Experimental - Efeito Fotoelétrico PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19

Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Ciências – CC
Departamento de Física
Pós-Graduação – MNPEF

Prática 5 – Efeito Fotoelétrico

Mecânica Quântica

João Evangelista da Silva Filho (401477)


Prof. Nildo Loiola Dias

2017
1. OBJETIVO:

Os objetivos deste experimento são:

1. Observar o efeito fotoelétrico.


2. Estudar a característica Corrente-Voltagem, para uma frequência de luz com diferentes
intensidades.
3. Estudar a característica Corrente-Voltagem, para uma intensidade de luz com diferentes
frequências.
4. Determinar experimentalmente a constante de Planck a partir do efeito fotoelétrico.

2. MATERIAIS UTILIZADOS:

Os materiais utilizados nesse experimento foram:

1. Caixa com lâmpada de mercúrio;


2. Caixa com fotocélula;
3. Base metálica;
4. Aparelho para o efeito fotoelétrico;
5. Fonte de alimentação p/ lâmpada de mercúrio e aparelho para o efeito fotoelétrico;
6. Conjunto com cinco filtros de interferência e três janelas com diferentes aberturas;
7. Cabo com terminais DIN;
8. Cabo BNC;
9. Cabos (02).

2
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Histórico

Por volta de 1887, Heinrich Rudolf Hertz trabalhando em laboratório, desenvolveu vários
experimentos relacionados ao eletromagnetismo que hoje são bastante conhecidos, e serviu de
subsídio para o surgimento de várias outras tecnologias que dependem diretamente deste assunto.

A utilização de ondas eletromagnéticas para transmitir informações, sistemas wireless,


rádios transmissores, são algumas aplicações oriundos do estudo de ondas eletromagnéticas.
Invenções do tipo rádio e o telégrafo sem fio, surgiram naquele momento.

Heinrich Hertz e Maxwell, morreram bastante jovens, com 37 e 48 anos respectivamente,


não tiveram chance de ver e acompanhar o desenvolvimento da tecnologia que surgiram em
decorrência de suas descobertas.

A importância de Hertz e de seus experimentos não se resume apenas a esta descoberta,


durante um dos seus experimentos, ele montou um arranjo, que hoje conhecemos por dipolo
oscilante, onde ele aplicava uma tensão com uma determinada frequência, em um circuito que tinha
um pequeno orifício ligado à terra. Eram produzidas centelhas em iguais períodos, e no momento da
centelha observava que campo elétrico ia pra zero na região próxima ao pequeno orifício, e ia
crescendo até o próximo centelhamento. Ele usou um anel metálico para servir de antena receptora,
e em uma das extremidades ele colocou uma ponta de cobre, e na outra extremidade uma esfera de
latão, quando aparecia uma centelha nas extremidades do anel, aquilo representava a incidência de
uma onda eletromagnética. Foi durante esses experimentos, que Heinrich Hertz observou outro
efeito, o centelhamento secundário no anel, tinha uma intensidade maior, quando a centelha
primária iluminava a abertura do anel. O resultado deste experimento foi publicado em um artigo
em 1887, conhecido como “Sobre um efeito de Luz Ultravioleta na descarga elétrica”. Naquele
momento não existia explicação para o tal efeito da luz ultravioleta na descarga elétrica, porém
muitos cientistas passaram a pesquisar o efeito fotoelétrico, que foi como ficou conhecido o
fenômeno da luz que incidia em um metal, retirar elétrons de sua superfície. Os dados obtidos dos
resultados experimentais, passaram a divergir com os dados teóricos do eletromagnetismo clássico
de Maxwell.

3
Maxwell descreveu o transporte de energia de uma onda eletromagnética, através de um
produto vetorial dos campos elétrico e magnético, conhecido como vetor de Poynting. Para ondas
que se propaga no vácuo, a descrição de Maxwell funciona perfeitamente, como no caso em que
determinamos a radiação do sol sobre a Terra, mas quando temos a interação da radiação com a
matéria, a teoria do vetor de Poynting fracassa.

Em 1900, Plank desenvolveu o que seria conhecida por nós atualmente como a lei da
radiação Planck, onde os resultados obtidos tem concordância com as curvas experimentais da
distribuição de intensidades. Planck deduziu que os elétrons nas paredes da caixa de Rayleight,
vibravam com frequência v, e apenas assumiam valores de energia iguais a nhv, onde n eram
números inteiros que poderiam ser 0,1,2,3... etc, e h era uma constante, hoje conhecida como
constante de Planck. Ele defendia de níveis de energia quantizados, porém, sua hipótese era
contrária a de Rayleight que defendia que cada modo normal poderia assumir quantidades de
energia distintas.

Em 1905, Einstein apresentou uma solução equivalente à proposta por Planck, para o
problema em questão, onde ele afirmou que também era necessária a quantização da radiação. O
físico americano Robert Andrews Milikan e vários outros cientistas da época, demoraram 10 anos
para reconhecer a o trabalho de Albert Einstein, onde naquele momento havia uma necessidade de
introduzir novas concepções nas teorias clássicas.

Em 1916, Millikan, físico que ficou conhecido por realizar o experimento que determinou a
carga elementar, reconheceu o trabalho de Einstein e publicou o seguinte: “Trabalhei 10 anos de
minha vida testando a equação de Einstein e contrário à todas as minhas expectativas, eu me vi
obrigado a afirmar a verificação experimental, embora nada tivesse de razoável ela parece violar
tudo que eu sabia sobre a interferência da luz”.

Albert Einstein recebeu em 1921, o prêmio Nobel de Física pelo desenvolvimento de


trabalhos sobre o efeito fotoelétrico e as notáveis contribuições à física teórica. Apenas em 1925,
quando surgiu a Mecânica Quântica, foi que a dualidade onda-partícula foi descrita de forma
satisfatória.

4
O Efeito Fotoelétrico

Como já vimos, o efeito fotoelétrico foi observado pela primeira vez em 1887 por Hertz,
durante a realização de seus experimentos de emissão e detecção de ondas eletromagnéticas. Em
1902, Philip Lenard que também realizava experimentos sobre o efeito fotoelétrico, publicou os
resultados dos seus experimentos com tubos de raios catódicos.

A partir dos resultados surgiram algumas explicações em função do comportamento


ondulatório das radiações. Energia é transportada pela luz e ao tocar na superfície do metal,
interagia com os elétrons deste, cedendo-lhe energia. Desse modo os fotoelétrons eram ejetados
arrancados do metal, surgindo então uma corrente elétrica. Após essas conclusões vários aspectos
contradiziam explicações da física clássica, como:

a) A emissão de fotoelétrons, devido luz incidente é instantânea, da ordem de 1 nano segundo.

b) A energia cinética dos fotoelétrons, não tem dependência com a intensidade da luz;

c) A frequência de corte, onde abaixo desse valor não há o efeito fotoelétrico, depende da
característica de cada material, (metal).

d) O potencial de corte não varia com a intensidade de luz, e sim com à frequência, para um
mesmo material.

Figura 4.1: Arranjo experimental mostrando luz incidindo na superfície metálica, uma ddp entre as superfícies E e C e um
amperímetro medindo a corrente fotoelétrica.

5
Baseada nas teorias apresentadas, temos que a luz é composta por fótons, onde cada um
transporta uma seguinte energia:

E =hv (4.1)

Onde:

E = Energia do fóton
h = Constante de Planck → h =6,626x10-34J.s ou 4,136x10-15eV.s
v = Frequência da onda

6
Para um determinado metal, teremos que “gastar” uma energia mínima para que possamos
fazer com que os elétrons sejam ejetados da superfície do metal, chamamos esta energia de função
trabalho W0, que é em função de uma frequência de corte v0, onde abaixo desse valor não ocorre o
efeito fotoelétrico. Deste modo temos:

W0 = hv0 (4.2)

Onde:

W0 = Função trabalho do material


v0 = Frequência de corte

Se houver um fóton interagindo com um elétron na superfície do material metálico, de modo


que sua frequência seja maior que a frequência de corte, o fóton irá adquirir uma energia cinética
Ec, de modo que:

Ec = hv - W0 (4.3)

Onde:

Ec = Energia cinética do fóton

Quando um eletrodo C, que coleta os fotoelétrons, é colocado próximo a outro eletrodo E,


que sofre incidência de luz e emite elétrons, atingir um potencial de corte V capaz de conter os
elétrons e fazendo com que a corrente do circuito seja zero, teremos:

eV = Ec (4.4)

Onde:

e = Carga elementar do elétron → e = 1,602x10-19CC


V = Potencial de corte

Se combinarmos as equações 4.3 e 4.4, teremos o potencial de corte em função da


frequência da onda e a função trabalho de um determinado material. Assim teremos:

V = (hv - W0)/e (4.4)

7
4. PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1 – MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS

Ao chegarmos ao laboratório, a caixa com a lâmpada de mercúrio já estava montada sobre a


base, com a seta lateral alinhada com a posição zero milímetros, bem como a caixa com a célula
fotoelétrica, que já estava sobre a base, com sua seta lateral alinhada com a posição 400 mm.

Realizamos as conexões dos cabos de força dos equipamentos, à rede elétrica da bancada,
tendo o cuidado sempre de nos certificarmos antes, de que os interruptores da fonte de tensão
estavam na posição “OFF” (desligado).

Conectamos o cabo de força da lâmpada de mercúrio no devido local, bem como o cabo
com terminais DIN ao terminal correspondente na parte traseira do aparelho para o efeito
fotoelétrico e a outra extremidade no terminal “POWER OUTPUT FOR APPARATUS” na fonte de
tensão.

Conectamos o cabo com terminais BNC nos devidos terminais da fonte de tensão, do
aparelho para o efeito fotoelétrico e os cabos vermelho e azul aos terminais correspondentes nos
dois aparelhos. Finalmente foi conectado o cabo de força da fonte de tensão à rede elétrica da
bancada (220 V).

Figura 4.2: Arranjo para experimento de efeito fotoelétrico, caixa com a lâmpada de mercúrio, caixa com a célula
fotoelétrica e fonte de alimentação.

8
Figura 4.3: Fonte de tensão e corrente. Figura 4.4: Fontes de alimentação e da lâmpada.

Figura 4.5: Detalhes da fonte luminosa, (Lâmpada de Hg). Figura 4.6: Kit contendo as peças de diversas
aberturas e vários filtros de comprimentos de
onda.

PROCEDIMENTO 2 – PREPARAÇÃO ANTES DAS MEDIDAS

Iniciamos a preparação das medidas, tampando a saída de luz da lâmpada de mercúrio com a
tampa maior e a entrada de luz da célula fotoelétrica com a tampa menor.

Ligamos na fonte de tensão, (AP-8209-220V – Power Supply), os interruptores “POWER” e


“MERCURY LAMP”, e no aparelho para o efeito fotoelétrico, colocamos o botão “POWER” para a
posição “ON”.

Realizados os procedimentos iniciais, deixamos a fonte de luz e o aparelho para o efeito


fotoelétrico aquecerem durante 20 minutos.

Seleção Das Escalas De Tensão E Corrente

Após ter aguardado os 20 minutos, selecionamos as escalas corretas para tensão e corrente
no aparelho para efeito fotoelétrico, (AP-8209 – Photoeletric Effect Apparatus), primeiramente
selecionando no botão “VOLTAGE” o intervalo -2~0 V, para tensão e selecionando no seletor
“CURRENT RANGES” o range de 10-13 Amperes, para corrente elétrica.

9
Ajuste De Zero Da Escala Corrente

Para realizar ajuste de zero no amplificador de corrente, desconectamos os cabos que


estavam ligados em “A”, “↓” (terra) e o cabo BNC (K) do painel traseiro do aparelho para o efeito
fotoelétrico, pressione o botão “PHOTOTUBE SIGNAL” para “CALIBRATION” e regule o botão
de ajuste “CURRENT CALIBRATION” de modo que a indicação de corrente (A) fosse zero. Ao
final, pressionamos o botão “PHOTOTUBE SIGNAL” para “MEASURE”, conectamos os cabos
em “A”, “↓” (terra) e o cabo BNC (K) de volta ao painel traseiro do aparelho para o efeito
fotoelétrico, e assim o equipamento ficou pronto para medição.

PROCEDIMENTO 3 – MEDIDA DO POTENCIAL DE CORTE EM FUNÇÃO DA


FREQUÊNCIA E DA INTENSIDADE DE LUZ

Neste procedimento incidimos luz de diferentes frequências no metal da fotocélula, de modo


que os elétrons fossem “arrancados” do metal com energias cinéticas diferenciadas. Aplicamos um
potencial negativo ao catodo de tal forma que conseguíssemos zerar a corrente, desta forma
conseguimos obter experimentalmente o potencial de corte. Este procedimento será repetido para
diferentes intensidades de luz.

Iniciamos esta parte do procedimento retirando uma espécie de tampa, que cobria a entrada
de luz da fotocélula, e em seguida colocamos a peça com a abertura de 4 mm de diâmetro e o filtro
de 365 nm na entrada da fotocélula, sempre mantendo o cuidado de manter a saída da lâmpada de
mercúrio tampada, enquanto estiver sendo feito a substituição do filtro de luz e as peças de
aberturas definidas, da entrada da fotocélula, garantindo que a luz da lâmpada de mercúrio nunca
incidisse diretamente na entrada da fotocélula.

Retiramos a proteção da saída da lâmpada de mercúrio, regulamos o botão “VOLTAGE


ADJUST” (-2 – 0 V) até obter conseguíssemos zerar a corrente no amperímetro A. Anotamos o
valor do potencial correspondente na Tabela 4.1.

Colocamos novamente a proteção da saída da lâmpada de mercúrio, substituímos o filtro de


365 nm pelo de 405 nm, depois pelos filtros de 436 nm, 546 nm e 577 nm, após a substituição dos
filtros retiramos a proteção da saída da lâmpada e anotamos todos os valores dos potenciais na
Tabela 4.1.

1
0
TABELA 4.1

Tabela 4.1 – Resultados experimentais para o potencial de corte (abertura de 4 mm).

λ (nm) v (1012 Hz) V (Volt)


365,0 819,18 -1,432
405,0 738,27 -1,127
436,0 685,78 -0,987
546,0 547,62 -0,574
577,0 518,20 -0,476

Trocamos abertura de 4 mm pela abertura de 2 mm, repetimos o procedimento anterior


anotando os valores dos potenciais, para todos os comprimentos de onda listados Tabela 4.2.

TABELA 4.2

Tabela 4.2 – Resultados experimentais para o potencial de corte (abertura de 2 mm).

λ (nm) v (1012 Hz) V (Volt)


365,0 819,18 -1,366
405,0 738,27 -1,145
436,0 685,78 -1,057
546,0 547,62 -0,582
577,0 518,20 -0,466

Trocamos abertura de 2 mm pela abertura de 8 mm, repetimos o procedimento anterior


anotando os valores dos potenciais, para todos os comprimentos de onda listados Tabela 4.3.

1
1
TABELA 4.3

Tabela 4.3 – Resultados experimentais para o potencial de corte (abertura de 8 mm).

λ (nm) v (1012 Hz) V (Volt)


365,0 819,18 -1,466
405,0 738,27 -1,155
436,0 685,78 -1,022
546,0 547,62 -0,588
577,0 518,20 -0,498

Terminamos este procedimento e colocamos de volta, a proteção na saída da lâmpada de


mercúrio.

PROCEDIMENTO 4 – ESTUDO DA CARACTERÍSTICA CORRENTE-VOLTAGEM NO


EFEITO FOTOELÉTRICO PARA UMA MESMA FREQUÊNCIA DE LUZ, MAS
DIFERENTES INTENSIDADES

Iniciamos esta parte do procedimento, selecionando as escalas corretas para tensão e


corrente no aparelho para efeito fotoelétrico, (AP-8209 – Photoeletric Effect Apparatus),
primeiramente selecionando no botão “VOLTAGE” o intervalo -2~30 V, para tensão e
selecionando no seletor “CURRENT RANGES” o range de 10-11 Amperes, para corrente elétrica.
Fizemos um novo ajuste de zero, para essa escala de tensão e corrente.

Iniciamos esta parte do procedimento retirando uma espécie de tampa, que cobria a entrada
de luz da fotocélula, e em seguida colocamos a peça com a abertura de 8 mm de diâmetro e o filtro
de 436 nm na entrada da fotocélula, sempre mantendo o cuidado de manter a saída da lâmpada de
mercúrio tampada, enquanto estiver sendo feito a substituição do filtro de luz e as peças de
aberturas definidas, da entrada da fotocélula, garantindo que a luz da lâmpada de mercúrio nunca
incidisse diretamente na entrada da fotocélula.

Retiramos a proteção da saída da lâmpada de mercúrio, regulamos o botão “VOLTAGE


ADJUST” (-2 ~ +30 V) até obter conseguíssemos zerar a corrente no amperímetro A. Anotamos o
valor do potencial correspondente na Tabela 4.4.

10
Ajustamos o valor de tensão conforme a Tabela 4.4 e anotamos os valores de corrente
encontrados.

Repetimos os procedimentos anteriores para as aberturas 4 mm e 2 mm, ao final, colocamos


a proteção da saída da lâmpada de mercúrio.

TABELA 4.4
Tabela 4.4 – Corrente vs voltagem para λ = 436 nm, mas diferentes intensidades de luz.
Abertura 8 mm Abertura 4 mm Abertura 2 mm
V (Volt) I (10-11 A) V (Volt) I (10-11 A) V (Volt) I (10-11 A)
-1,0 0 -1,2 0 -1,2 0
0,0 35 0,0 8 0,0 3
1,0 74 1,0 19 1,0 6
2,0 102 2,0 27 2,0 8
3,0 133 3,0 35 3,0 11
4,0 158 4,0 42 4,0 13
5,0 170 5,0 43 5,0 14
6,0 180 6,0 48 6,0 14
7,0 203 7,0 55 7,0 16
8,0 220 8,0 62 8,0 17
9,0 237 9,0 67 9,0 18
10,0 270 10,0 69 10,0 20

PROCEDIMENTO 5 – ESTUDO DA CARACTERÍSTICA CORRENTE-VOLTAGEM NO


EFEITO FOTOELÉTRICO PARA UMA MESMA INTENSIDADE DE LUZ, MAS
DIFERENTES FREQUÊNCIAS

Transcrevemos os resultados obtidos na Tabela 4.4 para λ = 436 nm e abertura 4 mm, para o

campo adequado na Tabela 4.5

Retiramos a proteção da saída da lâmpada de mercúrio, colocamos a abertura de 4 mm e o


filtro de 546 nm na entrada de luz, descobrimos a saída da lâmpada de mercúrio, regulamos o botão
-2 ~ +30 V “VOLTAGE ADJUST” até obtivéssemos um valor de corrente zero no amperímetro A.
Anotamos o valor dos potenciais na Tabela 4.5.

Ajustamos o valor de tensão conforme a Tabela 4.5 e anotamos os valores de corrente


encontrados.

11
Repetimos o procedimento anterior, mantendo a abertura de 4 mm e substituindo o filtro de
546 nm para o filtro de 577,0 nm, tendo sempre o cuidado de no momento da substituição, tampar a
saída da lâmpada de mercúrio.

Ao final, colocamos a proteção da saída da lâmpada de mercúrio, desligamos o aparelho


para o efeito fotoelétrico, desligamos a fonte de tensão da lâmpada de mercúrio e o botão POWER
da fonte de tensão e guardamos os filtros de interferência e as janelas de diferentes aberturas, na
caixa.

TABELA 4.5
Tabela 4.5 – Corrente vs voltagem para uma mesma intensidade de luz (abertura 4 mm), mas
diferentes frequências (comprimentos de onda).

λ = 436 nm λ = 546 nm λ = 577 nm


V (Volt) I (10-11 A) V (Volt) I(10-11 A) V (Volt) I(10-11 A)
-1,2 0 -0,6 0 -0,7 0
0,0 8 0,0 3 0,0 1
1,0 19 1,0 7 1,0 3
2,0 27 2,0 10 2,0 4
3,0 35 3,0 12 3,0 5
4,0 42 4,0 14 4,0 6
5,0 43 5,0 15 5,0 6
6,0 48 6,0 16 6,0 7
7,0 55 7,0 17 7,0 7
8,0 62 8,0 18 8,0 8
9,0 67 9,0 20 9,0 8
10,0 69 10,0 21 10,0 8

12
5. RESULTADOS E DISCURSÕES

Após entender um pouco sobre o assunto e analisar os resultados, percebemos que os


resultados obtidos dos vários procedimentos, que correlacionavam situações diferenciadas,
como intensidades luminosas distintas para uma mesma frequência, ou intensidades iguais
de luz e variação das frequências, fez com que pudéssemos verificar a validade da teoria do
efeito fotoelétrico.

6. QUESTIONÁRIO

1. Faça o gráfico de V(Volt) versus v (1012 Hz).

Gráfico Potencial de corte x frequência

Frequência (x1012 Hz)

Tensão (V)

2. Determine a constante de Planck pelo gráfico da questão anterior e compare com o valor da
literatura.

O coeficiente angular da reta do gráfico anterior, é numericamente igual a relação


entre a constante de Pack, h e carga elementar do elétron, dessa forma temos:
tanθ = h/e → h = tanθ x e, onde:
tanθ = ∆y/∆x = [-1,466 – (-1,155)]/[(819,18 - 738,27)x1012]
tanθ = -0,311/8,09065 x1013

13
tanθ = -3,844x10-15
h = tanθ x e = -3,844x10-15x-1,602x10-19
h = 6,158x10-34J.s

Comparando o resultado obtido com a literatura temos:


Resultado: h = 6,158x10-34J.s
Literatura: h = 6,626x10-34J.s
E% = [1- (6,158x10-34)/(6,626x10-34)]x100
E% = 7,06%

3. Dos resultados obtidos nas Tabelas 5.1, 5.2 e 5.3, qual o efeito da intensidade de luz sobre o
potencial de corte?

O que se esperaria pela física clássica era que houvesse algum tipo de dependência
do potencial de corte em relação à intensidade da luz, porém, NÃO HÁ. O potencial de corte
não depende da intensidade luminosa e sim da frequência da onda.

4. Na próxima folha, faça o gráfico da Corrente vs Voltagem para λ = 435,8 nm, mas diferentes
intensidades de luz, de acordo com os resultados da Tabela 5.4.

Corrente (x10
-11
A) Gráfico Corrente x Voltagem

Abertura 8mm

Abertura 4mm

Abertura 2mm

Tensão (V)

14
5. Quais as diferenças e similaridades observadas nas curvas de Corrente vs Voltagem, para
uma determinada frequência, mas diferentes intensidades? (Gráfico de questão anterior).

Diferenças: Para cada abertura, ou seja, cada intensidade mostra um coeficiente


angular diferente, fica clara a dependência da corrente em relação à intensidade luminosa.
Para uma mesma diferença de potencial, observamos fotocorrentes diretamente
proporcionais à intensidade de luz.
Semelhanças: Todas obedecem à uma função do primeiro grau, porém com o seu
respectivo coeficiente angular. Observamos que o potencial de corte era praticamente o
mesmo nos três casos, independente da intensidade luminosa.

6. Faça o gráfico da Corrente vs Voltagem (na próxima folha) para uma mesma intensidade de
luz (abertura 4 mm), mas diferentes frequências de acordo com os resultados da Tabela 5.5.

-11
Corrente (x10 A) Gráfico Corrente x Voltagem

λ = 536 nm

λ = 546 nm

λ = 577 nm

Tensão (V)

7. Qual o comportamento do potencial de corte observado nas curvas de Corrente vs Voltagem,


para uma mesma intensidade de luz, mas diferentes frequências? (Gráfico de questão
anterior).

Observamos no gráfico da questão anterior que para uma mesma intensidade de luz,
quanto maior a frequência da onda, maior será o módulo do potencial de corte.

15
8. A pele humana é relativamente insensível à luz visível, mas a luz ultravioleta pode ser
bastante prejudicial. Justifique em termos da energia do fóton.

A emissão de ondas eletromagnéticas no espectro da luz visível, não tem energia


suficiente para causar danos à nossa pele, porém a luz ultravioleta, bem como os raios-X e
raios gama, possuem curtos comprimentos de ondas, porém com fótons de altas energias,
devido à alta frequência de ondas, logo, a exposição demasiada da pele humana, à estes tipos
raios, é prejudicial a saúde.

9. A luz amarela do Sódio tem comprimento de onda de 589 nm. Determine:


a) A energia do fóton;

A energia do fóton pode ser dada pela expressão abaixo:


E = hv =hc/λ
E = (6,626x10-34J.s x 2,99x108m/s)/589x10-9m
E = 1,9812x10-25/5,89x10-7
E = 3,36x10-19J

b) A frequência do mesmo;

A frequência pode ser dada pela expressão abaixo:


v = c/λ
v = 2,99x108m/s/5,89x10-7m
v = 5,08x1014Hz

c) O seu momento.

E = pc → p = E/c
p = 3,36x10-19J/2,99x108m/s
p = 1,12x10-27Kg.m/s

16
7. CONCLUSÃO

Dados os objetivos no início do relatório, vimos que foi possível alcançá-los, onde o
principal dele foi a observação do efeito fotoelétrico.
Nos dois primeiros procedimentos aprendemos a montar os arranjos e realizar o
condicionamento e ajustes necessários dos equipamentos para o início das medições.
No procedimento três, coletamos os dados que relacionava o potencial de corte com
diversos comprimentos de onda e intensidades luminosas, onde concluímos que o módulo do
potencial de corte aumenta, com o aumento da frequência e para um mesmo comprimento de
onda o potencial de corte se mantém praticamente inalterável, mesmo quando variamos a
intensidade de luz. Conseguimos também determinar a constante de Planck, através dos dados
obtidos experimentalmente.
No procedimento quatro, observamos uma dependência direta da emissão de fotoelétrons
em relação à intensidade de luz, e no último procedimento conseguimos ver mais claramente a
diferença nos potenciais de corte de comprimentos de onda distintos, para uma mesma
intensidade luminosa. Encerramos o relatório com resultados positivos e satisfatórios, bem com
os objetivos alcançados.

8. BIBLIOGRAFIA

1. Curso de física básica Vol. 4, Ótica, relatividade e física quântica, H. Moysés Nussenzveig
2. Física IV, Ótica e física moderna, Young & Freedman – 12ª Edição – 2009.
3. Roteiro de práticas de física moderna – 2014 – Efeito fotoelétrico
4. www.fis.ufba.br/~edmar/fis101/roteiros/Fotoeletrico.pdf

17

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy