Estudo Completo Sobre Dizimos PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 20

O DÍZIMO É BÍBLICO? É CRISTÃO?

O dízimo para começo de conversa não é no singular, mas no plural: dízimos. E para aprofundar
mais, nos originais o termo é: ceifa e não dízimos.

Na Velha Aliança temos pelo menos 4 palavras que são traduzidas por "dízimos".

1ª - (rasa'am) ‫ מעשר‬uo (resa'am) ‫ מעשר‬- Nominativo masculino procedente de ‫( רשע‬Aser) = DEZ.

Assim ‫( רשעמ‬ma'asar) = corresponde há:

*Dízimo/ décima parte. *Décima parte. *Dízimo/pagamento de uma décima parte.

Textos Bereshit (Gênesis) 14: 20, Bemidbar (Números) 18:26, Devarim (Deuteronômio) 12: 17.

2ª - (rasA) ‫ עשר‬- Verbo: *Pagar o dízimo, tomar a décima parte de, dar o dízimo, receber o
dízimo:

(Qal) pagar o dízimo. (Piel) dar o dízimo. (Hifil) receber o dízimo.

Textos Bereshit (Gênesis) 28: 22

3ª - (iryisA) ‫ עשירי‬- Adjetivo procedente de ‫( רשע‬Aser) = Dez.

*Número ordinal. *Um décimo.

Texto Veiycrah (Levítico) 27: 32.

4ª - (norasI) ‫ עשרון‬- Procede também de ‫( רשע‬Aser) = Dez *Décima parte/ dízimo

Texto Veiycrah (Levítico).

No Velho Testamento há sim a palavra 'dízimos', que por sua vez significa 'décima parte', ou
seja; divide o que você tem em 10 partes iguais, retinha nove montantes para você e a décima
parte devolvia à Elohim conforme Dt 14, mas HOJE, compare abaixo a mudança dos
testamentos:

VELHO TESTAMENTO: Israel > lei > arca da aliança > templo > dízimo

NOVO TESTAMENTO: Gentios e ex-gentios > amor > Espírito Santo > nós > ajuda ao próximo

Abraão, o dizimista

Geralmente Abraão é visto ou apresentado, nos nossos dias, por alguns pregadores desavisados,
como um modelo de dizimista fiel.

Vamos examinar, então, esse ponto de vista.

Abra a sua Bíblia e leia Gênesis 12, onde está o relato do começo da história dos hebreus ou
judeus, como passaram a ser mais conhecidos. Aí está a chamada de Abrão (nome que mais
tarde foi mudado para Abraão). Pode começar a usar o seu lápis vermelho. Eis a ordem de
Adonai: Sai da tua terra,... e vai para a terra que te mostrarei... Eis a obediência de Abraão:
Partiram para a terra de Canaã e lá chegaram... Observe que ele foi chamado para sair da sua
terra e ir para outra terra, que ele não conhecia. Tão logo chegou à terra de Canaã, Adonai lhe
revelou que essa era a terra. Eis a promessa de Adonai: Darei à tua descendência esta terra.
Logo depois, Abraão ficou sabendo que a posse dessa terra somente se concretizaria na sua
descendência após quatro séculos: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em
terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também
eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas. E tu irás para
teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração tornarão para aqui;
porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus. Naquele mesmo dia fez o
Criador aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até
o grande rio Eufrates (Gênesis 15).

E Abraão sabendo que a posse da terra não viria no seu tempo, e que viveria nela como
estrangeiro, deu um jeito de comprar um pedacinho de terra para sepultar sua mulher e, depois,
ele mesmo ser também sepultado nela (Gênesis 23).

Já na terra de Canaã, Abraão se separou do seu sobrinho Ló. Abraão era um homem muito rico,
possuidor de grande rebanho, de sorte que a terra já não comportava os dois, visto que Ló
também tinha seu numeroso rebanho (Gênesis 13). Após essa separação, Abraão teve de entrar
numa guerra de quatro reis contra cinco para socorrer seu sobrinho, que tinha sido levado
cativo. Ele lutou do lado dos cinco, e dela se saiu vencedor. Então Abraão deu ao misterioso rei
e sacerdote Melquisedeque o dízimo de tudo (Gênesis 14).

Não das dízimas da terra prometida, pois ele nunca teve a posse da terra! Foi um gesto
voluntário e de acordo com os costumes antigos. Não havia preceito. Agora, veja à luz do próprio
texto e de Hebreus 7, que nesse “tudo” não estavam incluídas as dízimas da terra, tanto do grão
do campo, como do fruto das árvores (Levítico 27), nem os bens particulares de Abraão: seu
gado, seu ouro e prata, mas somente os despojos, ou seja, os bens que eles tinham tomado dos
inimigos derrotados. Aliás, bens que Abraão até desprezou, visto que nada quis daquilo para si,
posto que, além de ser um homem muito rico, recebera recentemente muitos presentes do
Faraó do Egito. Observe que ele foi para essa guerra com 318 homens guerreiros, dos mais
capazes, nascidos em sua casa, isto é, filhos dos seus servos e servas, o que denota o quanto ele
era rico (Gênesis 12, 13, 14). Portanto não houve nesse gesto de dar o dízimo a Melquisedeque
o hoje tão propalado sacrifício, que libera as bênçãos provenientes da entrega do dízimo, e que
alguns pregadores procuram inculcar nos dizimistas!

O dízimo é anterior à lei

Esse é o forte argumento comumente usado pelos pregadores do dízimo, para rebater os
cristãos não dizimistas, que afirmam que o dízimo é da lei. Realmente, parece um argumento e
tanto, bastante robusto, irretorquível.

Mas acompanhe passo a passo o raciocínio a seguir.

Os preceitos que se seguem também são anteriores à lei, e foram incorporados a ela, mas nem
por isso nos sentimos obrigados a observá-los, e nem somos ensinados a fazê-lo:

 A distinção entre animal limpo e animal imundo, e a consequente proibição de comer a


carne deste último [Gênesis 7, Levítico 11];
 A circuncisão [Gênesis 17, 21; Josué 5];
 O sacrifício de animais [Gênesis 15; Êxodo 20, 24; Levítico 1 e seguintes];
 A consagração dos primogênitos dos homens e dos animais a Deus [Êx. 13, Números 3];
 O levirato [Gênesis 38, Deuteronômio 25];
 A celebração anual da páscoa [Êxodo 12, 23; Josué 5];
 A guarda do sétimo dia (sábado) [Gênesis 2; Êxodo 16, 20, 23].
Você certamente concorda comigo nisso, mas poderá levantar uma forte objeção: É verdade, o
raciocínio acima parece lógico, mas o dízimo aparece também no Novo Testamento, logo deve
ser observado, pois ficou inserido no contexto do evangelho.

Nada disso, a problemática toda esta na falsa divisão do Velho Testamento para o Novo
Testamento, naquela famosa página branca entre Malaquias e Mateus.

Leia todo capítulo 9 de Hebreus (vamos tratar sobre isso mais adiante). O NT começou na cruz,
quando o Salvador exclamou: “Tetelestai”, está consumado, está pago a dívida. Rasgou o véu
e o N.T. iniciou.

Portanto o Messias veio para cumprir a lei e abolir a mesma, resumindo os mandamentos em:
Amor!

Em Mateus 23:23 ainda é V.T. Em todo momento o Messias apontava para a nova aliança que
viria.

Ora, se não há (templo) para arca da aliança, porque não existe mais arca da aliança, logo não
existem dízimos.

 Os judeus sabem disso, e são contra o dízimo cristão.


 Os Metodistas, bem como outros círculos protestantes assumem que o Dízimo é regra
da denominação Metodista e não do Novo Testamento à Igreja.
 O catecismo católico e o Vaticano II deixa claro que não há provas bíblias neo-
testamentárias para o dízimo, e que isso é voluntário, e para manutenção da estrutura
católica

Que vergonha então para o mundo gospel, pentecostal e neo-pentecostal que insistem na
cobrança equivocada do dízimo.

Veja algumas mudanças:

 A distinção entre animal limpo e animal impuro aparece também no Novo Testamento.
O apóstolo Pedro tinha dificuldade com isso, mas este problema foi resolvido, pelo
menos em relação aos gentios [Atos 10, 11, 15];
 A circuncisão também está no Novo Testamento, e está relacionada à pessoa mais
importante. E foi justamente no dia da sua circuncisão, quando completou oito dias de
vida, que ele recebeu o seu nome: Yeshua, Yahushua, J’sus [Lucas 2]. Aliás, a prática da
circuncisão até aparece lá bem na frente. O próprio apóstolo Paulo circuncidou Timóteo,
filho de uma judia crente e pai grego [Atos 16]; Entretanto, a circuncisão é agora
espiritual – vide todo livro aos Hebreus e carta aos Gálatas.
 De igual modo, o sacrifício de animais. Na consagração do primogênito Jesus, foram
sacrificados um par de rolas e dois pombinhos [Lucas 2]; Ainda não é Novo Testamento.
 E como estava escrito na lei, ele foi também consagrado ao Eterno na condição de
primogênito [Lucas 2]; Ainda era Velho Testamento.
 O levirato, por sua vez, ainda era praticado nos dias do Salvador. Os saduceus nos dão
notícia disso nos três Evangelhos [Mateus 22, Marcos 12, Lucas 20]; Ainda era Velho
Testamento.
 A celebração anual da Páscoa, também. E o próprio Salvador a celebrou [João 2, 13, 18;
Mateus 26]; Ainda era Velho Testamento.
 E até o polêmico sábado era observado [Lucas 4, 23; Mateus 24]. Ainda era Velho
Testamento.
E o que dizer do voto?

A promessa votiva, isto é, a promessa com que uma pessoa se obriga para com o Criador, e a
obrigação do dízimo para os israelitas, nasceu do voto de Jacó (portanto antes da outorga da
lei). Em diversas ocasiões, o Altíssimo deu longas e detalhadas instruções a Moisés sobre o voto,
particularmente o de nazireu [Levítico 27; Números 6, 30; Deuteronômio 23]. Os nazireus mais
conhecidos da Bíblia são: Sansão [Juízes 13], Samuel [I Samuel 1], João Batista [Lucas 1, 7]. No
Novo Testamento, temos notícia de que o apóstolo Paulo raspou a cabeça, em Cencréia, por
ocasião da sua segunda viagem missionária, por ter tomado ou feito voto [Atos18]. E foi
exatamente pelo seu envolvimento no cumprimento de votos alheios, feitos por quatro homens,
quando seguia sugestões dos apóstolos, que acabou sendo preso e processado em Jerusalém, o
que pôs fim à sua carreira missionária e resultou na sua ida a Roma, para julgamento perante o
tribunal do imperador César [Atos 21 a 29]. Paulo fez isso porque ele fazia de tudo para ganhar
a todos. Ele se passava de legalista para ganhar os que estavam na lei, e se fazia de sem lei, para
ganhar os que viviam na anarquia espiritual. A nossa lei agora é amor (Rm 13:8 em diante).

Dízimo x sábado

Ultimamente se tem dado muita ênfase à prática do dízimo. Até a Igreja Romana, que o adotou
em tempos passados e dele desistira, voltou a pregá-lo. Não com a violência com que alguns
pregadores evangélicos o fazem: ameaçando, excluindo da “igreja” ou não permitindo que o
não dizimista dela participe; mas com argumentos piedosos, suaves, persuasivos, longe da
síndrome de Malaquias e bem distante da síndrome da maluquice.

Caro irmão, vou levar você agora a fazer uma comparação do dízimo com o sábado, que poderá
trazer mais luz a esse estudo.

Em poucas palavras, quais as consequências imediatas, se não se desse o dízimo, conforme nos
informa Malaquias 3? Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação
toda.

Bom antes de qualquer coisa, paramos tudo agora, e por favor leia este documento a seguir com
atenção. Ele traz o entendimento de versículo a versículo sobre o contexto de Malaquias 3.

Estudo do capítulo 3 do livro de Malaquias.


Referência: Bíblia Almeida Revista e Corrigida (ARC).

Malaquias 3:1

Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o
Senhor, a quem vós buscais, o Anjo do Concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o SENHOR dos
Exércitos.

Alguns do Povo do Tabernáculo adotaram a heresia que envio o “meu anjo”

“... virá ao seu templo...”

Quem virá ao seu templo?

O SENHOR.

“...a quem vós buscais...”

Vós quem?

A quem esse “vós” se refere? Ainda não sabemos, mas no decorrer do capítulo saberemos quem são.
“... o Anjo do Concerto ...”

Eles buscam o Anjo do Concerto.

Se eles buscam o Anjo do Concerto é porque tem alguma coisa desconcertada.

“... a quem vós desejais ...”

Nós ainda não sabemos a quem se refere esse “vós”.

“...eis que vem...”

Quem vem?

O Anjo do Concerto.

“... diz o SENHOR dos Exércitos.”

Fim do primeiro versículo.

Malaquias 3:2

Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o
fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.

“Mas quem suportará o dia da sua vinda?”

Quem é este a que se refere? Vinda de quem?

Do Anjo do Concerto

“E quem subsistirá, quando ele aparecer?”

De novo, refere-se ao Anjo do Concerto.

“Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.”

Aqui está dizendo que o Anjo do Concerto será como o fogo do ourives e com o sabão dos lavandeiros.

Fogo é porque tem alguma coisa impura.

Sabão é porque tem alguma coisa suja, imunda.

Então sabemos que a coisa estava “desconcertada”, “impura” e “suja”.

Malaquias 3:3

E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como
prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça.

“E assentar-se-á, afinando e purificando a prata...”

Observe que diz afinando e purificando.

“...e purificará...”

Atenção nessa parte: purificará (o fogo do versículo anterior), e quem é que precisa de purificação?

Resposta: OS FILHOS DE LEVI.

E quem são os filhos de Levi?

Os sacerdotes.

Então nós conseguimos até a parte A do versículo 3 saber quem é esse “vós” do versículo 1.

Vós buscais, vós desejais, refere-se aos filhos de Levi, ou seja, os sacerdotes.

Sabemos então, que o Anjo do Concerto vem para concertar, purificar e limpar os sacerdotes.
“... e os afinará como ouro e como prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça.”

Afinando como ouro e como prata, em referência ao versículo 2.

Primeiro, antes de trazer ofertas, tem que arrumar a vida, concertar a vida, passar por um processo de
purificação.

Malaquias 3:4

E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros
anos.

Será suave ao SENHOR, depois que tudo for concertado.

Malaquias 3:5

E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros,
e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva,
e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos.

“E chegar-me-ei a vós para juízo...”

Vós quem? Os sacerdotes.

Então quem é que vai sofrer o juízo? Os sacerdotes.

“... e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros ...”

Agora você vai ver a semântica do texto e chegar a conclusão do que estava acontecendo essa época no
meio dos filhos de Levi.

Porque será que eles estavam desconcertados, impuros e sujos? Precisando de sabão dos lavandeiros e
fogo do ourives? Logo saberemos.

“...contra os feiticeiros...”

Primeiro, feitiçaria, os sacerdotes estavam envolvidos com feitiçaria.

E hoje? É diferente? Maçonaria, nova ordem mundial, ecumenismo, gnosticismo, auto-ajuda, hipnose.

“...e contra os adúlteros...”

Também existem muitos sacerdotes adúlteros hoje.

“... e contra os que juram falsamente ...”

São os que mentem.

“... e contra os que defraudam o jornaleiro ...”

Ou seja, enganam o trabalhador.

“... e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro...”

Depois de estudarmos o contexto de Malaquias 3, vamos também estudar Deuteronômio 14 para que fique
entendido qual é o direito da viúva, do órfão e do estrangeiro.

Em contraposto ao que está lá na frente do Novo Testamento, que é a pura, verdadeira e


imaculada religião: cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas tribulações.

Então, ao invés de eles cuidarem dos órfãos e das viúvas, porque todo livro de Tiago está tratando de fé e
obras, ajudar as pessoas com alimentos, com vestimentas, lugar pra dormir, é o que está sendo tratado no
livro de Tiago, e ele chega no ápice da mensagem da epístola quando diz que devemos cuidar dos órfãos e
das viúvas nas suas tribulações, ou seja, os necessitados, o seu próximo, seu semelhante, seu irmão que
precisa da sua ajuda.

E já na época de Malaquias, o órfão e as viúvas estavam tendo seu direito pervertido, ao invés de receberem
ajuda dos sacerdotes, do templo.
“... e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Faltava ainda o temor por parte dos sacerdotes.

Malaquias 3:6

Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.

“..por isso, vós...”

Vós os sacerdotes.

“... ó filhos de Jacó...”

Jacó teve seu nome mudado para Israel, porque o nome Jacó tem um significado que não é plausível para
um fiel a Deus, que quer dizer “enganador”, “suplantador”, “trapaceiro”. Então toda vez que no Velho
Testamento aparece “filhos de Israel”, Deus está falando com seus filhos obedientes e tementes a Ele, mas
quando fala “filhos de Jacó” está dizendo enganadores, suplantadores, trapaceiros, mentirosos, infiéis, que
ainda não se converteram, e ainda não são Israel. Ele está falando às cabeças tribais, aos chefes das
famílias... “Olha, Eu, o SENHOR, não mudo, por isso vocês enganadores não são consumidos”

Malaquias 3:7

Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim,
e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?

Novamente a parte “vos desviastes” se refere aos sacerdotes. Então Deus está falando “tornai vós (os
sacerdotes) para mim, e Eu tornarei para vós”

“... mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?”

De novo, vós os sacerdotes.

Os sacerdotes dizem: Em que havemos de tornar?

Quem são os sacerdotes hoje?

Os padres, os pastores, aqueles que Jesus condenou em Mateus 23, que tivessem e ostentassem títulos,
que recomendou aos ouvintes que a ninguém chamassem de mestres, de pais, de doutores, mas hoje como
está? É o padre (pai em italiano) que é o sacerdote, quer dizer, eles não obedecem a Mateus 23.

Então os padres, mestres, doutores, reverendo, bispos, arcebispos, cardeais, e todos os títulos que os
homens do sistema religioso ostentam, estes são os sacerdotes do século XXI, são eles que hoje dizem:
“Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus?” São eles que perguntam e não nós (os membros)
como eles ensinam.

A mentira do sistema religioso de hoje, é que essa pergunta está sendo feita por você e por mim, mas não
é.

Malaquias 3:8

Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas
ofertas alçadas.

“Roubará o homem a Deus?”

É a pergunta dos padres, pastores e demais “mestres” de hoje.

“Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos?”

Vós quem? Os sacerdotes, pastores, padres, bispos, etc.

Em que te roubamos? Perguntam os pastores de hoje, e Deus responde:

“Nos dízimos e nas ofertas alçadas.”

Eles roubam a Deus nos dízimos e ofertas alçadas e não o povo como é ensinado hoje nos templos.
Vamos entender o contexto.

O que estava acontecendo nesse período:

O povo de Israel foi exilado na Babilônia, aí o império Medo-Persa invadiu a Babilônia e dominou o mundo,
então veio o primeiro lote de judeus cativos sob o comando de Zorobabel, e nesse primeiro grupo de judeus
que saiu da Babilônia veio junto o desejo de reerguer o templo que havia sido destruído, ou seja, eles saíram
da Babilônia já pensando em reconstruir o templo, então começaram a fazer doações de recursos para que
isto pudesse se tornar realidade, e os sacerdotes (que eram feiticeiros, adúlteros, mentirosos, que roubavam
o trabalhador, a viúva e o órfão) estavam desviando dinheiro, isto é muito antigo, vem desde Acã que
escondia ouro debaixo do tapete (Josué 7:21).

E o povo continuava sincero doando e desejando a reconstrução do templo, e eles desviando, aí Deus diz
“Vocês estão me roubando”.

Malaquias 3:9

Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação.

“...vós toda nação.”

Toda cabeça tribal, todo sacerdote, são eles que roubam a Deus.

“Com maldição sois amaldiçoados...”

Essa parte é usada pelo sistema religiosa para “quebra de maldições”, dizem que é seu dever dar o dízimo
pra maldição sair de cima de você e por aí vai.

Mas devemos ver o contexto, porque como diz o ditado: “Texto sem contexto vira pretexto”

Se um amigo escrevesse uma carta pra você com 3 páginas, e mandasse pra sua casa, você leria só um
pedaço da carta ou inteira?

E porque o povo só lê um pedaço da carta?

Não lê o livro todo de Malaquias, por isso sofre e é enganado.

Malaquias 3:10

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova
de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma
bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro...”

O que é a casa do tesouro?

Não é denominação, a religião, não é aquilo que você chama de igreja (o templo feito por mãos humanas).

Casa do tesouro eram câmaras que eram feitas para guardar mantimento.

“... para que haja mantimento na minha casa...”

Mantimento não é dinheiro.

“...e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos ...”

Aqui começa o evangeliquês “faça prova do Senhor”, e mandam você colocar Deus na parede, mas Deus
não é de gesso, nem de madeira, nem de barro pra ser colocado na parede. Não adianta condenar o sistema
católico que tem crucifixo pendurado na parede, se você também coloca Deus na parede.

“... se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha
a maior abastança.”

A expressão “abrir as janelas do céu” quer dizer chuva.

Para continuar precisamos ler o versículo 11.


Malaquias 3:11

E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no
campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

Devorador é o diabo?

Alguns dizem que o devorador é um demônio, é ensinado em muitos lugares.

“... para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril ...”

Fruto? Terra? Vide? Campo?

É linguagem figurada?

A Bíblia que temos é oriunda e compilada pelo sistema católico/protestante, da septuaginta, mesmo sistema
de Lutero, Calvino, etc, que eram maçons, e veio com uma tradução sorrateiramente acrescida em partes
e retirada em outras, de forma que beneficie as mentiras do sistema religioso.

Por exemplo Atos 2:46 que diz “todos os dias no templo”, na verdade é “todos os dias no pátio do templo”,
e isso faz muita diferença. Outra “obedecei vossos pastores” em hebreus 13, o correto é “imitai vossos guias
espirituais”.

Tem muita coisa incompatível com o original, e no hebraico nenhuma vez aparece a palavra
“dízimo”, e sim a palavra “ceifa”, o que nos dá a denotação plena de que não é dinheiro e sim
alimentação.

Depois, ao ler o versículo 10 e 11 entende-se o versículo 9 que diz “com maldições sois amaldiçoados”, o
que estava ocorrendo é que os sacerdotes roubavam e Deus fechava as janelas do céu e vinha a seca que
era a maldição, porque o povo subsistia da agricultura.

A corrupção dos sacerdotes fazia todo o povo pagar pelos pecados de seus líderes com essa maldição que
era a seca, eles desviavam dinheiro, adulteravam, roubavam e consequentemente vinha o devorador e
consumia o fruto da terra.

E o que é o devorador?

É aquele mesmo cidadão que está presente nos profetas menores, por exemplo no livro de Joel (capítulo
1), que fala da locusta, do gafanhoto, e são esses insetos que destroem a plantação.

Desviavam os mantimentos que eram doados para irem para as câmaras, ou seja, a casa do tesouro, esse
mantimento que iria posteriormente para as viúvas, órfãos e estrangeiros. Todos os pobres e carentes que
precisavam de mantimentos eram saciados através dessas câmaras.

O devorador não é o diabo e sim tudo que destrói a plantação, a saber, o gafanhoto, a peste, a
seca, etc.

A linguagem é simples tanto para o leigo quanto para o entendido no assunto, pois é literal e
não figurado.

Como saberemos isso? Lendo Deuteronômio 14.

Antes disso veremos Malaquias 2:1, 4, 8 e 9, para confirmar para quem não sabe que os sacerdotes são os
filhos de Levi.

Malaquias 2.1 – “E, agora, ó sacerdotes, este mandamento vos toca a vós.”

2.4 - Então, sabereis que eu vos enviei este mandamento, para que o meu concerto seja com Levi, diz o
SENHOR dos Exércitos.

2.8 - Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na lei: corrompestes o concerto de Levi,
diz o SENHOR dos Exércitos.

2.9 - Por isso, também eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo o povo, visto que não guardastes
os meus caminhos, mas fizestes acepção de pessoas na lei.
No versículo 8 não vemos nada diferente do que acontece hoje, porque os sacerdotes de hoje também estão
fazendo o povo tropeçar na lei.

Todo o livro de Malaquias está tratando de uma grande repreensão aos sacerdotes, o capítulo 1 está falando
do formalismo dos sacerdotes, e é o que tem hoje na igreja de laodicéia, e o capítulo 3 fala do Anjo do
Concerto que vem purificar os filhos de Levi.

Todos os profetas menores abordaram esse assunto, condenando e denunciando, como está fazendo agora
esse ministério do Eu Quero Uma Igreja que chamamos de Corregedoria Eclesiástica.

Todos os profetas menores exerciam esse ministério de denunciar o pecado.

Aí dizem: “Cuidado irmão, você está escandalizando o evangelho!”

Não, o escândalo não vem por quem denuncia e sim por quem pratica.

É o pastor que está na maçonaria, é o pastor que te rouba com dízimos e ofertas, é este que está
escandalizando, pois se assim não fosse, todos os profetas menores teriam denunciado e estariam
escandalizando.

Miquéias 3.11 - Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse,
e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR
no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.

A situação sempre foi feia e Deus levantava profetas para denunciar essa podridão.

Porque o sistema religioso ao invés de usa Malaquias 3:10 não usa Deuteronômio 14, na própria
lei quando ela foi feita e estabelecida?

No velho testamento veremos como o dízimo de hoje está equivocado e é mentiroso.

Deuteronômio 14:22 a 29:


Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E,
perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos
do teu cereal, do teu mosto, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que
aprendas a temer ao SENHOR, teu Deus, todos os dias. E, quando o caminho te for tão comprido, que os
não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR, teu Deus, para ali pôr o seu nome,
quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao
lugar que escolher o SENHOR, teu Deus. E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por
vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali
perante o SENHOR, teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; porém não desampararás o levita que está dentro
das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.

Ao fim de três anos, tirarás todos os dízimos da tua novidade no mesmo ano e os recolherás nas tuas portas.
Então, virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que
estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda
a obra das tuas mãos, que fizeres.

Tem dinheiro na história, mas o que diz?

R= E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por
bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e alegra-te, tu
e a tua casa.

Não é o sistema religioso é a tua casa.

No último versículo fala do estrangeiro, órfão e viúva, estes comerão e se fartarão.

Você quer ser abençoado? Não é dando o dízimo na sua denominação que isso acontecerá.

Quer ser abençoado? Ame o próximo, ajude o próximo, esta é a verdadeira religião, sempre foi.

Dê de comer a quem tem fome, e dê de vestir a quem não tem roupa.


Levítico 27:30 a 32

“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas
são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre
ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será
santo ao SENHOR.”

2 Crônicas 31.5

“E, depois que essa ordem se divulgou, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, e de mosto,
e de azeite, e de mel, e de toda a novidade do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em
abundância.”

Nestes versículos continua mostrando claramente que o dízimo não era dinheiro e sim alimento.

No envelope das denominações diz na entrega do envelope:

“Como dizimista você está ajudando na:

 -Evangelização
 Sustento de ministros
 Rádio e televisão
 Impressão de bíblias
 Construção de templos

... (e por último que deveria estar em primeiro lugar)

 Atendimento aos pobres”

Vamos ver como está equivocado esse sistema.

1Coríntios 9:13 e 14

“Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de
contínuo estão junto ao altar participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho.”

1Coríntios 9:6

“Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?”

Primeiro, aqui está tratando da liberdade e dos direitos dos apóstolos, hoje não existe mais o ministério
apostólico (Efésios 4.11 – “E ele mesmo deu uns para apóstolos...”).

Apóstolo significa aquele que é enviado, e o sistema religioso deu outro nome pra isso hoje que é
missionário. Ele até pode ser missionário porque vai cumprir uma missão, mas não pode ostentar o título
de missionário, porque isso é anti-bíblico e vai contra o que o Senhor Jesus ensinou em Mateus 23 (seja
bereano e leia).

Segundo, aqui temos que entender o seguinte, o próprio Paulo diz que nunca foi pesado a ninguém porque
trabalhava, fazia tendas, e procurava de todas as formas não usar os recursos dos irmãos.

Terceiro, ele está defendendo o direito dos apóstolos serem mantidos e faz uma comparação ao velho
testamento onde os filhos de Levi tinha direito de comer o que era do templo, tudo que era produzido da
terra e era levado para as câmaras, os sacerdotes podiam comer desse mantimento, isso era legalizado
diante de Deus. Só que o apóstolo quer dizer que aqueles quer eram apóstolos poderiam viver do evangelho,
que hoje são os missionários, porque não existem mais apóstolos porque ninguém viu ocularmente ao
Senhor Jesus ressurreto, eles viram, nós não, o único que não viu ocularmente foi Paulo e é por isso que
ele está dizendo isso, porque estava sendo constantemente criticado (da igreja) e duvidando do ministério
apostólico dele. Por isso no versículo 3 de 1Coríntios ele diz : “Esta é a minha defesa para com os que me
condenam.”

Eles diziam que ele não era apóstolo, mas ele era.

Nesse terceiro ponto o que está sendo observado é que viver do evangelho era para apóstolo e hoje não
existem mais apóstolos.
E para concluir, se assim for, quem são os enviados hoje? Os missionários, e estes são os únicos que podem
deter o direito de viver com o salário da igreja. Aquele que vai pro campo levar a Palavra do Senhor, que
tem muitos custos para ir até a cidade e ficar um tempo lá, ele precisa do tempo integral para cuidar das
ovelhas.

Quarto, o missionário hoje, e somente ele tem o direito de viver do salário da igreja.

Pastor não pode viver de salário, os que hoje não trabalham e vivem com salários altíssimos de até mais de
30 mil como se vê hoje, está errado.

A questão do dinheiro destinado à rádio e televisão, desde quando deve ser investido dinheiro nestas coisas?

Construção de templos? Porque? O Senhor Jesus não vai mais voltar?

Não precisamos investir em templos por mãos humanos

E no envelope, em último lugar está o dízimo destinado ao atendimento aos pobres, se tivéssemos que
entregar o dízimo, então pelo menos isso deveria estar em primeiro lugar.

A verdadeira religião é cuidar dos pobres. (Tiago 1.27 – “A religião pura e imaculada para com Deus,
o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.”)

Eles não leram 2Coríntios 8:14

Diz assim:

“mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também
a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade”

E no verso 15: “como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de
menos.”

E em 2Coríntios 9.9 diz: “conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para
sempre.”

Então o que leram afinal?

Eles leram a parte “b” do versículo 13 do capítulo 9, liberalidade.

Eles leram 2Co 9:12 “Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas
também redunda em muitas graças, que se dão a Deus,”

Mas leram somente “administração desse serviço”.

Também usaram o versículo 6, que diz: “o que semeia pouco pouco também ceifará”

E por aí vai a manipulação.

E não pregou o que está no versículo 7 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com
tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”

Não é obrigatório, não é compulsório, não é 10%.

Se você quiser ajudar um grupo espontaneamente pode ajudar com 9, 10, 20 ou 90%.

Não é com tristeza ou por necessidade que é o que se faz e se incentiva hoje.

Eles param esse versículo 7 e leu o 8 que era interessante para eles : “E Deus é poderoso para tornar
abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em
toda boa obra”

E aí surge mais uma heresia, assim como a teologia da prosperidade pregada por muitos, entre eles Edir
Macedo, R.R. Soares, etc. Que usam Mateus 6:33 (Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e
todas essas coisas vos serão acrescentadas.) para seu bel prazer de forma totalmente equivocada (todas as
demais coisas).
Tudo vai ser acrescentado na sua vida, helicóptero, fazenda, dinheiro na conta, saúde, carro importado,
piscina, mansões, é isso que eles pregam.

Não é todas as demais coisas e sim “todas essas coisas”, que Deus cuida das aves do céu e dos lírios dos
campos e quanto mais de vocês homens de pequena fé, e que coisas são essas? Comida pra comer e roupa
pra vestir e lugar pra dormir.

O apóstolo Paulo como é imitador veja o que disse a Timóteo:

1Timóteo 6.7e8 – “Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.
Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.”

Sustento= o que comer

Cobrirmos= o que vestir

Essa é a verdadeira prosperidade

Mas os ricos, esses que querem ser ricos, teologia da prosperidade, campanhas, correntes, quebra de
maldição, fogueira santa, Moris Cerullo e demais mentiras, quem corre atrás disso estão no versículo 9 e 10
de 1 Timóteo que diz:

“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas,
que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de
males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”

A pessoa fica 10, 20 anos dando dinheiro para esses caras e depois descobre que não deu em nada e se
decepciona, aí desvia da fé, e não quer saber mais do Senhor Jesus.

O que fazer está no versículo 11 de 1 Timóteo:

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a
mansidão.”

Pronto, está claro.

O que é prosperidade?

É comida pra comer, roupa pra vestir e lugar para dormir.

E ainda em:

Filipenses 4.13 – “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”

Esse versículo está em pára-choques de caminhões, ímãs de geladeiras e adesivos de carro.

Mas o qual o contexto? O que vem antes?

Filipenses 4: 11 e 12 – “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que
tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou
instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.”

Sei estar abatido! Silas Malafaia ensina isso?

E sei também ter abundância! Ah, isso eles pregam.

E em todas as coisas! Agora você entendeu o que significa todas as coisas.

Em outras palavras está dizendo o seguinte:

Pobre ou rico, com dinheiro ou sem dinheiro, estou bem ou estou mal, nada me separa do amor de Cristo!
Isto é o que Jó viveu, por isso ele era íntegro (Recebi o bem de Deus e não receberia o mal?).

Você um bem material, perde alguém da família, emprego, empresa, e diz: “Recebi o bem de Deus e não
receberia o mal? (Jó 2:10)”

Isso é ser íntegro, isso é ser temente a Deus, isso é agradar a Deus, isso é ser justo.
Fiel não é ficar colocando no carro que é fiel, ser fiel é quando estar em abundância e estar em necessidade
continuar com Deus.

Eles usam também por aí em campanhas esse versículo:

“O SENHOR é meu pastor e nada me faltará!”

Primeiro que não é nada me faltará, é o SENHOR é meu pastor ponto e vírgula, aí vem nada me faltará, ou
seja, SE o SENHOR é meu pastor, diz a semântica, então nada me faltará.

Só que este nada me faltará é nada.

Veja só: Salmos 23.4e5 - “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum,
porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na
presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.”

Olhe os versículos e observe que a verdadeira prosperidade tem vale, tem sombra, tem morte, tem mal,
tem vara, tem inimigos.

Isso é ser realista, “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33)

2Coríntios 8 e 9

Que o tal Malafaia diz que é o maior compêndio de dízimos e ofertas e nesses capítulos não fala em nenhuma
dessas duas palavras e sim de coleta para os pobres, e o apóstolo Paulo tinha tanto cuidado com isso que
disse assim: “Recolham essa coleta para os pobres antes de eu chegar”, porque ele não queria constranger
as pessoas de passar a salva no meio do culto, ele não aceitava isso.

Mateus 23.23 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do
cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas
coisas e não omitir aquelas.”

Ah, mas agora é novo testamento.

Eles amam isso.

4 coisas totalmente erradas:

Esse capítulo está falando para os fariseus, os mestres (padres, pastores), os que ostentam títulos, que
estão sendo condenados nos versículos 7, 8, 9, 10, 11 e 12 desse mesmo capítulo, estes que sentam nos
primeiros lugares das sinagogas, esses que devoram a casa das viúvas, que usam roupas para se diferenciar
(ternos, golas dos padres, chapéus), os próprios do sistema religiosos, é para estes que o Senhor Jesus está
chamando de hipócrita, que falam, mas não fazem, estes pois que dá o dízimo. O primeiro erro, no versículo
está falando hortelã, endro e cominho, que são todos produtos da terra, e por quê? É óbvio, já foi explicado,
o dízimo era o que a terra produzia. Quando diz hortelã, endro e cominho, o Senhor estava dizendo que
eles se preocupavam com as mínimas coisas, obedeciam ao talmud que tinha 613 preceitos, e estreitavam
o caminho de tal forma que nem eles entravam e nem deixavam os outros entrarem, fechavam as portas.
Estes que se preocupavam com isso para depois bater no peito e olhar para o publicano e dizer “Eu dou o
dízimo de tudo!”, enquanto o publicano dizia “Senhor tem misericórdia de mim, pobre e pecador!” E esse
desceu justificado.

O Senhor está querendo dizer que eles estavam preocupados em dar o dízimo e cumprir Deuteronômio 14
nas mínimas coisas, e disse que desprezavam o mais importante da Lei. É onde vem o segundo erro: o mais
importante da lei, aqui o Senhor Jesus está provando que o dízimo é Lei, e que a Lei durou até João Batista
(a lei e os profetas), e que a Lei foi consumada e cravada na cruz. Três: o juízo, a misericórdia e a fé, ou
seja, não adianta dar dízimo e não ter essas coisas, devíeis, porém, fazer estas coisas (não deixar de dar o
dízimo) e não omitir aquelas (juízo, misericórdia e fé). O terceiro erro é que o juízo, a misericórdia e a fé é
o mais importante da lei, e como sabemos isso?

Romanos 13.8 – “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros;
porque quem ama aos outros cumpriu a lei.”

Aqui o Senhor Jesus já tinha morrido e começado definitivamente a era da graça.


Romanos 13.9e10 – “Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho,
não cobiçarás, e, se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.”

Juízo, misericórdia e fé hoje é o amor, você amando o próximo, você cumpre a Lei.

Ajudando o órfão, estrangeiro e viúva, que são os pobres, você cumpre a Lei.

Pergunta: Mateus 23 é novo testamento ou é velho testamento?

Claro que a bíblia oriunda do sistema católico/protestante vai mentir pra você.

Está dividida assim: Malaquias 4:6 aí vira-se a página, tem um página em branco, e depois vem uma página
escrito NOVO TESTAMENTO. E você obviamente pensa que ali começa o novo testamento, mas não é.

Porque para ser testamento precisa ter morte, sangue.

Observe:

Hebreus 9.15ª18 – “E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para
remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa
da herança eterna. Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque
um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive? Pelo que
também o primeiro não foi consagrado sem sangue”

Em Mateus 23 o Senhor Jesus estava vivo, e para ter testamento precisa ter morte e sangue, mas eles se
aproveitam porque a Bíblia com influência da maçonaria e sistema católico/protestante vem com essa
subdivisão velho e novo testamento.

A subdivisão deveria ocorrer onde?

Um bom lugar seria a partir desses dois versículos:

Mateus 27.50e51 – “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. E eis que o véu do
templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.”

Tudo que está escrito a partir de 27:50 ocorreu para marcar o início do novo testamento.

Em Mateus 23:23 o Senhor Jesus ainda estava cumprindo a Lei, por isso muita gente faz confusão com as
coisas judaizantes de guarda do sábado, dízimo, que insistem em trazer para a igreja de Cristo.

2Coríntios 3.6 – “o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas
do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.”

Alguns falam que não pode estudar porque a letra mata.

O que é letra? O versículo 7 também de 2Coríntios 3 explica: “E, se o ministério da morte, gravado com
letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de
Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória”

E no versículo 3 diz: “porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não
com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.”

Está falando do legalismo de Moisés, das letras que foram escritas em pedra, hoje NÓS somos a carta de
Deus, NÓS somos o templo do Espírito Santo (1Coríntios 3:16), agora NÓS somos igreja (Efésios 2:22),
agora NÓS somos a casa de Deus (Hebreus 3:6), agora NÓS somos reis e sacerdotes (Apocalipse 1:6).

2Coríntios 3.12a17 “Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como
Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o
fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está
por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo ABOLIDO.” E até hoje, quando é lido Moisés,
o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará.
Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”

O véu está posto sobre o coração deles, os pastores, padres e demais do sistema religioso, porque hoje
temos livre acesso a Deus, mas eles continuam costurando o véu, não se rasgou pra eles, e eles não querem
que o véu se rasgue pra você, eles não querem que você saiba que hoje tem livre acesso a Deus, eles
querem ser mediadores, inventam Maria no catolicismo e no protestantismo é o pastor o mediador, eles
estipulam que quem não dá o dízimo é cidadão de 3ª classe e assim por diante, não te deixam crescer lá
dentro, não te dão oportunidade se não dizimar.

No versículo 16: “Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará.”

Se você dá o dízimo você está na Lei ainda. Você está preso no velho testamento, nas coisas
judaizantes.

Quando se convertem, isto é, dão 180 graus, o véu se rasga, e passam a olhar para o novo testamento,
onde você é templo de Deus, rei e sacerdote.

O último versículo de Malaquias (velho testamento) fala de maldição, e o último versículo de Apocalipse fala
na graça do nosso Senhor Jesus Cristo. Saia do legalismo e venha para a graça.

A liberdade em Cristo é estar livre da Lei, do legalismo, e não ficar dançando no templo, balbuciando, latindo,
uivando, imitando leão, e outras coisas que se fazem em alguns lugares.

O Senhor Jesus trouxe para nós o amor, a graça, você ama o próximo e cumpriu a lei.

2Coríntios 3.18 – “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

Isso é o que ocorre com quem tem o véu rasgado, é transformado de glória em glória.

Veja o que diz em Tiago 2.10 – “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-
se culpado de todos.”

Saia da maldição da lei, deixe de dar o dízimo a partir de hoje e contribua segundo o seu coração
para ajudar aos pobres.

E aí vamos ver um versículo em Hebreus, porque os mentirosos do sistema religioso vão dizer que Abraão
deu o dízimo para Melquisedeque antes que houvesse a Lei.

Hebreus 7.4a6 - “Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos
despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o
dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão. Mas aquele cuja genealogia
não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.”

A questão é:

O que o escritor de Hebreus está tratando aqui?

Parece ser uma carta de Paulo, mas ninguém sabe quem escreveu Hebreus; mas Paulo gostava de fazer
uma comparação/paralelo entre as coisas do velho testamento com os do novo, em 1Coríntios 9, quando
ele defende que o apóstolo pode ser sustentando pela igreja ele fala dos sacerdotes e do templo.

A partir do versículo 8 de Hebreus 7 começa o que é novo testamento:

Hebreus 7.8a12 – “E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se
testifica que vive. E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. De sorte que,
se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia
logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado
segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança
da lei.”

Hebreus 7.19 – “(pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança,
pela qual chegamos a Deus.”

Hebreus 7.23e24 – “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte,
foram impedidos de permanecer; mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.”

Hebreus 7.28 – “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que
veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.”
A igreja não foi feita pelo homem:

Hebreus 8.2 – “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.”

Melquisedeque era rei de Salém, e era comum depois das guerras entregar os despojos ao rei, era normal
naquele período.

Agora que você já leu o documento em azul acima, vamos prosseguir com a comparação:

O que aconteceu com o primeiro israelita que infringiu o preceito da guarda do sábado (cuja
ordenança é anterior à do dízimo, e foi repetida diversas vezes), quando foi pego apanhando
lenha para cozinhar o seu guisado [Êxodo 16, 20; Levítico 27]? Tal homem será morto; toda a
congregação o apedrejará fora do arraial. Levou-o, pois, toda a congregação para fora do arraial,
e o apedrejaram; e ele morreu, como o Criador ordenara a Moisés [Números 15].

Ou seja, a inobservância do preceito do sábado teve conseqüências mais graves do que a


inobservância da prática do dízimo. Que tal, aqueles que estão na lei, começarem a matar os
adúlteros, os homossexuais, os fornicadores, os não dizimistas e os que não guardam o sábado?

Eu acho que nunca leram a carta aos Gálatas, o livro aos Hebreus, ou a carta aos Romanos.

Que o Evangelho aqui ensinado neste “estudo” possa rasgar o véu na sua vida!

O voto de Jacó

A segunda vez que o dízimo é mencionado é pelos lábios de Jacó, no episódio da visão da escada,
quando fugia de seu irmão Esaú, indo para Padã-Arã. Leia devagarzinho o texto. Uma, duas ou
mais vezes. Pese cada palavra que foi dita por D’us a Jacó. E cada palavra que Jacó disse a D’us.
Deixe o texto falar ao seu entendimento: A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti, e
à tua descendência. D’us falou.

Agora, é Jacó falando: Se D’us for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me
der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu
pai, então o Senhor será o meu D’us; de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o
dízimo [Gênesis 28]. E D’us foi com ele e o guardou e lhe deu mais que o pão para comer e roupa
para vestir. Deu-lhe riqueza, como veremos adiante. Então, quando os seus descendentes
recebessem a terra, ficariam obrigados e entregar o dízimo do que D’us lhes concedera. Se
iam herdar a bênção prometida a seu pai, deveriam herdar também a obrigação contraída por
ele naquele pacto; pois foi justamente a terra que D’us prometera dar a Jacó, que foi dada aos
seus descendentes.

Foi por causa desse voto espontâneo de Jacó, feito diante da promessa de D’us, que os seus
descendentes ficaram obrigados a entregar a Yahu (Criador) todas as dízimas da terra (de
Canaã), tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, do gado e do rebanho, quando
entrassem na posse dessa terra prometida [Levítico 27].

Se você assinalou com o lápis vermelho todos os textos que falam na terra que seria dada a esse
povo, já deve ter percebido que todo trato de D’us com Abraão, Isaque, Jacó e seus
descendentes gira em torno dessa promessa. Ou seja, sempre envolvendo a posse da terra de
Canaã. Continue lendo e marcando.

Agora, preste atenção: se você procurar em toda a Escritura uma menção apenas do dízimo em
dinheiro, nada encontrá. Nem tampouco a obrigação de um aguadeiro, carpinteiro,
comerciante, copeiro, empregado, empresário, ferreiro, médico, padeiro, pedreiro, soldado,
tecelão ou de qualquer outro profissional daqueles tempos de pagar/dar/entregar o dízimo
do seu salário ou do seu rendimento. O dízimo somente incidia sobre os frutos ou produtos
da terra da promessa, que os israelitas herdaram, ou seja, a terra de Canaã. E não pense que
naqueles tempos idos não houvesse pagamentos em dinheiro de salários e indenizações. Havia
sim. Veja estas menções em Êxodo 21 e Levítico 19.

Apenas em duas ocasiões, o dízimo podia ser transformado em dinheiro:

1) Quando o dizimista quisesse resgatar alguma coisa. Ou seja, em vez de entregar a coisa
dizimada, propriamente dita, ele a substituía por dinheiro. Nesse caso, havia uma pena: ele tinha
de acrescentar 20% ao preço dela, isto é, um quinto do seu valor [Levítico 27]! Imagine o fato:
O judeu — descendente de Jacó — recebeu a posse da terra prometida, plantou, colheu,
separou o dízimo, mas quer ficar com uma dessas coisas do dízimo. Tudo bem, pode. O
sacerdote avalia esse bem, o dizimista acrescenta 20% sobre o valor dele e entrega o dinheiro.
É como se ele estivesse comprando a mesma coisa que ele tinha consagrado como dízimo, com
um ágio de 20%, ou um quinto. Compreendeu? Não se tratava de dízimo do dinheiro recebido
a título de salário ou lucro.

2) Quando ele estivesse longe do lugar que Jeová iria determinar para o culto e para a entrega
dos dízimos e das ofertas, e fosse custoso transportar para lá o dízimo consistente em cereal,
vinho, azeite, gado. Então o dizimista podia vender tudo (inclusive os primogênitos dos animais,
que pertenciam a Jeová), e converter tudo isso em dinheiro, comparecer ao templo e lá comprar
o que quisesse para substituir o que ele havia vendido [Deuteronômio 14]. Nesse caso, ele não
tinha de acrescentar os 20%. Deu para notar que ele não entregava dízimo em dinheiro a
ninguém?

Ainda sobre a história de Jacó, um pregador legalista disse que, na volta de Padã-Arã, Jacó pagou
o dízimo a Esaú! Brincadeira! Esse pregador conseguiu tirar essa mirabolante ideia do fato de
Jacó, ameaçado de morte e tremendo de medo, ter dado um baita presente a Esaú, para aplacar
o ódio desse seu irmão, a quem ele enganara usurpando-lhe a bênção da primogenitura [Gênesis
27, 32].

Leia com atenção o recado que Jacó mandou a Esaú:

“Assim falareis a meu senhor Esaú: Teu servo Jacó manda dizer isto: ... Tenho bois, jumentos,
rebanhos, servos e servas; mando comunicá-lo a meu senhor, para lograr mercê à sua presença.
...Então Jacó teve medo e se perturbou; ...E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu
pai Isaque... Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque o temo... E, tendo passado ali aquela
noite, separou do que tinha um presente para seu irmão Esaú: duzentas cabras e vinte bodes;
duzentas ovelhas e vinte carneiros; trinta camelas de leite com suas crias; quarenta vacas e dez
touros; vinte jumentas e dez jumentinhos.”

Calculou o tamanho do presentão que Esaú recebeu? Eu somei e encontrei 580 cabeças de
animais.

Partilha dos dízimos

Considerando que o dizimista tinha de comer o dízimo ou do dízimo; e levando em conta que
tinha a obrigação de distribuí-lo com o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva. Então vamos fazer
um cálculo sobre isso:

O dizimista ficaria com 1/5 do dízimo, ............2% do bem dizimado


O levita, com 1/5 do dízimo, ou seja, .............. 2% do bem dizimado

O estrangeiro, com 1/5 do dízimo, ou seja, ..... 2% do bem dizimado

O órfão, com 1/5 do dízimo, ou seja, .............. 2% do bem dizimado

A viúva, com 1/5 do dízimo, ou seja ............... 2% do bem dizimado

E de acordo com o texto, foi o próprio Adonai quem mandou fazer isto: ... de cada quinhentas
cabeças uma, ... e o dareis ao sacerdote Eleazar, para a oferta do Criador: ... tomarás de cada
cinqüenta um, ... e o darás aos levitas...

Sabe quanto é, em percentual, um de quinhentos, que foi dado ao sacerdote? É 0,2%! Sabe
quanto é, em percentual, um de cinqüenta, que foi dado aos levitas? É 2,0%!

O dízimo no Novo Testamento

Na rubrica DÍZIMO, a minha chave Bíblica indica umas poucas referências no Novo Testamento.
Seis vezes a palavra aparece em Hebreus 7, mas aí não se está tratando diretamente do dízimo,
ou seja, não são dadas instruções específicas de como dizimar, ou o que deve ser dizimado, ou
quando dizimar, nem onde entregar o dízimo etc. Isso é feito detalhadamente no Velho
Testamento, como já vimos. Em Hebreus 7, a discussão gira em torno da superioridade do
sacerdócio do Messias em relação ao sacerdócio levítico, sendo a entrega do dízimo tomada
apenas como exemplo. Tanto que os dizimistas não são propriamente mencionados; menciona-
se a tribo de Levi, que entregava aos sacerdotes os dízimos dos dízimos recebidos. Vamos, pois,
aos evangelhos: Mateus 23 e Lucas 11 e 18. Mateus 23 e Lucas 11 tratam do mesmo assunto.
Os pregadores do dízimo gostam muito desses dois textos, porque neles o Salvador diz: deveis
fazer estas coisas (praticar a justiça, a misericórdia e a fé), sem omitir aquelas (dar o dízimo da
hortelã, do endro e do cominho). Tá vendo? — diz o doutrinador — J’sus está mandando você
dar o dízimo! Em Lucas 18, o Senhor J’sus conta a parábola do fariseu e do publicano. A palavra
dízimo aparece apenas na oração do fariseu presunçoso, ou, se preferir, do dizimista
presunçoso, onde ele diz que jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo quanto
ganhava, e, por isso, se achava melhor do que todos, especialmente, melhor do que o publicano.
Se alguém acredita que esse exemplo do fariseu deve ser seguido, não esqueça de incluir no
cardápio a primeira parte dele: jejuar duas vezes por semana!

Hei! Mateus 23, Lucas 11 e Lucas 18 é Velho Testamento ainda. Ainda havia templo, sacrifícios,
circuncisão, sacerdócio, e etc.

Notamos que nas poucas vezes que o Salvador se referiu ao dízimo, ele o colocou em posição
secundária e sem maior interesse. Por que? Porque Ele estava cumprindo seu ministério
transitório de rasgar o véu e trazer o Espírito da Graça, de graça, sem dinheiro. Ele disse:
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro;
ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a D’us e às riquezas [Lucas 16]”.
Dentro dessa sua concepção, orientou um homem rico, dizendo-lhe que se desejasse ser
perfeito deveria se libertar da escravidão das riquezas: “Vai, vende os teus bens, dá aos pobres,
e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me” [Mateus 19]. Hoje, esse conselho é dado
de uma forma diferente pelos pregadores: Vai, vende o que tens e me dá o dinheiro!
Lamentável.
Em cima de uma minguta frase de três palavrinhas: sem omitir aquelas (dar o dízimo da hortelã,
do endro e do cominho), os cobradores do dízimo criaram uma doutrina absurda: Se você não
pagar o dízimo, não pode ser membro da “igreja”!

Precisamos aprender de uma vez por todas, que o que apraz a D’us são os atos de justiça e não
necessariamente a prática de cerimônias e sacrifícios. Foi isso que Ele revelou ao Seu povo, por
intermédio do profeta Oséias: Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de
D’us, mais do que holocaustos [Oséias 6]. E que o próprio Salvador endossou em pelo menos
duas ocasiões: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos;
pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores” [Mateus 9]. “Mas se vós soubésseis o que
significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não teríeis condenado a inocentes” [Mateus 12].

Isso é o que deve falar mais alto em nossas vidas, em nosso testemunho.

Conclusão

 Abraão nunca foi modelo de dizimista;


 O dízimo estava ligado à posse da terra de Canaã;
 O dízimo era uma obrigação imposta aos judeus;
 O dízimo não foi instituído para o sustento dos levitas;
 O dízimo era dos frutos da terra de Canaã e nunca em dinheiro;
 O dízimo não era exigido dos rendimentos dos profissionais;
 O dízimo tinha de ser comido e administrado pelo dizimista;
 O dízimo tinha de ser levado ao lugar indicado por D’us;
 O dízimo nunca fez parte dos ensinos do Messias ou dos emissários;
 O dízimo não tem nada a ver com a nossa salvação;
 O dízimo não abre as janelas do céu;
 O dízimo pregado e praticado nas “igrejas” não é o dízimo bíblico — portanto,
esqueçamos Malaquias 3;
 Ninguém hoje — nem mesmo o judeu, ainda que morando na terra de Canaã, agora
chamada Palestina — conseguiria entregar biblicamente o dízimo, porquanto o lugar
escolhido por D’us para a entrega do dízimo não existe mais!

Graça e paz amados irmãos que as bênçãos do nosso Senhor Jesus esteja sobre voz e
que o Espirito Santo vos ensine toda verdade. Próximos estudos:

 A OFERTA É BÍBLICA? É CRISTÃ?


 COLETA PARA POBRES
 CLERO, SALÁRIOS, HIERARQUIA, TÍTULOS E DONS

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy