Manu A. C. - Querida É o Caralho!
Manu A. C. - Querida É o Caralho!
Manu A. C. - Querida É o Caralho!
Manu
Direitos autorais do texto original © 2016 Manu A.C
Registrado na Biblioteca Nacional
Aos meus amados leitores que acompanharam a minha trajetória no Wattpad,
com vocês eu descobri o real significado da palavra amizade. O que começou
como um rompante de raiva em face do mais do mesmo, tornou-se uma fonte
infinita de carinho e interação. Por fim, dedico este livro ao meu maridão, que
aguentou as minhas inúmeras horas de ausência em favor desta loucura. Te
amo.
Índice
Sumário
ÍNDICE
SINOPSE
DICAS INICIAIS
PAPO RETO! AFFF ;(
TUDO PODE PIORAR!
GUERRA É GUERRA!
COLOCANDO O PLANO EM PRÁTICA
TIRO, PORRADA E BOMBA!
E AGORA?
CIÚMES?
CARALHO!
EU TÔ FALANDO DE AMOR
CORAÇÃO DE PAPEL
LATENTE E CORROSIVO
VOCÊS TRANSARAM!
QUEDA DE BRAÇO!
INOMINÁVEL
VERDADES DITAS
NÃO É NECESSÁRIO
PRESENTE DE GREGO
TÁ DE SACANAGEM
PROMOÇÃO PERIGOSA
NOITE DE GALA - PRIMEIRO ROUND
PRELÚDIO
SEM PALAVRAS
ENFIM
DO ALTO DA MINHA ZETÉTICA
SERÁ?
POR QUE SENHOR?
SEM CHÃO
A AUTORA NÃO AGUENTA MAIS CHORAR
LEVE COMO A LUZ DO SOL
AMIGO É O CARALHO
PRAZER, A NAMORADA!
QUE SE FODAM OS IMBECIS
TÁ COMBINADO
TROCANDO EM MIÚDOS
NEM TUDO É FÁCIL
EU AMO ANIVERSÁRIO
PUTA MERDA!!!
NO TEMPO CERTO!
EU ESTOU MUITO FELIZ
AS TRÊS JÁ É SACANAGEM!
A LOUCURA É GENÉTICA!
SUBSTITUTO
MUITA BAGUNÇA
SÓ O COMEÇO
VOCÊS VÃO AMAR!
PRAZER, EU O SUPER HERÓI!
PAI!
EU NÃO NASCI PARA ISSO!
PRESENTE DE NATAL
DICAS DE COMO SER UMA CADELA!
FILHO!
FELIZ ANO NOVO!
CURIOSIDADES
SENHORA SÔNIA?
HORAS DE DESESPERO
DE TANTO QUE VOCÊS PEDIRAM!
PUTARIA!
SENTENÇA
ACABOU?
JURISPRUDÊNCIA
DESPEDIDA DA SANIDADE
ENFIM O CASÓRIO!
NÃO ACABA AQUI - BÔNUS 1
É NECESSÁRIO - BÔNUS 2
DE FRENTE COM MANU
BRINDE: GUSTAVO, O PAI DE UMA PRINCESA
BRINDE: GUSTAVO ESPOSO PÓS-PARTO
SINOPSE
Eu poderia dizer que por ser um cara mega legal decidi fazer um bem
para a mulherada. Mas a verdade é que eu não aguento burrice, me irrita!
Portanto, nossas conversas são dedicadas as sonsas de plantão, que não têm
culpa de serem tapadas.
Se você acha que cinquenta tons de cinza foi um romance, minha filha
você simplesmente é uma imbecil! Eu li aquela porra. Crepúsculo? Uma
bosta. Mas você ainda tem salvação. A questão é, primeiro, o crepúsculo é
uma merda sem exceção. Segundo, os 50 tons do retardado mental serviu
para uma coisa: ensinar as mulheres a fazer sexo anal sem doer. Simples, só
serve para isso.
A história é a seguinte, se você quer respeito, aja, exija e pronto. Se um
cara te bate, ele é um babaca que precisa ser preso. Se é necessário que você
dê sua vida para ficar com um tonto como o vampirinho cor de rosa, corre,
para o analista é claro.
Essa onda de mulher heroína que salva o -mocinho- idiota é furada!
Portanto, bora construir uma mulher de verdade e esquecer toda esta merda
que enfiaram na sua cabeça oca! Gustavinho está aqui para clarificar suas
ideias. E só para consignar, eu sou BEM melhor que eles ;)
Ah, lembre-se: pessoas erram, aceita essa porra que dói menos. Nada de
cara ideal nessa parada viu!! Opa, só para desenhar para as tapadinhas de
plantão, eu estou falando para se acostumar com a padrão de gente com
sanidade mental e não com assassinos e espancadores.
DICAS INICIAIS
Mal a Amanda saiu da sala, meu próximo cliente chegou, ou seja, hoje
meu almoço virou jantar.
Depois de infindáveis 57 minutos, a oferenda decidiu voltar para o mar.
Graças a Deus! Sério, eu preciso comer.
Mas quando eu acho que vou desfrutar o descanso dos justos, eis que
adentra na minha sala a minha amada secretaria Estela.
- Gustavo você não está esquecendo de alguma coisa, filho? - Eu já
disse que ela é uma fofa?
- Oh Estelinha, só você para lembrar que eu não almocei. Juro que se
você não fosse tão apegada naquele seu velhinho caquético eu te dava uns
pegas.
- Olha o respeito menino! Eu estou falando sério. - Fala a minha
grisalha predileta tentando fazer cara de ofendida.
- Tá bom meu anjo pré-terceira idade sou todo ouvidos.
- Gustavo Abrantes Sobral, é bom o senhor nunca mais me chamar
assim. Além disso, trata de se dirigir à recepção ao lado e pedir desculpas
agora.
- Hein? Pedir desculpas para quem criatura?
- Para pobre moça inocente que você escorraçou. Que coisa feia, isso lá
é jeito de falar com a menina. A coitadinha está sofrendo. E depois do seu
showzinho, ela não deu nem um piu. Será que nem depois do merecido
sermão que a Amandinha te deu, você não vai tomar vergonha e se desculpar
pela sua grosseria?
Eu juro que não dá para acreditar nisso. Eu salvo todos do apocalipse
amoroso da descompensada e é assim que me agradecem? É inacreditável!
Mas se tem uma coisa que eu aprendi nesta vida é que não é nada inteligente
discutir com a Dona Estela, nem o marido dela tem coragem. E olha que o
velho já está se aposentando na polícia. Ela é um anjo, mas não tira a minha
velhinha do sério, pois com certeza você não aguenta.
- Tá bom Dona Estela, amanhã eu falo com a sonsa, beleza?
- Do que você chamou ela Gustavo? Que absurdo! Bom Deus perdoa,
ele não sabe o que diz. Levanta logo daí e vai pedir desculpas para a Sônia. E
ai de você chamar ela de novo sonsa, me ouviu bem?
Como eu tenho amor às minhas bolas, tomo o rumo da recepção. Lá
chegando encontro a Sônia basicamente catatônica.
- Oi Sônia, tudo bem? - A pobre me olha com cara de desespero. Nossa,
acho que eu posso ter extrapolado.
- Então, eu queria me desculpar pelas minhas palavras. Eu fui um
pouco rude contigo. - Nem uma palavra. A criatura permanece
completamente muda. Jesus! Que porra que eu fiz? Mas quando eu estou
quase chamando o SAMU, a descompensada começa a chorar feito uma
doida e me abraça.
É sério, ela está grudada em mim e quando eu não sabia mais o que
fazer vem a avalanche. Ela se afasta de mim e me encara com os maiores e
assassinos olhos azuis que eu já vi.
- Olha Senhor Gustavo me desculpe se eu me descontrolei no serviço,
mas é que eu tenho trigêmeos de 4 anos, sendo que meu marido acabou de
me pedir um tempo. Agora me diz, tempo é a única coisa que eu não tenho.
Eu mal tenho tempo de pentear o cabelo. Eu juro que não mereço isso. Me
diz eu mereço?
- Com certeza não Sônia. Eu queria me desculpar por. - E a infeliz nem
deixa eu terminar a frase e já começa a ladainha.
- E agora, graças aos seus préstimos, eu tenho certeza que sou corna,
pois eu mereço, não é mesmo? E para piorar, eu ainda vou ter que viver o
resto da vida rodeada por gatos, apesar de ser alérgica aos bichanos. Deixa eu
ver, será que eu esqueci alguma coisa?
Sabe aquele momento que você se sente o resto do resto de algo que
sobrou e não deu certo? Pois é, tá meio que rolando este sentimento dentro do
meu âmago. Por que eu fui abrir minha boca?
- Sônia me desculpe, eu falei um monte de bosta. Na verdade, eu
continuo achando que serviço não é lugar de discutir problemas pessoais, mas
no seu lugar eu já teria quebrado a cara do desgraçado. É isso, eu vou bater
nesse imbecil do seu marido para você. Me passa o endereço? Pode falar. –
Eu tento aliviar o clima, mas lá vai ela chorando de novo. Caralho o que eu
faço?
- Eu não quero que o senhor bata nele. Eu só quero ele para mim! - Fala
a pobre soluçando.
- Então é isso! Vou te ajudar a conseguir o imbecil de volta, quer dizer,
seu digníssimo esposo. Mas agora por favor, para de chorar, vai para casa,
tira o resto do dia de folga e só volta amanhã. Daí a gente conversa. Por
favor?
- É sério que o senhor vai me ajudar?
- Sim Sônia. E se este paspalho não voltar para você, eu mesmo faço o
seu divórcio e deixo ele sem um puto no bolso. Está bom para você?
- Tá. - Ela fala sem conseguir acreditar no que eu disse. Se bem que
nem eu estou acreditando.
- Beleza, então agora vaza da minha frente antes que eu mesmo te
demita. - Nisso a Dona Estela, que estava com cara de mulher em liquidação,
logo fecha a cara e me olha feio. E como eu não sou tão imbecil assim,
peguei a dica. - Quer dizer, vai para casa que você precisa descansar.
E por glória de Deus, a criatura sai da sala e toma o rumo da roça.
Só que como desgraça pouca é bobagem, adivinhem quem está fazendo
plateia na porta de saída? O ser humano mais sem noção do mundo, meu
melhor amigo Henrique. Ele tem minha idade, é irmão da Amanda e médico.
Quando ele quer, é o cara mais gente boa que eu conheço, mas em
compensação sabe como me tirar do sério.
- Gustavo do céu eu sempre pensei que seu pau fosse pequeno, mas não
a ponto de virar uma buceta. Sério, amanhã aquela sua amiguinha vai trazer
um esmalte para vocês fazerem a unha uma da outra.
Que dia é esse senhor? Eu não mereço!
- Nem mais uma palavra sobre isso Henrique. Senão eu juro que
desconto toda minha raiva em você e olha que eu nem almocei hoje.
- Calminha aí princesa, não vou te encher mais não. Estou precisando
de seus serviços.
- Meu Deus, decidiu trocar de sexo e quer eu legalize a papelada?
- Vai a merda Gustavo! Por que eu tenho você de advogado mesmo?
- Porque nem sua irmã, nem seu pai te aguentam. Então só sobra o
sortudo a sua frente.
- Eu vou comprar uma propriedade e quero que você analise a
transação. Está aqui a documentação.- Ele me entrega uma pasta cheia de
folhas.- Hein, as meninas estão querendo ir na inauguração de uma boate
sexta, topa?
- Ótimo, depois de hoje eu estou precisando mesmo relaxar.
- A Amanda está aí? - Pergunta o mala.
- Não, ela saiu com um médico babaca chamado Edu, deve ser seu
coleguinha lá do hospital. A peste da minha irmã que apresentou para a
Amanda.
- É sério Gustavo que mesmo você comendo a metade da cidade, você
não consegue controlar este ciúme ridículo da Amandinha? Supera, você é
um bosta perto dela. Ela nunca vai te querer.
- Vai se fuder Henrique. Até parece que eu estou comendo um
caminhão de bosta por ela. E vê se vaza que eu tenho que atender um cliente
daqui a pouco.
Ciúme, até parece.
GUERRA É GUERRA!
Depois da noite agitada de ontem foi foda dormir. Vocês não têm ideia
da vontade que me deu de quebrar a cara daquele imbecil. Quem ele pensa
que é para questionar a capacidade da Sônia de criar os próprios filhos? Eu
mal a conheço, mas está na cara que ela é uma mega mãe, que sabe dosar
entre carinhosa e firme quando tem de ser. Eu só não quebrei ele na porrada,
pois como homem eu tenho que reconhecer que não deve ser nada fácil ver a
ex gritando sobre o pau alheio. Mas as crianças, COM CERTEZA, não têm
nada a ver com isso!
Por isso é bom que esse pintor de rodapé me mostre que está disposto a
tratar a Sônia feito rainha, caso contrário, ou ela vai virar divorciada ou
viúva, pois eu juro que esgano ele com as minhas próprias mãos. Mulher
nenhuma merece passar a vida se fudendo por conta de um imbecil. Fico puto
com esta modinha de 'eu vou salvar o cara'. Isso não existe! A não ser que
você queria dar uma de Madre Teresa.
Nossa, outro dia eu falei um monte de bosta pra Isa quando ela estava
suspirando pelo Sr. Grey, depois de ler aquela merda de 50 tons. Olha eu
entendo que tem gente que curte um Sado, mas aquela história é bem
diferente! Estamos falando de um homem que por ter na cabeça um saco de
estrume, ameniza sua dor batendo em mulheres. E o foda é que existem
milhares de garotas sonhando em conseguir um anencefálico assim.
Eu não sou tão otário de achar que se você gostou do livro vai tolerar o
que a tonta tolerou, mas o problema é incutir na cabeça da mulherada que por
amor você pode tolerar tudo e que será capaz de mudar um cara todo fudido.
E eu sinto lhe informar, se você acha isso a sua vida, em pouco tempo, será o
mais próximo do significado semântico da palavra MERDA.
Mas a dica do dia já tá passada. Então, mudando de assunto, hoje a
quinta feira promete. Adivinhem o motivo? É feriado nacional. Está aí um
negócio que eu amo. Ainda mais quando vem numa quinta e na sexta é
feriado municipal. Portanto, o papai aqui vai curtir muito os dias ensolarados.
E para começar bem, minha fofa mãe decidiu fazer um almoço de
família, na verdade de duas famílias, a minha e a da Amandinha!
Acordei cedo, tomei um belo banho e partiu ser mimado pelas minhas
mulheres prediletas, Dona Helena, Isabela, Carol e Duda. Todas lindas e
possuidoras do incrível poder de me tirar do sério.
A Maria Eduarda, a Duda, é a caçula, tem 27 anos, é veterinária, super
tímida e estudiosa. Sou doido nesta menina.
A Isa é definitivamente a mais parecida comigo. Tem 32 anos, é
médica, super independente, completamente desbocada, tarada e sem noção.
Fala tudo que pensa e é a melhor amiga da Amanda. Essas duas juntas
constantemente botam fogo no mundo.
É por fim, mas não menos querida, tem a Carol, minha irmã mais velha,
com exatos 34 anos, casada com o Samuel, Samuca para os íntimos. A mãe
da linda Laís, de um ano de idade. Ela era jornalista, mas de uma hora para
outra, largou tudo para exercer a maternidade exclusivamente.
Quase cometi um homicídio quando ela decidiu isso. Mas não adiantou.
Afinal, quem ia apanhar ia ser eu, só que a agressora seria a versão enfurecida
da Dona Helena. Nem me deixou terminar meus argumentos, já me
mandando calar a boca e cuidar da minha vida. Sério minha mãe é um anjo,
mas não é muito bom lhe contrariar quando o assunto em pauta for o bem-
estar das suas crias.
Enfim, acabo de abrir a porta do paraíso e já posso sentir o cheiro da
comida da mamãe. Claro que meu momento é interrompido, bruscamente,
pela doida da Isa que pula no meu pescoço, me enchendo de beijos.
- Diz para mim meu maninho preferido que você vai conosco amanhã à
noite na inauguração da Boate do Joaquim, diz?
- Eu vou sua maluca, seja lá onde for esse troço! Já tinha confirmado
com o Henrique.
- Eu te amo sabia. Será que seria demais pedir para você usar todos
estes seus músculos para quebrar a cara de um tonto que trabalha comigo, se
for necessário?
- Qual é a nova confusão que você se meteu?
- Não me meti em nada. Na verdade, eu fui metida, a verdade mesmo é
justamente o oposto disso. Então, este meu colega se chama Luiz. Ele é
definitivamente #ISO9001, ou seja, selo de qualidade garantida. Lindo, loiro,
inteligente, alto, só que digamos que um pouco lerdo sabe. Eu tenho certeza
que ele tá doido por mim, mas o paspalho não toma nenhuma atitude. Por
isso que eu necessito imensamente da sua ajuda. Se ele não toma uma atitude
tomo eu!
- Deixa eu ver se eu entendi, você quer que eu quebre a cara de um cara
que não tomou a iniciativa de dar uns pegas na minha irmã?
- Isso. - Fala a maluca, batendo palminhas.
- Sabe Isa é por isso que eu odeio ir no médico. Vocês são todos
doidos, trabalham tanto que fundem os próprios miolos. A resposta é NÃO, e
é um não de “nem fudendo” sua louca. E sinto lhe informar, mas já vou com
a cara deste seu Luiz. Agora deixa eu dar um beijo na mamãe.
- Sei 'Beijo na mamãe', você quer é fuçar nas panelas delas!
- Inclusive.- Falo dando as costas para a pirada, seguindo em direção à
cozinha.
- Oi meu amor. Que saudade que eu estava do meu menino. Fiz tudo
que você gosta.
- Oh Dona Helena você é a melhor mãe do mundo!
- Puxa saco. - Fala a Isa com a boca cheia de farofa.
- Isabela olha a bagunça que você fez. Não sei como pode comer tanto
e ser magra. Aliás vocês dois são assim. Dois sacos sem fundo. - Antes que
eu pudesse responder qualquer coisa, meu celular começa a tocar me fazendo
sair para a varanda.
- Alô.
- Oi Gustavo, é a Sônia, desculpa te ligar no feriado, mas eu preciso da
sua ajuda, é caso de vida ou morte.
- Aconteceu algo com as crianças?
- Não, elas estão brincando na casa da vizinha aqui do lado.
- Desembucha logo criatura.
- O Kadu está aqui.
- Rápido o nanico hein. Você falou para ele o que eu mandei?
- Não, eu só abri a porta e disse que tinha que ir no banheiro. Daí eu te
liguei. Estou sem coragem!
- Oh ser humano, é só procurar a mulher que tem dentro do seu um
metro e meio e mostrar que você merece respeito!
- Para o seu governo eu tenho 1,64! - Fala ela toda indignada.
- Acredito.
- Tá, eu tenho 1,63 e meio, mas eu aprendi na escola que se é para
arredondar que seja sempre para mais.
- Tá bom gigante. Fala logo o que eu te disse. Diz que acha bom um
distanciamento para ver o que você quer da vida.
- Mas ele é muito apegado nas crianças, não vai querer ficar longe.
- Se ele disser isso, fala que ele pode pegar as crianças amanhã à noite
para dormir na casa dele e trazer no sábado de tarde.
- Certeza?
- Sim mala, agora sai do banheiro senão ele vai achar que você está
com caganeira. E aparecer toda cagada no imaginário do cara que você está
afim não é uma atitude muito inteligente.
- Tá bom. Obrigada Gustavo, até que você é um cavalinho bem legal
sabia!
- Juro que se você me chamar assim de novo eu te mostro o tamanho do
cavalo.
E assim ela encerra a ligação.
Mal me viro e esbarro na Amanda. E pela cara dela...
CIÚMES?
Não tapadas, a Manu já consignou lá em cima que hoje só sai putaria aqui
neste caralho deste capítulo!
Portanto, a resposta é: acordar sendo chupado!
Se você tiver um pau, você vai me entender.
Agora adivinhem o motivo de eu estar falando isso para vocês? Porque
é isso que eu estou vivendo agora. Tem como não amar essa mulher?
Mas antes que eu adentre no mérito da cena em questão, lá vai mais
uma dica: suponhamos que o seu respectivo macho dormiu enquanto você
assistia alguma, chata pra caralho, comédia romântica, nada mais justo que
ele receber uma chupadex como indenização.
É uma troca justa, afinal, é uma porra por outra.
Mas voltando ao meu momento de deleite, fazem três dias que eu levei
aquele tiro. No final ele não fez lá grandes estragos, mas mesmo assim eu
estou de molho.
Claro que a minha casa parece a sucursal do inferno, com tanta mulher
me mandando ficar parado, até a Dudinha decidiu que seria a minha 'fiscal de
estatua', como ela mesmo nominou, ou seja, ela não saiu da minha cama o dia
inteiro. Eu mal respirava e ela já soltava um: “o pincipe Henrique disse que
você não pode se mexer lindinho”.
Vale ressaltar que ela não tem muita paciência, pois na terceira vez que
ela julgou que eu estava me movimentando muito, ela me encarou brava e
soltou “você tem algum probleminha, que não entende o que é ficar
quietinho?”.
Digamos que a Sônia tenha tido um verdadeiro trabalho para convencer
a pestinha mais linda do mundo a ir para o próprio quarto.
Mas voltando a chupeta, a safada da Sônia me regulou até eu cair no
sono, nem uma mão naquilo ou um aquilo na mão ela me deixou desfrutar.
Mal sabia o apressado aqui que a minha gostosa tinha outra coisa em
mente.
É sério, não tem presente melhor do que um que envolva o seu pau na
boca de alguém.
'Ah Gustavo, mas eu ia dar um relógio de presente para o meu boy.'
Você larga mão de muquiranice e dá os dois porra!
Só mais uma coisa: tem que dedicar né oh criatura, se é para fazer, faz
com gosto. Nada de nojinho neste cacete, literalmente. Eu fico imaginando a
quantidade de caras felizes após vocês lerem esta parada.
Mas tá bom de dica em prol do pau alheio e voltemos pra minha putaria
específica.
-Tá bom?- Ela pergunta lambuzando meu pau com sua língua.
-Não fala não, vai continua, a gente conversa depois.
-Ei!- Ela me olha brava. Puta que o pariu. Caralho. Caceteeee!
-Ei o que criatura? Para de palhaçada, que não é o momento. Continua
vai.- Eu choramingo.
-Eu não sei o que eu faço com você viu!
-É simples assim amor: pau na boca, deixa eu te ajudar.- Eu digo
guiando delicadamente sua cabeça em direção a minha. Acompanharam o
raciocínio né?
Mas parece que a menina virou o Flash, pois em um segundo ela já está de
pé, puta da vida e vermelha feito um pimentão.
-Olha aqui Gustavo, eu estou grávida de três meses e é bom o senhor
ser mais delicado comigo viu.
-Tá maluca? Pelo que eu saiba até ontem você estava toda faceira com
o meu jeito bronco de ser, como é mesmo que você gritava uns dias atrás?
'vai Gustavo, me come, me come força, vai.'. Sem contar naquela parada de
“eu te amo do jeito que você é”.
-Quer dizer que a pessoa não pode mudar de ideia nenhuma vez na
vida. Eu não posso esporadicamente quer mais delicadeza? Quer dizer que eu
tenho que gostar todo dia de lasanha?
-Eu não entendi a parte da lasanha.
-Você não me entende viu.- Ela bufa, sentando aos pés da cama.
E eu lhes apresento: o circo dos horrores dos hormônios da
gravidez!
E como eu sei disso? A Carol chegou perto de arrancar as bolas do
pobre do Samuca quando ela engravidou.
-Amor vem aqui vem.- Eu a chamo todo carinhoso.
Daí vocês me perguntam: 'ai que lindo Gustavo você já está mais
delicado?'
Não, mas eu sou inteligente e ainda quero a minha, muito merecida,
chupeta.
Ela, mesmo que relutante, vem e deita no meu ombro, me olhando com
os mais enormes olhos azuis.
-Desculpa a forma que eu falei?- Eu pergunto e ela fica me examinando
por um tempo sem falar qualquer coisa.
-Tá bom.- Ela diz com sorriso tímido no final. Lembra quando eu disse
sobre aquela parada da tolerância do perecimento? Está vendo! Se ela fosse
uma chata do caralho, numa hora destas ela já seria a madrasta má do
Satanás.
-Então será que este moribundo ainda merece toda aquela dedicação de
pouco minutos atrás?
Ela sorri daquele jeito safado que me diz que a ação vai ser julgada
procedente e assim eu sou recompensado com o retorno do meu presente dos
deuses.
Ou melhor, da minha deusa, momentaneamente perturbada
mentalmente, pelo período de aproximadamente mais 6 meses, Sônia Maria
de Jesus.
SENTENÇA
Autos sob o n.º 78-33.2015.028.00235
SENTENÇA
1. Relatório
Trata-se de ação de adoção, cumulada com pedido liminar de guarda,
formulado por Gustavo Abrantes Sobral e Sônia Maria de Jesus, em favor dos
infantes João da Silva e José da Silva. O casal convive em união estável, nos
termos do art. 1.723 do Código Civil.
Estudo social e psicossocial prévio favorável elaborado às fls. 122-147.
Em audiência preliminar foi deferida a guarda provisória dos menores
aos autores, conforme ata de audiência, constante às fls. 189, momento em
que se fixou estágio de convivência de 30 (trinta) dias.
Findo o prazo supracitado, os presentes autos foram remetidos à equipe
técnica desta Vara, para elaboração de estudo final quanto à viabilidade da
adoção pleiteada.
Por derradeiro, os autos foram remetidos ao Ministério Público
Estadual, tendo o Promotor de Justiça elaborado parecer favorável a
procedência do pedido.
É o relatório.
Decido.
2. Fundamentação
Em regra, as sentenças proferidas pelos juízes são eminentemente
técnicas, fundamentadas em leis e entendimentos doutrinários e
jurisprudenciais.
Contudo, tenho a honra de ser a Juíza da Vara de Família desta
comarca. O que me faz pensar que detenho uma certa licença poética em
minhas decisões, visto que elas definem o destino de infindáveis crianças e
adolescentes.
Após muitos anos no Poder Judiciário, infelizmente, pude constatar que
nem todos temos chances, nem todo final será feliz e nem todo o ser humano
tem salvação.
Todavia, casos como o presente me mostram que ainda é possível fazer
justiça.
Inúmeras são as crianças que crescem em orfanatos, em decorrência de
uma gama de fatores. As vezes pelo fato de não serem tão convidativas aos
olhos da sociedade, pois não são recém-nascidas, meninas e brancas. As
vezes pelo motivo de existirem tantos processos descabidos no fórum, que é
impossível dar a celeridade necessária a um processo tão importante como o
de adoção. Ou até mesmo, pelo descaso de algumas pessoas que aqui
trabalham, que não se dedicam com o afinco necessário para fazerem o
processo ter mais agilidade, possibilitando assim a tão sonhada adoção.
É um ditado popular que a justiça tarda, mas não falha. Contudo, nós
operadores do direito sabemos que uma justiça tardia, em sua essência, já é
uma justiça falha. Neste tipo de processo cada dia perdido representa mais
uma porta se fechando.
Por isso, eu não estou proferindo uma simples sentença, mas sim
consolidando um milagre. Um milagre pelo simples fato que é basicamente
impossível achar pessoas dispostas a concretizarem um sonho tão
improvável, indo em confronto à todas as estatísticas e previsões.
Dói demais, até para uma juíza experiente, ouvir uma criança dizer que
só queria uma família. E dói mais ainda saber que, muito possivelmente, isso
não vai acontecer, por culpa, exclusivamente, de uma sociedade hipócrita que
marginaliza inúmeras crianças por puro preconceito.
Diante desta conjuntura, passo a analisar os requisitos legais no caso
em julgamento:
O casal convive em união estável, estando comprovada a estabilidade
familiar. Outrossim, todos os relatórios elaborados são favoráveis ao
deferimento do pleito, existindo nítido e inquestionável vínculo de afinidade
e afetividade entre os menores e os pretensos pais.
Ademais, os antigos genitores foram destituídos do poder de família,
nos autos sob o n.º 2153-11.2012.028.00235, com trânsito em julgado,
inexistindo possibilidade de recurso.
Portanto, hoje eu tenho a honra de julgar procedente a presente ação,
haja vista que preenchidos todos os requisitos legais para a procedência do
pedido, visto que é direito de toda criança possuir um lar saudável e
acolhedor, conjuntura que, gratamente, se observa no caso em apreço.
3. Dispositivo
Ante ao exposto, julgo procedente o pedido formulado na petição
inicial, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil,
concedendo aos Requerentes Gustavo Abrantes Sobral e Sônia Maria de
Jesus a adoção dos infantes João da Silva e José da Silva, que passarão a
possuir os sobrenomes dos autores.
Transitada em julgado esta sentença, expeça-se o mandado para
inscrição no Registro Civil competente.
Sem custas processuais.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Arquivem-se.
Camila Alves
Juíza de Direito
ACABOU?
Já li centenas de decisões judiciais, mas acho que nunca estive tão
emocionado. Acho que agora entendo quando dizem que não importa quantos
partos um médico faça na vida, no dia do nascimento do próprio filho, ele
não vai passar de um simples pai. E hoje é o dia do nascimento oficial dos
nossos dois filhos.
Eu li aos trancos e barrancos essa sentença. Acabei de recebê-la por e-
mail e por sorte a Sônia estava em casa. Acabei de ler a sentença para o amor
da minha vida.
Creio que quase fiquei viúvo, antes mesmo de casar, com o grito que eu
dei. Só puder soltar um sonoro “Sônia!”, no mais alto volume, quando vi que
a intimação chegou no meu e-mail. Por se tratar de um processo novo ele já
tramita de forma eletrônica. Estamos só nós dois em casa, eu estava no quarto
e ela no corredor.
Após o meu berro, ela veio correndo ao meu encontro e quanto viu que
eu estava com o notebook no colo, pelo seu olhar, eu percebi que ela já sabia
o que estava diante dos meus olhos.
Enquanto eu lia, nós dois chorávamos de soluçar. Por vezes eu tinha
que interromper a leitura de tantas lágrimas, e ela só me olhava com
admiração e felicidade. Um misto de choro com sorriso.
Termino de ler a sentença e a puxo nos meus braços. Nós dois estamos
tão emocionados que tudo que nos cerca simplesmente desapareceu.
-Acabou? Eles são nossos?- Ela enfim pergunta.
-Não acabou não meu amor. Agora está só começando a nossa vida. Eu
nunca imaginei que a felicidade pudesse ser tão extrema. Eles são nossos
filhos perante a lei agora. Eu te amo tanto Sônia.
-Eu também.- Ela sussurra olhando fixamente em meus olhos.
Delicadamente ela puxa a barra da minha camisa, tirando-a do meu
corpo.
-Eu te amo de uma forma tão forte e febril que palavras não são capazes
de expressar este sentimento Gustavo. - E assim ela tira, muito lentamente, o
resto da minha roupa.
Estamos de pé em frente à nossa cama.
Ela finalmente tira seu vestido, ficando completamente nua diante de
meus olhos. Indescritivelmente gostosa.
Sedutoramente ela deita sobre a cama, me encarando com uma
necessidade crua no olhar.
-Eu te quero.- Ela diz com a voz mais carnal possível.
Eu subo sobre o seu corpo, distribuindo uma trilha de beijos.
Adorando a minha deusa, a mulher que virou meu mundo, que me
transformou em um refém da sua áurea de divindade. Ela é um anjo bandido
que roubou meu coração me mostrando a força da mais pura felicidade.
Eu creio que é possível sim ser feliz sozinho, sem amar ninguém. Mas é
fudidamente melhor com o seu amor ao lado. Uma mulher que me fez crescer
e que cresceu ainda mais desde que eu a conheci.
Uma guerreira! Nunca imaginei que pudesse admirar alguém desta
forma. E amar o que se admira não poderia ser melhor, pois neste panorama o
amor anda aliado com a satisfação. Um amor que te faz bem, que te realiza,
que me fez melhor.
A cada beijo um 'eu te amo'. Beijo seus lábios, seu pescoço, seus seios.
Me posiciono em sua entrada enfiando somente parcialmente meu pau.
Ela geme clamando por mais.
Eu torturo seu corpo, entrando só um pouquinho, de forma lenta e
repetitiva.
E quando ela menos espera, eu meto com força de uma só vez, fazendo-
a gritar e arranhar minha bunda.
-Você gosta assim? Você quer que eu meta com força na sua buceta? -
Eu pergunto, enquanto meto sem parar, chupando seu seio logo em seguida.
-Sim. - Ela diz se contorcendo de prazer.
Eu não paro de meter, ela está completamente molhada de tanto desejo.
Adoro ver sua entrega, seu corpo ao meu bel prazer. Me perco em seus
gemidos, sinto que seu corpo está perto e assim eu abruptamente paro,
virando ela de bruços e logo a coloco de quatro.
Eu cravo meus dedos em sua bunda, enfiando de uma só vez em sua
buceta. Mas logo tiro meu pau totalmente molhado e esfrego ele em sua
bunda. Ela geme gostoso.
-Você quer que eu te coma aqui?
-Sim.
-Sim o que? Eu quero que você fale!
-Come a minha bunda.
E assim eu realizo seu pedido lentamente invadindo cada espaço do seu
corpo.
Ela geme arqueando em direção ao meu corpo. Eu tomo seus cabelos
em minha mão e não paro de beijar o seu pescoço. Com a outra mão eu
aperto seu peito com força, deixando a marca de meus dedos.
-Tá gostando?
-Sim- Ela diz totalmente insana.
Eu trilho meus dedos lentamente pela sua barriga, até chegar em seu
clitóris.
Ela grita em satisfação.
Eu meto sem parar, sentindo seu corpo palpitar.
-Eu vou gozar, não para.- E mal sabe ela que nem se eu quisesse eu
conseguiria.
Ela se dissolve entre gemidos e sussurros, seu prazer me faz perder
todo o controle.
Eu gozo com toda a força. Me acabo em seu corpo.
Ambos caímos na cama e eu a puxo automaticamente sobre meu peito.
-Minha.- Eu sussurro.
-Meu- Ela simplesmente responde, falando em uma única palavra a
maior verdade do universo.
JURISPRUDÊNCIA
-Vai ter despedida de solteiro sim!- O Henrique berra.
-Claro que vai, onde já se viu uma blasfêmia dessas. Nós somos uma
família tradicional, já basta vocês terem encomendado o meu sobrinho amado
antes do casório. Vamos ter vários gogoboys a nossa disposição hoje à noite.
Ou eu não me chamo Isa!
-Oh maluca o seu nome não é Isa! Acho que você lembra disso né? E
nem fudendo que você vai colocar a minha Sônia sozinha numa casa cercada
de um bando de peludos desconhecidos de tanga pra rebolar o pau na cara da
minha mulher.
-Mas se o problema é ser desconhecido brother, eu estou aqui à
disposição! Eu rebolo o que vocês quiserem meninas.- O Henrique relincha
começando a dança da piroca louca.
Meu senhor, que porra é essa? Alguém pode me dar um motivo para ele
ser meu melhor amigo?
-Eu dispenso Henrique. Prefiro o meu noivinho mesmo.- Ela diz rindo
sem parar do lunático.
-Sônia eu sou mais eu, mas a bundinha dele não é de se jogar fora
mesmo, eu vi lá no hospital.- E ela se abana dando corda para o maluco.
-Henrique se você falar da minha bunda de novo eu quebro a sua cara!
-Não falo mais nervosinha! Mas que porra é essa de você melar a nossa
festa de despedida de solteiro?
-Deixa eu te explicar animal, mas guarda bem na sua memória, pois se
um dia uma maluca decidir fazer a merda de casar com um doido como você,
pelo menos você já vai ter isso em mente. Primeiro, eu tenho a Sônia a minha
disposição a noite toda, então é óbvio que eu não vou querer passar a noite
com um bando de macho bêbado.
-Mas vai ter mulher lá e peladas seu retardado. Fica calma Sônia, que
ele só vai olhar, eu juro. Mas não tira essa realização deste pobre padrinho.
Por favor.- Ele súplica feito uma puta para ela.
-Posso concluir meu raciocínio?
-Pode Gustavo.- Ele diz bufando.
-Não reclama, pois essa parte é um grande ensinamento que eu estou
repassando para você, em benefício de todos os homens do universo: é
melhor você cortar seu saco fora do que abrir a porra de uma jurisprudência.
-Lá vem o advogado. Explica logo oh mané!
-Jurisprudência é o caralho de um precedente dos infernos que vai te
perseguir para o resto da vida. Ela vai usar isso eternamente contra a sua
pessoa. Então nunca, eu digo jamais, se sujeite a se colocar em uma situação
de 'eu estou querendo me fuder'. Você acha mesmo que alguma mulher vai
achar de boa o homem dela ficar com um bando de mulher pelada rebolando
no pau dele? Claro que não tonto!
-Mas ela disse que você podia ir.
-Não Henrique, ela disse ' se você quiser ir, vai'. Isso significa: NÃO
em letras garrafais. Põe uma coisa na sua cabeça, deixa eu exemplificar que
fica mais fácil: me pergunta se a Sônia pode ir numa despedida de solteiro.
-A Sônia pode ir numa despedida de solteiro?
-Não, caralho!- Vocês sabem que eu berrei né?
-Beleza, mas você já tinha dito isso.- A Isa desdenha.
-Agora finge que eu sou a Sônia e me pergunta se ela deixa eu ir numa
despedida.
-Sônia de barba, você deixa o Gustavo ir numa despedida?
-“Se ele quiser ir ele pode”. Sabe o que isso significa? Que se eu ir,
daqui setenta e nove milhões de anos essa diabinha ali ainda vai me
atormentar com essa história. E daí quando alguma amiga safada dela for
casar e decidir contratar uma leva de macho pelado, ela vai me dizer, 'Ah mas
você foi na despedida de solteiro'. Ou seja, eu abri a porra de uma
jurisprudência e ela vai poder usar esse precedente para o resto da vida contra
mim.
-Mas ela também vai ter a despedida dela, cacete! Então você também
vai ter um precedente.
-Mas é aí que eu ia me fuder. Oh aprendiz de ameba, a minha mãe ia
estar lá com ela, até a Madre foi convidada pela doida da Isa. Não são
situações análogas. Então ela sempre vai poder jogar isso na minha cara. E
isso tudo para que? Para porra nenhuma, pois eu quero é passar essa noite
com ela. Então, toma seu rumo e leva junto a Isabela, pois hoje à noite vai ser
só minha e do meu amor.
-Dá onde você tira estas teorias malucas?- Ele pergunta.
-Anos de advocacia.
-Isso é uma bosta, vocês mulheres não entendem nada viu.
-Aceita que dói menos, a não ser que você queria virar veado, elas são
todas assim.
-Ei, eu não sou assim não! E quer saber, você quer passar a noite com
ela né? Desejo concedido. Já resolvi tudo, a gente vai juntar esse cacete.
Pronto, liga para as biscates que você contratou Henrique e diz para elas
virem para cá. Já aproveita e avisa para todos os seus convidados que a festa
vai ser no AP do Gustavo.
-Tá louca? Não mesmo. Isso é uma casa de família.- Agora sou eu que
grito.
-E, para nossa sorte, os pequenos estão na casa da mamãe. Então
perdeu playboy, eu já mandei a mensagem para todo mundo. Mudança de
planos maninho, logo logo os gogoboys estão chegando com as nossas
convidadas!
DESPEDIDA DA SANIDADE
Isa (narradora)
Oi lindas e gatos, vocês já me conhecem!
Quem vos fala é a Isabela Abrantes Sobral, mas conhecida por Isa, a
irmãzinha linda e maluquete do Gustavo.
Eu sei que em alguns momentos eu posso ter assustado vocês com
minhas opiniões, mas eu prefiro ser verdadeira do que bancar a santa.
Sou doida mesmo, definitivamente uma depravada.
Mas agora eu queria que todos vocês, principalmente a mulherada,
fizessem estas perguntas para si:
E se eu pudesse fazer tudo que eu quero? Concretizar todos os meus
desejos, até mesmo os mais reprováveis pelo padrão arcaico de moralidade?
Eu faria? E se ninguém fosse saber? Se tudo não passasse de um sonho louco
em que tudo é permitido, sem gerar nenhuma consequência?
Acho que todos já sabemos que ia virar uma Sodoma e Gomorra.
E eu estou certa que as santinhas que sempre me julgam com certeza se
jogariam de cabeça na esbornia. Isso pelo fato que para a maioria das pessoas
a questão não está em não querer fazer o ato em si, mas sim nas
consequências do cometimento.
Também não sou eu que vou criticar esta parada, afinal, se houvessem
muitas pessoas como eu, nós já teríamos botado fogo no mundo.
Enfim, estamos todos no AP do meu irmão rabugento, todos os
convidados já chegaram, com exceção da minha mãe e da Madre, que
optaram em ficar cuidando das crianças.
Não entendo a razão, mas tudo bem.
Afinal, pelo que eu saiba olhar não é pecado!
Ou é?
Ai meu Deus outro dia eu li uma história que tinha uma parada do livro
das coisas boas e do livro das coisas erradas que nós fizemos durante a vida.
E rolava uma espécie de julgamento. Ou seja, fudeu pra mim né. Pensando
nisso acho que é interessante eu pegar uns folhetos dos Médicos Sem
Fronteiras e prestar mais um pouco de serviço comunitário.
Mas vamos deixar de lado esta questão, pelo menos por agora, que eu
quero aproveitar esta noite ao máximo!
-É claro que a senhora ia aparecer nessa balburdia!- O Gustavo diz para
nossa avó que acaba de pegar uma taça de champagne de um garçom
gostosão que eu contratei. Obs. o Henrique teve a mesma ideia, ou seja, está
cheio de biscate de saia curta servindo bebidas pra machaiada.
-Óbvio meu netinho. Você acha que eu ia perder a oportunidade de ver
uns garotões só de tanguinha? Jamais. E solta um pouco a pobre da sua noiva
que ela precisa respirar. Ou melhor, pela cara de faceira dela, continua que
ela deve estar gostando.
Nisso ela já some entre os convidados, sem esperar qualquer resposta.
Eu não sei se vocês sabem, mas minha avozinha ainda é linda de parar o
trânsito, apesar de ter mais de 60. Senhor me dê essa glória quando eu ficar
velhinha.
Deve ter mais de 100 pessoas aqui dentro, a sorte é que esse
apartamento é gigante. Muita bebida, dança, música e um homem mais
gostoso que o outro. E eu nem estou falando dos carinhas que eu contratei,
pois eles ainda não começaram o show. Eu tô falando mesmo é dos deuses da
gostosura que são os amigos do Gustavo. Vai ter amigo gostoso assim lá no
meu quarto. Obs.1: levanta a mão que já quis pegar o amigo do irmão. Obs.2:
larga mão de ser mentirosa e se manifesta!
-Sra. Isabela e Sr. Henrique os artistas chegaram. Creio que em 5
minutos já deve começar o show. Primeiro a apresentação dos meninos ou
das meninas?
-Primeiro manda a mulherada entrar.- O Henrique já fura a fila e diz
para a promoter esse absurdo. E a safadinha já se abre para o safadão, que dá
uma piscadinha para ela.
-Ei, ei, nem ferrando Henrique, primeiro vai ser a apresentação para as
meninas, não das meninas. Pode mandar os meus boys magias entrarem.
-Vai ser engraçado.- A louca oferecida diz.
-Amor eu fico feliz de ver todas aquelas cuequinhas brancas, mas achar
graça é a última coisa que eu sinto.- Onde já se viu, engraçado, só se for na
cabeça dela! Deve ser frigida.
-Tudo bem.- Ela me lança um olhar de 'é sério que você gosta
disso?', que chega a me dar sono.
-Cunhadinha, vem que a gente tem que ficar em frente ao palco.- Eu
pego a Sônia pelo braço.
-Nem fu.- O Gustavo tenta se manifestar, mas por incrível que pareça, o
Henrique diz:
-Deixa.- Não gostei daquele sorrisinho dele. E o mais estranho é que o
Gustavo para de complicar na hora e solta a Sônia.
As luzes têm sua intensidade reduzida e a mulherada se posiciona o
mais próximo possível para ver a sétima maravilha do mundo. A música
começa e, ai meu deus, vai ser agora!
-Cunhadinha vai ser mara.- Eu digo dando pulhinhos.
-Isa do céu, o Gustavo não vai gostar nada disso. É bom que
este Gogoboys não sejam muito saidinhos.
-Relaxa maninha. Que a gente cuida dele.- A Carol diz me apoiando.
-Eu nunca vi um show desses.- Me explica como a Maria Eduarda pode
ser minha irmã?
-Que porra é essa!- Sou eu berrando agora.
-Senhor, que horror.- A Carol diz gargalhando.
-Alguém me ajuda, que tá doendo minha barriga de tanto rir. Isso que é
uma despedida de solteiro. Com uma apresentação dessa eu definitivamente
não tenho dúvidas que o Gustavo é o homem da minha vida.
-Não era bem isso que eu tinha em mente não Isa.- A Maria Eduarda
afirma meio sem entender direito a situação.
-Nem eu! Com certeza não foi isso que eu contratei.- No caso isso são
dois anões taradões de fio dental e um indivíduo magricelo com um maiô
rosinha de lantejoulas, dançando Adocica do Beto Barbosa.
-Eu vou matar o Henrique, só pode ser ele o culpado disso.
-Ei, ei, ei, pode parar que eu estou amando. É muito engraçado isso.- A
louca da Sônia fala enquanto o anão, primo do Wesley Safadão, puxa ela pela
mão até o centro do palco. Acho que vocês já sabem que ela está dançando
pior que aqueles três malucos.
Eu viro e me deparo com uma tropa de homens rolando de rir. Claro
que eles estão rindo desta cena muito estranha que tá rolando, ainda mais que
agora o Gustavo está lá no palco rebolando ao som de Beto Barbosa junto
com a Sônia.
Mas lá no fundo eu vejo o quarteto fantástico rindo da minha cara de
decepção, só para clarificar ele é composto pelo imbecil do Henrique,
Marcelo, Caio e Joaquim.
Então é uma organização criminosa. Mas eles não sabem com quem
estão lidando!
Eu sigo em direção aos engraçadinhos.
-E ai Isa tá gostando do show?
-Vai se fuder Henrique. Eu sei que foi você que armou de alguma
forma esta arapuca. Agora a questão é eu saber se você teve mais algum ou
alguns comparsas.
Silêncio geral.
-Fui só eu mesmo Isa, mas você tem que reconhecer que os noivos
gostaram. Olha eles lá.- Ele diz apontando para o palco e eu vejo a Sônia e o
Gustavo dançando algo parecido com o Lepo Lepo, ao som de Beto Barbosa
versão remix.
Se é que é possível chamar aquilo de dança.
-Beleza, mas você está me devendo uma dança íntima.
-Linda para você eu danço a noite toda.
-Isso seria muito fácil. Você vai ter que convencer o Marcelinho aí a ser
meu Gogoboy por um dia. Ou melhor, por uma noite. Caso contrário, aquela
sua foto comprometedora pode vir a público lá no hospital.
-Por que eu sua maluca?- Olha o principezinho sabe xingar.
-Porque você é o único que não é uma meretriz oferecida.
-Eu não vou fazer esse tipo de coisa não!
-Bem esse problema é somente de vocês dois. Agora se vocês me dão
licença eu vou mandar aquelas vadias embora, pois se eu não tive
meus gogoboys, vocês também não terão aquelas piranhas.
Eu viro as costas e sigo rebolando em direção ao palco.
Fazer o que né, hoje pelo visto vai ter que ser Beto Barbosa mesmo.
ENFIM O CASÓRIO!
Fazem exatos vinte minutos que eu estou o aqui neste cacete deste altar,
com uma leva de gente me olhando e nada a Sônia aparecer.
Está aí um defeito que a minha futura digníssima esposa ostenta: saber
me deixar esperando!
Só que na Igreja eu não possuo a minha disposição a melhor invenção
de todos os tempos, logicamente o vídeo game.
-Você tá ligado que se a Sônia entrar nessa igreja e você estiver com
esta cara de cú, é capaz dela dar meia volta e nunca mais voltar.
-Eu queria ver você no meu lugar seu filho da puta.
-Nem fudendo.- O Henrique, sendo o Henrique, já descarta a
possibilidade.
-Vocês sabem que não podem xingar aqui dentro?- Claro que o
educado da turma só podia ser o Marcelo.
-Relaxa que este padre é mais boca suja que nós todos juntos. – O
Joaquim responde.
-Você conhece o padre?
-Sim Gustavo, ele me casou uma vez.
-Puta merda quantas vezes você casou Joaquim?
-Desnecessária a sua pergunta Caio. Digamos que mais de uma e menos
de dez. Eu não tenho culpa que eu amo as mulheres e o sentimento é
recíproco.
-Cunhado eu me compadeço com a sua dor. A Carol me fez esperar
quase uma hora no altar. Digamos que eu soube cobrar essa demora, na lua
de mel se é que vocês me entendem.
-Oh Samuel, dá pra você calar a boca. Eu não preciso dessa imagem na
minha cabeça agora. Sinceramente, nenhum cara merece ter três irmãs.
-Gostosas ainda por cima.
-Deu pra bebe agora Henrique? Olha o jeito que você fala da minha
esposa seu babaca.
Vocês já ouviram a frase que 'quem tem amigo não precisa de mais
nada'. Então, o caralho que isso é verdade, nesse momento eu queria uma 12
para explodir a cabeça destes malucos.
-Meninos sosseguem que a noiva chegou. Filho ela está tão linda! -
Minha mãe diz com lágrimas nos olhos e já se posiciona na primeira fila ao
lado da madre.
Então acho que agora é a hora.
Eu preciso dizer que tá foda aqui? Meu Deus, que nervoso. Manda essa
mulher entrar rápido meu pai.
A porta principal é aberta e assim surge uma linda Dudinha, toda de
branco, jogando pétalas de flores pelo caminho. Ela parece uma princesa,
reluzente e graciosa. Nunca a vi tão feliz, o sorriso da pequena quase não
cabe em seu rosto. Quando ela chega próximo ao altar, ao invés de sentar ao
lado da minha mãe, como a ensinaram no ensaio, a pequena corre em minha
direção e automaticamente eu me abaixo.
Ela me abraça, me encarando com os mais belos olhos, que só a Sônia
poderia ter lhe dado de herança, ela sussurra -A mamãe tá uma pincesa e eu
sou a pincesinha.- Com um sorrisinho maroto, ela corre em direção a minha
mãe.
Logo em seguida é a vez do trio, João, Thiago e Mateus entrarem na
igreja, cada um com uma placa, 'não foge que ela tá linda', 'papai sua garota
tá chegando' e 'gatas nós três ainda estamos solteiros'.
Se é possível meu coração bate a cada minuto mais forte. Eu tenho que
reconhecer que casamento nunca foi um tema recorrente na minha vida.
Entendam: nós homens não passamos a vida sonhando com isso. Na verdade,
a gente só pensa nisso quando é inevitável, ou seja, quando uma dita cuja
finalmente surge e vira a nossa vida de pernas para o ar, a ponto do cara optar
em abrir mão da tão magnífica sensação de liberdade que advém da vida de
solteiro.
A não ser que alguma mulher maluca (principalmente suas irmãs ou
amigas pentelhas) venham pedido opinião a respeito.
Eu vou clarificar umas ideias para vocês. Afinal, a gente já pegou uma
certa amizade. Além disso, eu já falei nos primeiros capítulos que eu não
tenho paciência para a gente burra. Então quanto menos mulher retardada
neste mundo melhor e conhecimento nunca é demais.
Desta feita, voltemos para a elucidação do pensamento masculino sobre
esta parada.
É sério, é mais fácil um cara dar um chute no próprio saco do que ele
pensar voluntariamente sobre este tema. Nós não pensamos sobre isso. Para a
gente não faz qualquer diferença se o docinho vai ter frutas vermelhas ou se a
toalha da mesa vai combinar com o caralho do arranjo da flor.
Então não encham o saco do pobre do seu noivo com estas perguntas
idiotas. Muito menos fiquem chateadas se a gente não der qualquer atenção
para futilidades deste gênero. Sim, isso tudo são futilidades e não tentem me
convencer do contrário.
Muito provavelmente um cara só vai querer saber se vai ter bebida
suficiente e das maluquices que ele pode adicionar na festa para dar mais
emoção.
Ah, vocês não têm noção da parada que eu vou aprontar.
Digamos que um amigo maluco me deu uma ideia no mínimo
interessante. Mas isso vocês só saberão no próximo capítulo.
Em nome da nossa amizade, lá vai uma última dica, pois nem todo
mundo é rico e meus anos de advocacia me deram um panorama bastante
analítico sobre esta parada. Então, só para lembrar, é interessante você não
falir o casal antes mesmo da consumação do casamento. Não vou tecer
maiores argumentos a respeito, pois se você não consegue compreender uma
coisa tão simples, eu quero que você se foda e que seu noivo ache outra que
detenha o mínimo de capacidade cerebral.
Mas cadê o caralho dessa mulher que não entra!
Senhor é agora, lá vem o Marcos! Eu sei que não é o momento para
piadinha, mas é que eu fico engraçadinho quando eu tô nervoso. Não me
julguem, eu já disse que tá foda aqui!
Começou a música que ela escolheu para entrar.
Não, não é a marcha nupcial. Graças ao bom Deus, pois eu tenho pavor
daquela música escrota do cacete. Se bem que ela podia entrar ao som da
Eguinha Pocotó que eu ia achar de boa, é fato eu sou louco naquela mulher.
Ela fudeu com todo o meu juízo. Puta merda, ela me conquistou sem esforço
nenhum, sem intenção ou artimanhas. Bastou ela ser ela. Eu caí de quatro
mesmo, eu tenho que reconhecer. Afinal, nenhum homem casa com uma
mulher detentora de uma creche itinerante se não amar muito a condenada.
Só uma palavra poderia definir a Sônia: Foda.
Exatamente, ela é foda. Eu sei que não é muito romântico isso, mas é a
mais pura verdade. Terna e amorosa. Divertida e sexual. Justa e feliz.
Natural.
Claro que ajuda o fato dela ser gostosa pra caralho.
E assim as portas se abrem e eu sou abençoado com a mais bela mulher
deste mundo.
Orgulho e realização me tomam por completo. Ela me olha com um
sorriso tão lindo que confirma ainda mais a minha escolha.
Que mulher! Eu tenho a certeza que eu sou a cara mais sortudo do
universo.
Quem entra com ela é o José, o meu filho! O cara que me mostrou o
que é ser um homem de verdade. E olha que ele nem tem 15 anos.
Com certeza vai ser um puta irmão para o Gustavinho Junior, que eu
orgulhosamente enfiei na barriga da minha Sônia. Muito bem enfiado, diga-
se de passagem, mas isso vocês já sabem. Até demais para o meu gosto,
considerando que a machaiada decidiu invadir a minha história. Eu não
entendo porque vocês estão lendo este caralho.
Quando ela chega próximo ao altar, eu desço os dois degraus e paro na
sua frente.
Não tem como não encarar aqueles olhos gigantes, que gritam alegria e
certeza do nosso amor.
Eu não me seguro e que se fodam as tradições, tomo a minha Sônia em
meus braços. Nosso beijo é tão profundo, tão cheio de amor que nada mais
para mim importa.
Até que um leve cutucão me traz de volta.
-Pai, você tem que casar primeiro.- O José diz brincalhão.
Assim eu solto a minha mulher e abraço meu filho.
-Eu já te disse que eu quero ser igual a você quando eu crescer?- Óbvio
que fui eu que falei esta frase. Ele sorri timidamente e diz 'faz ela feliz'.
-Nós faremos!- Eu respondo já com lágrimas nos olhos e sou
recompensado com um olhar de gratidão, que eu definitivamente não mereço.
Ele não tem ideia do quão bem ele me faz. Todos eles aliás.
Eu enlaço a mão da Sônia na minha e nos posicionamos em frente ao
padre.
Ele começa a falar um monte de coisas e eu não ouço porra nenhuma.
Pergunta: era para eu olhar para ele? Porque eu não consigo parar de
olhar para ela. Ela é meu mundo, parece uma luz na escuridão que me cega e
ao mesmo tempo me cativa. Eu acho que de tanto eu olhar em sua direção,
ela simplesmente tira os olhos do padre e olha para mim com um sorriso
sapeca que fode com o meu resto de sanidade. Ela diz, sem emitir qualquer
som, 'eu te amo, mas presta atenção cacete'. Apertando de leve minha mão.
Mal consigo segurar a minha risada. E pelo visto o padre também leu
seus lábios, pois soltou uma leve risada, camuflada por uma tosse disfarçada.
Os próximos minutos foram um borram para mim. Só na hora do sim é
que eu ouvi o que o padre falou. Tudo passou na minha cabeça durante a
cerimônia, a raiva que eu senti quando eu reparei que ela existia. O carinho
que ela despertou em mim quando passei a conhecer melhor. O tesão insano
que eu sinto por ela. A família do caralho que ela me deu. O medo de perder
que me assolou quando aquele psicopata foi roubar meu filho. E a alegria
desmedida de saber que ela carregava um filho meu em seu ventre.
Eu sei que muitas mulheres acham que os homens não amam, mas
vocês estão redondamente enganadas. Nós muito provavelmente não amamos
como vocês, mas amamos do nosso jeito. Então não nos julguem ou nos
condenem. Só nos amem bem do jeito que vocês sabem.
Eu acho que esta diferença é que torna o sexo oposto tão interessante. Isso,
peito, bunda e boceta é claro.
O que? Vocês não esperavam que eu fosse viram uma florzinha
sentimental, desprovida de qualquer resquício de ignorância? Vamos
reconhecer que este sempre foi o meu forte e o que me fez diferente.
Eu sei que esta história está acabando, mas se eu pudesse dar mais um
conselho, com certeza não seria usar filtro solar.
Seria que vocês fossem fortes o suficiente para serem livres. Livres
para se amar, para ligar um foda-se e escolher o seu destino.
Ninguém é obrigado a ter a cara metade, mas é mais que necessário ter
uma cara inteira, ostentando o que você verdadeiramente é. Sendo você, há
grandes chances de você descobrir o amor. Pelo menos o amor próprio. E há
mais chances ainda de alguém te admirar e você fuder com a sanidade de um
cara por aí. Vai saber se você não será a Sônia de um Gustavo perdido pelo
universo.
Força para quem me acompanhou, agradeço por me aguentar por todo
este tempo.
Hoje é provavelmente o último capítulo que eu falo com vocês. Acho
que o próximo narrador não serei eu.
Eu espero que eu tenha contribuído de alguma forma, seja com risadas
ou com meus conselhos tortos.
Eu posso não ter sido delicado, mas fui sincero.
Portanto, é a hora de eu beijar a minha noiva, agora esposa Sônia Maria
de Jesus Sobral.
Adeus! Ou até breve.
NÃO ACABA AQUI - BÔNUS 1
Sônia (narrando)
-Eu não consigo parar de olhar para os seus peitos.
-Será que eu tenho que fingir que eu não estou gostando?
-Não.- Ele diz gargalhando, enquanto nós dançamos pelo salão de
festas.
-Eu te amo minha pequena.
-Eu te amo mais ainda meu grandão.
-Ah isso eu sou mesmo.
-Eu nunca vi como vocês homens gostam tanto de exaltar esta
particularidade.
-Nem vem se fazer de santa, que eu bem sei o quanto você gosta dessa
particularidade sua safada.
-Gosto mesmo.- Eu digo sorrindo e nós nos encaramos por alguns
instantes.
-Posso fazer uma pergunta?
Vocês já conhecem a minha curiosidade né...
-Eu tenho até medo destas suas indagações Dona Sônia. Vai, pode
mandar.
-Por que você me ama?
-Eu poderia dizer que o amor é inexplicável, mas isso é coisa de gente
burra ou o cara não está querendo ser sincero. Então lá vai: eu amo você por
conta das diversas qualidades que você possui, mas principalmente pelo fato
de você não é uma chata do caralho.
-Ei.- Eu digo já dando um tapa no ombro do bronco.
-O que? Eu posso continuar? Você perguntou! E não banca a ofendida
não, que eu acabei de fazer o maior elogio que um cara pode fazer para uma
mulher. Eu falei que você não é uma chata do caralho. Você não tem noção
do quanto isso é importante e diferencial. Pois se tem uma coisa que mulher
sabe ser é ser um pé no saco. Principalmente quando vocês estão
comprometidas. Eu juro, Deus criou a buceta para compensar essa falha,
afinal, só assim para a gente relevar. E você não é assim, muito pelo
contrário. Mas voltando a minha explanação, eu amo esta facilidade que nós
temos de conviver um com o outro. Esse seu jeito feliz e divertido de ser.
Claro que o fato de você não viver enchendo meu saco ajuda para cacete. Eu
amo o seu jeitinho manhoso quando você acorda de manhã, a forma que você
trata os nossos filhos. A sua maneira bem-humorada de encarar a vida. A
bondade que você tem no coração. A bela chupada que você me dá, que por
sinal eu acho que nós deveríamos instituir como um verdadeiro despertador
matinal para minha pessoa diariamente. Eu amo o carinho que você tem
comigo, a forma que você demonstra que eu sou o cara mais importante do
universo para você. Eu amo mais ainda que você não me perturba querendo
definir todos os meus passos. Que você respeita as minhas opiniões e me dá o
espaço que eu também preciso. E eu amo mais ainda que os seus defeitos
sejam insignificantes perto das suas qualidades.- Pegaram as dicas do meu
maridão né amigas? Guardem tudo para a posteridade e no mínimo reflitam a
respeito.
-Uau! Você devia escrever um manual a respeito. Mas que história é
essa de defeitos? Não está muito cedo para você já ter notado algum?
-Você já se viu dançando? Olha, a sorte que eu danço muito bem, senão
a gente estaria passando vergonha agora.
-Bobo.- Eu digo fazendo bico.
-É sério! Eu acho que você deve ter coordenação motora seletiva. Só
pode ser isso, não tem outra explicação. Como que a pessoa sabe dar daquele
jeito e não consegue fazer direito um simples dois pra lá e um pra cá.
Convenhamos que para a safadeza você parece uma ginasta de tanta
coordenação.
-Gente do céu, as pessoas devem estar vendo a gente dançando e
imaginando as juras de amor que você deveria estar declamando.-
Esclarecendo, estamos só nos dois dançando a valsa dos noivos no salão, com
todos os convidados nos observando.
-O que? Eu tô abrindo meu coração aqui sua mala. Vai dizer que você
não está gostando?
-Sabe o que é o pior? É que eu gosto mesmo.- E assim nós dois caímos
na gargalhada.
Só que do nada todas as luzes são apagadas e vira um breu total. Ele se
aproxima ao meu ouvido e sussurra 'prepare-se para fortes emoções'. E assim
eu me vejo sozinha na escuridão.
De repente as luzes são ligadas e a música começa.
Diante de mim estão nada mais nada menos que o Gustavo, todos os
nossos padrinhos, ou seja, Samuel, Henrique, Marcelo, Caio e Joaquim. E,
para fechar com chave de ouro, João, Thiago, Mateus e José.
O Gustavo está posicionado na frente, com uma fileira composta pelos
nossos filhos logo atrás e ao fundo os malucos dos nossos padrinhos.
A gritaria é geral, eles começam aquela coreografia muito louca, mas
eu devo confessar que o meu Gustavo coloca fácil qualquer gogoboy no
chinelo. Ele dança olhando fixamente em meus olhos. E Jesus me abana, já
está difícil aqui!
Nossa vocês tinham que ver.
Melhor não, vocês estão muito assanhadas ultimamente.
Ah, para desviar um pouco o foco: gente o que são os pequenos
rebolando daquele jeito?
Além disso, eu não tenho palavras para descrever os meus padrinhos.
Eu preciso dizer que o Henrique é o que mais se dedica na
coreografia? A la clube das mulheres? Ou que o Marcelo é definitivamente o
cara mais tímido da turma?
Neste momento cada padrinho vai em direção a sua respectiva
madrinha.
Henrique toma a Maria Eduarda nos braços, que solta um grito de
surpresa.
O Samuel, que dança tão mal quanto eu, já sai rodando a Carol.
O Joaquim já gruda na avó do Gustavo. Sim, eu sei, eles fazem um par
muito louco. Mas sério, aquela mulher parece que foi guardada no formol.
O Caio pega o lenhador dele e como diria a Isa: Que lenhador!
Falando nela, o totalmente encabulado Marcelo dança em sua frente, ou
tenta. Mas como aquela lá não é nada boba, ela aproxima o corpo no pobre do
menino, que contrariando todas as expectativas, passa a mão pela sua cintura,
colando o corpo dos dois. Assim eles seguem dançando, com uma Isa tão
desconcertada, que mal parece a louca que nós estamos acostumados. E não é
que o menino também sabe ser quente também.
Ah, a minha Dudinha já está arrasando na dança com os irmãos dela.
Essa com certeza ainda vai me dar muito trabalho.
Só que agora é o meu maridão, no maior gingado, que vem dançando
em minha direção e euzinha mal consigo segurar a baba.
Nesta hora a pista já está totalmente invadida pelos convidados, que
dançam ao som do Silentó.
-Imagina quando for só nós dois.- Ele sussurra no meu ouvido, sem
parar de dançar, me beijando enlouquecidamente.
Como eu amo a forma que nossos corpos se encaixam e eu dou graças a
Deus a invenção da troca de vestidos entre a cerimônia e a festa.
Agora eu estou usando um leve vestido de seda branco que vai até
meus joelhos. Minhas costas estão totalmente expostas e as mãos do Gustavo
percorrem suavemente a minha pele, me causando calafrios.
Eu sei que este era o momento para eu falar sobre sentimentos ou fazer
algum discurso de autoajuda, mas a única coisa que eu consigo sentir são as
minhas coxas cada vez mais molhadas.
Vocês lembram quando eu pedi para o meu maridão sobre lingerie? Eu
não tenho culpa que ele respondeu que me preferia pelada.
E aproveitando a deixa, ele enfim pousa a mão no final das minhas
costas e seus dedos atingem bem o local onde deveria haver algum relevo de
roupa íntima.
No mesmo momento ele me encara com olhos de fogo.
-Sônia, Sônia, é o que eu tô pensando?- Ele diz dando um sorriso
predador ao final.
Eu simplesmente o encaro mordendo meu lábio inferior, virando de
costas para ele. Ele enlaça o braço em mim, colando meu corpo no seu. Posso
sentir o volume em suas calças, o que me faz empinar ainda mais em sua
direção.
-Você não tem ideia do que te aguarda minha pequena safada.
É NECESSÁRIO - BÔNUS 2
Gustavo
Por que é tão difícil dizer adeus?
Encerrar uma história?
Fechar um livro?
Hoje eu vejo o quão verdadeira é aquela frase dos Paralamas -Lágrimas
ninguém, só porque é triste o fim.
Mas a questão é que doí mais quando foi bom.
Mesmo que a trajetória tenha válido a pena a gente nunca está
preparado para o fim.
Tem tanta coisa passando nesse momento na minha cabeça.
Será que valeu a pena tudo que vocês leram aqui? Será eu consegui
enfiar algum resquício de aptidão cognitiva na cabeça das descerebradas
apaixonadas pelo Grey veadinho?
Mas mesmo que ninguém tenha absorvido porra nenhuma, no final
valeu a pena, pelo menos para mim.
Eu me apaixonei por uma mulher que eu comecei esculachando. Virei
amigo de uma tropa de mulher tarada, doida e até inocente. Passei a entender
que na verdade vocês gostaram de mim por eu ser sincero, apesar de ser um
cavalo ignorante. Muitas nem gostaram de mim no começo. Eu desconfio que
ainda tenham algumas que nem gostem de mim na verdade.
Mas convenhamos, é meio difícil achar um Gustavo por aí.
Vocês mulheres não estão acostumadas a encontrar sinceridade. Acho
que nem os homens se sentem livres para serem autênticos.
E no final tudo vira uma bola de neve. Os caras não falam como agem,
muitas vezes com medo de não serem aceitos se falarem como pensam.
Assim, tudo segue por debaixo dos panos.
Já que estamos trabalhando com a sinceridade, está na hora de vocês
reconhecerem que, em geral, as mulheres não aceitam mesmo como nós
pensamos.
Mas aí eu pergunto: Será que é tão necessário ser perfeito? Vir num
cavalo branco? Ser a porra do principezinho delicado?
Eu me recuso a acreditar nesse ideal imbecil.
Será que o cara que vai te fazer feliz não pode ser aquele que curte
jogar uma bola no sábado à tarde? Será que não pode ser o trabalhador que
rala a semana inteira e quando chega em casa tá mais morto que defunto?
Será que ele não pode ser só aquele seu amigo que gosta de jogar vídeo
game? Ou até mesmo aquele boca suja que te esculachou na primeira vez que
reparou que você existia, não aceitando passivamente que você agisse como
uma retardada?
A questão é que inexiste a porra do cara perfeito.
Então não espere que você vá achar um príncipe encantado que vai
mudar a sua vida.
No final eu acho que vocês gostaram tanto do Grey pelo fato dele ser
um cara sem amigos, que vivia em função da água de lavar copo.
Porra, isso não existe na vida real! Esquece isso!!
Ninguém deve se resumir a uma única pessoa.
Ame, ame com toda a força, mas continue vendo o resto do mundo.
Faça amigos e deixe que o seu respectivo macho tenha suas amizades,
suas escolhas, seus momentos.
Seja livre e liberte quem está ao seu lado.
Cative ao libertar.
Ame e seja amada ao permitir.
Nada que aprisiona efetivamente possui.
É possível que você esteja na merda neste exato momento, mas tenha
dignidade. Levanta a porra desta cabeça e pensa um pouco nas bobagens que
eu te falei.
Mude! Transforme-se e siga em frente.
Agora eu estou levando a Sônia nos braços até o nosso quarto.
Enfim, a nossa noite de núpcias.
Eu tenho que reconhecer que eu tô mais bêbado que rolha de vinho. Tô
mais fudido que puta na zona e nem tenho certeza se meu pau vai levantar.
Mas a Sônia está bem pior que eu, isso que ela nem bebeu.
A propósito, eu acho que sinceramente a noite de núpcias deveria ser
antes da cerimônia. Teria bem mais lógica, no meu ponto de vista. Ia ser o
momento para o cara mostrar todo o seu potencial e a menina convencer o
condenado que essa porra toda vale a pena.
-Eu tô tão molinha.
-Tá pesada isso sim sua leitoa.
-Eu falei que não precisava que você me trouxesse no colo. Peraí, você
me chamou de gorda!
-Tá escrito trouxa na minha testa? É óbvio que eu não ia te dar este
precedente. Você ia lembrar disso pro resto da vida, o Gustavo não me
carregou para o quarto, ou seja, ele me deve dois rins. E eu estava sendo
sarcástico quanto ao peso, acho que 56 quilos não é bem uma cifra de
obesidade mórbida.
-Eu ia mesmo joga tudo isso na sua cara.- Ela diz dando uma risadinha
bem preguiçosa.
-Então por mais trôpego que eu esteja, ainda assim vai rolar sacanagem
hoje, meio meia boca, mas ainda assim sacanagem.
-Hummmmmmmm. Eu acho eu você meu grandão deveria me deitar na
cama e cair de boca enquanto eu durmo.
-Nós devemos ser o casal mais escroto da literatura.
-Isso é verdade lindo.
-E o mais próximo da realidade também.- Eu digo colocando ela de pé
em frente à nossa cama.
É impressionante como eu ainda fico descompensado com o quanto ela
é linda, o quanto me faz bem olhar para ela, vê-la feliz.
-Eu adoro quando você me olha assim.
-Assim como linda?
-Como se eu tivesse trazido mais alegria para sua vida. Como se tudo
valesse a pena.
-E vale! Eu agradeço aos céus por ter te conhecido pequena.
Delicadamente eu tiro seu vestido, beijando cada espaço das suas
costas.
Ela está nua em minha frente, com os olhos nublados de desejo.
-Eu te quero para sempre.- Ela sussurra.
-Você já me tem.
Habilmente ela tira a minha roupa, me deixando nú em sua frente.
Nos beijamos, nossas mãos passeiam sobre nossos corpos, ambos
levados por uma onda de satisfação e deleite.
Em instantes somos somente dois amantes se devorando sobre a cama.
Cada investida um gemido, uma sensação. Cada um curtindo o seu
momento. Leve, feliz, realizado.
Ela olha para mim com o sorriso mais lindo do universo.
-Valeu a pena.- Ela confidencia.
-Mais que tudo.- Eu corroboro.
É tão bom sentir a certeza de nossas escolhas. E se tem uma coisa que
eu sinto neste momento, é que eu encontrei a minha mulher. Aquela que não
foi o que o anão de jardim queria ou merecia. Mas, com certeza, aquela que o
cavalo aqui precisava.
E dizer que isso tudo começou pelo fato de eu querer mudar a vida e o
pensamento de vocês mulheres.
No final, eu acho que quem mais mudou nessa trajetória fui eu.
Saibam que vocês não são as únicas que não conseguiram aceitar bem o
encerramento desta história.
E olha que eu sou um peludo de mais de um metro e noventa.
Pelo visto o apego foi recíproco.
Respondendo às perguntas iniciais: eu espero sim que tenha válido a
pena.
E é aqui que o Querida é o Caralho acaba, sem mais delongas, sem
qualquer momento bombástico.
Simplesmente com um cara confidenciando seus segredos.
Afinal tinha que acabar, pois, caso contrário, eu nunca iria saber o
momento certo de terminar.
Tá doendo pra caralho agora.
Mas é necessário, procurem outras histórias, conheçam outros caras, se
encantem por novas mocinhas.
Vivam...
Usem seus respectivos cérebros e não sejam idiotas, ou se forem não
digam que nós mantemos qualquer espécie de relação de amizade.
Acho que agora é a vez do Henrique, aquele imbecil do caralho.
Pelo visto vai ser lá que o Gustavinho Junior vai nascer e eu tenho que
reconhecer que eu tô me cagando de medo. Afinal, os homens também
sentem medo, não caiam nessa de super-herói, pois já estabelecemos que o
cara perfeito não existe.
Ou, de repente, são nas falhas que resida a perfeição. No amar apesar
de.
Então força pra todas e sempre lembrem: Querida é o Caralho!
Adeus,
Gustavo Abrantes Sobral
31.1.2016
DE FRENTE COM MANU
-Boa tarde meus amores, aqui quem vos fala é a Manuzinha, a mente
criadora do Querida é o Caralho.
-Também conhecida como a vaca que fica fornecendo putaria às custas
das irmãs alheias. Sem contar a puta sacanagem de semear as minhas
intimidades com a minha Excelentíssima esposa Sônia, ainda mais
considerando que uma leva de peludo decidiu ler esta porra.
-Boa tarde para você também Gustavo. Tudo bem querido?
-Querido é o Caralho.
-Isso aí, foca na propaganda do livro. Pode me xingar, pois sua
recorrente falta de educação tem me rendido consideráveis visualizações.
-Vai se fuder.
-Obrigada, mas eu sou tímida.
-Você? Tímida? Deu pra mentir agora?
-Não vai colar né?
-Considerando que quem está lendo esta porra já leu 68 capítulos de
putaria que você escreveu, então não.
-Este capítulo então é o 69. Sabe, isso até que pode me inspirar para o
próximo capítulo do Amor é o Caralho.
-Eu vou mandar uma striper de presente de aniversário para o seu
marido. Boa ideia né?
-Pra que este ódio todo no coração Brasil? Vamos mudar de assunto
então. Como que está a vida Gustavo?
-Estaria boa se você não andasse inventando umas certas histórias.
Agora me diz, precisava continuar a série? Não estava bom com o livro que
você escreveu as minhas custas? Tinha que fuder com a porra toda?
-Você se refere a Madu?
-Não sua vaca, tô falando do Obama. É óbvio que é da Madu.
-Então você não quer que ela seja feliz?
-Claro, mas de preferência de pernas fechadas.
-Oh moleque chato dos infernos. Vai ser ciumento assim noutro lugar.
Mas vamos falar de algo útil.
-Ou seja, quem manda nesta conversa daqui para frente sou eu, pois
você só fala e escreve bosta. Portanto, agora é de frente com Gustavo.
Emanuelle, eu já sei a resposta, mas vamos matar a curiosidade de muitos:
Esse Manu é de Manuzinha mesmo ou de Emanuel?
-Eu sou uma mocinha.
-O que mais te irrita?
-Fome. Esta sua característica de ser esfomeado foi inspirada em mim.
-Você é comprometida ou tá largada?
-Sou casada, então parem de me mandar cantadas nas mensagens
privadas no Wattpad. Tô chorando de rir agora.
-O que te fez escrever o Querida é o Caralho, além, obviamente, de não
ter o que fazer?
-Então seu cavalo, respondendo à sua pergunta, eu estava muito brava,
puta da cara de ler tantos romances com mulheres submissas e isso me dava
nos nervos. Eu não tenho nada contra esta postura de macho alfa, mas isso
não deve transbordar as quatro paredes do quarto. Por isso eu criei um livro
com a pretensão de ser diferente deste mais do mesmo. Acho que as mulheres
precisavam de um personagem principal que não fosse um espancador,
dominador maluco. Sem contar que eu queria um homem com jeito de
homem, que pensasse como um macho de verdade. Assim você surgiu para
ser o mocinho mais ignorante da literatura.
-Eu não sou ignorante, eu simplesmente não tenho paciência com gente
retardada.
-Você não é ignorante? Deu pra mentir agora também?
-Tá bom, eu sou ignorante, foda-se. Mas superada esta questão, a minha
esposa gostosa era para ser a protagonista desde o princípio?
-Não, ela só ia durar dois capítulos no máximo, mas eu me apaixonei
por ela. Com certeza o nome da protagonista não seria Sônia kkkkk, mas
fazer o que né. Então não teve como deixar a Amanda sendo o seu par.
-Nem me fale daquela louca.
-Eu vou colocar você no próximo capítulo do Amor é o Caralho.
-Você vai me fuder né Emanuelle?
-Vou. Desculpa, mas eu vou.
-Você é uma cadela.
-Eu sou mesmo.
-É isso Manu?
-É isso Gustavo.
-Eu se fosse você ia logo pra casa.
-Hein? Você não mandou nenhuma vadia pra minha casa né Gustavo?
-O filho da puta do Henrique acabou de pegar minha irmã lá naquela
outra história, digamos que eu possa ter sido bem criativo no presentinho que
eu mandei pro seu maridão...
Brinde: Gustavo, o pai de uma princesa
Já faz uma semana que o Gustavinho veio ao mundo e uma noite bem
dormida é algo inexistente na minha atual realidade.
Mas me perguntem se eu me arrependo de ter me tornando um pai de
família.
E a resposta é: só de vez em quando.
Não me julguem, quando vocês acordarem às 4 da madrugada com um
berreiro incessante e um carinha que gosta de tocar o terror enquanto o
mundo dorme, esta vontade de raptar a própria esposa e sumir no mundo se
tornaria bem mais tolerável e compreensível para vocês.
Qualquer resquício de julgamento desapareceria com certeza!
Sabe como é, filho é bom, mas dura.
Mas no geral eu amo ter toda aquela pirralhada e o pequeno terrorista
que possui o meu nome por perto.
Claro que ele sozinho supera em muito os outros 5 irmãos, o que era
provável, pois segundo a minha mãe Deus está me dando uma ideia prática
do que o pobre do meu pai sofreu na minha mão.
Se bem que a Dudinha não fica muito para trás do Gustavinho não.
Nós dois acabamos de nos acomodar em uma mesa em uma sorveteria
próxima de casa. Com as atenções voltadas para o pequeno é bom para ela
uma hora só no modo papai e filhinha. Claro que como estamos falando da
minha princesa, ela exigiu que eu colocasse um terno e que ela usasse um
vestido de festa rosa que mais parece uma roupa de bailarina. Portanto,
alguns olhares são lançados em nossa direção, ainda mais considerando que
não passam das 3 horas da tarde.
Ela como sempre pediu um sorvete gigante todo rosa cheio de
cobertura, que acaba de ser colocado à sua frente.
- Oh pai eu to pensando em namola, na, namorar.
- E eu estou pensando em te prender no quarto para o resto da vida.
Pode ficar tranquila que o papai vai encher o recinto de bonecas.
- Não é pa brincar paizinho. É sérinho. Pesta atenção.
- Eu vou me arrepender, mas fala minha menina.
- A gente tem um probleminha.
- Eu com certeza tenho. Você mal saiu dos 5 anos e já está pensando
em meninos. Eu já te disse meninos são ser do mal, qualquer contato deve ser
evitado.
- Você não quer me ajudar. Eu vou falar com a mamãe.
- Tira a sua mãe dessa história, ela acha tudo lindo e te dá péssimos
conselhos.
- Eu posso pedir pa um menino pa namolar com ele?
- Você pode entrar para o estado islâmico e nem por isso você vai fazer
isso!
- Estado o que?
- Nada não pequena. A questão é que poder você pode, mas tem tanta
coisa melhor para você fazer na vida agora. Deixa isso para o futuro.
- Futuro quando? Tipo amanhã?
- A terceira idade sempre é uma opção razoável.
- É muito tempo papai, eu nem entrei na pi, primeira série ainda.
Quantos dias faltam pa esse futuro que você disse chegar?
- É bem pouquinho. Quando chegar o pai avisa. Tá bom?
- Não. - Ela diz fazendo bico.
- Que menino é esse?
- Um menino aí.
- Um menino aí quem?
- Eu tenho vergonha, não vou dizer o nome dele. Peraí, já sei, só vou
contar que ele tem o cabelo da cor dos morangos.
- Não tenho ideia de quem seja. - Eu vou matar aquele moleque e olha
que eu até que ia com a cara dele.
Águas passadas.
- Pois é. Ele tem olho verde também papai.
- Nossa, agora ficou mais difícil. Acho que eu não conheço ninguém
assim. Vamos mudar de assunto?
- Papai você conhece sim! O Nicolas dormiu lá em casa ontem.
Lembra?"
- Ele sabe nadar?
- Igual gente gandi. - Ela diz orgulhosa colocando uma colher enorme
de sorvete de morango na boca, enquanto balança as perninhas sentada na
cadeira.
- Que pena.
- Por que papai? É bom nadar!
- Esquece que eu já descartei o plano. Quando a gente chegar em casa
você pode brincar de salão de beleza com o papai.
- Ebaaaa! Mas a gente tem que resolver o meu pobleminha antes.
- Que probleminha Dudinha?
- Eu gosto do Nicolas e ele não é meu namolado ainda.
- Se eu te der uma bicicleta nova toda rosa você esquece esta história?
- Não, mas agora eu quero uma bicicleta nova toda rosinha. De
princesa. Ah, com cestinha e lacinhos pa eu andar com o Nick.
- Só isso?
- Só, tá bom pa mim assim.
- Imagino.
- Pai.
- Que?
- Namorar a mamãe faz bem po seu coraçãozinho?
- Sim, o coraçãozinho do papai nunca esteve tão feliz.
- Hum, então tá decidido. - A minha princesinha diz toda feliz e pelo
visto eu acho que o pai aqui vai se fuder muito no futuro.
Brinde: Gustavo esposo pós-parto
- Caralho Sônia diz que você tá pronta! E abre essa porta logo que eu
esqueci de pegar o meu relógio aí no quarto.
- Gustavo vai caçar o caminhão que você caiu! Eu ainda não estou
pronta e para de me incomodar!
- Acho que você não tá entendo a gravidade da situação!
- Sério? Eu creio que você vai esclarecê-la para mim com certeza. Diga
senhor salsichão, mas fala auto para eu ouvir, pois a porta vai permanecer
fechada!
- Tá palhaça hoje né!
- Considerando que você me fala isso todo dia, eu acho que eu já
deveria trabalhar em um circo. Mas fala logo o que você quer relinchar, que
eu quero terminar de me arrumar!
- A questão é que o seu filho tem um pacto com o capiroto, portanto,
em poucos minutos a minha mãe vai repensar a decisão de ficar com ele hoje
à noite.
- Meu filho?
- Ele saiu da sua boceta não saiu?
- Mas puxou ao seu gênio do cão seu cavalo! E para o seu próprio bem
é bom que nenhum dos nossos filhos estejam por perto para ouvir você
falando desse jeito das minhas partes íntimas. - Eu involuntariamente acabo
olhando para os dois lados no corredor e, por sorte, inexiste qualquer infante
nas proximidades.
- Tão íntimas que eu não vejo fazem quarenta dias!
- Por isso que se chama quarentena seu cavalo.
- E por isso que o meu saco já está ficando roxo de tanto acúmulo de
porra!
- Oh marido romântico esse meu! Me dá mais dois minutinhos que eu
já saio.
- Sônia se tem uma pessoa que tem que dar essa noite aqui é você,
então abre esse caralho dessa porta logo!
- Eu só quero ficar bonita para você seu ignorante!
- É só você ficar pelada e mostrar esses peitos gigantes! Não tem
segredo criatura inocente.
- To pronta, pode ir lá pra baixo.
- Eu tenho que pegar o meu relógio.
- Eu levo ele para você! - Ela grita já sem muita paciência do outro lado
da porta.
- Mas eu queria fazer uns negócios antes de sair mulher lenta.
- Você não queria sair quase fugido homem ignorante até um minuto
atrás?
- É rapidinho. Abre logo essa porra Sônia!
- Não! Eu quero que você me veja descendo as escadas toda arrumada.
- E eu quero chupar a sua bocetinha antes de sair, oh tapada!
- Ah entendei. Sério? - Eu ouço algo caindo no chão e pelo barulho o
que quer que seja deve ter se estilhaçado.
- Sim.
- Mas você vai ter que esperar. E desce logo Gustavo! - Oh mulher
difícil viu! Mas pelo visto meus planos não vão se concretizar tão cedo. Eu
desço as escadas e fico esperando por mais cinco minutos, até que a Sônia
aparece com um vestido vermelho lá no alto.
Seus peitos estão saltando para fora do seu vestido e aquela pele branca
se destaca ainda mais.
Meu pau se manifesta imediatamente e somente o fato da minha mãe
estar na sala me impede de deixar a Sônia peladinha nesse momento. Eu nem
sei como agradecer a dona Helena, pois, se não fosse ela, hoje seria mais uma
noite em claro com o Gustavinho berrando a noite toda atrás de um peito.
Nunca vi uma criatura esfomeada daquele jeito! Mas hoje à noite é do
papai aqui e, depois de uma bela olhada naqueles peitos, eu compreendo o
meu filhão. Se eu pudesse eu viveria com a cara enterrada naquele paraíso.
Ela desce as escadas com um sorriso lindo no rosto e balança os
cabelos de um jeito nada natural, quase caindo escadaria abaixo com a firula
descoordenada. Eu acabo rindo internamente e me pergunto como que essa
mulher não quebrou o pescoço até hoje.
Ela para na minha frente dando um beijo de leve na minha boca.
- Valeu a pena esperar?
- Eu acho que é melhor você perguntar isso quando o meu pau estiver
enterrado em você. - Eu sussurro no seu ouvido. - Mas se você quer saber se
você tá gostosa é só você dar uma bela apalpada no meu pau, que você vai
ver o efeito que esse seu vestido fez em mim.
- Gustavo sua mãe tá no sofá, Deus me livre dela ouvir uma coisa
dessas!
- Ela já sabe que você é uma tarada.
- Eu sou uma vítima da sua falta de controle, um verdadeiro anjo.
- Vamos ou você quer continuar mentindo por mais algum tempo?
- Vamos, eu estou mega ansiosa para o nosso jantar romântico.
Nós nos despedimos da minha mãe e vamos até o meu carro. Após eu
dirigir umas 5 quadras ela pergunta:
- Em que restaurante a gente vai?
- Sônia a la carte!
- Onde?
- Você não pensou mesmo que eu ia perdeu meu tempo jantando hoje
né mulher? Muito mesmo que eu ia deixar você desfilar essa comissão de
frente para a machaiada do universo. Já basta eu batendo punheta por conta
deles.- Eu digo apontando para os seus peitos.
- Como assim Gustavo? - Ela quase grita no meu ouvido.
- A gente está indo para o meu antigo apartamento. Eu vou me acabar
de comer você e depois nós jantamos alguns dos aperitivos que eu
providenciei hoje à tarde.
- Gustavo, seu cavalo insensível!
- Sem charme, que eu sei que a sua bocetinha já está molhadinha de
tanta expectativa.
Eu olho para ela enquanto eu estaciono na garagem do meu prédio. Ela
fica vermelha, mas não diz nada. Minha mão passeia pela barra do seu
vestido e eu deslizo o meu dedo até a sua entrada.
Como eu imaginava ela está encharcada.
- De repente eu te coma no elevador. - Eu digo isso e já saio do carro,
dando a volta para abrir a sua porta. Ela está petrificada no banco e eu
estendo a minha mão em sua direção para ajudá-la a sair, a qual ela aceita de
bom grado.
- Você ainda diz que eu não sou romântico. - Eu falo enquanto nós
andamos até o elevador, o qual abre as portas imediatamente. Dois casais já
se encontram lá dentro e nós entramos nos acomodando logo atrás deles.
- Um autêntico cavalheiro. - Ela se estica e diz baixinho no meu
ouvido. Mas é a mão dela que acaba me surpreendendo, pois a safada a
espalma com força na minha bunda e dá uma bela de uma apertada. - Melhor
você ficar quietinho Dr. Gustavo. Afinal, você não querer que seus antigos
vizinhos achem que a sua digníssima mulher é uma tarada pela sua bundinha
gostosa, não é mesmo?
Ela me lança um olhar safado e eu imagino instantaneamente umas mil
formas de fuder a sua boceta com força.
- Eu não vou ter dó de você hoje à noite. Em poucas horas nem andar
você vai conseguir direito.
- Promessa interessante. Mas você não tem medo de me machucar? -
Eu vejo desafio em seus olhos e não me restam dúvidas que ela também quer
forte.
- Sônia se passou o Gustavinho por aí, não vai ser o meu pau que não
vai entrar. Aquele moleque já nasceu criado! Se bem que o meu pau também
é gigante.
- Senhor, o que eu faço com esse homem bronco?
- Pode deixar que eu já tenho várias ideias.
Nesta hora a mulher que está na nossa frente nos lança um olhar de
reprovação e balança a cabeça negativamente.
- Acho que ela ouviu.
- Senhor que vergonha.
- De apertar a minha bunda você não tem vergonha não né! – Eu acabo
falando meio alto e a Sônia quase perde a capacidade de respirar, pois todos
viram em nossa direção.
- Ele tá brincando. – Ela diz soltando uma risadinha nervosa.
- Não estou não. – Eu falo me divertindo com a situação e, como que
para tirar a prova dos nove, todos olham para onde a mão da minha esposa
avoada ainda está localizada. Ela imediatamente repara que ainda está com a
mão em plena cena do crime e solta a minha retaguarda.
Para a sua sorte as portas do elevador se abrem e todos os hipócritas
saem indignados com a situação.
- Eu juro que eu não mereço esse tipo de coisa. Parece que o
constrangimento me persegue.
- Eu disse que você é uma tarada, anjos com certeza não abusam dos
esposos em público.
- Eu deveria fazer greve de sexo com você.
- Mas daí nós voltamos novamente para a afirmação anterior,
consubstanciada no seu descontrole e compulsão sexual. – Nós chegamos no
meu andar e ela nem responde a minha afirmação, pegando a chave que está
nas minhas mãos.
Assim, que nós entramos e a porta se fecha, eu ando em sua direção,
mas ela é mais rápida e desvia, andando até o sofá da sala.
- Sabe Gustavo Abrantes Sobral, com o tempo e a sua companhia
constante, eu pude aprender umas coisinhas básicas.
- E quais seriam estes conhecimentos? Por óbvio, devem ser muito
valiosos, considerando o digníssimo professor que você teve.
- Primeiramente, o senhor pode manter uma distância considerável por
agora.
- Você sabe que eu não vou ficar muito tempo distante dessa sua boceta
gostosa, não é mesmo?
- Vai ficar o tempo que eu bem entender. – Ela senta no sofá e cruza as
pernas lentamente. Eu só posso dizer que eu fico ainda mais excitado com a
atitude dela. – Mas voltando ao assunto inicial, umas das coisas que eu
aprendi é que eu tenho o poder e que ninguém manda em mim.
- Eu concordo plenamente. Ninguém manda em ninguém nessa relação.
– Eu dou um passo em sua direção e ela imediatamente balança o dedo
negativamente com a unha pintada de vermelho.
Ela joga o cabelo de lado e passa as duas mãos sobre as coxas, subindo
lentamente o seu vestido uns bons cinco centímetros. A barra está bem
próxima de mostrar a sua calcinha e eu posso ver de relance a renda preta que
cobre a sua boceta.
- Tudo é uma questão de persuasão, não é mesmo doutor Gustavo?
- Sim. – Eu levo alguns instantes para conseguir olhar para os seus
olhos e desviar das suas coxas.
- Então a questão é o seguinte senhor advogado: o doutor me contrariou
e me constrangeu, o que parece ser um hobby para você. Portanto, eu quero e
exijo uma compensação, antes de deixar você desfrutar do meu corpo.
- Diga que é seu.
- Eu imaginei, mas sempre é prudente saber das consequências das suas
escolhas.
- Sônia por mais que eu esteja louco de tesão com esse seu joguinho, é
bom você agilizar o procedimento.
- Tudo bem doutor, pode começar tirando a roupa. – Minhas mãos vão
imediatamente para o meu blazer, mas ela me interrompe. – Acho que você
não entendeu Gustavo, é para tirar bem lentamente e no ritmo da música.
- Que música criatura?
- A que você vai colocar para tocar no seu sistema de som
obscenamente caro.
- Tá de sacanagem né?
- Não e, se for do seu interesse, é bom você agilizar o procedimento. –
Filha da puta! - Ah, prepara um drink para mim, sem álcool, por favor, pois
não faz bem para a amamentação ingerir bebidas alcoólicas. – Ela diz
ajeitando os seios da forma mais provocante possível.
Eu respiro fundo e vou até o bar que fica próximo ao local em que ela
está sentada. Involuntariamente eu olho para as suas pernas e depois para os
seus peitos.
- Pode olhar doutor, só não pode tocar. – Ela dá um sorriso sem
vergonha, que me dá vontade de jogá-la na cama e meter sem dó na sua
bundinha. – Ainda não pode, melhor dizendo.
Após alguns minutos eu entrego a bebida em suas mãos e ligo a bendita
música que ela pediu.
Eu tento manter o que me resta de sanidade e começo a tirar cada peça
por vez, da forma mais lenta que eu consigo, tentando controlar a ânsia louca
de atacar essa mulher que virou o meu mundo de cabeça para baixo. Eu abro
cada botão da minha camisa por vez, tiro o meu sapato, meias, relógio e
deslizo devagar o zíper da minha calça, deixando ela cair no chão.
Ela respira lentamente e seu olhos passeiam pelo meu corpo. Eu posso
ver que ela também está no limite, seu corpo arde e roga pelo meu.
Eu juro que fazer um Striptease não estava nos meus planos, contudo, o
fogo que emerge da Sônia me deixa ainda mais ligado. Minha cueca é a única
peça que sobra. Neste momento, ela abre as pernas e as mãos dela vão em
direção a sua calcinha.
- Não ouse tirar!
- Eu preciso me tocar. – Ela choraminga.
- Puxa ela de lado. – Seus olhos brilham ainda mais e agora sou eu
sorrio em resposta. Ela obedece meu comando e seus dedos massageiam o
seu clitóris. Eu estou à sua frente, há menos de um metro de distância. Dou
dois passos e fico entre suas pernas. Minha mão esquerda vai até seu cabelo,
que eu reúno em um punhado, fazendo ela olhar para cima. Nossos olhos se
encontram e eu me abaixo lambendo os seus lábios. Ela imediatamente tenta
se levantar, mas eu a impeço, mantendo-a sentada sobre o sofá.
- Só pode olhar senhora, não é permitido tocar. São regras da casa.
- Tira. – Ela diz olhando para a minha cueca.
- Só se você prometer me chupar a noite inteira.
- Sim. – Ela basicamente sussurra.
Eu atendo a sua vontade, mas antes eu viro de costas para ela. Quando
eu olho para trás, seus olhos estão fixos na minha bunda. Eu vejo que ela está
louca para tocar, mas se contem entrando no meu jogo.
Enfim, eu me viro e sua boca saliva ao olhar para o meu pau que está
totalmente duro diante de seus olhos. Eu me mexo ao som da música e eu
posso ver seu peito subir e descer com violência. Seus dedos se movem com
rapidez e eu sei que ela está próxima do orgasmo.
- Bate uma para mim Gustavo.
- Eu prefiro que você chupe. – Eu passo lentamente a cabeça do meu
pau nos seus lábios úmidos.
- Caralho! – Eu urro quando sua língua passeia pelo meu comprimento.
Minhas mãos puxam o seu cabelo e ela abre sua boca me tomando por
completo.
Nós dois não vamos durar muito tempo, é impossível achar qualquer
controle neste momento.
Sabendo disso eu a puxo sem qualquer cerimônia e a coloco de quatro
no sofá. Ela arrebita a bunda me mostrando que também quer tanto quanto
eu. Eu não penso das vezes e rasgo a sua calcinha, me posicionando atrás
dela e metendo o meu pau na sua boceta.
Ela está totalmente lubrificada e ele desliza com facilidade para dentro
dela. Seu corpo me convida e eu enlouqueço sentindo o seu calor. Eu senti
tanta falta disso, que eu não sei como eu suportei tantos dias.
Eu me inclino para frente e meus dedos vão direto para o seu clitóris
inchado.
Eu massageio com os dois dedos, o indicador e o dedo médio, um de
cada lado do seu clitóris, como uma forquilha para intensificar o seu prazer.
Ela grita o meu nome e eu enfio com força, um vai e vem feroz, apertando a
sua bunda com força, sabendo que a sua pele branca vai ter marcas amanhã.
- Eu vou gozar Gustavo. – E não era sequer necessário ela dizer isso,
pois as paredes da sua boceta se comprimem, sugando meu pau e me
deixando insano com este latejar erótico. – Mete com força, não para vai!
E nem se eu quisesse eu conseguiria, meu corpo agora não conhece
qualquer barreira. É tudo instinto, fome e prazer.
Se me restava algum domínio de meus atos, ele se esvai por completo,
é ofuscado pelo orgasmo que atinge.
Levam alguns minutos para eu retomar a consciência e agora estamos
ambos jogados no chão da sala. Ela está deitada sobre mim, com seu rosto
nobre o meu peito. Nossos corações batem com tanta força que é difícil dizer
qual está mais disparado.
A única coisa que me vem à mente agora, é que eu não consigo mais
viver sem esta mulher. Eu poderia perder tudo menos ela. Nada se compara a
Sônia.
No começo eu pensei que ia ensinar grandes coisas para ela, mas no
final foi ela que me ensinou a amar.
- Eu te amo Gustavo. – Ela sorri e levanta o seu rosto, olhando para os
meus olhos.
- Eu te amo mais Sônia. Pode ter certeza.
Série é o Caralho:
1 – Querida é o Caralho!
2 - Amor é o Caralho!
3 - Mãe é o Caralho!
4 - Príncipe é o Caralho!
5 - Princesa é o Caralho...
Obs.: inúmeros outros caralhos vão surgir ainda kkkk.
Bjokas da Manuzinha e até a próxima ;)
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