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    Casamentos Prematuros No Distrito de Guija

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    Davi
    Crianças em Guijá, Moçambique estão desistindo da escola devido a casamentos prematuros e trabalho como pastores. 88 crianças deixaram a Escola Primária de Tomanine no ano passado, e a diretora atribui isso a casamentos de meninas e trabalho como pastor por meninos. Reuniões com pais não têm mudado esse comportamento.

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    Crianças em Guijá, Moçambique estão desistindo da escola devido a casamentos prematuros e trabalho como pastores. 88 crianças deixaram a Escola Primária de Tomanine no ano passado, e a diretora atribui isso a casamentos de meninas e trabalho como pastor por meninos. Reuniões com pais não têm mudado esse comportamento.

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    Crianças em Guijá, Moçambique estão desistindo da escola devido a casamentos prematuros e trabalho como pastores. 88 crianças deixaram a Escola Primária de Tomanine no ano passado, e a diretora atribui isso a casamentos de meninas e trabalho como pastor por meninos. Reuniões com pais não têm mudado esse comportamento.

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    Guijá: Casamentos e pastorícia esvaziam salas de aulas

    A desistência de crianças da frequência escolar devido a casamentos prematuros e pastorícia nas


    zonas rurais do país apresenta-se como um problema longe de ser ultrapassado, apesar de muitas
    campanhas de sensibilização contra estes hábitos que têm sido realizadas.

    Maputo, Sexta-Feira, 6 de Junho de 2008∷ Notícias

    Anualmente, dezenas de meninas, num universo de mil matriculadas em diferentes


    estabelecimentos de ensino das áreas rurais abandonam-nas para constituírem famílias com outras
    crianças ou com indivíduos mais crescidos. Os rapazes, que por sua vez iniciam o ano sendo pastores
    de gado nas horas livres, passam, ao longo do período lectivo, a dedicar-se exclusivamente à
    pastorícia.

    A título de exemplo, 88 crianças de um universo de cerca de 800 inscritas na Escola Primária de


    Tomanine, no distrito de Guijá, em Gaza, desistiram no ano passado e a respectiva direcção associa o
    facto a casamentos prematuros, por parte das raparigas e a pastorícia, no caso dos rapazes.

    Falando há dias à nossa Reportagem, Sandra Langa, directora da Escola Primária de Tomanine, disse
    que frequentemente as alunas desaparece da escola após terem sido “roubadas” pelos respectivos
    namorados.

    “É muito comum, uma aluna desaparecer da escola e quando procuramos saber da razão junto dos
    pais, sermos informado de que ela foi roubada pelo namorado”, disse, acrescentando que o
    fenómeno regista-se em outros pontos do distrito.

    A directora precisou que só no primeiro trimestre deste ano, oito alunos desistiram da escola devido
    àquelas duas razões, prevendo-se que no balanço deste período venha-se a apurar um número
    ainda maior, uma vez que os casos de desistências tendem a ser frequentes.

    Sandra Langa, que juntamente com outros 14 professores leccionam 839 crianças divididas pelas
    turmas de 1ª à 7ª classe, disse que a desistência dos rapazes é agudizada pela estiagem que assola a
    zona, uma vez que agora são obrigados a percorrerem grandes distâncias à busca de pastagem, não
    lhes sobrando tempo para as aulas.

    Face ao alastramento das desistências devido a casamentos prematuros e pastorícia, a direcção


    daquela escola diz ter reunido várias vezes com os pais e encarregados de educação no sentido de
    consciencializá-los dos malefícios da falta de escolarização, mas os encontros não produzem
    mudanças de comportamento. Os pais e encarregados pouco fazem para que os seus educandos
    permaneçam na escola.

    A desistência das aulas por parte das crianças que se regista em tantas outras zonas rurais do país
    pode minar todos os esforços agora em curso de tornar o distrito num polo de desenvolvimento,
    uma vez que a melhoria de vida das comunidades passa necessariamente pela sua educação.

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