FGMNEWS2018 Impressao FINAL
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FGMNEWS2018 Impressao FINAL
R
eceba nossas boas-vindas à 2ª edição da FGM News Implantes. Aqui,
compartilhamos com você desde nossas motivações para antecipar as
demandas da odontologia estética e funcional até os resultados antes
inimagináveis que milhares de profissionais em todo o mundo agora podem
conquistar.
de mais de 150 mil implantes instalados, cerca de 3.000 cirurgiões-dentistas CONSELHO EDITORIAL
Bianca Mittelstädt
alcançaram resultados extraordinários e milhares de pacientes ficaram Friedrich Georg Mittelstädt
plenamente satisfeitos com sorrisos mais saudáveis, estéticos e funcionais. Rafael Cury Cecato
Thiago Roberto Gemeli
Nesta revista você terá acesso a um conteúdo amplo e extremamente PROJETO GRÁFICO
Barbara Girotto L. Aguiar
informativo, que abrange detalhes técnicos sobre as soluções desenvolvidas
pela FGM, pesquisas científicas, casos clínicos completos e, sobretudo, JORNALISTA RESPONSÁVEL
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as inspirações que você precisa para expandir seus conhecimentos em
implantodontia e explorar novas possibilidades para surpreender seus FGM NEWS IMPLANTES É UMA
PUBLICAÇÃO DA FGM
pacientes, até mesmo nas mais complexas situações relacionadas à
VOLUME 02 – Nº2 – JANEIRO 2018
regeneração óssea e reabilitação oral. PERIODICIDADE: ANUAL
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08 Com Arcsys, menos é muito mais 100 A evolução dos biomateriais sintéticos
aumentando a previsibilidade nas
32 Tratamentos de superfície em enxertias ósseas
implantes dentários
114 Odontologia em primeiro lugar
54 Remodelação óssea peri-implantar e
longevidade do Sistema Arcsys 116 Arcsys por especialistas
118 FGM Implantes em números
60 Término Dinâmico
119 Descubra mais
82 Fluxo digital na reabilitação oral:
conceito e possibilidades 120 Colaboradores desta edição
casos clínicos
22 Utilização do Sistema Arcsys em 62 Implante imediato em alvéolo palatino e
condição desafiadora Sistema Arcsys FGM: uma alternativa para o
levantamento do seio maxilar
26 Implante imediato pós-extração: manutenção de
volume tecidual e excelência estética 70 Carga imediata associada à manipulação do
tecido mole peri-implantar pela técnica do rolo:
36 Prótese protocolo inferior provisória com um relato de caso
carga imediata
76 Restaurando a autoestima e o sorriso com
40 Intermediários anguláveis do Sistema Arcsys implantodontia e resina de alta estética
fazem toda diferença para a reabilitação de
próteses tipo protocolo
90 Coroa em compósito Brava Block CAD/CAM em
sessão única: relato de caso clínico
46 Utilização de um novo sistema de implantes para
confecção de prótese inferior tipo overdenture
104 Reconstrução de maxila atrófica utilizando
enxerto alógeno e fibrina rica em plaquetas
56 Planejamento digital para a previsibilidade e e leucócitos
controle do tratamento reabilitador: relato de
caso
110 Elevação de seio maxilar traumática utilizando o
biomaterial sintético Nanosynt
Garantir a segurança do profissional e do paciente é o requisito que
conduz todo o sistema produtivo da FGM Implantes, monitorado do
início ao fim por uma equipe especificamente qualificada, organismos
certificadores e pela vigilância sanitária.
Conheça a seguir as características que integram os processos de
produção e controle de qualidade do Nanosynt e do Sistema Arcsys.
CONTROLE DE QUALIDADE
DO INÍCIO AO FIM
Durante todo o processo é realizado um controle de qualidade
minucioso, desde o recebimento de matéria-prima, passando pelas
fases de produção (usinagem, controle metrológico, acabamento,
tratamento de superfície, inspeção e esterilização) e finalizando
com a última etiqueta colada na embalagem final.
MATÉRIAS-PRIMAS DE
FORNECEDORES QUALIFICADOS
Os insumos que entram no parque fabril são produzidos pelos
principais fornecedores mundiais de matérias-primas, que atendem a
rigorosos padrões de qualidade, definidos por normas internacionais.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
Após a usinagem, acabamento e lavação inicial os implantes são
submetidos ao processo de tratamento de superfície, onde passam
por duplo ataque ácido, que provoca a formação de uma fina camada
de óxido de titânio que irá proporcionar o excelente desempenho ósseo
integrativo do produto. Em seguida, são novamente inspecionados, um
a um, por meio de equipamento com ampliação visual.
Por fim, é feito um processo intensivo de lavagem, que elimina
completamente quaisquer resíduos.
Verifique o alinhamento do Angule manualmente o Gire o disco central até Proteja o Componente
componente e a necessidade Referenciador, conforme encostar na face do Protético Angulável
de angulação. necessidade protética. Referenciador. com a capa de proteção
correspondente (posicionada
na lateral do disco).
REFERENCIADOR ANGULAR
O Referenciador Angular é um componente de uso transitório, confeccionado
em polímero sem memória elástica, que permite ao operador ajustar a angulação
manualmente de forma a planejar a inclinação do componente protético (angulável).
COMPONENTES ANGULÁVEIS
Os Componentes Protéticos Anguláveis são produzidos em ligas especiais de alta
resistência e biocompatibilidade, o que garante até três vezes mais resistência quando
comparados a outros componentes usinados pré-angulados, líderes de mercado¹.
Além disso, podem ser angulados em até 20° e são apresentados em próteses aparafusadas
ou cimentadas. Ganhe mais agilidade no consultório e no laboratório e obtenha os melhores
resultados estéticos e funcionais.
COMPONENTES ANGULÁVEIS
ESTUDO
3x MAIS RESISTENTES
DESMISTIFICANDO A RESISTÊNCIA MECÂNICA DE Força máxima (N)
COMPONENTES PROTÉTICOS ANGULÁVEIS1
3500
mecânico do abutment.”
500
1
Fonte: WIGGERS, William de Souza. Desmistificando a resistência mecânica de
componentes protéticos anguláveis. FGM News Implantes, Joinville, v. 1, n. 1, 0
p.46-49, jan. Concorrente 01 Concorrente 02 Arcsys
MACROGEOMETRIA
MICROGEOMETRIA
BROCAS ARCSYS
As Brocas Arcsys possuem um design exclusivo, patenteado e com alta eficiência de corte. Sua ponta ativa
proporciona a possibilidade de perfuração em uma única etapa, evitando o escalonamento, ao oferecer maior
controle e gerando economia de tempo para o paciente e para o profissional.
1 2 COMPONENTES
MULTIFUNCIONAIS EM PEEK
Diminua seu estoque, personalize os componentes em PEEK
em seu consultório ou laboratório e ganhe mais qualidade nas
moldagens, nas próteses provisórias e, consequentemente, no
resultado final. Confira as multifunções do cicatrizador e dos
3 4 transferentes Arcsys.
CICATRIZADORES MULTIFUNCIONAIS:
1. Cicatrizador dos tecidos peri-implantares
2. Suporte para prótese provisória sobre implante.
3. Transferente do implante.
5 6 TRANSFERENTES MULTIFUNCIONAIS:
4. Transferente do componente protético.
5. Suporte para prótese provisória.
6. Protetor dos componentes protéticos.
PERSONALIZE!
Tanto o Cicatrizador quanto o Transfer multifuncional podem
ser adaptados conforme as necessidades de cada caso (1).
Ambos podem ser cortados ou desgastados utilizando
fresas e/ou discos de desgaste (2). Além disso, é fácil
fazer acabamentos ou ranhuras para, por exemplo, auxiliar
na moldagem ou adesão da prótese provisória (3). A peça
personalizada acaba oferecendo mais vantagens para a
moldagem, prótese provisória e condicionamento tecidual (4).
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CoCr
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0º a 20º
4
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ANGULAÇÃO
PERSONALIZADA
e-Max
Apoia a infraestrutura
REDUÇÃO TECNOLOGIA da restauração provisória
TE
DE ESTOQUE
=ECONOMIA
$ EXCLUSIVA Protege o componente protético
PE
TRANSFERÊNCIA RESOLUÇÃO
C I C AT R I Z A D O R E S COMPONENTE PROTÉTICO
E MOLDAGEM PROTÉTICA
POSSIBILIDADE DE ANGULAÇÃO
NÚMERO DE COMPONENTES
CoCr
ZrO2
e-Max
CAD-CAM
APENAS
+ESTOQUE +ESTOQUE TRANSFERE
FINAL
INTRODUÇÃO
O planejamento protético é prioritário diante de um caso de O Sistema de Implantes Arcsys possui características inovadoras
reabilitação.1,2 Porém, ao identificar que o cenário não é favorável para que o profissional busque em suas reabilitações uma condução
com o planejamento estabelecido, o cirurgião-dentista deverá ágil, mas nem por isso menos exitosas biológica, mecânica ou
buscar alternativas, de forma a manter a programação original e esteticamente. Tal engenho está na especial capacidade de
não comprometer o sucesso no resultado final.1,3 angulação dos componentes protéticos, seja para próteses
Tais alternativas compreendem procedimentos pré-operatórios aparafusadas como para cimentadas, de acordo com a necessidade
condizentes em preparar a região onde a reabilitação será conduzida do planejamento, sem comprometer as características funcionais e
como, por exemplo, espaço suficiente no tecido ósseo para ancorar estéticas do componente.
o implante que suportará a restauração, tanto em relação às suas No caso clínico que será apresentado a seguir, o desafio foi
dimensões quanto localização e inclinação compatíveis com o reabilitar o sextante superior posterior direito com substituição
delineamento do tratamento. Podemos citar como recursos possíveis: dos dentes ausentes 14 e 16, sem submeter o paciente a um
movimentações ortodônticas, cirurgias periodontais, reconstrutivas, tratamento ortodôntico prévio, nem tampouco extrair dentes
de afastamento de nervos/vasos ou até mesmo exodontias. A relação considerados biomecanicamente adequados. Tal terapia somente
custo-benefício deverá guiar o profissional durante essa decisão, foi possibilitada e executada com precisão e excelência, graças
tendo sempre em mente que a reabilitação deverá ser conduzida com à poderosa ferramenta que o clínico dispõe atualmente: um
a premissa de que provocará menor trauma possível, menor tempo de componente protético passível de personalização de sua
tratamento e menor custo financeiro. angulação.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 57 anos de idade.
A QUEIXA
Ausência dos elementos 14 e 16. Reabilitação destas
regiões sem submeter o paciente à exodontia e/ou
INICIAL tratamento ortodôntico.
2 PLANEJAMENTO
Instalação dos implantes nas regiões dos elementos
14 e 16, respeitando as inclinações das raízes
adjacentes.
Compensação destas angulações com componentes
protéticos anguláveis Arcsys.
3 4 5
Fig. 3 - Imagem radiográfica evidenciando a Fig. 4 - Radiografia transoperatória, realizada com Fig. 5 - Implantes intencionalmente inclinados já
inclinação radicular dos elementos 15 e 13. o intuito de averiguar a trajetória das perfurações posicionados.
e proteger os dentes adjacentes.
11
10
Fig. 9 - Angulação ideal do componente na Fig. 10 - Componentes protéticos ativados. Note Fig. 11 - Tomada radiográfica dos conjuntos de
região do elemento 16 (em torno de 6º) - a presença de adequado espaço protético para a conexão friccional, evidenciando a manutenção
Munhão 4.2x6x3.5mm. confecção das restaurações. do tecido ósseo cervical e a compensação de
angulação promovida nos componentes protéticos.
TRATAMENTO
Paciente do sexo feminino, leucoderma, 57 anos e com queixa sobre cicatrizadores multifuncionais foram instaladas. Após
principal de ausência de dois dentes superiores do lado direito (Fig. 1 condicionamento tecidual prévio, os componentes protéticos para
e 2). Os espaços protéticos eram condizentes com a confecção de próteses unitárias cimentadas foram selecionados, (munhão Arcsys
coroas protéticas nos elementos 14 e 16. Porém, durante análise das 3 x 4 x 3,5mm para el. 14 e munhão 4,2 x 6 x 3,5mm para el. 16),
imagens radiográficas, percebeu-se que os implantes não poderiam angulados com auxílio dos referenciadores (Figs. 6 a 9) e ativados
ser instalados com seu longo eixo coincidente com o longo eixo das (Fig.s 10 e 11). Percebe-se que a compensação de direcionamento
coroas protéticas (Fig. 3). é relativamente pequena (6° a 7°), porém fundamental para que as
Como relatado anteriormente, durante o estudo do caso foram restaurações protéticas fossem possíveis de serem construídas
pré-requisitos que nenhum dente viável de manutenção fosse com anatomia e estética de excelência.
removido e a paciente não se mostrou apta a considerar o tratamento A partir deste momento, iniciou-se com as provisórias o
ortodôntico. Porém, ao contrário do que vários colegas julgariam condicionamento tecidual para mimetizar o arco côncavo regular ao
diante deste cenário, a solução seria simples e prática, desde que redor dos implantes (Figs. 12 a 14).
fosse utilizado um sistema para reabilitação que compreenda as Uma por vez, as coroas de porcelana (dissilicato de lítio) foram,
demandas requeridas. Diante disto, o Sistema Arcsys foi eleito para extra-oralmente, cimentadas com notável cuidado em análogos dos
condução do caso. componentes presentes em boca, no intuito de extravasar todo e
O principal motivo dessa escolha foi a possibilidade de qualquer excesso de cimento. Imediatamente após o escoamento
compensação da angulação a que, obrigatoriamente, os dispositivos deste, as coroas foram limpas com gaze estéril e posicionadas sob
seriam submetidos. Nesse quesito o Arcsys é imbatível pois pressão digital sobre os seus respectivos intermediários. Então, a
nenhum outro permite angular o componente protético até 20° sem restauração do elemento 15 foi substituída (Figs. 15 e 16).
prejudicar as respostas mecânicas e estéticas da reabilitação.4,5,6 Durante a proservação (sete meses), nota-se claramente a
Durante as perfurações, radiografias transoperatórias foram estabilidade dos tecidos periimplantares, possível, dentre vários
efetuadas para garantir seu direcionamento e consequentemente fatores, ao selamento bacteriano pretendido na conexão cônica
a integridade das raízes dos dentes adjacentes (Figs. 4 e 5). O friccional (cone morse “verdadeiro”) adequado dos dispositivos
tratamento endodôntico do el. 15 foi realizado imediatamente após as (implante/componente/restauração) em relação aos dentes
implantações e seu controle sugere regressão do processo infeccioso. adjacentes e a oclusão ajustada de acordo com a exigência do
Após aguardo de 90 dias foi feita reabertura e coroas provisórias tratamento (Figs. 17 e 18).
15
16
17 18
CONCLUSÃO
FINAL
Rebordos pós exodontias, via de regra, apresentam perda Paciente com 67 anos de idade, leucoderma, gênero
volumétrica tridimensional, fenômeno que pode levar a dificuldades feminino, apresentou-se à Clínica Renato Savi – Bauru SP,
para a instalação de implantes num segundo momento e/ou relatando insatisfação estética e sensibilidade no dente 24
complicações estéticas relevantes. durante a mastigação.
Estudos têm demonstrado que, ao contrário do que se imaginava, O exame clínico evidenciou extensa restauração em resina
a simples instalação do implante no ato cirúrgico da extração - composta com acabamento insatisfatório e imagem sugestiva
submetido ou não à carga imediata - não previne ou minimiza a de fratura. Leve mobilidade foi observada entre as partes
reabsorção alveolar. Manobras de manutenção do contorno ósseo- divididas pela linha da suposta fratura.
gengival são imperativas, na maioria dos casos. Para isso, enxertos
de tecidos duros e moles têm sido utilizados rotineiramente.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 67 anos de idade.
A QUEIXA
Fratura corono-radicular no dente 24. Sensibilidade
durante a mastigação de alimentos com maior rigidez.
Insatisfação estética.
ANAMNESE
INICIAL
Boa condição geral de saúde.
Fig. 1 - Dente 24 restaurado em resina composta com acabamento
insatisfatório. PLANEJAMENTO
Exodontia minimamente invasiva com concomitante
2 instalação de implante Arcsys FGM – Brasil.
Preenchimento do “gap” entre implante e tábua
óssea vestibular com material sintético à base de
fosfato de cálcio bifásico + hidroxiapatita (Nanosynt
FGM) e adaptação de coroa temporária imediata.
Reabilitação definitiva através de coroa cerâmica, após
confirmação da osseointegração.
FASE CIRÚRGICA
Fig. 2 - Vista oclusal exibindo extensa restauração em resina composta e Exodontia com mínimo trauma do elemento 24 – quando
linha de fratura entre resina e face vestibular.
pôde-se confirmar a presença de fratura radicular. Inspeção
visual e táctil, limpeza mecânica e irrigação alveolar com
3
solução fisiológica seguida da instalação de implante Arcsys
mais munhão angulável, preenchimento do “gap” vestibular
com Nanosynt e confecção de coroa protética temporária em
resina acrílica.
FASE PROTÉTICA
Fig. 4 - Alvéolo após exodontia com mínimo Fig. 5 - Fresagem inicial (e única) com broca Fig. 6 - Instalação de implante Arcsys. Torque de
trauma tecidual. 2.4mm de diâmetro. inserção de 40 Ncm.
7 8
Fig. 7 - Vista oclusal. Notar “gap” entre implante Fig. 8 - Referenciador angular exibindo adequado
– estrategicamente ancorado na parede palatina posicionamento mesio-distal do implante.
do alvéolo - e tábua óssea vestibular.
9 10
11
Fig. 9 - Vista proximal evidenciando ligeira Fig. 10 - Correção da emergência do implante às Fig. 11 - Observação oclusal demonstrando
inclinação do implante com emergência na ponta expensas de inclinação do referenciador angular adequação da inclinação do implante através do
de cúspide vestibular, devido à sua ancoragem para palatino, adotando-se os dentes vizinhos referenciador angular.
na parede palatina do alvéolo. como referência. Nesse passo, objetiva-se ótima
emergência do pilar, direcionando-o ao centro da
face oclusal do dente a ser reabilitado.
12 13
Fig. 14 - Posicionamento do munhão em boca. Fig. 15 - Munhão ativado sobre implante por Fig. 16 - Vista oclusal exibindo correção da
Por se tratar de um implante friccional, diversas impactação mecânica com auxílio do martelete. angulação do munhão - direcionado ao centro
posições de encaixe do pilar são possíveis nesse da face oclusal.
momento. Deve-se, portanto, se atentar para a
correta inclinação do munhão.
17 19 20
21
22 23 24
Fig. 22 - Completo preenchimento vestibular Fig. 23 - Cimentação da coroa temporária Fig. 24 - Coroa temporária imediatamente após
com Nanosynt. que permanecerá in loco durante o tempo sua instalação.
necessário à osseointegração. Além da função
de manutenção da arquitetura tecidual original
e estímulos fisioterápicos ao implante, a coroa
temporária servirá como tampão, evitando perda
do material enxertado.
Figs. 25 e 26 - Análise clínica 60 dias após instalação do implante + enxerto. Figs. 27 e 28 - Adaptação, por fricção, de transfer multifuncional para
Observa-se aspecto gengival saudável, bem como manutenção satisfatória de munhão angulável. Vista oclusal e vestibular.
volume tecidual na face vestibular, apoiada pelo biomaterial Nanosynt.
29 30 31 32
34 35
Fig. 34 - Cilindro calcinável adaptado sobre análogo Fig. 35 - Modelo de trabalho evidenciando
do munhão no modelo de trabalho. adequado espaço e ótima distribuição
tridimensional para formatação da coroa protética
graças à prévia personalização da angulação do
munhão.
36 38 39
42 44
Figs. 40, 41 e 42 - Coroa cerâmica finalizada pelo método de estratificação de porcelana. Figs. 43 e 44 - Aplicação do primer para zircônia,
internamente à coroa, e preparo do munhão para
cimentação adesiva, por meio de aplicação de
primer para metal.
45 47 48
46
CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
1. De Risi V, Clementini M, Vittorini G, Mannocci A, De Sanctis M. Alveolar ridge preservation techniques: a
systematic review and meta-analysis of histological and histomorphometrical data. Clin Oral Implants Res.
2015 Jan;26(1):50-68.
2. Jambhekar S, Kernen F, Bidra AS. Clinical and histologic outcomes of socket grafting after flapless
tooth extraction: a systematic review of randomized controlled clinical trials. J Prosthet Dent. 2015
A implantação e provisionalização imediata, associada ao
May;113(5):371-82.
preenchimento do “gap” vestibular com Nanosynt, proporcionaram 3.Borg TD, Mealey BL. Histologic healing following tooth extraction with ridge preservation using
mineralized versus combined mineralized-demineralized freeze-dried bone allograft: a randomized
excelente resolução funcional e estética para o caso, sobretudo controlled clinical trial. J Periodontol. 2015 Mar;86(3):348-55.
no que se refere à adequada manutenção do volume e contorno 4.Eskow AJ, Mealey BL. Evaluation of healing following tooth extraction with ridge preservation using
cortical versus cancellous freeze-dried bone allograft. J Periodontol. 2014 Apr;85(4):514-24.
ósseo–gengival. 5.Wood RA, Mealey BL. Histologic comparison of healing after tooth extraction with ridge preservation
using mineralized versus demineralized freeze-dried bone allograft. J Periodontol. 2012 Mar;83(3):329-
36. doi: 10.1902/jop.2011.110270. Epub 2011 Jul 12.
AUTORES:
Profª. Tayse Caroline Cunha de Medeiros,
Prof. Diogo Robert Claudino dos Santos e
Prof. Gabriel Haddad Kalluf
De um modo geral, a rugosidade na superfície dos implantes otimização da superfície do implante é uma maneira de influenciar
dentários aumenta a molhabilidade, afetando diretamente a diretamente essa união e estimular o processo de reparo, agilizando
adsorção das proteínas depositadas, além de facilitar a estabilidade a aposição óssea e a cicatrização.13
inicial do coágulo como também a aderência, locomoção e Os trabalhos sobre osseointegração, desenvolvidos por
espraiamento das células rugofílicas (osteoblastos, macrófagos, Branemark, foram realizados utilizando implantes de titânio
células epiteliais e leucócitos), melhorando a interação biomecânica comercialmente puro (TiCP) com superfície usinada.4 Os implantes
do implante com tecido ósseo. 7
eram instalados na região anterior da mandíbula ou maxila,
Estudos demonstraram que uma alta energia de superfície unidos para uma melhor distribuição das cargas mastigatórias e
apresenta melhor molhabilidade e uma maior afinidade pela adsorção empregados para reabilitações de pacientes edentados totais.
determinando se a superfície é hidrofílica ou hidrofóbica. Em outras Devido ao sucesso dessa técnica, ela também passou a ser
palavras, implantes com alta energia de superfície apresentam uma realizada em reabilitações de pacientes edentados parciais através
osseointegração mais forte do que implantes com baixa energia de de próteses parciais fixas ou unitárias. Com isso os implantes
superfície, devido à melhor adsorção das proteínas.21 passaram a ser instalados em regiões de pior qualidade óssea. As
As superfícies dos implantes, depois de tratadas, mostraram altas taxas de sucesso observadas anteriormente em estudos de
serem capazes de interagirem com o entorno dos tecidos e longo prazo, com as superfícies usinadas, já não eram observadas.
induzirem o contato direto com o osso/implante.15 Deste modo, Aliado a isso, a busca por tempos de cicatrização cada vez menores
buscar um melhor e maior contato osso/implante é uma forma de contribuiu para o estímulo à pesquisa e para o desenvolvimento de
tornar o tratamento mais seguro, rápido e viável, sendo assim a novas superfícies de implantes dentários.11
PLASMA DE TITÂNIO E
HIDROXIAPATITA
As modificações de superfície utilizando plasma de titânio
(TPS) foram uma das primeiras macrotexturizações a serem
desenvolvidas. Neste método de alteração um gás de argônio
é aquecido entre 10.000 e 30.000 °C, e partículas aquecidas do
material de recobrimento são lançadas em altas velocidades contra
o corpo do implante. Após o contato com o corpo do implante as
partículas resfriam e solidificam-se, e a superfície adquire um
aspecto de lava vulcânica solidificada.1
A técnica do uso de plasma-spray é empregada para aplicar
Ti (titânio) ou HA (hidroxiapatita) formando rugosidades devido
à aderência dessas partículas à superfície do implante. A textura
formada depende do tamanho das partículas, tempo, velocidade de
impacto, temperatura e a distância do implante ao disparador.19
Nos dias de hoje esse método vem caindo em desuso por
apresentar algumas desvantagens. Estudos in vivo demonstraram
que há o destacamento da camada de HA do corpo do implante.12
JATEAMENTO
Outro método de modificação utilizado para tornar a superfície
do implante rugosa é o jateamento, realizado por meio da projeção
pressurizada de partículas de materiais cerâmicos ou outros
materiais, como a sílica, areia, HA (hidroxiapatita), alumina e o Tio₂
IMPLANTES USINADOS (titânio), que são usualmente empregados para este propósito. O
O titânio comercialmente puro é reportado na literatura como um jateamento é sempre seguido de um ataque ácido para remover as
material com alta resistência à corrosão em soluções fisiológicas partículas residuais, já que esta técnica tem como desvantagem
e uma excelente biocompatibilidade. Propriedades como baixa a capacidade de incorporar contaminantes de superfície ao
densidade (4,5 g/cm3), combinada com baixa condutividade substrato. De um modo geral, as bactérias tendem a se acumular
termoelétrica e alta resistência mecânica tornam esse material mais no substrato de superfícies ásperas, em comparação com os
atraente na implantodontia.18 substratos de superfícies lisas.3,15
Inicialmente os implantes usinados recebiam em sua superfície
apenas limpeza, passivação, descontaminação e esterilização.
Observou-se que as ranhuras provocadas pelo processo de ATAQUE ÁCIDO
usinagem direcionavam as células a percorrerem no seu sentido, mas No ataque ácido, o uso de ácidos na superfície do metal não
essas ranhuras não eram capazes de tornar a superfície indutora.
9 serve apenas para limpar a superfície, mas também para alterar
Como já mencionado, os implantes usinados apresentam a rugosidade. Os ácidos comumente utilizados são o ácido
pequenas ranhuras que permitem o processo de mineralização fluorídrico (HF), ácido nítrico (HNO₃) e ácido sulfúrico (H₂SO₄) ou
do osso em direção ao implante, isso ocorre pela formação uma combinação deles. Estudos anteriores relataram que a taxa de
de uma superfície anisotrópica, responsável por promover o ataque depende do tipo e da concentração do ácido utilizado. As
processo de adesão celular e a produção da matriz protética. superfícies tratadas com ataque ácido aumentam a adesão celular
A superfície usinada é formada por microranhuras superficiais e formação óssea, melhorando a osseointegração devido à sua
resultantes do processo de corte. Esse tipo de superfície não capacidade de dissolução.
recebe tratamento químico ou mecânico, apresentando apenas A rugosidade do titânio é um dos fatores que ajudam a determinar
macromorfologia de usinagem. 20 a estabilidade da formação óssea e a reabsorção na interface
dos implantes ósseos. O resultado dessa técnica faz com que as
rugosidades no substrato sejam homogêneas independentemente
dos seus tamanhos e formas.5,17
LASER
O tratamento de superfície a laser é um método que produz, Esta técnica de subtração utiliza um feixe de luz, sendo que as
com um alto grau de pureza, rugosidade suficiente para uma rugosidades podem ter tamanhos e formas variadas, dependendo
boa osseointegração.10 Este tipo de modificação de superfície da intensidade do pulso da fonte emissora. A alteração de superfície
apresenta a vantagem de ser um procedimento rápido, exato por meio do uso de laser tem a vantagem de não envolver diferentes
e livre de impurezas, porém, ainda existe a necessidade de elementos químicos, não contaminando a camada de óxidos. Outra
seu processamento com outra modalidade de tratamento vantagem que esse tipo de modificação apresenta é o controle sobre
de superfície, para apresentar características ideais de a angulação das rugosidades produzidas, que cria microretenções
osseointegração.10,14 regularmente orientadas na superfície do implante.5
REFERÊNCIAS
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3. BRANDÃO, M. L. et al. Superfície dos Implantes Osseointegrados x resposta biológica. Rev Implante News. v.7, 13. GOTO, T. et al. The initial attachment and subsequent behavior foster blastic cells and oral epithelial cells on
n.1, p. 95-101, 2010. titanium. J Biomed. Mater. Eng. v.14, p. 537-544, 2004.
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5. BUTTENDORF A. R. TRATAMENTO DE SUPERFICIE DE IMPLANTES DENTARIOS. 27f. Monografia 15. JEMAT, A. Surface Modifications and Their Effects on Titanium Dental Implants. Hindawi. p. 01-11. 2015.
(Especialização) - Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, 2005. 16. SERRÃO, C. R. et al. Avaliação do sucesso de implantes de superfície tratada comparados com superfície lisa
6. CIUCCIO R. L. Caracterização microestrutural de superfícies tratadas de implantes de titânio. InnovImplant J. v.6, em maxilas enxertadas e não enxertadas: estudo retrospectivo. Rev. Bras. Pesq. Saúde. v.12, n.1, p. 34-39, 2010.
n.2, p. 8-12, 2011. 17. SILVA, F. L. et al. Tratamento de superfície em implantes dentários: uma revisão de literatura. RFO. v.21, n.1, p.
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2309-2321, 2006. 18. SOUZA, J. C. M de. et al. Superfícies de implantes dentários. In:_. Noções de implantodontia cirúrgica. 22. ed. São
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241-256, 2010. 19. SYKARAS, N. et al. Implant materials, designs, and surface topographis: their effect on osseointegration. A
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10. GAGGL. A. et al. Scanning eléctron microscopical analysis of laser-treated titanium implant surfaces – a 21. WENNERBERG, A.; ALBREKTSSON, T. On implant surfaces: A review of current knowledge and opinions. J Oral.
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11. GROISMAN, M.; VIDIGAL, G. M. Tipos de superfícies de implantes. In:_Sobrape. (Org.). Periodontia e Implantodontia
FINAL
INTRODUÇÃO
Prótese protocolo sobre implantes é uma modalidade de suportando uma prótese total parafusada. Com esse tipo de
tratamento cirúrgico-protético que visa reabilitar simultaneamente reabilitação, têm-se observados altos índices de sucesso, que
a perda dental e tecidual por meio de implantes (responsável pelo demonstram a viabilidade dessa modalidade de tratamento
suporte, retenção e estabilidade) e próteses (responsáveis pela cirúrgico-protético4,5.
distribuição de forças, função e estética)¹. A técnica “all-on-four” vem ganhando cada vez mais notoriedade
A prótese guia o posicionamento cirúrgico dos implantes, e sucesso nos tratamentos reabilitadores. Ela consiste na colocação
portanto, os procedimentos como enceramento diagnóstico, de dois implantes na região anterior, na posição axial, e dois
confecção de guias protéticos, exames radiográficos-tomográficos implantes colocados na região posterior inclinados e orientados
e análise das linhas do sorriso devem ser realizados antes da anteriormente ao forame mentoniano6. Os implantes distais ganham
intervenção cirúrgica com o intuito de antecipar a resolução uma inclinação e angulação acentuada fazendo com que a saída
protética. Conhecido por “planejamento reverso”, esse processo do parafuso protético seja mais distal, diminuindo o cantilever e
inclui todas as etapas necessárias para um posicionamento consequentemente o braço de alavanca da prótese.
tridimensional adequado do implante2,3. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de reabilitação
A prótese protocolo pode ser realizada com 4 a 5 implantes oral com prótese protocolo inferior utilizando implantes e
que são posicionados na região anterior da mandíbula edêntula, componentes do Sistema Arcsys da FGM.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 46 anos de idade.
A QUEIXA
Desconforto mastigatório e insegurança ao sorrir.
A paciente relatou ser usuária de prótese total há
mais de 30 anos.
INICIAL
ANAMNESE
Fig. 1 - Condição oral da paciente. Paciente edêntula total, sem comprometimento
sistêmico. Realizado exame intra e extra-oral e exames
complementares como a tomografia computadorizada.
2 Paciente se apresentou apta ao procedimento cirúrgico
e protético.
PLANEJAMENTO
Substituição das próteses totais por prótese protocolo
inferior e prótese total superior. Serão utilizados
quatro implantes em mandíbula, destes, dois distais
Fig. 2 - Tomografia Computadorizada. angulados e dois anteriores retos e paralelos. Foram
definidos implantes e componentes Arcsys da FGM
por possuir exclusiva tecnologia de angulação,
visando o paralelismo entre os componentes de modo
que a prótese assentada fique estável e harmônica,
distribuindo as cargas oclusais de maneira eficaz.
RELATO DO CASO
Paciente do sexo feminino, 46 anos, compareceu ao quantidade e qualidade óssea para a cirurgia de instalação de
atendimento da clínica de Odontologia UNESC, no curso de implantes (Fig. 2), entretanto foi preciso executar a regularização
especialização em implantodontia. Na queixa principal relatou do rebordo, com uma fresa maxicut em baixa rotação, para melhor
que suas próteses totais lhes causavam desconforto, tanto adaptação da futura prótese definitiva sobre o rebordo. (Figs. 3 e 4).
estéticos, quanto funcionais. Durante análise clínica não foi As próteses antigas não apresentavam funções estéticas
encontrada nenhuma alteração de tecido mole (Fig. 1). e uma dimensão vertical de oclusão (DVO) adequada. Novas
Exames clínicos e complementares foram utilizados para a próteses totais foram realizadas, e na fase de prova de dentes, foi
realização do tratamento. O planejamento consistiu na troca das confeccionado um guia multifuncional com o modelo inferior.
próteses antigas (sendo prótese total superior e protocolo inferior A cirurgia foi realizada com perfuração inicial com broca lança
imediato). O exame tomográfico da mandíbula mostrou uma boa 2.0, seguida por uma broca 2.9. As perfurações distais tiveram
3 4 5
Fig. 3 - Fresa Maxicut para regularização Fig. 4 - Rebordo regularizado. Fig. 5 - Broca 2.9 usada na perfuração.
do rebordo. Observa-se distância do nervo mentoniano.
6 7
8 9
Fig. 8 - Posicionamento dos referenciadores angulares. Fig. 9 - Referenciadores angulados na posição determinada.
13 14
15
16 17
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Volpato, CAM. [et al.]. Próteses odontológicas: Uma Visão Contemporânea; 1ª ed, .São Paulo: Santos 2013.
O Sistema Arcsys FGM permite a angulação de componentes 2. Duello GV. The utilization of an interdisciplinar team aproch in esthetic implant and restorative
dentistry. Gen Dent. 2004; 52(2):116-9.
intermediários protéticos de acordo com a necessidade do 3. Garber DA. The Estethic dental implante: letting restoration be the guide. J Am Dent Assoc. 1995;
paciente. Sendo assim, o cirurgião-dentista tem uma excelente 126(3): 319-325.
4. Branemark PI. Osseointegration and its experimental background. J Prosteth Dent. 1983; 50(3):399-410.
versatilidade no planejamento do caso, principalmente pós 5. Brunski JB,Puleo DA, Nanci A.Biomaterials and Biomechanics of oral and maxillofacial implants
current status and future developments. Int J Oral maxillo Fac Implant. 1998; 15(1):15-46.
instalação dos implantes, personalizando e fazendo com que o
6. Babbush CA. Posttreament quantification of patient experiences with full-arch implant treatment
tratamento se torne mais seguro e com previsibilidade de sucesso. using a modification of the OHIP-14 questionnaire, J.Oral Implantology.2012 Jun, 17:38(3):251-60.
FINAL
INTRODUÇÃO
Os implantes dentários são uma realidade nos dias de hoje para de alavanca distal - que deve ser compatível com o posicionamento
reabilitação de pacientes edêntulos1,2. A grande quantidade de dos implantes instalados.
empresas no mercado tornou o valor dos implantes muito acessível A utilização de intermediários angulados sempre foi um desafio, já
para dentistas e pacientes. Para estes, a melhora na qualidade de que a necessidade de corrigir a angulação é muitas vezes essencial
vida é simplesmente incomparável quando falamos das diferenças para se atingir os objetivos de estética e função, uma vez que os
entre uma prótese total e uma prótese tipo protocolo sustentado por mesmos são acompanhados, em sua maioria, por um parafuso
implantes. Não só pela inegável retenção, mas também pela melhor passante, o qual reduz a resistência destes componentes angulados.
eficiência mastigatória e consequente melhora da autoestima. O emprego de componentes anguláveis favorece a distribuição
Com advento de novas técnicas e novos sistemas de implantes, das cargas mastigatórias quando comparados à utilização de um
ficou relativamente mais simples reabilitar. As possibilidades de componente reto no mesmo cenário.6
angulação de implantes e componentes como na técnica “All on O Sistema de Implantes Arcsys possibilita customizar a angulação
Four” ampliou os horizontes para cirurgião e paciente com altos dos intermediários protéticos sem implicar nos prejuízos inerentes
índices de sucesso.3,4,5 Claro que devemos respeitar as exigências aos componentes pré-angulados. Sendo assim, basta personalizar
mínimas como: estabilidade primária adequada para carga imediata, o direcionamento do componente imediatamente antes de sua
de pelo menos 35N, passividade da barra, correta extensão do braço ativação, conforme demonstrado no caso a seguir.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 58 anos de idade.
1
A QUEIXA
Dificuldade de se alimentar com a prótese total inferior.
ANAMNESE
Paciente com boas condições de saúde,
apta ao tratamento reabilitador.
PLANEJAMENTO
Prótese total convencional superior e reabilitação com
implantes dentários com Sistema Arcsys (FGM-Brasil) e
INICIAL confecção de prótese tipo protocolo inferior.
2 3
Paciente do sexo feminino, 58 anos, leucoderma, usuária de tipo IV. Os implantes foram protegidos com os tapas de silicone para
prótese dentária total superior e inferior desde os 25 anos, procurou aguardar o período de osseointegração (Figs. 17 e 18). Quatro meses
atendimento insatisfeita com a instabilidade da prótese inferior. A após instalação dos implantes se procedeu à fase protética. Foi feita a
paciente não usava a PT inferior há 25 anos (Fig. 01). Desta forma, foi reabertura e instalação dos cicatizadores multifuncionais conforme a
proposta uma reabilitação com prótese tipo protocolo para a arcada quantidade de tecido mole remanescente (Fig 20). Em seguida foram
inferior e PT superior convencional. selecionados os pilares protéticos de acordo com o transmucoso e
O exame clínico revelou boas condições de saúde geral. Contudo, referenciadores para avaliação da necessidade de angulação, onde se
a critério de confirmação foram solicitados exames complementares: constatou a necessidade de angular (da esquerda para direita): 12.5º;
hemograma completo, glicemia em jejum, tempo de coagulação, 0º; 3º; 0º e 15º (Figs. 21 a 24).
tempo de protrobina e hemoglobina glicada. O exame tomográfico De acordo com a profundidade dos implantes e espessura do
da região em questão mostrou boa qualidade e quantidade óssea tecido mucoso foram selecionados, instalados e ativados os pilares
compatíveis para instalação dos implantes dentários (Figs. 02 a 04). aparafusáveis anguláveis Arcsys de 2.5mm de transmucoso (Fig
Foi feito todo o planejamento reabilitador: moldagem anatômica e 25). Em seguida, Transferentes Multifuncionais Arcsys foram
funcional; registros intermaxilares, determinação de DVO, prova dos posicionados, aparafusados e unidos com resina acrílica auto
dentes e confecção de guia multifuncional. A cirurgia foi realizada com polimerizável (Fig. 26). A moldagem foi realizada com material de
a instalação de cinco implantes Arcsys, com dimensões 3.8x11mm moldagem à base de silicone por adição e o registro interoclusal foi
que tiveram estabilidade primária de 30N, orientados pelo guia complementado com resina acrílica auto polimerizável sobre o guia
multifuncional (Figs. 05 a 11). Os implantes distais foram angulados multifuncional (Fig. 27). Os análogos foram posicionados no molde
para propiciar uma melhor distribuição das forças possibilitando um de transferência, aparafusados e enviados ao laboratório para a
maior comprimento posterior da barra (Fig. 12). Os implantes foram confecção da barra protocolo (Fig. 28). Em 48 horas foi feita a prova
instalados 2mm infra-ósseo, apesar do exame tomográfico sugerir da barra para adaptação e passividade. No dia seguinte, a prótese final
uma boa qualidade óssea, a medular era toda composta de osso foi ajustada e instalada (Figs. 29 a 33).
5 6
7 8 9
Figs. 7 e 8 - Regularização do rebordo com alveolótomo e fresa de tungstênio. Fig. 9 - Regularização finalizada.
Fig. 10 - Guia multifuncional com broca lança em posição. Fig. 11 - Guia e paralelizadores em posição.
12 13
14 15 16
Fig. 14 - Instalação de implante. Fig. 15 - Vista oclusal dos implantes instalados. Fig. 16 - Implantes instalados 2mm infraósseo.
17 18 19
22 23 24
Fig. 22 - Referenciadores e Guia multifuncional. Figs. 23 e 24 - Angulação dos pilares aparafusáveis da esquerda para direita (12.5º; 0º; 3º;0º e 15º).
25 26
27 28
Fig. 27 - Molde de transferência da posição dos pilares anguláveis Fig. 28 - Molde com os análogos dos pilares anguláveis aparafusáveis.
aparafusáveis.
31 32
33
Fig. 33 - Sorriso final com prótese total convencional superior e prótese protocolo inferior.
CONCLUSÃO
o que permite melhor planejamento e uma consequente maior 3. Maló P, Rangert B, MechEng, Nobre M. ‘All-on-Four’ Immediate-Function Concept with Branemark System
Implants for Completely Edentulous Mandibles : A Retrospective Clinical Study. Implant Dent 2003; 5: 2–9.
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on surrounding bone of single-unit dental implants: A finite element analysis. Med Eng Phys 2012; 34:
1526–1531.
FINAL
INTRODUÇÃO
A reabsorção óssea alveolar em pacientes anteriormente osseointegração de Branemark a partir da década de 60.3,4
submetidos à extração dental é uma das situações mais Os estudos da época foram capazes de descrever a
desafiadoras, quando se trata do planejamento em implantodontia, osseointegração em 91% dos implantes, além de uma estabilidade
pois, além de crônica, a perda óssea vertical e em espessura tendem de 100% após 5 a 9 anos de longevidade, conferindo à técnica,
a proporcionar um rebordo mais estreito e geralmente afilado.1,2 segurança e relevância para as reabilitações orais.3
Consequentemente, o edentulismo teve como principal forma Com isso, mais de 40 anos desde o surgimento da
de reabilitação, a utilização de próteses totais - que em muitos osseointegração, o profissional passa a contar com inúmeras
casos acabavam sendo limitadas devido às reabsorções ósseas, alternativas de tratamento para edêntulos totais, dentre elas o
proporcionadas pela perda dental da anatomia mandibular. Além tratamento com overdentures ou sobredentaduras, igualmente
disso, muitas vezes os pacientes edêntulos sofrem com a perda de capazes de proporcionar a reabilitação protética e individualizada.3,5
autoestima e qualidade de vida.1,3
Quando se trata da escolha entre overdentures e próteses
Para solucionar problemas relativos à retenção de próteses totais, totais fixas, alguns fatores relacionados ao planejamento em
protocolos cirúrgicos são constantemente estabelecidos para as implantodontia devem ser considerados (DeBoher, 1993)6. Dentre
reabilitações em implantodontia, sobretudo após os estudos sobre eles, o plano de tratamento deve ser baseado em suas condições
FICHA
Paciente do gênero masculino, 55 anos de idade.
A QUEIXA
Baixa estética dos elementos inferiores e das próteses
removíveis, além da baixa eficiência da função
mastigatória.
INICIAL ANAMNESE
Paciente se encontrava apto e motivado ao
Fig. 1 - Situação inicial do caso. procedimento cirúrgico-protético.
2
PLANEJAMENTO
O plano de tratamento aprovado incluiu a substituição
da prótese total superior e a exodontia dos
elementos inferiores remanescentes (33, 41 e 42) com
concomitante regularização do rebordo e instalação
de dois implantes Arcsys entre forames, para
suporte dos pilares tipo overdenture, guiados pelo
planejamento reverso com guia multifuncional.
Paciente do sexo masculino, leucoderma, procurou exodontia (Fig. 4) dos 3 elementos dentais restantes no
atendimento odontológico para reabilitação protética da arcada arco inferior. Na sequência, a incisão linear com lâmina de
inferior com implantes. Sua queixa principal estava na arcada bisturi 15C foi realizada sobre a crista do rebordo inferior, e o
inferior devido à estética dos dentes remanescentes e da descolamento do retalho englobou a exposição dos forames
prótese parcial removível. Durante a anamnese foi constatado mentuais - assim foi possível observar o campo operatório
que o paciente possuía condições favoráveis de saúde para de modo direto e com maior segurança para fresagem. Em
a reabilitação com implantes. No exame clínico (Fig. 1 e Fig. seguida, foi realizada a regularização do rebordo (Fig. 5) com
2) observou-se apenas os elementos 33, 41 e 42, e utilizava broca cirúrgica maxicut em peça reta, para proporcionar maior
uma prótese parcial metálica removível correspondente aos facilidade durante a instalação dos implantes na mesma altura
dentes inferiores ausentes. Após a realização da tomografia (platô), e um rebordo justaposto a mucosa com um mesmo
computadorizada cone bean, constatou-se que existia altura formato em toda a sua extensão.
e espessura óssea suficiente para instalação dos implantes. A perfuração para colocar os implantes foi iniciada pela broca
O planejamento reabilitador proposto consistiu na realização lança, devido à conformação mais corticalizada do osso. Em seguida,
da extração dos dentes remanescentes (elementos 33, 41 foi utilizada a broca final associada ao limitador de profundidade,
e 42), regularização do rebordo ósseo, colocação de dois o que conferiu segurança e agilidade durante o trans-operatório.
implantes tipo cone morse (Arcsys, FGM, Brasil.) entre forames, Dessa forma, os dois implantes (Fig. 6) anteriormente preconizados
na região dos dentes 33 e 43, para posterior instalação de durante o planejamento, foram instalados nas regiões dos dentes
prótese tipo overdenture. 43 e 33 com torque de 60N em ambos implantes.
Foi realizado o planejamento reverso seguindo as etapas de: Após a instalação os implantes foram protegidos com a
moldagem inferior dos dentes remanescentes e duplicação tampa de cobertura friccional (Fig. 7) confeccionada em silicone
da prótese total superior; prova do rodete de cera para biocompatível, disponibilizado pelo sistema, e a seguir foram
reconstituição fisionômica e determinação da dimensão realizados pontos simples (Fig. 8) para sutura em toda extensão
vertical; e posterior prova dos dentes em cera. Após essas da incisão, com o intuito de evitar fenestrações e cicatrização
etapas, um guia cirúrgico (Fig. 3) com dimensões adequadas por segunda intenção. Na sequência, foi instalada uma prótese
para o caso foi utilizado para o correto posicionamento total removível imediata, a qual já havia sido previamente
tridimensional dos implantes. confeccionada, nas etapas de reconstituição fisionômica e prova
O primeiro passo cirúrgico após anestesia consistiu na dos dentes em cera.
3 4
Fig. 6 - Conferência da perfuração para colocação dos Implantes Cone Fig. 7 - Implantes Cone Morse Arcsys (FGM, Brasil) após instalação e
Morse Arcsys (FGM, Brasil). proteção com tapa de silicone.
8 9
Fig. 8 - Sutura com pontos simples em toda extensão do rebordo. Fig. 9 - Reabertura dos implantes com intervalo de noventa dias.
Decorridos noventa dias, o paciente foi submetido a uma Previamente ao procedimento de captura das cápsulas, foram
segunda etapa cirúrgica de reabertura, onde foi removido o tapa de estabelecidos pontos de referência na face oclusal dos dentes com
silicone e, por meio do medidor transmucoso, a altura dos pilares o intuito de guiar uma oclusão. O posicionamento dos pontos foi em
protéticos foi selecionada. forma de triângulo, para estabilizar o encaixe entre próteses.
Para o caso, dois pilares protéticos friccionais para overdenture, Para captura dos pilares protéticos foram instaladas
com altura 4,5mm de transmucoso, foram selecionados. cápsulas sobre os mesmos e suas correspondentes regiões
Posteriormente se procedeu a secagem interna das paredes de posicionamento (na face inferior da prótese). Após a prova
do implante e, de acordo com as recomendações do fabricante de passividade entre as cápsulas e os nichos de assentamento
foi realizada a ativação dos pilares com 3 batidas do martelete da prótese, procedeu-se o preenchimento unilateral com resina
(Arcsys, FGM, Brasil) no longo eixo. acrílica ativada quimicamente, para só então reposicioná-la sobre
A utilização de resina acrílica atrelada a um procedimento de a cápsula de mesmo lado. Repetiu-se o processo do lado oposto e
exposição tecidual (durante a cirurgia de instalação dos implantes após a acomodação da prótese sobre os conjuntos intermediários,
ou em sua reabertura) exigirá especial atenção quanto à proteção o paciente foi instruído a ocluir até a total presa do material. Foram
dos tecidos incisados, a fim de evitar o contato do produto com realizados acabamentos com fresas maxicut nos excessos de
essas estruturas e planos. Do contrário, se desencadeará um acrílico e polimento com borrachas.
processo inflamatório localizado de dolorosa resolução. Esse Assim, foi possível proporcionar ao paciente uma prótese muco-
fato justifica a cobertura da região através da utilização de um implanto-suportada. Porém, é importante ressaltar a importância
fragmento de lençol de borracha entre a mucosa e a cápsula, das consultas periódicas para preservação e manutenção da
mas sem a interferência do pilar (o fragmento é perfurado e prótese tipo overdenture retido por implantes, uma vez que os anéis
adptado no attachment). de borracha presentes na face interna da cápsula sofrem com o
desgaste natural que ocorre por seu ciclo de utilização.
Fig. 10 - Adaptação do cicatrizador Fig. 11 - Individualização do cicatrizador na Fig. 12 - Análise do cicatrizador após ser
multifuncional em PEEK. altura pretendida. personalizado.
13 14
Fig. 13 - Adaptação final do cicatrizador sobre Fig. 14 - Vista oclusal dos cicatrizadores multifuncionais devidamente posicionados
o implante osseointegrado. sobre os implantes Arcsys.
15 16
Fig. 15 - Vista frontal da prótese total inferior. Fig. 16 - Vista inferior da prótese total inferior,
evidenciando a marcação do posicionamento
correspondente às cápsulas de retenção dos
pilares overdenture.
17 18
Fig. 18 - Checagem da oclusão das próteses totais confeccionadas para a reabilitação bimaxilar.
Fig. 19 - Em detalhe, aplicação pontual de resina acrílica sobre a superfície oclusal posterior do lado direito.
20 21 22
Fig. 20 - Vista frontal das próteses totais com Fig. 21 - Registro de mordida do lado direito. Fig. 22 - Registro de mordida do lado esquerdo.
os guias de estabilização.
23 24 25
Fig. 23 - Remoção do cicatrizador Fig. 24 - Verificação do perfil transmucoso. Fig. 25 - Adaptação do pilar overdenture
multifuncional facilitada pelo extrator de tapa. selecionado.
26 28
27
Fig. 27 - Cápsula de retenção sendo Fig. 28 - Vista em detalhe do conjunto cápsula/pilar overdenture.
posicionada no pilar overdenture.
Fig. 29 - Proteção dos tecidos Fig. 30 - Preenchimento do nicho Fig. 31 - Captura da cápsula de Fig. 32 - Vista oclusal do rebordo
circunjascentes com lençol de de acomodação da cápsula com retenção. Lado esquerdo. mandibular, evidenciando a proteção
borracha previamente à captura RAAQ. dos tecidos pelo fragmento de lençol
das cápsulas. de borracha.
33 35
34
CONCLUSÃO
mandibular são um desafio na rotina clínica, principalmente em 1. Xie Q, Wolf J, Tilvis R, Ainamo A. Resorption of mandibular canal wall in the edentulous aged population. J
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proporcionando maior facilidade para manutenção da higiene oral.
Ao concluir uma reabilitação sobre implantes dentários, o nicho bacteriano na interface entre este e o implante, a remodelação
profissional deverá não apenas se preocupar com o resultado imediato, partirá deste nível e consequentemente incidirá em perda óssea
mas também com a manutenção a longo prazo para que os fatores vertical ao redor do próprio implante.
atrelados ao sucesso perdurem ao longo do tempo . Ocorre que a 1
Há consenso que uma remodelação óssea ocorre principalmente
partir do momento em que a restauração é suportada no implante/ no primeiro ano após carregamento (entre 1,0mm e 1,5mm12,13,14 ), sendo
componente protético, este conjunto começa a sofrer as adversidades portanto o período mais crítico de acompanhamento após conclusão
inerentes ao meio bucal assim como um dente natural, inclusive com da reabilitação. Além, percebe-se que a existência de um “gap” entre
remodelação tecidual ao seu redor . 2
o implante e o componente protético influencia diretamente nesta
Vários fatores são considerados como responsáveis pela perda perda de osso peri-implantar15, principalmente nos primeiros 03
óssea peri-implantar, como distância entre implantes , carga mecânica 3,4
meses após implantação8. Também, o tamanho deste “gap” não foi
oclusal excessiva5,6, movimentação do componente protético quando considerado significante quando encontra-se entre 10µm e 100µm8,
em função (micromovimentação) e espaço (microgap) na interface
7
logo, sua mera existência neste intervalo parece ser suficiente para
entre o implante e componente protético8,9. contribuir negativamente.
Especificamente sobre os dois últimos fatores, ambos parecem Por conseguinte, é imensamente sugerido que o cirurgião-dentista
contribuir concomitantemente durante a função mastigatória, pois a opte por um sistema que proporcione melhor estabilidade do tecido
movimentação supostamente provém um “bombeamento” de fluídos ósseo peri-implantar como, por exemplo, implantes com plataforma
entre o interior e exterior do implante dentário10. Junto a este fluído, “cone morse” essencialmente friccionais. Estes têm demonstrado
trânsito bacteriano é esperado, junto a suas endotoxinas relacionadas maior eficiência na vedação bacteriana na interface entre implante e
ao processo inflamatório regulador da perda óssea peri-implantar2. componente protético, supostamente pelo menor “gap” apresentado
É esperado que o restabelecimento do espaço biológico do entre tais superfícies após ativação (0,5 - 1,5µm16,17) em comparação a
sistema implante-restauração ocorrerá de maneira semelhante demais conexões, onde estes “gaps” podem chegar a 100µm.8,18
a um dente natural . Porém é desejável que esteja relacionado a
11
Ao eleger esta conexão, o profissional contribui de sobremaneira na
tão somente a linha de cimentação ou contato entre a prótese e o manutenção dos tecidos peri-implantares e consequentemente na
componente protético. No entanto, a partir do momento em que há longevidade da homeostasia de suas reabilitações sobre implante.
REFERÊNCIAS
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Acompanhamento
Inicial de 2 anos
Acompanhamento
Inicial de 1 ano
Acompanhamento
Inicial de 1 ano
FINAL
INTRODUÇÃO
O conceito de sucesso no tratamento odontológico tem Esthetic Score (PES), elevando a rigorosidade do conceito para
sofrido modificações ao longo do tempo. Nossos pacientes, avaliar o sucesso dos tratamentos na área estética.
além da busca pela reconstituição da função, buscam cada Para obtenção de tais resultados, é imprescindível respeitar os
vez mais tratamentos estéticos. Como clínicos, o desafio princípios cirúrgicos e protéticos, além de compreender o tempo
está em mimetizar os detalhes de um dente natural de modo biológico. Assim, a adoção de métodos que diminuam quaisquer
a proporcionar leveza e harmonia ao sorriso. A obtenção do riscos de falha se faz necessária. O uso de guias cirúrgicos nos
sucesso clínico poderá ser entendido como a verificação de orienta quanto ao posicionamento e angulação adequada dos
perfil de emergência apropriado e conformação de papilas implantes, tornando nossa abordagem protética mais previsível4,5.
associadas a uma resolução protética que mimetiza cores, A manutenção da crista óssea e, consequentemente, das papilas
contornos e texturas. Para Al-brektsson et al., em 1986 o
1
tem estreita relação com o espaço dente-implante e implante-
sucesso estava atrelado à sobrevivência dos implantes. Pouco implante6,7. A introdução de implantes de conexão cônica tem
depois, Smith & Zarb (1989) correlacionaram a importância da
2
tornado a manutenção da crista óssea mais previsível quando
aparência estética das restaurações implanto-suportadas. Mais associada à técnicas cirúrgicas de manipulação tecidual8 e
recentemente, Fürhauser et al., (2005), sabendo dos desafios
3
condicionamento por meio de restaurações provisórias que
próprios do tratamento com implantes, desenvolveram o Pink permitam perfis de emergência funcionais9, possibilitando a
FICHA
Paciente do gênero feminino, 34 anos de idade.
A QUEIXA
A paciente se encontrava insatisfeita com a
prótese parcial removível que possuía, relatando
constrangimento social e baixa eficiência mastigatória.
INICIAL ANAMNESE
Durante a avaliação clínica, ratificou-se a adequada
Fig. 1 - Situação inicial do caso. condição de saúde local e sistêmica. O biotipo gengival
e a idade da paciente também permitiram estipular um
2
prognóstico favorável à reabilitação com implantes.
PLANEJAMENTO
Por se tratar de uma região de elevada exigência
estética, priorizou-se a reabilitação com o sistema
Arcsys em razão de uma possível necessidade de
angulação (mesmo que mínima). O diagrama digital
permitiu nortear o contorno e tamanho dos dentes,
favorecendo também a comunicação com
o laboratório de prótese.
8 9
CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
1. Albrektsson, T., et al. “The long-term efficacy of currently used dental implants: a review and proposed
criteria of success.” Int J Oral Maxillofac Implants 1.1 (1986): 11-25.
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princípios cirúrgicos e protéticos, assim como o entendimento 4. Phillips, K., and J. C. Kois. “Aesthetic peri-implant site development. The restorative connection.” Dental
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esthetic dentistry.” Quintessence Dent Technol 35 (2012): 103-111.
AUTORES:
Prof. Rafael Cury Cecato,
Prof. Dr. Patricio Runnacles e
Prof. Dr. Rogério Costa Goulart
estética esperada. 1. Loi I, Di Felice A. Biologically oriented preparation technique (BOPT): a new approach for prosthetic
restoration of periodontically healthy teeth. Eur J Esthet Dent 2013; 8: 10–23.
Outro benefício que está relacionado com a ausência do 2. Canullo L, Cocchetto R, Loi I. Remodelagem Óssea Peri-implantar: Bases Científicas e Implicações
clínicas. 1a ed. 2012.
“prato” ou término para assentamento da coroa pré-definido é 3. Carnevale, G. ; Febo, G. ; Fuzzi M. A retrospective analysis of the perio-prosthetic aspect of teeth re-
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Estas forças têm a distribuição das tensões resultantes na coroa
margins. J Prosthet Dent 2012; 107: 317–321.
de maneira mais satisfatória. Com o apoio da coroa protética 6. Agustín-Panadero R, Solá-Ruíz MF. Vertical preparation for fixed prosthesis rehabilitation in the anterior
sector. J Prosthet Dent 2015; 114: 474–478.
deslocado para porção superior do pilar ou munhão e suas 7. Rancitelli D, Poli PP, Cicciù M, Lini F, Roncucci R, Cervino G et al. Soft-Tissue Enhancement Combined With
respectivas paredes, a região de término da peça não sofrerá Biologically Oriented Preparation Technique to Correct Volumetric Bone Defects: A Clinical Case Report. J
Oral Implantol 2017; 43: 307–313.
FINAL
INTRODUÇÃO
A perda de dentes em regiões póstero-superiores e subsequente Alguns casos podem apresentar, ainda, pneumatização do seio
atrofia alveolar por desuso pode representar relevante dificuldade antes mesmo da perda do elemento dental. Isso acontece em áreas
para a instalação de implantes osseointegráveis. Isso, somado a de dentes com raízes individualizadas e divergentes - como os
pneumatização do seio maxilar – fenômeno comum a essas áreas primeiros molares superiores, onde uma extensão do seio pode se
– denota um desafio para o tratamento reabilitador baseado em alojar entre as raízes – pneumatizando o septo ósseo interradicular.
osseointegração. Não raro, manobras prévias de levantamento do Tal situação, muitas vezes, impossibilita a instalação de implante
assoalho da cavidade sinusal, acompanhados de enxertia óssea, septal (área ideal pois coincide com o centro da coroa dentária)
são imperativas a fim de viabilizar a instalação de implantes. Se imediatamente após a exodontia, obrigando o implantodontista
por um lado tais abordagens possibilitam a instalação de implantes, a lançar mão de procedimentos de levantamento do assoalho
por outro, agregam complexidade, custos e riscos ao tratamento. coronalmente pneumatizado.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 58 anos de idade.
A QUEIXA
Sensibilidade dolorosa provocada por fratura do dente
16. Edema gengival com drenagem purulenta.
ANAMNESE
INICIAL Boa condição geral de saúde.
RELATO DO CASO
Exodontia com mínimo trauma (especial cuidado aos tecidos Sessenta dias após a cirurgia para exodontia + instalação
moles fragilizados pelo processo inflamatório em curso), inspeção, de implante e coroa provisória, procedeu-se a moldagem para
limpeza mecânica e irrigação alveolar com solução fisiológica transferência da posição do implante. No modelo de trabalho foi
seguida da instalação de implante Arcsys FGM no interior do realizada a seleção do pilar protético, optando-se pelo munhão
alvéolo correspondente à raiz palatina. Elegeu-se esta área angulável Arcsys para coroas cimentadas. A personalizacão
devido à pneumatização do seio maxilar para o interior do septo da angulação do referido munhão, bem como a confecção de
interradicular. No mesmo tempo cirúrgico a zona correspondente infraestrutura em dissilicato de lítio foram realizadas sobre o
aos alvéolos vestibulares foi preenchida com fosfato de cálcio modelo. Em nova etapa clínica, o pilar foi impactado em boca e a
bifásico + hidroxiapatita (Nanosynt) seguido da confecção de infraestrutura removida para remontagem e ceramização final.
coroa protética imediata em resina acrílica. Nenhum acesso ao Uma coroa protética em porcelana reforçada por dissilicato de
seio maxilar foi realizado. lítio foi então cimentada sobre o munhão angulável.
5 6 7
Fig. 6 - Alvéolo do dente 16. Fig. 7 - Aferição do diâmetro médio da raiz palatina
do dente 16. Esta medida fornecerá parâmetros
para a seleção do diâmetro do implante a ser
instalado no sítio correspondente a ela. Outras
Fig. 5 - Elemento 16 exibindo fratura corono- medições, ao longo do todo comprimento radicular,
radicular com tecido granulomatoso. podem ser executadas.
8 9 10
Fig. 8 - Leitor do especímetro exibindo diâmetro da Fig. 9 - Aprofundamento, através de fresagem Fig. 10 - Inserção do implante Arcsys FGM
raiz palatina (16) em sua porção média. única, do alvéolo palatino - área selecionada para (3.8x13mm) selecionado a partir de parâmetros
instalação do implante. radiográficos, de densidade óssea e medição do
diâmetro radicular.
11 12 13
Fig. 11 - Implante Arcsys FGM instalado no alvéolo Fig. 12 - Cicatrizador multifuncional adaptado ao Fig. 13 - Início da confecção de coroa provisória.
palatino sob torque de 40Ncm. implante. Este servirá de base para a construção
da coroa temporária através de incremento de
resina acrílica.
Fig. 14 - Preenchimento dos alvéolos vestibulares com material a base de fosfato de cálcio bifásico + Fig. 16 - Coroa provisória 60 dias após instalação
hidroxiapatita (Nanosynt - FGM). A presença do tapa em silicone evita que grânulos adentrem no interior do implante. Osseointegração confirmada.
do implante durante a acomodação do biomaterial.
17
18 19
21
Fig. 21 - Vista vestibular exibindo posicionamento Fig. 22 - Vista proximal exibe emergência do implante Fig. 23 - Munhão Arcsys após
mésio–distal do referenciador angular. instalado intencionalmente no alvéolo palatino. Nesse leve angulação guiada pelo
momento realiza-se pequena angulação vestibular no referenciador angular.
referenciador angular, a fim de otimizar a emergência
do implante, posicionando-a mais ao centro da futura
coroa protética.
24 25 26
Fig. 24 - Munhão adaptado ao modelo de trabalho. Fig. 25 - Cilindro calcinável - base para a Fig. 26 - Cilindro calcinável. Vista vestibular.
Notar ligeira inclinação vestibular. formatação da futura coroa protética - adaptado
sobre o munhão.
27 28 29
Figs. 27, 28 e 29 - Infraestrutura em cerâmica reforçada por dissilicato de lítio assentada sobre o munhão Arcsys para avaliação da
adaptação marginal. Ligeiro encruamento do pescoço do munhão, evidenciando suave inclinação deste para o centro da coroa.
33 34
Fig. 30 - Prova e análise da infraestrutura no Fig. 33 - Nova coroa temporária confeccionada Fig. 34 - Nova coroa temporária confeccionada
modelo de trabalho. sobre o munhão angulado. sobre o munhão angulado.
35 36 37
Fig. 35 - Após esterilização em autoclave, munhão Fig. 36 - Vista vestibular para conferência do
- angulado previamente no modelo de trabalho – é posicionamento do munhão.
adaptado ao implante em boca.
38 39
Fig. 38 - Adaptação da infraestrutura sobre o Fig. 39 - Vista vestibular da infraestrutura para Fig. 37 - Impactação do munhão com auxílio do
munhão checagem de espaços oclusal, proximais e cervical martelete.
reservados à porcelana de recobrimento estético.
40 41 42
Fig. 40 - Remontagem da infraestrutura. Fig. 41 e 42 - Nova coroa temporária (Fig. 33 e 34) cimentada sobre munhão definitivo.
44 45
46
47 48 49
53
54 55
Fig. 54 - Radiografia final. Sobreposição do seio maxilar fornece a ilusão ótica do implante estar Fig. 55 - Radiografia final. Sobreposição do seio
posicionado internamente a ele. maxilar fornece a ilusão ótica do implante estar
posicionado internamente a ele.
CONCLUSÃO 56
REFERÊNCIAS
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FINAL
INTRODUÇÃO
O tratamento com implantes é utilizado para reabilitação funcional exigência de cada caso. Para tal, utiliza-se o dispositivo Angulador
e estética de dentes ausentes com segurança e previsibilidade 1,
Arcsys (Fig. 8) que customiza o componente protético de modo
. Para que se obtenham resultados satisfatórios, alguns fatores
2
simplificado e imediato em até 20º, melhorando assim o resultado
são relevantes, tais como: disponibilidade óssea, biotipo gengival, das próteses.4
posicionamento tridimensional do implante e utilização de Mesmo em situações onde o intermediário seja corrigido para a
componentes protéticos adequados para cada caso. 3
posição tridimensional ideal, em alguns casos ainda há necessidade
Ao realizar o planejamento reverso, em alguns casos, a posição de realização de enxertos de tecido mole, para melhorar o contorno
óssea ideal do implante não coincide com a posição protética do tecido mole ao redor da reabilitação protética. O enxerto de
ideal. Para compensar a inclinação do implante em relação ao seu tecido conjuntivo é um recurso muito utilizado para recuperação da
posicionamento ideal de emergência na prótese, tradicionalmente espessura e arquitetura gengival, as quais são perdidas decorrente dos
se utilizam componentes pré-angulados de 17° e 30°. No entanto, eventos biomecânicos e histológicos que ocorrem durante o processo
tais angulações não correspondem ao necessário na maioria das de cicatrização de uma exodontia. O mesmo é frequentemente
vezes. Buscando um refinamento das resoluções protéticas, o utilizado simultaneamente à instalação de implantes unitários5. Uma
Sistema Arcsys (FGM) desenvolveu um componente protético de técnica de enxertia conjuntiva muito utilizada é a “Técnica do Rolo”,
aço inoxidável, capaz de ser angulado de acordo com a perfeita a qual consiste em um deslocamento vestibular de tecido conjuntivo
1 2
INICIAL
Fig. 1 - Observar defeito em tecido mole vestibular no elemento 25 Fig. 2 - Incisões parciais primárias e divisão do retalho palatino. Observar
(linha amarela) e a necessidade de correção ( linha branca). preservação das papilas durante as incisões.
Fig. 3 - Retalho dividido. Observar tecido conjuntivo Fig. 4 - Deslocamento vestibular do tecido Fig. 5 - Fresagem em passo único, com broca
abaixo do tecido epitelial e a manutenção do conjuntivo palatino. 3,4mm, para instalação do implante na posição
pedículo vestibular. óssea ideal.
6 7
Fig. 6 - Após a instalação do implante, utilização Fig. 7 - Após ser manipulado digitalmente, o
do referenciador angular com objetivo de correção referenciador assume a posição protética ideal.
da angulacão do componente protético para a
posição protética ideal. Observar angulação disto-
palatina do implante.
RELATO DO CASO
Paciente apresentava ausência do elemento 25, com perda Arcsys, permitiu então que o munhão de 4.2 x 4 x 2,5 mm fosse
óssea horizontal, refletindo em depressão no contorno do tecido angulado em aproximadamente 16° (Figs. 8, 9 e 10). Após a instalação
mole (Fig. 1). Após avaliação clínica e tomográfica indicou-se do componente protético, foram realizadas suturas simples e em
a instalação de um implante com plataforma Cone Morse e “x” (Fig. 11) para contenção do enxerto e confecção da restauração
travamento friccional dos pilares, manipulação do tecido mole temporária. Finalizou-se o procedimento com uma radiografia
peri-implantar, realizando enxerto conjuntivo pediculado obtido do periapical para controle do caso (Fig. 12).
palato através da Técnica do Rolo para ganho de espessura de Após 60 dias, com a adequada cicatrização, adaptação dos
tecido mole por vestibular e carga imediata3. tecidos periimplantares e ausência de patologias, o paciente
A cirurgia iniciou com as incisões primárias parciais (horizontal e retornou para confirmação da osseointegração e iníco da
verticais) de aproximadamente 1mm de profundidade, preservando confecção da prótese definitiva (Figs. 13 e 14). Para transferir
as papilas adjacentes ao elemento 25 (Fig. 2). Em seguida, foi a arquitetura de tecido mole obtida pelo provisório, a moldagem
realizado um retalho parcial no palato para separar o tecido foi realizada com a personalização do transfer multifuncional em
conjuntivo do epitelial e possibilitar a giroversão do tecido conjuntivo PEEK (Figs. 15, 16 e 17).
para vestibular, aumentando assim a espessura de tecido na face Durante a prova da coroa definitiva em Dissilicato de Lítio,
vestibular do futuro implante (Figs. 3 e 4). observou-se que a cerâmica estava comprimindo demais as papilas
A fresagem do leito cirúrgico foi realizada sem escalonamento, e podendo gerar perda papilar e deficiência estética do caso. Para
em passo único, com a broca de 3.4mm (Fig. 5). Após a fresagem, o solucionar esse problema, devido aos componentes protéticos do
implante de 4.3x13mm foi instalado no posicionamento tridimensional sistema Arcsys possibilitarem o término das próteses em zero,
mais favorável ao tecido ósseo. Utilizando o referenciador angular (Fig. optou-se por fazer um Término Dinâmico na coroa, evitando assim,
6), observou-se que o eixo de inserção protético estava desfavorável, a compressão excessiva das papilas mesial e distal . A coroa foi
então, o referenciador foi levado à posição mais favorável para o eixo cimentada com cimento resinoso e uma radiografia periapical foi
de inserção protético (Fig. 7). O dispositivo angulador, do Sistema feita após cimentação (Figs. 18 à 27).
8 9 10
Fig. 8 - Munhão angulável 2,5mm inserido Fig. 9 - Imagem mostrando referenciador e Fig. 10 - Instalação do munhão por sistema de
no Dispositivo Angulador. Angulado em componente protético (munhão) fricção (Arcsys - FGM), o qual foi previamente
aproximandamente 15°. na mesma angulação. angulado para posição protética ideal.
11 12
Fig. 13 - Condicionamento tecidual com Fig. 14 - Tecido periimplantar condicionado pela Fig. 15 - Prova do transfer de moldagem.
prótese provisória. prótese provisória.
16 17
Fig. 16 - Instalação do transfer de moldagem Fig. 17 - Moldagem da arcada com silicone de adição
com perfil de emergência da prótese provisória. pesada e leve e retenção do transfer de moldagem
Foram feitas retenções em acrílico para que o com perfil de emergência da prótese provisória
transfer fique retido no molde. copiado para confecção das próteses definitivas.
18 19 20
21 22
26 27
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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FINAL
INTRODUÇÃO
Na terapia de reposição de um elemento dental perdido está O relacionamento entre satisfação com o sorriso e
indicada a instalação de um implante, seguido da complementação comportamentos de interação social são bem percebidos pelos
protética para reabilitar a função e a estética. Muitos pacientes profissionais da área odontológica. Os pacientes que não estão
necessitam desse tipo de tratamento no nosso país, e pelo estado satisfeitos com o próprio sorriso mudam sua maneira de interagir,
da arte da odontologia, essa técnica frente à prótese fixa, não é sorrindo menos ao conversar, tirar fotos ou mesmo com atitudes
apenas mais econômica para o paciente como também é mais para obstruir a imagem do sorriso, ao conversar com a mão na boca.
conservadora, por preservar tecidos sadios intactos. Neste artigo apresentamos um relato de caso em que
A ausência de um ou mais elementos dentários podem a paciente procurou atendimento para a realização de um
incomodar os pacientes por diversos motivos como: menor implante ósseo integrado. Com a evolução do tratamento, a
conforto ao mastigar, constrangimento social, além de contribuir paciente adquiriu confiança e o desejo em clarear seus dentes
para baixa da autoestima. solicitando a substituição das restaurações já existentes por
compósitos resinosos mais estéticos.
FICHA
Paciente do gênero feminino, 33 anos de idade.
A QUEIXA
Paciente buscou auxílio profissional para reabilitar área
edêntula que lhe causava constrangimento social.
ANAMNESE
A paciente se encontrava em condições favoráveis ao
INICIAL procedimento reabilitador.
3 4
Fig. 3 - Evidência do potencial de corte e concomitante coleta de Fig. 4 - Cilindro de Cobalto-Cromo posicionado sobre o pilar
tecido ósseo pelas brocas FGM. aparafusável angulável.
5 6
Fig. 5 - Provisionalização imediata utilizando o cilindro como suporte da Fig. 6 - Verificação do adequado condicionamento gengival durante
coroa protética acrílica. o período cicatricial.
Fig. 7 - Aparafusamento extraoral da coroa Fig. 8 - Moldagem do conjunto análogo/ Fig. 9 - Sobre o análogo, um transfer
provisória sobre o análogo do pilar angulável. coroa provisória. Após a vulcanização, a coroa multifuncional antirrotacional é aparafusado. O
provisória é removida e o análogo fica inserido espaço correspondente ao perfil de emergência é
no material elastomérico. preenchido com resina acrílica de baixa contração.
10 11
Fig. 10 - O conjunto é levado a boca e estabilizado com o parafuso longo. Fig. 11 - Análogo do pilar angulável adaptado sobre o molde de transferência.
Em seguida se realiza a moldagem de transferência. É muito importante que o profissional execute essa etapa, para só então
encaminhá-lo ao laboratório de prótese.
14 15
Fig. 14 - Condicionamento ácido e matriz de poliéster como proteção dos Fig. 15 - Aplicação de sistema adesivo.
dentes adjacentes.
Fig. 17 - Polimento com discos Diamond Flex e Fig. 18- Detalhe das propriedades ópticas e elevado grau de polimento e brilho obtidos pela
pastas Diamond ACI e ACII. resina Vittra (FGM).
19 20
21
Figs. 19 a 21 - A biomimética dos compósitos Vittra conferem elevada naturalidade e harmonia ao sorriso.
CONCLUSÃO
F R E S AG E M DA P E Ç A :
Escolha o modelo do bloco de acordo com o tamanho da restauração
a ser criada. A fresagem do bloco deverá ser realizada com brocas
diamantadas em processo refrigerado por água.
a b
c d e
C A R AC T E R I Z AÇ ÃO : Fig c: Asperize a região a receber Fig d: Aplique adesivo universal Fig e: Aplique leve jato de ar
As coroas feitas em Brava Block são os corantes com brocas finas (ex: AMBAR UNIVERSAL, FGM) na durante 10s para uniformizar a
passíveis de caracterização por corantes de acabamento em alta rotação. região asperizada, sob leve fricção camada adesiva e evaporar o
Certifique-se de não promover durante 10s. solvente. O adesivo deve então ser
fotopolimerizáveis. Para isso, observe os desgaste significativo na peça, fotopolimerizado por 10s.
passos: pois isso pode comprometer sua
resistência mecânica.
f g
h i
AC A B A M E N TO E
P O L I M E N TO :
Antes da cimentação, as peças devem
ser acabadas e polidas. Para a face
oclusal, sugere-se o uso de borrachas
abrasivas finas e extrafinas, bem como
j l
escovas oclusais levemente abrasivas
Fig h e i: acabamento
(impregnadas de carbeto de silício). Para da peça nas diferentes
as faces livres, discos de lixa (DIAMOND faces com diferentes
PRO, FGM) finos e extrafinos podem ser instrumentos.
Fig j: polimento com
utilizados. disco de feltro e pasta
de polimento.
Fig l:aspecto da peça
após polimento.
1º passo
2º passo
Jateamento da parte interna da peça utilizando
óxido de alumínio de até 50 micrômetros, com Proceda à lavagem das peças em cuba
pressão de cerca de 3 bar até que a superfície ultrassônica com água por 180 segundos.
fique fosca.
b
3º passo 4º passo
Aplique álcool 70 e seque a superfície por 30 segundos. Aplique silano com MDP (preferencialmente) e deixe reagir por 60 segundos.
Remova o excesso com jato de ar.
c d
Fig c: aplicação de algodão embebido por álcool. Fig d: o silano deve ser distribuído por toda a parte interna da peça, inclusive margens.
6º passo
Aplique cimento resinoso dual de dois passos (ex:
Allcem ou Allcem Core, FGM) e posicione a peça
no dente. Remova os excessos e fotopolimerize as
margens por 60 segundos. Aguarde 7 a 10 minutos
intacto para que ocorra a cura química do cimento.
Fig g: o cimento resinoso dual é aplicado no interior da peça,
que está pronta para a cimentação no dente.
DENTINA
20
O gráfico mostra o resultado
de adesão dos diferentes
materiais quando cimentados
15
em dentina. Ambos os materiais
foram previamente jateados e 10
receberam silano e adesivo com Média e desvio-padrão (MPa)
MDP. Para a cimentação, foi da resistência de união por
5
utilizado cimento resinoso. microcisalhamento de Brava
Brava Block obteve adesão Block e Lava Ultimate (3M
estatisticamente superior ao 0 ESPE) (n=5 por condição
Brava Block Lava Utimate experimental).
concorrente da mesma categoria. (FGM) (3M ESPE)
(*) Letras iguais indicam similaridade estatística em cada linha (ANOVA de 3 fator e teste de Tukey; p<0,05)
Fonte: Hilgenberg B, Cardenas A, Siqueira F, Reis A, Loguercio A. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
2. DESEMPENHO APÓS
ESCOVAÇÃO SIMULADA
Os blocos foram aferidos quanto
à microdureza, perda de massa
e rugosidade antes e após
ensaio de escovação simulada.
As amostras foram submetidas
a 50.000 ciclos de escovação
(escova dental macia e pasta de
dente diluída) com carga de 450g
de força em uma velocidade de
4,5 ciclos/seg (37ºC).
3. RESISTÊNCIA
MECÂNICA
A resistência à fratura é muito Resistência à Fratura (N)
importante para peças definitivas que
A
são também indicadas para dentes 2000
A
posteriores, em que a solicitação 1750
mecânica é maior. Essa propriedade 1500
foi aferida em coroas totais unitárias
1250
construídas sobre pré-molares
1000
humanos extraídos. Todas as
750
amostras de ambos os grupos foram
submetidas a 1.2 x 10 6 ciclos a 40 500
Este ensaio foi realizado de acordo com a norma ISO 4049, com amostras
confeccionadas na forma de barras (10x2x2mm). Brava Block demonstrou
desempenho equivalente aos concorrentes da mesma categoria, e superior ao
bloco VIPI BLOCK TRILUX, composto de resina acrílica.
160
140
B
120
100
80
60
40
20
0
Brava Block Lava Utimate Briilliant Crios Trilux
(FGM) (3M ESPE) (Coltene) (Vipi)
Média e desvio-padrão (MPa) da resistência a flexão (n=10 por condição experimental) (*)
(*) Letras iguais indicam similaridade estatística (ANOVA de 1 fator e teste de Tukey; p<0,05).
Fonte: Bauer M, Reis A, Loguercio A. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
FINAL
Com o advento da tecnologia CAD/CAM (computer-aided design/ Paciente do sexo masculino, 62 anos, apresentou-se à clínica dos
computer-aided manufacturing) para os consultórios, podemos realizar autores com a coroa cerâmica do elemento 24 fraturada (Figs 1 e 2)
trabalhos de prótese fixa em sessão única na chamada “técnica e com um reparo provisório em resina composta feito, desejando
chairside”, onde em uma consulta de aproximadamente 90 minutos substituí-la. O exame radiográfico mostrou tratamento endodôntico
todo trabalho é concluído. Com isso, o tempo de tratamento é reduzido satisfatório e a presença de pino de fibra associado a um núcleo de
significativamente, aumentando-se a conveniência para o paciente preenchimento. Foi feita a remoção da coroa defeituosa e se observou
e a lucratividade para o dentista. Dentro desse conceito surgiram os pouco espaço interoclusal, além de manifestar parafunção (bruxismo
blocos de compósito resinoso com cargas vitro-cerâmicas que se bem cêntrico). Estas observações podem ter contribuído para a fratura da
indicadas cumprem os requisitos de estética e função e, em muitos coroa cerâmica preexistente. O preparo sofreu um aumento de redução
casos, possuem algumas vantagens sobre os materiais puramente oclusal para prover um espaço em máxima intercuspidação habitual
cerâmicos. O objetivo deste artigo é fazer um relato ilustrado da de aproximadamente 1.5 a 2.0 mm verificados através da indentação
substituição de uma coroa fraturada por uma coroa de compósito feita com lâminas de cera 7, dobradas entre o dente preparado e seu
resinoso na tecnologia CAD/CAM “chairside”. antagonista, sendo verificada por especímetro. Nenhum significativo
desgaste axial foi realizado por apresentarem espessuras condizentes,
porém com uma conicidade aparentando ser mais elevada que o ideal.
FICHA
Paciente do gênero masculino, 62 anos de idade.
A QUEIXA
Coroa cerâmica fraturada e dor na região dos músculos
masseter e temporal.
ANAMNESE
INICIAL Bruxismo cêntrico (apertamento). Coroa cerâmica
fraturada com fina espessura oclusal evidenciada no
Fig. 1 - Vista vestibular da coroa do elemento 24. bordo da fratura.
2 PLANEJAMENTO
Repreparo da coroa total para possibilitar um
aumento do espaço interoclusal. Coroa em compósito
resinoso reforçado com partículas vitro-cerâmicas
fresados em tecnologia CAD/CAM Brava chairside e
placa miorrelaxante tipo Michigan.
3 4
Fig. 3 - Vista vestibular do preparo agora com Fig. 4 - Vista vestibular do preparo sem a arcada antagonista.
espaço interoclusal satisfatório.
5 6 7
Fig. 5 - Vista oclusal do preparo. Fig. 6 - Brava Block posicionado na fresadora Fig. 7 - Brava Block sendo fresado.
CAD/CAM.
8 10 11
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
Composites to Different CAD/CAM Materials. J Adhes Dent. 2016;18(4):289-302.
2. Hussain B, Thieu MKL, Johnsen GF, Reseland JE, Haugen HJ. Can CAD/CAM resin blocks be considered
as substitute for conventional resins? Dent Mater. 2017 Sep 23. pii: S0109-5641(17)30120-3.
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Composite Resin CAD/CAM Partial Crowns after 24 Months. J Prosthodont. 2017 Apr 19. doi: 10.1111/
jopr.12582. [Epub ahead of print).
No caso clínico apresentado observamos que o emprego do Brava 4. Kassotakis EM, Stavridakis M, Bortolotto T, Ardu S, Krejci I. Evaluation of the Effect of Different Surface
Treatments on Luting CAD/CAM Composite Resin Overlay Workpieces. J Adhes Dent. 2015 Dec;17(6):521-8.
Block na técnica CAD/CAM “Chairside” pode, de modo simples e ágil, 5. Park JH1, Choi YS1. Microtensile bond strength and micromorphologic analysis of surface-treated resin
nanoceramics. J Adv Prosthodont. 2016 Aug;8(4):275-84.
atender aos requisitos estéticos e funcionais em coroas sobre dentes,
6. Chen C1, Trindade FZ2, de Jager N3, Kleverlaan CJ3, Feilzer AJ3. The fracture resistance of a CAD/CAM
se tornado uma alternativa viável à prática clínica diária. Resin Nano Ceramic (RNC) and a CAD ceramic at different thicknesses. Dent Mater. 2014 Sep;30(9):954-62.
TIPO DE IMPLANTE
consideração o protocolo de atendimento instituído na Clínica
Manari de Ilhabela.
Regular Short
Os pacientes foram selecionados levando de acordo com a
necessidade da utilização de implantes osseointegráveis na
reabilitação oral de casos unitários, parciais e totais, devendo
apresentar indicação local e sistêmica para a cirurgia de implantes. 0 25 50 75 100
(NÚMERO DE IMPLANTES)
Todos os implantes instalados (Arcsys, FGM) correspondem a
SEXO
um novo desenho, tendo como características macrogeométricas
o formato híbrido, paredes paralelas com conicidade na sua porção
apical, que proporcionam excelente grau de estabilidade primária. Todos Homens Mulheres
13 milímetros e diâmetros de 3.3, 3.8, 4.3, 5.0 e 6.0 milímetros. posterior avaliação de resultados. Os implantes foram instalados
O protocolo cirúrgico para instalação dos implantes utilizou em alvéolos pós-exodontia ou alvéolos cicatrizados e associados
inicialmente as sequências de fresagem recomendadas pelo ou não a técnicas reconstrutivas, sendo a ativação protética
fabricante, porém como foi observado um elevado grau de torque realizada imediatamente após a sua instalação (carga imediata) ou
de inserção, instituímos a utilização de sequência escalonada de após período cicatricial de 45 dias (carga precoce).
brocas, para manter os níveis de torque cirúrgico entre 30 e 45N Os pacientes foram acompanhados por um período de até
preferencialmente, embora o sistema ofereça uma segurança para 12 meses após a instalação da reabilitação protética sobre os
altos torques (60N). Não são indicadas no sistema a preparação de implantes. Os critérios de sucesso utilizados foram baseados em
courtersink, nem a utilização do macho de rosca. Toda a preparação condições clínicas e radiográficas, conforme estabelecido no
cirúrgica foi realizada com irrigação abundante de solução salina. A Tratado de Consenso de Pisa (MISCH et al., 2008),11 respondendo
instalação dos implantes foi realizada em baixa rotação (20 Ncm) e o aos padrões: sem dor ou desconforto durante a função, ausência de
assentamento final do mesmo realizado com torquímetro cirúrgico mobilidade e perda óssea radiográfica inferior a 2 milímetros a partir
calibrado, e o torque final de cada instalação assinalado para da cirurgia inicial, sem história de exsudatos.
99%
tal formação de distância biológica se dará ao redor do componente
protético, o que, consequentemente, possibilitará a manutenção das
cristas ósseas, visto que não ocorrerá saucerização inerente ao processo
cicatricial em implantes hexagonais. Com isso, hoje conseguimos DE SUCESSO
aproximar mais dentes a implantes ou implantes a outros implantes sem
medo de ocorrer tal perda óssea e perda de papila.15
Relacionar a perda óssea com tipos de implantes ainda não pode
ser conclusivo. Mesmo assim, parece ser sugestivo que os implantes
do tipo Cone Morse causam uma menor perda óssea. O porquê
desses resultados ainda não está completamente esclarecido.
Acredita-se, porém, numa associação de fatores favoráveis a esse
sistema, tanto mecânicos quanto biológicos.10
A avaliação do desempenho destas modificações em pesquisas in
vitro e in vivo faz-se de suma importância antes de um lançamento
comercial, procedimento que não raro é abandonado por alguns
fabricantes. No entanto, o que determina o grande potencial de
sucesso de um implante, é seu potencial inovador e seu desempenho
clínico que acabam firmando o produto num mercado em franco
CONCLUSÕES
crescimento, onde a cada dia surgem novas marcas e modelos.16
Após 20 anos de implantodontia, entende-se que poucas Apesar das limitações deste estudo, podemos concluir que o
inovações dos sistemas atuais trouxeram efetivas mudanças aos desempenho clínico do implante Arcsys (FGM), quando avaliado nos
prognósticos e planejamentos da terapêutica em implantes, porém padrões propostos por Misch, mostrou-se compatível aos níveis
a eficiência e praticidade do sistema Arcsys abriram enormes de sucesso da terapêutica de implantes mundial, independente
possibilidades, permitindo excelentes resultados estéticos e do gênero dos pacientes, faixa etária, localização e protocolo de
funcionais, mesmo em situações extremas. carregamento protético.
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Osseointegrados: cirurgia e prótese 2001:63-80.
puros ou associados em diversas situações clínicas. O Nanosynt aparece no mercado como um material Bifásico,
Diversos trabalhos mostram a possibilidade de substituição do formado por 60% de Hidroxiapatita e 40% de B-TCP, aliando dessa
osso autógeno por tais materiais com sucesso nos procedimentos forma a estabilidade volumétrica da HA com o rápido fornecimento
de aumentos ósseos menores, como na elevação do assoalho do de espaço e de íons Ca2+ do B-TCP, possibilitando uma rápida e
seio maxilar e no preenchimento de “GAPS” entre alvéolo e implante segura neoformação óssea.
nas instalações imediatas pós-exodontias4,5. Já nos aumentos Outras características do Nanosynt são relacionadas a sua
ósseos horizontais maiores, a tendência atual é de associar o diferenciada nanoestrutura, onde a geometria e a elevada
biomaterial ao osso autógeno para resultados mais previsíveis, porosidade dos grânulos favorecem a invasão vascular
tendo como vantagem uma menor quantidade de osso autógeno otimizando a osteocondução. Em pesquisa realizada pela
necessária, porém acrescentando com essa associação células Universidade de Nova Iorque, a comparação do Nanosynt
osteogênicas e potencial osteoindutor ao nosso procedimento, com outros dois biomateriais (sintético e bovino) largamente
características exclusivas do osso autógeno6,7. utilizados no mercado odontológico, demonstrou resultados
A Hidroxiapatita é um material que apresenta baixa taxa de muito favoráveis e promissores. A avaliação histológica após
reabsorção, o que a qualifica para uma adequada manutenção do 4 semanas da aplicação dos três materiais mostrou uma maior
volume durante a fase de formação óssea, além de disponibilizar quantidade de osso formado (23%) no grupo onde o Nanosynt
mais material residual e consequentemente mais potencial de foi utilizado e comparado aos outros materiais sintético ( 11%)
regeneração tardia. e Bovino (17%).8
O BTCP por sua vez, é um material que tem reabsorção mais Seu uso está indicado nos procedimentos de elevação do
rápida, disponibilizando cálcio de modo imediato. Com esta assoalho do seio maxilar, no recobrimento de fenestrações ósseas
característica, seu volume é disponibilizado rapidamente, o que durante a instalação de implantes, no preenchimento de GAP
confere espaço para o novo osso a ser formado. A desvantagem entre alvéolo-implante durante a instalação imediata do implante
é que esta reabsorção acontece antes da formação óssea, pós-exodontia e em aumentos ósseos horizontais pequenos,
perdendo-se muito volume do material. moderados e grandes, nesse caso associado ao osso autógeno.
REFERÊNCIAS
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FINAL
INTRODUÇÃO
Após a exodontia o osso alveolar sofre uma atrofia que pode variar técnica alternativa a ROG clássica, a técnica do parafuso tenda
de 2,5 a 7mm de altura e até 30mm de largura. Estas mudanças em combinação com enxerto ósseo está descrita na literatura. Os
podem continuar em declive por um período de 10 a 20 semanas. parafusos de enxerto são utilizados com o objetivo de limitar a perda
A depender da quantidade de atrofia, a reabilitação por meio de da dimensão óssea pela força de contração dos tecidos moles,
implantes pode ser limitada ou impedida, sendo necessária a reali- causando a migração do material enxertado. A presença do parafuso
zação de enxertos ósseos prévios a instalação de implantes. 1,2
diminui a reabsorção do material de enxerto, mantendo assim este
Muito tem sido discutido na implantodontia sobre a enxertia espaço entre periósteo e osso. Este conceito torna possível enxertar
óssea.1,3,4 Porém, a literatura descreve o enxerto autógeno como grandes áreas atróficas, sendo utilizado outros tipos de enxertos
o padrão ouro ao apresentar características de osteocondução, como o sintético. Para isto são instalados parafusos de enxertos de
osteoindução e osteogenicidade. No entanto, algumas desvantagens 1,5mm a 2,0mm de diâmetro na área do defeito, sendo sua altura
estão relacionadas à enxertia autógena, tais como, aumento da variável de acordo com o defeito ósseo da região. A área do defeito
morbidade cirúrgica, tempo cirúrgico e risco de lesões à estruturas então é toda preenchida com enxerto ósseo para reestabelecer o
anatômicas importantes. seu volume.9, 10, 11, 12
O conceito da Regeneração Óssea Guiada (ROG) foi estabelecido à No processo de enxertia óssea, a osteogenicidade, a osteoindução
partir do princípio da regeneração tecidual guiada, sendo introduzido e a osteocondução são as propriedades para um ótimo biomaterial.
para uma neoformação de tecido ósseo reabsorvido. Como Os biomateriais sintéticos, na sua maioria, compostos por cerâmicas
FICHA
Paciente do gênero masculino, 48 anos de idade.
A QUEIXA
Insatisfação com a prótese parcial removível.
ANAMNESE
O paciente se apresentou motivado e em
condições favoráveis ao plano proposto. ASA I.
PLANEJAMENTO
Reconstrução maxilar com biomaterial sintético
associado a agregados plaquetários, para num
segundo momento cirúrgico, reabilitar funcionalmente
por meio de próteses implanto-suportadas.
INICIAL
2
Fig. 1 - (A) Imagem demonstrando a dimensão vestíbulo-palatal; (B) Imagem
demonstrando a altura.
Paciente L.A.B., sexo masculino, 48 anos, não fumante e sem foram posicionados na centrífuga (Centrífuga 80-2B Centribio®)
alterações sistêmicas compareceu a clínica odontológica para substituir com velocidade de 2.450rpm por 10 minutos. Após o término da
suas próteses removíveis por próteses fixas sobre implantes dentários. centrifugação, os tubos permaneceram na centrifuga por cinco minutos
Após exame clínico constatou-se a boa saúde bucal, porém com em repouso no intuito de finalizar a formação da malha de fibrina.
perda na dimensão vertical de oclusão (DVO). Na região edêntula, Para confecção das membranas de L-PRF, os coágulos de fibrina
observou-se a perda da dimensão vestíbulo-palatal e também pequena dos tubos de vidro são coletados cuidadosamente com uma pinça
perda da altura óssea (Fig. 1). Após a avaliação clínica do paciente, (Fig. 5), e submetidos a leve processo de drenagem do excesso
foram feitas as moldagens de estudo do arco superior e inferior para de soro em uma caixa própria (Fig. 6). Após este processo, as
posterior montagem em articulador. Com esta montagem foi solicitado membranas estão prontas para o uso (Fig. 7).
ao laboratório de prótese o enceramento diagnóstico (Fig. 2). Para Para a confecção do PRF-block, o enxerto ósseo particulado de
complementar o diagnóstico clínico, foi solicitado ao paciente a hidroxiapatita e β-fosfato de tricálcio (Nanosynt, FGM®, Brasil) foi
realização de exames de imagem do tipo Tomografia Computadorizada depositado em um dappen de vidro. Junto a ele, uma membrana de
do Cone Beam. L-PRF foi picotada com auxílio de uma tesoura. Depois coletou-se a
Na avaliação da tomografia podemos observar que nos cortes fibrina em fase líquida com uma pipeta plástica estéril e depositou-a
92 ao 98 (Fig. 3) a região com defeito de altura óssea se deve à sobre a mistura de Nanosynt e membranas de L-PRF no pote
pneumatização do seio maxilar esquerdo, enquanto nos cortes 53 dappen. (Fig. 8).
ao 81 podemos observar a reabsorção óssea severa em espessura
da maxila anterior (Fig 4). Primeira Fase Cirúrgica
Após a anestesia local realizada com anestésico articaína 4%
Coleta Sanguínea e Preparação da Fibrina em fase Líquida e com epinefrina 1:100.000, foi feita a incisão sobre a crista do
membranas de L-PRF rebordo, estendendo-se da região intrasulcular dos dentes 12 ao
Para obtenção da Fibrina em fase líquida, foi realizada coleta de 26, ligeiramente deslocada para palatina. Um retalho de espessura
sangue do paciente, utilizando dois tubos de plástico de 9ml cada. Já total foi levantado, garantindo o acesso cirúrgico ao tecido ósseo da
para a obtenção do L-PRF, foi realizada coleta de sangue utilizando região. Em seguida, foi realizado a abertura a janela do seio maxilar
oito tubos de vidro de 9ml cada. Após a coleta dos tubos, estes na altura do primeiro molar esquerdo (Fig. 9), e então realizado o
3 4
Fig. 5 - Cortes tomográficos 92 ao 98 mostrando perda de altura do Fig. 6 - Coágulos de fibrina depositados lado a lado para drenagem
seio maxilar. do excesso do soro em uma caixa específica.
7 8
levantamento da membrana de Schneider (Fig. 10) das paredes do parafuso tenda com PRF-block (Fig. 17). Com base nesses dados
seio maxilar para o preenchimento com o PRF-block (Fig. 11). e com um guia cirúrgico confeccionado a partir do enceramento
Para a região da maxila atrófica foi realizado uma Regeneração diagnóstico, foi planejado a instalação dos implantes nas regiões dos
Óssea Guiada (ROG) com o uso da técnica do parafuso tenda. elementos 11, 22, 23 e 25.
Foram instalados quatro parafusos (Fig. 12) de enxerto nas
medidas de 1,6mm de diâmetro por 8mm de comprimento, Segunda Fase Cirúrgica
introduzindo no osso aproximadamente 1,5mm para retenção. Após a avaliação do exame tomográfico e o guia cirúrgico
Ao seu redor foram feitos os preenchimentos com o PRF-block, confeccionado, chegou-se a segunda etapa cirúrgica, na qual
para o ganho de volume (Fig. 13). Após todo o enxerto em posição, foram instalados os implantes.
foram recobertas as regiões da janela do seio maxilar e do enxerto Com anestesia local com anestésico articaína 4% e epinefrina
da maxila atrófica utilizando sete membranas de l-PRF (Fig. 14). 1:100.000, foi realizada a incisão sobre a crista do rebordo
Em seguida, reposicionado o retalho gengival para a realização da estendendo-se a região intrasulcular dos dentes 12 ao 26,
sutura com fio de nylon 5-0 (Fig. 15). ligeiramente deslocada para palatina. Um retalho de espessura
Para o pós-operatório foram prescritas as medicações total foi afastado garantindo o acesso cirúrgico ao local com o
necessárias para a recuperação do paciente, informando todas osso enxertado. Pode ser observado o enxerto incorporado ao
as recomendações de cuidados e higiene oral. Também foi leito receptor (Fig. 18). Em seguida, foram removidos os parafusos
confeccionada uma nova prótese removível provisória em acrílico tenda com a chave apropriada.
com grampos de ortodontia, tendo como parâmetro a montagem Com o auxílio do guia cirúrgico, foi perfurado o leito para a
atual da prótese do paciente. instalação dos implantes. Utilizando os paralelômetros, podemos
Após decorridos os 6 meses da data da cirurgia, solicitamos ao observar as angulações dos implantes instalados (Fig. 19) para, em
paciente realizar novo exame tomográfico. Neste exame, podemos seguida, realizar a instalação dos implantes (Fig. 20).
observar um ganho de altura óssea na região do seio maxilar nos No pós-operatório foram prescritas as medicações necessárias
cortes 100 a 117 (Fig. 16). Nos cortes 57 ao 97, observamos o para a recuperação do paciente e informando todas as recomendações
aumento de volume ósseo na região anterior através da técnica do de cuidados e higiene oral.
Fig. 9 - Abertura da janela ao Fig. 10 - Descolamento da Fig. 11 - Preenchimento do seio Fig. 12 - Parafuso tenda
seio maxilar esquerdo. membrana do seio maxilar. maxilar com o PRF-block. instalado na região atrófica.
13 14 15
Fig. 13 - PRF-block depositado Fig. 14 - Membranas de l-PRF sob o Fig. 15 - Sutura finalizando a cirurgia.
sob os parafusos tenda. enxerto ósseo.
DISCUSSÃO
Normalmente os defeitos verticais vem associados aos defeitos excelente estrutura osteocondutora, permitindo a vascularização e
horizontais, sendo necessário reconstruir em todas as dimensões a deposição celular.16, 17, 18
para recriar um resultado estético e funcional para a instalação de O PRF é uma matriz de fibrina forte e natural, que concentra
implantes. O enxerto ósseo autógeno há muito tempo é considerado plaquetas e leucócitos da coleta do sangue, sendo assim representa
o padrão-ouro para defeitos severos. No entanto, em grandes uma complexa arquitetura de uma matriz de cicatrização. Esta
reconstruções requer uma quantidade significativa de osso. Bach estrutura única pode ser capaz de atuar como um veículo de
Le et. al.9, relata o uso de osso da crista do ilíaco e malha de titânio, transporte de células necessárias para a regeneração tecidual. Devido
porém, além da alta taxa de reabsorção da crista, há também o alto a todos estes fatores de crescimento no PRF, a fibrina natural se
custo de hospitalização. Eles reforçam assim, que a utilização de mantém ativa por um período relativamente mais longo e estimula a
aloenxertos mineralizados possuem grandes vantagens, como uma regeneração do tecido efetivamente.19, 20, 21
boa incorporação e estrutura adequada para a posterior instalação A técnica do “parafuso tenda”, ao instalar os parafusos de titânio
dos implantes.6, 9 nos locais dos defeitos, a intenção é preservar e manter espaço
Para um implante bem sucedido, a osseointegração rápida e adequado sob a membrana para a regeneração óssea e prevenir o
a estabilidade no longo prazo são pré-requisitos fundamentais. colapso. Os parafusos evitam que os tecidos moles exerçam pressão
Quando temos a condição de instalação de implantes em regiões sobre o enxerto, deslocando e/ou causando um remodelamento do
enxertadas, necessitamos de um osso com tais caraterísticas mesmo. Com base nisto, o processo de utilização dos “parafusos
para termos sucesso na técnica. Portanto, ambos os processos tenda” é um método seguro e eficaz para reconstruir os defeitos. Este
são importantes. Por isso, tem sido utilizado para a enxertia conceito confirmou que a manutenção óssea ocorre até ao nível das
hidroxiapatita em conjunto com outras cerâmicas como fosfato de cabeças dos parafusos.9, 10,11
cálcio. Pensando assim, o Nanosynt (FGM®, Brasil) é um material O sucesso deste relato de caso indica que, mesmo em uma situação
sintético bifásico de substituição óssea a base de Fosfatos de com defeitos ósseos tridimensionais severos, a regeneração óssea
Cálcio (60% hidroxiapatita e 40% de β-fosfato tricálcio). Sua guiada utilizando parafuso tenda pode servir como uma alternativa
morfologia nanoestruturada confere excelente resposta biológica para a utilização de enxertos em bloco. Ao instalar parafusos de titânio
e resultados clínicos surpreendentes. A alta porosidade favorece a no local de enxertia, o objetivo é preservar e manter espaço adequado
vascularização, a migração de osteoblastos e a deposição óssea. entre osso e tecido gengival. Sendo assim, os parafusos tenda servem
Permite a conexão do tecido ósseo em formação e/ou neoformado como suporte mecânico ao bioenxerto, evitando os tecidos moles de
com o tecido ósseo circunjacente. Evita a encapsulação do tecido invadirem a região enxertada. Tanto nos achados clínicos como nos
ósseo em formação pelo tecido conjuntivo fibroso. Também tem radiográficos a excelente expansão horizontal como vertical.
CONCLUSÕES 18 19
LEITURA SUGERIDA
1. Cortese A, Pantaleo G, Amato M, Howard C M, Pedicini L, Claudio P P. Platelet-Rich Fibrin (PRF) in Implants Matrix Expansion (Tent Pole) Grafting in the Reconstruc-tion of a Severely Resorbed Edentulous Mandible.
Dentistry in Combination with New Bone regenerative Flapless Technique: Evolution of the Technique and Final Technical Note. Brazilion Dental Journal (2015) 26 (2): 193-197.
Results. Open Med Wars. 2017 Mar 9; 12:24-32. 13. Sheik Z, Hamdan N, Ikeda Y, Grynpas M, Ganss B, Glogauer M. Natural graft tis-sues and synthetic biomaterials
2. Covani U, Ricci M, Bozzolo G, Mangano F, Zini A, Barone A. Analysis of the pattern of the alveolar ridge for periodontal and alveolar bone reconstructive applications: a review. Biomaterials Research (2017) 21:9.
remodeling following single tooth extraction. Clin Oral Implants Res. 2011 Aug; 22 (8): 820-5. 14. Krasny M, Krasny K, Kamiski A, Fiedor P. Allogeneic materials in complications as-sociated with pre-
3. Oliveira M R, Silva A de C, Ferreira S, Avelino C C, Garcia Jr. I R, Mariano R C. In-fluence of the association implantation restoration of maxillary and mandibular alveolar pro-cesses. A four case report. Cell Tissuc Bank
between platelet-rich fibrin and bovine bone on bone re-generation. A histomorphometric study in the calvaria (2014) 15:381-389.
of rats. Int. J. Oral Maxilofac. Surg, 2015; 44: 649-655 15. Barboni B, Mangano C, Valbonetti L, Marruchella G, Berardinelli P, Martelli A, Muttini A, Mauro A, Bedini
4. Bilhan H. An alternative method to trea a case with severe maxillary atrophy by the use of angled implants R, Turriani M, Pecci R, Nardinocchi D, Zizzari V L, Tetè S, Piattelli A, Mattioli M. Synthetic bone substitute
instead of complicated augmentation procedures: a case report. J Oral Implantol, 2008; 34 (1): 47-51. engineered with amniotic epithelial cells enhances bone regeneration after maxillary sinus augmentation. PLos
5. Gulinelli J L, Dutra R A, Marão H F, Simeão S F P, Groli Klein G B, Santos P L. Max-illa reconstruction One. 2013 May 17; 8(5): e63256.
with autogenous bone block grafts: computed tomography eval-uation and implant survival in a 5-year 16. Costa-Rodrigues J, Silva A, Santos C, Almeida M M, Costa M E, Fernandes M H. Complex effect of
retrospective study. Int J Oral Maxillofac. 2017 Aug; 46(8): 1045-1051. hydroxyapatite nanoparticles on the differentiation and functional activity of human pre-osteoclastic cells. J
6. Ayub L G, Novaes Júnior A B, Grisi M F M, Taba Júnior M, Palioto D B, Souza S L S. Guided bone regeneration Biomed Nanotechnol. 2014 Dec; 10(12): 3590-600.
and their therapeutic applications. Braz J Periodontol. 2011 Dec. 17. Deligianni D D, Katsala N D, Koutsoukos P G, Missirlis Y F. Effect of surface rough-ness of hydroxyapatite on
7. Zhao J-H, Tsai C-H, Chang Y-C. Management of radicular cysts using platelet-rich fibrin and bioactive glass: human bone marrow cell adhesion, proliferation, differ-entiation and detachment strength. Biomaterials. 2001
A report of two cases. Journal of the Formosan Medical Association. 2014, 113, 470-476. Jan; 22(1): 87-96.
8. Zhao J-H, Tsai C-H, Chang Y-C. Clinical application of platelet-rich fibrin as the sole grafting material in 18. Laquerriere P, Grandjean-Laquerriere A, Jallot E, Balossier G, Frayssinet P, Gue-nounou M. Importance of
maxillary sinus augmentation. Jornal of the Formosan Med-ical Association. 2015, 114, 779-780. hydroxyapatite particles characteristics on cytokines pro-duction by human monocytes in vitro. Biomaterials.
9. Le B, Rohrer MD, Prasad H S. Screw “tent-pole” grafting technique for reconstruc-tion of large vertical 2003 jul; 24(16): 2739-47.
alveolar ridge defects using human mineralized allograft for implant site preparation. J Oral Maxillofac Surg. 19. Chen Y J, Zhao Y H, Zhao Y J, Liu N X, Li Q, Chen F M, Zhang M. Potential dental pulp revascularization and
2010 Feb; (2): 428-35. odonto-/osteogenic capacity of a novel transplant com-bined with dental pulp stem cells and platelet-rich
10. Korpi J T, Kainulainen V T, Sándor G K, Oikarinen K S. Long-term follow-up of se-verely resorbed fibrin. Cell Tissue Res. 2015 Aug; 361(2): 439-55.
mandibles reconstructed using tent pole technique without platelet-rich plasma. J Oral Maxillofac Surg. 20. Choukroun J, Adda F, Schoeffler C, Vervelle A. Une opportunité en paro-implantologie: Le PRF.
2012 Nov; 70 (11):2543-8. Implantodontie. 2001;42:55-62.
11. Xiao T, Zhao Y, Luo E, Hu J, Use of Screw “Tent-Pole” Grafting Technique for Re-construction of Large Alveolar 21. Cortese A, Pantaleo G, Amato M, Howard C M, Pedicini L, Claudio P P. Platelet-Rich Fibrin (PRF) in Implants
Ridge Defects : A Case Report, Journal of Oral and Maxillofacial Surgery (2015), doi: 10.1016/j.joms.2015.08.007. Dentistry in Combination with New Bone Regenera-tive Flapless Technique: Evolution of the Technique and
12. Sverzut C E, Trivellato A E, Sverzut A T. Use of a Titanium Mesh “Shelter” Com-bined with the Soft Tissue Final Results. Open Med. 2017; 12: 24-32.
FINAL
INTRODUÇÃO
A perda de elementos dentais resulta clinicamente na diminuição leucoplaquetária autóloga (PRF) e fibrina leucloplaquetária
do volume do rebordo alveolar sendo uma consequência da autóloga injetável (I-PRF), podem trazer inúmeros resultados
remodelação óssea após a cicatrização do alvéolo dentário.¹ positivos devido as características do enxerto autógeno. Se
A regeneração óssea pode ser realizada utilizando osso autógeno trata de um material autógeno que libera fatores de crescimento
(sínfise mentoniana, calota craniana, ramo da mandíbula, crista durante um longo período. Esse material oferece respostas
ilíaca), ou utilizando substitutos ósseos (matérias xenógenos, realmente expressivas devido ao aumento na liberação de
aloplásticos).2 Porém, a morbidade pós-operatória ao usar o osso citocinas no momento mais importante: durante a cicatrização
autógeno faz com que se abra mão dessa técnica quando é preciso de feridas.6
um grande volume ósseo. 3,4 Antes da realização de cirurgia de implantes na região posterior
Um material sintético bifásico para substituição óssea, adequado da maxila é necessário analisar tomograficamente o volume ósseo
para a enxertia óssea em região de seio maxilar é o Nanosynt. O residual abaixo do seio maxilar. Depois de serem identificadas as
substituto ósseo é a base de fosfato de cálcio composto por 60% de deficiências ósseas verticais e horizontais do rebordo alveolar, o
hidroxiapatita e 40% de β-fosfato tricálcio, com alta porosidade que cirurgião dentista poderá decidir qual abordagem cirúrgica utilizar na
favorece a vascularização e a migração de osteoblastos, facilitando ausência de altura óssea remanescente.
assim a neoformação óssea.5 A elevação do assoalho do seio maxilar tem como objetivo obter
A associação de substitutos ósseos sintéticos com a fibrina espessura e altura óssea suficiente para inserção de implantes.
FICHA
INICIAL Paciente do gênero feminino, 61 anos de idade.
A QUEIXA
Fig. 1 - Imagem tomográfica da maxila a ser reabilitada bilateralmente.
A paciente buscou assistência odontológica por estar
2 insatisfeita com a atual prótese total removível, tanto em
seu aspecto estético quanto funcional.
ANAMNESE
No intuito de ratificar a boa condição de saúde observada
na análise clínica, a paciente foi encaminhada a centros
de imagem e de exames sanguíneos complementares
(hemograma), estando apta ao procedimento.
PLANEJAMENTO
O planejamento proposto foi o de levantamento de seio
bilateral para instalar uma prótese total sobre implantes à
posteriori. A fase cirúrgica foi divida em dois momentos:
um levantamento em cada abordagem, sempre associado
aos agregados plaquetários.
Fig. 2 - Seio maxilar após a realização da osteotomia e elevação da
membrana de Schneider.
3 4
Fig. 3 - Agregados plaquetários obtidos a partir da centrifugação Fig. 4 - Detalhe do agregado plaquetário obtido por venopunção. Dele se
sanguínea autóloga da paciente. obtém a membrana de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF).
Paciente de sexo feminino, 61 anos de idade, leucoderma, A elevação da membrana de Schneider foi realizada com duas curetas,
apresentou-se no curso de pós-graduação em implantodontia pois a presença de septos ósseos durante o descolamento aumentam
UNESC (Universidade do Extremo Sul Catarinense), com a as chances de ruptura da mesma.
queixa principal principal a ausência dentária. Durante o exame Obteve-se o I-PRF e o PRF por venupunção de 8 tubos de 10mL da
clínico intraoral identificou-se que a paciente utilizava uma veia intercubital do braço esquerdo da paciente. Logo em seguida, os
prótese total superior. tubos foram colocados em uma centrifuga: o I-PRF por três minutos,
Após a realização de exames complementares e tomográficos, e o PRF por doze minutos com rotação de 2700rpm, separando o
constatou-se a necessidade da realização de enxerto ósseo na coágulo de fibrina das células vermelhas do sangue. Os coágulos de
região de seio maxilar, para a obtenção de altura óssea e posterior fibrina foram comprimidos em uma caixa específica para a obtenção
reabilitação oral com implantes (Fig. 1). de membranas de fibrina leucoplaquetária autóloga (Fig. 4).
A realização da cirurgia ocorreu do seguinte modo: iniciou-se com As membranas foram recortadas e misturadas ao biomaterial
a anestesia dos nervos alveolar superior posterior, infraorbitário, Nanosynt formando uma espécie de bloco ósseo (Figs. 6, 7 e 8) para
palatino maior e anestesias isquêmicas. Valendo-se de uma lâmina posterior preenchimento do seio maxilar (Fig. 9).
15c foi realizada uma incisão na crista do rebordo e duas incisões Após a inserção do material de enxerto, foram posicionadas
verticais para acessar a parede vestibular do seio maxilar. Foram membranas reabsorvíveis e acima delas membranas de PRF,
criadas duas janelas ósseas de acesso com broca esférica de peça ambas para recobrimento da osteotomia e então sutura do local
reta, em razão da presença de um importante septo ósseo na região. (Figs. 10, 11 e 12).
5 6 7
Fig. 5 - Membrana (L-PRF) sendo introduzida no Fig. 6 - Forramento intrasinusal formado pela Fig. 7 - Fibrina leucoplaquetária autóloga injetável
seio maxilar anteriormente ao biomaterial. Deste acomodação das membranas de L-PRF. (I-PRF) sendo depositada no substituto ósseo
modo, um forramento é utilizado para proteger a Nanosynt.
membrana de Schneirder e otimizar a regeneração
óssea local.
8 9 10
Fig. 8 - Finalização do gotejamento de fibrina pré- Fig. 9 - Incorporação fragmentada de L-PRF ao Fig. 10 - Detalhe do produto obtido após a
polimerizada sobre o Nanosynt. biomaterial. incorporação de I-PRF e fragmentos de L-PRF.
Fig. 11 - Polimerização da fibrina, mostrando a Fig. 12 - Bloco do substituto ósseo Nanosynt Fig. 13 - Início do preenchimento no seio maxilar.
incorporação do biomaterial sintético à trama formado após a geleificação da fibrina
biológica. leucoplaquetária autóloga (PRF) e fibrina
leucoplaquetária autóloga injetável (I-PRF).
14 16
15
Fig. 15 - Seio maxilar após o preenchimento Fig. 16 - Colocação da membrana de fibrina leucoplaquetária autóloga (L-PRF) sobre
com o enxerto ósseo e colocação da membrana a membrana reabsorvível.
reabsorvível.
17
CONCLUSÕES REFERÊNCIAS
1. J C Joly, P F M Carvalho, R C Silva. Reconstrução Tecidual Estética: procedimentos plásticos e
regenerativos periodontais e peri-implantares. São Paulo: Quintessence PublishingCo 2015; 415.
2. J C Joly, P F M Carvalho, R C Silva. Reconstrução Tecidual Estética: procedimentos plásticos e
regenerativos periodontais e peri-implantares. São Paulo: Quintessence PublishingCo 2015; 311.
3. H Katsuyama, S S Jensen. TreatmentGuide:Procedimentos de Elelevação do Assoalho do Seio Maxilar.
Concluiu-se que a Técnica Traumática de Elevação do Seio Maxilar Tradução de Ludmil de Campos Fruchicom. Berlim: QuintessencePublishingCo 2011; 21-52.
é uma técnica previsível e quando bem executada possui altas taxas 4. A Tadinada, E Jalali, W Al-Salman, S Jambhekar, B Katechia, K Almas. Prevalence of bony septa, antral
pathology, and dimensions of the maxillary sinus from a sinus augmentation perspective: A retrospective
de sucesso. A associação entre PRF e o Nanosynt demonstrou ser cone-beam computed tomography study. Imaging Science in Dentistry. 2015; 46(2):109-15
5. ©FGM produtos odontológicos. Seção disponível em: http://www.fgm.ind.br/site/produtos/implantes-
efetiva para enxertia em seios maxilares.
biomateriais/substituicao-ossea-nanosynt/. 2016.
6. Intra-Lock® System. Membrana Autóloga de Fibrina e Plaquetas para Aceleração da Reparação Tecidual.
Seção disponível em: http://www.intra-lock.com.br/prf_porque.php. 2009.
lembro é qualidade, uma Qual a principal inquietação que o senhor ouve nessas palestras?
Muitos se mostram perdidos e não sabem por onde começar, nem
referência. Tiro o chapéu sequer para montar um consultório. Precisamos virar essa página,
o dentista tem condições de ir longe, o universo da odontologia é
amplo. Se a classe estiver unida, pensando de maneira comum,
para o belíssimo trabalho poderá fazer qualquer coisa. Podemos ditar tendências no mercado
da estética, no conjunto da obra. Afinal, somos mais de 300 mil
que a FGM faz.” dentistas no Brasil, 12% ou 13% da população mundial desses
profissionais. Outro ponto diz respeito à divulgação do trabalho.
Existe um mercado significativo a desvendar, mas precisamos nos
vender de forma diferente, tornar o cuidado com o dente e o sorriso
Que leitura o senhor faz dos avanços da odontologia brasileira, Existem esforços para preencher esse gap?
comparando com o primeiro mundo? Sim, e a Avantis lidera algumas novas especialidades que lançou no
Vai haver uma forte ruptura no mercado de trabalho. A indústria mercado, como robótica e harmonização facial – mas tem que se
brasileira avançou demais. Na área educacional, o desafio é alcançá- mudar toda uma cultura, se não, daqui a pouco, o dentista não vai se
la. Surgem aparelhos formidáveis, mas faltam pessoas preparadas conectar com a tecnologia. A solução digital é mais rápida, perfeita e
para operá-los. Está havendo uma mudança de cultura, da analógica barata, otimizando processos. No entanto, poucas instituições estão
para a digital. O profissional 100% escultor, artista, que tinha que atentas a essa ruptura. O papel de ensinar o dentista a usar as novas
desenvolver habilidade manual gigantesca, passa para outro perfil, tecnologias cabe à faculdade. Quando lançamos os cursos de robótica
aprende a trabalhar com softwares e aplicativos, com programação. e harmonização, procuramos atender a uma demanda do mercado
Para operar uma máquina de robótica, um CAD/CAM, uma impressora bastante expressiva, há uma lacuna evidente por formação.
3D, para saber os materiais que vai usar, tem que entender de
software e tecnologia. Essa solução vai ser cada vez mais barata e Falando em formação e excelência profissional, como funciona este
se disseminar com tamanha rapidez que, se o dentista tradicional não instituto que a Avantis. mantém nos Estados Unidos?
entender que precisa migrar para o digital, no futuro não terá como É um instituto de pós-graduação, situado em Miami. Oferecemos vários
competir. É como, na era do smartphone, querer vender celular sem cursos para o dentista que já é especialista e busca uma imersão.
internet. Hoje, a coisa mais cara que existe no mundo é o tempo, e a Duram de três dias a uma semana, partindo de um nível mais leve,
indústria trabalha focada nisso: quer que você entregue ao cliente a somente teórico, ou médio, teórico e prático, e também mais avançado
solução naquele minuto em que ele está no consultório, sem voltar – teórico, prático laboratorial e prático em cadáver fresco. Ao mesmo
muitas vezes. O sonho do paciente é ir para o dentista, resolver tempo, o programa inclui a vivência de visitar clínicas norte-americanas
tudo naquele dia e ir embora. É a resolutividade que a indústria quer de propriedade de brasileiros. Um pacote completo. Os professores vêm
oferecer, por exemplo, com o implante ósseo integrado, no qual você do mundo inteiro, buscamos convidar alguns dos melhores em cada
pode aplicar a carga imediata, produzir a prótese e instalar na boca. área, como endodontia, harmonização facial, implante e ortodontia. Os
Em algumas atividades, isso já chegou: diagnóstico, planejamento e cursos são em inglês, com tradução simultânea, e o participante recebe
execução viraram 100% digital. Aqui, vamos lançar o primeiro curso certificado internacional com selo da associação norte-americana de
100% digital do Brasil. Não teremos mais que trabalhar com modelo odontologia. O programa é voltado a profissionais de toda a América
ou moldagem, coisas que contaminam, levam tempo, provocam Latina e a média vai de 30 a 50 participantes, dependendo da área. Os
distorção. Estou falando que você vai fazer um escaneamento cursos são muito procurados.
imediato do preparo do dente, imediatamente vai produzir o elemento
com infinidades de opções de resolução final, até com uma biblioteca Que tipo de conhecimento esses profissionais vão buscar lá?
anatômica dos dentes. Essa situação vem com força, em cursos que A riqueza é enorme, a começar pelo fato de ser um grupo seleto, ou
vão da harmonização facial, estética dental e facial, à odontologia seja, o próprio networking é nivelado por cima. Eles terão uma ideia de
digital e robótica, para preencher lacunas no mercado. uma indústria de ponta, o suprassumo do mercado, além da vivência
na cidade de Miami, onde se respira comércio. Os cursos são mais
Então a indústria está adiantada? avançados, trazem uma visão do que o mundo pensa a respeito do que
Sim. E o mercado em si está aquecido para a estética, para o está sendo tratado. E o profissional volta com certificado americano,
consumo, mas o dentista mantém a cultura voltada para a parte o que sempre chama atenção do cliente. Em setembro, a turma teve,
curativa, talvez sem perceber que isso pressupõe também a pela primeira vez, aula de ortodontia digital, escaneamento da boca,
autoconfiança do cliente, que vai buscar, cada vez mais, cuidados fabricação na hora de moldeiras com correção ortodôntica. Visitamos
com a estética. Desvio de uma linha média, desgaste num dente, o CAD/CAM Center. A ideia é que retornem ao Brasil com outra cabeça.
falta de coloração, o mundo da estética é tão perfeccionista que Até porque são pessoas que já têm visão diferenciada por estar indo,
exige que você acompanhe em todos os níveis. Existe necessidade são líderes de mercado nas suas regiões. Montamos o instituto há dois
de “atualizar” o sorriso. A pessoa envelhece, mesmo que não tenha anos. Em 2018, já temos seis cursos programados.
doença; cai o lábio superior, o sorriso desgasta etc. A estética veio
para ficar, ninguém mais do que o dentista entende dessa parte, O senhor evidenciou os avanços da indústria brasileira no setor
ele tem uma bagagem muito grande. E a harmonização facial é um odontológico. Como vai funcionar a parceria que está sendo firmada
mercado nobre, uma entrega que podemos fazer com excelência entre a Avantis e a FGM?
e a preços adequados. Tem gente apaixonada por esse setor, que Estou muito satisfeito com essa parceria. Foi uma honra e uma
está crescendo muito, e cursos de excelência na área. As primeiras realização. Procuro aliar nossa marca – que é tão bem trabalhada e
especializações de odontologia robótica e de estética orofacial do pretendo tornar uma grife educacional – a empresas que pensam como
país foram lançadas pela Avantis. nós. Espero que seja uma parceria longa e salutar. Quando olho para a
marca FGM, a primeira coisa que lembro é qualidade, uma referência.
E da parte do profissional, faltaria então uma visão voltada a esses Tiro o chapéu para o belíssimo trabalho que a FGM faz. Vamos tentar
novos mercados e demandas do paciente? inserir os produtos no dia a dia das clínicas e avaliar as necessidades
De fato, é difícil se ter uma visão mercadológica na área da saúde. para a melhor utilização possível dessa parceria.
Eduardo Kalil
Mestre em Implantodontia
Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial
Professor coordenador do curso de especialização e cirurgias
avançadas (Fapesp - SP)
Professor da disciplina de clínica cirúrgica (Universidade Nove de
Julho – UNINOVE)