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Lógica no Brasil
Resumo
Este artigo apresenta um panorama histórico sobre o desenvolvimento
da lógica no Brasil, caracterizando o desenvolvimento da lógica con-
temporânea, com ênfase no aspecto histórico sócio-institucional e na
interdisciplinaridade. Após uma sucinta introdução sobre o desenvol-
vimento da lógica no cenário acadêmico luso-brasileiro, é mencionado
o trabalho percursor dos primeiros autores (e grupos) brasileiros que
podem ser considerados lógicos. É dado destaque especial ao eclodir
da pesquisa original em lógica no Brasil, com o trabalho pioneiro de
Newton Carneiro Affonso da Costa e a criação da lógica paraconsis-
tente. Também são destacadas a implantação do Centro de Lógica,
Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), a criação da Sociedade Brasileira de Ló-
gica (SBL), a realização dos Encontros Brasileiros de Lógica (EBL) e
a participação brasileira nos Simpósios Latino-Americanos de Lógica
Matemática (SLALM).
Procurando captar as várias dimensões do cultivo da lógica no País,
são relacionados grupos reconhecidos de ensino e pesquisa em lógica
no Brasil e suas áreas de atuação, além de periódicos e coleções de
1
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 2
de estruturas algébricas.26
Ao final daquela década, em 1959, Mário Tourasse Teixeira inicia, na
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo27 , profícuo
trabalho de ensino e pesquisa. Tendo sido orientado por Antonio Aniceto
Monteiro, em Bahía Blanca, Argentina, na época o núcleo pioneiro com
liderança na pesquisa em lógica na América Latina, Tourasse defendeu sua
Tese de Doutorado (M-Álgebras) na Universidade de São Paulo (USP) em
1965, e passou a incentivar colegas e estudantes a se dedicarem à lógica28 .
O interesse pela lógica cresce. No início dos anos 1960, diversos livros
elementares de lógica foram publicados por Leônidas Hegenberg, do Ins-
tituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA, São José dos Campos, São Paulo);
Hegenberg contribuiu decisivamente para a divulgação da lógica, com ar-
tigos e uma intensa atividade como professor, conferencista e tradutor.
Podemos também mencionar o papel desempenhado por Jorge Barbosa, da
Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói, Rio de Janeiro), que for-
mou um pequeno grupo de pesquisadores, tendo realizado alguns eventos
naquela universidade entre 1960 e 1962.
No entanto, é em Curitiba, Estado do Paraná, que se inicia a pesquisa
original em lógica no Brasil, com o trabalho pioneiro de Newton Carneiro
Affonso da Costa. Sob a liderança de da Costa realizaram-se seminários
e, a partir de 1957, constitiui-se um pequeno grupo de lógica, devendo
ser salientada a participação de Ayda Ignez Arruda, a primeira discípula e
colaboradora de da Costa.
Nos anos 1950, sem conhecer os trabalhos do lógico polonês Stanislaw
Jaśkowski (que publicou, em polonês, dois artigos, em 1948 e 1949, res-
pectivamente29 , porém publicados em inglês apenas em 1969) e do lógico
americano David Nelson30 , da Costa começou a desenvolver suas ideias
sobre a importância do estudo de teorias contraditórias. Os cálculos para-
consistentes de da Costa foram concebidos entre 1954 e 1958 e apresentados
26
Vide Micali (2009).
27
Essa Faculdade, estabelecida em 1958, estaria entre os 14 Institutos Isolados de Ensino
Superior do Estado de São Paulo que constituíram, a partir de 30 de Janeiro de 1976, a
Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ (Unesp).
28
Antonio Monteiro imigrou de Portugal, à mesma época que outros matemáticos por-
tugueses, por questões políticas, durante a ditadura de Antonio de Oliveira Salazar (que
perdurou de 1933 a 1974). Instalado inicialmente no Rio de Janeiro, Monteiro participou
de atividades acadêmico-institucionais com matemáticos brasileiros. Também por questões
políticas teve que deixar o País tendo, desde então, radicado-se na Argentina. Vide Nobre
(1997).
29
Vide Jaśkowski (1948, 1949).
30
Vide Nelson (1949, 1957).
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 8
http://www.cle.unicamp.br/e-prints/
Brown, Iole de Freitas Druck, Itala Maria Loffredo D’Ottaviano, Jacob Zim-
barg Sobrinho, José Eduardo de Almeida Moura, Leonidas Hegenberg, Luiz
Paulo de Alcântara, Luiz Henrique Lopes dos Santos, Marta Sagastume Ga-
lego, Matias Francisco Dias, Newton Carneiro Affonso da Costa, Oswaldo
Chateaubriand Filho, Oswaldo Porchat Pereira, Paulo Augusto da Silva Ve-
loso, Raul Ferreira Landim Filho, Roberto Leonardo Oscar Cignoli, Stavros
Christodoulou, Ubiratan D’Ambrosio, Walter Alexandre Carnielli e Zeljko
Loparić.
Desde sua criação, a Sociedade Brasileira de Lógica (SBL) está sediada
no CLE, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Lógica, eleita em sua
fundação, com mandato para o período de 1979 a 1981, foi constituída pe-
los professores Newton da Costa (USP), Presidente; Antonio Mário Sette
(UFPE), 1o Vice-Presidente; Raul Ferreira Landim Filho (PUC-RJ), 2o Vice-
Presidente; Ayda Ignez Arruda (Unicamp), Secretária Geral; Elias Hum-
berto Alves (Unicamp), Subsecretário; Jacob Zimbarg Sobrinho (USP), Te-
soureiro.
As Diretorias eleitas para os mandatos subsequentes, entre 1981 e 1995,
foram as seguintes. Mandato de 1981 a 1982: Ayda Ignez Arruda (Uni-
camp), Presidente; Jacob Zimbarg Sobrinho (USP), 1o Vice-Presidente; Elias
Humberto Alves (Unicamp), Secretário Geral; Itala M. Loffredo D’Ottaviano
(Unicamp), Subsecretária; Antonio Mário Sette (Unicamp), Tesoureiro. Man-
dato de 1983 a 1984: Roberto L.O. Cignoli (Unicamp), Presidente; Fran-
cisco Miraglia Neto (USP), 1o Vice-Presidente; Paulo Augusto da Silva
Veloso (PUC-RJ), 2o Vice-Presidente; Itala M. Loffredo D’Ottaviano (Uni-
camp), Secretária Geral; Irineu Bicudo (Unesp, Rio Claro), Subsecretário;
Luiz Paulo de Alcântara (Unicamp), Tesoureiro. Mandato de 1985 a 1988:
Oswaldo Chateaubriand (PUC-RJ), Presidente; Luiz Paulo de Alcântara
(Unicamp), 1o Vice-Presidente; Luiz Henrique Lopes dos Santos (USP), 2o
Vice-Presidente; Paulo Augusto da Silva Veloso (UFRJ), Secretário; José
Eduardo Moura (UFRN), Subsecretário; Luiz Carlos P.D. Pereira (PUC-RJ),
Tesoureiro. Período de 1988 a 1993: Newton C.A. da Costa (USP), Presi-
dente; Luiz Carlos P.D. Pereira (PUC-RJ), 1o Vice-Presidente; Mineko Ya-
mashita (PUC-SP), Secretária Geral; Elias Humberto Alves (Unicamp), Sub-
secretário; Celina Aparecida Almeida Pereira Abar (PUC-RJ), Tesoureiro.
Período de 1994-1995: Itala M. Loffredo D’Ottaviano (Unicamp), Presidente;
Edward Hermann Haeusler (PUC-RJ), 1o Vice-Presidente; Walter Alexandre
Carnielli (Unicamp), 2o Vice-Presidente; Mamede Lima-Marques (UnB), Se-
cretário Geral; Décio Krause (UFSC), Subsecretário; Cosme Damião Bastos
Massi (Unesp, Marília), Tesoureiro.
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 20
3.2 Os WoLLIC’s
A série de eventos anuais regulares WoLLIC (Workshop on Logic, Language,
Information and Computation), já na sua décima sétima edição, conta com o
apoio acadêmico-científico das seguintes instituições: Interest Group in Pure
and Applied Logics (IGPL), The Association for Logic, Language and Information
(FoLLI), Association for Symbolic Logic, European Association for Theoretical
Computer Science (EATCS), Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e Socie-
dade Brasileira de Lógica (SBL).
Os WoLLIC’s foram criados e são organizados e mantidos por Ruy de
Queiroz e colaboradores. Iniciados em 1994, visam fomentar a pesquisa
49
Bulletin of Symbolic Logic, vol. 15 (3), Sep. 2009. p. 332-376.
50
Vide Carnielli, Coniglio e D’Ottaviano (2009).
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 26
não fará justiça a todos os que se dedicam com afinco e zelo ao cultivo da
lógica no país. Na USP, como antecipamos, houve um trabalho contínuo
e reconhecido pelo protagonismo de Oswaldo Porchat Pereira, Luis Henri-
que Lopes dos Santos, Newton da Costa e Andrea Loparić, na Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), e de Edison Farah, Jacob
Zimbarg Sobrinho e Francisco Miraglia no Instituto de Matemática e Es-
tatística (IME); esses professores formaram inúmeros pesquisadores; hoje
também atuam na USP Marcelo Finger, Renata Wassermann, Hugo Luís
Mariano, Flávio Correa, dentre outros.
Na Unicamp, a lógica foi eximiamente promovida, desde os anos 1960,
por diversos pesquisadores. Com a ida de Newton da Costa e Ayda Arruda
para o Departamento de Matemática da Unicamp, em 1968, originaram-se
dois grupos de lógica: do grupo de lógica do Departamento de Matemática
do Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (IMECC),
além de da Costa e Arruda, fizeram parte Antonio Mário Sette, Luiz Paulo
de Alcântara, Itala M. Loffredo D’Ottaviano, Marta Sagastume de Galego,
Roberto Cignoli, Walter Carnielli; do grupo de lógica e filosofia da ciência
do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
(IFCH) fizeram parte Oswaldo Porchat Pereira, Luis Henrique Lopes dos
Santos, Andrés Raggio, Carlos Alberto Lungarzo, José Alexandre Guerzoni,
Andrea Loparić, Luiz Carlos P. D. Pereira, Elias Humberto Alves, Zeljko
Loparić, Michel Ghins, Steven French, Michael Wrigley e Harvey Brown.
Em 1993, o grupo de lógicos remanescentes do IMECC transferiu-se para o
Departamento de Filosofia do IFCH. Em 1998, a esse grupo se uniu Marcelo
Esteban Coniglio.
Na Universidade Estadual Paulista (Unesp, SP) diversos pólos se des-
tacam. No Departamento de Filosofia, atualmente instalado no Campus de
Marília, prossegue o trabalho iniciado pelo professor Elias Humberto Alves,
com Ricardo Pereira Tassinari e Hércules de Araújo Feitosa; no Departa-
mento de Matemática do Campus de Rio Claro, a lógica muito se beneficiou
do esmero de Mário Tourasse Teixeira, Eurides Alves de Oliveira, Irineu Bi-
cudo e Jairo José da Silva. Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), mencionamos Lafayette de Moraes e Edélcio de Souza, também
discípulos de da Costa.
Na Universidade Paulista (UNIP, SP), mencionamos o trabalho de Jair
Minoro Abe e colaboradores, discípulos de da Costa.
Na cidade do Rio de Janeiro, a lógica foi cultivada por uma comuni-
dade de estudiosos. Na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-RJ), é bastante relevante a contribuição de Oswaldo Chateaubriand,
atuante em filosofia da lógica, filosofia da matemática e filosofia da lingua-
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 34
5 Considerações Finais
Uma nova geração de lógicos, com reconhecimento internacional, está
dando continuidade ao trabalho pioneiro de Tourasse Teixeira, da Costa
e Arruda.
Desde 1964, as lógicas de da Costa têm sido largamente estudadas e
muitos autores, de diversos países, têm contribuido para o desenvolvi-
mento da lógica paraconsistente em geral. Da Costa, seus discípulos e
colaboradores, do Brasil e de vários outros países, como Estados Unidos,
Argentina, Chile, Inglaterra, França, Itália, Austrália, Alemanha e Japão,
têm introduzido muitos sistemas paraconsistentes, tendo sido obtidos re-
57
Vide Carnielli e D’Ottaviano (1997); Feitosa (1998); da Silva, D’Ottaviano e Sette (1999);
Feitosa e D’Ottaviano (2000) e (2001); D’Ottaviano e Feitosa (2007); Carnielli, Coniglio,
Gabbay, Gouveia e Sernadas (2008); Carnielli, Coniglio e D’Ottaviano (2009).
Considerações sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil - I.M.L. D’Ottaviano e E.L. Gomes 37
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