O documento discute os conceitos de substrato, superestrato e adstrato no contexto da influência de línguas em outras. Explica que substrato refere-se à língua nativa substituída, superestrato à língua do povo conquistador e adstrato a qualquer língua que conviveu em igualdade. Aplica esses conceitos para analisar as influências no português, destacando substratos ibérico, celta e grego, superestrato germânico e importante adstrato árabe e provençal.
O documento discute os conceitos de substrato, superestrato e adstrato no contexto da influência de línguas em outras. Explica que substrato refere-se à língua nativa substituída, superestrato à língua do povo conquistador e adstrato a qualquer língua que conviveu em igualdade. Aplica esses conceitos para analisar as influências no português, destacando substratos ibérico, celta e grego, superestrato germânico e importante adstrato árabe e provençal.
O documento discute os conceitos de substrato, superestrato e adstrato no contexto da influência de línguas em outras. Explica que substrato refere-se à língua nativa substituída, superestrato à língua do povo conquistador e adstrato a qualquer língua que conviveu em igualdade. Aplica esses conceitos para analisar as influências no português, destacando substratos ibérico, celta e grego, superestrato germânico e importante adstrato árabe e provençal.
O documento discute os conceitos de substrato, superestrato e adstrato no contexto da influência de línguas em outras. Explica que substrato refere-se à língua nativa substituída, superestrato à língua do povo conquistador e adstrato a qualquer língua que conviveu em igualdade. Aplica esses conceitos para analisar as influências no português, destacando substratos ibérico, celta e grego, superestrato germânico e importante adstrato árabe e provençal.
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SUBSTRATO, SUPERESTRATO, ADSTRATO
Profa. Marli Quadros Leite
Substrato Nome que se dá à língua de um povo, abandonada em proveito de outra língua que a ela se impõe, geralmente como consequência de uma conquista política. (CAMARA Jr.) Toda influência que a língua desaparecida imprime no idioma sobrevivente. (CUNHA, C.; CARDOSO, W.) Língua que existia numa certa região, mesmo que não tenha influenciado a língua posterior. (MARTINET, A.) Língua antiga e, eventualmente, desaparecida que deixou vestígios na língua que chegou e predominou. (MARTINET, A.) Superestrato Nome que se dá à língua de um povo conquistador, que a abandona para adotar a língua do povo vencido. (CAMARA Jr.) Influência de outras línguas sobre a primitiva, que todavia se mantém. (CUNHA, C.; CARDOSO, W.) Conjunto de elementos linguísticos trazidos por uma língua vinda do exterior que coexistiu algum tempo com a língua local. (MARTINET, A.) Adstrato Toda língua que vigora ao lado de outra (bilinguismo), num território dado, e que nela interfere como manancial permanente de empréstimos. (CAMARA Jr.) Língua que conviveu ou convive em pé de igualdade com a língua local. (MARTINET, A.) Em outras palavras... 1) Substrato – língua nativa desaparecida de um povo dominado, que adotou a língua do dominador. 2) Superstrato – língua nativa de um povo dominador, desaparecida, em virtude de este povo ter adotado a língua do povo dominado 3) Adstrato – qualquer língua que conviveu ou convive em igualdade de condições (bilinguismo) com outra língua. Substrato do português 1) Ibérico – barro, baía, bezerro, balsa, cama, esquerdo, garra, manto e sapo. 2) Celta – bico, cabana, caminho, camisa, carro, cerveja, gato, gordo, lança, légua, peça e touca, menir, dólmen, druida e bardo. 3) Fenício e púnico – barca (fenícia); mapa, mata e saco (púnica). 4) Grego elas: bolsa, cara, corda, calma, caixa, ermo, governar, golfo e órfão (anteriores à conquista romana). Superestrato Palavras de origem germânica, introduzidas pelos visigodos, suevos e vândalos. São mais ligadas à vida militar e aos costumes próprios dos germanos, tais como guerra e saque. Outras são: acha, arauto, arreio, agasalho, albergue, anca, aspa, barão, banco, banho, branco, brasa, brandir, dardo, esgrimir, espiar, elmo, espeto, estaca, estribo, espora, estampar, escarnecer, feudo, fato, feltro, fralda, fresco, ganso, garbo, guarda, grupo, galardão, guia, lata, lasca, liso, marco, morno, rico, roupa, roubar, saga, sopa, tirar, trégua, norte, sul, leste, oeste. Adstrato Influência árabes: As palavras de origem árabe são fáceis de reconhecer pela presença do artigo invariável al, quer inalterado ou reduzido a a, quando antes de x, z, c e d: arroz, azeite, açougue e aduana. Outras: nomes- álcali, alarde, alarido, alcunha, algazarra, álgebra, azulejo, alvará, almofada, alcatéia, azeviche, azar, cáfila, javali, cifra e zero; os adjetivos garrido, forro, mesquinho e baldio; uns poucos verbos, como alcatifar; e a interjeição oxalá (proveniente do árabe “in sha Allah”). Adstrato Provençal ou occitânico –a influência do provençal ou, modernamente, occitânico (“langue d'Oc”), concentrando-se, basicamente, em vocábulos relacionados com a vida nas cortes, tais como: alba, balada, bedel, coxim, cadafalso, estandarte, homenagem, jogral, justa, paliçada, refrão, sirventês, trova, truão, tropel, vassalo e vianda. Além dessas, há algumas palavras de uso mais geral: alegre, anel, artilharia, salitre,rouxinol e viagem. Conclusão No português, a influência do: substrato e do superestrato resumem-se ao léxico; adstrato é a mais importante pois todas as línguas que conviveram com o português (o árabe, em Portugal e a língua geral e o semicrioulo no Brasil) penetraram bastante no nosso léxico, e esse último modificou características do português, principalmente muito mais intensa, principalmente nas populações de menos escolaridade e instrução. Referências CÂMARA JÚNIOR, J. Mattoso. Dicionário de linguística e gramática. 10ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. p. 42, 227-228 e 230. CARDOSO, Wilton e CUNHA, Celso F. da. Estilística e gramática histórica; português através de textos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1918. p. 133-148 e 238-250. GARCIA, Afrânio da Silva. O português do Brasil: questões de substrato, superstrato e adstrato. Soletras, Ano II, nº 04. São Gonçalo : UERJ, jul./dez. 2002. SILVA NETO, Serafim da. Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Presença, 1977. p. 18- 209.