Resumo de CESARE BECCARIA Dos Delitos e Das Penas
Resumo de CESARE BECCARIA Dos Delitos e Das Penas
Resumo de CESARE BECCARIA Dos Delitos e Das Penas
- INTRODUÇÃO
Para Beccaria, a função das leis e da ordem é evitar injustiças e abusos dentro de uma sociedade.
O autor afirma, porém, que esta sociedade geralmente, em um primeiro momento, negligencia a
construção de leis justas e sábias, deixando ao acaso e às leis provisórias a função de promover
justiça e tranquilidade. Depois de muito sofrimento, essa sociedade passa a buscar melhorar seu
ordenamento. Para o autor, já era momento de sua nação rever às leis penais, os abusos de
poderes tirânicos, e buscar construir um sistema justo de leis criminais; não deveria haver mais
espaço para condenações de crimes sem provas, torturas, penas a crimes insignificantes, prisões,
masmorras monstruosas.
O autor ressaltar a importância de se analisar os crimes e quais as penas a ele deveriam ser
imputados, de forma justa; mais diz que em seu livro pretende tratar apenas dos princípios gerais
que deveriam reger o sistema criminal. Ele dá exemplos de temas que pretende abordar em seu
livro:
Mas, qual é a origem das penas, e qual o fundamento do direito de punir? Quais serão as punições
aplicáveis aos diferentes crimes? Será a pena de morte verdadeiramente útil,
necessária, indispensável para a segurança e a boa ordem da sociedade? Serão justos os tormentos
e as torturas? Conduzirão ao fim que as 1 eis se propõem? Quais os melhores meios de prevenir
os delitos? Serão as mesmas penas igualmente úteis em todos os tempos? Que influência exercem
sobre os costumes?
Neste capítulo o autor, baseando na teoria do contrato social, atribui o direito de punir de uma
sociedade ao pacto inicial de seus membros, que, para viverem harmoniosamente abririam mão
de parte de sua liberdade, restringindo seus direitos e consequentemente os de seus pares, para
que não houvesse abusos. Os homens entregariam parte de sua liberdade, par a preservar o resto
dela. A soma dessas partes constituiria o poder soberano de um Estado. Não bastava, porém,
apenas esse depósito.
Os homens teriam que se precaver da usurpação dele por parte dos particulares. Para isso criaram
as leis penais, para punirem aqueles que não respeitassem o pacto social e desrespeitassem as leis.
Beccaria afirma que, tomando por pressuposto as ideias acima, só as leis poderiam fixar as penas
de cada delito e que o direito de fazer leis penais não pode residir senão na pessoa do legislador,
que representa toda a sociedade unida por um contrato social. O juiz não poderia aplicar uma
pena não instituída por lei, tão pouco aumenta-la em benefício do bem público. Também, ao
soberano caberia criar leis gerais, às quais todos deveriam submeter-se; a ele não caberia julgar
os que desobedecem tais leis. “No caso de um delito, haveria duas partes: o soberano, afirmando
que o contrato social foi violado, e o acusado, que nega essa violação. É preciso, pois, que haja
entre ambos um terceiro que decida a contestação. Esse terceiro é o magistrado, cujas sentenças
devem ser sem apelo e que de vê simplesmente pronunciar se há um delito ou se não há.”
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RESUMO DE CESARE BECCARIA DOS DELITOS E DAS PENAS
Outra a firmação do autor nesse capítulo é a de que as penas cruéis, mesmo que
não atentem contra o bem público que é combater o crime, sendo consideradas inúteis,
deveriam ser tidas como odiosas.
Segundo Beccaria, não caberia aos juízes interpretar as leis, visto que não são legisladores. Aleis
não seriam heranças recebidas dos magistrados p elos antepassados da sociedade; a lei advém da
sociedade atual, viva, da vontade de todos. A autoridade da lei não estaria em executar velhas
tradições, e sim executar a vontade geral, advinda do pacto social, do juramento dos súditos feitos
ao soberano, os quais, deixariam, assim, de serem apenas escravos, rebanho sem vontade. O
interprete por excelência das leis se ria o soberano; o juiz deveria fazer apenas o silogismo
perfeito: encaixar ou não ocaso específico na lei geral. Se o magistrado faz mais do que isso, torna
o processo jurídico penal obscuro, confuso, inseguro.
Neste capítulo, o autor, de forma genial, mostra a importância de ser ter leis claras, precisas,
escritas em língua vulgar, para se alcançar a estabilidade política e fazer com que o poder resida
sobre um corpo político e não sobre pessoas. Para ele, as leis deveriam ser amplamente
divulgadas, tornando- se livros de leitura comum entre os cidadãos. Desse forma, estes
poderiam planejar sua ações d e a cordo com leis fixas, sabendo o resultado e consequência
delas.
VI DA PRISÃO
-
Beccaria afirma que era comum outorgar-se ao magistrado poderes discricionários, p ara
prender cidadãos sem critérios pré-estabelecidos. Para o autor, somente a lei deve definir os
casos em que a pena de prisão deva ser aplicada. Assim, a lei deve estabelecer, de maneira
fixa, por que indícios de delito um acusado pode ser preso e submetido a interrogatório.
Não deve ficar a cargo do juiz decidir t ais questões, pois devem ser claras e de conhecimento
prévio dos cidadãos. Beccaria diz que o triste costume de sua época, de lançar pessoas em
prisões horríveis, sem indícios, sem critérios legais, é uma herança de seus antecedentes
bárbaros.
Aqui, o autor descreve a uma forma interessante de se medir a certeza dos fatos em relação
aos seus indícios: se os indícios dependem uns dos outros, se para que um seja válido os
outros também devem o ser) pouca é a certeza a respeito do fato. Se, porém, os indícios
forem autônomos, independentes, cada um, por si só, revelando o acontecimento, há maior
grau de certeza sobre o fato. Beccaria fala sobre provas perfeitas, ou seja irrefutáveis, e provas
imperfeitas, as quais não excluem a possibilidade de inocência do acusado. Para o autor, melhor
é nos países em que os acusados são julgados por pessoas escolhidas pela sorte, sem
títulos de magistrados; estas, julgariam a existência ou não do fato através do bom senso,
e não como os magistrados, que buscam culpados em toda parte. É importante também
que o acusado seja acusado por seus semelhantes, e não por pessoas muito diferentes dele.
Isso evitaria julgamentos preconceituosos ou influenciados por diferenças sociais.
Beccaria defende a ideia de que todo homem capaz de raciocinar deve ser tido como
testemunha. Porém, a confiança dada a seus depoimentos devem variar de acordo com a
quantidade de motivos que esse homem tiver para não dizer a verdade. Quanto mais bárbaro e
odioso o crime, menos provável que tenha acontecido; quanto menor o interesse do acusado
em cometê-lo, menor a probabilidade deste o ter feito.
Para Beccaria, as acusações secretas seriam um abuso consagrado em vários governos pela
fraqueza de sua constituição. Esse costume faria dos cidadãos falsos e pérfidos; viveriam uns
como delatores, traidores dos outros. O autor mostra a injustiça deste instituto: “Quem
poderá defender-se da calúnia, quando esta se arma com o escudo mais s6lido da tirania: o
sigilo?” No restante do capítulo, Beccaria refuta todos os argumentos a favor das penas
.
Neste ponto, Beccaria critica severamente os interrogatórios que utilizam a dor como meio
de se obter informações do acusado. Segundo o autor, a proibição de interrogatórios
sugestivos, que indiquem uma resposta direta do acusado, uma resposta que o faça escapar
da tortura, seria uma proibição hipócrita e contraditória, pois não haveria nada mais sugestivo
do que a dor infligida a uma pessoas ao ser questionada.
Esta, na primeira oportunidade, inventaria uma história para escapar daquele momento. As
confissões obtidas por força seguiriam o seguinte principio: “a punição será aplicada por não
ter você resistido a dor e ter confessado, não por ser um criminosos.” “E não lhe puniria se você
houvesse resistido, mesmo sendo um criminosos.”
XI DOS JURAMENTOS
-
Para Beccaria, os juramentos em nome de Deus não deveriam ser feitos pois colocam o
,
acusado em situação em que inevitavelmente irá ofender as leis divinas para se proteger. O
autor diz que os juramentos fazem com que os réus infrinjam as leis divinas, pois essas não
são temíveis por eles tanto quanto as consequências humanas, mais próximas dos sentidos.
Neste capítulo Beccaria faz severas críticas à prática da tortura durante o processo, a qual
visa o esclarecimento ou confissão por parte do acusado. Ou o c rime é certo ou incerto.
“Eis uma proposição bem simples: ou o delito é certo, ou é incerto”, afirma Beccaria; “Se é
certo, só deve ser punido com a pena fixada pela lei, e a tortura é inútil, pois já não se tem
necessidade das confissões d o acusado. Se o delito é incerto, não é hediondo atormentar um
inocente? Com efeito, perante as leis, é inocente aquele cujo delito não se provou”.
Para o autor, nenhuma confissão que se consiga através de tortura é válida, poiso acusado
teria razões suficientes para mentir, e confessar um crime que não cometeu. Da mesma
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forma, a n~o confiss~o depois de tortura n~o prova a inocência de ninguém: prova somente
sua resistência dor.
hediondos do que o homicídio. Para ele, os c rimes atrozes devem ter um processo rápido,
pois ~ culpa do acusado é improvável, dado que o homicídio é um crime que atenta contra
leis naturais, escritas no coraç~o das pessoas.
Já os crimes menos atrozes, por serem mais prováveis — o direito a propriedade n~o estaria
escrito no coração dos homens poderiam ter um processo mais longo. Além disso, deveriam
—
p rescrever após certo tempo, dando a oportunidade do infrator que viveu por muito tempo
sob o risco de ser condenado possa acertar sua vida e continuar a vivê-la corretamente.
XIV- Dos crimes começados; dos cúmplices; da impunidade Assim como os crimes consumados,
as tentativas de crimes também devem ser punidas, porém n~o com a mesma severidade.
Para Beccaria, isso faria com que o criminoso, durante algum intervalo entre o co meço da
ação e sua conclus~o, possa repensar e desistir de praticá-la.
Outro ponto neste capítulo é a importância de se punir mais o executor do que os cúmplices de
um crime; dessa forma seria difícil encontrar um entre o bando que executasse a ação, pois
seu risco seria maior.
E continua:
(...) sob o reino tranquilo das leis, sob uma forma de governo aprovada pela nação inteira,
num Estado bem defendido no exterior e sustentado no interior pela força e pela opini~o
talvez mais poderosa do que a própria força, num país em que a autoridade é exercida pelo
próprio soberano, em que as riquezas só podem, proporcionar prazeres e n~o poder, n~o
pode haver nenhuma necessidade de tirar a vida a um cidadão, a menos que a morte seja
o único freio capaz de impedir novos crimes. O autor conclui questionando a existência de
penas de morte, pois a prática indica que os criminosos não são amedrontados por ela. Se
a lei condena o homicídio e o declara hediondo, não deveria prática morticínios públicos.
XVIII - DA INFÂMIA
Beccaria trata das penas de infâmia, que deve ser imputa àqueles cujas ações criminosas
possam ser tidas como heroicas p elo povo. A humilhação e a vergonha são mais eficazes,
AnaRodrigues DLWdxPenaIJ
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pois outras penas poderiam realçar o caráter heroico do criminoso perante as pessoas simples e
ignorantes.
O autor porém adverte que tal pena não deve ser aplicada indiscriminadamente, pois se
muitos forem infames, ninguém mais o será.
Neste capítulo brilhante, Beccaria fala a respeito do processo, da importância de sua rápida
duração; quanto mais rápida a aplicação, mais úteis e justas são as penas. O autor defende que
durante os processos, só deve haver prisão para impedir a fuga ou destruição de provas.
Para ele, os juízes devem ser sensíveis, agilizando os procedimentos, para que o acusado logo
saiba de sua condenação ou absolvição. Novamente o autor retoma a ideia de que as penas não
devem ser cruéis, e que o povo se sensibilizaria com penas menores, imaginando a situação dos
condenados.
Beccaria defende a ideia de que o que evita os crimes não seria a severidade da pena, mas
sim a certeza de sua aplicação. O autor diz que as penas devem ser brandas, e os juízes devem
estar sempre atentos, vigilantes, prontos aplica-las. As graças e anistias, que são concedidas
pelo soberano ou pelo ofendido, não deveriam ser aplicados, pois as leis penais existiram em
função do bem público. A partir do momento em que as penas forem mais brandas, não será
mais considerado uma virtude conceder graça àqueles que praticaram atos criminosos.
Não se deve conceder asilo aos criminosos. Isso geraria um sentimento de impunidade. Para
Beccaria os soberanos devem fazer permutação de criminosos pra que estes sejam julgados nos
países em que cometeram o crime, e não lhes sejam concedida impunidade.
Porém Beccaria faz uma ressalva: (...) Não ousarei, porém, decidir essa questão, até que as
leis, tornando-se mais conformes aos sentimentos naturais do homem, com penas mais
brandas, impedindo o arbítrio dos juízes e da opinião, assegurem a inocência e preservem a
virtude das perseguições da inveja; até que a tirania, relegada ao Oriente, tenha deixado a
Europa sob o doce império da razão, dessa razão eterna que une com um laço indissolúvel
os interesses dos soberanos aos interesses dos povos.
Conclui-se que a verdadeira medida dos delitos é o dano causado à sociedade tendo em vista a
preocupação do Direito regular o convívio social de forma harmoniosa.
Essa definição de crime tendo como base o bem público é fundamental para que moral e o
Direito caminhem harmoniosamente. Todo cidadão pode fazer tudo o que não é proibido por
lei, sem temer outros inconvenientes ~lém dos que podem resultar de sua ação em si mesma.
Esse dogma político deveria ser gravado no espírito dos povos, proclamado pelos magistrados
supremos e protegido pelas leis. Sem esse dogma sagrado, toda sociedade legítima não pode
subsistir por muito tempo, porque ele é a justa recompensa do sacrifício que os homens
fizeram de sua independência e de sua liberdade.
opinião, que as eis não protegem suficientemente, e mostrar aos seus concidadãos que pode
respeitar as leis, mas que não teme os homens.
XXX. DO ROUBO
O roubo sem violência só deve ser punido com uma pena pecuniária. É justo que quem rouba o
bem de outrem seja despojado do seu. Se, porém, o roubo é acompanhado de violência, é justo a
pena corporal, tendo em vista que além do dano patrimonial, houve dano à pessoa.
Cabe ressaltar que no roubo sem violência motivado por miséria ou desespero, se esse delito só é
cometido por homens infortunados, a quem o direito de propriedade, as penas pecuniárias
contribuirão simplesmente para multiplicar os roubos, aumentando o número dos indigentes,
arrancando o pão a uma família inocente, para dá-lo a um rico talvez criminoso. Nesse caso a pena
mais justa será uma espécie de escravidão temporária, a qual torna a sociedade senhora absoluta
da pessoa e do trabalho do culpado, para fazê-lo expiar, por essa dependência, o dano que causou
e a violação do pacto social.
XXXI. DO CONTRABANDO
Embora o contrabando seja um verdadeiro delito, que ofende o soberano e a nação, sua
pena não deveria ser grave, porque a opinião pública não empresta nenhuma infâmia a essa
espécie de delito. Isso se deve porque os homens sobre os quais as consequências remotas de um
ato só produzem impressões fracas, não veem o dano que o contrabando pode causar-lhes. Essa
maneira de sentir é consequência do princípio incontestável de que todo ser sensível só se
interessa pelos males que conhece. Chegam mesmo, às vezes, a retirar dele vantagens
momentâneas. O confisco das mercadorias é uma pena justa.
O falido de boa fé acabou adquirindo tal condição devido a questões econômicas, por
circunstâncias do próprio mercado, o qual é voraz e arriscado por natureza. O fraudulento
usa a ocasião falimentar para obter vantagem pessoal, em detrimento do bem público, e
por isso deve ser punido, não de forma tão grave quanto um crime contra a vida.
XXXIV. DA OCIOSIDADE
Cabe exclusivamente às leis definirem a espécie de ociosidade punível, de acordo com a
finalidade pública do Estado e sem ferir a liberdade individual de cada indivíduo. É preciso
encontrar uma proporção adequada entre a liberdade que tem cada indivíduo de fazer
qualquer coisa não proibida em lei e a finalidade pública.
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XXXV. DO SUICÍDIO
O suicídio, em si, não é um crime contra os homens, nem contra a sociedade, sendo
impossível submeter seu agente a uma pena pois essa pena só pode ria recair sobre um corpo
insensível e sem vida. O caso de puni r os familiares é impensável, pois a pena recairia sobre
inocentes. Além disso, cabe ressaltar que ninguém pode ser, concomitantemente, sujeitos
ativo e passivo de um mesmo crime. Cabe ressaltar também que, caso haja alguma pena para
suicídio, isso certamente não deteria a mão do infeliz determinado a morrer, pois, o próprio ato do
suicídio já mostra uma alternativa de punição pessoal, diga-se de passagem, a maior punição de
todas.
Por exemplo, uma lei que proíbe o porte de armas desarma o cidadão pacífico, ao passo que os
criminosos mantém suas armas, ou seja, qual a real utilidade de desarmar inocentes? Além de ferir
a liberdade individual, submeteriam os inocentes a fiscalizações que às quais só deveriam ser
submetidos os infratores.
Desse modo ele coloca o espírito de família como algo divergente do espírito público, deturpando
as ideia de que numa república os homens são cidadãos com igualdade de Direitos, tendo em vista
que nesse sistema os homens convivem pautados num contrato social, enquanto na família as
relações são pautadas pela autoridade dos pais, um sentimento sagrado e inviolável da natureza,
caracterizando uma relação desigual.
Conclui-se que a moral familiar inspira uma submissão e um temor, o que diverge dos
princípios de liberdade que deve do minar a relação entre cidadãos em uma república.
XL DO ESPÍRITO DO FISCO
O espírito do fisco, ou seja, sua forma de atuar, deve ter como eixo o interesse público e não ser,
simplesmente, um meio do Estado lucrar em cima de seus cidadãos, e o Juiz tem papel fundamental
nisso, tendo em vista que, através do processamento e do julgamento das ações fiscais, ele tem o
poder de usar os meios e os argumentos favoráveis para impor o bem público sobre o abuso do
poder estatal. O juiz deve adotar uma postura imparcial para não se confundir com um “advogado
do fisco”. A imparcialidade evita uma tendência em favorecer o fisco
unicamente por questões financeiras. O verdadeiro processo das informações e a investigação
im parcial do fato deve ser prescrita pela razão, seguida no ordenamento jurídico, z elando
pela moral e pelo bem público.
XLII. CONCLUSÃO
No fim de sua obra, Beccaria confirma que a pena deve ir ao encontro do interesse público, sendo
razoável e necessária ao delito, sendo definida pela lei, sendo de importância fundamental a
atuação virtuosa do legislador, para que não ocorra violência contra o cidadão.
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