Experimental - Efeito Fotoelétrico PDF
Experimental - Efeito Fotoelétrico PDF
Experimental - Efeito Fotoelétrico PDF
Centro de Ciências – CC
Departamento de Física
Pós-Graduação – MNPEF
Mecânica Quântica
2017
1. OBJETIVO:
2. MATERIAIS UTILIZADOS:
2
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Histórico
Por volta de 1887, Heinrich Rudolf Hertz trabalhando em laboratório, desenvolveu vários
experimentos relacionados ao eletromagnetismo que hoje são bastante conhecidos, e serviu de
subsídio para o surgimento de várias outras tecnologias que dependem diretamente deste assunto.
3
Maxwell descreveu o transporte de energia de uma onda eletromagnética, através de um
produto vetorial dos campos elétrico e magnético, conhecido como vetor de Poynting. Para ondas
que se propaga no vácuo, a descrição de Maxwell funciona perfeitamente, como no caso em que
determinamos a radiação do sol sobre a Terra, mas quando temos a interação da radiação com a
matéria, a teoria do vetor de Poynting fracassa.
Em 1900, Plank desenvolveu o que seria conhecida por nós atualmente como a lei da
radiação Planck, onde os resultados obtidos tem concordância com as curvas experimentais da
distribuição de intensidades. Planck deduziu que os elétrons nas paredes da caixa de Rayleight,
vibravam com frequência v, e apenas assumiam valores de energia iguais a nhv, onde n eram
números inteiros que poderiam ser 0,1,2,3... etc, e h era uma constante, hoje conhecida como
constante de Planck. Ele defendia de níveis de energia quantizados, porém, sua hipótese era
contrária a de Rayleight que defendia que cada modo normal poderia assumir quantidades de
energia distintas.
Em 1905, Einstein apresentou uma solução equivalente à proposta por Planck, para o
problema em questão, onde ele afirmou que também era necessária a quantização da radiação. O
físico americano Robert Andrews Milikan e vários outros cientistas da época, demoraram 10 anos
para reconhecer a o trabalho de Albert Einstein, onde naquele momento havia uma necessidade de
introduzir novas concepções nas teorias clássicas.
Em 1916, Millikan, físico que ficou conhecido por realizar o experimento que determinou a
carga elementar, reconheceu o trabalho de Einstein e publicou o seguinte: “Trabalhei 10 anos de
minha vida testando a equação de Einstein e contrário à todas as minhas expectativas, eu me vi
obrigado a afirmar a verificação experimental, embora nada tivesse de razoável ela parece violar
tudo que eu sabia sobre a interferência da luz”.
4
O Efeito Fotoelétrico
Como já vimos, o efeito fotoelétrico foi observado pela primeira vez em 1887 por Hertz,
durante a realização de seus experimentos de emissão e detecção de ondas eletromagnéticas. Em
1902, Philip Lenard que também realizava experimentos sobre o efeito fotoelétrico, publicou os
resultados dos seus experimentos com tubos de raios catódicos.
b) A energia cinética dos fotoelétrons, não tem dependência com a intensidade da luz;
c) A frequência de corte, onde abaixo desse valor não há o efeito fotoelétrico, depende da
característica de cada material, (metal).
d) O potencial de corte não varia com a intensidade de luz, e sim com à frequência, para um
mesmo material.
Figura 4.1: Arranjo experimental mostrando luz incidindo na superfície metálica, uma ddp entre as superfícies E e C e um
amperímetro medindo a corrente fotoelétrica.
5
Baseada nas teorias apresentadas, temos que a luz é composta por fótons, onde cada um
transporta uma seguinte energia:
E =hv (4.1)
Onde:
E = Energia do fóton
h = Constante de Planck → h =6,626x10-34J.s ou 4,136x10-15eV.s
v = Frequência da onda
6
Para um determinado metal, teremos que “gastar” uma energia mínima para que possamos
fazer com que os elétrons sejam ejetados da superfície do metal, chamamos esta energia de função
trabalho W0, que é em função de uma frequência de corte v0, onde abaixo desse valor não ocorre o
efeito fotoelétrico. Deste modo temos:
W0 = hv0 (4.2)
Onde:
Ec = hv - W0 (4.3)
Onde:
eV = Ec (4.4)
Onde:
7
4. PROCEDIMENTOS
Realizamos as conexões dos cabos de força dos equipamentos, à rede elétrica da bancada,
tendo o cuidado sempre de nos certificarmos antes, de que os interruptores da fonte de tensão
estavam na posição “OFF” (desligado).
Conectamos o cabo de força da lâmpada de mercúrio no devido local, bem como o cabo
com terminais DIN ao terminal correspondente na parte traseira do aparelho para o efeito
fotoelétrico e a outra extremidade no terminal “POWER OUTPUT FOR APPARATUS” na fonte de
tensão.
Conectamos o cabo com terminais BNC nos devidos terminais da fonte de tensão, do
aparelho para o efeito fotoelétrico e os cabos vermelho e azul aos terminais correspondentes nos
dois aparelhos. Finalmente foi conectado o cabo de força da fonte de tensão à rede elétrica da
bancada (220 V).
Figura 4.2: Arranjo para experimento de efeito fotoelétrico, caixa com a lâmpada de mercúrio, caixa com a célula
fotoelétrica e fonte de alimentação.
8
Figura 4.3: Fonte de tensão e corrente. Figura 4.4: Fontes de alimentação e da lâmpada.
Figura 4.5: Detalhes da fonte luminosa, (Lâmpada de Hg). Figura 4.6: Kit contendo as peças de diversas
aberturas e vários filtros de comprimentos de
onda.
Iniciamos a preparação das medidas, tampando a saída de luz da lâmpada de mercúrio com a
tampa maior e a entrada de luz da célula fotoelétrica com a tampa menor.
Após ter aguardado os 20 minutos, selecionamos as escalas corretas para tensão e corrente
no aparelho para efeito fotoelétrico, (AP-8209 – Photoeletric Effect Apparatus), primeiramente
selecionando no botão “VOLTAGE” o intervalo -2~0 V, para tensão e selecionando no seletor
“CURRENT RANGES” o range de 10-13 Amperes, para corrente elétrica.
9
Ajuste De Zero Da Escala Corrente
Iniciamos esta parte do procedimento retirando uma espécie de tampa, que cobria a entrada
de luz da fotocélula, e em seguida colocamos a peça com a abertura de 4 mm de diâmetro e o filtro
de 365 nm na entrada da fotocélula, sempre mantendo o cuidado de manter a saída da lâmpada de
mercúrio tampada, enquanto estiver sendo feito a substituição do filtro de luz e as peças de
aberturas definidas, da entrada da fotocélula, garantindo que a luz da lâmpada de mercúrio nunca
incidisse diretamente na entrada da fotocélula.
1
0
TABELA 4.1
TABELA 4.2
1
1
TABELA 4.3
Iniciamos esta parte do procedimento retirando uma espécie de tampa, que cobria a entrada
de luz da fotocélula, e em seguida colocamos a peça com a abertura de 8 mm de diâmetro e o filtro
de 436 nm na entrada da fotocélula, sempre mantendo o cuidado de manter a saída da lâmpada de
mercúrio tampada, enquanto estiver sendo feito a substituição do filtro de luz e as peças de
aberturas definidas, da entrada da fotocélula, garantindo que a luz da lâmpada de mercúrio nunca
incidisse diretamente na entrada da fotocélula.
10
Ajustamos o valor de tensão conforme a Tabela 4.4 e anotamos os valores de corrente
encontrados.
TABELA 4.4
Tabela 4.4 – Corrente vs voltagem para λ = 436 nm, mas diferentes intensidades de luz.
Abertura 8 mm Abertura 4 mm Abertura 2 mm
V (Volt) I (10-11 A) V (Volt) I (10-11 A) V (Volt) I (10-11 A)
-1,0 0 -1,2 0 -1,2 0
0,0 35 0,0 8 0,0 3
1,0 74 1,0 19 1,0 6
2,0 102 2,0 27 2,0 8
3,0 133 3,0 35 3,0 11
4,0 158 4,0 42 4,0 13
5,0 170 5,0 43 5,0 14
6,0 180 6,0 48 6,0 14
7,0 203 7,0 55 7,0 16
8,0 220 8,0 62 8,0 17
9,0 237 9,0 67 9,0 18
10,0 270 10,0 69 10,0 20
Transcrevemos os resultados obtidos na Tabela 4.4 para λ = 436 nm e abertura 4 mm, para o
11
Repetimos o procedimento anterior, mantendo a abertura de 4 mm e substituindo o filtro de
546 nm para o filtro de 577,0 nm, tendo sempre o cuidado de no momento da substituição, tampar a
saída da lâmpada de mercúrio.
TABELA 4.5
Tabela 4.5 – Corrente vs voltagem para uma mesma intensidade de luz (abertura 4 mm), mas
diferentes frequências (comprimentos de onda).
12
5. RESULTADOS E DISCURSÕES
6. QUESTIONÁRIO
Tensão (V)
2. Determine a constante de Planck pelo gráfico da questão anterior e compare com o valor da
literatura.
13
tanθ = -3,844x10-15
h = tanθ x e = -3,844x10-15x-1,602x10-19
h = 6,158x10-34J.s
3. Dos resultados obtidos nas Tabelas 5.1, 5.2 e 5.3, qual o efeito da intensidade de luz sobre o
potencial de corte?
O que se esperaria pela física clássica era que houvesse algum tipo de dependência
do potencial de corte em relação à intensidade da luz, porém, NÃO HÁ. O potencial de corte
não depende da intensidade luminosa e sim da frequência da onda.
4. Na próxima folha, faça o gráfico da Corrente vs Voltagem para λ = 435,8 nm, mas diferentes
intensidades de luz, de acordo com os resultados da Tabela 5.4.
Corrente (x10
-11
A) Gráfico Corrente x Voltagem
Abertura 8mm
Abertura 4mm
Abertura 2mm
Tensão (V)
14
5. Quais as diferenças e similaridades observadas nas curvas de Corrente vs Voltagem, para
uma determinada frequência, mas diferentes intensidades? (Gráfico de questão anterior).
6. Faça o gráfico da Corrente vs Voltagem (na próxima folha) para uma mesma intensidade de
luz (abertura 4 mm), mas diferentes frequências de acordo com os resultados da Tabela 5.5.
-11
Corrente (x10 A) Gráfico Corrente x Voltagem
λ = 536 nm
λ = 546 nm
λ = 577 nm
Tensão (V)
Observamos no gráfico da questão anterior que para uma mesma intensidade de luz,
quanto maior a frequência da onda, maior será o módulo do potencial de corte.
15
8. A pele humana é relativamente insensível à luz visível, mas a luz ultravioleta pode ser
bastante prejudicial. Justifique em termos da energia do fóton.
b) A frequência do mesmo;
c) O seu momento.
E = pc → p = E/c
p = 3,36x10-19J/2,99x108m/s
p = 1,12x10-27Kg.m/s
16
7. CONCLUSÃO
Dados os objetivos no início do relatório, vimos que foi possível alcançá-los, onde o
principal dele foi a observação do efeito fotoelétrico.
Nos dois primeiros procedimentos aprendemos a montar os arranjos e realizar o
condicionamento e ajustes necessários dos equipamentos para o início das medições.
No procedimento três, coletamos os dados que relacionava o potencial de corte com
diversos comprimentos de onda e intensidades luminosas, onde concluímos que o módulo do
potencial de corte aumenta, com o aumento da frequência e para um mesmo comprimento de
onda o potencial de corte se mantém praticamente inalterável, mesmo quando variamos a
intensidade de luz. Conseguimos também determinar a constante de Planck, através dos dados
obtidos experimentalmente.
No procedimento quatro, observamos uma dependência direta da emissão de fotoelétrons
em relação à intensidade de luz, e no último procedimento conseguimos ver mais claramente a
diferença nos potenciais de corte de comprimentos de onda distintos, para uma mesma
intensidade luminosa. Encerramos o relatório com resultados positivos e satisfatórios, bem com
os objetivos alcançados.
8. BIBLIOGRAFIA
1. Curso de física básica Vol. 4, Ótica, relatividade e física quântica, H. Moysés Nussenzveig
2. Física IV, Ótica e física moderna, Young & Freedman – 12ª Edição – 2009.
3. Roteiro de práticas de física moderna – 2014 – Efeito fotoelétrico
4. www.fis.ufba.br/~edmar/fis101/roteiros/Fotoeletrico.pdf
17