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Resumo
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Mestranda em Letras – Universidade de Marília-SP - UNIMAR; Professora de Língua e Literatura
Portuguesa da ETEC Rodrigues de Abreu, Bauru-SP; e-mail para contato:
michelledevides@gmail.com
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Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP;
Docente do Programa de Pós Graduação em Letras da Universidade de Marília – UNIMAR.
2
3
De acordo com Doca (2011, p.185) este termo foi mencionado por Peter Brooks, professor de
Humanidades e chefe do Departamento de Literatura Comparada, na Universidade de Yale (EUA),
ao se referir à literatura comparada.
4
Segundo Doca (2011, p.189) o Relatório Bernheimer foi publicado em 1995, no livro Comparative
Literature in the age of Multiculturalism, editado por Charles Bernheimer.
3
Angola, a obra escolhida para essa análise é de Ondjaki, sob o título de Ynari: a
menina de cinco tranças, publicada em 2010.
Sendo assim, esse autor resgata por meio de sua literatura as profundas
características de uma cultura, atingindo um grande número de leitores.
4
enrodilhada perante a brisa fria.” (COUTO, 2006, p. 20); por fim, a letra R, “é uma
letra tirada da pedra. É o ‘r’ da rocha.” (COUTO, 2006, p.23).
Ao sentir a força da palavra, a personagem realiza o sonho tão almejado,
mesmo sendo o encontro entre as duas margens da existência – vida e morte
(MACEDO & MAQUÊA, 2007, p. 43).
paz. A força das palavras possibilitou a paz e a união entre povos diferentes,
evidenciando que o discurso pode solucionar conflitos.
Confirma-se na obra de Ondjaki a riqueza de significados que a compõe,
que remetem aos valores de um povo.
A personagem Ynari assume uma função importante na construção da
narrativa, pois é a responsável em levar a palavra adequada a cada povo,
mostrando sua importância. Em cada aldeia que visita, percebe quais são as
necessidades daquele povo e através de um ritual utiliza suas tranças para, que
de forma mágica, a situação se transforme.
O que chama a atenção à personagem é o poder de suas tranças é que ela
vai se apropriando do conhecimento e entendendo o poder das palavras. Durante
a narrativa, são conhecidos dois personagens de muita importância para Ynari,
que causam nela muita curiosidade e respeito. São eles que a ajudam a entender
sua missão. É um casal de idosos, da aldeia do homem pequenino. A anciã –
Velha muito velha – que destruía as palavras e o ancião Velho muito velho que
inventa as palavras. A personagem Ynari foi entendendo a força vital que as
palavras têm. Para Muraro (2010, p. 6 - 7)
Entrelaçando as obras
Alinhavos preliminares
Referências
CASSANO, Maria da Graça. Era uma vez uma menina que nunca vira o mar...
quando a tradição oral se deixa recriar pela palavra escrita. In Revista Científica
Semioses, 8 ed., 2011. Disponível em: <
pl.unisuam.edu.br/semioses/index.php?option=com_content&view>. Acesso em:
13 de janeiro de 2014.
CEVASCO, Maria Elisa. Dez lições sobre estudos culturais. São Paulo:
Boitempo Editorial, 2003.
MURARO, Andrea Cristina. Ynari, à luz dos mínimos. In: Revista eletrônica de
crítica e teoria de literaturas. Porto Alegre – Vol. 06 N. 01 – jan/jun 2010.
Disponível em: < http://seer.ufrgs.br/NauLiteraria/article/viewFile/13410/10330>.
Acesso em: 12 de dezembro de 2013.
ONDJAKI. Ynari: a menina de cinco tranças. Ilustrações: Joana Lira. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 2010.