Conceitos de Radioproteção PDF
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PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
CAMPINAS
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
CAMPINAS
2017
Instituto de Ciência da Saúde – ICS
Tecnologia em Radiologia
BANCA EXAMINADORA:
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Prof.
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Prof.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - adaptado de Proteção radiológica e dosimetria: efeitos genéticos e
biologicos. principais cuidados e normas de segurança. pág. 15. 13
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
2.0 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 12
2.1 História da radiologia e da radioproteção ................................................... 12
2.3 Princípios básicos das radiações e seus tipos ........................................... 12
2.4 Contaminação x irradiação ........................................................................... 13
2.5 Fontes seladas e não seladas ....................................................................... 14
2.6 Efeitos biológicos das radiações ionizantes ............................................... 14
2.6.2 Efeitos hereditários ....................................................................................... 15
2.6.3 Efeitos teratogênicos ..................................................................................... 15
2.6.4 Efeitos determinísticos .................................................................................. 15
2.6.5 Efeitos estocásticos ...................................................................................... 15
2.6.6 Danos nas estruturas radiosensíveis ............................................................ 15
2.6.6.1 Medula óssea ............................................................................................. 16
2.6.6.2 Tireoide ...................................................................................................... 16
2.6.6.3 Cristalino .................................................................................................... 16
2.6.6.4 Testículos e ovários ................................................................................... 16
2.7 Detectores de radiação .................................................................................. 17
2.7.1 Dosímetros ocupacionais .............................................................................. 17
2.8 Armazenando e descartando resíduos radioativos .................................... 18
2.8.1 Classificando ................................................................................................. 18
2.8.2 Gerenciamento.............................................................................................. 18
2.8.3 Segregação ................................................................................................... 18
2.8.4 Eliminação..................................................................................................... 18
2.9 Proteção radiológica ...................................................................................... 19
2.9.1 Princípios de radioproteção .......................................................................... 19
2.9.1.1 Princípio da justificação ............................................................................. 19
2.9.1.2 Princípio da otimização .............................................................................. 20
2.9.1.3 Princípio da limitação de doses individuais ................................................ 20
2.9.1.4 Principio de prevenção de acidentes ......................................................... 20
2.9.2 Fatores de proteção radiológica .................................................................... 21
2.10 Sinalizações.................................................................................................. 21
3.0 CONCLUSÃO .................................................................................................. 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 23
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de ações e serviços de saúde
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais. Foi
regulamentado pela Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, com o objetivo de
universalizar o direito à saúde, com sistema regionalizado e hierarquizado junto com
a participação da comunidade e visando ao atendimento das necessidades de saúde.
Compete ao SUS a qualidade dos atos de promoção, proteção, preservação e
recuperação de saúde, individual e coletiva. [1] [2]
1.0 INTRODUÇÃO
A radiação ionizante, em contato com o tecido, interage com as moléculas e
átomos, desta forma podendo causar alterações nas estruturas químicas dos tecidos.
No corpo humano, pode causar evolução anormal ou a morte celular, resultado de sua
interação com os cromossomos do nosso corpo. Com o intuito de fornecer
procedimentos padronizados de radioproteção para minimizar os riscos e maximizar
os benefícios, criou-se um conjunto de medida que prioriza proteger o ser humano e
beneficiar a sociedade visando a proteção dos trabalhadores, do público, do cliente e
do meio ambiente. Alguns conceitos básicos são indispensáveis ao profissional para
compreender as necessidades da proteção radiológica. Os conjuntos de medidas que
serão apresentadas aqui estabelecem parâmetros e regulamenta ações para o
controle das exposições médicas, das exposições ocupacionais e das exposições do
público. [17] [18] [19]
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2.0 DESENVOLVIMENTO
2.1 História da radiologia e da radioproteção
Em 5 de novembro de 1895, o professor de física teórica Wilhelm Conrad
Roentgen durante seu estudo aos raios catódicos, descobriu
os raios-X ao colocar sua mão entre os tubos de Crookes
que emitiam os raios e a parede, percebem que podia
visualizar os ossos da sua mão. Então para verificar o
experimento, chamou sua esposa Anna Bertha Ludwing
Roentgen e tirou o que seria a primeira radiografia da
história, a radiografia de sua mão esquerda. Logo a
descoberta ficou famosa e trouxe a possibilidade de usar
além dos raios-X, outras radiações ionizantes que passaram
a ser utilizados por pesquisadores e profissionais sem Figura 1 - Radiografia da
mão esquerda de Anna
controle nenhum, mostrando seus efeitos deletérios. Como Bertha Roentgen.
já conheciam os benefícios das radiações ionizantes, foram
iniciados estudos sobre os seus efeitos biológicos e como se proteger, assim
minimizando os efeitos prejudiciais ao homem. [20] [21]
2.3 Princípios básicos das radiações e seus tipos
Todo corpo tem em sua formação fundamental o átomo. O átomo é a menor
estrutura que é representada como um núcleo composto por prótons e nêutrons e uma
eletrosfera com elétrons. Abaixo, esquema de um átomo, este modelo é conhecido
como átomo de Bohr: [22] [23]
A radiação é uma forma de energia produzida nos átomos quando existe alta
atividade na partícula seja por causa de uma procura de equilíbrio entre os elétrons
ou por manipulação humana como no caso dos raios-X. Podem ser ionizantes (que
retira elétrons do átomo) ou não ionizantes. Existem dois tipos de radiação: a
eletromagnética e a corpuscular. A radiação eletromagnética é constituída de campos
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• Partículas alfa: É uma partícula altamente ionizante, pesada e por isso tem
baixo alcance podendo ser barrada por até mesmo uma folha de papel. [23] [24]
• Partículas beta: A partícula beta β é criado no núcleo de um átomo radioativo
no momento da emissão. São considerados partícula leves por ter massa nula,
podem ter a carga negativa ou positiva e seu alcance é maior do que as
partículas α podendo atravessar 0,10 a 1 m no ar e de 1 a 2 cm no tecido mole,
mas com poder de ionização mais baixo. [23] [24]
• Raios gama: A radiação gama γ é uma energia eletromagnética altamente
penetrante, com ondas curtas e de origem nuclear. No momento de sua
emissão também são geradas partículas α e β. [23] [24]
• Raios-X: Os raios-X são radiações eletromagnéticas produzidas artificialmente,
sem carga e massa, composta por fótons. Pode ser barrada por chumbo . [23]
[24]
pessoa passa a ser monitorada e o tratamento é realizado com a ingestão do sal azul.
Esse medicamento de baixa toxicidade é absorvido, funcionando como uma resina de
troca iônica (neutralizar). [21] [25] [26]
Já a irradiação ocorre quando um indivíduo, alimento ou objeto é exposto à
radiação sem ter necessariamente contato com a fonte emissora e só dura enquanto
a exposição permanece. Essa exposição não torna os irradiados, radioativos. [21] [25]
[26]
2.8.3 Segregação
A segregação de rejeitos deve ser feita no mesmo local em que forem
produzidos levando em conta as seguintes características: sólidos, líquidos ou
gasosos; meia-vida curta ou longa (T1/2 > 60 dias); compactáveis ou não
compactáveis; orgânicos ou inorgânicos; putrescíveis ou patogênicos. Após a
segregação e acondicionamento em recipientes adequados os rejeitos devem ser
identificados. [35]
2.8.4 Eliminação
A eliminação de rejeitos líquidos, sólidos e/ou gasosos de uma instalação deve
obedecer a determinados limites e está condicionada à autorização da CNEN. Na
eliminação de rejeitos líquidos na rede de esgotos sanitário o rejeito deve ser
prontamente solúvel ou de fácil dispersão em água. A quantidade de cada
radionuclídeo liberada diariamente pela instalação, na rede de esgotos sanitários, não
deve exceder os limites estabelecidos na CNEN NE 6.05. [35]
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2.10 Sinalizações
Como pratica da proteção radiológica a Portaria 453 indica formas de
sinalizações ao público que devem ser aplicadas por todas as instituições que
trabalham com radiação ionizante. Estas sinalizações devem estar bem visíveis e de
forma clara para todos. Na área de acesso as salas de radiodiagnósticos devem
constar as seguintes sinalizações:
Esta sinalização (figura 12) deve
estar do lado de fora das portas
de acesso aos locais de exames
e deve conter o símbolo
internacional de radiação
ionizante e sinalização luminosa
vermelha do lado de fora e
Figura 12 - Sinalização externa.
acima da porta de acesso com o
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seguinte aviso: “quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida”. A luz
vermelha deve permanecer acesa durante os procedimentos radiológicos mostrando
que o procedimento está em curso e que pode haver exposição. [40]
A proibição de
acompanhantes é uma medida para
evitar a exposição desnecessária,
porém podem ocorrer casos onde é
necessária a entrada de um
acompanhante. Nos casos onde é
necessária a entrada de um
acompanhante, o responsável por
realizar o exame deve fornecer a
vestimenta de proteção adequada
Figura 13 - Orientação aos clientes. como avental e luva de chumbo. Se
isto não acontecer o acompanhante
deve exigir. O aviso deve estar no interior da sala em lugar e tamanho que seja visível
ao paciente para que cada paciente seja exposto somente no momento necessário
para realização do seu exame. [40]
Para que não haja exposição acidental ao feto é importante que seja
descartada o risco de gravidez. O responsável deve ter conhecimento desta
informação para poder realizar o exame de acordo com o procedimento padrão. [40]
3.0 CONCLUSÃO
Ao conhecer e seguir as normas de radioproteção corretamente, o profissional
garante o sucesso na utilização das radiações ionizantes reduzindo os danos para
sua saúde, a do cliente e do meio ambiente, mas é importante que o cliente também
conheça os seus reais danos assim como seus benefícios e que é seu direito exigir o
uso dos EPI’s e ser informado corretamente quando eles são necessários e quando
não são, isso faz com que seja evitando mais disseminação de mitos referente ao seu
uso, essa questão é tão importante quanto conhecer os efeitos deletérios e benéficos
da radiação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - Gonçalves José P., Baione Caroline. Radiologia: perguntas e respostas. São
Paulo: Martinari; 2011. Capitulo 19, Sistema Único de Saúde (SUS); p. 193-202
2 - Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Conselho Nacional da Saúde. Art.
16. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm
3 - Brasil. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da saúde. 2ª ed.
Brasília: Ministério da Saúde; 2007. 1-4 p.
4 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra: uma política para o SUS. 2ª ed. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde; 2013. 23p
5 - Brasil. Portaria nº 399 de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde
2006: Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.
Diário Oficial da União, Brasília, 22 de fev. 2006.
6 - UNESCO [internet]. Relações étnico-raciais: o papel da UNESCO para a
superação da discriminação racial no Brasil. Disponível em:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/social-and-human-sciences/ethnic-and-racial-
relations/
7 - Di Giuseppe Alessandro. Direitos das pessoas com transtorno do espectro autista
(TEA). [Internet]. Brasil: JurisWay; 2013 abr. 08. Disponível em:
https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=10515
8 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa
com Transtornos de Espectro Autismo (TEA). Brasília: Ministério da Saúde; 2014. 68
p.
9 - Fombonne E. Epidemiologia de autismo. Encontro brasileiro para pesquisa em
autismo. 1ª ed. Porto Alegre; 2010
10 - Portal Sinan. O Sinan. [Internet]. Sinan sistema de informação de agravos de
notificação; 2016 mar 07 [atualização 2017 mai 10]. Disponível em:
http://portalsinan.saude.gov.br/o-sinan
11 - Portal Sinan. Funcionamento. [Internet]. Sinan sistema de informação de agravos
de notificação; 2016 mar 07 [atualização 2017 jul. 21]. Disponível em:
http://portalsinan.saude.gov.br/funcionamentos
12 - Portal Sinan. Perguntas frequentes. [Internet]. Sinan sistema de informação de
agravos de notificação; 2013 out 23 [atualização 2017 mar 10]. Disponível em:
http://portalsinan.saude.gov.br/perguntas-frequentes
13 - REDE Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a
saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2 ª ed. Brasília: Organização Pan-Americana
da Saúde; 2008. 13 p.
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