TCC
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BLUMENAU
2010
PAULO ALEXANDRE REGIS
BLUMENAU
2010
PAULO ALEXANDRE REGIS
__________________________________________________________________
Presidente: Prof. Marcelo Grafulha Vanti, Dr., FURB
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Membro: Prof. Paulo Roberto Brandt, M sc. ʹ Orientador, FURB
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Membro: Prof. Nome Compl eto, Xx., FURB
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Membro: Prof. Nome Completo, Xx., FURB
Dedico este trabalho a todos os meus amigos
e minha família, que me apoiaram durante
todo este trabalho.
AGRADECIMENTOS
Television is one of the most used means of communication in the world, and is in
constant evolution. In Brazil, the digital television is being deployed, and one of the tasks
involved is the feasibility study of the channel. As digital television is the advanced version of
its previous analogical version, it is expected that new standards come with it, evolving as
well. One of the standards used in the feasibility study is the Recommendation ITU -R p.1546-
1, which brings new point-to-area prediction models, and is adopted to rep lace the previous
used propagation curves. Initially it is presented the digital television features used in this
study. Then the data from the relevant channels are collected, that may interfere in the
project of the channel. In the end it is presented a proposal of implementation of the
project, with its limitations, characteristics and final opinion concerning its viability.
ʹ ݖܪܯmegahertz
HNMT ʹ Altura efetiva acima do nível médio
݇݉ ʹ quilômetros
݉ ʹ metros
Ψ ʹ por cento
݀ ܸߤܤȀ݉ ʹ unidade que exprime o valor de intensidade de campo, em dB, referida a 1uV/m
݀ ʹ ܤdecibel
ߤܸȀ݉ ʹ microvolt por metro
ʹ ݔܴܽ݉ܲܧpotência efetiva máxima irradiada
ܹ݇ ʹ quilowatts
݀ ʹ ܹ݇ܤunidade que exprime o valor de potência, em dB, referida a 1kW
ܹ ʹ ݏ݉ݎpotência eficaz
ܲ ʹ ݐpotência de saída do transmissor
ʹ ݔܽ݉ݐܩganho máximo do sistema irradiante
ʹ ݂ܧeficiência da linha
݀ ʹ ݅ܤganho da antena, referido a uma antena isotrópica
݀ ʹ ݀ܤganho da antena, referido a uma antena dipolo
݈ܲ ʹ perdas na linha
ʹ ܮcomprimento da linha
ʹ ݈ܣatenuação em 100 metros
ܲܿ ʹ perdas acessórias
ܲ݀ ʹ perdas totais da linha em dB
ܲ ʹ ݒperdas totais na linha em vezes
ʹ ݖܴܽܲܧpotência efetiva irradiada no azimute
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
Uma das razões para se estudar o tema é a recente atualização nas normas técnicas
envolvidas. E também por ser uma tecnologia em ascensão, é uma área de estudo
promissora, sendo seu conhecimento importante para a disseminação da televisão digital e
conseqüentemente da inclusão digital em longo prazo.
Nos primeiros capítulos são estudados os documentos oficiais aprovados referentes aos
cálculos de viabilidade de um canal digital. Em seguida, no quarto capítulo é apresentada
uma proposta de canal digital. Depois são apresentados os canais relevantes para o estudo.
E após são realizados os cálculos envolvidos na viabilidade do canal. Ao final são
apresentadas as conclusões tomadas e novas propostas de trabalhos.
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2.1 CANALIZAÇÃO
Um dos fatores mais importantes que levou a aprovação do SBTVD em 2006 foi a
canalização dos canais digitais, que foram mantidas as mesmas freqüências da canalização
analógica. A largura de banda utilizada para cada canal digital foi mantida em 6MHz, e os
canais utilizados são na faixa de VHF (7 a 13) e UHF (14 a 68), os mesmos da transmissão
analógica. Na Tabela 1 é mostrada a faixa de freqüência de cada canal da faixa de UHF.
Tabela 1 ʹ Canalização de televisão digital na faixa de UHF
Canal Freqüências extremas (MHz) Freqüência Central (MHz)
14 470 - 476 473
15 476 - 482 479
1î 482 - 488 485
17 488 - 494 491
18 494 - 500 497
19 500 - 506 503
20 506 - 512 509
21 512 - 518 515
22 518 - 524 521
23 524 - 530 527
24 530 - 536 533
25 536 - 542 539
2î 542 - 548 545
27 548 - 554 551
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2.2 PLANEJAMENTO
2.3 CONSIDERAÇÕES
Talvez a Resolução nȗ398 [2] seja o documento mais importante já publicado, para a
realização deste estudo. Nela é aprovada a alteração do método de previsão de cobertura
ponto-área. Além de alterações na Resolução nȗ284 [1], sua antecessora.
Outro ponto importante constante neste documento são as adaptações que devem
ser feitas na Recomendação UIT-R p.1546-1 [12], que substitui as antigas curvas de campo
da FCC. A seguir serão expostos os pontos mais importantes destes documentos, relevantes
para o estudo.
A altura acima do nível médio do terreno (HNMT) é nada mais nada menos qu e um
valor representando o nível do terreno ao redor da antena transmissora.
É calculada obtendo-se cotas entre as distâncias de 3 a 15km da antena, e é então
feita uma média aritmética dos pontos obtidos. A recomendação admite alturas que variam
de 10 a 1200m, porém é descrito no documento um método para extrapolar esses valores.
22
Apesar de ser possível calcular a intensidade de campo para valores fora da faixa de
10 a 1200m para altura da antena transmissora, a resolução considera esses os valores
máximos. Ou seja, quando a HNMT da antena for interior a 10m, deve ser tomado o valor de
10m, e quando exceder os 1200m, este valor que deve ser considerado.
4 CANAL PROPOSTO
Como fato de curiosidade, caso o canal previsto fosse estudado, a cobertura deste
abrangeria todo o Vale do Itajaí, bem como cidades próximas desta região, e sua
interferência ultrapassaria a fronteira com o estado do Paraná.
da radial é a média aritmética das, pelo menos, 50 cotas tomadas na direção da radial,
compreendidas entre 3 e 15km a partir da antena, e igualmente espaçadas.
Neste estudo, os valores foram obtidos a partir de base de dados digitalizado, através
do h Radio Mobile [8], que oferece uma ferramenta que facilita estes cálculos, e
utiliza mapas SRTM3 [7]. Os resultados obtidos foram confrontados com os resultado s do
SIGAnatel [10], e são mostrados na Tabela 3.
Tabela 3 ʹ Comparativo do NMT entre as ferramentas SIGAnatel e Radio Mobile , em
metros
SIGAnatel Radio Mobile SRMT3
Azimute radial
NMT HNMT NMT HNMT
0 104 99 100,26 140,64
30 211 -8 209,95 30,95
î0 177 26 174,45 66,45
90 39 164 32,81 208,09
120 50 153 55,75 185,15
150 168 35 169,77 71,13
180 227 -24 245,02 -4,12
210 264 -61 254,58 -13,68
240 184 19 182,77 58,13
270 102 101 104,19 136,71
300 65 138 69,96 170,94
330 93 110 90,92 149,98
Média 140,33 î2,î7 140,87 100,03
e pelo SIGAnatel obteve-se 28,995km, resultados muito próximos. Como a distância máxima
ao contorno protegido é de 29km, este será o valor considerado.
29
5 CANAIS RELEVANTES
Como se pode observar, o canal 22 já está previsto para Blumenau, porém com uma
potência máxima de 80kW. Isso acontece, pois o PBTVD não está completamente atualizado,
portanto este canal será desconsiderado nos cálculos.
A seguir cada canal será detalhado separadamente, e será feita uma análise primária
de cada caso.
projetado, esse sim, invade o contorno protegido. Neste caso, deve -se provar que o
contorno protegido não invada o outro, caso contrário o canal será inviável.
Este caso é o mais comum, e sua análise não difere dos métodos utilizados usados no
caso anterior. Em situaçoes como esta, de interferência co-canal, e com um canal digital e
outro analógico, a proteção é de 34dB, o que resulta em um campo interferente de
36 ܸ݀ߤܤȀ݉ .
Na Figura 4 observa-se claramente os contornos protegido e interferente de ambas
estações envolvidas. Vermelho e verde representam o contorno protegido das estações
proposta e relevante, respectivamente.
33
Assim como ocorre com a estação de Joinville, a interferência neste caso é co-canal.
Porém algumas diferenças podem ser notadas, primeiramente que ambos os canais são
digitais, o que acarreta em uma razão de proteção mínima de 19dB, resultado em um campo
interferente de 32ܸ݀ߤܤȀ݉ . A outra diferença é vista na Figura 5, que mostra o contorno
34
î CÁLCULO DE VIABILIDADE
Tendo em vista o estudo preliminar, que revelou os canais relevantes deste caso,
agora será feita uma análise detalhada. Nesta análise será levado em conta o perfil do
terreno em cada radial que apresente problemas de interferência, e também as
características de transmissão do sistema irradiante proposto.
6.1.1 Antena
A estrutura existente da torre, onde a antena será colocada, tem cerca de 65m de
altura. Portanto o comprimento do guia adotado será de 75m, tendo em vista que ele
deverá ser conectado ao transmissor, que por sua vez encontrar-se-á dentro da estrutura
edificada já existente. Sendo assim a atenuação introduzida pelo cabo será de 2,1dB.
6.1.3 Transmissor
A seguir serão mostrados alguns ajustes necessários para obter o resultado mais
preciso possível.
ܮൈ ݈ܣ
݈ܲ ൌ
ͳͲͲ
Onde ܮé o comprimento do guia de onda em metros e ݈ܣé a atenuação do guia a
cada 100m de comprimento, em dB/100m. É preciso também estimar as perdas acessórias
(ܲܿ , em dB), provenientes de eventuais conectores e divisores utilizados na linha, será
assumida uma perda adicional de 2dB.
Somando-se ݈ܲ com ܲܿ tem-se então a perda todal na linha ( ܲ݀ ), em dB. Converte-se
então as perdas totais em vezes ( ܲ) ݒ:
ܲ݀ ൌ ݈ܲ ܲܿ
ܲ ݒൌ ͳͲ ǡଵൈௗ
E invertendo o resultado desta última tem -se a eficiência da linha:
݂ܧൌ ͳȀܲݒ
No caso, o resultado obtido com os dados expostos resultou em uma eficiência igual
a 0,402, tendo portando uma potência de saída de 0,603kW.
Blumenau, através da Figura 7, nota-se que a grande maioria da área urbana não se
encontra na direção do norte verdadeiro da antena transmissora.
6.2 INTERFERÊNCIAS
Cada canal relevante tem suas características próprias, tais como ERPmax, localidade,
classe. Essas características determinam a relação de proteção entre dois canais, ou seja,
qual a intensidade de campo máxima permitida existir no contorno protegido que possa
causar interferência na recepção do mesmo.
Para obter esse valor de campo interferente é utilizada a seguinte tabela:
Tabela 11 ʹ Relações de proteção (dB) para Canais em VHF e UHF
Canal interferente Canal desejado = N
Digital sobre Analógico sobre Digital sobre
analógico digital digital
N (co-canal) +34 +7 +19
N-1 (adjacente inferior) -11 -26 -24
N+1 (adjacente -11 -26 -24
superior)
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (Brasil). Resolução n. 398.
A seguir serão tratadas as interferências causadas pelo canal proposto nos canais
relevantes.
41
De acordo com a Tabela 10, a razão de proteção neste caso é de -11dB, ou seja, o
campo interferente do canal proposto no canal de Itajaí é de 81݀ ܸߤܤȀ݉. Com o auxílio da
ferramenta SIGAnatel é possivel vizualizar o contorno interferente (cor rosa), através da
Figura 3.
Como pode-se observar o contorno interferente está longe de atingir o protegido do
canal analógico. Porém a recíproca, neste caso, não é verdadeira, e será analisada adiante.
O campo interferente neste caso será de 36ܸ݀ߤܤȀ݉ . Pela análise preliminar, com a
Figura 4, é vista a interferência causada pelo canal de Blumenau. Neste caso a solução será o
levantamento de radiais auxiliares, e a determinação do campo em cada uma delas.
Segundo a Resolução nȗ284, neste caso, é preciso traçar novas radiais, uma radial
principal, que liga as estações em questão, e tantas radiais secundárias, afastadas de 15ȗ até
ultrapassar a intercessão dos contornos interferente e protegido , incluindo estes, conforme
Figura 8, que representa a situação.
42
Como observa-se, o campo interferente em cada uma das radiais envolvidas está
muito abaixo do limite, isso significa que o canal proposto não irá interferir no canal
relevante de Joinville.
43
Observando, nota-se a inviabilidade. Neste caso a solução seria aplicar uma limitação
no canal proposto, em direção a estação de Itajaí com a finalidade de excluir esta
46
Na Figura 12, como nas anteriores, mostra as radiais extras que devem ser consideradas.
Tendo em vista os cálculos executados para cada situação descrita, seria possível sim,
na prática, implantar as mudanças sugeridas no plano básico. Porém uma das premissas da
televisão digital, é repetir a cobertura já existente com o canal analógico. Como o canal da
TV FURB, que foi o ponto de partida para este estudo, cobre grande parte da área urbana da
cidade de Blumenau, não seria possível ter a mesma cobertura, devido as limitações
impostas necessárias.
É então inviável a implantação do canal 22 de televisão digital na cidade, tanto com
as características propostas neste trabalho, quanto com as já existentes, previstas no PBTVD.
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7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
[6] IDEAL ANTENAS PROFISSIONAIS. Antena slot UHF: polarização circular. Disponível em:
<http://www.idealantenas.com.br/produtosport/digital/SLOT Polarização
Circular_Elíptica.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2010.
[7] NASA (Estados Unidos da América). Shuttle Radar Topography Mission. Disponível em:
<http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/>. Acesso em: 20 de março de 2010.