Formas e Cimbramento

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Formas e Cimbramento

Definição - Formas
 As fôrmas são “estruturas
provisórias utilizadas para
moldar o concreto fresco,
resistindo a todas as ações
provenientes das cargas
variáveis resultantes das
pressões do lançamento do
concreto fresco até que o
concreto se torne
autoportante”.
(NBR15696:2009)
Definição - Escoramento
 Escoramentos são
“estruturas provisórias com
capacidade de resistir e
transmitir às bases de apoio
da estrutura todas as ações
provenientes das cargas
permanentes e variáveis
resultantes do lançamento
do concreto fresco sobre as
fôrmas horizontais e
verticais, até que o concreto
se torne autoportante”.
(NBR15696:2009)
Definição - Cimbramento
Cimbramento é o “conjunto de
elementos-suporte que garantem
o apoio consistente,
indeformável, resistente às
intemperes, às cargas de peso
próprio do concreto e das
fôrmas, inclusive às cargas
decorrentes da movimentação
operacional, de modo a garantir
total segurança durante as
operações de concretagem das
unidades estruturais.”
Sistema de Forma

Sistema de fôrma é o
conjunto completo dos
elementos que o compõem,
incluindo: a própria fôrma,
elementos de cimbramento,
de escoramento
remanescente, equipamentos
de transporte, de apoio e de
manutenção, etc.
Representa 40 a 45% do
custo da obra
Funções das Formas
 Garantir a geometria (dimensões e formatos)
 Garantir o posicionamento das peças (junto com o
cimbramento)
 Permite a locação exata no espaço de todas as peças
estruturais
 Manter a conformação do concreto “fresco”
 Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto
aparente, a ser revestido, texturado, etc)
 Possibilitar o posicionamento de outros elementos nas peças
(furos de passagens, inserts, elementos de instalações
hidráulicas e elétricas, espaçadores, a própria armadura)
Funções das Formas

 Proteger o concreto novo (devido a fragilidade do concreto


novo, as fôrmas o protegem contra impactos acidentais
bem como contra variações bruscas da temperatura
ambiente)
 Evitar a fuga de finos (as fôrmas devem ser estanques,
evitando perda de argamassa ou nata de cimento)
 Limitar a perda de água do concreto fresco (mantendo a
quantidade de água necessária para hidratação do
concreto)
Requisitos Básicos para o Desempenho
Adequado do Sistema de Forma
 NBR 14931 e NBR 15696 estabelecem alguns critérios:
Rigidez
Estanqueidade
Durabilidade
Resistência Mecânica a Ruptura
Reatividade Química
Baixa aderência ao concreto
Estabilidade
Baixa absorção a água
Nomenclatura
Tipos de Forma
Tipos de Formas Material Utilização
Convencional Madeira Pequenas obras
particulares e detalhes
específicos
Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e
edifícios altos
Trepantes Madeira, Metálica e Mistas Torres, barragens e silos

Deslizantes Verticais Madeira, Metálicas e Torres e pilares altos de


Mistas grande seção
Deslizantes Horizontais Metálicas Barreiras, defesas e guias
Formas Convencionais de Madeira
 Vantagens
 Utilização de mão-de-obra de treinamento relativamente fácil
(carpinteiro);
 Uso de equipamentos e complementos pouco complexos e
relativamente baratos (serras manuais e mecânicas,
furadeiras, martelos etc.);
 Boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e
armazenagem);
 Material reciclável e possível de ser reutilizado;
 Apresenta características físicas e químicas condizentes com
o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura,
não-tóxica etc.).
Formas Convencionais de Madeira

 Desvantagens
 Pouca durabilidade;
 Pouca resistência nas ligações e emendas;
 Grandes deformações quando submetida a variações
bruscas de umidade;
 Material inflamável.

 Podem ser: madeira serrada ou chapa compensada


Forma de Madeira Serrada
 Geram maior quantidade de resíduos;
 Tem baixa padronização das peças;
 Necessidade de mão de obra para confecção das fôrmas.
 Muito utilizado na execução de escoramentos.
 As peças de madeira serrada no formato de pontaletes,
sarrafos e tábuas não devem possuir defeitos em suas
dimensões, formato, arqueamento, rachaduras, podridão,
fendas.
 Pinho, Cedrinho, Jatobá
Forma Convencional – Chapa Compensada
 Apropriadas para uso em concreto aparente, pois permitem um acabamento
de melhor qualidade;
 Possui maior resistência normal às fibras;
 Menor probabilidade de surgimento de trincas;
 Possível fabricar grandes peças;
 Custo mais elevado;
 As chapas podem ser resinadas ou plastificadas,
 Chapas resinadas: Podem ser reaproveitadas em até 8 vezes sem causar
danos. São mais baratas
 Chapas Plastificadas: Podem ser reaproveitadas em até 18 vezes. Maior
custo e melhor acabamento.
Tipos de Pregos
Formas Metálicas
 Podem ser de aço ou alumínio
 São indicados para a fabricação de elementos de concreto pré-
moldados, pois as fôrmas permanecem fixas durante as fases de
armação, lançamento, adensamento e cura.
 Vantagens:
 Praticidade, rapidez e facilidade (50% de ganho de produtividade);
 Sistema não requer funcionários experientes;
 É modulável e com alta taxa de reaproveitamento;
 Diminui a quantidade de madeira com necessidade de corte em
obra, o que gera diminuição de risco de acidentes, devido a
redução de uso de máquinas de corte.
 Produz menor quantidade de resíduos.
Formas Mistas

 Geralmente são compostas de painéis de madeira com


travamentos e escoramentos metálicos.
 As partes metálicas têm durabilidade quase que infinita (se
bem cuidadas)
 As peças de madeira tem sua durabilidade restrita a uma
obra em particular ou com algum aproveitamento para outras
obras.
Formas em Plástico

 Hoje em dia temos vários tipos de fôrmas plásticas: PVC,


plástico reforçado com fibra de vidro, polipropileno,
poliuretano e até plásticos recicláveis.
 Além de o custo ser abaixo do aço e do alumínio, o plástico
tem baixo peso, facilitando o manuseio e a montagem das
fôrmas.
 Grande desvantagem é que ele tem grande deformabilidade
devido a temperatura e as cargas atuantes, por isso deve –
se ter cuidados especiais em relação a estruturação dos
painéis.
Formas de Papelão

 Utilizado geralmente para pilares de seção redonda,


 Grande vantagem é ser alto estruturado, precisando apenas
de equipamentos para posicionamento e prumo.
 A grande desvantagem desse material é que o seu
reaproveitamento é zero, pois para a desforma é necessário
destruir o molde.
Sistema de Formas Deslizantes
 Foram desenvolvidas com intuito de dar maior agilidade na
execução de grandes extruturas verticais ou horizontais de
seção variável ou constante, por um meio de um sistema de
concretagem initerruptas.
 O sistema é composto basicamente por painéis metálicos ou
de madeira, cavaletes metálicos que fixam a fôrma interna e
externa, equipamentos de içamento (normalmente macacos
hidráulicos) e andaimes para pedreiro e armadores que se
prendem aos cavaletes e são levantados junto com a fôrma,
Sistema de Formas Deslizantes
 O deslizamento das fôrmas é contínuo e regulável entre 3 a 8
metros a cada 24 horas. Essa característica possibilita
concretagens sem interrupção, acelerando o ritmo de
execução das estruturas de concreto e eliminando juntas
frias, o que evita patologias futuras como vazamentos e
infiltrações
 Pode ser executada assim que tenha início o tempo de pega
do concreto, podendo a partir desse momento subir a fôrma
mais 20 ou 30 cm para uma nova concretagem.
 A ausência de desformas propicia uma melhor limpeza no
canteiro de obras e menos geração de resíduos.
Sistemas de Forma Deslizante
 Normalmente esse sistema exige maior consumo de concreto
com alguns aditivos como acelerador de pega, o que tende a
encarecer a solução.
 Em contrapartida, por não utilizar andaimes nem
escoramentos nas paredes, podem gerar grande economia.
“Só nesse ponto, em comparação com as fôrmas tradicionais,
temos uma redução de mão de obra e tempo de execução
em torno de 80%”
Sistema de Forma Trepante

 É indicado para a construção de estruturas de concreto de


alturas elevadas, em que a instalação de andaimes para a
execução da obra é inviável ou onerosa demais. Usualmente
são utilizadas em obras de infraestrutura, como reservatórios
de concreto armado, barragens para hidrelétricas, mastros de
pontes e viadutos, caixas de escada ou elevadores, pilares e
paredes maciças de concreto muito elevadas, estádios e
obras especiais de geometria arrojada.
 O sistema não necessita de concretagens initerruptas, em
ciclos de 24horas, o que reduz os custos com pessoal.
Sistema de Forma Trepante

 É necessário a execução de juntas, que são pontos críticos e


que requerem maior atenção para evitar falhas e possíveis
pontos de infiltração.
 Apesar de nem todos os sistemas serem flexíves a ponto de
permitirem concretagens em faces inclinadas, sejam elas
positivas ou negativas, já existe no mercado alguns sistemas
trepantes com essa versatilidade.
Sistema de Forma Trepante

 Os sistemas de fôrmas trepantes podem ser de madeira ou


metálico.
 São formados basicamente por três partes: o sistema
trepante em si, composto pela mísula, por escoras, por
montantes verticais, por um conjunto de cones e por barras
de ancoragem; a fôrma e os andaimes de trabalho dos
operários.
Escoramento
Escoramento

 Poder ser de madeira ou metálico


 Escoramento de Madeira
 As escoras, também chamadas de pontaletes, são peças de
madeira beneficiadas que são colocadas na vertical para
sustentar os painéis de lajes e de vigas.São muito utilizadas
escoras de eucalipto ou bragatinga
 As escoras deverão ficar apoiadas sobre calços de madeira
assentados sobre terra apiloada ou sobre contrapiso de
concreto, ficando uma pequena folga entre a escora e o calço
para a introdução de cunhas de madeira.
Escoramento

 Escoramento Metálico
 As escoras metálicas utiliza pontaletes tubulares extensíveis
com ajustes a cada 10 cm, com chapas soldadas na base
para servir como calço.
 Podem ter no topo uma chapa soldada ou uma chapa em U
para servir de apoio as peças de madeira (travessão ou
guia).
Cimbramento
 É uma solução mista, ou seja, com a presença de peças de
diferentes materiais, indicada para lajes que possuam muitos
recortes.
 O sistema é composto por perfis que podem ser utilizados como
vigas secundárias ou primárias, posicionando sobre torres de
carga e escoramentos.
 Os perfis podem ser metálicos, alumínio ou em vigas de madeira,
de alturas e resistências variáveis.
 Sobre os perfis são instaladas as chapas de madeira
compensada que servirão de forro para as lajes.
 O sistema traz maior produtividade na montagem da fôrma de
lajes e /ou vigas e por isso é um dos mais utilizados em edifícios
multipavimentos.
Sistema de Forma tipo mesa voadora
 O sistema de mesas voadoras é caracterizado pelo
transporte vertical ou horizontal de estruturas denominadas
mesas, compostas pelos elementos de escoramento e
vigamento ligados à fôrma que dá o molde desejado à laje.
 O conjunto formato permite a desforma e a movimentação
das mesas com o auxílio de gruas para a próxima etapa de
concretagem
 Sistema é preferencialmente aplicável em projetos que
prevêm a execução de grandes lajes planas maciças,
nervuradas ou protendidas.
 Prever repetitividade mínima de 10 a 15 usos para cada
mesa, pois, invariavelmente, sua montagem exige um tempo
relativamente extenso antes do primeiro uso.
 Desvantagens

 A principal é a velocidade do vento na região, pois a


transposição das mesas não pode ser feita sob ventos com
velocidade maior que 42Km/h.
 Necessidade de gruas com capacidade mínima de 2
toneladas e de concretos especiais com cura mais rápida
para a execução, que pode representar um aumento de
preço significativo.
 Desvantagens

 Necessidade de escoramento de 100% da laje seguinte antes


que a mesa “suba” assim como no mínimo 50% das duas
lajes inferiores.
 A ausência de mão de obra qualificada para operar o sistema
no mercado requer uma atenção com o treinamento prévio da
equipe que será responsável pela execução, caso não seja
especializada.
Cimbramento com Torres Metálicas
 É um equipamento de montagem mais complexa que as
escoras, porém apresenta uma capacidade de carga muito
maior.
 É composta por elementos verticais múltiplos, ligados entre si
(por diagonais ou tubos, dependendo do fabricante do
equipamento), formando quadros.
 Este tipo de equipamento é ideal para grandes alturas, pois
seu sistema de montagem não limita o seu alcance como
acontece com as escoras
 Proporciona maior estabilidade, permitindo que os operários
caminhem sobre ele

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