Artigo Íons Complexos de Cu
Artigo Íons Complexos de Cu
Artigo Íons Complexos de Cu
Uma das propriedades explicadas pela Teoria do campo cristalino (TCC) é a que diz
respeito às cores dos complexos. Podemos ter complexos de um mesmo metal com mesmo N ox ,
com cores diferentes devido à variação de energia entre orbitais d, que depende de vários fatores.
Neste experimento, foi utilizado como metal o Cu e variaram-se os ligantes, observando-se a
variação de cores.
Palavras-chave: complexo; cobre; ligante; cor.
Introdução
Procedimento
Parte 1
Parte 2
1
Aluno do 3º período do curso de Licenciatura Plena em Química da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE).
1) Colocou-se em um cadinho pequenos grânulos de cristais de sulfato de cobre
pentahidratado (CuSO4.5H2O), o suficiente para cobrir o fundo cadinho.
2) Levou-se o cadinho a aquecimento na tela de amianto sobre o bico de bunsen até ser
observado a mudança total da coloração
3) Em seguida, resfriou-se o cadinho em água fria. Logo após, adicionou-se 1ml de
NH4OH P.A. junto com 10 ml de água destilada. Observou-se os resultados.
Parte 3
Parte 4
Resultados e discussão
Parte 1
Parte 2
Ao aquecer-se os cristais de CuSO4.5H2O a coloração inicial que era azul foi mudando para
branca, isso por causa da desidratação dos cristais. Podia-se notar também a
formação de vapor condensado na parte superior do cadinho segundo a reação:
∆
CuSO4.5H2O(s) → CuSO4(s) + 5H2O(g)↑
Ao ser adicionado a amônia aos cristais desidratados (anidros), pode-se observar a
formação de uma solução de cor azul escuro. A reação ocorrida foi:
Neste caso, a cor obtida deve-se à natureza do ligante. Por ser considerada um
ligante de campo forte, a amônia aumenta a magnitude entre os níveis t2 e e , (∆t), dos
orbitais d, de modo a absolver um comprimento de onda de aproximadamente 620 nm
equivalente à cor laranja, sendo a sua cor complementar o azul que vemos no [Cu(NH3)4]2+
(aq) de geometria tetraédrica.
Por ser o Cl- considerado um ligante de campo fraco, o ∆ t dos orbitais d é de baixa
magnitude, de modo a absorver um comprimento de onda equivalente à cor púrpura, sendo
a sua cor complementar a cor verde de 540 nm aproximadamente. O [CuCl4]2- possui
geometria tetraédrica.
Por também ser a água considerada um ligante de campo fraco, o ∆t dos orbitais d é de
baixa magnitude, de modo a absorver um comprimento de onda de aproximadamente
700nm equivalente à cor vermelha, sendo a sua cor complementar a cor azul-verde.
Observando-se os resultados obtidos, pode-se perceber que dentre os ligantes
utilizados, a amônia é o mais forte e o Cl-, o mais fraco. Comparando-os com a série
espectroquímica teremos:
Cl- < H2O < NH3
Série Espectroquímica: I- < Br- < S2- < SCN- < Cl-< NO3- < F- < OH- < ox2- < H2O < NCS- < CH3CN
< NH3 < en < bpy < phen < NO2- < phosph < CN- < CO
Conclusão
Pode-se provar através desse experimento que na formação dos complexos de Cu2+,
a natureza dos ligantes afeta diretamente a propriedade óptica de cada um, resultando numa
incrível variação de cores. Assim como a variação do número de oxidação do metal.
Conclui-se que quanto mais forte é o ligante, maior será a magnitude do campo
cristalino (∆o ou ∆t) e conseqüentemente maior será o comprimento de onda absorvido,
assim a cor que se vê logo será a cor complementar de comprimento de onda menor que o
absorvido.
Referências
LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concisa. Trad. Henrique E. Toma. et all. 5° edição.
São Paulo. Edgard Blucher. 2003. Pág 104 à 109 e 418 à 422.
VOGEL, A. Química Analítica Qualitativa. Trad. Antonio Gimeno. 5° edição. São Paulo.
1981. Pág 239 e 240.