Bases para Gestão em Engenharia
Bases para Gestão em Engenharia
Bases para Gestão em Engenharia
PARA ENGENHARIA
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2017
Conselho editorial roberto paes e luciana varga
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2017.
ISBN 978-85-5548-459-9
Prefácio 7
1. Administração 9
Histórico e conceitos fundamentais 10
2. Introdução à economia 39
Pensamento econômico 40
Grécia e Roma 40
Idade média 40
Mercantilismo 41
Os fisiocratas 41
Escola clássica 42
O pensamento neoclássico 42
O Pensamento Keynesiano 42
Mercado e formação de preços 43
Metodologias para formação de preços de venda 44
Produção e custos 45
Custos no curto e longo prazo 48
Estrutura de mercado 51
Preços de venda e preços de custo: 51
Custos e preços de custos 52
3. Políticas econômicas 57
Microeconomia e macroeconomia 58
Microeconomia 58
Macroeconomia 63
Políticas econômicas: 67
Política monetária 67
Política fiscal 68
Política cambial 70
Impactos das políticas econômicas 70
Inflação e PIB 76
Produto Interno Bruto (PIB) 76
PIB Per Capita 77
Renda pessoal disponível 78
Inflação e deflação 78
Outros indicadores 80
Mercado 80
4. Contabilidade 83
Conceitos 84
Patrimônio 87
Aspectos qualitativo e quantitativo 87
Representação gráfica do patrimônio 88
Situação líquida ou patrimônio líquido (PL) 88
Contas 91
Razonete e balancete 96
Razonete 96
Balancete 96
Apuração do resultado do exercício 97
Demonstrações contábeis 98
Demonstrações comparativas 98
Balanço patrimonial 99
Demonstração do resultado do exercício (DRE) 99
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) 100
Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) 101
Demonstração dos fluxos de caixa 101
Demonstração do valor adicionado 102
Evidenciações 102
Notas explicativas 102
Parecer do conselho fiscal 103
Relatório do comitê de auditoria 103
Parecer dos auditores independentes 104
Balanço social 104
5. Gestão 107
Gestão de operações 108
Processos logísticos 109
Distribuição 110
Gestão da cadeia de suprimentos e estratégia 111
Prezados(as) alunos(as),
Bons estudos!
7
1
Administração
Administração
capítulo 1 • 10
Administração como Ciência. Conhecido como o precursor da Teoria da
Administração Científica, Taylor recomendava a prática da divisão do traba-
lho, destacando tempos e métodos a fim de garantir suas metas “de máxi-
ma produção a mínimo custo”, seguindo os conceitos da seleção científica
do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em grupo, da supervisão e do
realce na eficiência. Nos interesses da Administração Científica de Taylor, a
instituição é comparada com uma máquina que acompanha um projeto pre-
definido; o salário é significativo, mas não é fundamental para a satisfação dos
empregados; a organização é vista de maneira fechada, separada de seu mer-
cado; a qualificação do empregado passa a ser desnecessária em consequência
da divisão de funções que são executadas de modo repetitivo e monótono, e,
finalmente, a gerência científica faz uso da exploração dos empregados em prol
dos interesses particulares das instituições.
Paralelamente aos estudos de Taylor, o francês Henri Fayol, defendia prin-
cípios parecidos na Europa, baseado em seus conhecimentos na alta adminis-
tração. Enquanto as técnicas de Taylor eram estudadas por executivos euro-
peus, os discípulos da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra
de Fayol quando a mesma foi anunciada nos Estados Unidos. O atraso na
divulgação generalizada das ideias de Fayol fez com que enormes contribuin-
tes do pensamento administrativo não reconhecessem seus princípios. Fayol
relacionou 14 (quatorze) princípios essenciais que podem ser estudados de
maneira complementar aos de Taylor. As 05 (cinco) funções fundamentais da
gerência administrativa como: planejar, comandar, organizar, controlar e coor-
denar, o já renomado e exaustivamente estudado nas escolas de administração
– PCOCC – são os princípios da Teoria Clássica defendida por Fayol. Essa
teoria considera: a fixação pelo comando, a empresa como sistema fechado e
o manuseio dos trabalhadores, que similar à Administração Científica, desen-
volvia conceitos que buscavam explorar os trabalhadores.
Traçando-se um paralelo entre a Administração Científica e a Administração
Clássica, deduz que, enquanto Taylor estudava a empresa priorizando as ta-
refas de produção, Fayol a estudava priorizando as tarefas da organização.
O destaque dado pelo primeiro era sobre a utilização de técnicas racionais e
padronizadas e máxima divisão de funções enquanto o segundo destacava a
estrutura formal de empresa e a utilização de conceitos administrativos pelos
altos escalões.
capítulo 1 • 11
Na história do desenvolvimento da Administração não se pode esquecer a
preciosa contribuição de Elton George Mayo, o criador da Teoria das Relações
Humanas, criada a partir de 1940, nos Estados Unidos, e mais recentemente,
com novas ideias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional.
Ela foi, principalmente, o movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica
da Administração, com destaque centrado nas pessoas. Teve como limiar: a
obrigação de humanizar e democratizar a administração, a evolução das cha-
madas ciências humanas (psicologia e sociologia), as ideias da filosofia de pra-
xe, de John Dewey, e da Psicologia Dinâmica. de Kurt Lewin, e as conclusões
do Experimento de Hawthorne, já muito estudado e discutido nas escolas
de administração. Em 1932, quando a experiência foi interrompida, estavam
traçados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o
grau de produção como efeito da integração social; o comportamento social
do funcionário; a formação de grupos informais; as relações entre pessoas; a
dimensão do conteúdo do cargo e o destaque nos aspectos emocionais.
A partir de 1950, foi criada a Teoria Estruturalista, preocupada em agregar
todas as teorias das diferentes escolas já enumeradas, que teve começo com
a Teoria da Burocracia de Max Weber, que se apoia na racionalidade, isto é,
na adaptação dos meios aos objetivos (fins), para que se conquiste o máximo
de eficiência. Convém mencionar ainda a Teoria de Sistemas desenvolvida a
partir de 1970, que passou a falar sobre a empresa como um sistema aber-
to em contínuo contato como meio ambiente que o rodeia, e a Teoria da
Contingência, desenvolvida no término da década de 1970. Para essa teoria, a
instituição e sua administração são variáveis dependentes do que acontece no
ambiente externo, isto é, de modo que o meio ambiente muda também ocorre
modificações na empresa e na sua administração como consequência.
Assim sendo, os conceitos fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol,
Mayo e Weber foram e serão sempre os suportes da evolução e do crescimento
da ciência da Administração e que têm incentivado e impulsionado os estudos,
pesquisas, trabalhos e obras dos seus adeptos até os nossos dias.
capítulo 1 • 12
ambiente. E em função da criação da organização que se estrutura o seu am-
biente externo, porque a organização ocasiona mudança no ambiente ao seu
redor; e porque se compreende ambiente organizacional aquilo que é levado em
conta para a organização. Ou, dito de outro modo, o ambiente organizacional
está relacionado com uma organização em particular. Podemos supor como am-
biente organizacional os diferentes aspectos da realidade social e natural que, de
um modo ou de outro, podem afetar a organização e podem ser afetados por
ela. Entre esses se destacam as questões econômicas, ecológicas, tecnológicas,
culturais, políticas, legais, climáticas, entre outras.
O ambiente organizacional tem ligação àqueles fatores externos sobre os
quais a entidade pode não ter influência direta, mesmo que possa ser atingida
por algum deles. Podemos especificar um macroambiente organizacional (geral)
e um microambiente organizacional (específico ou operacional) para simplifi-
car o estudo. Do ambiente total, fazem parte todos aqueles elementos sobre os
quais a organização tem pequena ou nenhuma interferência direta. No ambiente
específico, podemos incorporar todos aqueles setores relacionados diretamente
com a atividade da organização, e onde as decisões da empresa exercem máxi-
mo efeito.
O ambiente organizacional geral, também designado de macroambiente or-
ganizacional, é composto por aquelas justificativas sobre os quais a organização
não tem interferência direta. O ambiente total da organização é preparado por
ambientes que apresentam sua característica e que, no entanto, estão de alguns
modos relacionados entre si. Entre eles podemos citar os ambientes políticos,
econômico, jurídico, cultural, tecnológico, climático, internacional etc.
No contexto do ambiente político, as organizações podem realizar pressões
quando se agrupam resultando grupos de pressão ou por meios de suas asso-
ciações. Mudanças de governo, crises políticas, governabilidade, entre outros
aspectos, afetam as organizações.
As decisões relativas ao ambiente econômico afetam quase todas as organi-
zações. O contexto econômico mundial ou nacional pode expor elementos de
instabilidade consideráveis, como as taxas de inflação, a constância monetária,
o poder aquisitivo da população, índice de desemprego, crescimento do PIB,
níveis de investimentos, entre outros, que podem se estabelecer em sérios pro-
blemas para a sobrevivência das organizações, principalmente as econômicas.
O ambiente jurídico se refere às regras que comandam as atividades
das organizações. A legislação afeta a organização nos seus produtos e serviços,
capítulo 1 • 13
trabalhadores, processos internos e externos, clientes e a sociedade de modo ge-
ral. A legislação pode aperfeiçoar as atividades da organização ou pode diminuí-
-las. Aqui se incorporam as normas ambientais, sociais e sanitárias, entre outras.
No ambiente sociocultural, encontram-se os modelos, os hábitos e costu-
mes da sociedade em que está centralizada a organização e que danificam a sua
própria cultura organizacional, seu padrão de relacionamento com a sociedade e
a elaboração de seus produtos e serviços. Mudanças comportamentais, de valo-
res, princípios, filosofias e costumes ocorrem devido a fatores culturais e sociais
em localidades, regiões e num país. A conduta da população em determinado
território pode se alterar em relação aos produtos e serviços ofertados ou até
mesmo aos processos usados pelas organizações, diversificando do acolhimento
à rejeição, por exemplo.
O ambiente tecnológico refere-se aos fatores, tendências e condições gerais
que afetam todas as organizações, tendo em vista que as organizações são siste-
mas abertos. As evoluções tecnológicas e do conhecimento de um modo geral
afetam principalmente as organizações, em particular aqueles que estão unidos
com as suas metas de alguma forma. As tecnologias de informação e comuni-
cação estimulam os processos internos da maior parte das organizações, e as
empresas em particular devem se atualizar de modo muito frequente para man-
ter a competitividade. A evolução das tecnologias de informação está tornando
o conhecimento o recurso das organizações e sua principal fonte de vantagens
competitivas. O uso do conhecimento como início do processo de inovação
contínua é um elemento fundamental nas sociedades atuais, devido à obrigação
de dar respostas velozes e apropriadas a um mercado cada vez mais competitivo
e a clientes rigorosos.
No ambiente internacional qualquer organização se vê afetada hoje pela si-
tuação do mundo como um todo. O sistema de integração tornou próximos fe-
nômenos que antes nem seriam considerados fatores de alvoroço. Especialmente
para as organizações que têm um comportamento internacional, o conhecimen-
to das situações internacionais é fundamental.
O ambiente natural diz respeito ao meio ambiente natural e de como este
pode danificar fortemente as organizações. As mudanças climáticas, as modifi-
cações na camada de ozônio, o efeito estufa e a diminuição da biodiversidade
são temas que estão presentes no dia a dia da maioria das organizações. Mesmo
que as situações climáticas afetem a todas as organizações de um modo ou de
outro, algumas dependem mais desse componente do que outras em virtude de
capítulo 1 • 14
sua atividade principal de algum modo estar ligado. Por exemplo: organizações
ligadas com o turismo e o setor agrícola e que são danificadas diretamente pelas
condições climáticas; organizações públicas que têm de usar medidas antecipa-
das de precaução; organizações não governamentais cujo natureza de trabalho
envolva áreas abertas etc.
O ambiente organizacional operacional ou específico abrange o ambiente
mais próximo à organização. É o sistema de relações que se amplia no tipo de
atividade no qual se envolve. Os essenciais elos que podem ser achados aqui
são com os fornecedores, clientes, concorrentes, instituições governamentais, o
mercado de um modo geral e a comunidade onde está determinada a organi-
zação. No seu conjunto, devem ser considerados todos stakeholders. Tratando
em particular das organizações econômicas como exemplo, além daqueles ade-
quados, compreende as forças que ordenam a rivalidade da firma ou do setor
do qual participa, e que são: adversários existentes, concorrentes potenciais,
eventuais substitutos dos bens e serviços produzidos, consumidores dos bens
e serviços e fornecedores de matérias-primas e ferramentas para a produção de
bens e serviços.
Concorrentes existentes: são as firmas rivais e que concorrem no mesmo
mercado, que trabalham no mesmo setor produtivo e que disputam os consumi-
dores de determinados produtos ou serviços. A competição, de um modo geral,
é sempre acirrada e o ponto de vista da organização será a todo o momento
tornar fiel o maior número de clientes possível.
Concorrentes potenciais: são as firmas que podem entrar no mercado prin-
cipal da organização.
Eventuais substitutos: são os bens que cumprem do mesmo modo, função
que aqueles criados na organização e que podem vir a trocá-los num futuro
improvável. Por exemplo: as firmas que fabricam pen drives trabalham com um
produto que pode ser um eventual substituto dos CDs num futuro próximo.
Esses iguais pen drives vêm assumindo as mesmas utilizações dos discos rígidos
nos computadores.
Consumidores: constituem um elemento fundamental para definir a con-
corrência em determinado setor. Variáveis essenciais no estudo das situações
desse fator são: nível de concentração; poder de negociação; preço dos produtos;
choque da qualidade do produto no público-alvo; influência e poder da marca,
entre outras. Deve-se supor que as pessoas que compram os bens ou serviços de
capítulo 1 • 15
uma firma formam o público-alvo principal da ação organizacional. Elas são o
porquê de existência da organização e desse modo influenciam todo o sistema
de produção de bens ou serviços que deve atendê-las.
Fornecedores: são aqueles que fornecem a matéria-prima, as máquinas e os
equipamentos, os recursos humanos, a tecnologia e o conhecimento notório na
produção de bens e serviços que são criados pela organização. A falta de forne-
cimento de qualquer desses elementos mencionados pode prejudicar de maneira
considerável a capacidade competitiva da firma, e pode ocasionar a perda de
clientes e mercado.
Entidades reguladoras: geram os organismos que têm o poder de supervi-
sionar; legislar ou influenciar o dia a dia das organizações. Entre as firmas re-
guladoras estão: organismos do governo que monitoram as atividades no setor;
grupos de interesse organizados em firmas que procuram defender ou proteger
sua atividade; e instituições (como conselhos, ordens, associações etc.) que regu-
lam o exercício profissional.
Parceiros estratégicos: são as firmas que se unem com outras para criar uma
aliança com o objetivo de obter benefícios comuns, tais como maior cobertura
do mercado, facilitar a comercialização de produtos (bens e serviços) e atua-
ção publicitária.
Estrutura organizacional
capítulo 1 • 16
alcance das metas. (v) Supervisionar a eficácia da estrutura organizacional e reali-
zar os ajustes necessários.
Divisão do trabalho
Departamentalização
capítulo 1 • 17
de comando. Observando um organograma, podemos analisar rapidamente
o alcance de gerência, que pode ser estabelecido como o número de subor-
dinados que se reportam diretamente a um escolhido gerente ou diretor. A
ideia moderna de conquista de gerência surgiu com a Revolução Industrial.
No século XIX e na primeira metade do século XX, diversos escritores ten-
taram estabelecer o número máximo de subordinados que um administrador
poderia supervisionar, e muitos deles chegaram à conclusão que o máximo
universal era seis. A ideia de que um administrador pode supervisionar apenas
seis subordinados, independentemente dos acontecimentos, parece estranha
na atualidade, mas os escritores antigos devem conseguir crédito por terem
reconhecido que existe um número excelente de subordinados, bem como um
número além do qual a supervisão torna-se menos competente.
capítulo 1 • 18
que é uma falta de vantagem quando o meio ambiente está mudando velozmente.
Alcances extensos, por outro lado, geram organizações estruturais achatadas, com
menos níveis hierárquicos entre o topo e a base. Uma das tendências mais concre-
tas nos últimos anos é a utilização de estruturas organizacionais mais achatadas.
As organizações estão indo para essas estruturas achatadas de maneira a reduzir
os custos associados aos variados níveis de gerência média e agilizar a tomada de
decisões. O risco, obviamente, é que os administradores que ficam têm enormes
responsabilidades e podem ser super exigidos. Contudo, pesquisadores modernos
concordam em que não há um alcance de gerência perfeito. A escolha de um al-
cance apropriado necessita que sejam avaliados fatores como o meio ambiente e a
eficiência dos administradores e dos subordinados.
Se o alcance de gerência for um obstáculo, podemos resolvê-lo estabelecendo
o próprio alcance ou os fatores que influenciam. Vamos achar que o alcance de
gerência seja muito grande, e que tantos os supervisores quanto os subordinados
sintam-se importunados ou decepcionados. Uma solução seria adaptar o alcance
de gerência deslocando alguns empregados ou responsabilidades para outro ad-
ministrador. Outra maneira seria proporcionar treinamento complementar para
os administradores ou acrescentar assistentes de supervisão para lidar com tarefas
não supervisoras. Somente estudando a situação e as pessoas envolvidas podem
apontar os melhores motivos a serem ajustados.
capítulo 1 • 19
Tipos de estruturas organizacionais
capítulo 1 • 20
problema, porque os administradores funcionais necessitam se reportar à matriz e
podem ter de aguardar muito tempo antes que um pedido de auxílio seja atendi-
do. Além disso, é frequentemente mais difícil definir a responsabilidade individual
e julgar o desempenho numa estrutura funcional. Se um novo produto fracassa,
de quem é a culpa – pesquisa e desenvolvimento, produção ou marketing? Afinal,
coordenar as funções dos componentes de toda a organização pode tornar-se um
obstáculo para os administradores de topo. Os componentes de cada departa-
mento podem sentir-se sozinhos (ou superiores) com relação aos que estão em
outros departamentos. Torna-se, logo, mais difícil que os empregados trabalhem
de maneira unificada para alcançar as metas da organização. Por exemplo, o de-
partamento de fabricação pode se focar em alcançar os padrões de custo e as datas
de entrega e relaxar o controle de qualidade. Como resultado, o departamento de
serviço aos clientes pode ficar assoberbado com reclamações.
Os administradores de topo que desejam utilizar uma estrutura funcional, ou
incluir um departamento funcional a uma estrutura existente, devem confrontar
os benefícios potenciais com os custos prováveis. As vantagens econômicas levadas
por uma estrutura funcional podem ser vencidas pelos salários adicionais para
administradores e pessoal e por outros gastos indiretos que sejam essenciais. Os
administradores de topo também devem julgar com que frequência espera usar as
capacidades especiais de um departamento funcional. Numa pequena firma, por
exemplo, pode ser mais econômico empregar serviços jurídicos externos do que
criar um departamento jurídico interno.
Muitas empresas grandes e com vários produtos têm estrutura organizacional
por produto ou por mercado. Em algum ponto da existência da organização, a sua
própria dimensão ou a diferença dos produtos torna o atendimento pelos depar-
tamentos funcional muito difícil. Quando a departamentalização de uma empresa
se torna muito complicada para a estrutura funcional, a administração de topo
normalmente cria divisões semiautônomas, cada uma projetando, produzindo e
comercializando seus respectivos produtos.
De modo diferente de um departamento funcional, uma divisão se configura com
uma empresa separada. O chefe de divisão concentra-se especialmente nas operações
de sua divisão, é encarregado pelos lucros ou prejuízos, e pode até mesmo disputar
com outras unidades da própria empresa. Mas uma divisão é diferente de uma em-
presa separada num ponto de vista crucial: não é uma entidade independente: isto é,
o líder da divisão não pode tomar decisões com tanta autonomia quanto o dono de
uma empresa separada de fato, porque necessita se reportar à matriz. Como regra geral,
capítulo 1 • 21
o poder de um chefe de divisão encerra no ponto em que suas decisões tenham uma
consequência significativa sobre o funcionamento de outras divisões.
Uma estrutura por produto/mercado pode acompanhar três padrões diferen-
tes. O mais evidente é a divisão por produto. Determinar divisões por produtos é
lógico quando cada produto necessita uma tecnologia de produção diferente e téc-
nicas diferentes de marketing. Empresas financeiras, de serviços e outras empresas
não manufatureiras normalmente usam a divisão por área geográfica, se bem que
empresas mineradoras e de petróleo igualmente usem divisões desse tipo. Essa or-
ganização é coerente quando uma instalação de produção deve localizar-se o mais
próximo possível das fontes de matéria prima, de enormes mercados ou de pessoal
capacitado. Na divisão por cliente, uma divisão vende a maioria de seus produtos
a um cliente em particular. Uma empresa de eletrônica, por exemplo, pode ter
divisões separadas para consumidores militares, industriais e compradores finais.
Como regra geral, as firmas industriais com linhas de produtos altamente variadas
tendem a se organizar ou por cliente ou por produto.
A estrutura divisional tem diversas vantagens. Como todas as tarefas, capacidades
e competências especializadas essenciais para produzir e vender produtos específicos
são reunidas num mesmo lugar e sob um só comandante, todo o trabalho pode ser
mais facilmente coordenado e sustentado em um alto nível de desempenho. Além
disso, tanto a qualidade como a velocidade na tomada de decisões é aumentada por-
que as decisões no nível divisional são tomadas mais perto do lugar da ação. De outro,
lado a responsabilidade sobre a administração central é atenuada porque os gerentes
de divisão têm maior poder. Mas significativo, talvez seja, que a incumbência é clara.
A performance de uma administração divisional pode ser calculada em função dos
lucros ou prejuízos da sua divisão. Porém, existem algumas desvantagens na estrutura
divisional. Os benefícios da divisão podem ser colocados acima das necessidades e
das metas da organização como um todo. Por exemplo: como são desprotegidas as
avaliações de desempenho em função de lucro e prejuízo, os chefes de divisão podem
adquirir ganhos de curto prazo à custa da lucratividade em longo prazo. Além disso,
os gastos administrativos aumentam porque cada divisão tem seu próprio conjunto de
componentes e especialistas, levando a uma duplicação de medidas custosa.
Nenhum dos dois tipos de estrutura abrange as necessidades de uma organiza-
ção. Numa estrutura funcional, as atribuições especializadas podem se tornar cada
vez mais refinadas, mas a produção coordenada de bens pode ser difícil de atingir.
Numa estrutura divisional, diversos produtos podem progredir enquanto a com-
petência especializada tecnológica da organização como um todo pode prosseguir
capítulo 1 • 22
subdesenvolvida. A estrutura matricial tenta combinar as vantagens dos dois tipos
de projeto, ao mesmo tempo em que impede suas desvantagens.
Numa estrutura matricial, os funcionários têm na verdade dois chefes, isto é, estão
sob autoridade dupla (Figura 2). As estruturas matriciais foram criadas primeiramente
na indústria aeroespacial. O pontapé inicial foi a imposição, por parte do governo,
de somente um único gerente de contato para cada programa ou projeto, o qual seria
responsável diante o governo pelo andamento e desempenho do projeto. Para atender
a essa necessidade, foi designado um líder de projeto para dividir a autoridade com os
líderes dos departamentos técnicos ou funcionais precedente. Esse arranjo temporá-
rio evoluiu, então para as organizações matriciais formais. Hoje em dia a organização
matricial é utilizada nas unidades de muitas empresas significativas em firmas de con-
sultoria de administração, em agências de publicidade e em diversos outros tipos de
negócio. Em algumas firmas a estrutura matricial é achada em todos os níveis, ao passo
em que outras é utilizada somente em certos departamentos.
capítulo 1 • 23
Conforme as organizações se tornaram mais globais, diversas passaram a usar
a maneira matricial em suas operações internacionais. Podem existir gerentes de
produto ou de divisão, como na firma organizada em divisões, e gerentes nacio-
nais para cada país onde a empresa tenha negócios. Assim, o funcionário de uma
divisão irá se dirigir ao gerente divisional em perguntas relacionadas a produtos, e
ao gerente nacional nas perguntas políticas ou nas perguntas que envolvem rela-
ções internacionais. Poucas organizações são competentes de fazer uma transição
inesperada e eficaz de uma estrutura funcional ou divisional para uma estrutura
matricial que atue totalmente. Ao considerar uma modificação desse tipo, a admi-
nistração deve estar informada de que é fundamental muito tempo e esforço para
fazer uma matriz funcionar.
A estrutura matricial geralmente é um meio eficiente de adequar as diversas
capacidades especializadas fundamentais para solucionar um problema complica-
do. Nela os problemas de coordenação, que incomodam muitos projetos funcio-
nais, são diminuídos porque o pessoal mais significativo de um projeto trabalha
junto, em grupo. Isso, por si, produz um privilégio colateral: trabalhando em gru-
po as pessoas passam a entender as imposições enfrentadas pelos que têm setores
de responsabilidade diferentes das suas. Outro benefício de estrutura matricial é
que ela dá à organização uma enorme flexibilidade para cortar gastos: já que cada
projeto recebe somente o número de pessoas de que precisa, evitam-se duplica-
ções supérfluas. Uma desvantagem é que nem todo mundo se habitua bem a um
sistema matricial. Para serem competentes, os componentes da equipe devem ter
boa habilidade de relacionamento interpessoal e ser flexíveis e cooperativos. Além
do que, o “moral” pode ser abalado negativamente quando o pessoal é realocado
assim que um projeto se acaba e outros novos se iniciam. Por fim, se as hierarquias
de autoridade não são com firmeza estabelecida e efetivamente comunicada há o
risco, de acordo com alguns observadores, de que diretivas conflitantes e obriga-
ções mal definidas lancem alguns administradores numa situação caótica.
Para ultrapassar esses obstáculos, pode ser fundamental treinamento especial
em novas habilidades profissionais ou em relacionamento interpessoais quando
uma matriz é inserida e superimposta pela primeira vez, ou quando essa superim-
posição temporária se torna definitiva. Para defender os indivíduos que trabalham
bem em estruturas tradicionais, mas que certamente terão dificuldade de se adap-
tar a uma estrutura matricial, muitas empresas ou executam esforços especiais para
treinar o pessoal antes de nomeá-los para equipes de projetos, ou então selecionam
somente voluntários para as equipes.
capítulo 1 • 24
Resumo de estruturas organizacionais
Estrutura funcional
Estrutura divisional
capítulo 1 • 25
Estrutura matricial
capítulo 1 • 26
Estrutura celular
Todos estão no mesmo nível hierárquico, aliás hierarquia neste modelo não é
uma palavra muito utilizada.
Planejamento
capítulo 1 • 27
b) Estudos organizacionais internos;
c) Formulação das opções estratégicas e escolha da empresarial;
d) Criação do planejamento estratégico;
e) Instalações por meio de planos táticos e planos operacionais;
f ) As metas empresariais podem ser agrupadas em quatro categorias de objeti-
vos sendo: o lucro, apontado dentro de sua dupla ótica; a ampliação da empresa; a
segurança que corresponde à vontade da empresa; a autonomia ou independência;
A formulação das opções estratégicas poder ser feita dentro de padrões cos-
tumeiros ou altamente criativos dependendo da circunstância externa e interna,
pode ser dada preferência a planos de ativos ou passivos. Normalmente, as grandes
empresas de caráter predominante desenvolvem táticas ofensivas em seus princí-
pios de segmentos de mercados. As firmas podem desenvolver estratégicas ofensi-
vas (ativos) com relação a algumas partes.
O planejamento tático é a função administrativa que estabelece antecipada-
mente o que se deve fazer e quais metas devem ser alcançados, e pretende dar
condições racionais para que se organize e dirija a firma e seus departamentos e
divisões a partir de certas suposições a respeito da realidade atual e futura.
O planejamento operacional é aquele que causa preocupação basicamen-
te com o que fazer e como fazer. O planejamento operacional se especifica pelo
detalhamento com que determina as tarefas e operações pelo caráter imediato,
focalizando somente o curto prazo, e pela cobertura total abordando apenas uma
função ou uma operação é constituído de uma infinidade de planos operacionais
que cresceram nas diversas áreas e funções dentro da empresa, produção ou opera-
ções, finanças, mercadologia, recursos humanos etc.
Os planos operacionais, sejam desiguais e diversificados, podem ser especifi-
cados em quatro tipos. (i) Plano relacionados com métodos; (ii) Planos relaciona-
dos com dinheiro; (iii) Planos relacionados com tempo; (iv) Planos relacionados
com comportamento.
Os procedimentos estabelecem guias para a ação e são mais específicos que
as políticas. Em grupo com outras formas de planejamento, procuram impedir a
confusão por meio da direção, coordenação e ajuste das operações de uma empre-
sa. Os procedimentos em geral são transformados em rotinas e expressos no modo
de fluxogramas. São gráficas que retratam o fluxo ou sequências de procedimentos
ou rotinas, estas nada mais são do que métodos devidamente padronizados e for-
malizados. Os fluxogramas podem ser de diversos tipos: fluxogramas verticais, que
representa a sequência de uma rotina por meio de linhas; fluxogramas horizontais,
capítulo 1 • 28
que faz uso geralmente dos mesmos símbolos dos fluxogramas verticais e destaca
os órgãos ou os indivíduos envolvidos em determinado processo ou rotina.
Orçamentos são planos operacionais associados com valores monetários
dentro de um definido período de tempo. Os orçamentos normalmente têm a
extensão de um ano correspondente ao exercício fiscal da firma.
Organização
capítulo 1 • 29
- Linhas formais de comunicação: a comunicação entre os indivíduos da or-
ganização apenas poderia ser feita dentro das linhas determinadas pelo cronogra-
ma organizacional.
- Centralização das decisões: as definições da organização da firma são toma-
das pelo titular do topo do organograma.
- Formato piramidal: à medida que se sobe na escala hierárquica, se minimiza
o número de unidades ou posições em cada nível.
Por se tratar de uma estrutura simples fica bem mais descomplicado acom-
panhar a estrutura organizacional da firma, além de se enxergar bem nítidas as
funções de cada titular de determinada unidade.
capítulo 1 • 30
propostas, recomendações, consultoria, prestação de serviços como planejamento,
controle, levantamentos, relatórios etc.
Vantagens da organização linha-staff: assegura assessoria qualificada e inovadora,
mantendo o começo de unidade de comando. Atividade conjunta e coordenada de ór-
gãos de linha e de staff. Os órgãos de staff responsabilizam-se pela execução de serviços
qualificados em vez dos órgãos de linha que agem na produção e venda.
Direção
capítulo 1 • 31
características particulares de liderança levada para a tarefa, comportamento so-
cialmente distante, diretivo e estruturalista, tendem a estar aliados com a produti-
vidade. A mesma tende a diminuir a satisfação e a coesão. Porém, há uma exceção
significativa. A estruturação da função do subordinado, no sentido de fazê-lo saber
o que dele é esperado tende a crescer sua satisfação e coesão.
Com relação à situação, quanto melhores as relações do comandante com o
grupo, quanto mais estruturada a função e quanto maior o poder da posição do
líder, mais fácil é a situação de administrar ou, dito de outra maneira, mais favo-
rável é a situação para o líder. Quanto menos a situação apresentar tais condições,
menos favorável ela é para o líder.
Qualquer circunstância dada de liderança pode assim ser mencionada como sendo
relativamente favorável ou desfavorável, ou ocupando uma posição intermediária.
Quanto a situação e estilo, considere-se, por exemplo, a decisão que o gerente
encara de acordo coma pesquisa que se vê somente os efeitos da liderança condu-
zida para as pessoas ou para a tarefa. Se o gerente reunir as atividades de lideran-
ça nas pessoas, os funcionários ficarão satisfeitos, mas serão menos produtivos.
Por outro lado, se o gerente concentrar-se na atividade, os funcionários poderão
tornar-se mais produtivos, mas ficarão menos satisfeitos. Da mesma forma, na
pesquisa que leva em conta tanto a situação do comandante quanto seu estilo, a
liderança conduzida para as pessoas funciona melhor em circunstâncias que são
ou extremamente favoráveis ou extremamente desfavoráveis. O argumento nos
dois tipos de pesquisa é que as duas dimensões, direção para as pessoas e direção
para a tarefa, são reciprocamente exclusivas; o líder deve tender para uma ou para
outra, pelo menos em seu realce primário. Existe a expectativa de o volume todo
de pesquisa que tenta associar o estilo de liderança e as características situacionais,
estar tentando facilitar demais um fenômeno complexo. Talvez o estilo não deves-
se ser diminuído a uma questão de quanto o líder destaca as pessoas ou a tarefa.
Possivelmente as situações não devessem ser diminuídas a uma questão de quão
bem o líder se dá com os componentes de seu grupo, quanto poder é ligado à
posição de liderança, e quão estruturada é a tarefa.
Quanto a características dos subordinados, a evidência de diferentes estudos
sugere que um fator essencial, porém frequentemente abandonado, na descrição
de qualquer situação de liderança são as qualidades das pessoas do grupo que
está sendo liderado. Seus traços podem ser críticos na indicação dos efeitos da
liderança conduzida para as pessoas ou conduzida para a tarefa sobre a satisfação
e a produtividade. Por exemplo, um estudo descobriu que subordinados menos
capítulo 1 • 32
maduros e menos experientes inclinam a favorecer o uso de um estilo de liderança
conduzido para as pessoas, ao passo que subordinados mais experientes optam um
estilo orientado para a tarefa. A atenção pelos seres humanos, própria do estilo
conduzido para as pessoas, provavelmente ajuda a diminuir a tensão e a insegu-
rança dos inexperientes.
Controle
Tipos de controle
capítulo 1 • 33
Quanto à abrangência do controle, durante o planejamento administrativo, o
controle serve de fechamento. Da mesma maneira como ocorre com o planejamento,
a dimensão do controle pode ser feita ao nível global, ao nível departamental e ao nível
operacional, respectivamente dentro dos planos estratégicos, tático e operacional.
A importância do controle para a gestão visa padronizar o desempenho, por
meio de inspeções, supervisão, procedimentos escritos, medir e corrigir o desem-
penho dos empregados, por meio de sistemas de avaliação do desempenho do
pessoal, supervisão direta, com isso diminuindo os gastos com a rotatividade des-
necessária de pessoal. Vem também auxiliar a gestão no operacional auxiliando
na padronização da qualidade de produtos e serviços oferecidos pela organização,
utilizados como meios preventivos para atingir os objetivos da empresa, por meio
da articulação de objetivos em um planejamento. Dessa forma, o controle é im-
portante para a gestão, pois protege os bens da empresa de roubos, desperdícios
e abusos, por meio do controle qualitativo e quantitativo como a exigência de
registros escritos, auditoria e divisão de responsabilidades.
Conclusão
capítulo 1 • 34
responsabilidades que cada componente possui respeitando a hierarquia, uma vez
que cada superior é autoridade diante seus subordinados. Nos modelos de organi-
zações, todas elas nos remetem a uma melhor estrutura organizacional, posto que
se visa de modo exclusivo os benefícios da entidade e a todos os que dela partici-
pam. Podemos verificar que o Controle é o conjunto dos demais motivos, sendo o
ponto-chave da visão sistêmica da firma, onde seus passos padronizados e criterio-
sos são essenciais para determinar os limites entre o erro e o desempenho esperado
e também para se verificar desvios e desafios que a empresa tende a encontrar. Os
objetivos do Controle, como a supervisão e a inspeção, vêm nos mostrar seu valor
de criar com responsabilidade e competência uma organização. A grandeza de
dirigir, apresentada neste artigo, possibilita uma tarefa associada à produtividade
daqueles que compõem a empresa. O ato de dirigir abrange todos os fundamentos
da administração, sendo o que diferencia entre eles a liderança, este último que
desempenha sobre todo o corpo da entidade. Além disso, dirigir exige capacidade
plena para levar afirma ao crescimento tanto interno quanto no mercado econô-
mico, impondo combinação de técnicas e especialização para os profissionais.
Finalmente, os fundamentos da administração nos remetem à liderança de
equipes nas organizações que trabalham para atingirem os melhores resultados,
melhores desempenhos, melhor comunicação, convergindo-se para que todos se
comprometam com as metas da empresa sem perder de vista sua missão. Ainda que
os administradores tenham ciência de que estão gerindo pessoas, é de bom senso
que os mesmos, dentro do uso dos fundamentos da administração, se atentam
para ouvir sua equipe e atrair para si com proveito o que cada um tem a propor ou
expor para melhor funcionamento de sua própria gestão. O trabalho em equipe
não só é encorajador, como também é fonte de contentamento para muitas pes-
soas, que, em vista disso, acabam dando de si o melhor quando assim trabalham.
Todos têm conhecimento que, quando uma empresa alcança dimensões con-
sideráveis, precisa se fragmentar em diversos departamentos onde cada um deles se
dedique a uma função específica, contando para isso com profissionais e especia-
listas em cada setor. Dessa maneira, conseguimos que cada área realize de maneira
exclusiva aquilo que sabe fazer melhor, dando lugar à criação de diversas áreas
funcionais na organização.
capítulo 1 • 35
Área de administração e recursos humanos
Área de produção
capítulo 1 • 36
- Produção dos bens e serviços.
- Design dos produtos e serviços.
- Conservação da maquinaria e do lugar de produção.
- Armazenamento do estoque.
- Controle de qualidade.
- Logística.
- Gerenciamento de pontos de vendas.
- Marketing mix: preço, promoção, produto e distribuição.
- Comunicação com os clientes.
- Investigação das necessidades dos consumidores.
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MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da escola científica à
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capítulo 1 • 37
capítulo 1 • 38
2
Introdução à
economia
Introdução à economia
Pensamento econômico
Grécia e Roma
Idade média
capítulo 2 • 40
autossuficientes econômica e politicamente, obedientes à autoridade do senhor ou
proprietário, e nas quais os servos exerciam suas funções agrícolas ou artesanais.
Mercantilismo
Os fisiocratas
capítulo 2 • 41
Escola clássica
O pensamento neoclássico
O Pensamento Keynesiano
capítulo 2 • 42
emprego de fatores, pela austeridade de salários e preços. Segundo ele, há desem-
prego forçado, e, em função disso, a economia opera com capacidade disponível.
Para elevar os níveis de emprego e de renda, potencializando o bem-estar social,
torna-se primordial estimular a tendência a investir dos empresários. O Estado
exerce, nesse sentido, realizando políticas monetárias e fiscais. Assim, ele realiza
gastos e interfere nas expectativas empresariais e no próprio nível de investimen-
tos. Por meio dos efeitos de multiplicação e de aceleração, amplia-se o nível de
renda e de emprego. Keynes esclareceu que o valor dos bens e serviços gerados
pelas empresas tem uma contrapartida de renda, que são os salários, juros, alu-
guéis, impostos e lucros; que essas rendas, olhadas como custos pelas empresas,
na verdade, vão ser gastas em novos bens e serviços. O idêntico raciocínio vale
para a economia em seu conjunto. Se a população não pode gastar por não ter um
emprego, a economia estará impossibilitada de produzir.
capítulo 2 • 43
Metodologias para formação de preços de venda
capítulo 2 • 44
Contudo, o percentual da margem sobre o custo é calculado quase sempre de for-
ma arbitrária, variando de acordo com ramo de atividade da instituição e seus produtos.
Pode-se notar que, apesar das deficiências, o conhecimento dos custos para uma
empresa é condição preponderante para sua sobrevivência. Pois nenhuma instituição,
independentemente se sua posição sobreviverá por muito tempo se utilizar preços de
venda abaixo de seus custos. E, tão essencial quanto saber fixar os custos dos produtos
produzidos ou dos serviços prestados, é saber aperfeiçoar esses custos, estudando técni-
cas que proporcionem a diminuição dos custos sem, no entanto, diminuir qualidade.
Sendo esse estudo, um desafio para a contabilidade de custos.
Produção e custos
Figuras 1 A e 1 B.
capítulo 2 • 45
Os custos variáveis são função da quantidade produzida e estão representados
na Figura 1A pela curva CV. No começo do processo produtivo, as matérias-
-primas variáveis possuem produtividade progressiva, já que têm a sua disposição
recursos de capitais ainda não utilizados totalmente. Essa crescente produtividade
faz com que os custos variáveis subam menos velozmente à medida que a produção
se amplie. No entanto, como a soma de capital disponível é fixa em curto prazo,
existirá um ponto a partir do qual a produtividade dessas matérias-primas variá-
veis começará a decair. Na Figura 1A, esse ponto é representado por Q*. A partir
desse ponto de inclinação, os custos variáveis começam a desenvolver mais rapi-
damente, como indica a figura. A curva de custo total CT, representada na Figura
1B, é o resultado da simples soma dos custos fixos e variáveis, que, graficamente,
é demonstrada por um deslocamento vertical da curva CV igual à distância OX.
Para entender as modificações de produtividade e seu choque sobre o cus-
to, considere-se o seguinte exemplo: o governo entrega à população um posto
de saúde já equipado, que exibe um custo fixo de $500 mensais. Para atender
a comunidade, é contratado um profissional da saúde com um ordenado de
$100 mensais. Sozinho no posto, ele consegue gerar apenas 50 consultas por
mês, já que tem de realizar todas as demais funções administrativas. Nesse
caso, o custo total do posto é de $ 610 mensais, acrescentando-se os custos
com outros insumos variáveis, isto é, que dependem do nível de produção,
como papéis, exames, energia elétrica etc. Sensível à dificuldade, o governo ad-
mite mais um profissional, pelo idêntico salário. Agora, dividindo as funções
administrativas e auxiliares, os dois realizam 120 consultas por mês. O custo
total do posto passa a $ 770, já que elevam o consumo de energia, de papel,
de produtos descartáveis etc. Porém, as pressões da população continuam, já
que os dois não conseguem atender a toda procura, e enormes filas se formam
na porta do posto. Mais um profissional, com a idêntica qualificação dos ante-
riores, é admitido. A adição do terceiro profissional cresce em 90 o número de
pacientes atendidos por mês. A um custo total de $950 são geradas agora 210
consultas mensais. Por ser ano eleitoral, o governo admite mais um médico,
aumentando o custo total do posto à $1.250 e elevando a produção total do
posto para 275 consultas/mês. Às vésperas da eleição, um novo profissional
é admitido. Agora os equipamentos estão sendo excessivamente usados, que-
brando-se com regularidade, o que obriga à substituição de peças e leva à cria-
ção de uma fila de pacientes à espera de exames. A um custo total de $ 1.650
capítulo 2 • 46
por mês, são fornecidas 330 consultas pelos cinco profissionais. Os números
do exemplo estão reproduzidos na Tabela 1.
1 $ 610 $ 610 50 50
2 $ 770 $ 160 120 70
3 $ 950 $ 180 210 90
4 $ 1.250 $ 300 275 65
5 $ 1.650 $ 400 330 55
TABELA 1
capítulo 2 • 47
Figura 2 A e 2 B.
capítulo 2 • 48
O custo variável é a soma dos pagamentos que a empresa faz pela utilização
dos fatores variáveis. Ele modifica de acordo com o volume de produção da em-
presa, acrescentando itens como matérias-primas, energia elétrica, mão de obra
etc. Produzindo-se zero unidade, o custo variável será zero, elevando à medida que
a produção aumentar. Com isso, podemos partir para outras descrições de custos
que nos levarão ao estudo quantitativo e gráfico.
Começamos pelo custo total, que é a soma do custo fixo e do custo variável:
Custo Total = CF+CV
O custo fixo médio é o custo fixo dividido pela quantidade produzida:
CFme=CF/Q
O custo variável médio é o custo variável dividido pela quantidade produzida:
CVme=CV/Q
Para simplificação do estudo que faremos a seguir, cogitaremos o custo variável
com valor dos salários multiplicado pela quantidade de trabalhadores empregados.
O custo médio é o custo total dividido pela quantidade produzida:
Cme=CT/Q
Finalmente, o custo marginal é o custo total no período (t) menos o custo
total no período anterior (t-1) dividido pela quantidade produzida no período (t)
menos a quantidade produzida no período anterior (t-1):
Cmg=∆CT/∆Q=(CTt – CT t-1 ) / (Qt-Qt-1 )
O exercício solucionado a seguir nos proporciona identificar os resultados do
uso das causas de produção quanto aos seus custos, mostrando, assim, as alterna-
tivas de quantidades produzidas viáveis com relação aos seus respectivos custos.
Exercício resolvido
capítulo 2 • 49
Fonte: Otto Nogami, Carlos Passos, 2003.
capítulo 2 • 50
Quanto ao custo variável, necessitamos lembrar que, para fim de simplificação
do estudo, consideramos aqui somente o fator mão de obra, e a quantidade forne-
cida aumenta unidade por unidade.
O gráfico obtido representa um conjunto típico de curvas de custo no curto
prazo. A associação da curva de Cmg com as de Cvme e Cme é o que há de mais
expressivo para a análise gráfica dos custos.
É primordial notar que a curva de Cmg decresce, alcança seu ponto de mí-
nimo e passa a crescer novamente. Ela corta as curvas de Cvme e Cme em seus
pontos de mínimo a e b.
Disso, podemos concluir que:
1° 2°
Ao obtermos o Cvme mínimo, ele Ao obtermos o Cme mínimo, ele será
será igual ao Cmg neste ponto (a). igual ao Cmg neste ponto (b).
Ao obtermos o Cvme mínimo, ele será igual ao Cmg neste ponto (a). Ao ob-
termos o Cme mínimo, ele será igual ao Cmg neste ponto (b).
Quanto o encontro da curva de custo marginal com o ponto de mínimo da
curva de custo médio, antes desse ponto o Cmg é menor que o Cme. Conforme
a produção aumenta, o crescimento do custo total é maior que o custo médio
anterior. Nessa circunstância, a curva de custo médio é puxada para cima. Uma
vez que o custo médio decresce quando o Cmg é menor que o Cme e aumenta
quando o Cmg é maior que o Cme, o custo médio tem de atingir seu valor míni-
mo quando o Cmg é igual ao Cme.
Essa mesma alegação é usada para mostrar que, quando o custo variável médio
é mínimo, o Cmg é igual ao Cvme.
Estrutura de mercado
capítulo 2 • 51
dinheiro que se dá em troca de uma estipulada mercadoria. O lucro poderia ser
entendido como a diferença entre esses preços. Ou seja,
capítulo 2 • 52
decisório. Quanto ao papel dos custos no processo de marcação de preço do bem
ou serviço, criaram-se metodologias de custeio voltadas a potencialização da efi-
ciência, da eficácia e, também, do rigor das informações derivadas dos processos
produtivos. Dessa maneira, o Custeio por Absorção, o Custeio Direto e o ABC
apresentam como os mais conhecidos e utilizados, às vezes ao mesmo tempo, por
inúmeras empresas para diversos fins gerenciais já mencionados e dentre os quais
a fixação do preço de custo dos produtos.
Nesse universo, o Custeio por Absorção parte da suposição de que, além dos
custos diretos, os custos e as despesas indiretas fixas são inseridos nos estoques e
nos custos dos produtos vendidos. Mas, apesar de ser aprovado para fins fiscais,
esse método tem um enorme inconveniente localizado na aplicação dos custos
indiretos. Como esses são difíceis de ser custeados, usam-se técnicas desnecessárias
de rateio dos custos de produção para sua incorporação ao produto. Assim, à me-
dida que as tecnologias progridem, cada vez mais os custos vão tornando-se indi-
retos. Isso implica que o excesso do rateio na definição do custo indireto aumenta
de acordo com o aumento desse tipo de custo, tornando, dessa maneira, cada vez
mais irreal o preço de custo do produto.
O Custeio Direto, por sua vez, prevê a divisão dos custos variáveis e fixos.
Somente as variáveis vão ser inseridas no custo do produto. Os fixos serão gastos
do período. Os custos e as despesas indiretas fixas não são inseridos nos estoques e
nos custos dos produtos vendidos. Essa abordagem reduz o problema associado à
arbitrariedade no rateio dos custos indiretos de fabricação presente no Custeio por
Absorção. Como resultado desse fato, existem duas vantagens do Custeio Direto
sobre o Custeio por Absorção, quando se trata da marcação de preço do produto:
capítulo 2 • 53
a definição do preço de custo dos produtos, pois toma como meta central as ati-
vidades, buscando tanto otimizar a destinação dos recursos aos diferentes níveis
e formas de atividades presentes no processo, como melhorar a alocação de ativi-
dades aos produtos ou serviços, nos diferentes níveis hierárquicos desse processo.
Nessa abordagem, pretende-se atingir o maior lucro para a instituição e o maior
valor para o cliente.
Os três métodos mencionados anteriormente não são reciprocamente ex-
clusivos. Pelo contrário, a firma pode se utilizar de um entendimento entre
dois ou entre os três métodos. Isso dependerá da importância e necessidade do
uso dos métodos. Porém, por melhor que seja a suposição de se ter chegado
ao preço de custo, este dificilmente será considerado bastante para a gerência
no processo de venda de seus produtos. Sem querer descuidar a importância
do preço de custo, pois seu conhecimento, como já foi dito, é fundamental ao
processo de potencialização de lucro, há de se procurar compreender o poder
que a empresa tem de definir uma margem sobre esse preço para determinar
o preço de venda.
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capítulo 2 • 55
capítulo 2 • 56
3
Políticas
econômicas
Políticas econômicas
Microeconomia e macroeconomia
Microeconomia
Mercado
capítulo 3 • 58
- Número de negociantes compradores e vendedores são de tal ordem que nenhum
deles, individualmente, tem condições para influenciar decisivamente no mercado;
- Os produtos são iguais podendo ser fabricados por qualquer produtor;
- Produtores e consumidores têm mobilidade e não há decisão de preço entre
os que participam do mercado
- O preço é estabelecido de maneira impessoal, ninguém individualmente
o determina.
(ii) Monopólio:
- Quando há no mercado somente um vendedor que comanda inteiramente
o mercado;
- O produto da instituição monopolista não tem substituto próximo;
- A entrada de adversários no mercado é quase impossível;
- Tem autoridade total sobre a determinação dos preços;
- Os monopólios não têm transparências. Suas ações e transações são uma
espécie de caixa preta.
c) Oligopólios: estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o
mercado é controlado por um número reduzido de empresas. Tem as seguintes
características:
- É constituído por um pequeno grupo de grandes empresas que dominam
um ou diferentes ramos de produção e dividem entre si o mercado;
- Há enormes obstáculos para a entrada de adversários;
- Quando há acerto de preços entre os oligopólios, a competição é residual.
A procura no mercado
capítulo 3 • 59
nas quantidades procuradas. Esses níveis de sensibilidade dos consumidores po-
dem ser abalados por meio da definição de elasticidade-preço da procura, que é
a relação entre as alterações notadas, nas quantidades procuradas decorrentes das
modificações de preço.
Teorias da oferta
capítulo 3 • 60
pretendiam comprar. Há nesse caso excesso de oferta. Por outro lado, para qual-
quer preço inferior ao preço de equilíbrio, aparecerá um excesso de demanda.
Teoria da produção
Empresa: unidade que gera bens ou serviços para a sociedade e que tem como
finalidade a maximização do lucro.
Empresário: é quem determina o quanto e como produzir as mercadorias. A pro-
dução depende da aceitação do comércio e implica em lucros ou prejuízos.
Produção: é a modificação dos fatores de produção adquiridos pelas institui-
ções com meta de venda no mercado.
No processo de produção, vários fatores são suspendidos para a obtenção do
bem final. As formas como esses elementos são combinados chamam-se métodos
de produção. Os métodos de produção podem ser executados de duas formas bá-
sicas: intensivos e extensivos. Intensivos em mão de obra são quando se usa uma
quantidade maior de trabalhadores que de máquinas, equipamentos ou matérias-
-primas. Amplos quando se utiliza mais máquina, equipamentos e matérias-pri-
mas que mão de obra. Produto é quando qualquer bem ou serviço resultante do
processo de produção.
Fatores fixos são aqueles cujas quantidades usadas não variam quando o
volume da produção se modifica. Fatores variáveis são aqueles cujas quantidades
variam quando o volume de produção se modifica. Eficiência produtiva é a uti-
lização do processo de produção mais eficaz tecnologicamente entre os processos
disponíveis com a meta de atingir uma determinada quantidade de produtos
com um mínimo de fatores de produção. Eficiência econômica é um processo
de trabalho que permite a conquista da maior quantidade de produtos com o
menor custo.
Custo de produção
Retrata a soma das despesas da instituição, quer relacionado com o capital fixo,
quer com o capital variável. Custos fixos totais (custos indiretos) equivalem aos
recursos de produção que não alteram em função das mudanças nas quantidades
capítulo 3 • 61
produzidas. Ex.: edifícios, máquinas, equipamentos etc. Custos totais variáveis
(custos diretos) dizem respeito aos recursos variáveis usados no processo produti-
vo. Esses custos consistem da quantidade a ser produzida. Ex.: matérias-primas,
mão de obra, energia etc. Custo total médio é adquirido mediante a divisão do
custo fixo total pela quantidade produzida. Receita da empresa é adquirida por
meio da multiplicação da quantidade de bens e serviços vendidos pelo respectivo
preço de venda. Economia de escala acontece quando a empresa aumenta o méto-
do produtivo e atingem ganhos de produtividade.
O governo influencia na formação dos preços do mercado por meio dos im-
postos, subsídios, critérios de reajuste salarial, política de preços mínimos, tabe-
lamentos e congelamentos. Com relação aos impostos estes podem ser separados
em duas classes essenciais. Os impostos diretos são impostos que têm efeitos sobre
a renda. Ex.: imposto de renda. Os impostos indiretos são impostos que incluem
sobre o consumo ou em cima das vendas. Ex.: IPI, ICMS etc. Os impostos repre-
sentam aumentos nos custos de produção. Quanto mais impostos, maior será o
repasse para os preços.
Incidência tributária é a proporção do imposto pago por fornecedores e con-
sumidores. Num comércio oligopolizado, os empresários têm condições de trans-
ferir para os preços o conjunto dos impostos. As contribuições são arrecadadas nos
três cenários governamentais: federal, estadual e municipal.
Subsídios são ações do governo visando entusiasmar determinadas regiões,
subsidiar certas áreas empresariais e o consumo da população. Podem ser divididos
em subsídios diretos, que acontecem quando o governo interfere diretamente no
comércio, subsidiando determinado produto ou estimulando as exportações. Ex.:
subsídios ao trigo, gasolina por ocasião dos choques do petróleo etc. Já os subsí-
dios indiretos acontecem quando o governo age por meio da população, isentando
de tributos certas funções ou determinados produtos, certas regiões ou setores
industriais em processo de maturação.
Uma política de preços mínimos tem como meta garantir preços aos produ-
tores agrícolas, pretendendo protegê-los das flutuações do mercado. A política
de preços mínimos é publicada antes do plantio, de maneira que os produtores
possam ter garantia mínima de que não terão prejuízos com a safra. Na época
da venda dos produtos, se os preços do mercado estiverem mais altos que os fi-
xados pelo governo, o produto é vendido no mercado. Se os preços do mercado
capítulo 3 • 62
estiverem mais baixos que os do governo, a produção é vendida para o Estado. O
tabelamento é uma prática do governo pretendendo corrigir os desvios do merca-
do, principalmente nas economias denominadas pelos oligopólios.
A intervenção do governo na determinação do preço da mão de obra tem o
alvo de buscar harmonizar os interesses de trabalhadores e empresários, de ma-
neira a garantir a estabilidade social. Caso os salários fossem determinados pelo
mercado, principalmente o salário mínimo, os trabalhadores teriam poder de bar-
ganha nos períodos de crescimento econômico e nenhum poder nas épocas de
recessão. Logo, a ação do governo busca legalizar o mercado de trabalho.
De modo geral, os congelamentos de preços são medidas radicais que só acon-
tecem em épocas especiais, principalmente nos períodos de inflação etc. O conge-
lamento é uma medida tendenciosa, que suspende a remarcação de preços. Como
os preços não aumentam de modo uniforme, no momento do congelamento al-
guns preços podem estar dispostos para cima e outros para baixo. Caso não haja
um ajuste poderá acontecer desabastecimento nas áreas alinhadas para baixo.
Exercícios de microeconomia:
Macroeconomia
capítulo 3 • 63
que se produz em um país, a produção final, que corresponde, por definição,
à demanda final. O PNB potencial, em determinado momento, depende da
quantidade de fatores da produção disponível — trabalho e capital — e da tec-
nologia. Esses três elementos mudam com o tempo, e a teoria do crescimento
analisa sua modificação no longo prazo.
A teoria macroeconômica estuda as causas e as consequências do desem-
prego. Até a publicação, em 1936, de The General Theory of Employment,
Interestand Money (1936; Teoria geral do emprego, do juro e da moeda), de John
Maynard Keynes, a explicação clássica das causas do desemprego dizia que elas
eram determinadas pelas estruturas rígidas do mercado de trabalho, que impe-
diam que os salários baixassem até o nível do “equilíbrio”. Keynes afirmou que
o desemprego pode estar relacionado a uma insuficiente demanda agregada
ao mercado de bens, e não a um desequilíbrio no mercado de trabalho. Essa
insuficiência tem relação com o investimento planejado menor que a reserva
disponível. Também ressalta a importância das variações do nível de produ-
ção e emprego, como movimentos equilibradores que permitiriam igualar o
investimento e a reserva, determinando-se assim o nível de equilíbrio da renda
nacional total e da produção nacional.
A ênfase do keynesianismo na demanda, como determinante chave do nível
de produção a curto prazo, permitiu iniciar o desenvolvimento da contabilidade
nacional e de conceitos, tais como o gasto total em consumo, em formação de
capital (produção de maquinaria, fábricas etc.), em gastos públicos e em exporta-
ções e importações, que constituem os elementos chave que compõem a ‘demanda
final’ agregada à economia. Também permitiu realizar a análise dos determinantes
desses elementos-chave da demanda final, ao desenvolver a teoria da demanda
agregada de consumo e suas relações com os níveis da receita, assim como sua
dependência dos tipos de interesses existentes. Portanto, a teoria monetária é uma
parte essencial da teoria macroeconômica, uma variável monetária cuja função
principal, em um mundo de incertezas, limita-se a equilibrar a oferta e a demanda
de dinheiro, e não a equilibrar o investimento e a poupança planejados. A teoria
monetária também está relacionada com outro elemento-chave da macroecono-
mia: a inflação.
A macroeconomia trata o comércio de bens e serviços em um todo (agregando
produtos agrícolas, industriais, serviços, transportes) assim como o mercado de
trabalho, não se preocupando com as desigualdades de qualificação (sexo, origem
etc.). A abordagem macroeconômica tem a vantagem de autorizar uma melhor
capítulo 3 • 64
compreensão dos acontecimentos mais expressivos da economia, representada as-
sim um essencial instrumento para a política e programação econômica.
Nível de emprego: a questão do emprego/desemprego não causava preocu-
pação aos economistas até 1930. Eles acreditavam que o mercado comandaria
automaticamente ao pleno emprego. A apreensão com o emprego como objeti-
vo de governo surgiu com Keynes, que forneceu a tese para se recuperar o nível
do emprego no longo prazo. Keynes defendeu a necessidade da interferência do
Estado na economia, pela qual o Estado deveria assegurar a demanda agregada e
por meio do gasto público, sustentar o equilíbrio econômico.
Estabilidade dos preços: a procura da estabilidade dos preços se dá por causa
do processo inflacionário que é um crescimento generalizado do preço das mer-
cadorias. A inflação é um fenômeno próprio ao capitalismo e existe em todos os
países, todavia, nas economias em desenvolvimento os aumentos da inflação são
progressivos, em função dos desequilíbrios da economia. Logo, a estabilidade dos
preços é um objetivo do governo, uma vez que a inflação, a começar de determi-
nado patamar, desestabiliza a economia.
Distribuição de renda: é um assunto que está ligado ao perfil da atuação dos
trabalhadores na riqueza social. Nas economias estabelecidas, a participação dos
salários no produto é de cerca de 2/3, ao mesmo tempo em que no Brasil é de
cerca de 1/3. O perfil salarial tem interferência direta nos processos de divisão
da renda. Nas economias de baixos salários, a renda é mais acumulada enquanto
nas economias desenvolvidas a renda é menos concentrada. O progresso econô-
mico pode ser provocado pelo investimento e pela ação governamental. O inves-
timento empresarial expande a produção, o emprego e a renda. O investimen-
to governamental predispõe não só o investimento empresarial como também
incentiva a economia e reverte o estacionamento econômico. Uma política de
incentivo ao capital financeiro, com constância a qualquer custo, leva a econo-
mia à estagnação e ao desemprego. Logo, uma política de incentivo à produção
aumenta o emprego e a renda.
capítulo 3 • 65
associada aos instrumentos de que o governo dispõe para coletar impostos, fisca-
lizar despesas, estimular ou renunciar o consumo, bem como os gastos privados.
A política fiscal aceita o princípio da autoridade segundo o qual a realização de
uma medida fiscal só pode acontecer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação
no congresso.
A política monetária está associada ao estoque monetário do país. Envolve
emissão de moeda, renda e compra de títulos públicos, bem como o reajuste do
sistema bancário. A emissão de moedas é o procedimento pelo qual o governo
pode aumentar ou reduzir a quantidade de moeda na economia, de acordo com
as vantagens de incentivar ou desanimar o consumo. Seguem alguns conceitos:
Reservas compulsórias: mecanismo pelo qual o governo estabelece aos bancos
comerciais a retenção de uma parcela dos depósitos.
Mercado aberto: estrutura desde a compra e venda de títulos públicos.
Redesconto: são empréstimos do banco central aos bancos com dificulda-
des passageiras.
Taxa de juros: ferramenta pelo qual o governo pode estimular ou retardar o
crescimento econômico.
Política cambial e comercial: são políticas focadas para o setor externo da eco-
nomia. A política cambial refere-se à competência do governo de determinar a
taxa de câmbio, por meio do banco central. A taxa de cambio pode ser estabelecida
pelo mercado se assim o governo determinar.
Política comercial: têm como instrumentos os estímulos à exportação, de in-
centivo ou desestímulo às importações, por meio de instrumentos fiscais e crediti-
vos além dos obstáculos tarifários.
A política de rendas está ligada à competência do governo de exercer na
formação e apropriação da riqueza, por meio da fixação dos salários e o monito-
ramento dos preços. No Brasil não existe uma tática para a política de rendas, no
sentido de sua divisão mais justa. As políticas governamentais nesse setor atendem
muito mais os interesses do capital do que do trabalho.
Exercícios de macroeconomia
capítulo 3 • 66
(A) apreciação da moeda nacional.
(B) aumento da taxa de redesconto de liquidez.
(C) instituição de taxa de câmbio fixa.
(D)) diminuição da taxa do depósito compulsório.
(E) venda de títulos públicos no mercado aberto.
d) A interferência do governo, via política fiscal (por exemplo, aumento dos
gastos públicos), retirando recursos do setor privado e diminuindo a participação
dos investimentos privados, denomina-se:
A) efeito-preço total
B) efeito-renda
C) efeito-deslocamento
D) efeito-substituição
E) efeito-marginal
Políticas econômicas:
Política monetária
capítulo 3 • 67
sendo o preço do dinheiro. A lógica da política monetária consiste em monitorar
a oferta de moeda (liquidez) para definir a taxa de juros de referência do mercado.
Nesse sentido, o Banco Central, seja qual for o país, aumenta a taxa de juros (pre-
ço do dinheiro), enxugando (diminuindo) a oferta monetária, e a reduz atuando
de maneira inversa. Cabe realçar que em um sistema econômico, a moeda simbo-
liza os meios de pagamento. Estes, na sua forma mais líquida, podem ser represen-
tados pelo papel-moeda e pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Tanto as
cédulas/moedas metálicas quanto os valores reais nas contas bancárias constituem
os meios de pagamento.
A política monetária, ao fiscalizar os meios de pagamento, tem como objetivo
equilibrar o nível de preços geral da economia. Os governos que necessitam redu-
zir a taxa de inflação diminuem a oferta monetária e aumentam a taxa de juros.
Esse mecanismo monitora o nível de preços. Mas, se as taxas de juros permane-
cerem altas por um período longo, a economia pode deixar de aumentar o cresci-
mento econômico. A lógica da política monetária consiste, então, em fiscalizar a
oferta de moeda (liquidez) para definir a taxa de juros de referência do mercado.
Política fiscal
capítulo 3 • 68
- Impostos indiretos: são tributos que sobrecarregam as transações intermediá-
rias e finais. São incluídos ao processo produtivo e, logo, incidem indiretamente
sobre o contribuinte (consumidor). Ex.: ICMS; ISS; COFINS; PIS.
Orçamento do governo:
O resultado das ações de receitas menos os gastos do setor público constituem
o orçamento do governo. Esse saldo pode ser especificado em três esferas:
- Orçamento equilibrado: acontece quando o total das receitas em valores
monetários de um estipulado período for exatamente igual ao total das despesas
em valores monetários.
- Orçamento superavitário: as receitas ultrapassam os gastos em valores mone-
tários em determinado exercício do governo.
- Orçamento deficitário: as receitas são inferiores as despesas.
capítulo 3 • 69
Política cambial
capítulo 3 • 70
do refinanciamento dos créditos à economia por conta do banco central, no caso
de política monetária restritiva. Dentro desses limites, a duração dessa esterilização
depende da rapidez do ajuste do balanço de pagamentos às alterações da política
monetária. Isso depende de vários parâmetros, principalmente da elasticidade dos
movimentos dos capitais às alterações da taxa de juros. Também depende do grau
de dependência da produção local em relação aos bens negociáveis internacional-
mente, ou seja, do grau de abertura da economia ao exterior.
Com regime cambial flexível, a flexibilidade torna-se maior. Dependendo do
grau de mobilidade de capital, determinante chave as variações da taxa de câmbio
restabelecem, quase automaticamente, o equilíbrio de balanço de pagamentos. A
política monetária é tão mais eficaz e a política fiscal tão menos eficaz quanto mais
forte for a mobilidade de capital. Nesse regime cambial flexível, uma elevação dos
gastos governamentais aumenta a demanda por moeda em relação à oferta mo-
netária e, em consequência, os juros domésticos ficam acima dos internacionais.
Com forte mobilidade de capital, há entrada líquida de capital externo e um supe-
rávit do balanço de pagamentos. Mas a apreciação da moeda nacional deteriora a
competitividade-preço dos produtos nacionais, caindo então a demanda externa.
Esse efeito depressivo limita ou anula o efeito expansionista inicial da política
fiscal. Contrariamente, a política monetária expansiva provoca depreciação e um
efeito estimulante sobre a demanda estrangeira que reforça o estímulo inicial da
política monetária sobre o nível de atividades.
Política Fiscal é o nome dado às ações do governo destinadas a ajustar seus
níveis de gastos, assim monitorando e influenciando a economia de um país. Nos
diversos manuais de Economia, a política fiscal está intimamente ligada à política
monetária, podendo-se afirmar, em termos bastante simplistas, que as duas polí-
ticas econômicas são como irmãs, pois ambas buscam influenciar um aspecto da
economia: a política monetária irá modificar o comportamento da moeda, e a po-
lítica fiscal irá operar frente aos gastos estatais. Todo o governo invariavelmente irá
utilizar as duas políticas sob várias combinações e graduações, num esforço para
orientar as metas econômicas de um país. Basicamente, a forma de articular uma
política fiscal dá-se por meio da efetiva arrecadação de impostos, aplicando seus
recursos da forma mais racional e eficaz possível. Isso equivale a uma interferência
também no setor tributário, modificando as despesas do setor privado. Uma maior
arrecadação de impostos irá influenciar diretamente a disponibilidade de moeda
no mercado, provocando uma redução de recursos que particulares poderão des-
tinar ao consumo e à poupança. Assim, quanto maior a carga de impostos ditada
capítulo 3 • 71
pela política fiscal do governo, haverá menor renda disponível para a população
em geral, inibindo o consumo. Essa é uma das armas disponíveis aos governos
para controlarem a taxa de inflação, pois tem como objetivo atingir a demanda.
Antes da quebra da bolsa de Nova Iorque, ocorrida em 1929, a política econômica
dos governos seguia os ensinamentos da Economia Clássica Liberal, que estipulava
a importância de deixar o mercado encontrar seu caminho, com o mínimo de
intervenção possível no campo econômico.
Gradualmente, a partir da crise de 1929, foi sendo reconhecida a necessida-
de de uma intervenção do governo no âmbito econômico, controlando possíveis
excessos danosos às contas do país. Influenciados especialmente pelos estudos de
John Maynard Keynes, economista britânico, as nações passam a aceitar que os
entes estatais poderiam influenciar os níveis de produtividade macroeconômicos,
aumentando ou diminuindo o número de tributos, bem como o gasto público.
Tal política, por sua vez, controlaria a inflação, aumentaria o emprego e manteria
um valor saudável do dinheiro. Os governos passam então a regular os níveis de
desemprego, inflação, desaceleração na economia, e para exercer esse controle,
contando com uma combinação das políticas monetárias e fiscais que serão utili-
zadas de modo a controlar os fenômenos econômicos. É nesse momento, que além
das políticas econômicas e fiscais, iremos presenciar o nascimento do Welfare State,
um conjunto de políticas econômicas e sociais promovidas pelo governo de modo
a garantir não só a normalidade do setor econômico, mas também o bem-estar da
população em geral.
capítulo 3 • 72
O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes
que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por
leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram.
Aspecto histórico
-1920: foi gerada a Inspetoria Geral dos Bancos, que objetivava monitorar
as instituições financeiras, contudo não se tratava de um órgão que tinha como
compromisso a normatização e a fiscalização do mercado financeiro. Esse controle
passou a acontecer com a criação da Superintendência da Moeda e do Crédito
(Sumoc), em 1945;
-1952: foi formado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (atual
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES);
-1964: ocorreu a chamada reforma bancária, com a finalidade de diversificar
instrumentos e empresas do sistema, dentre outros aspectos. Tal reforma dispôs
sobre a Criação do Conselho Monetário Nacional, a modificação da Sumoc para
Banco Central da República do Brasil (atual Banco Central do Brasil – Bacen), e
a formação original do Sistema Financeiro Nacional;
-Entre 1964 – 1965: foi formado o Sistema Financeiro de Habitação – SFH,
que tinha como principal agente o Banco Nacional de Habitação – BNH (extinto
em 1986 e tendo suas obrigações transferidas para a Caixa Econômica Federal);
-1986: foi encerrada a conta movimento do Banco do Brasil diante o Banco
Central, o que iniciou o processo de mudança de funções do BB ao Bacen;
-1995: foi estabelecido o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema
Financeiro Nacional – Proer;
-1996: foi formado o Comitê de Política Monetária (COPOM), com o objeti-
vo de estudar a situação macroeconômica e estabelecer uma meta de taxa de juros
para os títulos da dívida pública.
capítulo 3 • 73
Subsistema de supervisão:
Subsistema operativo:
Autoridades monetárias:
capítulo 3 • 74
-CMN – Conselho Monetário Nacional: instituição superior do Sistema
Financeiro Nacional. Desempenha a função de órgão regulador e é responsável
pela definição das orientações da política monetária, creditícia e cambial;
-BACEN – Banco Central do Brasil: tem o encargo de cumprir e fazer cum-
prir as normas que conduzem o SFN enviadas pelo CMN. Atua como uma es-
pécie de defensor da moeda nacional, para assegurar o equilíbrio do mercado
financeiro e da economia do país.
Autoridades de apoio:
As Autoridades de Apoio são entidades que podem atuar tanto como organi-
zações financeiras normais, ajudando na execução da política monetária, como na
padronização de um setor específico – como a Comissão de Valores Mobiliários.
As principais Autoridades de apoio no Brasil são:
-CVM – Comissão de Valores Mobiliários: ligada ao governo federal, é um
órgão normativo voltado para o controle e desenvolvimento do mercado de valo-
res mobiliários;
-BB – Banco do Brasil: apesar de ser um banco comercial comum, ainda atua
como agente financeiro do governo federal, sendo o principal responsável dos
serviços bancários de interesse do governo;
-BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: prin-
cipal entidade financeira de fomento do Brasil impulsiona o crescimento econô-
mico, diminui desequilíbrios regionais e é o responsável de gerir o processo de
privatização das empresas estatais;
-CEF – Caixa Econômica Federal: é a entidade financeira que funciona como
ferramenta governamental, pois é caracterizada por tornar operacional políticas do
governo federal para financiamento habitacional e saneamento básico, além de ser
banco de suporte ao trabalhador de baixa renda.
Instituições financeiras:
capítulo 3 • 75
Bancos Comerciais: intermediários financeiros que transmitem recursos dos
agentes superavitários para os deficitários, organização esta que cria moeda por
meio do efeito multiplicador.
Bancos de Desenvolvimento: agentes de financiamento do governo federal,
apoiando empreendimentos e colaborando no crescimento do país.
Cooperativas de Crédito: de modo geral atuam em setores primários da eco-
nomia, possibilitando a comercialização dos produtos rurais; ou atuam nas ins-
tituições oferecendo crédito aos funcionários que colaboram para a manutenção
da mesma.
Bancos de Investimentos: agem na captação de recursos, que são encaminha-
dos a empréstimos e financiamentos.
Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis em que os mem-
bros têm direito à participação nos resultados e tem como principal meta o finan-
ciamento imobiliário.
Agências de Fomento: agem na concessão de financiamento de capital fixo e
capital de giro.
Bancos Cooperativos: bancos comerciais que apareceram a partir de coopera-
tivas de crédito.
Inflação e PIB
capítulo 3 • 76
que o PIB, nacional, por exemplo, aumenta ou diminui. Ao longo do tempo, o
PIB naturalmente pode mostrar a aceleração ou desaceleração da economia como
um todo ou de algumas áreas, requerendo interferências, investimentos ou desin-
vestimentos. Quando utilizado para observar o desenvolvimento econômico no
tempo, o PIB nominal parece pouco vantajoso. Em um ambiente inflacionário, é
natural que o PIB aumente artificialmente. O PIB descontado da inflação, ou PIB
real, é preferível para essa função de análise ao longo do tempo.
O cálculo do PIB é relativamente simples. O PIB estabiliza variáveis interes-
santes tais como consumo privado final, parte do consumo público, investimentos
privados (mas não poupança para investimentos futuros), exportações e importa-
ções (essa última variável com sinal negativo). Contudo, essas variáveis separada-
mente também são amplamente reveladas em cadernos econômicos e observá-las
isoladamente é interessante para a tomada de decisão.
capítulo 3 • 77
pertença a cidadãos da região. Em um exemplo, se alguma coisa é produzida
dentro de um país (entra no cômputo do PIB) por uma instituição estrangeira,
aquela produção não faz parte da avaliação do PNB. Ao contrário, se alguma
coisa é produzida fora de um país (logo, jamais faria parte do cômputo do PIB),
mas por uma entidade nacional, aquela produção faz parte do cômputo do PNB
por ser renda nacional.
Por outro ponto de vista, avaliar a qualidade de vida de uma população
somente por PIB, PNB ou mesmo PIB per capita, não é possível. Um país pode
fornecer muita riqueza e ter essa riqueza mal distribuída entre os fatores de pro-
dução, entre as áreas, e entre os cidadãos, principalmente. Logo, a análise desses
indicadores depende de outros que contribuem para uma análise mais rica e para
a criação de suposições mais significativas.
O indicador de renda pessoal que está à disposição (RPD) mostra qual a par-
cela da renda das pessoas é exercida pelo consumo e qual está livre para poupança
ou para consumo futuro em bens de maior valor. Como um exemplo, em uma
sociedade consumista, é possível aumentar o PIB por meio do estímulo ao consu-
mo de dinheiro (empréstimo) e de outros bens e serviços. Uma suposição de que
o consumo é insustentável poderia ser formada ao estudar o indicador RPD. Uma
população endividada pretende não obter mais dívidas, deverá pagar sua dívida
em algum momento, ou provocará mais inadimplência. De qualquer modo, a
população deve reduzir drasticamente seu consumo em um futuro próximo.
Inflação e deflação
capítulo 3 • 78
ou mesmo diversas configurações socioeconômicas de pessoas, de diferentes clas-
ses sociais, por exemplo, ou de áreas da economia, empresas da construção civil,
por exemplo.
Contudo, preços de produtos e serviços modificam ao longo do tempo por
razões diferentes. Sazonalidade faz com que a oferta de produtos se modifique
ao longo do ano; problemas com o clima podem acarretar problemas a lavouras
ou desabastecimento de outros produtos por erros logístico; acidentes ambientais
podem ocasionar um aumento repentino na procura por água e medicamentos.
Tudo isso pode ocasionar uma inflação no preço de um ou poucos produtos par-
ticulares. A taxa de inflação positiva, como diminuição do poder de compra do
consumidor por unidade de moeda, só acontece de fato se acontecer variação de
preço positiva em uma cesta representativa de bens e serviços, em uma região geo-
gráfica maior (todo o país, por exemplo).
Parece haver acordo que uma pequena e estável taxa de inflação seja conside-
rada positiva para a economia como um todo. Com a inflação, preços inclinam a
crescer. Logo, aqueles que apresentam uma necessidade tendem a consumir bens
e serviços sem aguardar por muito tempo. Nesse caso, a inflação, pequena e es-
perada, mostra-se interessante para a economia e para o Estado. Além de incen-
tivar o consumo, eleva a arrecadação de impostos e diminui a dívida pública. A
diminuição da dívida pública interna, indexada pela moeda nacional, esclarece-se
pela desvalorização da moeda formada pela inflação. O contrário do que acontece
com a deflação. Com uma taxa negativa de inflação, ou com deflação, o valor da
moeda aumenta em relação preço dos bens e serviços livres no mercado. Logo,
aqueles que dispõem uma necessidade tendem a aguardar que os preços caiam,
prorrogando indefinidamente o consumo de necessidades não primárias. Nesse
caso, a deflação mostra-se adversa para a economia e para o Estado. Além de
desestimular o consumo e diminuir a arrecadação de impostos, a dívida pública,
indexada na moeda corrente, torna-se progressiva e pode tornar-se impagável ao
longo do tempo.
Não é somente a dívida pública que pode ser beneficiada pela inflação e afeta-
da pela deflação. A dívida de particulares também sofre as mesmas deformações,
a não ser que exista progresso contínuo da dívida por indicadores de inflação.
Tanto o Estado quanto um indivíduo particular endividado veem suas dívidas em
moeda nacional corrente despencar levemente em um âmbito inflacionário, e de
forma drástica em um mercado hiperinflacionário. Como um exemplo, considere
um aluguel, atualizado somente anualmente por índice qualquer de inflação. O
capítulo 3 • 79
devedor paga uma anuidade dividida em doze parcelas iguais ao longo do ano.
Cada parcela tem valor nominal igual, mas um valor real decrescente por não
serem atualizados pela inflação ao longo do ano. No momento de começar o pró-
ximo ano do aluguel, o valor é atualizado pela inflação do ano anterior. Logo, a
anuidade é atualizada pela referência passada, mas, como o pagamento demora
outros doze meses para acontecer, o valor real da anuidade de novo tombam ao
longo do tempo. O credor, logo, sofre o efeito inverso do devedor na existência
de um mercado inflacionário. Caso o credor tenha emprestado dinheiro para re-
ceber parceladamente, com taxa de juros fixa e não atualizado pela inflação, o
valor nominal a receber é rigorosamente aquele previsto no momento do negócio;
enquanto o valor real é inferior ao nominal, castigado pela inflação. Um ambien-
te hiperinflacionário, por sua vez, faz com que o valor do crédito tombe ainda
mais rapidamente.
Outros indicadores
Mercado
capítulo 3 • 80
há mostruários, gôndolas, balcões, estoques e a venda direta dirigida ao consumo
final. Nesse mesmo mercado temos trabalhadores que concedem sua capacidade
intelectual e força de trabalho (como produtores) para instituições (como consu-
midoras) em troca de salários. Bens financeiros, como direitos e obrigações finan-
ceiras, derivativos, títulos, moedas estrangeiras e outros são trocados no mercado
financeiro, monetário e de câmbio.
Mercado internacional, por seu lado, refere-se ao mesmo mercado de bens
e serviços, contudo com trocas entre diversos países, fazendo utilização de uma
moeda de troca comum (normalmente o dólar americano). Todavia, em qual-
quer dos casos, mercado é uma forma substantiva que se refere a um conjunto
bem conhecido de classes de produtores, consumidores, bens e serviços. Portanto,
mercado de trabalho dá indícios que trabalhadores são produtores, empresas são
consumidoras, a oferta constitui a presença de trabalhadores desempregados bus-
cando um emprego, e a demanda constitui a presença de empresas com posições
ociosas, buscando por profissionais disponíveis. Não se trata de um ambiente físi-
co diferente do mercado financeiro, ou do mercado de bens e serviços. As mesmas
leis e suposições existem em cada um deles, até onde sabemos. Ou melhor, alta
oferta de trabalhadores ociosos e baixa procura por trabalhadores força o preço
(salários) para baixo. Baixa oferta de trabalhadores ociosos e alta procura por tra-
balhadores força o preço (salários) para cima. Alta oferta de dinheiro em bancos
e baixa demanda por dinheiro por pessoas força o preço (juros) para baixo. Baixa
oferta de dinheiro em bancos e alta demanda por dinheiro por pessoas força o
preço (juros) para cima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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capítulo 3 • 82
4
Contabilidade
Contabilidade
Conceitos
capítulo 4 • 84
desempenhar diferentes atividades, como assessor da contabilidade gerencial, li-
mitando-se à avaliação das demonstrações contábeis ou colaborador, operando na
escrituração contábil de uma pessoa jurídica. Igualmente significativo é o papel do
auditor independente. Ele exerce papel primordial para assegurar credibilidade às
informações financeiras de determinada instituição, ao julgar se as demonstrações
contábeis preparadas pela sua administração significam, em todos os aspectos con-
sideráveis, sua posição patrimonial e financeira.
A atividade de auditoria externa é primordial para a proteção dos usuários
das demonstrações contábeis, colaborando para o funcionamento do mercado de
valores mobiliários, à medida que contribuem para o fortalecimento da confiança
nas relações entre as empresas auditadas e os usuários daquelas demonstrações. O
exercício da tarefa de auditor independente nas companhias abertas depende de
um registro na CVM nos termos da Instrução CVM nº 308/99.
A Contabilidade é uma ferramenta que fornece um número muito grande de
informações vantajosas, para a tomada de decisões dentro e fora da instituição.
Com o passar dos anos, as autoridades governamentais começaram a fazer uso da
contabilidade para aumentar a arrecadação e torná-la indispensável para todas as
empresas e pessoas físicas. A contabilidade tem a obrigação de registrar todas as
operações da instituição, as quais, em determinado momento, devem ser tabu-
ladas e quantificadas monetariamente, para que, em seguida, sejam definidos os
respectivos relatórios contábeis que são entregues aos interessados em conhecer a
situação da empresa. Esses interessados, por meio dos relatórios contábeis, recor-
dam os fatos ocorridos, analisam os resultados conquistados, as causas que levaram
àqueles resultados e tomam decisões em relação ao futuro. Logo, a contabilidade é
uma ferramenta retrospectiva para a tomada de decisões futuras. A contabilidade
é, de modo preciso, um sistema de informação e avaliação, indicado a abastecer
seus usuários com demonstrações e estudos de natureza econômica, financeira,
física e de produtividade.
A contabilidade tem como meta o Patrimônio das Entidades econômico-adminis-
trativas, seu objetivo é autorizar o estudo e o controle dos fatos resultantes da adminis-
tração do patrimônio dessas instituições com a finalidade de proporcionar a conquista
de informações econômicas e financeiras a respeito da entidade. A Contabilidade pode
ser analisada de forma geral (para todas as empresas) ou em particular (adotada em cer-
to ramo de atividade ou setor da economia). Desse modo, no estudo da Contabilidade
podemos focar, dentre outros, os seguintes ramos:
capítulo 4 • 85
• Contabilidade Comercial e de Serviços;
• Contabilidade Industrial;
• Contabilidade Bancária;
• Contabilidade Hospitalar;
• Contabilidade Pública;
• Contabilidade Agropecuária;
• Contabilidade Securitária;
• Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo);
• Contabilidade das Pessoas Físicas - Atividade Rural;
• Contabilidade de Autônomos- Livro Caixa.
capítulo 4 • 86
Patrimônio
capítulo 4 • 87
Representação gráfica do patrimônio
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos
PL
capítulo 4 • 88
Ativo – Passivo = PL
Situação Líquida Positiva (PL > 0)
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos PL R$ 9.500,00
Clientes R$ 3.000,00
Note que o PL é maior que zero, ou seja, há uma situação líquida positiva.
capítulo 4 • 89
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos PL R$ (500,00)
Clientes R$ 2.000,00
Note que o PL é menor que zero, ou seja, há uma situação líquida negativa.
Seguindo o mesmo raciocínio patrimonial, é fato que possamos ter uma situa-
ção em que o PL seja nulo, isto é, igual a zero; também denominada de situação
líquida nula, irreal ou ativo igual a passivo.
Tomemos o seguinte caso:
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos PL R$ -
Clientes R$ 3.000,00
capítulo 4 • 90
Note que o PL é igual a zero, ou seja, há uma situação líquida nula.
Contas
1. ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.02 Banco c/Movimento
1.1.1.02.01 Banco X
1.1.1.02.02 Banco Y
1.1.1.03 Aplicação de Liquidez Imediata
1.1.1.04 Cheques em Cobrança
1.1.1.05 Numerários em Trânsito
1.1.2 Realizável a Curto Prazo
1.1.2.01 Duplicatas a Receber
1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.2.03 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos
1.1.2.04 Impostos a Recuperar
1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar
1.1.2.05 Cheques a Receber
capítulo 4 • 91
1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores
1.1.2.07 Adiantamento a Empregados
1.1.3 Estoque
1.1.3.01 Matérias-Primas
1.1.3.02 Material Secundário
1.1.3.03 Produtos em Elaboração
1.1.3.04 Produtos Acabados
1.1.3.05 Mercadorias
1.1.3.06 Material de Expediente
1.1.4 Despesas Antecipadas
1.1.4.01 Seguros a Vencer
1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar
1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.1 Realizável a Longo Prazo
1.2.2 Títulos a Receber
1.2.3 Depósitos Judiciais
1.2.4 Adiantamentos a Sócios
1.2.5 Adiantamentos a Acionistas
1.2.6 Empréstimos a Coligadas
1.2.7 Empréstimos a Controladas
1.2.8 Investimentos
1.2.8.01 Ações de Controladas
1.2.8.02 Ações de Coligadas
1.2.8.03 Ações de Outras Empresas
1.2.9 Imobilizado
1.2.9.01 Edificações
1.2.9.02 Móveis e Utensílios
1.2.9.03 Veículos
1.2.9.04 Ferramentas
1.2.9.05 Máquinas e Equipamentos
1.2.9.06 Reflorestamentos
1.2.9.XX (-) Depreciação Acumulada Edificações
1.2.9.XX (-) Depreciação Acumulada Móveis e Utensílios
1.2.9.XX (-) Exaustão Acumulada Reflorestamentos
1.2.10 Intangível
capítulo 4 • 92
1.2.10.01 Fundo de Comércio Adquirido
1.2.10.02 Marcas e Patentes
1.2.10.03 Benfeitorias em Prédios de terceiros
1.2.10.04 Demais bens incorpóreos
1.2.10.XX (-) Amortização Acumulada
2. PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 Fornecedores
2.1.2 Duplicatas a Pagar
2.1.3 Salários a Pagar
2.1.4 INSS a Recolher
2.1.5 FGTS a Recolher
2.1.6 Provisão p/ 13º Salário
2.1.7 Dividendos a Pagar
2.1.8 Imposto de Renda a Recolher
2.1.9 Contribuição Social a Recolher
2.1.10 Provisão p /Férias
2.1.11 ICMS a Recolher
2.1.12 PIS Receita Bruta a Recolher
2.1.13 Cofins Receita Bruta a Recolher
2.1.14 PIS Importação a Recolher
2.1.15 Cofins Importação a Recolher
2.1.16 Empréstimos Bancários
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1 Adiantamento de Sócios
2.2.2 Adiantamento de Acionistas
2.2.3 Empréstimos de Coligadas
2.2.4 Empréstimos de Controladas
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 Capital Social Subscrito e Integralizado
2.3.1.01 Capital Subscrito
2.3.1.02 (—) Capital a Integralizar
2.3.1.02.01 (—) Sócio 1
2.3.1.02.02 (—) Sócio 2
2.3.2 Reservas de Capital
capítulo 4 • 93
2.3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.3.4 Reservas de Lucros
2.3.4.01 Reserva Legal
2.3.4.02 Reserva de Incentivos Fiscais
2.3.4.03 Reserva Estatutária
2.3.4.04 Reserva para expansão
2.3.4.05 Reserva para contingências
2.3.5 (-) Ações em Tesouraria
2.3.6 (-) Prejuízos Acumulados
2.3.7 Resultado Transitório do Exercício em Curso
3. RECEITAS
3.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Vendas
3.1.1.01 Receita de Vendas de Produtos
3.1.1.02 Receita de Vendas de Mercadorias
3.1.1.03 Receita de Prestação de Serviços
3.1.2 Financeiras
3.1.2.01 Juros Ativos
3.1.2.02 Juros de Aplicações Financeiras
3.1.2.03 Descontos Obtidos
3.1.2.04 Variação Monetária Ativa
3.1.3 Outras Receitas Operacionais
3.1.3.01 Alugueis e Arrendamentos
3.1.3.02 Vendas Acessórias
3.1.3.03 Dividendos e Lucros Recebidos
3.2 Receitas Não-Operacionais
3.2.1 Diversas
3.2.1.01 Lucro na Venda de Bens
3.2.1.02 Lucro na Alienação de Imóveis
3.2.1.03 Lucro na Alienação de Veículos
3.2.1.03 Lucro na Alienação de Móveis e Utensílios
3.2.1.03 Indenizações Recebidas
capítulo 4 • 94
4. DESPESAS
4.1 Despesas Operacionais
4.1.1 Despesas Administrativas
4.1.1.01 Honorários da Diretoria
4.1.1.02 Salários e Ordenados
4.1.1.03 Encargos Sociais
4.1.1.04 Energia Elétrica
4.1.1.05 Material de Expediente
4.1.1.06 Indenizações e Aviso Prévio
4.1.1.07 Manutenção e Reparos
4.1.1.08 Serviços Prestados por Terceiros
4.1.1.09 Seguros
4.1.1.10 Telefone
4.1.1.11 Propaganda e Publicidade
4.1.2 Despesas com Vendas
4.1.2.01 Honorários da Diretoria
4.1.2.02 Salários e Ordenados
4.1.2.03 Encargos Sociais
4.1.2.04 Energia Elétrica
4.1.2.05 Material de Expediente
4.1.2.06 Indenizações e Aviso Prévio
4.1.2.07 Manutenção e Reparos
4.1.2.08 Serviços Prestados por Terceiros
4.1.2.09 Seguros
4.1.2.10 Telefone
4.1.2.11 Propaganda e Publicidade
4.2 Despesas Não Operacionais
4.2.1. Perdas na Alienação de Imóveis
4.2.2 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios
4.2.3 Perdas na Alienação de Veículos
4.2.3 Outras Baixas do Ativo Não Circulante
4.2.4 Provisões para Perdas Permanentes
capítulo 4 • 95
Razonete e balancete
Razonete
PATRIMÔNIO
Débitos Créditos
Sob a ótica contábil, o livro Razão é o mais importante dos livros usados pela
Contabilidade. Por meio dele é possível monitorar, separadamente, o movimento
de todas as contas.
Balancete
É uma relação de contas tiradas do livro Razão (ou de razonetes), com seus
saldos devedores ou credores. Os Balancetes podem ser diferentes uns dos outros
em relação ao número de colunas. Há Balancetes que poderão englobar somente
duas colunas, uma dirigida ao saldo devedor e outra ao saldo credor de cada conta;
diversos poderão apresentar colunas designadas ao movimento de cada conta; aos
acertos realizados para apuração do resultado; aos saldos etc.
SALDO FINAL EM R$
NOME DA CONTA
A DÉBITO A CRÉDITO
Caixa 300,00
Bancos 11.900,00
Móveis 3.200,00
Clientes 300,00
Veículos 10.000,00
capítulo 4 • 96
Mercadorias 1.400,00
Financiamentos 6.500,00
Fornecedores 400,00
CMV 100,00
capítulo 4 • 97
Demonstrações contábeis
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
c) Demonstração do Resultado do Exercício;
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa;
e) Demonstração do Valor Adicionado.
Demonstrações comparativas
A Lei das Sociedades por Ações exige a comparação das demonstrações contá-
beis dos dois exercícios. O grande propósito da comparação é que o estudo de uma
empresa é feito sempre visando o futuro. Por isso, é primordial verificar o progres-
so passado, e não somente a situação de um momento. No caso de acertos serem
reconhecidos retrospectivamente ou de reclassificação de itens nas demonstrações
contábeis, devem ser exibidos, no mínimo, três balanços patrimoniais relativos:
capítulo 4 • 98
c) Ao início do mais antigo período comparativo apresentado, se afetado.
Balanço patrimonial
capítulo 4 • 99
I – a receita bruta das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços, os
abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas,
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a Provisão para
o imposto;
VI – As participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados que não se caracterizem como
despesa; e
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.
capítulo 4 • 100
Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)
capítulo 4 • 101
Demonstração do valor adicionado
Evidenciações
1) Notas explicativas;
2) Quadros suplementares;
3) Informações entre parênteses;
4) Comentários do auditor;
5) Relatório da diretoria e outras evidenciações.
Notas explicativas
capítulo 4 • 102
empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os processos de depre-
ciação, os principais critérios de análise dos elementos patrimoniais etc. A lei rela-
ciona o mínimo dessas notas e estimula à sua ampliação quando for fundamental
para o devido esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
Nesse mínimo incluem-se publicar informações sobre a base de elaboração das de-
monstrações financeiras e das práticas contábeis aplicadas, publicar as informações
necessárias pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam mostradas
em nenhuma outra parte das demonstrações contábeis, relato dos critérios de ava-
liação dos componentes patrimoniais e das práticas contábeis usadas, dos ajustes dos
exercícios anteriores, reavaliações, ônus sobre ativos, detalhamentos das dívidas de
longo prazo, do capital e dos investimentos expressivos em outras empresas, eventos
subsequentes significativos após a data do balanço etc.
As Notas Explicativas simplificam a interpretação das informações contidas
nas Demonstrações Financeiras. Para fins de publicação, elas devem ser exibidas
logo após as Demonstrações Financeiras.
Da mesma forma que o Parecer do Conselho Fiscal, a lei brasileira não obriga
a divulgação do relatório do Comitê de Auditoria. Como a exigência para consti-
tuição desse comitê está esperada apenas para as empresas que têm seus títulos pa-
trimoniais negociados nos Estados Unidos da América e em um número pequeno
de casos por ato de órgão regulados específico (como no caso do Banco Central do
Brasil), a divulgação desse relatório é normalmente facultativa, alcançando apenas
empresas que queiram tornar mais amplo ainda mais o nível de divulgação de in-
formações. Espera-se o seu desenvolvimento em futuro breve, tanto dos Comitês
quanto da publicação de seus relatórios.
capítulo 4 • 103
Parecer dos auditores independentes
Balanço social
capítulo 4 • 104
o meio em que está colocada. Possui quatro vertentes: o Balanço Ambiental, o
Balanço de Recursos Humanos, Demonstração do Valor Adicionado e Benefícios
e Contribuições à Sociedade em geral.
Exercícios de fixação
1- O objeto da Contabilidade é:
a) O Balanço Patrimonial
b) A escrituração
c) O Patrimônio
d) Registrar os fatos administrativos
2- Qual a definição de contabilidade?
3- Quais são os usuários da contabilidade?
4- Quais são as técnicas contábeis
5- Quais são os postulados contábeis
6- Entende-se por obrigação?
7- O que é Balancete?
8- O que é Razonete?
9- Qual o conceito de patrimônio líquido?
10- Classifique os elementos em:
a) Bem
b) Direito
c) Obrigação
d) Ativo
e) Passivo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTILHOS, Volnei Ferreira de. Contabilidade para executivos em saúde. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
FIPECAFI. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade comercial: atualizado conforme Lei nº 11.638/07 e MP nº
449/08. São Paulo: Atlas, 2009.
_______. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. 289 p.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 370 p.
capítulo 4 • 105
NAKAGAWA, Masayuki. Conceitos de contabilidade gerencial aplicados as pequenas e medias.
São Paulo, 1976. 169 p.
PIZZOLATO, Nelio Domingues. Introdução a contabilidade gerencial. 2 ed. São Paulo: Makron
Books, 2000. 222 p.
REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Análise de balanços: textos. São Paulo: Saraiva, 1993.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil: para cursos de contabilidade e concursos em geral.
4.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 475 p.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Saraiva, 2012.
SÁ, Antônio Lopes de Introdução a administração e contabilidade de custos. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1984. 151 p.
capítulo 4 • 106
5
Gestão
Gestão
Gestão de operações
capítulo 5 • 108
fazer a diferença no atendimento. A concorrência está no âmago do sucesso ou
do insucesso das empresas, determinando a adaptação das atividades que podem
colaborar para seu desempenho.
Os sistemas da logística representam a ponte entre a administração e a pro-
dução buscando-se conseguir a diminuição de custos de estoque e elevando a
competitividade. Esse conjunto de atividades progride de maneira rápida fazendo
frente à demanda de conduzir as cadeias de transportes e distribuição que hoje
representam elementos de enorme complexidade. A crescente globalização da eco-
nomia e a necessidade de se procurar novas modalidades de operações logísticas
relacionam-se com a sustentação da competitividade. A disputa relaciona-se com
as condições de livre mercado, de produzir bens e serviços aptos de satisfazer os
mercados internacionais e que ao mesmo tempo permitam a expansão da renda
real de sua população, igualmente como a geração de empregos.
Dentro da cadeia de suprimentos, o custo logístico refere-se à soma do custo
do transporte, do custo de armazenagem e do custo de manutenção de estoque. Se
as despesas gerais de produção são consideradas essenciais para alcançar a excelên-
cia competitiva, os custos logísticos impõem fiscalizações rígidas com análise de
risco e probabilidade, pois o ambiente é fora do território produtivo e do gerencia-
mento. A cadeia de suprimentos (supply chain) é uma importante área dentro da
maioria das empresas de ponta no setor de logística, observadas as características
entre empresa, fornecedores e clientes, tanto com associação a fluxos de produtos,
de informações e movimentos financeiros.
Processos logísticos
capítulo 5 • 109
além das expectativas do cliente devem conhecer as particularidades do negócio e
desse modo contribuir para a realização e melhoria dos processos logísticos.
Os processos logísticos são desmembrados em dois grupos de atividades: pri-
márias e secundárias, e as atividades secundárias são conhecidas igualmente como
atividade de apoio, e empregar essa divisão nos faz compreender que o processo
de auditoria e procura de soluções, em caso de falhas, será mais veloz porque atua
junto ao departamento responsável, não há vantagens, mas sinergia em cooperar
para a excelência do processo logístico.
As atividades conhecidas como primárias fazem parte dos custos e são
essenciais para a conquista de sucesso das tarefas logísticas e sua coordenação.
São conhecidas como tarefas primarias:
- Operação em transportes;
- Manutenção de estoques;
- Processamento de pedidos.
São conhecidas como tarefas secundárias (atividades de apoio):
- Armazenagem;
- Manuseio de materiais;
- Embalagem de proteção;
- Obtenção;
- Programação de produtos;
- Manutenção de informação.
Distribuição
capítulo 5 • 110
distribuidor, este, por sua vez, vende os produtos a um comércio varejista, como
lojas de departamento ou supermercados, por exemplo, e depois aos consumido-
res finais, terminando o ciclo de distribuição.
capítulo 5 • 111
Figura 1 – Processos da Cadeia, Projeto e Rede de Valor
capítulo 5 • 112
maneira, é fundamental considerar as informações, o serviço ao cliente e os pro-
cessos interno desde que se procurem diferenciais de atendimento e satisfação
dada ao cliente. Uma boa gestão e um bom desenvolvimento de administração de
projetos pode trazer, para a organização, uma vantagem competitiva em termos de
serviço, diminuição de custos e rapidez de resposta às necessidades do mercado.
Na estratégia devemos ter a eficiência de planejar, organizar, dirigir e controlar
a empresa, definindo métodos para a administração do tempo e espaço do tra-
balho, pois o que não é medido não é administrado, tendo uma visão de futuro,
estudando o comportamento do mercado, gerando conceitos e caminhos para
a melhoria dos resultados para tentar chegar à liderança e sempre procurando a
excelência. Nesse processo a logística é uma das partes importantes no mundo
globalizado, que visa realizar atividades de controle estratégico para garantir que
os objetivos gerais da organização sejam alcançados.
O conceito de gestão por processos nada mais é do que a relação entre as vá-
rias atividades que são realizadas nas empresas pelos diversos departamentos. Isso
contraria o modo gerencial por departamentos, seções, setores, que é achado nas
organizações. Essa discordância é que tem dificultado o entendimento e a utiliza-
ção real da definição de abordagem por processos. Na verdade, as atividades hoje
esporadicamente são executadas por um único setor ou grupo de pessoas. Há o
envolvimento de várias áreas e até a formação de grupos específicos. Em resumo,
é um procedimento usado para rever, melhorar e padronizar métodos de traba-
lho. Utiliza estratégia ampla, sistemática e estruturada que garante a participação
fixa dos envolvidos, livre do nível hierárquico, possibilitando o comprometimento
com a qualificação do processo de trabalho. As vantagens da administração por
processos incluem:
- Concentra o foco no que de fato interessa: o trabalho:
- Uma ferramenta para realização da estratégia organizacional;
- Confere simplicidade, agilidade às atividades e flexibilidade organizacional;
- Facilita a administração por meios de indicadores de desempenho;
- Instrumentaliza a utilização de abordagens inovadoras;
- Facilita o gerenciamento do conhecimento organizacional e a administração
de competências.
capítulo 5 • 113
A administração de processos viabiliza identificar o conjunto de atividades
capaz de fornecer maior valor ao usuário/cliente que recebe um produto ou
serviço, agrupar e orientar para resultados de várias unidades organizacionais e
alcançar recursos e desenvolver competências para o alcance desses objetivos. A
orientação baseada em processos engloba a preocupação constante com a otimi-
zação, desde integração crescente de tecnologias informacionais na procura de
melhorias refinadas (orientação típica da qualidade) ou de redefinições corajosas
(orientação típica da reengenharia), tendo em vista alcançar ou superar padrões
referenciais de desempenho (benchmarks) na satisfação das partes interessadas.
A visão clara dos processos possibilita identificar eventuais alternativas extraor-
ganizacionais (mediante terceirizações e parcerias), as quais podem divulgar-se
mais vantajosas.
A gestão de processos demanda a concepção e a permanente fiscalização de
um quadro de indicadores de desempenho para a constante avaliação do alcance
das metas estabelecidas de eficácia (efetiva conquista dos resultados), eficiência
(melhor equacionamento entre recursos usados para alcançar os resultados) e
efetividade (real eficácia de os resultados proporcionarem os impactos espera-
dos). Devemos realçar inicialmente, a definição do que é um processo. A defini-
ção habitual refere-se ao ato de transformação que solicita uma entrada (o que
será transformado), o modo que irá transformá-lo e, a saída (resultado da trans-
formação). Dessa maneira, a abordagem por processos deve partir do princípio
de que se espera um resultado eficiente e eficaz das atividades que são levadas. A
definição de processos segundo a norma é de inter-relação ou interação de várias
atividades com o objetivo de transformar matérias-primas (entradas) em produ-
tos (saídas). É entendido que a saída de um processo pode se tornar a entrada de
outro processo e, assim por diante.
A norma ISO 9001 descreve a abordagem de processos como o 4º princípio
de Gestão da Qualidade: um resultado ambicionado é atingido de forma mais
competente se os recursos e as atividades forem geridos como um processo. Com
isso se espera:
- Definir sistematicamente as atividades necessárias para alcançar o resulta-
do desejado;
- Analisar e medir a capacidade das atividades do processo;
- Verificar as interfaces do processo com as atribuições da organização;
- Estudar possíveis riscos, consequências e impactos das funções dos clientes,
fornecedores e outras partes interessadas do processo;
capítulo 5 • 114
- Definir claramente a responsabilidade e a autoridade para controlar o pro-
cesso e suas atividades;
- Verificar os clientes internos e externos, fornecedores e outras partes inte-
ressadas do processo;
- Projetar processos, considerando as suas etapas, atividades, fluxos, medi-
ções para fiscalização, necessidades de treinamento, equipamentos, informação,
materiais e outros recursos, para alcançar o resultado desejado.
Finalmente, a gestão por processos representa um ponto de vista bastante
amplo, em que a procura por ganhos está ligada a um novo modelo de admi-
nistração. Colocar tal modelo em prática precisa uma nova forma de estudar e
estabelecer como será o dia a dia da organização de hoje, amanhã, na semana
que vem, no próximo ano etc.
Gestão de pessoas
capítulo 5 • 115
como um dos marcos, que os colaboradores eram influenciados pelas causas psi-
cológicas e sociais na criação de suas atividades.
A relação humana passou a ser mais reconhecida no cenário de trabalho nas
organizações de maior porte de complexidade. No entanto, como podemos perce-
ber, são essenciais que as organizações estejam atentas às várias situações do dia a
dia dos seus colaboradores, pois os fatores emocionais atingem diretamente no seu
desempenho, podendo levar ao estresse, problemas com os outros colegas, bem
como prejudicar diretamente em graves problemas psicológicos.
Além dos processos da administração científica e das relações humanas, ou-
tro fato significativo na evolução do setor de gestão de pessoas foram as relações
industriais, bem como foram fundamentais para o desenvolvimento das organi-
zações. Nos Estados Unidos, principalmente no período imediatamente posterior
à Segunda Guerra Mundial, verificou-se destacado aumento do poder dos sindi-
catos de trabalhadores. Essa situação definiu transformações significativas na ad-
ministração de pessoal das empresas, cujas atividades se delimitavam às rotinas de
pessoal orientadas pelo foco legal e disciplinar. Em virtude dessa nova ligação de
forças, as empresas passaram a preocupar-se mais com suas condições de trabalho
e a autorização de benefícios aos seus empregados. E também passaram a constatar
a necessidade de negociar com as organizações representativas dos trabalhadores.
Foi neste século que se imaginou três eras organizacionais. A primeira, a era da
industrialização clássica, refere-se ao período depois da Revolução Industrial, até
meados de 1950 e metade do século XX. A cultura organizacional era orientada
para o passado e para a valorização e preservação das tradições. As pessoas eram
consideradas recursos de produção. Nessa época, aparecem os departamentos de
relações industriais e departamentos de pessoal, determinados a fazerem os empre-
gados cumprirem as imposições e normas organizacionais. Os empregados eram
vistos somente como produtores de esforços físicos e musculares onde prevalecia
a mão de obra farta. A segunda, a era neoclássica, é a época entre as décadas de
1950 a 1990, logo após a Segunda Guerra Mundial. A teoria clássica foi trocada
pela teoria neoclássica de gerenciar. O modelo burocrático foi redimensionado
pela teoria estruturalista e a teoria das relações humanas foi trocada pela teoria
comportamental. A terceira era, a era da informação, começou em 1990 até a
atualidade. Foi a era das modificações rápidas e inesperadas. Teve um enorme de-
senvolvimento e passou a exercer influência no comportamento das organizações
em relação às pessoas.
capítulo 5 • 116
As organizações modernas deixaram para trás a época clássica e neoclássica de
administrar, de valorizar as tradições antigas trocando a maneira de pensar, de agir
e de administrar pessoas. Dessa maneira, o departamento de pessoal passa a ser
denominado de departamento de recursos humanos. Podemos verificar que não
foram poucos os acontecimentos do setor de administração desde o início do sé-
culo XX, mas foi a partir dos anos 1960 que iniciou a se falar em administração de
recursos humanos, em virtude do crescimento das organizações e foram surgindo
novas oportunidades de trabalho e as empresas passaram a reconhecer o capital
humano, denominado o processo de administração de recursos humanos.
A Administração de Recursos Humanos constitui no planejamento, na orga-
nização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas aptas de
promover o desempenho eficaz do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização
retrata o meio que autoriza às pessoas que com ela colaboram atingir os objetivos
individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. Podemos com-
preender que a ARH busca alcançar e manter empregados na organização, traba-
lhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva e vantajosa.
Quando se fala em Administração de Recursos Humanos, torna-se parâmetro
a administração das pessoas que participam das organizações e que nelas realizam
definidos papéis. Visto que esse setor é essencial para o sucesso de uma organiza-
ção, pois ele é encarregado pelo abastecimento, aplicação, manutenção, fiscaliza-
ção, desenvolvimento de novos talentos, da administração, orientação, treinamen-
to das pessoas. Isto é, a função abrange todo o processo de gestão, desde a entrada
do funcionário até a sua saída. Esse setor busca por meio de suas ações agregarem
e comprometer os colaboradores com os propósitos organizacionais, visando ad-
quirir maior desempenho e, portanto, melhores resultados para a organização. Na
atualidade, devido às frequentes mudanças econômicas, tecnológicas e sociais, é de
essencial importância que as organizações estejam voltadas para a administração
de recursos humanos e torna-se nítido que o diferencial competitivo das organiza-
ções está nas pessoas nelas colocadas e em seus recursos disponíveis.
Gestão de qualidade
capítulo 5 • 117
a produção em escala e introdução com base na estatística e o aparecimento do
Controle de Qualidade. Na década de 1950 passou-se a ter uma apreensão maior
com a administração de qualidade, e isso reverteu na criação de conceitos, proce-
dimentos e técnicas. Esse ideal ganhou o nome de gestão da qualidade total e foi
o processo em que o estudo do produto perdeu espaço para um sistema de quali-
dade. Portanto, a qualidade passou a ser um compromisso da organização e não
rigorosamente de um só departamento da empresa.
capítulo 5 • 118
Gestão da qualidade total
capítulo 5 • 119
Outra mudança importante acontece no sistema de controle, que deve seduzir a
participação e a criatividade das pessoas. No autocontrole, a responsabilidade por
atitudes e decisões passa a ser tomada de modo conjunto na empresa, e as pessoas
devem dar respostas por meio de participação e responsabilidade.
A Gestão da Qualidade Total é um processo que modifica profundamente
uma empresa e por isso acaba encarando impedimentos, uma vez que põe fim
em regalias e conformismos. Esse processo deve ser visto como um elemento
positivo para o bem comum da empresa e não como um privilégio para deter-
minada parte. Para adquirir uma gestão da qualidade total, uma instituição deve
entender as qualidades de seus produtos para oferecê-los por um preço possível
e entrego nos prazos estabelecidos. É importante ir além das expectativas de
seus clientes entendendo suas dúvidas e questionamentos e oferecendo o que ele
necessita de modo eficiente. A GQT acontece em um cenário ativo em que as
decisões são tomadas de modo descentralizadas e mais próximas aos interessa-
dos. O ambiente criativo estimula a produtividade, as inovações e estimulam a
procura por novas e eficazes soluções.
Gestão de projetos
capítulo 5 • 120
O que são projetos
capítulo 5 • 121
Gestão de projetos
capítulo 5 • 122
Gerenciar significa executar atividades de tarefas que têm como objetivo pla-
nejar e fiscalizar atividades de outras pessoas para alcançar objetivos que não po-
dem ser atingidos caso as pessoas atuem por conta própria.
Algumas atividades ao longo dos anos cooperaram para o desenvolvimento de
padrões internacionais para a gerência de projetos, contudo aqui se menciona duas
que cooperaram com suas definições para o que é a Gestão de Projetos:
O Guia PMBOK – Projetc Management Body of Knowledge, conhecido como
o “Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos” levantado pelo
PMI – Project Management Institute desse modo define o gerenciamento de pro-
jetos: “É o emprego de conhecimentos, habilidades, instrumentos e técnicas em
projetos com a meta de alcançar ou até mesmo ultrapassar as necessidades e expec-
tativas dos clientes e demais partes interessadas do projeto.”
A ISO 10006:1997 – International Standards Organization define a gerência
de projetos como: “É o uso de conhecimentos, habilidades e técnicas na criação de
atividades relacionadas para alcançar um conjunto de metas predefinidas. ”
Portanto, nota-se que para a gestão de projetos são exigidas várias disciplinas
de gerenciamento, bem como a escolha do modelo ideal para gerenciar o projeto
desejado. Cada projeto mostra um conjunto de desafios para os quais são necessá-
rios métodos formais de gerenciamento. Assim, entende-se que, o gestor de proje-
to requer dominar os ambientes da organização, bem como estar atualizado com
o campo de atuação do projeto e ter qualificações em Gestão de Projeto, Gestão
de Negócios e Técnica.
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O mercado de trabalho e o gestor de projetos
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conforme os fatores envolvidos, tais rotinas podem precisar de algumas adapta-
ções. Diversas empresas empreendem esforços para o desenvolvimento de um
instrumento informatizado próprio, e isso é possível, pois após a criação de uma
estratégia para o gerenciamento do projeto pode-se começar a criação de um siste-
ma informatizado para registro das etapas, conceder autoridades e pessoal neces-
sário, comunicação de atividades, controles etc. Porém deve-se compreender que
a organização dependerá de um bom analista de sistemas para prosseguir o desen-
volvimento de um sistema de acordo com as práticas de mercado fundamentais
para alcançar o objetivo. É fundamental que esse analista possua experiência com
gestão de projeto.
O mercado oferece diversos softwares para o gerenciamento de projetos, e
a internet possui um número reduzido de produtos disponíveis para avaliação,
aquisição e outros gratuitos. Mas não segue aqui nenhuma referência como in-
dicação, mesmo porque a dinâmica imprimida pelas modificações é muito veloz,
e qualquer indício de preferência pode tornar-se obsoleto em pouco tempo. A
organização pode escolher um software mais simples ou avançado, conforme a
complexidade e rotinas de seu projeto ou projetos, mas deve-se considerar que
diversas mudanças serão fundamentais para adaptar-se ao software adquirido.
A internet pode ser apontada como ferramenta de suporte à gestão de proje-
tos, pois por meio do material oferecido online as equipes serão bem informadas,
as rotinas e seus prazos serão monitoradas em tempo real, e mesmo o sistema
informatizado para gerenciamento dos projetos estará acessível para os interes-
sados. Isso disponibilizará acesso às informações sem a reciprocidade de local e
instalações físicas da organização. Definiu-se com isso um networking, ou rede de
relacionamento natural de solidariedade e de ajuda mútua de todos aqueles que
estão envolvidos para gestão de um ou diversos projetos.
Apesar disso, deve-se compreender que qualquer sistema informatizado pos-
sibilitará velocidade às informações e registros de fatos fundamentais para as de-
cisões, mas não é garantia de êxito, mesmo porque o sistema depende de alimen-
tação e de atualização contínua. Disso dependerão decisões essenciais, bem como
um acompanhamento por meio de dados verdadeiros. Com isso, verifica-se que
a parte mais importante são as pessoas, sendo que a alimentação do complexo
dependerá de profissionais competentes e destinados para tais tarefas.
O gerenciamento de informações é essencial para o sucesso, e para isso são
essenciais uma boa estrutura e divisão do trabalho!
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A gestão de projetos e o futuro
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de gerência de projeto e por meio da aplicação da técnica e seus instrumentos
virão o sucesso desejado.
Manter-se atualizado por programas de treinamentos, sejam internos à em-
presa ou dados por outras instituições é essencial para se manter à frente em um
mercado competitivo. Vincular-se a uma boa instituição voltada para o setor é
importante para se inteirar de novas técnicas e experiências de outros profissio-
nais, bem como procurar a certificação de um projeto que estiver gerenciando.
Sem dúvida tais atitudes trarão muitos privilégios e reconhecimento para o pro-
fissional e sua carreira.
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