OCEM Gerais PDF
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CURRICULARES
PARA O ENSINO MÉDIO
Novembro –2015
Copyright © 2015 by Secretaria da Educação do Estado da Bahia
ISBN: 978-85-64531-42-0
CDU:372
Rui Costa
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
João Leão
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
Consultores(as)
Essa é mais uma ação que se insere no Programa Educar para Transformar, que
tem como um dos objetivos assegurar o direito de aprender aos estudantes do Estado da
Bahia. Assim, a Secretaria da Educação investe em políticas educacionais que promovem
o bom desempenho dos nossos educandos.
Um forte abraço,
Osvaldo Barreto
Secretário da Educação
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 9
APRESENTAÇÃO
Para dar conta das intenções que orientaram a sua elaboração, decidiu-se estrutu-
rar o documento em duas partes. Na parte inicial, estão dispostos elementos do contexto
nacional e baiano e os fundamentos teóricos e metodológicos que dão suporte à proposta.
Na segunda parte, apresenta-se uma proposta curricular por área de conhecimento, cons-
tando a descrição das competências e habilidades a serem desenvolvidas e as orientações
metodológicas sustentadas nos princípios da contextualização e da interdisciplinaridade,
visando apoiar as práticas docentes.
mente, aqueles relativos às finalidades que o constituem, com vistas a contribuir para a
promoção do desenvolvimento integral dos(as) estudantes baianos(as).
Essas frentes devem convergir para construir uma nova concepção do Ensino Médio
que, a partir da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, se propõe a promover a forma-
ção humana integral do(a) estudante, preparando-o(a) para o exercício da cidadania, para
o prosseguimento dos estudos e para a inserção no mundo do trabalho, na perspectiva do
respeito às suas diversidades e singularidades, consolidando o que aponta a Resolução Nº
2, de 30 de janeiro de 2012, em que, no seu artigo 4º, define, entre uma de suas finalida-
des, o aprimoramento do(a) estudante como pessoa humana, incluindo a formação ética e
o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
O desafio para viabilizar esse projeto não é pequeno. Os dados sobre o Ensino Médio
no Brasil e na Bahia demonstram o quanto ainda há por fazer para que se garanta o acesso
dos(as) estudantes a essa etapa da Educação Básica, ao mesmo tempo em que se promova
a permanência em uma escola com padrão de qualidade adequado ao desenvolvimento
integral dos(as) estudantes.
No Brasil, segundo dados do Observatório do PNE, plataforma online criada por ini-
ciativa de 20 organizações brasileiras, sob a coordenação do movimento Todos Pela Edu-
cação, que monitora os indicadores referentes a cada uma das 20 metas do Plano Nacional
de Educação (PNE),
[...] cerca de 2,9 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da escola.
Desses, aproximadamente 1,6 milhão são jovens de 15 a 17 anos que deveriam
estar cursando o Ensino Médio. [...]. A recente melhora das taxas de fluxo escolar
no Ensino Fundamental faz aumentar o número de matrículas do Ensino Médio,
12 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
mas o País ainda está longe de alcançar patamares ideais. Altas taxas de evasão
persistem no Ensino Médio. Disponível em:
<http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-medio>. Acesso
em: 27 ago. 2015.
Gráfico 01
Atual (2013)
83,3%
Meta (2016)
100%
Fonte: IBGE/Pnad
Elaboração: Todos pela Educação
Gráfico 02
Atual (2013)
59,5%
Meta (2016)
85%
Fonte: IBGE/Pnad
Elaboração: Todos pela Educação
O mesmo não ocorre quando se refere ao total de estudantes entre 15 a 17 anos matricu-
lados no Ensino Médio. Nesse caso, o Brasil possui 59,5% de estudantes matriculados no
Ensino Médio e a Bahia 45,9%, conforme se observa nos gráficos a seguir, demonstrando
a complexidade e a necessidade do enfrentamento da situação com políticas eficazes.
Gráfico 3
Observatório do PNE
Fonte: IBGE/Pnad
Elaboração: Todos pela Educação
Disponível em: <http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-medio>.
Acesso em: 27 ago. 2015.
Gráfico 4
Observatório do PNE
Fonte: IBGE/Pnad
Elaboração: Todos pela Educação
Disponível em: <http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-medio>.
Acesso em: 27 ago. 2015
14 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
Para avançar nessa perspectiva, é necessário questionar sobre que contexto espe-
cífico se está falando. Essa é uma reflexão importante para que se possa avançar na for-
mulação de orientações curriculares não de forma genérica e para um(a) estudante em
abstrato, mas em orientações que ganhem vida no debate coletivo no interior da escola e
que contribua para a efetivação do desenvolvimento integral dos(as) estudantes.
Tratar sobre o contexto baiano exige privilegiar uma perspectiva em que os aspectos
da pluralidade, da diversidade cultural e territorial passem a ser centrais. A Bahia, que
deve ser pensada a partir dos hábitos, costumes e tradições do seu povo, deve ser perce-
bida, portanto, como imersa numa variedade de aspectos culturais, formadores de uma
identidade singular, de uma memória histórica, na qual os(as) estudantes apoiam suas
experiências pessoais e os conhecimentos que possuem do mundo.
Nesse sentido, é preciso alargar o olhar sobre a Bahia percebendo-a para além de
sua Região Metropolitana, ou de sua capital, Salvador, centro de expressão nacional, can-
tada em prosa e em verso. Assim, tratar do contexto baiano exige considerar a força do
interior, aqui entendido como as regiões que adentram geograficamente a partir do litoral,
revelando outros modos de viver diferentes da capital litorânea. Desse lugar, emergem as
expressões culturais dos sertões, das diversas nações africanas e dos povos indígenas, da
nação grapiúna, da região do São Francisco, dos povos ciganos, quilombolas, das comuni-
dades tradicionais, entre tantas outras, com suas formas de vida autênticas que revelam
a capacidade de seus habitantes de expressarem por meio da literatura, da pintura, da
música, do teatro, da dança, dimensões fundamentais de sua identificação comunitária,
dos modos de viver e produzir, das maneiras de sentir e querer.
1
Fonte: IBGE. SIDRA. Censos Demográficos, 2000 e 2010.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 15
médias cidades com população entre 50 e 100 mil habitantes cresceram 26% a mais que
as cidades de grande porte, revelando mudanças significativas nas densidades demográ-
ficas por municípios e por microrregiões, e demonstrando a força das diversas regiões
do Estado, conforme se pode perceber na Tabela 1, que compara os dados da população
distribuídos pelas cidades da Bahia nos anos de 2000 e 2013.
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16
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ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
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-46° !
-45° -44° -43° -42° -41° -40° -39° -38°
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TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE
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PERNAMBUCO
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Abaré
ESTADO DA BAHIA
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Rodelas
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Chorrochó
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2015
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P Curaçá
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-9° -9°
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Casa Nova
24
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! P Macururé
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ALAG
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Glória P
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OAS
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Paulo Afonso
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Juazeiro
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Remanso
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10
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Canudos
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Pilão Arcado
!
Pedro !
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-10° P
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Jeremoabo Alexandre
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Jaguarari
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P
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Sítio do P
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25
Andorinha
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Quinto Coronel João Sá
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P
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Novo P
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Triunfo
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P
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Monte Santo !
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! Senhor do
!
Euclides da Cunha
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Campo Formoso P Bonfim
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Fátima
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Antônio !
P Cícero Dantas
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Gonçalves P
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Banzaê
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Buritirama P
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! Heliópolis
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Paripiranga
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! Itiúba
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Mansidão P
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! Ribeira do
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Pombal
!
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Nordestina
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Xique-Xique P
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Saúde Ponto Novo
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Mirangaba
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Ourolândia
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Queimadas
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P ! Grande P
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16
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P Central P Caém
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Cipó
04
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! Várzea Nova Jacobina Santaluz Nova!
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! Soure
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! Grosso P
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Uibaí P
! Serrolândia Quixabeira P
! Valente
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P
! Olindina
América P
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Lapão
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Gentio do Ouro !
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Dourada ! Teofilândia
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Miguel Calmon P
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! Retirolândia P
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Várzea do P
! São P
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Gavião P
! Rio Real
Poço !P
01
Domingos P
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P Ibititá
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! Crisópolis
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P Morpará
! Sátiro Dias
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Barrocas P
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Várzea da P
! Biritinga
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Ibipeba ! Nova
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P P
! Aporá !
P P
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P Canarana
! P
! Fátima
Riachão das Neves P
! P
! Capela do Acajutiba
Cafarnaum
18
Piritiba P
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P
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! Mairi Alto Alegre
Riachão do Jacuípe P Ichu
!
Ipupiara Barra do Lamarão !
P Inhambupe !
P
P
! Mendes P
! Barro Alto P
! P
! Candeal !
P P
! Conde !
P
Água Fria Esplanada
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P
! Pintadas P
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P
! Pé de Serra P
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Tapiramutá Mundo Novo Santa Bárbara
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Mulungu do P
! P
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Angical P
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P Morro
! Bonito !
P P
! Ouriçangas Entre Rios
Cotegipe P Brotas de Baixa Grande Santanópolis Cardeal
!
-12° P
! ! Tanquinho P
! -12°
Macaúbas P
! da Silva
11
! P
! Utinga P
! Aramari
!
Luís Eduardo Wanderley P
! Irará
19
Magalhães P
! Souto Soares !
P P
! P
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P
! Muquém do Ipirá Serra Preta Pedrão
Barreiras P
! São Francisco P Macajuba
! P
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P Anguera P
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14
P
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P Ibotirama
! Coração Alagoinhas Araçás Feira de
Iraquara de Maria P
! Santana
P Cristópolis
15
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! P
! Wagner P Teodoro
! Sampaio P
! P
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P
! Ruy Barbosa P
! Conceição Ipecaetá Itanagra
P Catolândia
!
! P
! P Oliveira dos Brejinhos
! do Jacuípe ! P
! Catu P
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Baianópolis
P
P
! Lajedinho !
P Antônio São Gonçalo Terra Nova P Pojuca
!
Cardoso dos Campos
!
São Desidério P
! P
! P
! P
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Rafael Jambeiro P
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! P Amélia Rodrigues
! São Sebastião
P
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!
Seabra
!
P Brejolândia
! 02 Lençóis
Itaberaba Santo Estevão
Cabaceiras do P
! Santo Amaro
do Passé
P
! Mata de São João
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P
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! P Conceição da Feira P
!
Palmeiras Paraguaçu ! P São Francisco
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P
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Ibitiara P
! P Ibiquera
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! P São Félix
P Paratinga
! Castro Cruz das Almas ! P
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P Camaçari
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Tabocas do !P P
! Boa Vista do Tupim Itatim !
P !
Alves Sapeaçu ! P
Brejo Velho Boninal Santa P
! PMadre de Simões Filho
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P Serra Dourada
! Andaraí P
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! P Maragogipe !
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P Itaparica
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P Ibipitanga
! Horizonte P
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26
P
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Costa
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Santana
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Medrado ! Margarida
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Mucugê Vera !
P Freitas
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P
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P
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Nazaré
!
-13° P
! Itaetê P
! Santo Antônio ! P Cruz P
! -13°
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P
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P
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03 Marcionílio P
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! de Jesus Muniz ! P Salvador
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Sítio do Macaúbas Nova Itarana Amargosa P Aratuípe
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P
! Rio do Pires Souza São Miguel Ferreira !
Mato !P
Brejões !
P
Canápolis Piatã das Matas P
!
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P
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! Jaguaripe
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P Laje
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Irajuba
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Planaltino
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! Santa Inês P ! P Mutuípe
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da Lapa !
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Santa Maria
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Correntina ! Botuporã P
! Cravolândia
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P
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da Vitória
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! Valença !
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09 P
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! Presidente
P ! Érico Ibicoara P
! Itaquara Tancredo Neves
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P
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Coribe Lajedo do!
P Itiruçu P Cairu
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Paramirim
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Serra do Ramalho Rio de P
! Tabocal
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! Tanque Novo ! Contas P
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! Taperoá !
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P Jussiape
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! Lafayette Wenceslau Nilo Peçanha
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Livramento de Guimarães !
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Nossa Senhora Ituberá !
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Itamari P
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Contendas !
23 P
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! Gandu
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do Sincorá
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22
Dom Piraí do
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Igaporã Ituaçu !
P Apuarema ! P
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! Basílio Ibiá Norte
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Coribe P
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! Igrapiúna
Matina !
P Jequié
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P
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Jitaúna Camamu
!
-14° -14°
Caetité Lagoa Real P
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! Ibirataia
Tanhaçu
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P
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Aiquara Ipiaú
13 P
!
!
Itagi P
! Ibirapitanga
Manoel Vitorino P
! Barra do Maraú
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Brumado
P
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Cocos Feira da Mata Rocha Ubatã
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! Guanambi
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! Mirante P
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! Palmas de Monte Alto P
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! Itagibá
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Carinhanha P
! Ubaitaba
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Itacaré !
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Caetanos Gongogi
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Ibiassucê
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! Malhada de
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P
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! Boa Nova P
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Pedras
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Malhada P
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P Iuiu
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! da Serra Dário
P Aracatu
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!
Pindaí Meira !
P
Caculé
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Itapitanga
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P
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P
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P
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!
!
Sebastião Guajeru !
P Poções Uruçuca
Laranjeiras !
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Coaraci P
!
!
Licínio de
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P Anagé
!
!
Almeida Presidente P
!
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05
!
P
! Itajuípe !
!
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P
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! Jânio ! Caraíbas
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P
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Maetinga
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Planalto Iguaí P
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Quadros
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P
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Almadina
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P
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P
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Barro Preto
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P
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Ilhéus
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P
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! Santa Cruz
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Condeúba P
! Barra do P
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Firmino da Vitória
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Itapé
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P
! Choça Alves
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P
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20
Piripá P
!
!
-15°
!
Mortugaba P
! Buerarema -15°
!
P
! Tremedal Caatiba
!
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! P Belo
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São José
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da Vitória !
P
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P
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P
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Jussari
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Itaju do Colônia
!
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P
!
08
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Itambé
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Arataca
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P
! Una
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Itapetinga P
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N
!
!
Ribeirão do Largo P
! P Santa Luzia
!
Cândido Sales P
! Pau-Brasil !
P Camacan
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!
P
!
!
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P
! Macarani
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Encruzilhada P
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P
! Mascote
P
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Potiraguá
Maiquinique P
!
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!
!
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Itarantim Canavieiras P
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O
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Belmonte !
P
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Itapebi
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P
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A
-16° !
-16°
!
!
!
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Itagimirim !
P
!
S
!
27
!
Santa Cruz
FONTE: Folhas Topográficas 1:100.000. IBGE, DSG, Sudene e Codevasf, 1965 - 2007; Cabrália !
P
!
Eunápolis
!
P
!
Divisão Político-Administrativa do Estado da Bahia - SEI, Versão - 22 de Maio de 2015.
!
!
Porto Seguro !
P
!
P
Itabela
de acordo com a Lei 12.057 de 11 de janeiro de 2011.
!
Mapa elaborado pela Diretoria de Informações Geoambientais no mês de Junho de 2015. Jucuruçu
!
P
!
!
!
!
!
-17° -17°
Itamaraju P
!
07
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Itanhém
TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE (Nº de Municípios)
!
P
! Vereda
!
P
!
!
Prado
01 - Irecê ( 20 ) 10 - Sertão do São Francisco ( 10 ) 19 - Portal do Sertão ( 17 ) Medeiros Neto P
!
!
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS !
P
!
02 - Velho Chico ( 16 ) 11 - Bacia do Rio Grande ( 14 ) 20 - Vitória da Conquista ( 24 )
!
!
Teixeira de
Freitas Escala: 1:2.250.000
P
! Alcobaça P
!
!
Lajedão
0 22,5 45 67,5 90 km
!
P
!
±
!
Ibirapoã Caravelas P
!
Datum Horizontal: SIRGAS 2000
!
!
Limites !
Nova Viçosa !
P
06 - Baixo Sul ( 15 ) 15 - Bacia do Jacuípe ( 14 ) 24 - Itaparica ( 06 )
!
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!
Interestadual
!
!
!
!
-18° !
!
-18°
07 - Extremo Sul ( 13 ) 16 - Piemonte da Diamantina ( 10 ) 25 - Piemonte Norte do Itapicuru ( 09 )
!
Intermunicipal
!
! Mucuri P
!
!
Território de Identidade
!
ESPÍ RITO
!
Litoral
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SAN TO !
!
!
!
!
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Fonte: PERAFÁN, Mireya E. Valencia e OLIVEIRA, Humberto. Território de Identidade. Coleção Política e Gestão
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!
!
! ! !
!
!
!
!
!
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Uma informação importante quanto à heterogeneidade que marca a Bahia está re-
!
2004 2009*
Territórios de Identidade
R$ milhões % R$ milhões %
ESTADO DA BAHA 79.083 100,00 137.075 100,00
Metropolitana de Salvador 34.304 43,4 55.828 40,7
Recôncavo 6.663 8,4 14.616 10,7
Portão do Sertão 3.608 4,6 8.115 5,9
Extremo Sul 3.851 4,9 6.769 4,9
Litoral Sul 3.852 4,9 6.010 4,4
Oeste Baiano 4.022 5,1 5.841 4,3
Vitória da Conquista 2.299 2,9 4.741 3,5
Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte 2.935 3,7 4.480 3,3
Sertão de São Francisco 1.879 2,4 3.212 2,3
Médio Rio de Contas 1.501 1,9 2.581 1,9
Sertão Produtivo 1.306 1,7 2.320 1,7
Sisal 1.293 1,6 2.279 1,7
Baixo Sul 962 1,2 2.109 1,5
Itaparica 1.451 1,8 1.945 1,4
Chapada Diamantina 960 1,2 1.900 1,4
Irecê 998 1,3 1.643 1,2
Semi-árido Nordeste II 873 1,1 1.636 1,2
Bacia do Rio Corrente 886 1,1 1.557 1,1
Velho Chico 947 1,2 1.520 1,1
Vale do Jiquiriçá 866 1,1 1.488 1,1
Itapetinga 744 0,9 1.399 1,0
Piemonte Norte do Itapicuru 933 1,2 1.366 1,0
Piemonte da Diamantina 521 0,7 1.007 0,7
Bacia do Jacuípe 446 0,6 877 0,6
Bacia do Paramirim 303 0,4 536 0,4
Fonte: SEI/IBGE
Dessa forma, o mosaico que configura o território baiano, demarcado por condições
socioeconômicas heterogêneas que alimentam desigualdades estruturais históricas, bem
como pela diversidade de culturas e fazeres coletivos plurais, deve constituir o chão sob
o qual a organização dos saberes escolares se materializa no currículo. Trata-se, nesse
caso, de entender o currículo e o processo de formação escolar, como um fenômeno antro-
pológico, em que é necessário ampliar a perspectiva sobre a cultura entendendo-a como
consciência do passado, como forma de participação e envolvimento no presente e como
caminho para pensar o futuro.
18 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
É desse lugar cultural, rico e diverso, que deve enraizar o trabalho escolar dando-lhe
sentido e força para garantir uma formação com pertinência social que permita o desen-
volvimento integral dos(as) estudantes. Tais condições implicam diretamente na forma
como essa etapa da Educação Básica deverá promover a integração de conhecimentos
gerais com os processos de trabalho e a sustentabilidade social e ambiental.
Nesse fazer, cabe aos(às) professores(as), assim como a todos(as) os(as) profissio-
nais que atuam na escola, refletir sobre as práticas pedagógicas utilizadas, a fim de que a
escola se constitua em um espaço inclusivo, não racista, não sexista, não homofóbico, pre-
nhe de vivências marcadas pelo reconhecimento das diversidades, e por possibilidades
que permitam o desenvolvimento integral dos(as) estudantes.
Quando se faz referências ao(a) estudante baiano(a), de que sujeitos sociais se está
falando? Qual o seu perfil?
Taxas (Em %)
Ano
Aprovação Reprovação Abandono
2003 68,3 10,8 20,9
2004 69,0 9,9 21,1
2005 68,9 10,2 20,9
2006 (1)
68,9 10,2 20,9
2007 68,7 11,4 19,9
2008 68,0 12,2 19,8
2009 69,7 11,8 18,5
2010 71,9 12,4 15,7
2011 72,6 14,9 12,5
2012 73,6 12,3 14,1
Como se pode observar, o abandono dos(as) estudantes do Ensino Médio vem dimi-
nuindo a cada ano, no entanto, a taxa de reprovação tem aumentado, revelando que o que
vem sendo conquistado por um lado é perdido por outro.
Fonte: Elaboração dos autores com base no Anuário Brasileiro da Educação Básica, 2014
20 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
Além dos dados indicados acima, segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica
(2014), há que se destacar que
[...] os jovens e adultos de 18 a 29 anos têm, em média, quatro anos a mais de
escolaridade entre os mais ricos, em relação aos 25% mais pobres. Há nove
vezes mais jovens de 18 a 24 anos do primeiro quartil de renda matriculados
no Ensino Superior na comparação com os 25% mais pobres. Isso se reflete no
trabalho e na renda: enquanto o salário médio de um cidadão dessa faixa etária
com Ensino Superior completo chega a R$ 2,3 mil, os vencimentos das pessoas
que não completaram o Ensino Médio ficam em R$ 752,00.
Gráfico 5
Gráfico 5
Observatório do PNE
Fonte: IBGE/Pnad
Elaboração: Todos pela Educação
Disponível em: <http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-medio/indicadores>.
Acesso em: 16 ago. 2015.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 21
1ª série 2ª série
Raça/Cor
Nº % Nº %
Amarelo(a) 6.950 6,1 5.557 5,9
Branco(a) 17.304 15,3 13.730 14,6
Indígena 6.398 5,6 4.011 4,3
Pardo(a) 54.346 47,9 47.365 50,5
Preto(a) 24.678 21,8 20.426 21,8
Nulas 1.102 1,0 759 0,8
Brancas 2.625 2,3 1.964 2,1
TOTAL 113.403 100,0 93.812 100,0
Deve-se considerar, ainda, que o percurso escolar regular nessa etapa de conclusão
da Educação Básica conta com muitas variáveis relacionadas às transformações sociais
que estamos vivenciando atualmente. Diferentemente das gerações anteriores, a socieda-
de em seu conjunto convive, hoje, com informações de toda ordem e com práticas sociais
e valores heterogêneos, o que modifica as expectativas dos(as) estudantes em relação às
escolas.
Com relação a essa constatação, quando nos referimos aos(as) estudantes do Ensino
Médio baiano que estudam nas escolas públicas da rede estadual, os dados revelam que
ainda existe um grande contingente desses(as) estudantes que não tem acesso à internet
em suas residências, como se pode ver na Tabela 6. Essa situação demonstra que ainda há
muito por fazer no que se refere a políticas educacionais que favoreçam a inclusão digital
dos(as) estudantes, condição importante para a sua inserção no mundo contemporâneo
marcado pelo desenvolvimento das tecnologias da informação.
22 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
1ª série 2ª série
Exerce ou exerceu atividade remunerada
Nº % Nº %
Sim 26.025 22,9 24.242 25,8
Sim, mas atualmente não estou trabalhando 22.996 20,3 20.070 21,4
Nunca trabalhei 34.199 30,2 25.107 26,8
Nunca trabalhei, mas estou procurando trabalho 25.170 22,2 20.751 22,1
Nulas 2.084 1,8 1.542 1,6
Brancas 2.929 2,6 2.100 2,3
TOTAL 113.403 100,0 93.812 100,0
riculares Nacionais para essa etapa de ensino determinam que ele assegure os direitos
humanos como princípio norteador, desenvolvendo-se uma educação de forma integra-
da, permeando todo o currículo. Com isso, deve-se promover o respeito a esses direitos
e à convivência humana a fim de garantir a visibilidade e o reconhecimento dos direitos
humanos e sociais dos(as) estudantes como cidadãos(ãs) brasileiros(as) para que não se
reforcem ou se promovam formas de exclusão nas escolas.
Uma educação que contemple aspectos tão diversos pressupõe formas de atuação
também diversos, abertas ao diálogo e à participação efetiva da comunidade. Essa pers-
pectiva determina diretrizes básicas, como incluir nas matrizes curriculares a relevância
da participação das diferentes culturas e etnias na formação do povo e da cultura bra-
sileira, conforme determina a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, de 20 de
dezembro de 1996, em seu art. 26. Por essa razão, a oferta do Ensino Médio para povos
indígenas, do campo e quilombolas tem como princípios norteadores a sociodiversidade
e a interculturalidade, a fim de assegurar que aspectos particulares da vivência cotidiana,
das crenças, das línguas maternas e do sentido de territorialidade sejam considerados no
momento em que são determinadas as formas de ensino e aprendizagem. As escolas indí-
genas, em particular, precisam ser estruturadas a partir das especificidades dos diferentes
povos, com ensino bilíngue e/ou multilíngues e seguem regulamentos jurídicos específi-
cos, conforme orienta o Parecer CNE/CEB nº 14 de 14 de setembro de 1999.
Mediante o cenário baiano, que apresenta aspectos bastante diversificados nos âm-
bitos econômicos, socioculturais, ambientais e geográficos, faz-se necessária a inserção
de políticas educacionais que contemplem a diversidade cultural oriunda dos afrodescen-
dentes, que compõem, em sua maioria, a população do estado da Bahia. Nesse sentido,
deve-se implantar ações estruturais que incluam práticas interdisciplinares que potencia-
lizem cotidianamente as práticas pedagógicas.
26 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
As afirmações feitas até aqui são pressupostos essenciais para a garantia do direito
à educação de qualidade. No processo de sua implementação nas escolas, o papel de um
agente educacional ganha destaque e precisa ser reconhecido e valorizado: trata-se do
professor.
entre outras, vão sendo construídos ao longo do tempo e precisam ser respeitados, pois é
dessa síntese, definida pela mediação entre trajetórias pessoais e coletivas, que emergem
as práticas profissionais em contextos institucionais específicos.
Também é, nesse sentido, que o(a) professor(a) poderá dispor, na segunda parte que
compõe estas Orientações, de sugestões de práticas pedagógicas que buscam exemplifi-
car possíveis articulações entre as matrizes de competências e habilidades, formuladas
por área de conhecimento, e as orientações metodológicas construídas com base em uma
perspectiva interdisciplinar.
Assim, em uma escola que busca a formação humana integral dos(as) estudantes
torna-se necessário que a equipe de professores(as) identifique as expectativas e neces-
sidades de desenvolvimento integral dos(as) estudantes nos aspectos físico, intelectual,
emocional, social, cultural etc., articulando oportunidades educativas capazes de atendê-
-las, contando com o apoio destas Orientações Curriculares.
Um exemplo importante das políticas públicas para a Educação Básica, fruto das lu-
tas históricas dos(as) professores(as), foi a aprovação da Resolução nº 2, de 1º de julho de
2015, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continu-
ada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. O capítulo VII, art. 18, da Resolução
citada, ao tratar dos “profissionais do magistério e sua valorização”, afirma que:
§ 3º A valorização do magistério e dos demais profissionais da educação deve
ser entendida como uma dimensão constitutiva e constituinte de sua formação
inicial e continuada, incluindo, entre outros, a garantia de construção, definição
coletiva e aprovação de planos de carreira e salário, com condições que assegurem
jornada de trabalho com dedicação exclusiva ou tempo integral a ser cumprida
em um único estabelecimento de ensino e destinação de 1/3 (um terço) da carga
horária de trabalho a outras atividades pedagógicas inerentes ao exercício do
magistério [...]
A perspectiva que tem sido privilegiada é aquela que remete à necessidade de de-
finir políticas que contribuam para viabilizar um projeto educativo que tome por base o
respeito às diversidades presentes na sociedade, garantindo oportunidades iguais para os
sujeitos sociais de forma justa democrática e equitativa2
2
O termo equidade, de origem latina, relaciona-se com os conceitos de igualdade, direitos e justiça social
e está relacionado ao direito de se possuir diferenças reconhecidas legalmente na sociedade (SPOSATI,
2010).
30 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
Para tanto, as políticas educacionais têm se voltado não apenas para o aspecto da
expansão do atendimento no Ensino Médio, mas também, para a permanência dos(as)
estudantes na escola, o que exige o aperfeiçoamento constante do processo de escolari-
zação e envolve aspectos que vão desde à formação dos(as) professores(as) à elaboração
do projeto pedagógico das escolas; à qualidade do material didático até às condições de
infraestrutura.
Com relação às metas definidas para o Ensino Médio destacamos a Meta 3, que pro-
jeta o seguinte:
b) Desse total, apenas 7.109.582 estão no Ensino Médio, o que equivale a 17,3%
do total das matrículas.
32 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
Para dar conta da meta proposta e melhorar a qualidade do Ensino Médio, o PNE
aponta um conjunto de estratégias, dentre as quais destacamos a seguinte:
3.1. Institucionalizar programa nacional de renovação do Ensino Médio, a fim de
incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas
pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que
organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos
articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia,
cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a
produção de material didático específico, a formação continuada de professores
e a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais. (MEC/SASE,
2014, p. 22)
Para garantir o alcance dessas metas, o “Pacto pela Educação” definiu cinco eixos de
atuação. Cada um dos eixos envolve um conjunto de ações, algumas já consolidadas como
programas ou projetos, e outras buscando inovar com ações voltadas ao alcance dos com-
promissos assumidos, conforme se pode perceber a seguir:
3. Educação Profissional:
• Consolidação e ampliação da oferta da Educação Profissional
• Primeiro estágio e primeiro emprego
• Pró-funcionário
• Formação de técnicos em políticas públicas
• Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)
5. Integração família-escola:
• Envolvimento da família na vida escolar
O esforço empreendido no programa “Educar para Transformar” se articula ao es-
forço nacional para aprimorar os sistemas públicos de ensino no contexto das metas e
estratégias definidas pelo PNE (2014-2024). Esse alinhamento busca promover um salto
qualitativo para a Educação Básica baiana, com destaque para o Ensino Médio, entendido
como um esforço que pode contribuir para promover a equidade e a qualidade da educa-
ção frente às desigualdades ainda presentes no Brasil e na Bahia.
2. PERSPECTIVAS DO CURRÍCULO
Para tratar do currículo no Ensino Médio, estas Orientações tomaram como base
quatro dispositivos legais:
(2) o Parecer CNE/CEB nº 5, de 4 de maio de 2011, que trata das Diretrizes Curri-
culares Nacionais para o Ensino Médio;
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 35
(4) Portaria SEC nº 1.128, de 28 de janeiro de 2010, que estabelece orientações so-
bre a reorganização curricular das escolas da Educação Básica da Rede Pública
Estadual.
Nestas orientações, o currículo é conceituado como “a proposta de ação educativa
constituída pela seleção de conhecimentos construídos pela sociedade, expressando-se
por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos relevantes e per-
tinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos(as) estu-
dantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas
e socioafetivas” (Resolução CNE/CEB nº 2, de 2012, art. 6º). Por esse sentido, a base con-
ceitual se constitui de elementos estruturantes expressos no art. 5º da referida resolução,
da seguinte forma:
Estrutura Curricular
II – Matemática: a) Matemática.
Nos dispositivos legais que esboçam as diretrizes curriculares para a Educação Bási-
ca, especialmente a Lei nº 9.394, de 1996, e a Resolução CNE/CEB nº 2/2012, o currículo
é constituído de uma base nacional comum e de uma parte diversificada indissociáveis.
Esse componente curricular poderá ser conduzido de modo que seja ofertado um
componente diferente entre si em cada unidade letiva, por exemplo: Redação, Cartografia,
Estatística, dentre outros que, preferencialmente, consolidem a habilidade da escrita à
escolha da escola.
Os Princípios Orientadores
As DCN reafirmam o lugar das escolas como uma instituição social que têm
papel destacado na garantia do respeito aos direitos humanos. Essas garantias
estão previstas na Constituição que afirma em seu preâmbulo que o Estado
Democrático Brasileiro deve assegurar o exercício dos direitos sociais e indivi-
duais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e
a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos.
Esse princípio se manifesta para dar conta de uma das finalidades do Ensino
Médio previstas na Lei nº 9.394, de 1996, que consiste na preparação básica
do(a) estudante para a cidadania e para o trabalho. Para esta preparação, o
Projeto Político-Pedagógico de cada unidade escolar deve vincular atividades
integradoras artístico-culturais, tecnológicas e de iniciação científica ao traba-
lho, bem como considerar a articulação entre teoria e prática.
Com esta perspectiva, busca-se uma escola que promova uma formação com base
unitária, facultando a apropriação do conhecimento e desenvolvimento de métodos que
permitam a organização do pensamento e das formas de compreensão das relações so-
ciais e produtivas, que articule trabalho, ciência, tecnologia e cultura na perspectiva da
emancipação humana.
Para se trilhar caminhos distintos para o Ensino Médio, estas dimensões se consti-
tuem como base para:
O estado da Bahia vem ampliando a oferta do Ensino Médio integrado aos cursos
técnicos desde 2010. Contudo, é importante também trilhar os demais caminhos, apro-
fundando a formação em ciência e tecnologia e a formação cultural para que essa etapa
de ensino assuma um sentido importante para adolescentes, jovens e adultos, indepen-
dentemente de suas origens socioeconômicas. Enfim, a implantação das dimensões estru-
turantes, o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura, implica na necessidade de revisar,
seguramente, o Projeto Político-Pedagógico das unidades escolares.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 41
Os Estudos Transversais
Educação Ambiental
A Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, Capítulo I afirma, em seu art. 2º: “A
educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, de-
vendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não formal”.
Muitas são as alterações na sociedade e é possível afirmar que uma delas é a trans-
formação no perfil demográfico da nossa população. Segundo dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2013, vem diminuindo o número de crianças e aumen-
tando o de idosos, o que mostra uma tendência de envelhecimento do país. Segundo compara-
ções feitas em estudos do IBGE, considerando um espaço de 12 anos, a proporção de crianças
de 0 a 9 anos caiu de 18,7% do total de habitantes, em 2001, para 13,9% em 2013. Também
caiu a proporção de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos de idade, ainda na comparação
entre 2001 e 2013: desceu de 15,9% para 13,4% do total dos brasileiros.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 43
Por outro lado, a população com mais de 60 anos, que era de 7,7% em 2000, aumen-
tou para 9,28% em 2010. A projeção é que continue crescendo e alcance 12,46% em 2020
e chegue aos 17,02% em 2030. No ano 2000 havia 16,5 idosos para seis jovens de zero a
14 anos. Em 2010, chegamos a 23,8 idosos para o mesmo número de jovens. As estimati-
vas são de 38,47 idosos em 2020 e 65 em 2030.
Esse é um cenário que precisa ser considerado como temática relevante para a or-
ganização dos currículos das escolas, na medida em que se faz necessário pensar sobre o
idoso numa perspectiva de cultivo de valores como respeito, solidariedade e reconheci-
mento do papel relevante que esses sujeitos representam para a sociedade.
O Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 3 de outubro de 2003), no seu art. 3º, convoca as
escolas a divulgarem informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais
do envelhecimento. Complementando, o capítulo V, no seu art. 22, diz que “nos currícu-
los mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao
processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso de forma a eliminar o
preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria”.
O convívio intergeracional nos traz uma indagação: estamos preparados para esse
convívio? A educação porta meios ou maneiras de construí-lo de forma a contribuir para
um entendimento que favoreça a superação de situações em que se evidencie estereótipos
e/ou de preconceitos com relação aos idosos. Aqui, é preciso trabalhar para que as dife-
renças sejam valorizadas, que as histórias de vida tenham outro significado, transmitidas
e renovadas.
Importante salientar que, bem possivelmente, outros temas com natureza de estu-
dos transversais surgirão nos espaços das unidades escolares como urgentes e necessá-
rios. Cabe à comunidade escolar compreender esta dinâmica de particularidades e orga-
nizar fóruns de discussões junto aos representantes de professores(as), funcionários(as)
e estudantes para que se apresentem as necessidades urgentes e as possíveis formas de
chegar a um maior número de atores sociais envolvidos no processo de transformação lo-
cal. Ampliando esta perspectiva tem-se: educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947,
de junho de 2009, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa
Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica); educação para o trânsito (Lei
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro) e a
educação para as relações de gênero, sexualidade e diversidade (Resolução CEE nº120, de
2013), dentre outros temas da atualidade e de urgência social.
• centros de interesses;
• elaboração de projetos;
• investigação do meio;
• aulas de campo;
• visitas técnicas;
Essas práticas são desafiadoras, pois tentam, por um lado, romper com a clássica
fragmentação do currículo do Ensino Médio e, por outro, demandam uma articulação e
um diálogo permanentes entre os conhecimentos.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 45
Para facilitar esta condição, os objetivos traçados para os componentes eleitos para
essa prática devem ser comuns. Isto traduz um esforço coletivo, pois os(as) estudantes
trabalham juntos(as), para atingir um objetivo comum, ao contrário de trabalharem sozi-
nhos, trocam ideias de modo que o resultado seja fruto de um esforço coletivo.
46 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO
objetivos
comuns
flexibilização articulação
curricular teoria e prática
sentido de
continuidade PRÁTICA resolução de
e não de INTERDISCIPLINAR problemas
ruptura
organização
participação
e realização de
dos estudantes
projetos
O currículo integrado
LINGUAGENS
Língua
ÁREA: CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS HUMANAS
ÁREA: MATEMÁTICA Portuguesa,
NATUREZA:Biologia, Sociologia, Filosofia,
Matemática Língua Estrangeira
Química, Física história, Geografia
moderna, Educação Física,
Arte
Natureza, Sociedade
Linguagem, estruturas e Tecnologia e Letramento e formação
e Técnica: construções e
abstrações matemáticas desenvolvimento sustentável cidadã
desconstruções
Modelagem
Cuidar da Terra é alimenar Relações Sociais e
geométrica no plano e no Interações e Diversidades
vidas Diversidade
espaço
Conhecimentos
Tratamento da Informação e Desenvolvimento Desigual Pesquisa, Tecnologia e
antigos: alicerce das Ciências
Probabiidades das Sociedades Produção científica
Naturais
Planejamento
Seleção do tema
O tema deve estar de acordo com as necessidades da escola. Isto implica na probabi-
lidade de vários temas de projetos de pesquisa num mesmo grupo. Outra questão relevan-
te diz respeito aos conhecimentos escolares que devem ser articulados neste momento,
de modo que os(as) estudantes sejam mobilizados(as) à pesquisa, à curiosidade e aos
desafios sociais.
Problematização
Os(as) estudantes devem, neste momento, expressar suas crenças, ideias, conheci-
mentos sobre o tema escolhido. O(A) professor(a) atento(a) às experiências que eles(as)
trazem e às suas histórias de vida deve respeitar as vivências e os saberes, pois é a partir
deles que a mediação se efetuará.
soas capazes de pensar, refletir e compreender fatos, situações e problemas bem como se
posicionar criticamente.
Socialização
Avaliação
Etapa de síntese e consiste no fechamento do projeto. Ela deve ser prevista e prepa-
rada desde o planejamento e continua ao longo do desenvolvimento.
Nessa etapa, deverão ser realizadas atividades que reúnam, organizem e esquema-
tizem os resultados da pesquisa e, em seguida, validados por todos que se dedicaram ao
trabalho.
Ambas devem ser realizadas com a participação da comunidade escolar e seus resul-
tados deverão subsidiar os processos de planejamento, intervenções, possíveis inovações
com o fim da melhoria dos processos pedagógicos desenvolvidos pela unidade escolar e
pela Secretaria da Educação. (REGIMENTO ESCOLAR, 2011, arts. 41 e 44).
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 51
Krug (2001) ressalta que, quando a comunidade escolar assume esta proposta de
avaliação a partir do autoconhecimento, todos se comprometem com o que pretendem
transformar, ao tempo em que, através da criticidade permanente, participam, colaboram
e decidem sobre a construção da sociedade num processo de ampla autonomia.
Avaliação Externa
Tal qual o Enem, essas avaliações tentam aproximar uma percepção mais fiel do sis-
tema na perspectiva do direito dos(as) estudantes e, por esta razão, as escolas devem
manter-se alinhadas com essas propostas ao pensarem seus Projetos Políticos Pedagógi-
cos – PPP.
Avaliação Interna
Hoffmann (2003) ressalta que essa avaliação, ao tempo em que é cotidiana e intui-
tiva, é, também, sistematizada em momentos pontuais. Por ser sistematizada, alerta que
é preciso atentar para o risco de ela ser utilizada como mecanismo de punição ou recom-
pensa aos(às) estudantes uma vez que, nesta sistematização, são atribuídas notas.
De acordo com esta concepção, o Regimento Escolar Comum (2011, art. 48) propõe
uma avaliação da aprendizagem pautada nas seguintes ações:
identifica aquisição
em que que deve se
de conhecimento
que busca preponderam desenvolver de
e dificuldades de
investigar as avaliações forma participativa
aprendizagem
os avanços e realizadas no e democrática
permitindo a
dificuldades de processo de por meio das
adoção de medidas
aprendizagem. contrução do manifestações dos
corretivas no
conhecimento. agentes envolvidos.
percurso escolar.
Esse momento, por um lado, demarca uma oportunidade para que os(as) estudantes
demonstrem seus avanços e, por outro, aponta situações que merecem revisão para, com
isso, reorientar a prática pedagógica com vistas a garantir melhor aproveitamento.
Ou seja, nas três séries do Ensino Médio o(a) professor(a) precisa estar atento à
evolução dos(as) estudantes quanto às habilidades e competências necessárias para pros-
seguir em direção à próxima etapa prevalecendo, para promoção, o alcance das competên-
cias definidas para cada série estudada, cujos resultados serão expressos através de notas.
Trata-se de “um momento avaliativo que se configura como uma estratégia de recu-
peração processual da aprendizagem devendo ser planejada em todas as unidades didáti-
cas, com foco nas aprendizagens que não foram consolidadas, refletido no aproveitamento
escolar adquirido na avaliação parcial em um ou mais componentes curriculares”. (POR-
TARIA SEC nº 1.882, de 2013, art. 5º).
No final da unidade didática, caso o(a) professor(a) perceba que permanecem lacu-
nas no desenvolvimento de habilidades e competências e identifique aprendizagens ainda
não consolidadas pelos(as) estudantes deverão ser planejados novos estudos de recupe-
ração dessas aprendizagens na próxima unidade.
3. CONTEÚDOS REFERENCIAIS
ÁREA: LINGUAGENS
LÍNGUA PORTUGUESA
A língua portuguesa e as práticas discursivas – a linguagem; socialização e enun-
ciação (linguagem, língua e fala, escrita e oralidade, conversação); o processo de comuni-
cação e seus elementos; os gêneros e tipos textuais no cotidiano: entrevista, carta do leitor
etc.; funções da linguagem; os tipos de discurso. A prática de leitura e a construção de
sentidos: atribuição de sentido nos textos de diversos gêneros; textualidade, situcionali-
dade, intencionalidade, aceitabilidade e intertextualidade; estratégias de leitura: inferên-
cia, localização de informações, antecipação, pressuposição etc.; reconhecimento dos gê-
neros e tipos textuais na leitura; a sonoridade das palavras; aspectos formais, discursivos,
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO 57
LÍNGUA ESPANHOLA
LÍNGUA INGLESA
ARTE
Música: Arte Oriental. Arte Africana, Arte Medieval. Renascimento, Rap. Tecno, Bar-
roco. Classicismo, Romantismo. Vanguardas Artísticas, Música Eletrônica. Música Mini-
malista, Música Popular Brasileira. Arte Indígena, Indústria Cultural. Word Music, Sam-
ba. Artes visuais: Arte Rupestre, Arte no Antigo Egito. Arte: Greco-Romana, Arte Oriental.
Africana, Medieval. Bizantina, Românica. Gótica, Renascimento. Barroco, Neoclassicismo.
Romantismo, Realismo. Impressionismo, Abstracionismo. Dadaísmo, Construtivismo.
Surrealismo, Op-art. Pop-art, Vanguardas Artísticas. Arte Indígena, Arte Brasileira. Arte
baiana, Indústria Cultural. Arte Contemporânea e Grafite. Teatro: Mimodramas, Comédia
dell’arte; Espetáculos de Music Hall e Vaudeville. Comédia de Nonsense. Teatro Dialético.
Teatro do Oprimido. Teatro Pobre, Teatro Essencial. Teatro do Absurdo. Arte Engajada.
Arte Popular. Arte Indígena. Arte Brasileira. Teatro baiano. Indústria Cultural. Dança: Arte
Oriental, Dança Africana. Dança Popular. Dança Indígena. Dança de rua. Indústria Cultural.
Dança Clássica. Dança Moderna. Dança Contemporânea. Hip Hop. Danças locais: Samba.
Capoeira e Maculelê.
EDUCAÇÃO FÍSICA
ÁREA: MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
BIOLOGIA
QUÍMICA
dades da matéria. Número de oxidação. Substâncias inorgânicas: ácidos, bases, sais e óxi-
dos; conceitos, características, classificação, nomenclatura e reconhecimento das princi-
pais substâncias inorgânicas no cotidiano. Reações químicas: leis das reações químicas,
tipos de reação. Balanceamento das equações químicas. Cálculos químicos: massa atômi-
ca, molecular e molar; quantidade de matéria e Constante de Avogadro. Cálculo estequio-
métrico. Comportamento físico dos gases: transformações envolvendo massa fixa de gás,
lei do Gás Ideal, misturas gasosas, densidade dos gases, difusão e efusão dos gases, teoria
cinética dos gases. Soluções: classificação, solubilidade, expressões de concentrações, re-
lação entre os diversos tipos de concentração, diluição e mistura de soluções. Proprieda-
des coligativas: características e aplicações da Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Os-
moscopia. Termoquímica: calor e fenômenos da matéria, calorimetria, entalpia, equação
termoquímica, Lei de Hess, energia de ligação e entropia. Cinética química: energia de ati-
vação, teoria das colisões, velocidade de reação, fatores que influenciam a velocidade da
reação, relação entre a velocidade de reação e os fatores ambientais. Equilíbrios químicos:
processos reversíveis e irreversíveis, caracterização do sistema, fatores que interferem
no equilíbrio, Princípio de Le Châtelier, aspectos quantitativos e constante de equilíbrio;
equilíbrio iônico da água; constante de equilíbrio de solubilidade. Química orgânica: im-
portância dos compostos de carbono. Estudo do carbono. Identificação e classificação das
cadeias carbônicas. Estudo dos Hidrocarbonetos: classificação, nomenclatura e principais
aplicações dos compostos de uso cotidiano. Petróleo, meio ambiente e sociedade. Funções
orgânicas: identificação, caracterização e nomenclatura e principais aplicações dos com-
postos de uso cotidiano. Compostos multifuncionais. Isomeria. Reações orgânicas: reações
de adição, eliminação e substituição. Polímeros e sociedade. Eletroquímica: oxi-redução,
potencial eletroquímico, pilhas, baterias, eletrólise. Radioatividade: leis da radioatividade,
decaimento radioativo, fissão e fusão nuclear, aplicações da Radiotividade.
FÍSICA
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
REFERÊNCIAS
DIMENSTEIM, Gilberto; ALVES, Rubem. Fomos maus alunos. 8 ed. Campinas, SP:
Papirus, 2007.
SANTOS, Milton et al. Território e sociedade: entrevista com Milton Santos. São Paulo:
Editora Fundação Perseu Abramo, 2000.
SPOSATI, A. Equidade, In: OLIVEIRA, D.A.; DUARTE, A.M.C.; VIEIRA, L.M.F. Dicionário:
trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação,
2010. CDROM. Disponível em: <http://www.gestrado.org/pdf/270.pdf>. Acesso em: 15
mar. 2014.
TODOS PELA EDUCAÇÃO. Anuário Brasileiro da Educação Básica. São Paulo: Ed.
Moderna, 2014.
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ANEXO