Interpretação Carta Nautica
Interpretação Carta Nautica
Interpretação Carta Nautica
a. R ETIC ULADO
E m u m a Carta d e Me rca tor, o conju n to dos m eri di a n o s e p a ral elo s é denomin ado
re ti c u la d o. Ao longo dos meridia nos ext remos da ca r t a est á rep resen t ada a e s c ala d e
la tit u d e s (on de devem ser sem p re medid as as dist â ncias). Ao longo dos pa r alelos su perior
e inferior d a ca r t a est á rep resen t ada a e s c ala d e lo n git u d e s.
b. E S CALA
Como vimos, em u m a Carta d e Merc a tor a e s c a la d e lo n g it u d e s é con st an te,
enqu a n to que a e s c ala d e l atit u d e s va ria, em vir t ude d as la tit u d e s cre s ci d a s.
Denomin a-se, en t ão, e s c ala n a t ura l a escala de la tit udes em u m determin ado pa-
r alelo, nor m almen te o p aral e lo m é di o (La t média) d a á rea abr angid a. E ste é, de fa to, o
ú nico p a r alelo represen t ado sem defor m ações de escala, ou seja, a e s c a la n a t u ra l, n a
realid ade, somen te é perfeit a men te válid a ao longo deste pa r alelo.
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
EXEMP LOS
1. Com que com primen to gr áfico seria represen t a da u m a dist â ncia de 500 met ros em u m a
ca rt a n a escala de 1 : 100.000?
1 mm 100.000 m m = 100 m
x mm 500 m
500
x= = 5 mm
100
2. Com que com p rimen to gr áfico seria represen t ad a a mesm a dist â ncia de 500 met ros em
u m a ca rt a n a escala de 1 : 25.000?
1 mm 25.000 m m = 25 m
x mm 500 m
500
x= = 20 m m
25
Ou t ros exemplos sobre escala são most r ados n a Figu r a 2.29.
F i g u r a 2.29 - Es c al a
Qu a n to m aior a e s c ala de u m a ca r t a, m ais det alh ad a pode ser a rep resen t ação do
t recho da Ter ra por ela abr a ngido.
A escala de u m a ca r t a deve ser deter min ad a pelo tipo de n avegação p retendido, a
n a t u reza da á rea a ser cober t a e a qu a n tid ade de infor mações a serem most rad as. Vá rias
classificações pa r a escala são em pregad as, t ais como pequen a escala, média escala, gr a nde
escala e série costeir a con tín u a. Es t as classificações têm por fin alid ade indica r o tipo de
ca rt a, mais do que a escala real, que poder á va ria r de á rea p a r a á rea.
De u m a for m a m uito genérica, as classificações “pequen a escala”, “média escala” e
“gr a nde escala” abr a ngem os seguin tes tipos de ca r t a:
por tos/a ncor a dou ros/ca n ais es t reitos ....... 1:50.000 e acim a
Como nor m a, sempre que u m a deter min ada á rea for abr a ngid a por ca r t as n á u ticas
em escalas diversa s, deve-se n avega r n a ca r ta de m aior escala, que a presen t a r á sem pre
m aior gr a u de det alhe n a rep resen t ação t a n to do relevo subm a rino como da p ar te emersa.
Além disso, n a plot agem de posição do n avio n a ca r t a, u m mesmo er ro gr áfico pode cor res-
pon der a desde algu m as dezen a s de met ros, n a ca r t a de m aior escala, a té m uitos décimos
de milh a, n as ca r t a s de menor escala, o que é m uito impor t a n te, p rincip almen te n as p roxi-
mida des da cos t a ou de perigo. De acor do com as escalas, as ca rt as n á u ticas publicad as
pela DHN s ão ger almen te cla ssificad as em (Figu r a 2.30):
F i g u r a 2.30 - E s c a la s
F i g u r a 2.31 -
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
1. Área geogr áfica ger al e t recho da cos t a em que se sit u a a á rea rep resen t ada n a Ca r t a.
P a r a efeitos de Ca rtogr afia N á u tica, a cos t a do Br a sil é dividid a em:
COSTA NORTE: do Cabo Or a nge ao C abo Calca n h a r.
COSTA LE STE: do Cabo Calca n h a r ao Cabo F rio.
COSTA SUL: do Cabo F rio ao Arroio Ch uí.
Na Figu r a 2.31 (tít ulo da Ca r t a N á u tica Nº 100), a á rea geogr áfica ger al é o BRASIL e o
t recho d a cost a rep resen t ado n a ca r t a sit u a-se n a COSTA NORTE.
2. Referência geogr áfica específica, que con sis te n a descrição da á rea rep resen t a d a n a
Ca r t a, do nor te p a r a o s ul. Na figu r a 2.31: DO CABO ORANGE À ILHA DE MARACÁ.
3. Infor m ações sobre a da t a dos Leva n t a men tos Hid rogr áficos que der a m origem à C a rt a.
Est e é u m p rimeiro d ado sobre a confiabilid ade e a a t u alização da Ca r t a. Dados m ais
completos cons t a m dos Diagr a m a s de Leva n t a men tos ou Diagr a m as de Confiabilida de,
que ser ão adia n te explicados.
E m todo ca so, n ão se deve esquecer que Ca r t a s Ná u ticas oriu ndas de leva n t a men tos
m ais a n tigos ten dem a ser menos precisas, em vir t ude da menor precisão dos inst r u-
men tos e métodos de posicion a men to, de medid a d as p rofu n didades e de pesquis as de
perigos disponíveis n a época.
Adem ais, principalmen te em se t r a t a ndo de por tos, baías, ba r r as e es t u á rios de rios,
deve-se consider a r que Ca r t as m ais a n tigas podem est a r desa t u aliza da s, devido a modi-
ficações no relevo subm a rino, por ca u sas n a t u r ais (assorea men to, eros ão, etc.) ou pro-
vocad as pelo homem (d r agagen s, a ter ros, etc.).
4. Unidade de medid a das p rofu ndidades, com menção genérica ao “d a t u m ver tical” u sado
n a Ca rt a.
Na s nossas Ca r t as Ná u ticas as profu n didades (sondagen s) são rep resen t ad as em met ros,
tendo como “da t u m ver tical” o nível médio d as baixa-m a res de sizígia, pla no de referência
que ser á explicado com det alhe no Capít ulo 10, que est u da as m a rés.
5. Unidade de medid a d as altit u des e pla no de referência us ado como origem.
As altit u des, n as nossas Ca r t as Ná u ticas, são medid as em met ros, tendo como origem o
Nível Médio do m a r.
6. Referência pa r a Símbolos e Abrevia t u r as u tilizados n a Ca r t a N á u tica.
O tít ulo da Ca r t a inform a que a Ca r t a Nº 12.000 – INT1 – SÍMBOLOS E ABREVIATU-
RAS (que, n a realid ade, é u m a p ublicação, confor me ser á adia n te explicado) deve ser
u tilizada p a r a su a cor ret a in terpret r ação.
7. Escala N a t u r al e p a r alelo de referência.
A E scala N a t u r al d a Ca r t a N á u tica é most r ad a no tít ulo, acom pa n h ad a do valor do
p a r alelo de referência, que nor m almen te cor responde à La tit ude Média do t recho abr a n-
gido pela Ca r t a. Como visto, a e s c ala n at ural só é realmen te verd adeir a ao longo do
p a ral e lo d e r ef er ê n c i a, que, assim, é o ú nico represen t a do sem deform ação n a Ca r t a.
8. O nome d a p rojeção u s ad a (P rojeção de Me rca tor em q u ase tod as as noss as Ca r t as
Ná u ticas).
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
F i g u r a 2.34 - R o s a Ve r d a d e ira e R o s a Ma g n é ti c a
g AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO
Os fa róis, fa roletes, r adiofa róis, luzes de alin h a men to, luzes p a r ticula res not áveis,
balizas, bóias cegas e lu minosas, equip a men tos RACON e dem ais a uxílios à n avegação são
represen t ados n a Ca r t a N á u tica, com simbologia p rópria, regist r ad a n a Car t a Nº 12.000 –
INT1 – SÍMBOLOS E ABREVIATURAS. Os det alhes dos fa róis ser ão omitidos n a seguin t e
ordem, à m edida que a escala da ca r t a dimin ui:
Ou t ros elemen tos de in t eresse ao n avega n te, t ais como vist a s p a nor â mica s d a cos t a
(Figu r a 2.35), escala loga rít mica de velocida de (Figu r a 2.31) e escala de conversão de u ni-
dades de p rofu ndid ade (Figu r a 2.36), t a mbém podem ser inseridos n a Ca r t a N á u tica.
F i g u r a 2.36 - Ta b e l a d e c o n v e rs ã o d e u n id a d e s
F i g u r a 2.37 - D i a g ra m a d e L e v a n t a m e n t o s (s i m plifi c a d o)
Todas as Ca r t as Ná u ticas com es-
cala de 1:500.000 e m aiores devem con ter
u m Diagra m a de Leva n t a men tos, que in-
dique aos n avega n tes os limites, as d a t as,
as escalas e ou t ras infor mações sobre os
leva n t a men tos que der a m origem à ca r-
t a. Os Diagr a m as de Leva n t a men tos de-
v e r ã o co n s t a r d a s n ov a s C a r t a s
publicad as, sendo acrescen t ados às Ca r-
t as exis ten tes logo qu e s u rgir opor t u ni-
d a de.
Exem plos de Diagr a m a de Leva n-
t a me n tos, simplificado ou m ais comple-
to, podem ser vis u alizados n as Figu r a s
2.37 e 2.38.
Os Diagr a m a s de Leva n t a m en tos
devem ser u tiliza dos n a fa se de pla n eja-
m e n to d a d e rro t a, especialmen te p a r a
pla neja r p assagens a t r avés de águ as des-
con hecidas pelo n avega n te. Su a fin alid a-
de é orien t a r os n avega n tes e os que pla-
neja m “oper ações de n avegação” (inclusi-
ve o pla neja men to de novas rot as e medi-
d a s oficiais p a r a es t a belecime n to de ro-
t as), qu a n to ao gr a u de confia nça que de-
v a m deposit a r n a a deq u ação e p recis ão
das p r of u n d i d a d e s e p o s içõe s
ca r tog r afa d a s.
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
F i g u r a 2.38 - D i a g ra m a d e Le v a n ta m e n t o s (c o m pl e t o)
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S:
1. Ma rca m-se os valores da la titu de e longitude n as escalas respectivas (cuja menor divisão,
neste caso, é de 1 décimo de min u to).
2. Co m a R É G U A D E P A R AL E L A S (o u o “ P ARAL L E L P L O T T E R”) t r a ç a - s e o
PARALELO cor responden te à LATITU D E DO P ONTO.
3. Sobre es te PARALELO, com o a uxílio do COMPAS SO DE NAVEGAÇÃO, m a rca-se
a LONGITU DE DO P ONTO, a pa r tir de u m dos MERIDIANOS do RETICULADO
d a ca r t a.
OBS.: Poder-se-ia, t a mbém, t r aça r p rimeiro o MERIDIANO corresponden te à LON-
GITU DE do PONTO e depois m a rca r sobre ele, com u m compasso, a LATITU D E DO
PONTO, a p a r tir de u m dos PARALELOS do RETICULADO da ca r t a. Além disso, poder-
se-ia, aind a, plot a r o pon to A apen as com a régu a de pa r alelas, t r aça ndo, com ela, seu
p a r alelo e seu meridia no. O pon to A, en t ão, est a ria n a in terseção d as lin h as t r açad as.
3. Qu al a E scala Na t u r al da Ca r t a Nº 52?
RES POSTA: 1:30.000 n a La t. 3º 51.0' S (lid a no tít u lo da Car t a).
b. DADO UM P ONTO NA CARTA, D ETE RMINAR AS S UAS COORDE NADAS
EXEMP LO: Deter min a r, n a Ca r t a Nº 52 red uzid a, as c o ord e n a d a s g e o gráfi c a s (La ti-
t u de e Longit ude) do F a rol Ilh a Ra t a – Lp B 15s 63m 16M (SG).
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S:
1. Com o a uxílio d a RÉGUA DE P ARALELAS (ou do “PARALLE L PLOTTER”), m arca-
se, sobre o pa r alelo do pon to em quest ão, o pon to em que es te in tercept a o MERIDIANO
m ais p róximo t r açado no RETICULADO d a ca r t a.
2. E n t ã o, co m o a u xí lio d o C O M P A S S O D E N AV E G A ÇÃO , d e t e r m i n a m - s e a s
coor den ad as do pon to, n as E SCALAS de LATITUD E e LONGITUDE da ca r t a.
OBS.: O p roblem a t a m bém pode ser resolvido apen as com u m COMPAS SO DE
NAVEGAÇÃO, t a n ge nci a n do-se, a p a r t ir do pon to em qu es t ão, o ME RI D IANO e o
PARALELO m ais próximos t r açados no RETICULADO da ca rt a, us a n do-se as dist â ncia s
obtid as no comp asso pa r a deter min a r as coorden ada s do pon to, n as escala s de la tit ude e
longit u de.
EXEMP LO: A pa r tir do pon to de coorden adas La t. 03º 50.0' S, Long. 032º 28.0' W, t r aça r o
Ru mo Ver da deiro R = 150º.
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S
1. Como visto, só se t r aça m n a ca r t a R UMOS VE RDADEIROS. E n t ão, t r a nspor t a-se
p a r a o pon t o d e or ige m, a p a r t i r d a RO SA D E R U MO S VE R DAD E I R O S m ai s
próxim a, com o a uxílio da régu a de pa r alelas (ou do “PARALLEL PLOTTER”), a direção
150º e t r aça-se o ru mo.
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
d. D A D O S D OI S P O N T O S , D E T E R MI N AR O R U MO VE R D A D E I R O E N T R E
ELES
EXEMP LO: Deter min a r o R u mo Verd a d e iro en t re os pon tos de coorden ad as:
A: La t. 03º 51.0' S; Long. 032º 30.6' W
B: La t. 03º 50.0' S; Long. 032º 28.0' W
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S:
1. Inicialmen te, plot a m-se os dois pon tos n a ca r t a, confor me já explicado.
2. E m seguida, u nem-se os dois pon tos com a régu a de p a r alelas (ou o “PARALLE L PLOT-
TER”), com o que fica deter min a da a dir e ç ã o a ser seguida en t re os dois pon tos.
3. Movendo adequ ad a men te a régu a de p a r alelas ao longo d a ca r t a, t r a nspor t a-se a direção
determin ada p a r a o cen t ro da Rosa de Ru mos Verd adeiros m ais p róxim a.
4. Lê-se, en t ão, n a gr ad u ação da Rosa, no sen tido cor reto, o valor do Ru mo Verdadeiro.
5. Fin alme n t e, rot ul a-se o valor do Ru mo sobr e a li n h a t r aça d a en t re os dois pon tos,
p recedido pela abrevia t u r a R; no caso em ques t ão: R068 (Ru mo Verd adeiro = 068º).
P E RGU N TAS:
1. Qu al seria o Ru mo Verd adeiro p a r a n avega r do pon to B pa r a o pon to A?
RESPOSTA: R = 248º
2. Qu al a Diferença de La tit ude e Diferença de Longit u de en t re os pon tos A e B?
RESPOSTA:
Diferença de La tit ude: 1.0' N Diferença de Longit u de: 2.6' E
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
EXEMP LO: Deter min a r a dist â ncia en t re os pon tos A e B do exem plo a n terior.
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S:
1. Após plot a r os pon tos n a ca r t a (se for o caso), deve- se u ní-los por u m a lin h a ret a, com o
a uxílio d a régu a de p a r alelas.
2. E m seguid a, verifica-se a possibilid ade de alca nçá-los com u m a ú nica abert u r a do com-
p asso de n avegação. Neste caso, aju st a-se est a aber t u r a no com pa sso e faz-se a medid a
d a dis tâ n c i a n a e s c ala d e la t it u d e s (n u nca n a escala de longit u des), em tor no da
la tit ude média en t re os dois pon tos (ou seja, n a alt u r a aproxim a da dos pa r alelos dos
dois pon tos).
3. Caso n ão seja possível medir a dis t â ncia en t re os dois pon tos com u m a só aber t u r a do
compasso, mede-se por som a tório de vá rias aber t u r a s, ten do-se o cuid ado de u sa r sem pre
a e s c a la d e la tit u d e s n a alt u r a da la tit u d e m é dia de cada segmen to (Figu r a 2.40).
F i g u r a 2.40 - Me d i ç ã o d e d i s tâ n c i a e m u m a C ar ta d e Me r c a tor
4. Após obter o valor da dis t â ncia, regist r a-se o mesmo sob a lin h a que u ne os dois pon tos,
p recedido da abrevia t u r a d. Nes te caso, d = 2,8 M.
P E RGU N TAS:
1. Qu al o significado do símbolo cons tit uído por u m fer ro tipo almir a n t ado, represen t ado
n a Baía de Sa n to An tônio?
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
S EQ Ü Ê NCIA D E O P E RAÇÕE S:
1. Plot a-se n a Ca r t a o pon to de origem, conforme já explicado.
2. Tom a-se a dist â ncia da da, com u m com passo, n a e s c ala d e la tit u d e s, n a alt u r a do
p a r alelo do pon to do qu al se deseja p assa r dist a n te.
3. Tr aça-se, com r aio igu al à dis t â ncia dada, u m a circu nferência (ou t recho dela) em tor no
do pon to do qu al se deseja pass a r dis t a n te.
4. E m seguid a, t r aça-se do pon to de origem u m a t a ngen te à circu nferência acima cit ad a.
5. E n t ão, com o a uxílio de u m a régu a de pa r alelas, t r a n spor t a-se a direção d a t a ngen te
t r aça da p a r a o cen t ro da Rosa de Ru mos Verd adeiros m ais próxim a e lê-se o valor do
Ru mo, n a Gr adu ação d a Rosa.
6. Fin almen te, rot ula-se o valor do Ru mo, sobre a lin h a t r açad a, precedido da abrevia t u r a
R.
No ca so em ques t ão, o R UMO VE RDADEIRO pa r a, p a r tindo do pon to dado, pa ssa r a
1,0 Milh a da Pon t a da S ap a t a é R = 242º.
estim a r essa precisão. Os primitivos leva n t a men tos er a m feitos, n a m aioria d as vezes, em
circu ns t â ncias que impedia m gr a nde p recisão de det alhes, pelo que as ca r t as neles ba seadas
devem ser u tilizada s com p reca ução, a té que a experiência ven h a demons t r a r su a p recis ão.
Na s Ca r t as m ais novas, os Diagr a m as de Leva n t a men tos ou Diagr a m as de Confiabilid ade
t ambém for necem impor t a n tes infor m ações sobre a precis ão e confia nça d a Ca r t a. E m
cer t as zon as, on de a qu alid ade predomin a n te do fu n do é a reia ou la m a, podem, com o
passa r dos a nos, ocor rer sensíveis alter ações. É mesmo possível afir m a r que, exceto nos
por tos m uito freqüen t a dos e em su as p roximida des, em nen h u m leva n t a men to a té agor a
execu t ado o exame do fu ndo foi m uito min ucioso p a r a se poder fica r cer to de que todos os
perigos for a m encon t r a dos e delimit ados. Ou t r a m a neir a de se avalia r a qu alidade de u m a
Ca r t a é o exa me da qu a n tid ade e d a dist ribuição das sond agens nela mos t r ad as. Qu a n do
a s son d age n s s ão es p a r s a s e i r r eg u l a r m e n t e dis t r ib u íd a s, pode-s e con side r a r q u e o
leva n t a men to n ão foi feito com gr a nde det alhe.
Deve-se ter semp re em men te que o p rincip al método pa r a con hecer o relevo do
fu n do do m a r é o laborioso p rocesso de sond agem, no qu al u m a emba rcação ou n avio que
son da u m a deter min ad a á rea conserva-se sobre deter min ad as lin h as e, cad a vez que la nça
o p r u mo ou faz u m a sond agem sonor a, com ecoba tímet ro, obtém a p rofu ndidade sobre u m a
á rea dimin u t a, que rep resen t a o relevo subm a rino de u m a faixa de pouca la rgu r a. Por
con seguin te, as lin h as de son d agem devem sempre ser consider ad as como rep resen t a n do
o relevo subm a rino a pen as n a s su as p roximida des imedia t as.
Por vezes, n ão h avendo indícios d a existência de u m alto- fu ndo, su a localização
pode esca pa r qu a ndo se sond a m d u as lin h as que o ladeia m, sendo ess a possibilid ade t a n to
m aior qu a n to menor for a escala da ca r t a. As ca r t as Cos teir as, por con seguin te, n ão podem
ser con sider a d as como infalíveis, n ão se devendo, em u m a cost a rochos a, n avega r por den t ro
da lin h a de 20 met ros de profu ndidade, sem se tom a r toda p recaução pa ra evit ar u m possível
perigo. Mes mo em ca r t a de gr a n de escala, os n avios devem evit a r p ass a r sobre fu ndos
ir regula res represen t ados n as ca r t a s, porque algu m as ped r as isolad as s ão t ão esca rp ad as,
que, n a sond agem, pode n ão ter sido encon t r ad a a s u a pa rte m ais r asa.
Esp aços em br a nco en t re a s profu n didades podem significa r que nesses t rechos n ão
se fizer a m sondagens. Qu a ndo h á bast a n te fu n do em tor no de t ais t rechos, podem eles ser
con sider a dos como de p rofu n did a de gr a n de e u nifor m e. Porém, q u a n do a s son d agen s
in dica m pouca águ a e o res to d a ca r t a most r a a exis tência de ped r as e altos-fu n dos, esses
esp aços em b r a nco devem ser consider ados como su speitos.
Todas as alter ações que afet a m a segu r a nça da n avegação e que podem ser in t rodu-
zid as n a ca r t a à m ão ou por colagem de t recho, são divulgad as por Avisos aos Navega n tes.
Nest as cor reções é impor t a n te observa r os seguin tes critérios: devem ser u sadas as con-
venções d a ca rt a Nº 12.000 – INT1 da DHN – Símbolos e Abrevia t u ras Us ados n as Ca rt as
Ná u ticas Br asileir as; os acréscimos devem ser feitos de m a neir a a n ão prejudica r qu alquer
infor m ação já existen te; as infor m ações ca nceladas ou cor rigidas em ca r á t er per m a nen te
devem ser riscad as a tin t a violet a, n u nca r asu r adas; e as not a s de p reca ução, proibição,
m arés, cor ren tes, etc., devem ser colocad as em local convenien te, de preferência p róximo
do tí t u lo, q u a n do o Aviso aos N avega n t es n ão es pecifica r a posição on de deve m se r
in serid as.
As a l t e r ações decor r e n t es d e Avi so-R á dio, ge r alm e n t e r efe r e n t es a de r r elitos
perigosos à n avegação, extinção tempor á ria de luzes, retir ad a tem por á ria de a uxílios à
n avegação e ou t r as infor m ações de ca r á ter u rgen te, devem ser in serida s a lápis n a ca r t a
afet a da e apagadas logo que novo aviso as ca ncela r ou n a da t a que for deter min ada pelo
Aviso qu e as divulgou. E s t as alter ações, enqu a n to em vigor, s ão repetida s no Folh eto
Quinzen al de Avisos aos Navega n tes.
As alter ações decor ren t es de Aviso Tempor á rio devem ser feit a s a lá pis, a not a ndo-
se ju n to a ela s, t a mbém a lápis, o n ú mero e o a no do aviso (Ex. E40 (T)/93). Se o Aviso
en t ra r em vigor como Perm a nen te em d a t a prefixada e sem novo Aviso, seu n ú mero deve
ser a not ado a lá pis no ca n to esquerdo da m a rgem inferior d a ca r ta e a mbos – cor reção e
n ú mero do aviso – devem ser cober tos com tin t a violet a n a da t a de en t r ada em vigor como
per m a nen te.
As cor reções decor ren tes de Aviso Per m a nen te devem ser feit as a tin t a violet a, de
m aneir a cla r a e sem r asu ras. No ca n to esquerdo d a m a rgem inferior da car t a devem ser
regis t rados com tin t a violet a o a no, se ain da n ão estiver escrito, e o n ú mero do aviso.
REIMP R ES SÃO – A reim press ão de u m a ca r t a con stit ui u m a nova imp ressão da edição
em vigor, sem qu alquer alteração significa tiva p ar a a n avegação, a n ão ser as já p revia men te
divu lg a d a s por Avisos aos N aveg a n t es. A r eim p r ess ão pode i ncl uir, t a m bé m, ou t r a s
pequen a s alter ações que n ão afet a m a segu r a nça da n avegação e qu e, por conseguin te, n ão
for a m divulgad as por Avisos aos Navega n tes. A reimp ress ão de u m a ca r t a n ão ca ncela a
impressão a n terior da mes ma edição.
1. Carta s d e Apro xi m aç ã o: ger almen te com escala en t re 1:50.000 e 1:150.000 e destin adas
à a ter r agem de deter min ados por tos ou p ass agen s por á reas críticas de perigos à n ave-
gação afas t adas d a cost a; e
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
F i g u r a 2.41 - Ca rta s d a Co s t a e Il h a s a o La rg o
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
2. Ca rt a s d e P o rt o: abr a ngen do a rep resen t ação det alh ad a de por tos, baías, ensead as e
fu n deadou ros, em escala m aior que 1:50.000, de acordo com a im por t â ncia do por to,
sendo con sider adas t a mbém a qu a n tid ade e a n a t u reza dos perigos da região (qu a n do a
escala é igu al ou m aior que 1:25.000, podem ser denomin adas de Pla nos).
E m lin h as ger ais, a DH N tem edit adas as seguin tes ca r t as:
d. CARTAS DA A NTÁRTICA
Com a pa r ticipação do Br a sil como Membro Con sultivo do Tr a t ado An t á r tico e poss uindo
es t ação de pesquis a n a região, fez-se necessá rio u m pla neja men to de ca r t as n a á rea,
que ser ão confeccion ad as em fu nção d as necessidades. Até a p resen te da t a t rês ca r t as
já for a m cons t r uíd as.
e CARTAS NÁUTICAS D E ÁR EAS E STRANGEIRAS
As a tivid ades ca r togr áficas da Diretoria de Hidrografia e Navegação n ão se têm limit a do
às Car t as N á u ticas da cost a br a sileir a. O desenvolvimen to d a n avegação merca n te n a-
cion al veio exigir a cons t r ução de ca r t as abra ngendo águ as est r a ngeir as. Assim sen do,
a DHN já const r uiu e p ublicou ca r t a s do Rio d a P r a t a e da cost a das Guia n as.
A publicação de t ais ca r t a s n ão tem obedecido a qu alquer pla no específico, dependendo
t ão somen te d as necessid ades do t r áfego m a rítimo br a sileiro, em su as rot a s in t er n acio-
n ais. Por ou t ro lado, ela s n ão p rocedem tot almen te de Leva n t a men tos Hidrogr áficos
br a sileiros; a su a cons t r ução tem por base a compilação de car t as es t r a ngeir as, princi-
p almen te ca rt as a merica n as, brit â nicas, fr a ncesas, alem ãs e a rgen tin a s.
f. O UTROS DOCUME NTOS CARTOGRÁF ICOS P U B LICADOS P ELA D H N
Além d as Ca r t as Ná u ticas acim a cit adas, a DH N t a mbém publica ou t ros docu men tos
ca rtogr áficos, t ais como:
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
• Ca rt a s Es p e c i a is: prep a r ada s com fin alid ades milit a res (Ca r t as de Bomba rdeio, de
Min agem, pa r a Desemba rque Anfíbio, pa r a Subm a rinos, etc.).
• Carta Batim é tri ca Geral d o s Oc e a n o s: est á a ca rgo d a DHN a publicação / a tu alização
de 29 Folh as de Plot agem, n a escala de 1:1.000.000, cobrin do exten sa á rea do Atlâ n tico
S ul, den t ro do p rogr a m a de cooper ação in t er n acion al emp reen dido pela O HI e pela
Comissão Ocea nogr áfica In tergover n amen t al (COI), pa r a confecção da Car t a Ba timét rica
Ger al dos Ocea nos (GEBCO).
• Ca rt a s Me t e o ro l ó g i c a s;
• Ca rt a s d e Corre n t e s d e Ma ré;
• Ca rt a s P i lo to;
• Ca rt a s p a ra o P la n eja m e n to d e D erro ta s; e
• Cro q u i s d e N a v e g a ç ã o p a r a diversos rios br asileiros.
Tod as as Ca r t as publicad as pela DH N est ão list ad as no Ca t álogo de Ca r t as Ná u ticas
e P ublicações, edit ado pela Diretoria de Hidrogr afia e N avegação.
Nos a nos subsequen tes à conclu são do I Pla no Ca r togr áfico Ná u tico Br a sileiro, as
m ud a nça s nos p a r â met ros da n avegação, t ais como: o m aior calado dos n avios, a m aior
velocidade das embarcações e u m a u men to con tín uo do t r áfego m a rítimo, aliados aos anseios
d a com u n id a de m a rít im a por u m a p a d roniz ação in t e r n acion a l dos docu m en tos pelos
Serviços Hid rogr áficos, levou a DHN a reavalia r o seu Pla no Ca r togr áfico.
P a r alela men te, em 1967, foi proposto pela prim eir a vez, du r a n te a IX Conferência
Hid rogr áfica In t er n acion al, o conceito de Car t a In ter n acion al. E ste conceito visava a eli-
min a r os esforços desnecessá rios no recobrimen to global d a Ca r togr afia N á u tica e tor n a r
m ais econômicas as a tivid ades dos Serviços Hid rogr áficos.
N a Conferência Hidrogr áfica In ter n acion al de 1982, foi adot ado o t r abalho desenvol-
vido pelo gr u po criado em 1967 – E specificações de Car t a s d a Orga nização Hid rogr áfica
I n ter n acion al. Est as especificações s ão aplicáveis pa r a todas as Ca r t as In ter n acion ais e
recomendada s, t a mbém, pa r a toda s as ca r t as das séries n acion ais.
U m sistem a de d u as séries de ca rt as de pequen a escala foi acord ado: 1:10.000.000
(dezenove ca r t as) e 1:3.500.000 (sessen t a ca r t as), p roven do u m a cobert u r a de ca r t as u ni-
for mes e moder n as p ar a a n avegação m a rítima in ter n acion al em todas as pass agens oceâ-
nicas.
E m 1982, a série de ca r t as INT esten deu seu conceito às ca r t as de média e gr a n de
escala s, abr angendo á reas cos teir as e ca r t as de aproxim ação de por tos. Coube ao Br asil
coor den a r o esquem a do Atlâ n tico Su doeste, abr a ngen do a á rea do Atlâ n tico que vai d a
fron t eir a Venezuela-Guia n a a té a fron teir a Chile-Argen tin a.
Con d e n s a n do a s d u a s t a r efa s, foi el a bor a do o I I P l a no C a r t og r áfico N á u t ico
Br asileiro, cujo esquem a que cobre a á rea d a cos t a br asileir a foi a presen t ado e submetido
à avaliação do Con selho Técnico da DH N, em 17 de julho de 1995, sen do ap rova do pelo
Diretor de Hidrogr afia e Navegação e con sagr ado como o II Pla no Ca r togr áfico Ná u tico
B r a silei ro. E s t e esq u e m a con t é m 8 ca r t a s a p r e se n t a n do cobe r t u r a s oce â n ica s m a is
abr angen tes, n as escala de 1:1.000.000, e u ma ou t r a série de 26 ca rt as na escala de 1:300.000,
adot a ndo-se a nu meração das Ca rt as In ter n acion ais (Ca rt as INT) em substituição ao modelo
a n tigo de n u mer ação n a “série 100”. As Ca r ta s N á u ticas acim a cit adas, com seus respectivos
n ú meros, podem ser vias u alizadas n a s Figu r as 2.42 e 2.43.
Projeções cartográficas; a Carta Náutica
F i g u r a 2.42 -
F i g u r a 2.43 -
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