recebimentos relativos a
Realização do capital social 1.000.000 1.000.000
Outras contribuições dos sócios
Empréstimos obtidos
Pagamentos relativos a
Reembolso de empréstimos obtidos
Dividendos
Juros e gastos similares (46.500)
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Orçamento Previsional de Tesouraria
Valores em Meticais
Semestre
Descrição 1 2
(A) Entradas
Saldo inicial 1.000.000 1.150.747
Recebimentos de clientes 6.404.849 6.746.099
Total das Entradas 7.404.849 7.896.846
(B) Pagamentos
Compra de equipamentos 945.143 495.212
Compra de materiais 2.808.326 2.878.174
Pagamento ao pessoal 2.340.401 2.340.401
Gastos Operacionais 160.232 145.000
Estado 460.428
Total dos pagamentos 6.254.102 6.319.214
(D)Investimento
Recebimentos de Juros 71.000
(E) Financiamento
Empréstimos obtidos 0 0
Juros e Similares Pagos 0 (46.500)
Total de financiamento 0 (46.500)
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5 ENQUADRAMENTO FISCAL E BREVE DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS
OBRIGAÇÕES
O Restaurante Faz Bem, Lda é uma sociedade comercial por quotas, privado com sede
efectiva em território moçambicano. As obrigações fiscais relevantes para a entidade
são designadamente o pagamento do IRPC, IVA, IRPS, outros impostos incidentes
sobre factos e/ ou bens específicos: imposto de selo, imposto sobre veículos e impostos
especiais sobre o consumo. Note-se ainda que a entidade deve suportar encargos fiscais
com a segurança social.
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De salientar que os Pagamentos por Conta correspondem a 80 % da colecta paga no
exercício anterior repartido por três prestações iguais arredondadas por excesso (nº 2 do
art. 28 do regulamento do CIRPC)
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5.4 Imposto de Selo
O imposto de selo verifica-se nos documentos, títulos, contratos, actos e demais actos
descritos no imposto de selo. As taxas do imposto de selo não são fixas pelo que irão
variar de acordo com o documento que se pretender selar.
O imposto sobre veículos é devido pelo proprietário do veículo, devendo-se pagar até
marco de cada ano. Dispondo de um veículo a entidade torna-se sujeito passivo deste
imposto. As taxas são variáveis consoante o tipo de veículo.
Este imposto incide sobre o uso e fruição dos veículos, matriculados ou registados no
País, ou desde que, independentemente de registo ou matrícula sejam decorridos 180
dias a contar da respectiva entrada no mesmo território nacional e se encontrem a
circular ou a ser usados em condições normais de utilização.
Este sistema visa garantir a assistência material ao trabalhador, nas situações de falta ou
diminuição da capacidade para o trabalho. A taxa de contribuição para o sistema de
segurança social é de 7 %, sendo 3% descontado do salário do trabalhador e 4 % pago
pela entidade empregadora.
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6 ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSTICA E DOSSIÊ DE ARQUIVO
6.1 Organização contabilística
Diário Operações diversas, para o registo das operações não mencionadas nos outros
diários
A entidade irá optar pelo sistema de inventário periódico. Este sistema de inventário
consiste na contagem física do inventário em certo período (geralmente no fim). O
critério para valorização do Inventario a entidade será o FIFO.
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6.2 Dossiê de Arquivo
A entidade ira usar no exercício económico facturas, notas de encomenda, recibos, guias
de remessa, notas de débito e crédito, guias de entrada, ficha de imobilizado, ficha de
pessoal e outros documentos que se mostrarem relevantes.
Dossiê de Pessoal: composto pela documentação dos trabalhadores junto com as fichas,
fotografias e contratos
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7 SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
O manual de controlo interno encontra-se em anexo (Vide anexo 19). Note-se que o
manual de controlo interno elaborado tem em vista o ambiente de simulação
empresarial. Deste modo, não se espera que o manual indique procedimentos não
aplicáveis ao ambiente de simulação empresarial.
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8 Anexos
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