Manual de Capelania PDF
Manual de Capelania PDF
Manual de Capelania PDF
Uma obra como esta jamais é fruto de uma atividade solitária, mas o
resultado da dedicação e desprendimento e envidamento no trabalho
direto ou indireto, de ações assistenciais sócio humanitárias,
apresentando o grande amor de Deus a todos os homens para que
possam chegar ao conhecimento da verdade e serem salvos, pelo poder
da palavra da verdade.
Este manual, foi dividido em 2 partes, para que o aluno possa extrair o
máximo de conhecimento e passo a passo, ser direcionado ao
conhecimento das atividades em assistência e conhecer um pouco da
realidade psicanalítica doassistido.
PARTE 1 – ASSISTÊNCIA SÓCIO ESPIRITUAL
O QUE É CAPELANIAEVANGÉLICA
É um projeto assistencial religioso prestado por ministro religioso,
garantida por lei em entidade civis e militares de internação coletiva,
como dispositivo previsto na Constituição Brasileira sendo assegurada a
prestação de assistência religiosa nas entidades civis, militares e de
internação coletiva.
É atividade que tem a missão de colaborar na formação integral do ser
humano, fornecendo oportunidade de conhecimento, reflexão,
desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios ético-cristãos e de
revelação divina para a atividade de cidadão.
A capelania é organização responsável pela transmissão dos cuidados
pastorais de pessoas que estão em crises. Através de capelania tem-sea
oportunidade de ministrar o evangelho, igualmente de descoberta os
meios de auxilio as pessoas que estão com dificuldades, a enfrentar séria
e realisticamente as suas frustrações, medos e desapontamentos. É um
trabalho de assistencialismo, com base espiritual, prevista e garantida
pela Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6.923 Art. 5º Inciso VII. A
especialização em Capelania é um dos Cursos mais procurados pelas
Lideranças Evangélicas domundo!
A CAPELA
Alguns hospitais não têm uma capela, um local próprio para o
atendimento ao paciente, familiares e funcionários. O capelão pode
conversar com a direção sobre o valor não só do trabalho de
capelania, bem como de uma capela, não só pra reuniões solenes,
para eventos, exibição de filmes, palestras, breves cultos,
atendimento individual, etc. Se já existe a capela e um serviço de
capelania, se você quer ajudar, se candidate, apresente a sua carteira,
respeite o serviço já instituído, as regras do hospital e seja cortes com
todos.
Se precisar, exponha o seu planejamento de atividade,
participe da entrevista com a pessoa responsável já pela capelania,
mas acima de tudo, não deixe de ter pessoas que intercedam por esse
ministério, a cobertura de oração é fundamental.
Mas não somente no hospital, mas em todas as áreas de
capelania, normalmente, se tem uma sala separada para tal exercício
que é o aconselhamento, atendimento ou tal.
Extraído da Apostila do Curso de Capelania Voluntária da
International Union of Pastors and Volunteer Chaplains.
LEGISLAÇÃO SOBRE ASSISTENCIA RELIGIOSA
A Constituição Brasileira com a Lei de nº. 9.982, Artigo 1º que
dispõe aos religiosos de todas as confissões o acesso aos hospitais da
rede publica e privada, bem como aos estabelecimentos prisionais
civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados,
desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no
caso de doentes que não estejam no gozo de suas faculdades mentais.
É para se destacar nesta legislação que o capelão esteja atento às
regras de cada entidade a ser assistida, independente de qual seja. Só
que, é claro, que as regras da entidade NÃO podem contrariar o
objetivo da lei maior, que é exatamente permitir a assistência
religiosa. O que se almeja com isso? É que pessoas tenham no seu
momento de dor e dificuldade, assistência do seu líder religioso ou de
seus irmãos de fé ou de um capelão da própria entidade.
Entende-se também que muitos internos ou pacientes que não
professem nenhum credo, pedem a ajuda espiritual de certo líder
religioso. No caso, a sua vontade deve ser atendida da mesma
maneira.
DIREITOS & DEVERES DO CAPELÃO – diremos que, antes de
qualquer coisa, precisamos ser éticos. Aquele que tem um chamado
ministerial principalmente, pois somos comprometidos com a
formação integral do ser humano no resgate dos valores perdidos,
independente da origem; esses valores construtivos devem ser
refeitos pela transmissão de palavras encorajadora, de conforto, em
momentos especiais ou de crise. O nosso serviço assistencial e ajuda,
são prestados centrados em princípios e valores da palavra de Deus.
Sendo assim, temos: Direitos e deveres de:
▷ Ter acesso garantido àqueles que assim o solicitam.
▷ Ser respeitado no exercício de sua função.
▷ Não ser discriminado em razão de sexo, raça, cor, idade ou
religião que professa.
São DEVERES do Capelão:
• Acatar as determinações legais e normas internas de cada
instituição hospitalar ou penal, a fim de não pôr em risco as
condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar,
prisional ou outro no qual desempenhe as suas atividades.
• Respeitar as regras de higiene e paramentação do ambiente
hospitalar, prisional ou outro no qual desempenhe suas
atividades.
• Zelar pelo cumprimento das leis do país.
• Exercer a capelania sem discriminação de raça, sexo, cor, idade
ou religião, tendo em mente sua missão de confortar e consolar
o aflito, seja ele quem for.
Direitos do Assistido: Constituição Federal, Artigo 5º, item X: São
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas.
O assistido tem direito a:
• Ser respeitado no momento de sua dor.
• Ser tratado com a verdade, sem ferir os princípios de
preservação de sua integridade física e moral.
• Ter sua religião e crenças respeitadas.
• Ter resguardada sua individualidade e liberdade de
pensamento.
O PERFIL DOCAPELÃO
O ministério de capelania necessita de obreiros que Deus possa usar.
Cristãos cheios do Espírito Santo, que amem o Senhor, estejam
dispostos a entender e tomar a decisão de obedecer ao comando do
Senhor. Vejamos o perfil dos capelães:
• Ter tido uma experiência pessoal de conversão.
• Ser vocacionado para o ministério.
• Ter conhecimento bíblico.
• Ser humilde e entender que não é melhor do que ninguém.
• Ter um alvo – não ficar perdido, sem objetivo no que vai fazer.
• Ser paciente.
• Ter autocontrole emocional.
• Não ficar impressionado com aspecto físico do paciente, seja
qual for.
• Ter boa saúde física e psicológica.
• Ter humor estável.
• Ter tato e profundo respeito às outras opiniões religiosas.
• Ter facilidade em cumprir ordens.
• Ser perseverante e abundante na obra, no trabalho que abraçou.
• Ser habilidoso e ter discernimento na conversação.
• Não se irritar facilmente.
• Saber controlar a língua, usando-a para curar e não ferir.
• Saber guardar confidências.
• Saber cuidar da aparência pessoal.
• Dar tempo e atenção à pessoa visitada.
• Ser “SERVO”.
• Possuir o dom da misericórdia.
• Ser empático.
• Ter amor pelos perdidos.
• Ser sensível e discreto no ambiente onde está.
• Saber aproveitar as oportunidades.
• Ser sábio para evitar as intimidades.
• Saber “ouvir” para depois “falar”.
• Saber evangelizar (aprender evangelismo pessoal).
• Não ser preconceituoso.
• Saber ter defesas pessoais.
• Ser conselheiro e acompanhante, com interesse espiritual a vida
daqueles que se convertem.
• Ser pessoa de oração, “orar sem cessar”, conforme ensina a
Bíblia.
Ser capelão, como ser pastor, não é uma mera profissão, é uma
“vocação”. É sentir um chamado para fazer a diferença na área
escolhida por Deus. Ser capelão não é simplesmente fazer um curso de
capelania, se a pessoa não foi dotada para esta atividade, o seu perfil
nunca baterá e nem a pessoa será feliz e realizada no que for fazer.
O QUE NÃO É CAPELANIA
1) Ativismo religioso.
2) Ocupação de tempo.
3) Fuga de atividades rotineiras.
4) Uma forma de fazer o bem para “ganhar o céu”.
5) Simples busca de realização pessoal.
6) Busca de fiéis.
7) Desempenhar papel para fazer relatórios.
8) Fazer o bem com motivação de reconhecimento público.
9) Praticar boas obras por tradição familiar ou religiosa.
10) Ostentação de “certificado” ou “carteirinha”.
11) A Capelania Cristã NÃO exerce nenhum poder de autoridade
policial ou médica, não é atribuição do serviço de capelania
apresentar qualquer tipo de documentação que lhe confira
funções além do seu serviço, voluntario ou não, conforme: Lei
Federal nº 9.982/00 Lei do Voluntariado Nº 9.608 Veja leis no
âmbito estadual e municipal de sua região.
12) A credencial deve ser apresentada apenas nos locais de
atuação do capelão ou capelã, caso ocorra à apresentação da
mesma de forma arbitraria é de responsabilidade de seu
portador, é crime e a Instituição não se responsabiliza por tal
conduta.
MODULO I
CAPELANIA SISTEMÁTICA
Compreende-se na ministração da capelania sistemática o seguinte:
1) Que capelania evangélica é uma visão bíblica
A capelania legalmente constitui representantes capelães treinados
para seu trabalho, usando o bom senso, os trajes, tratamento e
formação acadêmica, e principalmente espiritual e respeitada às
normas de cada instituição, assegurado o direito de entrar e sair a
qualquer hora.
Levando o conforto e apresentar o plano de salvação aos
necessitados. É ministério de evangelização e consolo, que visa
atendimento aos homens que sofrem levando o conforto em hora de
aflição e transmite ensinos bíblicos de que cada pessoa necessita (Mc.
16.15).
2) Vários trabalhos e estudos nos últimos anos nos dão noticia da
grande beneficie na recuperação de doentes e necessitados a uma
assistência espiritual.
A fé unicamente poderosa auxilia na travessia dos angustiados nos
momentos de opressão e sofrimento. O conforto espiritual, dando
animo e esperança, independente de crença ou religião, auxiliando
na mantença do equilíbrio emocional, tão importante nesses
momentos mais delicados da vida de todo homem, como vem sendo
comprovado pela ciência, que já encara estas pessoas como um ser
totalmente, numa abordagem holística.
3) A capelania é serviço voluntário ou não, com o fito de atender
pessoas que necessitem em situações extraordinárias.
Não há proposta de conversão, doutrinação ou de cruzada
evangelista em beneficie de uma religião. Relatando o amparo
fraternal, de converter gradualmente e positivamente, da consolação
do sofrimento do semelhante.
Tal missão deve sempre ser conduzida de forma racional. Peranteos
resultados positivos já obtidos, por que não estender o serviço a
todos, oferecendo a um número grande de pessoas o socorro
espiritual e fraternal em situações delicadas. Enfim capelania
evangélica é visão bíblica de (Mateus 25: 31-46).
MODULO II
CAPELANIA MISSIONÁRIA
OBEDIÊNCIA INQUESTIONAVEL
A primeira palavra da ordem missionária de Jesus é “Ide”. Esta
palavra é um verbo no modo imperativo, exigindo uma ação decisiva.
Apesar disto, muitas vezes o trabalho de evangelização não vai além
de projetos e planejamentos. Ainda se repete em nossos dias àquilo
que Débora, no seu cântico de louvor a Deus, depois da vitória sobre
os reis de Canaã, falou sobre a tribo de Rubem, ela disse: “Nas
correntes de Rubem foram grandes as resoluções do coração...
porque ficaste tu entre os currais?... nas divisões de Rubem não fez
como a tribo de Zebulon, que expôs a sua vida a morte” (Juízes 5.18).
Ela ficou no meio dos currais, com grandes planos e projetos. Jesus
não convidou os discípulos para somente fazerem planos e projetos
Ele os mandou ir ao campo, que é o mundo. E para quê? a)“Ensinando
as nações”
A palavra “ensinando” aqui escrita vem da palavra grega
“matheteuo” que significa: “fazer discípulos”. Nesse sentido ele só
aparece aqui e em Atos 14.21. Jesus disse: “Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho que os homens serão transformados em
discípulos” (Mc 16.15). Em (Romanos 1.16) vimos que a palavra da
cruz ainda tem poder.
b) “Batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.
Como se vê, o batismo em águas faz parte da ordem missionária de
Jesus. Os salvos devem, pelo batismo, unir-se à Igreja. Os apóstolos
praticavam esta ordem; deste modo foram batizados os que de bom
grado receberam a sua palavra, e naquele dia agregaram-se quase
três mil almas (Atos 2. 41)
c) “Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”.
A palavra grega usada aqui para “ensinando” é “disdasko” e significa:
“Instrução”, ensinar aos crentes é uma ordem de Jesus. E isto nos mostra
a grande importância do ensino, da qual depende a consolidação da vida
espiritual da igreja. Existe um ministério especial no tocante ao ensino.
Atos 4.11; mas, todos os que evangelizam devem dar também a sua.
MODULO III
CAPELANIA
HOSPITALAR
É aquela cujo religioso servo do Senhor, devidamente qualificado,
cuida da assistência religiosa e espiritual dentro do hospital, quer
seja dos doentes ali internados, quer seja de todo o pessoal que
trabalha no hospital: médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais, terapeutas e funcionários das diversas áreas administrativas,
bem como as famílias dos pacientes.
O Serviço de Capelania Hospitalar foi implantado pelo Distrito
Capixaba no ano de 1996. Através do então Capelão Hospitalar, Rev.
Adavir Nathan Ahnert, muitos enfermos foram visitados e
reconfortados em seu leito de hospital, atendidos em muitas de suas
necessidades espirituais (orações, mensagens da Palavra de
Deus, administração do sacramento da Santa Ceia para luteranos,
batismos de emergência) ou materiais (remédio, alimentação, roupas,
transporte, agilização de atendimento médico etc.).
Objetivo Geral da capelania hospitalar:
Prestar Assistência Espiritual, e Humanitária aos enfermos, com ênfase
no amparo social aos familiares carentes e se necessário também aos
profissionais da saúde, sem distinção de raça ou credo.
2º Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo
assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento
ou exigência de isolamento.
Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao
paciente que tiver imunodeficiência.
3º Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas
estabelecidas.
CURA DIVINA
Um aspecto muito importante em capelania é a postura do capelão
sobre cura divina. Se ele está num hospital, ele não pode estar
apelando para milagres, ainda que esta seja a nossa convicção
pessoal, mas precisamos ter um conceito exato sobre a atuação de
Deus na cura de enfermidades.
Os movimentos de cura hoje têm criado muita confusão na
mente das pessoas. Precisamos entender que Deus cura ainda hoje e
vai continuar curando, mas isto será na “SUA VONTADE”, e NÃO
devemos insinuar, nem nas orações que serão curados.
Você pode orar em silencio pedindo pela cura, se assim o Senhor
quiser, em voz alta, ore pedindo conforto, consolo, restauração da
saúde. Se na próxima visita ele foi curado milagrosamente, a gloria é
do Senhor. Ninguém está autorizado a fazer movimentos de cura
dentro de um hospital.
ESTRATÉGIASDEASSISTENCIAESPIRITUALACRIANÇAS
HOSPITALIZADAS
Para promover capelania junto a um hospital infantil deve
adorar algumas estratégias e bem elaboradas e levando em conta a
faixa etária, o tipo de enfermidade e os recursos que o próprio
hospital oferece. Não se podemos ter programas muito longos e a
programação que for feita deve ser móvel, flexível e adequada a
certos tipos de situações. Lembrando também que o tempo de
internação é curto, exceto algumas enfermidades crônicas.
A) Conversas com criatividade - estasconversas, depoisdeter
conhecido o pequeno paciente, devem ser programadas, com
criatividade, se a criança estiver no leito. Que tal fazer a criança
contar e analisar todos os bons momentos de sua vida até o
ponto em que ela pode lembrar e tem na memória? Que tal
conversar sobre carreiras e profissões, dependendo da idade da
criança? Esse tipo de conversa é também bom para adolescentes.
B) Histórias bíblicas dramatizadas – se a criança está
andando, tente contar a historia uma vez e depois trabalhe com
ela para dramatização improvisada.
C) Cânticos didáticos – cânticos que ensinam certas lições
bíblicas.
D) Teatro de fantoches – aqui podemos trabalhar com
pequenos grupos na capela ou na “brinquedoteca”, que alguns
hospitais já mantêm.
E) Dinâmicas didáticas – os pedagogos dispõem de diversas
dinâmicas breves, que podem ser executadas em qualquer lugar,
algumas podem ser aplicadas à vida espiritual.
F) Show de bonecos de ventríloquo -umbomartistanestaárea
poderá dar um show muito eficiente, adaptando as lições às
circunstancias dos pacientes.
G) Trabalhos manuais – alguns grupos de crianças
hospitalizadas podem se dedicar a certos trabalhos manuais.
H) Show de palhaços – hoje temos o grupo palhaços da alegria,
e outros grupos que atuam nesta área levando sempre um
positivo desempenho.
I) Literatura – certas literaturas curtas, de leitura rápida,
preparadas para crianças, podem ser distribuídas.
J) Celebrações e eventos – as grandes datas comemorativas
como: dia das mães, dia das crianças, páscoa, natal, podem ser
motivos de programações especiais, incluindo distribuição de
presentes e, em alguns casos, ouvidos a nutricionista e os
médicos, ate certos alimentos e refrescos.
L) Oração – usando uma didática apropriada, pode-se ensinar e
praticar a oração com a criança.
CONCLUSÃO:
A capelania com crianças hospitalizadas tem aspectos que não
se podem prever, assim o capelão tem de estar sempre se atualizando,
com o conhecimento da criança, com a sua vida espiritual, e,
sobretudo, desenvolver-se constantemente na arte da criatividade.
MODULO IV
CAPELANIA FAMILIAR
DEUS E A FAMÍLIA – SL 128.
A família é a base da sociedade, e Deus quer a preservação da família,
num todo. Conforme está no SL 128.
1) A bem-aventurança é uma certeza da presença de Deus no seio da
família.
2) A prosperidade material e a felicidade, também.
3) A harmonia do lar; entre familiares com a unção de Deus.
4) A benção aos obedientes a Deus no contexto familiar.
5) A visão de bens todos os dias.
6) A paz que Deus garante oferece à família.
Diante deste texto podemos interpretar que a família é uma dádiva
de Deus para adorá-lo, exaltá-lo e honrá-lo nas suas ações.
O QUE É CAPELANIA FAMILIAR? É um ministério trabalho que dá
apoio às famílias, um ministério para e com as famílias. Dar
assistência e ensino bíblico familiar aos casais que precisam de
orientação espiritual, ajudando-os a resolver conflitos em todos os
aspectos da vida conjugal e familiar.
MODULO V
CAPELANIA SOCIAL
Deus em toda a Sua Palavra deu ênfase especial ao amor. Desde o
Velho Testamento Ele deixou leis e mandamentos sobre a prática
deste amor destacando alguns segmentos marginalizados como:
pobre, necessitado, viúva, órfão e o estrangeiro. Na Bíblia
encontramos 16 versos enfatizando as boas obras e 116 falam sobre a
prática do bem.
Deus em toda a Sua Palavra deu ênfase especial ao amor. Desde o
Velho Testamento Ele deixou leis e mandamentos sobre a prática
desde amor destacando alguns segmentos marginalizados como:
pobre, necessitado, viúva, órfão e o estrangeiro. Na Bíblia
encontramos 16versos enfatizando as boas obras, 116falama prática
do bem.
CITAREMOS ALGUNS:
ÊXODO
22:22 – A nenhuma viúva nem órfão afligires.
23:6 – Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda
LEVÍTICO
MODULO VI
CAPELANIA URBANA
Acontecesse em cumprimento das Escrituras. (João 15.25; 17.12).
Quando chegou ao fim do seu sofrimento, exclamou: “Está
consumado!” (João 19.30). Jesus mostrou, também, uma grande
dedicação a qual devemos procurar imitar.
Jesus era dominado por íntima compaixão pelos homens e amor
pelos pecadores. Compaixão é uma expressão de amor que nos
desperta sentimentos de dor e condolência pelo sofrimento de
alguém, bem como a vontade de poder ajudar. Jesus mostrou esta
atitude diante das massas que o cercavam (Mt 20.34). Ele nos viu
como ovelhas que não tem pastor (Mt 9.36); Ele teve compaixão dos
enfermos (Mc 1.41) e dos que sentiam tristezas, compadeceu
ternamente dos fracos (Hb 4.15). Jesus quer que o nosso sentimento
de compaixão e de misericórdia caracterize a cada crente, consoante
o que ele disse: “Sede, pois, misericordiosos”. (Lc 6.36).
Nas moradias subumanas há um grande clamor conforme esta na
palavra de Deus no Salmo 26. 7-9.
TEMAS ABORDADOS
• Evangelização dos mendigos
• O que o novo convertido precisa saber?
• Como evangelizar drogados, alcoólatras,
• Moradores de ruas
• Evangelização de pessoas em geral sem distinção de raça, credo
ou posição social.
MODULO VII
CAPELANIA ESCOLAR
O que é Capelania Escolar?
Deus nos deu um dom especial (I CO 7.7) que deve ser usado para
transformar a vida e a realidade das pessoas. Você pode colocar seu
dom a disposição de Deus para servir como voluntário em uma
escola. É muito importante que você participe de um treinamento
para saber os desafios e oportunidades das escolas em nossos dias.
a) Da sua aposentadoria.
b) Da sua família que lhe enviará como missionário.
c) De uma igreja que fará parte do projeto “Adote umaEscola”.
d) De uma junta missionária.
e) Ou de outras fontes que lhe permita o sustento mínimo.
Vencida essa fase, o Capelão que atuar dentro de uma escola pública
se tornará em muito pouco tempo uma pessoa bastante respeitada.
Seu ministério influenciará toda comunidade escolar e seus
familiares. Não temos dúvidas de que a Capelania Escolar é uma
poderosa ferramenta para a evangelização dos nossos dias.
Concomitantemente com a evangelização, também observamos de
forma prática que a Capelania tornou-se uma grande estratégia para a
transformação do ser humano em seu múltiplo perfil, a saber: Bio-
Psíquico - Social.
Metas:
É de conhecimento que as escolas são vítimas de violência tanto física
e moral, e que essa violência muitas vezes são praticada por
ex-alunos da própria escola que uma vez sentiram-se discriminados e
rejeitados perante a sociedade e até mesmo no seio da família. A
capelania tem por objetivo levar uma palavra de amor e
compreensão, palavra esta dirigida não somente aos alunos, mas
também aos familiares e educadores.
O objetivo principal da capelania escolar é: aproveitar este espaço
concedido para evangelizar a todos, dentro do perímetro escolar.
É assim que a Capelania estará cumprindo suas metas e objetivos
cumprindo o IDE de Nosso Senhor, JESUS CRISTO; (Mc: 16:15.)
A Bíblia diz: ensina a criança no caminho onde deve andar (Pv. 22.6).
MODULO VIII
CAPELANIA PRISIONAL
“Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que
sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoafôsseis
os maltratados”.
Com este ensinamento entendemos que o Senhor quer alcançar não
somente as pessoas enfermas, mas as que se encontram em regime
prisional, também. Em todo o Brasil, juntando os familiares, que
também são vitimas, chega-se aproximadamente a mais ou menos
quatro milhões de pessoas.
Certamente a maior dificuldade que enfrentamos quando falamos em
evangelismo em Presídios é inicialmente dentro das igrejas que
não tem a Visão do Reino de Deus e sim a Visão de Reinado (minhas
ovelhas, meu dízimo, minha igreja, meu tudo...). Pastores que se
apascentam a si mesmos (Ezequiel 34). Quando uma igreja não
consegue vislumbrar que a maior missão dela é pregar o evangelho,
esta igreja está fadada ao fracasso denominacional, onde muitas
delas se transformaram em clubes sociais, encontros dominicais e
seguem nesta marcha cega, fora do Propósito doSenhor.
OS TIPOS DE DETENTOS:
• Os que estão atrás das grades
• Os que estão presos dentro de si mesmo
• Os que estão presos do lado de fora das delegacias e presídios
(familiares).
G1 –BRASIL
Um estudo feito em 04/11/2013 12h02 - Atualizado em 04/11/2013
12h14, de antemão, dados que fazem parte da sétima (7ª) edição do
Anuário Brasileiro de Segurança Publica, informou que numero de presos
cresceu quase 10% entre 2011 e 2012, passando a população carcerária
de todo país de 471,2 mil para 515,4 mil, um aumento de 9,39%. No
mesmo período, revelou o levantamento, as vagas nos presídios
brasileiros cresceram apenas 2,82%: saíram de 295,4 mil para 303,7 mil.
De acordo com o estudo, a média de ocupação nas penitenciárias do
Brasil é de 1,7 detentos por vaga. As estatísticas que demonstram a
superpopulação carcerária noBrasil.
Este levantamento foi produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança
Pública e Justiça Criminal, banco de dados administrado pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública, um órgão vinculado ao Ministério da
Justiça. Ainda há mais por saber: Taxa de homicídios em todo o Brasil
aumentou 14% no ano passado e número de estupros no país supera o de
homicídios dolosos, diz estudo
Estupros
O número de estupros registrados no Brasil em 2012 foi maior que o de
homicídios dolosos (quando há intenção de matar), segundo dados do
Anuário. Segundo o levantamento, o país registrou 50.617 casos de
estupro em 2012, o que equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil
habitantes. Um avanço de 18,17% em relação a 2011, quando a taxa foi de
22,1 por grupo de 100 mil. O número de homicídios dolosos registrados
em 2012 foi de47.136.
Uma vez sendo aplicado o exercício de visitação da capelania; temos
a convicção de que Deus sem dúvidas estará levando através da Sua
Palavra a oportunidade de uma libertação espiritual total, pois os
capelães entendem que estarão dando continuidade no ministério
glorioso de Jesus. (Lc. 4-19).
Lembremos do que está escrito no livro do profeta (Isaías 61.1-4),
aliás o proprio Jesus Cristo fez questão de ler em uma sinagoga o
texto referido, por saber que esta é a sua grande obra quando Ele
propos dar liberdade não somente física, mas principalmente
espiritual conforme (Lucas 4).
"O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar
os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração. A apregoar
liberdade aos cativos e dar vistas aos cegos; a por em liberdade os
oprimidos; a anunciar o nao aceitável do Senhor”. (Lc . 4: 18,19).
MODULO IX
CAPELANIA ESPORTIVA
O QUE É UM CAPELÃO ESPORTIVO?
É uma Autoridade Eclesiástica credenciada e reconhecida pelo
Governo Federal e Internacional, que trabalha com atletas e
familiares de todas as religiões, modalidades e categorias esportivas.
A figura do Capelão é conhecida e respeitada no Brasil e no
mundo, mas sempre ligada a Hospitais e Exércitos, ainda.
Apesar de a capelania esportiva não ser conhecida, existe muita
gente se aproximando de jogadores de futebol, atletas em geral dando
profetas e ensinando heresias, prestando uma consultoria sem
fundamentos bíblicos tipo: não precisa fazer tratamento e nem tomar
remédios, bastar crer na Bíblia, orar e ter fé pra ser curado de lesões,
etc.
É fato, mas a medicina com os seus profissionais, medicamentos
e tratamentos são um presente de Deus em beneficio da humanidade.
Tem capelães mal preparados que aconselham atletas a jejuarem,
fazerem vigílias de oração em véspera de preparação de jogo,
colocando o atleta de encontro aos treinadores e líderes, pois a
alimentação e o sono são partes fundamentais para o bom
desempenho.
Os Atletas de Cristo, atualizados com o nome de “capelães”
surgiram nos Estados Unidos com o objetivo de evangelizar e
discipular atletas das universidades americanas, foi um projeto
muito abençoado por Deus, alcançou outros países e aqui no nosso
Brasil, já tem pouco mais de 30 anos em ação.
MODULO X
CAPELANIA MILITAR
O que vem a ser um ‘capelão militar’? É também chamada de
capelania castrense; trata-se de um ministro religioso autorizado a
prestar assistência religiosa em comunidades, colégios,
universidades, hospitais, presídios, corporações militares (Exército,
Marinha, Aeronáutica, Policias Militares e aos Corpos de Bombeiros
Militares). Existem nessas instituições as capelanias evangélicas e
católicas, objetivando assisti aos integrantes das forças armadas nas
diversas situações da vida. Esse atendimento é extensivo aos
familiares também.
A capelania militar é importante, por contribuir na formação
moral, ética, social e religiosa dos integrantes militares; e, para se
tornar um “Capelão Militar”, o interessado deve ser: ministro
religioso (padre, pastor, etc.), ter formação superior em Teologia,
(conforme a Legislação Brasileira, Bacharel em Teologia), experiência
comprovada no ministério cristão e ter sido aprovado em concurso
público de provas e títulos. Ao ser aprovado no concurso especifico, o
militar capelão é matriculado em curso militar de ‘Estágio e
Adaptação de Oficial Capelão’.
A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, inciso VII
que é “assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. A lei
6.923, de 29/6/1981, alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988, organizou o
Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. A partir desta
legislação temos definido que:
1) O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar a
mesma assistência e espiritual aos militares, aos civis das
organizações militares e às suas famílias, bem como atender a
encargos relacionados com as atividade de educação moral
realizadas nas Forças Armadas, (Lei 6.923, art.2º).
2) O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães
Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou
pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a
disciplina, a moral e as leis em vigor, (Lei 6.923, art. 4º).
3) Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de
capelão militar, seja mantida a devida proporcionalidade entre os
capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva
Força (Lei 6.923, art. 10).
MODULO XI
CAPELANIA CEMITERIAL
Quando morre alguém esse acontecimento mesmo indesejado e
doloroso, nos traz uma grande oportunidade de fazer uma melhor
reflexão:
1) Como está nossa vida para com o Senhor o nosso Deus?
2) Qual é a nossa real condição espiritual para enfrentar uma
eternidade?
3) Em se tratando de um momento delicado, sofrido e muitas vezes
até mesmo desesperador, os Capelães tem por objetivos levar aos
familiares e amigos da família uma palavra de consolo e conforto
espiritual, mostrando aos presentes através da palavra de Deus, que
nem sempre a morte é o fim. E que o nosso Deus em Cristo Jesus tem
um propósito em tudo, conforme a sua Palavra; (João 14. 2,3).
Também sugestões para mensagens; cerimônia em casa, na igreja ou
velório e o evangelismo nesta hora.
A Capelania com muita habilidade poderá realizar um excelente
trabalho de evangelização: levando apoio com orações e consolo, aos
entes queridos, familiares e amigos e convidados em geral. Pois o
Capelão estará levando uma palavra de compadecimento, e conforto
(Is 49:10; Fl 2:1; Cl 2:2; I Ts 4:18).
O capelão não deve impedir que familiares expressem a saudade,
chorando, por exemplo, esse não é o nosso papel.
O Conforto de Deus
Podemos enfrentar as adversidades da vida, com mais forças quando
nos entregamos ao Senhor Nosso Deus em Cristo Jesus e confiamos
que Ele pode nos proporcionar uma força Divina para vencer (Fl.
4:13; Sl 30:11).
CONCLUSÃO
O objetivo da capelania pastoral está verdadeiramente em Romanos 1. 16
que diz: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”; falar da salvação
levando consolo, conforto e atendimento aos sofredores transmitindo-lhes
ensinamentos bíblicos para o crescimento em todas as áreas.
Histeria.
A histeria é, provavelmente a mais extrema forma de neurose. É
caracterizada por várias manifestações corporais, a despeito de sua
origempsicogênica: cegueira, surdez, ataques convulsivos e paralisia.
Estes sintomas corporais são taxados de histeria da conversão. O que
acontece é que os impulsos do indivíduo carregado de ansiedade, são
estorvados e, porque não encontrama sua expressão externa natural,
explodememcanais moto-sensórios mais imediatamente disponíveis
do organismo sofredor.
Psicoses.
A psicose é equivalente à insanidade. Ao contrário do neurótico, o
psicopata não tem consciência de sua enfermidade. Vive em seu
próprio mundo e este é muito real para ele.
Está completamente fora de contato com o mundo-circundante. O
procedimento do psicopata lhe é peculiar e o seu falar é irracional. As
psicoses são muitas vezes divididas em duas classes: orgânicas e
funcionais. Tal classificação não deveria ser considerada absoluta, uma
vez que ambas essas fontes podem contribuir para o indivíduo
psicótico. Entretanto, há psicoses cujas origens dependem mais de uma
do que da outra fonte, e tal classificação ajuda a distingui-las.
Paresia.
Paresia geral é muitas vezes chamada paralisia geral. É relacionada
com a condição do cérebro. Alguns dos sintomas incluem ilusões de
grandeza, deterioração mental e paralisia progressiva. A destruição do
tecido nervoso do cérebro é produzida pelo 'treponema pallidum', um
agente infeccioso responsável pela sífilis. Ele trabalha gradualmente e
o procedimento da pessoa é afetado somente depois de muitos anos. O
procedimento é parecido com um enfraquecimento da fibra moral da
pessoa, porém, mais tarde, verifica-se que o proceder tem raízes em
séria doença cerebral da vítima.
Sindrome de Korsakow.
Esta resulta de uma intoxicação aguda e de 'delirium tremens'. O
sistema nervoso inteiro torna-se inflamado. Pode tambémresultar de
outro agente envenenador, como o álcool, mas isto não é, usualmente,
o caso. Ocorrem defeitos de memória e o paciente, no esforço de
encobri-los, inventa .
Senilidade.
A senilidade é simplesmente um atrito do cérebro, proveniente da
velhice. As duas causas principais são: 1) falta de suprimento
sanguíneo ao cérebro; 2) arteriosclerose. Hátambémo fator ambiente,
que exerce pressão psicológica sobre as pessoas idosas, para se
ajustarem e adaptarem a novas situações. Ora, isto é muito difícil, pois
se sabe que as pessoas idosas, geralmente, são muito rígidas em seus
pontos de vista.
Maníaco-depressiva.
A psicose maníaco-depressiva é um estado em que o indivíduo
experimenta uma série alternada de elações e depressões. O termo foi
introduzido por E. Kraepelin em 1899, que descreveu a condição como
uma série de quadros, sendo cada um deles uma forma de 'simples
processo de doença'. No estado maníaco, o procedimento individual é
semelhante ao que está intoxicado: o estado de depressão semelhante
ao de quem está narcotizado, e tanto fatores geno gênicos como quimo
gênicos contribuem para esta condição.
Esquizofrenia.
Esta é a forma mais comum da psicose. Sua natureza fundamental
ainda não foi explicada. O mais antigo nome pelo qual foi outrora
conhecida é 'dementia praecox'. A significação essencial da
esquizofrenia é: ruptura da personalidade. O indivíduo sofre de
afastamento, desorganização e distúrbios nas suas relações com
outras pessoas. Há quatro tipos de esquizofrenia, assim comumente
chamados: simples, paranóico, catatônico e hebefrênico.
a) Esquizofrenia simples
Esta pessoa não está fora de contato com a realidade, mas leva vida
solitária. É pessoa quieta e, às vezes, muito satisfeita. Mostra uma
gradual perda de interesse, falta-lhe afirmação própria e não mostra
precoce promessa de desenvolvimento normal. Apresenta crescente
ineficiência em atender reuniões sociais.
b) Esquizofrenia paranóica
Neste tipo, as ilusões desenvolvem-se a ponto de o indivíduo
considerar-se Napoleão ou Cristo. Ouve seu nome ser declarado famoso
e recebe importantes mensagens de altas autoridades. Pensa que os
outros o perseguem e chega a ouvi-los murmurar contra ele. Vê as
pessoas espreitando das janelas; sente cócegas elétricas que estão
dirigindo contra sua pele; sente o veneno que estão pondo em seus
alimentos.
c) Esquizofrenia catatônica
Aqui, o sintoma característico é sobre a motilidade. A pessoa assume
posturas peculiares e faz gestos estranhos. Sofre de fases de estupor
catatônico e excitação. Os episódios de excitação são curtos, mas
perigosos, com possíveis resultados de homicídio ou suicídio.
d) Esquizofrenia hebefrênica
É o menos indefinido dos quatros tipos. A característica mais comum é
a estupidez, o rir ou o gargalhar sem motivos, falatório incoerente,
com palavras de invenção própria. O doente come com os dedos,
negligencia os hábitos de higiene e lambuza-se comas próprias fezes. A
sua total inclinação é para uma regressão ao estadofetal.
e) Personalidade psicopática
Este tipo de pessoa não é neurótico, nem psicótico, mas a básica
condição emocional é semelhante à do neurótico. É vazio de
sentimentos para com os outros. Não tem capacidade de aprender a
mudar seu comportamento, seja por preceitos, seja por experiência.
Não é capaz de conviver com o resto do mundo, e, de fato luta contra a
sociedade, violando seus códigos. Se não resiste de maneira ativa aos
padrões éticos, rebela-se passivamente, levando uma vida inútil,
desordenada, irresponsável. Para ele, o mundo é a causa de todas as
dificuldades. Este grupo inclui tais pessoas como alcoólatras,
criminosos habituais, os anormais sexuais e os inúteis emgeral.
MOTIVAÇÃO HUMANA.
O conselheiro cristão ou pastor confronta o homem primeiramente
como um ser religioso, com responsabilidade moral para com o seu
Criador e se dedica à ativação positiva do senso de dever de seu cliente.
O ministro é chamado para motivar as vidas dos homens em direção
da harmonia e da plenitude do ser, nesta vida, e para a preparação
para a vida vindoura. Para ele, o homem não é primariamente uma
criatura biológica, nemum ser somente racional, mas umser espiritual
que tem uma eterna escolha a fazer entre o bem eo mal. Esta escolha é
o resultado da motivação.
A motivação é mais do que simples matéria-prima ou atividade
instintiva, e envolve também a complexidade de inter-relações, bases
culturais e influências. Esta é, também, uma abordagem psicológica e,
portanto, é necessário considerar o condicionamento também nas
possíveis modificações de motivos e pensar-se no fato de que nenhuma
atividade psicológica é destituída dos mesmos. Em todos os motivos há
um grau de interesse espontâneo controlado, como também um de não
controlados. O trato dinâmico responde ao incentivo que, por seu
turno, motiva o comportamento.
Motivação na estrutura do desenvolvimento da personalidade.
Freud sustentou ser o homemessencialmente bestial emsua natureza,
com fortes influências determinísticas exercitando-se sobre ele,
constituindo-se tais influências a própria natureza da sua animalidade.
Por causa desta estrutura organística básica, o homem não pode
deixar de fazer o que faz. É instintivamente´cruel, agressivo,
destruidor, desejoso de satisfazer o seu mais forte impulso, que é o
sexo. O homem é inerentemente mau, sempre inclinado para a luxúria.
A consciência é arcaica, estúpida e malevolente. O id expressa,por
meio dos instintos, os verdadeiros propósitos do organismo animal.
Estes instintos são expressos como 'cumprimento-do-desejo' e 'impulso
da necessidade'.
Cumprimento-do-desejo é uma atividade psicológica do organismo
para descarregar a tensão, dentro do mais alto padrão motivacional.
(p.e, uma pessoa com fome visualizará o objeto do desejo, ou seja, o
alimento, que o seu corpo está ansiosamente apetecendo). O impulso da
necessidade uma atividade biológica em relação com a natureza
psicológica do cumprimento-do-desejo. Sendo a natureza do organismo
o que é na realidade, o id esforça-se por satisfazer estes estímulos
básicos. É o cumprimento destes impulsos e a subseqüente gratificação
que determinam a direção do comportamento.
Carl Rogers, por outro lado, insiste em que o homem se comporta na
base da dignidade e responsabilidade pessoal. O homem tem uma
tendênciainternaqueconstantementeoimpeleparaomelhoramentoe
o crescimento. A sua propensão natural é a de crescer, mais do que a
de regredir. O homem é um organismo que está constantemente
mudando, comvalor intrínseco e propósito de comportamento - umser
racional sempre lutando para a si mesmo se 'atualizar'. O homem não é
fragmentado, mas antes um organismo que age como um todo.
Contrário ao conceito freudiano, Rogers não aceita o ponto de vista de
que motivações inconscientes desempenhem papel maior no
comportamento. Ele aceita a pessoa pelo que ela diz ser. Uma pessoa é
o que a mesma percebe que é. Para Rogers, o ponto mais vantajoso
para a compreensão do comportamento é o quadro interno de
referências do próprio indivíduo.
RUMOS DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO.
O aconselhamento tem sido classificado em duas grandes divisões:
Diretivo e Não-Diretivo, as quais estão muito distantes uma da outra e
representam duas tendências dominantes, muitas vezes refletidas no
aconselhamento pastoral. V. James mannoia, Ph.D, propõe ainda um
terceiro tipo de aconselhamento que inclui, parcialmente, ambos os
conceitos (diretivo e não-diretivo), por considerar mais adequado,
primariamente, por causa dos seus mais amplos aspectos
dimensionais.
Aconselhamento Diretivo.
Este tipo de aconselhamento tem as suas raízes na tentativa
psicanalítica do estudo da personalidade e Sigmund Freud é
grandemente responsável pelo seu desenvolvimento. Jung, Adler e
Rank, ex-discípulos de Freud, estabeleceram as suas próprias hipóteses
e muito contribuíram para o crescimento desta teoria. O
aconselhamento diretivo esta alicerçado no estudo de casos
individuais. Além da manipulação do cliente, Freud usava a análise dos
sonhos, o conceito de transferência e a livre associação. O inteiro
sistema era construído sobre a base histórico-biológica da meninice,
dando-se ênfase ao esquema-revelador do desenvolvimento da
personalidade, através dos estágios oral, anal e genital, em uma rígida
tabela de necessidades orgânicas de prazer.
Como as relações com outras pessoas se tornaram importantes para a
criança em crescimento, ela recebe em si mesma os ideais daquelas,
como se fossem um superego ou consciência exercendo o controle dos
impulsos de busca do prazer, na qualidade de pessoa moralmente
responsável, para aprovar as normas sobre as quais as suas relações
interpessoais podemser mantidas de maneira aprovada socialmente.
A premissa básica da psicanálise é que o entrelaçamento do indivíduo
com o seu ambiente determina a conduta emocional. O
desenvolvimento da personalidade repousa sobre uma lei de causa e
efeito de ordem psíquica., de tal modo que toda a experiência mental
tem uma causa, seja no consciente ou no subconsciente. A análise,
portanto, é a função dominante no aconselhamento diretivo. O
conselheiro diretivo toma o controle da entrevista no próprio começo e
a conserva, durante todo o seu intercurso. Faz perguntas ou sugestões
que ele pensa, trarão informação ao longo da sua linha de
investigação. Toma a liberdade de salientar frases, palavras ou
sentenças usadas pelo aconselhamento e delas tira inferências que
pensa seremsignificativas. Interpreta ao cliente aquilo que deste ouve,
em um esforço para leva-lo a ver porque diz ou sente assim e assim. se
houver qualquer resistência ao papel interpretativo do conselheiro,
essa mesma resistência será analisada e interpretada ao aconselhando.
O passado do aconselhando é trazido à luz da situação presente,
reconstruído, a ele novamente explicado, e novas conclusões são
alcançadas. Através do processo do aconselhamento os alvos são
fixados pelo conselheiro e não se considera a terapia como completa
sem que tais alvos sejam alcançados.
Crítica ao aconselhamento-diretivo.
Contrastando como papel dominante do conselheiro, o aconselhando é
absolutamente passivo. Isto não resultaria em crescimento da
personalidade, pelo contrário, tende a criar dependência. A pessoa não
exercita o poder de avaliar e selecionar alternativas, porque as
decisões são-lhe meramente apresentadas já acabadas. A
responsabilidade da solução dos seus problemas simplesmente escapa
dele para o conselheiro, que assume a figura de um pai ou de qualquer
outra importante pessoa na sua vida anterior. Este abrandamento de
responsabilidade pessoal pode trazer ao indivíduo uma momentânea
sensação de alívio, mas não o habilita a resolver problemas futuros.
Por outro lado, uma pessoa em busca de ajuda pode reagir contra o
controle avassalador do conselheiro diretivo e, assim, construir um
sentimento de resistência que torne impossível uma terapia efetiva.
Pode ocorrer, também, que haja o reflexo da personalidade do
conselheiro. Um Ministro (Pastor) pode estar simplesmente refletindo a
sua própria personalidade na maneira de aconselhar, ou a sua posição
teológica. Tambémé possível que o seu uso de um método diretivo seja
apenas uma estratégia de sobrevivência para a preservação do seu
próprio ego ou do seu status vocacional. Conhecidas ou não do próprio
ministro, existem razões várias para que ele lance mão do método
diretivo para o seu aconselhamento.
Os métodos de aconselhamento empregados pelos pastores estão
relacionados com a sua orientação teológica. Segundo o Dr. Mannoia,
no aconselhamento diretivo a ovelha é levada como uma pessoa
completamente desajustada, sem qualquer possibilidade de resolver o
seu próprio problema, porque é basicamente pecadora e nada pode
fazer sem a intervenção da assistência divina.
Tal consideração força o conselheiro no intuito de garantir tal ajuda e
tal direção, a tornar necessária a comunicação de autoridade para com
a mesma. No aconselhamento diretivo o ministro está comunicando
realidade com um sentido de ritual. A ovelha o vê como representante
da Igreja, das tradições e até do próprio Deus e, conseqüentemente, não
poderia ser despedida sem ter recebido a esperada assistência de tal
'mediador'. Tudo quanto o indivíduo alcança de valor não é seu
próprio, mas lhe é dado sobrenaturalmente. Assim, ele pode ligar todas
as suas aquisições de valor intimamente à agência comunicadora do
ministro, e também a terapia alcançada é relacionada com o ministro
como personagem-chave.
Aconselhamento Não-Diretivo.
As raízes do aconselhamento não-diretivo encontram-se mais na
exploração do sentimento do que do conteúdo, como é o caso do estilo
psicanalítico. Carl Rogers foi o pai e figura preeminente deste método.
O aconselhamento diretivo corre numa direção de baixo para cima, o
aconselhamento não-diretivo move-se de dentro para fora. Um é
vertical, o outro horizontal. O aconselhamento Diretivo é orientado
pela emoção e pelo fato, enquanto que o não-diretivo é orientado pela
emoção e vontade. Crescimento, não diagnose, é a chave desse
aconselhamento. Isto é cuidadosamente elaborado por Rogers emdoze
passos característicos que representam um padrão geral no processo
terapêutico do crescimento da personalidade.
1) O indivíduo vem em busca de ajuda por sua própria iniciativa,
porque reconhece a sua necessidade.
2) O conselheiro define a situação benéfica emque o cliente pode ser
livre para resolver o seu próprio problema.
3) O conselheiro encoraja a livre expressão do sentimento em relação
com o problema por meio de uma atitude amistosa e receptiva.
4) Oconselheiro aceita, reconhece e esclarece sentimentos negativos
indo ao encontro da condição emocional do aconselhando e não do
conteúdo da conversa.
5) A liberdade do indivíduo poder expressar livremente os seus
sentimentos negativos; usualmente resulta na expressão de impulsos
que contribuem para o crescimento.
6) O conselheiro aceita os sentimentos positivos da mesma maneira
porque aceitou os sentimentos negativos.
7) A introspecção do aconselhando emseu próprio ego e aceitação do
mesmo.
8) Um processo de clarificação pelo aconselhando de possíveis decisões
ou atitudes a serem tomadas.
9) O início de ações positivas, pequenas, mas de altasignificação.
10) Posteriores introspecções, compreensão do ego mais completa e
acurada, à medida que o indivíduo ganha coragem para olhar mais
profundamente dentro de suas próprias ações.
11) O aconselhamento tomará atitudes cada vez mais integradas e
positivas - menos receio de fazer opções e mais confiança em ações
auto dirigidas.
12) Um sentimento de diminuição gradual de necessidade de auxílio, e
reconhecimento, por parte do aconselhando, de que o processo deve
parar.
Estes passos estão estruturados numa assunção básica de que o
indivíduo tem a capacidade latente, se não manifesta, de a si mesmo se
compreender e ao seu problema, o suficiente para guiar o seu próprio
procedimento e resolver os seus problemas de modo satisfatório. Por
meio da liberação destas forças positivas de crescimento da
personalidade, a sua atualização torna-se possível. As relações
horizontais de aconselhador-aconselhando manifestam congrugência
de percepção e de experiência ao ponto em que a conduta é mudada e
nova direção é tomada pelo exercício da vontade.
Não importa que ele compreenda a dinâmica das mudanças que se
estão operando dentro dele, mas somente que ele experimente a
mudança. Experimentar alguma coisa não é necessariamente
compreendê-la. Esta é a base fenomenológica da terapia efetiva no
conceito não-diretivo, que persiste, a despeito do criticismo que se
levanta contra o método. No estilo não-diretivo, o papel do conselheiro
é o de facilitar a criação da atmosfera e situações adequadas. Ele é
neutro, porque não dirige o curso da entrevista, mas aceita a pessoa
como ela é, e não a guia, nem avalia. Ele usa as atitudes expressadas,
mas não faz diagnose. Não faz esforço para decifrar sintomas nem
para analisar o pensamento do cliente. Ou a informação é dada, uma
vez que a relação do aconselhamento é orientada pela emoção e não
orientada pelo conteúdo, e a informação ou explicação que vier, será
da parte do aconselhando, como resultado da sua própria
introspecção.
O aconselhando tem, por outro lado, a chave do progresso na terapia.
Ele é o responsável pela direção e pelo fluxo da expressão. Ele faz uma
auto-exploração, por meio da expressão dos seus sentimentos e dos
esforços para explicar a sua conduta. Tem a consciência de ser, ao
mesmo tempo, observador e avaliador. Ao invés de se submeter a uma
reconstrução imposta de fora, é ele mesmo que reconstrói a sua
própria existência, em harmonia com a sua percepção. O conselheiro
não-diretivo afirma não fazer uso de técnicas, porque uma técnica é
uma ferramenta usada independentemente de sentimentos. Ao
contrário, as relações no aconselhamento são uma implementação de
atitudes, baseadas sobre genuína harmonia entreindivíduos.
Crítica ao aconselhamento não-diretivo.
O aconselhamento não-diretivo falha em que não fornece acesso
adequado, por causa de fragilidades inerentes básicas. Espera que o
aconselhamento emocional tome conta dos problemas não-emocionais
e, além disso, o grupo de pessoas em que ele pode ser usado é limitado,
desde que ele pressuponha um nível mínimo de compreensão pessoal e
de capacidade de reflexão.
O aconselhamento não-diretivo coincide com o preconceito de
Rousseau a respeito do homem – que este é inerentemente bom. Rejeita
a explanação biológica da Psicanálise, cujo conceito coincide com a
doutrina agostiniana da inerente e total depravação do homem.
O ministro que usa o método não-diretivo pode achar-se dividido entre
a obrigação do desempenho de um antecipado papel e a coerência com
um ponto de vista teológico. Ele está disposto a entregar o cliente à sua
própria guarda, na esperança de que, no íntimo, ele é plenamente
capaz de prover as suas necessidades. O conselheiro estará pronto a
abandonar o seu papel de autoridade e, em seu lugar, assumir
manifesta passividade para com o indivíduo. Deve estar disposto a
continuar indefinidamente, sem resultados visíveis, ou terminar seu
aconselhamento sem resolver os problemas. Haja ganho ou perda,
serão atribuídos tão somente à ovelha, que é a figura central desse
método de aconselhamento.
Inadequação aos dois tipos de aconselhamento.
O aconselhamento não-diretivo é inadequado para ir ao encontro das
necessidades terapêuticas do desenvolvimento da personalidade, por
causa do seu estilo coercitivo, analítico e prescritivo. Por outro lado, o
aconselhamento não-diretivo é inadequado pelos seus efeitos cíclicos,
internalizadosedesintegradores. Talvezumatentativamaisadequada
e que mais se harmonize com o que o aconselhador pastoral se esforça
por realizar, é o que se pode chamar de Aconselhamento Dimensional.
Este é uma tríplice relação no processo de aconselhamento e uma
tríplice perspectiva da personalidade total. A relação é entre o
conselheiro, o aconselhando e Deus. A direção desta relação é
horizontal, com um constante movimento para cima, de tal maneira
que o processo terapêutico completo forme uma figura semelhante a
uma pirâmide. A perspectiva é composta das dimensões biológicas,
racional e espiritual. A inter-relação destas três, dentro do total
organismo, provê a base genuína da terapia.
ACONSELHAMENTO DIMENSIONAL.
Neste modo de aconselhamento, o conselheiro não assume o papel de
autoridade, como no aconselhamento diretivo, como também não
assume posição de escutante interessado do aconselhamento
não-diretivo. Ele corresponde, pela palavra, pelo gesto ou sentimento,
ao conteúdo e harmônico conjunto da comunicação. A tentativa é feita
com a tri-partida dimensão da natureza do homem em vista. Um tal
reconhecimento da natureza complexa do homem influenciará o
aconselhador da seguinte maneira:
1. Ele conserva o seu equilíbrio e permanece humilde. Não fica
desencorajado, quando falha; reconhece que a liberdade do
homem pode ser empregada destrutivamente. Não se torna
orgulhoso quando alcança êxito. Reconhece que a liberdade
humana é a sua liberdade para afirmar os seus poderes contra
desigualdades opressivas.
2. O conselheiro vê-se a si mesmo de maneira mais realística. Ele
trabalha em relação com processos e em concordância com eles,
alguns dos quais podem não seguir necessariamente leis
científicas, empiricamente desenvolvidas.
3. O conselheiro tem um respeito crescente para com o
aconselhando, tanto comreferência ao que ele pode explicar como
também concernente aos que ele nunca poderá inteiramente
sondar ou predizer.
4. O conselheiro terá, ainda, respeito por si mesmo, o qual se
aprofunda, um respeito pelo que pode observar, avaliar e mudar e
um respeito pela parte que em si mesmo é influenciável, todo
significativo e inseparavelmente ligado ao Deus infinito.
A resposta do conselheiro é dirigida a um problema integrado que,
por seu turno, liberta uma resposta integrada da personalidade
em necessidade. Assim, o problema estará sendo enfrentado
perspectiva mente e a terapia move-se em sua totalidade.
Aconselhador e aconselhando movem-se um para o outro com um
senso de responsabilidade mútuas e uma crescente introspecção
para a sua unidade comum em recursos divinos. Forças espirituais
positivas, comunicadas pelo conselheiro, libertam forças
espirituais positivas, dentro do aconselhamento. Este é o
movimento unificante produzido pelo espírito transcendente do
homem, que é a chave do aconselhamento dimensional.
O gênio do aconselhamento dimensional repousa, então, no seu
terceiro fator – o espiritual. No aconselhamento diretivo, o
aconselhador é o fator significativo; no aconselhamento
não-diretivo, é o aconselhando; no aconselhamento dimensional, é
a obra do Espírito Santo. Esta força de crescimento está além e
fora do homem e, contudo opera entre os homens e no seu íntimo.
A natureza desta função é melhor expressada através do amor –
amor horizontal entre conselheiro e cliente, que é a expressão do
amor vertical, criativo e curativo. O aconselhamento pastoral
dimensional tem a sua premissa na assumida relação
fundamental do homem para com Deus.
Aconselhamento para crescimento.
O alvo final do ministro aconselhador ou conselheiro é o de
facilitar o crescimento da personalidade ao máximo nível de
maturidade. Para o pastor, este alvo sempre está dentro do
contexto de um quadro espiritual de referência. O ministro
pressupõe o diálogo Deus-homem na conversação, seja ela de
conteúdo 'religioso' ou 'secular'. O pastor reflete a mente de Cristo,
inteiramente cônscio da carga que assume, no ministério curativo
do seu ofício. A razão pela qual aconselha, finalmente, é substituir
a tensão pelo alívio, as trevas do desespero pela luz da esperança.
Nessa dimensão, três aspectos do aconselhamento devemser
considerados.
A] Levar o cliente a ajudar-se a si mesmo.
O ministro não é um mero despenseiro de conselhos, nem o seu
ofício o de fazer trocas, dando ao cliente um bom sentimento em
lugar de um mau ou despedindo-o, ao fim de uma entrevista, como
um novo homem. Há ocasiões em que é pedido um conselho e o
mesmo deve ser dado, contudo, isto não é propriamente
aconselhamento. Este é eficaz quando uma pessoa é levada a ver a
própria responsabilidade em sua cura, e quando a sua própria
vontade é posta em ação para assumir uma atitude positiva e uma
nova qualidade de procedimento. Não há verdadeiro
aconselhamento onde não se vê positiva mudança de
procedimento. Esta mudança é significativa para o indivíduo,
somente quando ele a inicia. Ele, então, é responsável pelo seu
progresso. O êxito do conselheiro mede-se pelo grau em que ele
consegue ajudar o cliente a ajudar-se a si mesmo.
5. O pastor não pode e nem deverá escolher um curso de ação para o
cliente, mas está obrigado a apresentar-lhe as várias alternativas,
exatamente como ele as percebe. Deve encorajar o aconselhando a
considerar quaisquer outras alternativas que possa reconhecer
por si mesmo. Em suma, o pastor não está escolhendo pela pessoa;
está apresentando um panorama de contingências que são
finalmente determinadas pelas escolhas esclarecidas da própria
pessoa interessada. O indivíduo, dessa forma, aprende a apoiar-se
a si próprio, a assumir espontaneamente a sua responsabilidade e
a considerar as conseqüências das suas próprias decisões. A
responsabilidade das decisões repousa sobre a própria pessoa que
as toma, conduzindo à verdadeira maturidade.
B] O ministro deverá identificar-se com o aconselhando.
Uma pessoa não pode identificar-se com uma outra sem exercer
introspecção na real condição daquela outra pessoa. Isto pode ser
alcançado por meio da observação das relações daquela com
pessoa com as outras, como o jovem que fica à margem, em um
ajuntamento social, ou que não toma parte nos jogos e nas
conversas. Algumas vezes esta introspecção vem por meio de uma
conversa com a pessoa em foco. Ela poderá expressar, por
palavras eventualmente pronunciadas, um desejo, uma dúvida,
revolta, solidão ou qualquer outro estado da mente. Enquanto o
conselheiro não se certifica ou pelo menos, não presume do estado
psicológico do cliente, não pode começar a identificar-se com ele,
em suas necessidades.
6. Identificação envolve, portanto, duas pessoas, em relação de
empatia, palavra que deriva de dois termos gregos (em + pathos)
que significam “sofrimento com”. É isso essencialmente o que
acontece na relação empática. Duas ou mais pessoas estão
sofrendo juntas. A pessoa que busca identificar-se com a outra
precisa sacrificar o seu próprio estado de alma para tornar-se
igual à outra pessoa. Isto é exatamente o que Jesus fez na
encarnação, pela qual Deus tornou-se homem. O pastor que se
identifica com aqueles que a ele vêm, renuncia a uma parte de si
mesmo para sofrer com eles. 'Alegrai-vos com os que se alegram e
chorai com os que choram' (Rm 12:15).
Essa identificação empática deve ser apenas temporária. Não se
trata de identificar-se com o aconselhando até o ponto de ficar
com ele ou para mostrar interesse por ele. O propósito é tornar-se
um com ele, para que ele possa ser elevado de sua condição a um
nível novo e superior. A identificação é o veículo que tem em vista
prover um ponto de apoio para um amigo sofredor, a fim de
levantá-lo. O objetivo da identificação é transferir recursos de um
para o outro. Depois de estabelecida a conexão, e no nível inferior
do sofredor, o conselheiro começa a voltar, gradativamente, ao
seu próprio nível e, com ele, espera trazer o seu paciente. Um
notável caso de identificação aconteceu quando Jesus entrou na
casa de Zaqueu, homem pequeno, solitário e odiado. Quando o
Mestre entrou em sua casa, tomou sobre Si aquele ódio e foi
criticado porque 'entrara para ser hóspede de um homem pecador'
(Lc 19:7). Essa identificação com Zaqueu foi o meio usado para
trazer transformação a um sofredor solitário.
O ministro deve estar cônscio dos perigos envolvidos. Quando
empa tiza com o aconselhando, não deve deixar-se levar pelos
tons sentimentalistas do problema. Eles o arrastarão para dentro
de um pântano de emoções, em que poderá ficar
desesperadamente atolado. Isto é especialmente importante ao
tratar-se com pessoas do sexo oposto. A fronteira entre o amor
cristão e a atração amorosa é, às vezes, por demais tênue. Muitos
conselheiros têm caído neste ponto, por se terem perdido no
contexto emocional da situação que têm emmãos.
O ministro deve participar eficazmente.
A singularidade do aconselhamento pastoral está no uso que os
participantes fazem da auto confrontação, ocorrente a qualquer
momento na relação, bem como da iluminação – humana e divina
– dada em seus encontros face a face, em um contexto cristão. Esta
acareação envolve três atividades distintas: ouvir, falar e
perceber.
a) Ouvir.
Quão difícil se torna, por vezes, para o ministro, prestar atenção,
apenas. Todo o seu treinamento e serviço têm lhe atribuído o papel
de iniciador, de exercer liderança. A função de ouvir, assim,
exige-lhe o oposto de toda a sua orientação. Este pode ser o mais
difícil ajustamento, no diálogo comunicativo, seja uma visita
domiciliar ou uma entrevista no gabinete pastoral.
Prestar atenção de verdade, contudo, não é exatamente acolher
palavras emitidas em nossa direção, que penetrem em nossos
ouvidos e registrem um fato ou pensamento, mas receber uma
comunicação em atitude responsiva para com um igual. Aquilo
que o aconselhador observa na confrontação exerce comunicação
de modo tão significativo como quaisquer das palavras ouvidas.
São essenciais à comunicação efetiva o fato de o ministro e a
maneira como o faz.
Ele precisa considerar o consultante como indivíduo que
experimenta a vida e todas as suas acomodações, exatamente
como ele mesmo. São dois iguais, em termos da universal luta
humana. As conseqüências de escutar de maneira eficaz são:
introspecção no significado das experiências, mais uma
associação ética com a sua final solução. Isto coloca o conselheiro
em uma posição de participação ativa. Comunicação efetiva
depende, em grande medida, do conselheiro saber ouvir não
somente no sentido de participar do dialogo comunicativo, mas
tambémno sentido de que está realmente buscando a significação
da experiência, na conversação.
b) Falar.
A essência do verdadeiro aconselhamento repousa na
comunicação da experiência humana em terminologia
significativa, em que duas ou mais pessoas se esforçam por
transpor o fosso natural e desconhecido entre elas. Tudo o que o
ministro diz deve ter propósito – mero palavrório somente
deprecia o diálogo. Quando, por vezes, o pastor não encontra
palavras adequadas, o silêncio valerá mais do que ouro. Não há
proporção estabelecida para cada interlocutor, quanto à parte na
conversação. É suficiente dizer que a sabedoria determina ao
ministro o quanto da sua participação verbal é necessária. Em
determinados casos, assumirá a parte principal da conversação,
ao passo que, em outros, poderá falar muito pouco. Estabelecer
uma norma rígida e dura de limitar as palavras do conselheiro,
com toda certeza acabaria por abafar o processo natural de
estabelecer harmonia. Por outro lado, o muito falar desconcertará
a iniciativa do aconselhando e, de maneira absoluta, reduzirá a
eficácia da sua comunicação com aquele que está em necessidade.
'Há tempo de estar calado e tempo de falar', já dizia o Sábio
Pregador (Ec 3:7).
Ao longo da conversação, precisa o ministro guardar em mente a
direção do discurso. O conselheiro dirige-se à pessoa, e não ao
problema, pois este último é simplesmente um sintoma de uma
pessoa que está em necessidade. A comunicação não deve ser
centralizada em torno do problema ou grupo de problemas, no
esforço de resolve-los; ou seu fulcro deverá constituir-se das
atitudes e dos sentimentos da pessoa nele(s0 envolvida(s). A
pessoa do aconselhando é o centro. Os problemas não respondem,
quando falamos; as pessoas, sim.
c) Perceber.
Assim nós percebemos um ao outro, assim agimos um para com o
outro. Isto se torna a regra básica do nossoprocedimento.
Segundo Paul Johnson, 'a percepção é, portanto, a primeira
condição do entendimento, a qual constantemente regula as
atitudes que tomamos e orienta os nossos esforços de
comunicação. Se os outros percebem que estamos atentos e
dispostos a responder, seremos abordados como pessoas
acessíveis à comunicação. Quando descobrimos esta mútua
correspondência, estamos emcondições de falar. E, ao falar cada
um ao outro, se cada um percebe ser o outro uma pessoa com
quem é possível partilhar experiências comuns e explorar
interesses mútuos, chegamos ao ponto de alargar a área da
compreensão, na qual afirmamos e permutamos valores de
significado sempre mais profundo'.
À medida que se desenvolve a conversação, é formada uma
percepção cada vez maior e mais realística de ambas as partes
envolvidas. O ministro percebe mais vividamente a outra
personalidade diante dele e, como conseqüência, mais
inteligentemente se movimenta no processo identificativo. O
aconselhando, por seu lado, abre seu íntimo, em face da
acessibilidade do ministro. Nenhuma das partes no diálogo pode
pretender ser o que não é, porque não demorará que as antenas
sensíveis da percepção descubram a realidade. Se o aconselhando
desconfiar que está sendo percebido com tons secundários
negativos, recuará e não mais comunicará as suas verdadeiras
necessidades; por outro lado, ao ver o ministro como pessoa
responsável, comunicar-se-á aberta e livremente com ele.
O ministro, mais do que qualquer outra pessoa, deve ser percebido
como acessível e a quem qualquer pessoa pode chegar com seus
problemas. A notícia corre, quando é descoberto um pastor que é
acessível. Para os que necessitam de conselhos, esta é a porta da
esperança que se abre e que pode conduzir à cura e ao
crescimento de almas.
Finalmente, o ministro deverá ter um ponto de referência,
conhecer as 'doenças do tempo' tão bem como ao povo que
devemos ajudar. O cenário social constitui-se em um significativo
ponto de referência que o pastor deve ter em mente, em seu
ministério de aconselhamento. O mais básico ponto de referência,
contudo, repousa no ministério da igreja, e este é o poder redentor
e curativo do Espírito Santo. Este poder incomensurável é a fonte
reconhecida de cura.
O Espírito Santo não é uma consideração meramente auxiliar ou
secundária no ministério do aconselhamento. Ele é central. O
ministro considera a sua própria pessoa apenas como
instrumento da relação dimensional entre umoutro indivíduo e a
verdadeira Fonte da cura. Não é nem à igreja nem ao pastor, em
primeira instância, que pertence o cuidado das almas. É Deus, em
Seu supremo ato de amor em Jesus Cristo, que cura o espírito do
homem. O conselheiro cristão deve corresponder à maravilha do
cuidado de Deus para com a alma e partilhar, com outros, do
conhecimento do poder curativo de Deus.
PSICOLOGIA PASTORAL
Pastores e Pastoras são conselheiros naturais em situações de crise.
Isto se explica em virtude das condições inerentes às funções tais como:
o relacionamento com o povo; a participação em muitas famílias e a
confiança que muitos depositam em seus líderes.
Qual é o papel do Pastor? Trazer significado e suscitar esperança
realística.
A ajuda do Pastor tem quatro aspectos:
1. O ministério geral do cuidado Pastoral está em a presença, o
ouvir, o calor humano e o apoio prático.
2. Aconselhamento informal.
3. Aconselhamento formal.
4. Aconselhamento em longo prazo para ajudar as pessoas a
reparar as causas psicológicas e ou as conseqüências de crises
severas.
Todos precisam de solidariedade, atenção e cuidados especiais
quando estão 'nadando em águas profundas'.
Qual é a experiência central na crise? Perda.
'Na maioria das crises ou perdas ocorre ansiedade pela separação,
sentimento de confusão quanto à identidade e necessidade de se
desenvolver novas formas de atender as necessidades emocionais
básicas'.
A NATUREZA E A DINÂMICA DAS CRISES
Todas as pessoas enfrentamsituações ou problemas que exigem
providências para se resolver.
Normalmente o desequilíbrio (ou a tensão) causado por algum
problema, é reduzido rapidamente através de meios conhecidos.
Uma crise ocorre no interior da pessoa quando seus meios
habituais de solução de problemas se tornam inefectivos
permitindo que o stress da necessidade não satisfeita, continue. O
stress surge pela não satisfação de necessidades físicas ou
psicológicas fundamentais.
Quatro fases no desenvolvimento da crise pessoal.
1. Problema – tenção – respostas habituais;
2. respostas inefectivas – ansiedade, confusão, culpa e
desorganização geral;
3. A tensão atinge nível tal, que a pessoa procura ajuda externa
(Aqui entra a procura pelo Pastor);
4. problema não resolvido – a tenção interior pelo não
atendimentodealgumanecessidade(doençapsicológica,
psicossomática, interpessoal ou de fundoreligioso).
O PROCESSO.
Qual deve ser a linha ou abordagem?
1. Escutar intensivamente e refletir sobre os sentimentos das pessoas
com simpatia e amor;
2. Utilizar questões com cuidado para focalizar a área de conflito
rapidamente;
3. Ajudar a pessoa a rever o problema em sua totalidade;
4. Oferecer informação útil;
5. Focalizar nos conflitos principais da pessoa, seus problemas e
decisões com o objetivo de esclarecer as alternativas viáveis;
6. Ajudar a pessoa a decidir o próximo passo e segui-lo;
7. Providenciar orientação prática, se necessário;
8. Oferecer apoio emocional e inspiração;
RESPOSTAS NÃO CONSTRUTIVAS..
1. Negação do problema;
2. Evasão do problema (via álcool, droga, etc.);
3. Recusar a procurar ou aceitar ajuda;
4. Inabilidade para expressar ou controlar sentimentos
negativos;
5. Exploração inadequada da natureza da crise e das soluções
alternativas;
6. Projeção nos outros da responsabilidade das cousas da crise;
7. Afastamentos de familiares, amigos e pessoas que poderiam
ser úteis para superação.
RESPOSTAS CONSTRUTIVAS.
1. Enfrentar o problema;
2. Aplicar a auto compreensão do problema;
3. Expressar e analisar sentimentos negativos tais como
ressentimento, ansiedade e culpa;
4. Aceitar a responsabilidade de lidar com o problema;
5. Explorar formas alternativas de lidar com oproblema;
6. Separar o que pode mudar do que é imutável na situação e
evitar o desperdício de energia na tentativa de mudar o imutável;
7. Livrar-se de expectativas exageradas ou pesadas impostas a si
mesmo;
8. Abrir canais de comunicação com pessoas úteis como
familiares, amigos e profissionais, inclusive oPastor;
9. Dar passos, ainda que pequenos, para lidar com o problema de
maneira construtiva.
PAUTAS ÉTICAS – PASTORAIS
Algumas pautas éticas – pastorais para o exercício do ministério
do aconselhamento pastoral.
Existe um certo consenso entre profissionais da área psicossocial
de que aquelas pessoas que se dispõem a ajudar, a avaliar os
dramas do sofrimento humano não podemignorar:
(1) a impossibilidade de neutralidade por parte do profissional;
(2) a gravidade dos problemas decorrentes do empobrecimento da
maior parte da população do mundo;
(3) Nos últimos anos tem crescido o interesse em desenvolver-se
padrões éticos para orientar as atividades de profissionais da área
de apoio, (Psicólogos, Terapeutas, Pastores e Psicanalistas e etc.)
às pessoas em busca da superação de seus dramas;
(4) Há hoje maior reconhecimento do 'papel e responsabilidade de
conselheiros e psicólogos visando a aliviar o sofrimento humano'.
Esses profissionais não podem mais ficar acomodados em seus
gabinetes: há uma tendência na direção de ação social urgente,
por parte desses profissionais, face à injustiça social.
Referindo-seaconselheiros eterapeutas omencionado afirmaque
é dever conhecer as econômicas, políticas e sociais que afetam o
direito humano à saúde, casa, trabalho, lazer, alimentação. É
necessário que os conselheiros determinem que passos deverão
tomar no sentido de realizar as necessárias transformações no
sistema global da sociedade. Dessa forma, os conselheiros em
geral, estão descobrindo que, para que haja mudanças individuais
significativas é impossível permanecer cego e mudo diante dos
males sociais. Há maior responsabilidade ética do Pastor que
exerce seu ministério em países empobrecidos.
1. Devemos ter consciência das necessidades básicas do ser
humano , do que está conseguindo através do trabalho e de como
as necessidades e comportamento influenciam o consulente;
2. Precisa-se de treinamento adequado para compreender os
problemas e para realizar o trabalho que , efetivamente , apóie as
pessoas que procuram o aconselhamento pastoral;
3. Embora devamos ter consciência dos princípios éticos elementares
e gerais é necessário reconhecer que se pode defrontar com situações
específicas em que se tenha que usar o próprio juízo e bom senso.
Muitas vezes não se encontram respostas claras e definidas para certas
situações humanas. Tem que aceitar a responsabilidade de buscar
aquelas respostas que sejam as mais adequadas;
4. Deve-se conhecer o que é a personalidade humana e o caráter
complexo das mudanças de atitudes e comportamento;
5. Uma vez que o compromisso pastoral é com o bem-estar
daqueles que cuida, é essencial que não se utilize os que procuram
para satisfazer as próprias necessidades;
6. É dever buscar formas que atualizem e ampliem o
conhecimento do ser humano, da bíblia, das Ciências Sociais;
7. Precisa-se evitar qualquer tipo de relacionamento que possa ser
uma ameaça ao relacionamento pastoral;
8. O segredo da confissão deve ser o ponto de honra. Se houver
alguma circunstância que possa afetar a confidencialidade do
processo, a pessoa a quem se está assistindo deve ser informada.
EX:. Caso em que a pessoa ameaça de morte a si ou a outros ou
corre risco de ameaça por terceiros.
Entende-se que a questão da confidencialidade passa antes de tudo, por
um auto-exame. O Pastor deve se perguntar se está realmente
interessado em ser ponto de apoio e ajuda, ou se está interessado em
bisbilhotar a vida alheia e tripudiar sobre suas fraquezas. Além disso o
compromisso da confidencialidade requer determinação, maturidade
pessoal e vocacional, o aprendizado paciente da autodisciplina e a
firmeza de caráter;
9. Deve-se reconhecer que a fé é compromisso cristão, que cria e
sustenta o sistema de valores e atitudes. Este pressuposto, é
lógico, irá influenciar o relacionamento pastoral com aqueles que
os procuram;
10. Deve-se informar claramente as pessoas que procuram ao
Pastor a respeito do significado do Aconselhamento Pastoral.
Outras informações sobre duração da sessão, número de vezes,
horário, etc. São tambémimportantes. É bomdeixar claro (por
exemplo, em situações de crise matrimonial) que a decisão de
procurar ajuda pastoral não significa que o casal não venha,
eventualmente, a separar-se;
11. Deve-se ter consciência dos limites da competência. Por isso se
deve recorrer, caso necessário, a supervisão de colegas ou outros
profissionais. Outra possibilidade é referir ao consulente, um
médico, psiquiatra, psicólogo, psicanalista, etc. Pelo fato da
limitação do trabalho junto a uma pessoa vítima de esquizofrenia;
12. É importante lembrar que atos falammais do que as palavras.
Queira-se ou não, as pessoas que procuram os Pastores, os vêem
como moderadores. Desta forma, o que se encoraja deveser
vivido.
PROCESSO DE ACONSELHAMENTO PASTORAL
Aconselhamento pastoral não é:
1. Dar conselhos;
2. Resolver problemas de outras pessoas;
3. Minimizar os dramas humanos;
4. Exortar;
5. Ler a Bíblia, fazer oração, pregar;
6. Fazer julgamentos morais a respeito de atitudes e
comportamento das pessoas;
7. Substituir ou concorrer comtrabalho profissional de
psicoterapia ou apoio psicológico no sentido estrito.
Aconselhamento é:
1. É o processo por meio do qual pessoas se encontram para
repartir angústias, decepções em busca da esperança do Reino de
Deus que restaura a dignidade humana e devolve os sonhos. A
conseqüência dinâmica deste processo deve ser o aprendizado
comum com o restabelecimento de um novo mundo e da recriação
da vida do homem e da mulher;
2. É o meio usado para cumprir-se o propósito essencial e
tradicional da religião cristã em ajudar o ser humano a estar em
paz com Deus. Consigo mesmo, e com o próximo;
3. O ser humano carrega em si mesmo a tendência natural para o
processo de cura. Amparar esse processo natural e remover os
obstáculos com psicoterapia, está no âmbito da possibilidade do
pastor. Evidentemente, é necessário para este fim, determinados
conhecimentos, tais como: o dom da distinção, muita prudência,
solidez, paciência e bondade;
4. Também no aconselhamento Pastoral, as pessoas devem ser
tratadas como adultas e autônomas. O objetivo é oferecer alguma
direção no sentido de como a vida humana pode ser integral na
presença de Deus e inspirar a coragem da ação baseada na
reflexão madura da própria pessoa.
O recente movimento de Aconselhamento Pastoral tem se
alimentado e desenvolvido a partir da psicologia profunda, da
psicologia clínica e da psicologia experimental. Não se pode
abandonar a teologia e, especialmente, os recursos da
antropologia bíblica; pois, isto tem trazido significativa
contribuição à eclesiologia.
COMPREENSÃO TEOLÓGICA – PASTORAL
Buscando Compreensão Teológica – Pastoral do Processo de
Aconselhamento Pastoral.
Aconselhamento, de modo geral, é disciplina não médica cujos
objetivos são: facilitar a agilizar o crescimento e desenvolvimento
da personalidade, ajudar as pessoas a modificarem padrões de
vida com os quais estão insatisfeitas e prover companheirismo e
sabedoria para as pessoas que estão enfrentando perdas e
desapontamentos em suas vidas. A tarefa do conselheiro é:
encontrar respostas que tragam alívio para as dores da alma,
remediar frequentemente e confortar (tornar forte, animar,
apoiar) sempre.
Nenhumconselheiro deverá explorar este campo buscando
gratificação emocional intima. A comunicação é, portanto,
terapêutica.
13. Os objetivos da cura são: a reconciliação dos conflitos através
de decisão do aconselhamento, movendo a vontade e a autonomia
das pessoas, o esclarecimento dos propósitos de vida da pessoa
que procura ajuda pastoral. Além disto, à comunicação no
Aconselhamento Pastoral é privilegiada: nemumdos dois divulga
suas interações a outras, sem prévio conhecimento.
O relacionamento no Aconselhamento Pastoral é focalizado nas
necessidades do 'aconselhamento'. A preocupação central do
pastor conselheiro é a qualidade do relacionamento entre os dois.
Qualquer definição de Aconselhamento Pastoral pressupõe que o
conselheiro pastoral tenha treino adequado e experiência
suficiente, para que não haja envolvimento pessoal ou que
comprometam a vida cristã.
Características distintivas
O que torna o aconselhamento em poimênica (Aconselhamento à
luz da Palavra).
A consciência de Deus no relacionamento terapêutico – pastoral é
fundamentada em sua dimensão teológica, e, na consciência da
relação de Deus com o processo de suas vidas. Deus torna-se a
Principal Pessoa no relacionamento terapêutico – pastoral. Em
vez de diálogo há triálogo.
A Consciência da soberania de Deus é a preocupação máxima das
pessoas que estão aconselhando. A preocupação profética por
fazer justiça, amar a misericórdia e andar em comunhão com
Deus, caracteriza o modo de ser do pastor -conselheiro e seu
ângulo de visão da vida e dos dramas humanos. Visa ainda
facilitar o crescimento de uma consciência madura. Em suma, o
pastor – conselheiro, leva a sério o compromisso com Deus, com o
próximo, consigo mesmo e coma sociedade. Podemos afirmar que
Aconselhamento Pastoral é a generosa participação com as
pessoas em sua luta por integridade moral em relação a Deus.
Três coisas necessitam ser ditas:
a) Precisamos, aprender a falar de Deus de uma forma
'secularizada'.
Quando o pastor é capaz de perceber a presença ou ausência de
palavras caracteristicamente religiosas como: esperança, alegria,
paz, cuidado, amor, interesse, vida, morte, e muitas mais na vida
das pessoas ele começa a assumir as características de pastor –
conselheiro, esteja ou não usando o jargão próprio da religião.
b) A discussão sobre a relação de Deus na vida da pessoa tem um
valor heurístico. A abrangência terá que ser no campo macro.
c) Alguns pastores, entretanto, só conseguem falar de maneira
'celestial' ou 'pastoral'. No outro extremo, há pastores que relutam
emtrabalhar a idéia e experiência de Deus no relacionamento do
aconselhamento. São dois extremos a serem evitados. Por outro
lado, o pastor não deve ser ingênuo. Ele deve saber quando as
pessoas tentam manipulá-lo para evitar tratar assuntos éticos,
dramas reais das pessoas, através de discussões estéreis sobre
temas religiosos.
Campos básicos de especialização do pastor conselheiro.
Qual é o 'conjunto de conhecimento' próprio do pastor
conselheiro?
Além do conhecimento das áreas de (psicologia, antropologia,
sociologia, filosofia, ética, medicina, psiquiatria) quepossibilitam
o exercício eficaz deste ministério, o pastor conselheiroé:
1. Especialista na literatura básica de sua fé;
2. Conhecedor das variadas formas de cultura religiosa na vida de
seus aconselhados;
3. O contexto pastoral da igreja. O pastor conselheiro representa,
aos olhos do aconselhado, a Igreja. Às vezes um problema que
aparenta ser inteiramente funcional ou secular, está ligado à
religião.
Para o aconselhado, o pastor-conselheiro é o líder da comunidade
religiosa.
A vantagem é que isto lhe dá o privilégio de tornar a iniciativa de
ir ao encontro das pessoas em tempos de necessidade. A
desvantagem é que esta posição tende a impedir que se veja o
pastor, como um conselheiro. A razão disto é que o pastor deve
também funcionar como pregador, professor, coordenador e
visitador.
Entretanto, aos seus próprios olhos o pastor se vê sempre no
contexto mais amplo da relação pastor x ovelha. Isto significa que
seu trabalho não é meramente de conselheiro, mas, de
pastor-conselheiro.
O papel do pastor diante da igreja o coloca numa situação
privilegiada, pois ele está em contato com situações que os
psicologistas considerariam 'normal'. Conseqüentemente muito
deste ministério é de natureza preventiva. Exemplos:
Aconselhamento pré-matrimonial, com recém-casados, com os
enlutados, com pessoas em vias de ser operadas, com pessoas que
planejam mudar de trabalho ou aposentar-se, com pais que
tenham problemas com filhas e filhos, e com pessoas que tenham
conflitos no casamento.
A vida comunitária da Igreja, quando percebida e utilizada
cientificamente, torna-se um organismo que pode prover
míni-sistemas de apoio à vida para pessoas de todas as idades e
condições de vida. A dimensão singular do aconselhamento
pastoral está no caráter comunitário do aconselhamento
desenvolvido pelo pastor. Nem mesmo o aconselhamento grupal,
quando realizado pelo pastor, é feito à parte do tecido social da
comunidade maior.
Outro elemento que torna o Aconselhamento Pastoral único, é o
caráter público do relacionamento pastoral. É convocado, em
função da natureza de seu próprio trabalho, a tomar posições
públicas acerca de questões controvertidas, o pastor não somente
aconselha pessoas em vias de divórcio ou novo casamento, como
também ele é chamado pela comunidade a tomar posição pública
sobre a questão. Ele 'aconselha' pessoas perseguidas por regimes
políticos repressivos e luta, publicamente, por justiça social e
participação política.
A ilusão de pretensa neutralidade ética é um luxo ao qual o pastor
conselheiro não pode permitir-se. A natureza mesmo de sua
ordenação ministerial exclui o luxo de um pretenso ministério
puramente privado que ignore a sociedade como um todo. Esta
ambigüidade causa tensão entre as responsabilidades públicas e
privadas do pastor conselheiro. A tensão existente entre sua
função pública e privada, é o solo no qual tem se desenvolvido o
movimento pastoral. A redução desta ambigüidade e tensão
elimina o elemento distintamente profético do processo de
aconselhamento. Pode até mesmo ser 'bom' aconselhamento, em
geral, mas, se isto ocorre não se trata mais de Aconselhamento
Pastoral. O pastor conselheiro tem uma responsabilidade
profética a conferir privadamente com pessoas, grupos, e
comunidades. Entretanto, a privacidade e confidencialidade
exigida em seu trabalho não podem impedir sua ação pública e
profética em beneficio do povo a quem ele serve privadamente.
Como resultado, ele se envolve no processo detransformação
social e serve como agente de conscientização a respeito das
injustiças na sociedade. Essas injustiças criam muitos dos
problemas das pessoas e familiares que vêm ao pastor
conselheiro. O pastor conselheiro é um ético.
Outro aspecto que torna pastoral o aconselhamento, é que o
pastor conselheiro lida diretamente e francamente com questões
éticas.
Algumas situações:
- Divórcio e novo casamento
- Eutanásia
- Opções políticas (violência ou não; lealdade ao sindicato; partido
e lealdade cristã)
- Sexo antes do casamento ou não
- Homossexualismo
Algumas questões são indispensáveis para Aconselhamento
Pastoral a partir de questões éticas:
a) suficientemente e competente informação quanto à natureza e
extensão da questão.
b) estabelecer relação transparente, responsável e de confiança
com a pessoa.
c) esclarecimento dos fatos ao nível de aceitação emocional
(ênfase á pessoa e sua situação existencial) em vez de pura
apresentação 'racional' dos 'fatos' á pessoa, ou casal.
A crise de valores.
A questão da permissividade.
A RAZÃO DO ACONSELHAMENTO PASTORAL
• O Pastor é visto como representante de Deus e da Igreja;
- Muitas pessoas procuram o pastor a fim de obter um aval para
suas atitudes ou comportamentos.
O Pastor conselheiro não pode ser um intruso ou forçar sua
entrada na vida de outrem. Ele deve ser autorizado pelo
aconselhando a aceitá-lo.
- O exercício desta função pressupõe coragem, iniciativa e
autenticidade de vida de comunhão do pastor.
A prática da 'benção pastoral' desenvolve-se através de processo
triplo:
a) O momento da confissão: (a paciência e capacidade de ouvir as
dores e angústias).
b) tomada de decisão e modificação de comportamento.
c) o momento do perdão.
-A comunicação da Boa – Nova e da Graça.
- A remoção da idéia de maldição sobre a pessoa.
- A remoção do fatalismo.
- O auto perdão, a raiva, os complexos e a depressão.
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO PASTORAL
A possibilidade de conhecer o homem – (Mc 10.45)
a) O ENFOQUE TEOLÓGICO
Conhecimento de Deus e Conhecimento de nós Mesmos.
Ao estudar o homem, nosso maior problema está na ilusão de que
o ser humano que podemos estudar hoje, possa ser completamente
transformado como em um reflexo imediato do instante
consecutivo. Se pudermos chegar a conhecer algo acerca de nós
mesmos é porque Deus nos havia revelado pela Bíblia e de uma
maneira especial em Jesus Cristo, segundo Adão (Rm 5.12-21; I Co
15. 21-25). Jesus Cristo é o Homem Novo, “... criado segundo Deus
em justiça e retidão procedentes da verdade.” Ef. 4.24. A Bíblia nos
diz que o homem foi criado a imagem de Deus, Gn. 1. Logo temos
uma origem: Deus. Podemos nos conhecer na medida em que
vamos conhecendo Àquele que nos criou. Somos imagem de Deus,
uma imagem que havia sido destruída pelo pecado. Podemos saber
que somos criaturas de Deus quando temos conhecido o criador.
Podemos conhecer o criador só porque reconhecemos que somos
suas criaturas. Só há um Deus e nós somos suas criaturas e é
muito pouco possível que não se ocupe de nós. Logo o
conhecimento de Deus e vice-versa, tanto o conhecimento de Deus
como o conhecimento do homem nos tem sido dado por revelação.
Não devemos confiar demasiadamente nas faculdades humanas. O
Dr. J.B. Rhaine afirma: 'Hoje conhecemos o átomo melhor que a
mente que conhece o átomo. Se pudéssemos chegar a obter o
elemento da matéria, estaríamos provavelmente em condições de
revelar e utilizar princípios diretivos de tremenda significação
para a vida humana e a sociedade.'
A Revelação do Homem em Jesus Cristo.
Podemos conhecer ao homem tanto quanto conhecemos a Jesus
Cristo, que é o arquétipo de homem, o Novo Adão, e que nos
restaura plena humanidade perdida pela caída do primeiro Adão.
Pelo mesmo tempo a que conhecemos o homem Jesus Cristo
podemos também conhecer Deus a nós revelado. No Livro de João
Ele nos disse que Felipe, desejando umconhecimento exaustivo de
Deus, disse ao Senhor: “Mostra-nos o Pai, e isso nos basta”, ao que
Jesus responde: Quem me vê a mim vê ao Pai, João 14.8-9. Deus se
revela em Homem Novo, Jesus Cristo. Temos encontrado as
verdades correlativas: Ele conhece a nós mesmos e conhece a
Deus.
A Revelação Acerca do Homem por Meio do Espírito Santo.
Pois o Espírito Santo não só nos revela esta condição de criaturas
dependentes. Também nos mostra uma sublime revelação filial:
somos filhos de Deus. Afirma Paulo: 'O Espírito mesmo dá
testemunho a nosso Espírito, de que somos filhos de Deus' Rm.
8.16. O verbo grego 'sumarturein', que aparece nesta passagem
significa literalmente: 'dar testemunho juntamente com'. Quer
dizer, que o Espírito Santo, junto com meu próprio Espírito, dá
testemunho de que sou filho de Deus. Como afirma H. Berkhof: 'O
Espírito de Deus dá testemunho ao nosso espírito, de tal maneira,
que este não podia continuar passivo, pelo que se sente ungido a
sustentar e transmitir este testemunho'. O fato mais importante
na vida humana, tornar-se 'Filho de Deus', pela escolha Divina.
b) O ENFOQUE PSICOLÓGICO.
Houve uma época em que todo o diálogo era possível entre a fé
cristã e a Psicologia. Um religioso era considerado uma pessoa
que buscava apoio porque era incapaz de suster-se por si mesmo.
Havia pessoas tão ingênuas para pensar que uma vez que toda
Humanidade fosse psicoanalisada, todos viveriam em paz e em
harmonia. Afirmava-se que, quando cada indivíduo chegasse a
compreender suas dificuldades neuróticas e eliminassem todos
obstáculos que impedem sua auto-expressão, não haveria mais
necessidades na humanidade, da muleta religiosa. O homem
poderia valer-se por si mesmo, porque teria fé em si mesmo e não
em um ser irreal que se cria para obter um apoio neurótico.
Surge a princípio a Psicologia da Religião, ciência que se ocupa da
religião enquanto fenômeno psíquico. A sua primeira obra
apareceu em 1899 e se ocupa exclusivamente do estudo da
conversão. Caracteriza-se a Psicologia da Religião por umestudo
do 'homemreligioso' emque homemquer crer. É terrível conhecer
o homem religioso eliminando a Deus e buscando resposta para
suas queixas na ciência. O problema é que o homem confundiu o
espírito com a alma e esquece que um espírito em harmonia, gera
doenças. Deus quer tratar não com religioso, mas, com o
espiritual. Religião gera neuróticos, enquanto que fundamentos
bíblicos geram vencedores e sarados. Surgiram revistas de
Psicologia da Religião nos Estados unidos e Alemanha e depois
desapareceram com os anos. Por outro lado é interessante falar
que Anton Boisen, partindo dos mesmos princípios que Freud,
chega a conclusões diferentes. Está de acordo comFreud emque a
experiência religiosa surge de um conflito, pois a religião não é
uma solução neurótica, sendo o contrário, oferece um coração ao
conflito.
c) DIÁLOGO PSICO-TEOLÓGICO.
Identidade Semântica e Tensão Metodológica.
As palavras Psicoterapia e Psiquiatria têm o mesmo significado
etimológico que 'cuidado do homem', Psicoterapia vem de Psique,
que significa 'alma viva' e de 'Therapéuo', que significa 'cuidar,
fazer um serviço'. O significado mais deste verbo grego é 'curar',
pois 'servir' é o primeiro significado.
Etimologicamente falando, todo aquele que se ocupa do homem é
um psicoterapeuta. A palavra Psiquiatria vem de Psique (visto
anteriormente) e de 'iatrós' que significa 'sanador'. Logo a
Psiquiatria é o sanador da alma humana. O objetivo do Psicólogo
e do Psiquiatra é a 'saúde mental'. O objetivo do Pastor é a
'salvação do homem'. Ambos os termos procedem da mesma
palavra latina 'salvus' que significa tanto 'sano' como 'salvo'. A
terminologia é a mesma da psiquiatria e da teologia. Implica uma
preocupação comum dos homens a integrar-se e realizar-se
plenamente. Tudo pela salvação do homem.
Esta identidade semântica está na tensão com os pressupostos e
com a metodologia. A cura de almas cristãs está fundada na
revelação divina, na Palavra de Deus. Por outro lado, os métodos
pastorais e psiquiátricos, assim como seus alcances, são
diferentes. Por ser digno de notar que tanto no campo religioso
como no psiquiátrico estão aproveitando as mútuas críticas em
uma comum preocupação pela saúde do homem. A afirmativa a
seguir é absolutamente verdadeira e não gera dúvidas: A salvação
do homem é instantânea, porem a conversão é um processo no
qual o homem penetra na confissão e desenvolve com o
aprendizado. O professor Gustave Richard, da Universidade de
Neuchatel, Suíça, afirma: 'Um meio aparentemente mais simples
de resolver a questão seria reunir as funções numa só, e de ter
Pastores – Psicólogos e Psicólogos – Pastores.' A grande confusão
está exatamente no seguinte: Alma e espírito, completamente
distintos. A ciência cuida da alma e a religião cuida do espírito.
Aos que têm o espírito vivificado, a cura da alma é automática. O
inverso não é verdadeiro.
O Que a Psicologia Oferece a Teologia.
Partindo de um enfoque empírico, nos encontramos com um ato
de que nas congregações locais, as pessoas causam sérios
problemas e têm situações difíceis. E tanto o Ministro como a
comunidade toda, deve ajudar para que essa agonia cesse. A ajuda
deve estender-se desde o ponto de vista dos recursos da fé cristã,
como dos fatores psicológicos em que estão envoltos.
Em um plano de reflexão teológica, podemos afirmar, que o
conhecimento cristão do pecado, pode ser classificado, nessa
grande área de nossa mente, tanto tempo inexplorada, que
chamamos inconsciente e que determina em grande parte a nossa
conduta, pecaminosa ou não.
O Nascimento da Psicologia Pastoral.
A segunda guerra mundial, com sua seqüela de morte e
destruição, trouxe o nascimento da psicoterapia de grupos e da
psicologia Pastoral. Milhares de enfermos mentais, subproduto da
guerra, a abundância de pacientes e a escassez de psiquiatras
trouxeram como conseqüência, a Terapia de Grupos, que havia
dado bons resultados, inclusive ao nível de Psicologia Pastoral.
Por outro lado, o eclipse da psicologia da Religião e da 'Religião do
homem' e as necessidades espirituais, que surgem de uma situação
catastrófica, deram como resultado o nascimento desta jovem
ciência: A Psicologia Pastoral. Havia passado mais de 25 anos e
tanto a Psicoterapia de Grupos como a Psicologia Pastoral
continuaram dando seus frutos, apesar da situação atual ser
completamente diferente daquela necessária a criação.
O Dr. J.H. Vander Berg chama a Psicologia Pastoral 'uma ciência
híbrida' porque por um lado a Psicologia Pastoral é a ciência que
ajuda o Pastor no que fazer, por outro lado é a ciência que mostra
onde deve e pode abandonar a psicologia. É híbrida porque é ao
mesmo tempo ciência secular e ciência teológica. É Psicologia e é
Pastoral. Segundo E. Thurneisen 'para entrevistar o homem na
cura da alma, falta o preâmbulo conhecer o homem. A cura da
alma servirá da Psicologia como uma ciência auxiliar, que permite
explicar a natureza interior do homem e adquirir seu
conhecimento'. E por último apresentamos a opinião de um autor
Judeu: 'A religião tem agora um aliado que pode chamar-se
Psicologia Revelada; uma ciência que desnuda as secretas
enfermidades da perturbada alma do homem e proporciona uma
terapêutica útil para curá-las.' Estas palavras, mesmo que tendo
total desconhecimento da Graça de Deus, já se referia a esta
grande revelação.
JESUS COMO PASTOR.
a) O MINISTÉRIO PASTORAL QUE JESUS MOSTRA A SEUS
DISCÍPULOS.
O ministério de Jesus poderia ser dividido em duas funções
fundamentais: uma que era a proclamação do evangelho, e a outra
terapêutica. A função terapêutica tem dois sentidos, que são: os do
termo latino 'cura' e do verbo grego 'terapeúo'. Cura significa
primeiro 'cuidado' e depois 'coração'. Terapeúo significa 'serviço'
especialmente prestado a uma pessoa, e uma segunda acepção
significa 'curar'. É deste verbo que vem nossa palavra 'terapia'.
Logo, é preciso ver em Jesus por um lado o pregador e por outro
lado o pastor, ele que cuida e cura as ovelhas. Quando Jesus envia
os seus discípulos pelos caminhos da Palestina, os envia numa
missão idêntica a sua: 'Pregar o reino e curar os enfermos' Lc. 9.2;
Mt. 10.7-8; Mc. 3.14-16. Na oração de Jesus por sua Igreja (João 17)
ele roga ao Pai que santifique seus discípulos para a tarefa dali
por diante: Como tù me Enviaste ao mundo, também eu os
enviarei ao mundo (João 17..18). Depois da ressurreição, Jesus
recorda aos discípulos que tem que cumprir com a missão de
pregar e pastorear. Pois a vós como me enviou o Pai, assim
também eu vos envio (Jo. 20.21). Os discípulos de Cristo no século
XX não têm uma missão diferente da do século I. Todos nós
podemos pregar, pois para isto fomos chamados. Todos podemos
proclamar o Evangelho com nossas vidas e todos podemos
assumir uma atitude pastoral ante o próximo. Todos nós podemos
dar fruto.
A Palavra insiste na necessidade de o crente dar fruto. 'Por seus
frutos os conhecereis. Toda boa árvore dá bons frutos, mas a
árvore má dá frutos maus. Não pode uma árvore boa dar maus
frutos nem uma árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não
dá bom fruto é cortada e lançada no fogo, assim que por seus
frutos o conhecerei' Mt. 7.16-20. A parábola dos lavradores
malvados termina dizendo: 'O reino de Deus será tirado de vós e
será dado à gente que produza os frutos dele' Mt. 21.33-43. A
parábola do semeador, em seu relato mais antigo, Mc. 4.1-20,
afirma que a semente que caiu entre espinhos 'não deu fruto
porque os espinhos cresceram e a sufocaram', Marcos é o último
que afirma que os espinhos a produção de frutos; não sabemos por
que os outros Evangelistas omitiram, sendo Marcos o mais antigo.
Pelo que uma coisa é certa: que os três coincidem em mencionar o
fruto da semente que caiu em boa terra. Uma das metas do cristão
é a produção de fruto. No Evangelho de João encontramos uma
informação que não veio explicitamente nos anteriores: A fonte do
poder para produzir fruto está no companheirismo com Cristo.
Jesus disse: Permanecei em mim e eu em vós. Eu sou a videira e
vós as varas; e quem permanece em mim e eu nele, este dá muito
fruto; porque separados de mim nada podeis fazer Jo. 15.4-5. Só
em comunhão com Ele é que podemos fazer um trabalho pastoral,
porque Ele é o bom Pastor e nós cumprimos tarefas pastorais por
delegação.
Uma das passagens mais importante foi o ato de Jesus tomar
atitude no templo. Não temos suficiente razão para pensar que
Jesus perdeu o controle de si mesmo. Jesus como Pastor usou a
única linguagemque aquela gente eracapaz de compreender.
Falava Seward Hiltner que em alguns casos, o melhor que pode
fazer um pastor que vê a forma incorreta é assumir uma atitude
firme, porque fazendo tal coisa não se mostrará indiferente ao
problema.
A . 1 – Jesus Tem Domínio Próprio (Jo. 8)
a . 2 – Jesus perdoa (Jo 8)
a . 3 – Jesus ama sem prejuízo (Jo 4)
a . 4 – Jesus tem conceito dinâmico da vida (Jo. 4)
a . 5 – fé e conduta (Jo. 4)
b] PAULO RECONHECE A REALIDADE DO MAL.
Paulo compartilha com uma época a crença em poderes
demoníacos, pois assegura aos cristãos que não tem por que
temerem, Rm. 8.38-39 e que Jesus triunfa sobre eles na cruz, Cl
2.15. Para a mente moderna cultivada, a personalidade do mal se
resulta repugnante. Nada nega a existência do mal, pois se
interpreta como complexos psicológicos, determinismos
sociológicos ou urgências biológicas. O mundo moderno está
lutando contra o mal, apesar de que lhe custa trabalho aceitar o
mal com maiúscula, como o aceitava Paulo. O Espírito
racionalista percebe os males e os considera como independentes
entre si. Não encontra a evidência de que exista algum poder, ou
algumser pessoal, que de alguma forma conecte todos estes males
asilados.
C] A TÉCNICA PASTORAL DE PAULO.
Paulo empenha uma técnica pastoral muito semelhante a do
Senhor Jesus. Nela está presente o amor, a compreensão, o perdão
e a liberdade dos prejuízos, pois quando é necessário, atua com
toda firmeza porque isso é o melhor que se pode fazer pela pessoa
em questão.
C. 1- Não julgar
C. 2- A Dinâmica do Amor (Co. 13; I Co. 12.13; Gl. 5.22; Gl. 3.1.)
C. 3- A Restauração Espiritual (Gl. 6.1; Mt. 4.21; Mc. 1.19; Ef. 4.12.)
d] PSICOTERAPIA E MINISTÉRIO PASTORAL SEGUNDO PAULO.
A psicoterapia procura os ajustes do indivíduo consigo mesmo e
com seu meio. O conceito de neurose varia de uma cultura a outra.
O que em uma sociedade determinada se consideraria neurótico,
não é necessariamente em outra. Logo o ajuste terapêutico seria
relativo quanto a lugar e época. Pelo contrário, o ministério
pastoral que nos apresenta Paulo não se ajusta a esse esquema. A
Igreja não é um centro psicoterapêutico(sanatório) para ajudar o
indivíduo a comformar-se consigo mesmo e com a sociedade em
que vive. Paulo disse: 'Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos por meio da renovação do vosso entendimento,
para que comproveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus', Rm 12.2. Mais que centro terapêutico, a Igreja é um centro
de proclamação profética, onde se exorta o homem a esforçar-se
por alcançar a verdadeira humanidade que se dá em Jesus Cristo e
que nós devemos tratar de alcançar. Para Paulo, o cristão não
deve 'conformar-se a este mundo', mas, tomar a forma de Jesus
Cristo. Jesus Cristo é o primeiro homem nascido que alcança a
plena humanidade. È o homem conforme o desígnio do Criador, o
segundo Adão, Rm 5.12-21. Quando Pilatos disse: 'Eis aqui o homem
por excelência'. Escrevendo aos Gálatas Paulo lhes disse: 'Basta que
Cristo se forme em vós' Gl. 4.19.
Quero deixar aqui algumas passagens bíblicas para uso no
trabalho pastoral de cada um de vcs.
a- Para instar fé e confiança em Deus:
Salmos 4.8; Sl 23; Sl 28.7-9; Sl 36.7; Sl 46; Sl 85.6-13; Sl 91; Sl
118.5.28.29; Sl 127.1; Sl 119.5; Sl 129; Sl 133; Jó 1.21 e 19.25; Pv
29.25; Is 26.3; 30.15; 41.10; Lc 12.22.
b- Para receitas espirituais, uso com o mesmo propósito:
Mt 5.6; Jo 15.7; II Co 5.7 e 9.8; Ef 4.13; Cl 3.23; Hb 11.1; Is 26.3 e
41.13.
c- Para obter valor para enfrentar os conflitos:
1) As palavras de Deus a Josué. Js 1.6-9; 2) A vitória de Davi sobre
Golias, I Sm 17; 3) Livramento da cova dos leões, Dn 6; 4) Salvos
do naufrágio, At 27; 5) Paulo ante o rei Agripa, At26.
Sugiro que a passagem seja lida três vezes. Primeiro corrido,
depois sublinhando e por último memorizando alguns dos versos
sublinhados. Para receitas espirituais: Dt 31.6; Pv 14.26; Is 51.12;
Mt 10.28; Rm 8.31; I Co 16.13; Fp 4.13; I Tm 6.12; II Tm 1.7; Hb
13.6; I Jo 4.18.
d) Para vencer o temor e alcançar a paz:
Is 35; Is 43.1-7; Mq 4.3-5; Ap 3.20-21; Ef 4.1-7; I Co 1.18-31; Rm
8.28-31-39; Ef 6.10-18; Fp 4.4-13; Ef 3.14-21. Para receitas
espirituais: Is 48.16; Is 26.3; Is 41.13; Fp 4.13.
e) Para vencer o sentimento de culpa:
Rm 5.1-11; Ijo 1.5-10; Is 43.16-25; Mt 9.1-7; Jo 12.14; 10.7-18;
11.17-27. Para receitas espirituais: Mt 11.28; Jo 14.6; Rm 15.57; II
Co 5.17.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA SER CONSELHEIRO
1- O conselheiro precisa ser realmente convertido, tendo absoluta
certeza de que é um escolhido, um eleito por Deus e estar
consciente de seu chamado para o exercício do ministério
pastoral. 'Umcego não pode dirigir outro cego'. Mt 15.14; Lc 6.39.
2- Ser acessível às pessoas procurando manter um bom
relacionamento com elas.
3- Crer na importância do aconselhamento pessoal.
4- Vontade de ser usado por Deus. Rm 1.11-15.
5- Colocar-se a disposição de Deus. Ex 3.11-14 e 4.1,10-11-13.
6- Ter vida coerente com a pregação(viver o que prega). I Tm 4.12;
II Tes 3.9; Ef 3.17; I Co 11.1.
7- Desejar crescer no conhecimento de Cristo. Fil 3.12-14.
8- Aceitar a sí mesmo como é. O medo de não ser aceito faz com
que adotemos uma fachada falsa, para que sejamos mais amados
pelos outros. Não procure parecer perfeito perante o novo crente.
Fil 3.12; Fil 4.11; Rm 8.28.
9- Dedicação pessoal. Precisa ter tempo para o exercício deste
ministério.
FATORES QUE PRECISAM SER CONSIDERADOS NA
CONSERVAÇÃO DE RESULTADOS.
1- Concentração de esforços.
Não posso segurar o mundo com as duas mãos. Preciso me
concentrar em resolver o problema de cada pessoa
individualmente. A qualidade que geraquantidade.
2- Duração do Aconselhamento.
Jesus dedicou três anos – o novo convertido precisa ser assistido
por um ano ou mais.
3- Ambiente.
Fala-se aqui não do ambiente físico, mas espiritual. Uma Igreja
sem harmonia do Espírito pode ter efeito destrutivo. Aqui envolve
a necessidade de amar e acolher com carinho. O papel do estudo
Bíblico é fundamental.
4- Cultivar um bom relacionamento com o novo crente.A
paternidadeespiritualassemelha-secomapaternidadebiológica.
Não devemos só ser legisladores para os nossos filhos, mas
procurarmos conhece-los bem.
5- Criar uma atmosfera de interesse em amor.
Pv 17.17. Mostrar interesse pela pessoa. Fil 1.8. Peça a Deus que
Ele o encha de amor pela pessoa.
6- Cultivar o relacionamento em torno de Cristo.
I Jo 1.3 – Precisa-se mostrar ao novo convertido as experiências
com Deus. O aconselhado precisa sentir que Cristo é o centro da
vida do cristão. Precisa-se aconselhar dentro de uma atmosfera
espiritual. Não se deve desviar a atenção do aconselhamento para
outras coisas. Cristo deve ser o centro.
7- Ser perseverante.
Temque solidificar a amizade – Não se deve desanimar se o novo
crente não estiver crescendo numcerto ritmo. Numa semana ele
tropeça... na outra ele é renovado.
8- Guardar na memória aquilo que ele nos contou.
9- Exercer um papel de liderança – Uma coisa é a amizade e outra
é ser orientador.
O LIDER E SUAS QUALIDADES.
O líder é a pessoa que planeja, estimula, coordena e dirige a
discussão.
Neste ambiente e situação a capacidade criativa de cada
componente é estimulada.
Qualidades do líder:
a) Interesse pelas pessoas e senso de humor.
b) Habilidade para criar um ambiente amistoso onde cada um se
sinta à vontade para se expressar livremente.
c) Interesse nos temas que são discutidos e criatividade na sua
apresentação.
d) Senso de propósito e direção.
e) Conhecimento das técnicas de direção de grupo.
f) Habilidade de tomar decisões rápidas.
g) Paciência com o grupo.
h) Aceitar idéias e comentários.
i) Não ser um Ditador ou Dominador.
j) Capacidade de sintetizar e coordenar opiniões diversas.
l) Estimular a expressão das opiniões particulares dos
participantes.
m) Não deve falar demais, porém dirigir a discussão
discretamente.
A necessidade de um líder.
a) Para ajudar o grupo tomar decisões democraticamente.
b) Para cultivar a objetividade das discussões.
c) Para animar a participação de todos.
d) Para lidar com os membros 'problemáticos'.
e) Para agir como catalisador.
f) Para estabelecer e manter a boa comunicação entre o grupo.
g) Para ajudar a aliviar as tenções, quando necessário.
Responsabilidades do líder.
Preparar-se bem para as reuniões.
- Conseguir informações sobre o tema a ser discutido;
- Planejar a reunião, preparando material, inclusive audiovisual,
se possível;
Providenciar a arrumação da sala;
Planejar um meio de conseguir a participação de todos.
Dirigir a discussão na reunião.
- Chegar mais cedo e apresentar os participantes do grupo;
- Começar a discussão, apresentando o seu tema, distribuindo um
esboço ou fazendo perguntas estimulantes.
A DIFICIL CARREIRA MINISTERIAL
São chamados para o ministério cristãos. Separados por Deus
para exercer uma missão específica, à semelhança dos Apóstolos e
Discípulos, no tempo de Jesus. Ele declarou: 'Não me escolhestes
vós a mim, mas eu escolhi a vós' Jo 15.16. Este versículo tange
tanto à salvação quanto ao chamado ministerial.
É verdade que se alguém deseja abraçar o ministério cristão, deve
orar intensamente e se colocar à disposição de Deus se
preparando para o ministério. Ele confirmará a sua vocação e
ainda lhe dará a sabedoria para o exercício de tão sublime
vocação. Paulo confirma a nossa afirmativa com estas palavras: '
Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja' I Tm 3.1.
Quantos ingressaram na causa do Senhor sem serem chamados
por Deus, movidos mais por honras humanas do que em ser um
obreiro esforçado na conquista de almas para Cristo...
INÚMEROS.
O santo ministério deve ser exercido por aqueles que o Senhor
chamar, do contrário nunca haverá bom resultado como muitas
vezes vemos exemplos no meio ministerial. O Senhor chamou os
profetas Isaías, Ezequiel e outros e os enviou. Eles cumpriram a
sua missão, pois conheciam a Deus.O Ministro Eclesiástico deve
estar devidamente preparado a fimde não cometer erros graves e
não sofrer críticas que venhamdesabonar a pregação da Palavra.
O obreiro inexperiente não pode e não deve arcar com grandes
compromissos, ou assumir cargos de muita responsabilidade, fora
da Igreja. É necessário liderar pequeno rebanho e adquirir prática
para lidar com o povo e ter desembaraço para, mais tarde,
assumir um rebanho maior. Por exemplo: se um candidato, eleito
a vereador, depois a prefeito da cidade realizar umbomtrabalho,
estará apto para ser eleito Governador do estado. Se como
governador, realizar uma boa administração, semdúvida poderá
chegar a Presidência do País. Exercerá com certeza, o mandato
com muito mais eficiência, ao passo que, se um candidato for
eleito diretamente a Presidente da República, sem haver passado
pelos estágios anteriores, encontrará muito embaraço em sua
gestão.
CONCLUSÃO
O objetivo da capelania pastoral está verdadeiramente em Romanos 1. 16
que diz: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”; falar da salvação
levando consolo, conforto e atendimento aos sofredores transmitindo-lhes
ensinamentos bíblicos para o crescimento em todas as áreas.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1. Capelania Hospitalar Cristã – Damy Ferreira e Lizwaldo Mario Ziti –
Editora Socep.
2. No Leito da Enfermidade de Eleny Vassão – Editora Luz para o
Caminho.
3. AconselhamentoaPacientesterminaisdeElenyVassão–EditoraLuz
para o Caminho.
4. Estatuto da Criança e do Adolescente – Editora Saraiva
5. Evangelismo Total Damy Ferreira – Rio de Janeiro – Editora Horizontal.
6. R. N. Champlin, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Ed. Agnos,
S. Paulo 2001.
7. Capelania Cristã – Uma Urgência Social – Editora Dynamus – Mario
Lima.
8. Manual do Capelão - Cpl. Prof. Dr. H. Kennedy Passos.
9. Consolo – Eleny Vassão – Editora Cultura Cristã.
10. A Igreja e a Capelania – Charles Anderson Ramos Loreti.