Regulamento Águas de Gaia
Regulamento Águas de Gaia
Regulamento Águas de Gaia
1.º vogal efectivo — João Manuel Martins Ascensão, Director De- respeita a descargas de efluentes industriais que não estavam regulamen-
legado; tadas. Estas normas visam garantir, que este tipo de efluentes não pro-
2.º vogal efectivo — Francisco José Norberto Dias, Chefe de Divisão voquem um impacto negativo no meio ambiente, pretendendo também
Comercial e Financeira; salvaguardar a saúde e qualidade de vida das pessoas que trabalham nos
1.º vogal suplente — Luisa Margarida Gonçalves dos Santos, Chefe sistemas de drenagem, elevatórios ou de tratamento, contribuindo ainda
de Divisão de Contabilidade e Administrativa; para a durabilidade e condições hidráulico sanitárias de escoamento e
2.º vogal suplente — Horácio Luís Marques Brás, Chefe de Divisão de tratamento. A garantia da qualidade dos efluentes, tendo em conta o
de Produção e exploração; O Presidente do Júri será substituído, nas destino a dar às lamas produzidas, preservando desta forma os meios
suas faltas e impedimentos, pelo 1.º Vogal Efectivo. receptores e os ecossistemas existentes, é o objectivo principal que, até
30 de Junho de 2009. — O Presidente do Conselho de Administração, à presente data, ainda se encontrava por regulamentar.
Vitor Manuel Fazenda dos Santos. O Regulamento que ora se pretende aprovar, visa ainda estabelecer
301986001 regulamentação para que se cumpram directrizes da política ambien-
tal que tem vindo a ser amplamente desenvolvida e implementada no
sentido de obter uma óptima qualidade das ribeiras e demais linhas de
água, bem como da orla marítima, o que aliás tem sido comprovado pela
atribuição sucessiva do galardão da bandeira azul às zonas balneares
ÁGUAS DE GAIA, E. M. da orla marítima do Concelho de Vila Nova de Gaia. Política esta que
tem que ser necessariamente conjugada de uma forma efectiva e capaz,
Regulamento n.º 284/2009 com a regulamentação da recolha e tratamento das águas residuais em
especial das águas residuais industriais.
Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento Procurou-se também sanar dúvidas interpretativas que se foram sus-
de Água e de Drenagem e Tratamento citando na vigência do Regulamento anterior, pelo que se procurou a
de Águas Residuais do Município de Vila Nova de Gaia clarificação e precisão dos conceitos naquele insertos, de forma a superar
quaisquer dúvidas interpretativas.
Torna-se público que o Conselho de Administração de Águas de
No mesmo sentido definiu-se, de uma forma mais clara, quais os de-
Gaia, EEM, em sua reunião de 28 de Março de 2008 deliberou aprovar
veres e direitos do Consumidor bem como desta Empresa Municipal.
o Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento de
Simplificou-se também o regime dos escalões dos tarifários, pas-
Água e de Drenagem de Águas Residuais do Município de Vila Nova
de Gaia. sando a existir apenas duas categorias genéricas — a categoria dos
O Regulamento foi aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova usos Domésticos e a categoria de Comércio e Industria que abarca os
de Gaia na sessão realizada em 19 de Fevereiro de 2009. demais usos.
Torna-se ainda público que o Regulamento entra em vigor 15 dias Clarificou-se o facto de o Contrato de Fornecimento de Água, salvo
após a sua publicação no Diário da República. os casos excepcionais devidamente identificados, abranger sempre o
serviço de drenagem e tratamento de águas residuais.
1 de Julho de 2009. — O Presidente do Conselho de Administração, De forma a sanar várias dúvidas que se têm suscitado, clarificou-se
José Miranda de Sousa Maciel. sobre que sujeito impende a responsabilidade de requerer a ligação aos
sistemas de abastecimento de água e de recolha e tratamento de águas
residuais, bem como a responsabilidade pelo pagamento das respectivas
Nota justificativa ligações, independentemente de quem é responsável pelo pagamento
dos serviços de fornecimento de água e de recolha e tratamento de
A Empresa Municipal Águas de Gaia, EM foi criada em 1999, por
águas residuais.
decisão da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, tendo inicialmente
como objecto o abastecimento de água e a recolha de águas residuais Definiu-se, em que situações pode ser requerido um contador avulso
no município de Vila Nova de Gaia, actualmente com cerca de 307 ou temporário, identificando-se os precisos termos e prazo em que se
mil habitantes distribuídos por um território com 168,7 km2. Com o processa essa requisição.
decorrer do tempo o seu objecto foi sendo sucessivamente alargado Outro aspecto fundamental, cuja regulamentação igualmente se impôs,
e, presentemente, engloba também a limpeza e desobstrução de linhas foi a adequação do regime sancionatório, procurando desta forma desin-
de água em aglomerados urbanos, a reabilitação e renaturalização de centivar qualquer comportamento ilícito que possa pôr em causa o bom
ribeiras e a exploração, manutenção e ampliação de todo o sistema funcionamento de ambos os sistemas, estabelecendo-se também novas
de recolha de águas residuais pluviais do Concelho de Vila Nova de contra-ordenações aplicáveis apenas aos utilizadores industriais.
Gaia. Por último, sistematizou-se o Regulamento por serviços, delimitando
O Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento e definindo, com a maior precisão possível, os deveres e os requisitos
de Água e de Águas Residuais do Município de Vila Nova de Gaia, técnicos das ligações aos sistemas de abastecimento de água e de reco-
publicado no Diário da República de 22 de Janeiro de 2000, definia lha de águas residuais, os procedimentos e processos necessários para
o enquadramento das actividades principais da Empresa — a gestão e concretizar tais ligações e sobre quem impende a responsabilidade de
exploração dos sistemas públicos e prediais de distribuição de água e requerer, executar, fiscalizar e custear tais ligações aos sistemas públicos,
de drenagem e tratamento de águas residuais na área do Município de de forma a torná-lo mais claro e simples para o cliente.
Vila Nova de Gaia — partindo da realidade do Concelho de Vila Nova No presente Regulamento visa-se garantir a sustentabilidade econó-
de Gaia na altura. mica, social e ambiental dos serviços em causa, nos termos do quadro
Tal Regulamento começou entretanto a demonstrar-se desadequado de acção comunitária no domínio da política de água estabelecidos na
à nova realidade da Empresa e do Concelho, quer pela ampliação do Directiva Quadro da Água em vigor, transposto para o ordenamento
objecto social de Águas de Gaia, EM a outras áreas de intervenção cuja jurídico nacional pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, que veio
actividade se impõe regulamentar, quer porque se tornou necessário actualizar a legislação existente sobre sistemas públicos e prediais de
adequá-lo às novas imposições legais nacionais e comunitárias entretanto abastecimento de água e drenagem e tratamento de águas residuais, sem
publicadas, quer ainda porque a política ambiental que a todos os níveis prejuízo do estabelecido no Decreto-Lei n.º 207/94, de 6 de Agosto, e
tem vindo a ser desenvolvida e implementada, justifica o ajustamento. no Decreto-Regulamentar n.º 23/95, de 23 de Agosto.
Com efeito, desde a criação desta Empresa Municipal o sistema O presente Regulamento foi aprovado, nos termos do Regime Jurídico
de abastecimento de água evoluiu de forma a dar resposta adequada do Sector Empresarial Local (DL. 53-F/2007, de 29 de Dezembro)
e capaz às exigências de melhoria da sua fiabilidade, com controlo pelo Conselho de Administração da Empresa Municipal Águas de
rigoroso do nível de perdas de água, e maior exigência de qualidade Gaia. Em momento ulterior foi remetido para a Câmara Municipal de
da água fornecida. Vila Nova de Gaia para a competente homologação e publicação no
Em simultâneo, as infra-estruturas do sistema de drenagem e trata- Diário da República, para efeito de apreciação pública, de acordo com
mento de águas residuais foram profundamente transformadas e am- o preceituado nos termos do artigo 118.º do Código do Procedimento
pliadas tendo sido construídas e postas em funcionamento 5 ETAR, um Administrativo.
Interceptor Marginal ao longo de 11 km na margem esquerda do Rio Decorridos os 30 dias após a data da publicação, e sem que tenham
Douro e 73 Estações Elevatórias, bem como colectores e emissários, sido apresentadas quaisquer sugestões que tenham implicada a alteração
instaladas novas redes de águas pluviais, modificando profundamente, o da versão publicada no Diário da República, o presente Regulamento
sistema de saneamento do Concelho agora à disposição de praticamente foi aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, nos
toda a população. termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º do DL. 169/99, de 08 de
Tais alterações, para além de justificarem a necessidade de revisão do Setembro (com a redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002, de 11
plano tarifário exigem também a criação de normas específicas no que de Janeiro).
27020 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
4 — A profundidade mínima do ramal é de 0,80m na via pública e 3 — É considerado como uso doméstico o fornecimento de água a
de 0,50m em passeios. instalações destinadas a habitação, desde que legalmente consideradas
5 — A inserção do ramal na rede pública deverá ser feita com aces- como tal.
sórios de modelo aprovado pela entidade gestora, incluindo obrigato- 4 — Os demais usos são considerados como uso de comércio e
riamente uma válvula de corte. indústria, incluindo os avulsos ou temporários.
6 — Nos casos de construções novas ou de obras em que o Município 5 — A entidade gestora poderá fornecer água a outros municípios
obrigue à construção de passeio, é da responsabilidade do requerente desde que não fique prejudicado o normal fornecimento ao concelho.
a construção do troço do ramal até 0,30m da linha interior da guia do
passeio, de acordo com o Anexo III. Artigo 31.º
7 — Cada ramificação deverá possuir, em espaço comum, um con- Instalação de contadores de água
junto de acessórios instalados no interior de um alvéolo, constituídos,
de montante para jusante, por uma torneira de passagem selada pela 1 — A utilização do sistema de distribuição de água só poderá
entidade gestora, um contador e outra torneira de passagem destinada concretizar-se após a intercalação de um contador, que será volante no
a uso do consumidor, conforme Anexo III. caso de usos avulsos ou temporários.
8 — Neste conjunto poderão ser integrados outros acessórios, não 2 — Compete à entidade gestora a definição do tipo, calibre e classe
metrológica do contador a instalar.
obrigatórios, nomeadamente válvula de retenção, filtros, manómetros
3 — Os contadores de água das ligações prediais são fornecidos, ins-
e ventosas.
talados ou substituídos, devidamente selados, pela entidade gestora.
Artigo 28.º 4 — Nos casos em que existir uma cisterna será sempre colocado
Alvéolos dos contadores um contador totalizador à sua entrada, cujo consumo será comparado
com o dos contadores colocados em cada fogo, pertencendo ao titular
1 — Na construção dos edifícios deverão ser previstos alvéolos para do contrato a responsabilidade pelo valor das diferenças para mais,
a colocação dos contadores de água, independentemente da origem do acusadas por aquele contador, sendo as diferenças para menos tomadas
abastecimento. em consideração na leitura seguinte.
2 — Os contadores, um por cada local de consumo, podem ser co- 5 — Nenhum contador pode ser instalado e mantido em serviço sem
locados isoladamente ou em conjunto, neste último caso numa bateria a verificação metrológica prevista na legislação em vigor.
de contadores.
3 — O alojamento destinado aos contadores e seus acessórios deve Artigo 32.º
cumprir as seguintes exigências, constantes do Anexo III:
Substituição dos contadores de água
a) Os alvéolos para alojamento de um contador terão as dimensões
mínimas de 0,60 m de largura, 0,40 m de altura e 0,20 m de profun- A entidade gestora procederá à substituição do contador, sem qualquer
didade; encargo para o cliente, quando tenha conhecimento de qualquer anoma-
b) Para cada contador a mais, a altura do alvéolo aumentará de 0,15 m, lia, alheia a este, por razões de exploração e verificação metrológica e
com um máximo de 0,90 m, correspondente a seis contadores; sempre que os contadores ultrapassem o seu período de vida útil.
c) O alvéolo será fechado por uma porta suficientemente robusta de
forma a evitar a sua remoção ou vandalização. Artigo 33.º
Fiscalização e verificação de contadores de água
4 — Nos prédios com mais de um fracção, os alvéolos devem
localizar-se em locais de fácil acesso, sendo obrigatório que se situem 1 — Todo o contador fica à guarda e sob responsabilidade do cliente,
que deverá avisar a entidade gestora quando verifique a sua obstrução,
nos patamares de escada ou corredores de acesso aos apartamentos.
paragem, existência de selos quebrados ou danificados ou detecte qual-
5 — Nos edifícios confinantes com a via pública ou espaços públi- quer outro defeito.
cos ou com logradouros privados, os alvéolos dos contadores devem 2 — Se no decurso de uma fiscalização por parte da entidade gestora,
localizar-se no seu interior, na zona de entrada ou em zonas comuns, se verificar alguma das situações referidas no número anterior, ou se
consoante se trate de um ou de vários locais de consumo. apurar que está a ser usado um meio capaz de interferir no funcionamento
ou marcação do contador, a entidade gestora procederá à sua substituição,
Artigo 29.º sem prejuízo do preceituado nos números seguintes.
Pagamento dos ramais 3 — Com excepção dos danos resultantes da sua normal utiliza-
ção, o cliente responderá por todos os danos, deterioração ou perda
1 — O valor a pagar pelos ramais consta de tabela anual devidamente do contador.
aprovada pelo Conselho de Administração da entidade gestora, devendo 4 — O cliente responderá ainda pelos prejuízos ou fraudes que forem
reflectir designadamente os respectivos custos de construção. verificados em consequência do emprego de qualquer meio capaz de
2 — Pode ser aceite o pagamento dos ramais até ao limite de 6 interferir com o funcionamento ou marcação do contador.
prestações mensais, acrescidas de juros de mora à taxa legal, mediante 5 — Tanto o cliente como a entidade gestora, quando o julgarem
solicitação dos interessados devidamente justificada. conveniente, podem sujeitar o contador a verificação em laboratório
3 — Se o requerente solicitar para o ramal de ligação do sistema certificado, não podendo nenhuma das partes opor-se a esta operação.
predial à rede pública modificações, devidamente justificadas, às es- 6 — O cliente poderá, sempre, assistir à verificação referida no
pecificações estabelecidas pela entidade gestora nomeadamente do número anterior, acompanhado, se o pretender, de um técnico da sua
traçado ou do diâmetro, compatíveis com as condições de exploração confiança.
e manutenção do sistema público, essa pretensão poderá ser autorizada 7 — A aferição, a pedido do cliente, só se realizará depois de o in-
desde que aquele tome a seu cargo o acréscimo nas respectivas despesas, teressado efectuar o pagamento do respectivo preço, importância que
se o houver. será restituída no caso de se verificar o mau funcionamento do contador
não imputável ao cliente.
8 — Os clientes são obrigados a permitir a inspecção dos contado-
res por representantes da entidade gestora, devidamente identificados,
CAPÍTULO IV durante o dia e dentro das horas normais de serviço, mediante aviso
prévio, sob pena de interrupção do fornecimento de água.
Distribuição de água
SECÇÃO II
SECÇÃO I
Contrato de fornecimento de água
Disposições gerais
Artigo 34.º
Artigo 30.º
Contrato de fornecimento de água
Fornecimento de água
1 — A prestação de serviço de fornecimento de água é objecto de
1 — A entidade gestora fornece água designadamente para usos contrato entre a entidade gestora e os interessados.
domésticos, comércio, indústria, serviços ou equiparados. 2 — O contrato é único e engloba simultaneamente os serviços de
2 — Ao Município de Vila Nova de Gaia, às Freguesias, e a outras fornecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais,
entidades públicas aplica-se tarifa própria. excepto nos casos especialmente previstos no presente Regulamento.
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27025
3 — Nos novos locais de consumo, os contratos de fornecimento de b) Para os restantes usos, será igual ao montante da factura corres-
água só podem ser celebrados após recepção da declaração do técnico pondente ao consumo de 50m3 de água.
responsável pela obra que comprove estarem os sistemas prediais em
conformidade com o projecto aprovado e em condições de serem ligados 3 — Para as instituições de fins não lucrativos, desde que registadas
às redes públicas, nos termos do artigo 16.º, e desde que estejam pagas nas suas próprias designações e sejam titulares da instalação, o valor da
pelos interessados as importâncias devidas. caução será calculado como se de uso doméstico se tratasse.
4 — O contrato é elaborado em impresso de modelo próprio da en-
tidade gestora e instruído em conformidade com as disposições legais Artigo 39.º
em vigor.
5 — Só podem celebrar contrato de fornecimento de água os pro- Restituição da caução
prietários dos imóveis ou os seus utilizadores desde que legalmente 1 — Findo o contrato de fornecimento, a caução prestada é restituída
autorizados por aqueles. ao consumidor, nos termos da legislação vigente, deduzida dos montantes
6 — Os interessados deverão apresentar documentos que comprovem eventualmente em dívida.
a sua legitimidade nos termos do número anterior. 2 — Sempre que o consumidor, que tenha prestado caução nos termos
7 — A mudança de titular do contrato é considerada como nova do n.º 1 do artigo anterior, opte posteriormente pela transferência bancá-
ligação, procedendo a entidade gestora à substituição obrigatória do ria como forma de pagamento, a caução prestada será devolvida.
contador com outorga do novo contrato. 3 — Com a prestação da caução será emitido o respectivo com-
provativo, sendo suficiente a sua apresentação para o levantamento
Artigo 35.º do depósito, nos termos do n.º 1, mediante a exibição do bilhete de
identidade do titular do contrato.
Contrato de fornecimento avulso ou temporário de água
1 — Só pode ser celebrado contrato de fornecimento avulso ou tem-
porário de água quando não exista contrato de fornecimento de água e SECÇÃO III
seja impossível realizá-lo nos termos do artigo precedente.
2 — O contrato é celebrado entre a entidade gestora e o requerente, Pagamento do consumo de água
mediante a prestação de garantia idónea à correcta utilização e restituição
do contador volante. Artigo 40.º
3 — O contador volante deverá ser restituído de imediato após o
termo do prazo para o qual foi requerido. Preços
4 — O contrato de fornecimento avulso ou temporário de água não 1 — Compete aos clientes o pagamento dos preços de disponibilidade
engloba os serviços de drenagem e tratamento de águas residuais. e do consumo verificado, acrescido do IVA respectivo.
2 — O preço de disponibilidade mensal será diferenciado segundo
Artigo 36.º o calibre do contador respectivo, e sendo o seu valor aprovado pela
Câmara Municipal, sob proposta do Conselho de Administração da
Denúncia do contrato entidade gestora.
1 — Os clientes podem denunciar os contratos que tenham subscrito 3 — Os preços de venda do metro cúbico de água e seus escalões
desde que o comuniquem, por escrito, à entidade gestora, indicando a sua são aprovados pela Câmara Municipal, sob proposta do Conselho de
nova morada para regularização final das suas obrigações contratuais. Administração da entidade gestora.
2 — Num prazo de 15 dias os clientes devem facultar à entidade 4 — O preço de venda de água para consumo em outros municípios
gestora a retirada do contador instalado, sendo o consumo residual será fixado, caso a caso, pelo Conselho de Administração da entidade
debitado na factura final. gestora.
3 — Caso não seja facultado o acesso ao contador no prazo referido 5 — O consumo verificado nas bocas-de-incêndio particulares, será
no número anterior, continuam a ser os clientes responsáveis pelos facturado ao preço de uso comercial, salvo nos casos de sinistro.
encargos decorrentes, considerando-se o contrato em vigor. 6 — As instituições de beneficência, assistência, cultura e desporto,
4 — Sempre que o contrato não esteja em nome dos proprietários se legalmente consideradas como instituições de utilidade pública,
dos prédios ligados à rede pública de distribuição de água, são estes poderão beneficiar do preço especial na água facturada, previsto no
obrigados a comunicar à entidade gestora, por escrito e no prazo de 30 tarifário em vigor, após apresentação de pedido escrito a aprovar pela
dias, a saída e a entrada dos titulares do contrato bem como a permitir entidade gestora.
a retirada do contador, caso aqueles não o tenham facultado. Artigo 41.º
5 — Os proprietários que não cumpram o disposto no número anterior
são responsáveis pelos pagamentos vincendos relativos à instalação Facturação
em causa, no que refere aos serviços prestados pela entidade gestora, 1 — A periodicidade de emissão das facturas será, por regra, mensal.
podendo ainda ser sancionados nos termos do artigo 85.º, sem prejuízo 2 — As facturas emitidas deverão discriminar os serviços prestados
da interrupção do serviço nos termos do presente Regulamento. e os correspondentes preços, os volumes que dão origem aos valores
debitados e a taxa do IVA aplicada,nos termos da lei.
3 — As facturas deverão necessariamente informar qual a data limite
Artigo 37.º do seu pagamento.
Pagamento de nova ligação Artigo 42.º
No caso de uma nova ligação de um prédio à rede pública, são devidos Leitura dos contadores
os seguintes pagamentos: 1 — As leituras dos contadores serão efectuadas pelo menos seis
a) Ramal de ligação, de acordo com a tabela em vigor; vezes por ano, não devendo o intervalo entre duas leituras consecutivas
b) Preço de celebração de contrato, novo ou por mudança do titular do ser superior a 70 dias.
contrato por averbamento ou outro motivo. 2 — O cliente poderá fornecer por qualquer meio a leitura do seu
contador, devendo neste caso a entidade gestora realizar, pelo menos,
Artigo 38.º três leituras por ano.
3 — Quando o cliente verificar eventual erro de leitura, poderá
Caução apresentar reclamação até à data limite do pagamento da respectiva
1 — Aquando da celebração do contrato de fornecimento de água, factura.
não é exigível a prestação de uma caução aos consumidores para garantia 4 — Sempre que não se efectue leitura do contador pelo facto de este
do pagamento do consumo de água, excepto na situação de restabele- se encontrar inacessível e o cliente não a tenha fornecido conforme o
cimento de fornecimento, na sequência de interrupção decorrente de disposto no anterior n.º 2, os consumos serão estimados nos termos do
incumprimento contratual imputável ao consumidor, em conformidade artigo seguinte.
com o previsto no Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de Junho, bem como no Artigo 43.º
caso previsto no artigo 35.º
Avaliação de consumos
2 — A caução referida no número anterior é prestada em dinheiro,
cheque ou transferência electrónica ou através de garantia bancária ou Em caso de paragem, de funcionamento irregular do contador, dano,
seguro-caução, conforme for deliberado pelo Conselho de Administração fraude, desaparecimento do mesmo, ou nos períodos em que não se
da entidade gestora, e o seu valor é calculado da seguinte forma: realizou qualquer leitura, o consumo é avaliado do seguinte modo:
a) Para o uso doméstico, será igual a duas vezes o montante da factura a) Pelo consumo médio apurado entre duas leituras consideradas
correspondente ao consumo mensal de 10m3 de água; válidas;
27026 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
b) Pelo consumo de equivalente período do ano anterior, quando não 2 — A interrupção terá lugar no prazo de dois dias úteis após o
estiver disponível a média referida na alínea anterior; deferimento pela entidade gestora.
c) Na ausência dos elementos referidos nas alíneas anteriores será 3 — A interrupção do fornecimento nos termos do presente artigo ape-
estimado por um consumo mensal de 10m3 de água. nas desobriga o cliente do pagamento dos respectivos consumos.
4 — Quando a interrupção do fornecimento, por qualquer motivo,
Artigo 44.º se tornar definitiva, será feita a liquidação das importâncias em débito,
considerando-se para o efeito o valor da caução que existir, restituindo-
Pagamento de consumos -se o respectivo remanescente.
1 — O pagamento das facturas referidas no artigo 41.º deverá ser
efectuado, até à data limite, por qualquer dos meios nos locais de co- Artigo 48.º
brança indicados na respectiva factura. Interrupção dos serviços por motivos justificados e de força maior
2 — O pagamento das facturas cuja data limite de pagamento se
encontre ultrapassada, poderá ser efectuado nos balcões da entidade 1 — A entidade gestora pode interromper ou restringir os serviços
gestora ou mediante envio de cheque ou vale postal, acrescido dos juros de abastecimento de água no caso de:
de mora à taxa legal. a) Alteração da qualidade da água distribuída ou de previsão da sua
3 — Decorridos 15 dias da data limite do pagamento, será desen- deterioração a curto prazo;
cadeado um procedimento com vista à cobrança da factura em dívida, b) Avarias ou obras no sistema público de distribuição de água sempre
mediante envio de novo aviso de pagamento para evitar a interrupção que os trabalhos justifiquem essa suspensão;
de serviço, sendo cobrados ao cliente os consequentes encargos admi- c) Ausência de condições de salubridade no sistema predial;
nistrativos e de expediente correspondentes a 10 % do preço da ligação d) Casos fortuitos ou de força maior, nomeadamente incêndios, inun-
ao sistema público. dações e redução imprevista do caudal ou poluição temporariamente
4 — Os juros de mora e os encargos administrativos e de expediente incontrolável das captações;
referidos no número anterior são regularizados no acto de pagamento e) Trabalhos de reparação ou substituição de ramais de ligação;
no caso de ser efectuado nos balcões da entidade gestora ou incluídos f) Modificação programada das condições de exploração do sistema
na factura seguinte nos restantes casos. público ou alteração justificada das pressões de serviço.
5 — Sempre que o consumo de determinado local seja considerado
elevado em relação ao seu consumo médio, poderá o cliente apresentar 2 — Quando a interrupção de fornecimento for determinada pela
pedido escrito à entidade gestora para efectuar o pagamento da factura execução de obras ou por motivo não urgente, a entidade gestora avisará,
em prestações mensais, no máximo de 12, sujeita aos respectivos juros prévia e publicamente, os consumidores, cabendo a estes tomar as pro-
de mora à taxa legal, devendo as facturas vincendas ser liquidadas até vidências necessárias para atenuar, eliminar ou evitar quaisquer danos
à data limite do seu pagamento. resultantes da interrupção forçada do abastecimento de água.
6 — No caso de se verificarem perdas de água na rede predial e o 3 — No caso da falta de disponibilidade de água, a entidade gestora
consumo facturado exceder os consumos dos últimos 6 meses, o cliente definirá as prioridades de abastecimento, as quais serão prévia e publi-
poderá pagar a respectiva factura nas condições do número anterior. camente publicitadas.
Artigo 45.º Artigo 49.º
Pagamento coercivo Interrupção dos serviços por causas imputáveis ao cliente
1 — Quando os clientes não tenham satisfeito o pagamento das 1 — A entidade gestora poderá ainda interromper os serviços, por
facturas dentro dos prazos fixados, ficarão sujeitos ao pagamento, além motivos imputáveis ao cliente, nas situações seguintes:
dos juros de mora legais, dos consequentes encargos administrativos e a) Quando o cliente tenha procedido à instalação ou modificação de
de expediente nos termos do artigo anterior exigindo-se coercivamente sistemas públicos e prediais de distribuição de água sem a observância
as importâncias em débito. das regras e condicionantes técnicas aplicáveis e ou sem prévia apro-
2 — Quando tiver de ser exigido coercivamente o pagamento de vação do seu traçado;
consumo de água, preço de disponibilidade, facturas de obras de ligação e b) Quando o cliente proceda à execução de ligações ao sistema público
reparação bem como danos causados no equipamento, sê-lo-á nos termos sem autorização da entidade gestora;
estabelecidos para cobrança de dívidas pelas autarquias, servindo de c) Quando o contador for encontrado viciado ou tiver sido utilizado
base à execução a respectiva certidão de dívida extraída pelos serviços um meio fraudulento para consumo de água;
competentes da entidade gestora. d) Por uso indevido ou danificação de obras ou equipamentos dos
sistemas públicos;
Artigo 46.º e) Quando seja recusada a entrada para inspecção das canalizações e
Correcção dos valores de consumo para leitura, verificação, substituição ou levantamento do contador;
f) Por falta de pagamento das facturas.
1 — Em caso de anomalia detectada no volume de água facturado, o
cliente poderá em devido tempo apresentar pedido escrito para aprecia- 2 — A interrupção dos serviços a qualquer cliente com fundamento
ção desses valores, competindo à entidade gestora elaborar o respectivo no n.º 1 deste artigo, só pode ter lugar após aviso prévio, restabelecendo-
processo e se necessário, proceder à verificação técnica da instalação. -se o fornecimento no prazo de dois dias úteis após sanada a causa que
2 — Caso se venha a verificar que houve erro de leitura ou anomalia o originou.
técnica, será efectuada de imediato a devida correcção. 3 — Com a interrupção do serviço poderá a entidade gestora proceder
3 — Se a factura referida no número anterior já estiver liquidada, à retirada do contador devendo o cliente faculta-la.
providenciar-se-á o seu reembolso ou creditar-se-á a diferença nos 4 — Serão imputados ao cliente todos os encargos da entidade gestora
meses subsequentes. com vista à interrupção e restabelecimento dos serviços.
4 — Se for reconhecido que não assiste razão ao cliente, ser-lhe-á 5 — A interrupção dos serviços não impede a entidade gestora de
dado conhecimento escrito e no caso de a factura se encontrar vencida e recorrer à cobrança coerciva para assegurar o pagamento dos débi-
não liquidada, deverá este proceder ao pagamento imediato sob pena de tos existentes, nem à instauração dos competentes processos contra-
incorrer no pagamento de juros de mora sem prejuízo da possibilidade -ordenacionais, nos termos dos artigos 85.º e seguintes do presente
de efectuar o pagamento em prestações mensais, nos termos do n.º 5 diploma.
do artigo 44.º Artigo 50.º
Outras causas para interrupção do serviço
CAPÍTULO V 1 — A entidade gestora poderá também interromper o fornecimento
de água, nas seguintes situações:
Interrupção do Serviço de Abastecimento a) Quando houver avarias ou obras nas canalizações da rede predial,
desde que previamente requerido pelo responsável nos termos do ar-
Artigo 47.º tigo 47.º;
b) Quando as canalizações do sistema predial deixarem de oferecer
Pedido de interrupção
condições de defesa da potabilidade da água, verificada pelas autori-
1 — Os clientes podem fazer interromper o fornecimento de água dades sanitárias;
dirigindo o respectivo pedido, por escrito, devidamente justificado, à c) Quando a instalação predial estiver a causar danos a habitações
entidade gestora. vizinhas;
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27027
d) Quando a entidade gestora, nos termos do n.º 2 do artigo 87.º k) Águas residuais que contenham gases nocivos ou outras substân-
pretenda proceder ao levantamento das canalizações. cias que, por si só ou por interacção com outras, sejam capazes de criar
2 — Nos casos referidos no número anterior, a suspensão poderá ser inconvenientes para o público ou para o pessoal afecto à operação e
feita de imediato. manutenção dos sistemas de drenagem;
l) Substâncias sólidas ou viscosas em quantidade ou dimensões que
possam causar danos, obstruções ou qualquer outra interferência com
o funcionamento dos sistemas de drenagem, tais como cabelos, fibras,
TITULO III escórias, lamas, palha, pelos, metais, vidros, cerâmicas, trapos, estopas,
penas, alcatrão, plásticos, madeira, sangue, estrume, peles, vísceras de
Drenagem de águas residuais animais, embalagens de papel ou cartão, restos de comida, papel plas-
tificado, fraldas e papel absorvente, cotonetes, lâminas de barbear, ou
CAPÍTULO I outros resíduos, triturados ou não;
Disposições Gerais m) Águas corrosivas capazes de danificar as estruturas e os equipa-
mentos dos sistemas públicos de drenagem, designadamente, com pH
Artigo 51.º inferior a 5,5 ou superior a 9,5;
n) Águas residuais que contenham óleos e gorduras de origem vegetal,
Prevenção de contaminação animal ou mineral, usados ou não.
1 — Não é permitida a ligação entre um sistema predial de drenagem
e qualquer sistema que possa permitir o retrocesso de águas residuais Artigo 54.º
nas tubagens daquele sistema. Prestação de serviços de limpeza e desobstruções
2 — A drenagem de águas residuais deve ser efectuada sem pôr em
risco o sistema público de abastecimento de água, impedindo a sua 1 — A entidade gestora presta serviços de limpeza e desobstrução em
contaminação, quer por contacto, quer por aspiração de água residual ramais de ligação e câmaras de ramal, se localizados na via pública.
em casos de depressão. 2 — É da responsabilidade do utilizador o pagamento dos custos dos
3 — Todos os aparelhos sanitários devem ser instalados de modo a serviços de limpeza e desobstrução em ramais e ou câmaras de ramal
evitar a contaminação da rede predial de distribuição de água. caso estes resultem de uma má utilização dos sistemas da rede predial
imputável àquele.
Artigo 52.º
Rejeições permitidas CAPÍTULO II
1 — Em sistemas de drenagem de águas residuais domésticas é per-
mitida a rejeição, para além destas, de águas residuais industriais com Sistemas públicos
autorização de rejeição de acordo com o n.º 1 do artigo 75.º
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, em sistemas de Artigo 55.º
drenagem de águas pluviais é também permitido o lançamento das Concepção geral
águas provenientes de:
1 — No Município de Vila Nova de Gaia os sistemas de drenagem
a) Rega de jardins e espaços verdes, lavagem de arruamentos, pátios pública são separativos, não sendo permitida a interligação da rede de
e parques de estacionamento não cobertos, e todas aquelas que, de um águas pluviais com a rede de águas residuais.
modo geral, são recolhidas pelas sarjetas, sumidouros ou ralos; 2 — O sistema público de drenagem de águas residuais poderá abran-
b) Circuitos de refrigeração e de instalações de aquecimento; ger águas residuais industriais, desde que estas obedeçam aos parâmetros
c) Piscinas, sempre que não seja possível a sua rejeição no sistema de recepção fixados pela legislação em vigor e haja disponibilidade de
de drenagem de águas residuais; transporte e tratamento.
d) Drenagem do solo. 3 — É da responsabilidade da entidade gestora a manutenção das
redes de águas residuais que fiquem situadas nas vias públicas ou atra-
Artigo 53.º vessem propriedades particulares em regime de servidão, mesmo que o
Rejeições interditas seu assentamento tenha sido realizado a expensas dos utilizadores, bem
como os ramais de ligação aos prédios, incluindo as câmaras de ramal
Sem prejuízo do disposto em legislação especial, é interdita a rejeição situadas na via pública.
no sistema público de drenagem, qualquer que seja o seu tipo, directa-
mente ou por intermédio de tubagens dos sistemas prediais, de: Artigo 56.º
a) Matérias explosivas ou inflamáveis; Colectores
b) Matérias radioactivas em concentrações consideradas inaceitáveis 1 — Os colectores de águas residuais que constituem o sistema pú-
pela entidade gestora; blico deverão ser executados em PP corrugado da classe de rigidez SN8
c) Efluentes de laboratórios ou de instalações hospitalares que, pela ou FFD integral da classe correspondente à pressão de serviço.
sua natureza química ou microbiológica, constituam um elevado risco 2 — Nos casos do escoamento em pressão, ou em escoamento gra-
para a saúde pública ou para a conservação das tubagens; vítico, sempre que a entidade gestora verifique a sua necessidade, quer
d) Entulhos, areias ou cinzas; por motivos de traçado, perfil transversal ou longitudinal, localização
e) Águas residuais industriais a temperaturas superiores a 30.º C; e quer por outras condicionantes inerentes ao tipo de via, a tubagem a
f) Lamas extraídas de fossas sépticas e gorduras ou óleos de câma- utilizar deverá ser sempre em FFD integral.
ras retentoras ou dispositivos similares que resultem de operações de 3 — Os colectores de águas pluviais com diâmetros até 1000mm
manutenção; deverão ser executados em PP corrugado da classe de rigidez SN8 e em
g) Águas residuais de unidades industriais, que contenham: betão armado da classe 4 para diâmetros superiores.
i. Compostos cíclicos hidroxilados e seus derivados halogenados; 4 — Os colectores de águas residuais pluviais podem ser executados
ii. Matérias sedimentáveis, precipitáveis e flutuantes em tal quanti- com outros materiais para além dos referidos nos números anteriores
dade que, por si ou após mistura com outras substâncias existentes nos quando considerados tecnicamente adequados pela entidade gestora.
colectores, possam pôr em risco a saúde do pessoal afecto à operação
e manutenção dos sistemas públicos de drenagem ou as estruturas dos Artigo 57.º
sistemas;
Componentes da rede
iii. Substâncias que impliquem a destruição dos processos de trata-
mento biológico; 1 — As câmaras de visita serão executadas nos termos definidos
iv. Substâncias que possam causar a destruição dos ecossistemas no Anexo III.
aquáticos ou terrestres nos meios receptores; 2 — Na construção das câmaras de visita poderão ser utilizados outros
v. Quaisquer substâncias que estimulem o desenvolvimento de agentes materiais ou modelos quando aceites pela entidade gestora.
patogénicos; 3 — As câmaras de visita onde confluam tubagens iguais ou supe-
riores a 500 mm de diâmetro serão executadas em betão armado de
h) Águas industriais de azeite designadas por águas ruças, devendo acordo com o pormenor definido no Anexo III e com as dimensões aí
ser promovido o seu transporte e tratamento apropriado; referidas.
i) Efluentes de indústrias de celulose e papel; 4 — As câmaras de visita com altura superior a 5 m serão dotadas
j) Efluentes de indústrias metalúrgicas, de petróleo e derivados; de plataformas intermédias, nos termos do Anexo III.
27028 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
5 — As câmaras de queda, onde confluam tubagens iguais ou supe- ao possível funcionamento em carga do colector público, evitando o
riores a 500 mm de diâmetro, deverão ser objecto de apresentação de alagamento das caves.
pormenor específico à entidade gestora para aprovação. 3 — Em casos especiais, e se aceite pela entidade gestora, a aplicação
6 — A instalação dos ramais de ligação deverá ser executada em de soluções técnicas que garantam o não alagamento das caves pode
simultâneo com a dos colectores. dispensar a exigência do número anterior.
7 — As sarjetas e os sumidouros serão executados nos termos defi- 4 — O proprietário é o único responsável pelo bom funcionamento
nidos na legislação aplicável. dos dispositivos de protecção.
5 — A aprovação, pela entidade gestora, da ligação à rede pública,
não implica qualquer responsabilidade desta perante danos que, eventu-
CAPÍTULO III almente, possam advir das situações referidas nos números anteriores.
Refluxo de águas residuais a) As inclinações não devem ser inferiores a 1 %, sendo aconselhável
que se mantenham entre 2 % e 4 %;
1 — Para evitar o refluxo das águas residuais em caves, arreca- b) Para inclinações superiores a 15 % devem prever-se dispositivos
dações e quintais situados a cotas inferiores às da via pública junto especiais de ancoragem dos ramais;
aos prédios, as canalizações dos sistemas de águas residuais interiores c) A altura de escoamento não deve exceder a correspondente a meia
serão concebidas de forma a resistir à pressão prevista de acordo com secção.
o projecto apresentado.
2 — As águas residuais recolhidas em cota inferior à da via pública, 4 — Em casos excepcionais, designadamente por motivos de con-
mesmo que localizadas acima do nível do colector público, devem ser dicionantes locais ou topográficas, poderão ser aceites pela entidade
elevadas para um nível igual ou superior ao do arruamento, atendendo gestora outros tipos de ramal, como a inserção vertical no colector.
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27029
s) A prestação de falsas declarações, a adulteração ou ocultação dos As sugestões e pareceres deverão ser enviados no período acima
elementos constantes no pedido de autorização de rejeição previsto no indicados em carta dirigida a Águas de Gaia, EM ao cuidado do Grupo
artigo 75.º de Trabalho do Regulamento — Gabinete Jurídico — Apartado 35,
4431 — 954 Vila Nova de Gaia
2 — A negligência é punível.
Caderno de encargos/condições especiais; profissional, quando for o caso), sob o n.º …..., declara, para efeitos
Medições/orçamento; do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16
Planta com implantação das infra-estruturas; de Dezembro, que o projecto de …... (identificação de qual o tipo de
Perfis longitudinais dos colectores de águas residuais; operação urbanística, projecto de arquitectura ou de especialidade em
Perfil transversal da vala; questão), de que é autor, relativo à obra de …... (identificação da natureza
Pormenores de câmara de visita; da operação urbanística a realizar), localizada em …... (localização da
Pormenores de ramal de ligação e respectiva câmara; obra: rua, número de polícia e freguesia), cujo(a) …... (indicar se se trata
Pormenores de sarjetas e sumidouros. de licenciamento ou autorização) foi requerido por …... (indicação do
Sistema elevatório, se necessário: nome e morada do requerente), observa as normas legais e regulamen-
Memória descritiva e justificativa pormenorizada, identificando: tares aplicáveis, designadamente …... (descriminar designadamente,
as normas técnicas gerais e específicas de construção, os instrumentos
População total a servir; de gestão territorial, o alvará de loteamento ou a informação prévia,
Caudal, altura manométrica, potência, etc.; quando aplicáveis, bem como justificar fundamentadamente as razões
Consumo anual de energia previsto; da não observância de normas técnicas e regulamentares nos casos
Cálculo hidráulico-sanitário; previstos no n.º 5 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
Definição dos arranjos exteriores; Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 66/2007 de
Medições/orçamento; 4 de Setembro).
Catálogos (sistema e elementos electromecânicos);
Planta dos arranjos exteriores e circuitos hidráulicos (escala de 1:200);
Definição de formas — plantas, cortes, alçados (escala de 1:50); Vila Nova de Gaia,...... de …... de …...
Betão armado; (assinatura reconhecida ou comprovada por funcionário municipal
Quadro eléctrico, circuito de iluminação e tomadas, traçado de cabos mediante a exibição do Bilhete de Identidade)
de força electromotriz, sinalização e telecomando.
Sistema de tratamento, se necessário: Minuta n.º 2
Será objecto de projecto da especialidade.
Termo de responsabilidade
ANEXO II ...... (nome), …... (categoria profissional), residente em …..., n.º ……,
…… (andar), …… (localidade), …… (código postal), inscrito no …...
Minutas dos termos de responsabilidade (organismo sindical ou ordem), e na Câmara Municipal de Vila Nova de
Gaia sob o n.º …..., declara, sob compromisso de honra, ser o técnico
Minuta n.º 1 responsável pela obra, comprovando estarem os sistemas prediais em
conformidade com o projecto, normas técnicas gerais específicas de
Termo de responsabilidade construção, bem como as disposições regulamentares aplicáveis e está
em condições de ser ligado à rede pública.
…… (nome e habilitação do autor do projecto), residente em …...,
n.º ……, …… (andar), …… (localidade), …… (código postal), contri- Vila Nova de Gaia, …... de …... de …...
buinte n.º …..., inscrito na …… (indicar associação pública de natureza (assinatura reconhecida)
ANEXO III
Componentes de rede
27034 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27035
27036 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27037
27038 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27039
27040 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009 27041
27042 Diário da República, 2.ª série — N.º 131 — 9 de Julho de 2009
Tabela 1
Expressão
Parâmetros VMC
dos resultados
Expressão
Parâmetros VMC
dos resultados
Tipo de tratamento adoptado ou a adoptar cipal tem vindo a ser uniforme e segue uma tendência mais ou menos
Tipo de tratamento adoptado ou a adoptar rígida.
Dimensionamento dos órgãos que compõem a estação de tratamento No Mercado Municipal foram efectuadas reparações de pequena
de águas residuais, se existir, e respectivos desenhos monta mas fundamentais para a boa operacionalidade.
Dispositivos de segurança previstos para fazer face a situações de À semelhança de anos anteriores promovemos a decoração dos três
emergência ou de acidente recintos com actividade comercial, com motivos natalícios, no sentido
de apoiar os comerciantes, numa importante época de actividade de
Auto-controlo consumo, melhorando desta forma a notoriedade do Mercado Municipal
e consequentemente a sua atractividade comercial.
Sistema de auto-controlo que se propõe adoptar e frequência proposta Finalizamos ainda dois importantes documentos para o seu funciona-
pelo requerente, face a histórico existente mento. O novo regulamento de funcionamento do Mercado Municipal
e ainda novos contratos comerciais a serem firmados entre os lojistas
Redes prediais do utilizador industrial e a Merval
Planta à escala 1:200, 1:500 ou 1:1000 com indicação das redes
prediais de drenagem de águas residuais, sentidos de escoamento e loca- Loteamento Industrial
lização das instalações de tratamento de águas residuais, se existirem
No Loteamento Industrial continuamos com os habituais procedimen-
Ponto de rejeição tos de manutenção das infra-estruturas e que possibilitam o seu bom
funcionamento, nomeadamente, renovação do sistema de orientação
Indicação na planta acima referida do ponto de rejeição pretendido e sinalética, arranjo de passeios, jardins, limpeza de arruamentos e
sarjetas, etc.
Vila Nova de Gaia, …... de …... de …... Na perspectiva do apoio ao investimento, acompanhamos a instalação
O Requerente da empresa Sousa Camp, e fornecemos dentro das nossas competências
_______________________ todo o apoio à sua instalação.
201992369 Nesse sentido e devido ao facto do traçado da futura A4 inviabilizar o
normal andamento de um investimento desta dimensão, a Merval E.M.
disponibilizou os terrenos onde estava previsto a criação de 25 novos
lotes empresariais para que esse investimento se pudesse efectivar sem
MERVAL — EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO contratempos de maior.
DE MERCADOS E DE PROMOÇÃO DE PROJECTOS No entanto essa decisão não deixou de inviabilizar o projecto de
expansão do actual Loteamento, deitando por terra todo o trabalho
DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, E. M. necessário à sua execução que na altura se encontrava concluído.
Relatório n.º 18/2009
Feiras de Gado
Sede social: Loteamento Industrial de Constantim, Lote 158, 5000-082
Vila Real Nas Feiras de Gado de Lordelo e Sr.ª da Pena para além da gestão
Capital social: 4.184.914,36 euros corrente no âmbito da organização das feiras, monitorizamos a qualidade
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila real, dos recintos, promovendo em permanência os necessários arranjos no
sob o n.º 12 sentido de os manter em óptimas condições operacionais.
Procedeu-se à manutenção da Feira de Gado de Lordelo, nomeada-
Introdução mente à substituição das coberturas de sombra e substituição do pavi-
No âmbito das suas competências a Merval E.M. desenvolveu um mento, anteriormente em terra batida e actualmente em betuminoso.
conjunto de actividades que visam manter a operacionalidade das infra- São os seguintes os quadros de frequências em número de cabeças
-estruturas sob a sua alçada, nomeadamente o Loteamento Industrial, de gado na Feira de Lordelo e Sr.ª da Pena em 2008:
o Mercado Municipal as Feiras de Gado de Lordelo e Sr.ª da Pena, o Feira de Gado Sra. da Pena:
Ninho de Empresas e a monitorização do Parque Corgo. Janeiro: 46 cabeças de gado
Nesse âmbito foram promovidas um conjunto de acções que visam a Fevereiro: 22 cabeças de gado
sua manutenção em moldes competitivos, por um lado, e por outro dar Março: 17 cabeças de gado
respostaàsnecessidades correntes de operadores e empresários que as Abril: 52 cabeças de gado
utilizam no desenvolvimento normal das suas actividades. Maio: 35 cabeças de gado
No âmbito da cooperação institucional, promoveu com a Câmara Junho: 13 cabeças de gado
Municipal de Vila Real, a melhoria substancial do funcionamento de Julho: 33 cabeças de gado
uma importante actividade comercial do concelho, como é o caso, do Agosto: 48 cabeças de gado
novo recinto da Feira do Levante em Lordelo. Setembro: 91 cabeças de gado
Continuamos ainda a trabalhar no sentido de desenvolver novas ac- Outubro: 15 cabeças de gado
tividades de comprovada auto sustentabilidade. Novembro: 6 cabeças de gado
Dezembro: 49 cabeças de gado
Mercado Municipal Feira de Gado de Lordelo:
Janeiro: 75 cabeças de gado
No Mercado Municipal de Vila Real a frequência de lavradores no Fevereiro: 69 cabeças de gado
terrado, durante o ano em causa, foi segundo o quadro abaixo indicado: Março: 72 cabeças de gado
Janeiro: 409 agricultores Abril: 61 cabeças de gado
Fevereiro: 471 agricultores Maio: 56 cabeças de gado
Março: 464 agricultores Junho: 25 cabeças de gado
Abril: 599 agricultores Julho: 65 cabeças de gado
Maio: 771 agricultores Agosto: 63 cabeças de gado
Junho: 443 agricultores Setembro: 104 cabeças de gado
Julho: 603 agricultores Outubro: 101 cabeças de gado
Agosto: 704 agricultores Novembro: 27 cabeças de gado
Setembro: 637 agricultores Dezembro: 0 cabeças de gado
Outubro: 589 agricultores
Novembro: 496 agricultores Considerando que as feiras são organizadas ao ar livre a frequência
Dezembro: 360 agricultores para além de outros factores, depende em larga medida das condições
atmosféricas que em determinado momento se fazem sentir. Como
Como se pode verificar, a frequência média de lavradores ao longo podem verificar no mês de Dezembro em Lordelo não houve qualquer
do ano segue a lógica normal das culturas. Menor nos meses de Inverno tipo de frequência de gado naquela feira. As razões prendem-se com o
e com médias de frequência bastante mais elevadas nas outras estações mau tempo que se fez sentir naquelas datas.
do ano. A frequência média ao longo do ano, tem-se mantido relativamente
De salientar que no decurso dos últimos anos, contrariamente ao constante quando comparado com o ano anterior, o que demonstra que
expectável, o número de lavradores que frequentam o Mercado Muni- as feiras de gado atingiram a sua maturidade comercial.