Analise Dos Indicadores Do Mercado Bolsista
Analise Dos Indicadores Do Mercado Bolsista
Analise Dos Indicadores Do Mercado Bolsista
Maputo, 2020
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
1.1.1. Geográfica/Espacial................................................................................................................. 1
1.5.2. Específicos............................................................................................................................... 4
1.8.2. Método..................................................................................................................................... 6
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Delimitação
Segundo Santos et al. (2007, p. 131), o tema precisa ser delimitado, pois, quanto mais demarcado,
mais claro fica, facilitando, assim, o alcance dos objectivos propostos. A delimitação representa a
especificação de uma parte no todo e deve identificar o espaço pesquisado.
1.1.1. Geográfica/Espacial
1.1.2. Temporal
E para a delimitação temporal, o estudo considera período entre o ano de 2000 a 2020 como
referência, dado que neste a BVM passou por remodelações e desenvolvimentos a nível de controle
de riscos de igual modo ao estudo de mercado bolsistas, a criação do 3º mercado bolsista com vista
a preparar as empresas para ingressarem naqueles mercados de bolsa, dando enfase aos riscos
inerentes da bolsa, partilhando experiências com as demais bolsas de valores tais como ASEA,
JSE, NYSE, SSEC, dentre outras.
1.2. Contexto
Quando se fala de riscos inerentes aos indicadores de mercado, denota-se que estes incidem na
valorização, que qualquer empresa possa ter, assim Neto (1997) comenta que os riscos de mercado
são oriundos de modificações imprevisíveis no desempenho do mercado, tendo como principal
origem as mudanças económicas, e Alves e Souza (2014) referenciam que o dinamismo do
mercado financeiro mundial, que envolve produtos e serviços entre instituições financeiras de
diferentes países, dá origem a novas oportunidades de negócios, mas dentro dessas novas
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oportunidades, tem a sua parcela de riscos que não mitigados, podem resultar em grandes prejuízos
para as instituições.
Risco de mercado pode ser definido como a perda potencial decorrida de oscilações dos preços de
mercado do activo objecto ou mesmo de factores exógenos que influenciam os preços de mercado
(Prendergast, 2019). Dos demais riscos que existem, há que se prestar atenção aos que incidem
directamente ao mercado bolsista em que o activo é negociado. Para ações, por exemplo, há o
Risco da renda variável como um todo, quando pode ocorrer uma queda generalizada nos preços
de ações de diversas empresas, caso o índice caia.
O risco de mudanças económicas, como alteração da taxa de juros e variações nos índices de
inflação, o risco de câmbio, que pode afectar o valor, em moeda local, de activos de uma empresa
em moeda estrangeira, podendo afectar os custos de importação e receitas de exportação dos
produtos diversos, dentre outros como o de liquidez, derivados, crédito.
Sempre e por esse motivo a que se estudar e conhecer quase que a tempo inteiro os riscos,
mensurando-os de modo a prever qualquer situação adversa e assim minimizando o risco para
qualquer operação dentro da empresa.
1.3. Justificativa
Examinar sobre os riscos inerentes ao mercado bolsista, remete-nos a situações em que os pilares
de análise e gestão de riscos é constante e muito importante de modo a poder dá um ponto de
situação relativo ao mercado, sendo o bolsista em questão, e este tem relevância para as seguintes
análises: científica, social e pessoal.
No actual contexto de maior competitividade empresarial, analisar o risco tornou-se de mero luxo
para uma actividade que ajudas empresas a se precaverem de possíveis flutuações de mercado, e
isso se torna possível através dos indicadores de mercado, atendendo e considerando que para as
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empresas cotadas na bolsa esses indicadores ajudam a verificar a questão da des- ou valorização
da mesma, num determinado período de análise.
É científico que os riscos inerentes ao mercado bolsista quando conhecidos ajudam a empresa a
prever os gastos que poderá incorrer e assim melhor planificar as suas acções de modo a que a
empresa possa atingir os objectivos principais que se arrolam em volta do lucro.
O estudo serve de motivação para o pesquisador de modo a que possa adquirir mais conhecimentos
no que concerne ao estudo de riscos sejam económicos, financeiros, operacionais e ou de gestão
empresarial, identificações de soluções acessíveis, tais como a implantação equipe de análise
económica e financeira por via da bolsa de valores, de igual modo a se tornar especialista na área.
1.4. Problematização
Empresas não tem conhecimento dos riscos inerentes ao mercado bolsista, assim nem quem
pretende ter a sua empresa cotada na bolsa de valores assim os que lá já a tem, se não fizerem com
muita frequência estas análises, de nada as valerá tomar foco no crescimento sobre as oscilações
do mercado bolsista.
Segundo a BVM (2018) e durante o seu funcionamento, a Bolsa de Valores tem estado a
evidenciar a sua relevância como alternativa de financiamento para o sector público e privado,
meio seguro para a promoção de poupança para os aforradores e investidores e permitindo
direcionar a poupança disponível e mobilizável para o sector produtivo da economia, tendo até
esta data financiado a economia (sector empresarial e estatal), em mais de 90 mil milhões MT
(cerca de 1.500 milhões USD).
Há que sempre verificar os riscos que podem não estar ligados a gestão da empresa, mesmo que a
bolsa de valores informe um desenvolvimento da economia por parte destes, porque a inflação e a
liquidez sempre se fazem sentir quando olhamos para o mercado bolsista, tal que a gestão de risco
tem como finalidade ajudar em se controlar e mensurar o risco de mercado bolsista é sendo através
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dele que se criaram ferramentas que auxiliam na melhor maneira às operações realizadas, podendo
se obter melhor êxito nos investimentos que qualquer instituição possa incorrer.
1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
1.5.2. Específicos
1.6. Hipóteses
H1: A BVM tem uma política de gestão de riscos inerentes aos indicadores do mercado bolsista;
H2: O mercado bolsista da BVM incorre a riscos económicos e financeiros pelas empresas por via
das empresas cotadas nela; e
H3: A BVM tende a reduzir os riscos inerentes ao mercado bolsista pelo controle regular dos
mesmos.
Com base nos argumentos expostos nos parágrafos anteriores tem-se as seguintes questões de
pesquisa:
i. Quais as políticas utilizadas pela BVM para o controle dos riscos inerentes ao mercado
bolsista;
ii. Quais são os riscos são inerentes aos indicadores do mercado bolsista na BVM?
iii. Como a BVM reduz os riscos inerentes ao mercado bolsista de modo a apresentar dados
mais aproximados a realidade deste?
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1.8. Metodologia
Este ponto apresenta a metodologia em que se enquadra este estudo, focando o mesmo num estudo
de caso detalhado de um contexto, de uma identidade bem definida (Serrano, 2001). Este estudo é
de natureza qualitativa, quantitativa e interpretativa, pois pretende analisar os riscos inerentes aos
indicadores de mercado, sendo que trazem benefícios como alavancagem de lucros através de
estratégias para que a empresa possa atingir seus objectivos, ter lucros e manter-se estável e
competitiva num ambiente interno e externo a empresa.
Esta investigação desenvolve-se por uma metodologia qualitativa e quantitativa, uma vez que o
que se pretende é explicar a realidade e também compreendê-la. A investigação deve reger-se por
um conjunto de regras e possuir linguagem específica, de acordo com (Postic, 1990, p.145),
A abordagem qualitativa, como afirmam Neto (2003) e Novikoff (2010) requer que os
investigadores desenvolvam empatia com os participantes no estudo e que façam esforços
concentrados para compreender vários pontos de vista. O objectivo não é o juízo de valor, mas
antes, o de compreender o ponto de vista dos sujeitos e determinar como e com que critério eles o
julgam.
Segundo Cláudia, Terence, e Fcav (2006) Terence e Filho (2006), na abordagem quantitativa
considera-se que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números as opiniões e
informações, e para classificá-las e analisá-las requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas
(percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de
regressão etc.)
Neste contexto, o presente estudo enquadra-se numa perspectiva indutiva, porque procura
compreender a lógica dos riscos inerentes ao mercado bolsista num determinado local (nesse caso
da BVM), a forma como estes são analisados, e a sua relação com o processo analise e controle de
riscos. Tal como refere Fonseca (2002), a pesquisa qualitativa proporciona compreensão em
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profundidade do contexto do problema e, é um método indutivo por excelência para entender por
que o indivíduo age como age, pensa como pensa ou sente como sente.
1.8.2. Método
O método aplicado neste trabalho foi o monográfico, mais conhecido por estudo de caso, o qual
segundo Dias e Silva (2009), permite, mediante caso isolado ou de pequenos grupos, entender
determinados factos. Este método é caracterizado conforme argumenta Gil (2002), pelo estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objectos, de maneira a permitir o seu conhecimento
amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de estudos.
De acordo com Chedid (2000), entre as vantagens de estudo de caso, destaca-se o facto de este
permitir o acesso a uma situação onde se pode observar a dinâmica imprimida por um grande
número de factores que interagem, o que proporciona o contacto com a complexidade e a riqueza
das situações sociais. No caso concreto deste trabalho, este método afigura-se como a perspectiva
metodológica mais adequada para construir e compreender os objectivos de investigação, analisar
os riscos inerentes ao mercado bolsista na Bolsa de Valores.
Para a realização da pesquisa, é necessário o emprego das técnicas de pesquisa. As técnicas são
procedimentos que operacionalizam os métodos. Para todo o método de pesquisa, correspondem
uma ou mais técnicas. Estas estão relacionadas com a colecta de dados, isto é, a parte prática da
pesquisa.
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Segundo Gil (2002), esta técnica auxilia o pesquisador na identificação e a obtenção de provas a
respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu
comportamento, sujeita o pesquisador a um contacto mais directo com a realidade.
O grau de participação do observador é muito relevante, bem como a duração das observações,
sendo imprescindível planear o que e como observar. Enquanto procedimento científico e para que
a pesquisa seja confiável deve servir a um objectivo formulado de pesquisa, sendo
sistematicamente planeada e submetida a verificação e controle de validade e precisão. Portanto,
acompanhando a sua ocorrência.
1.8.3.2. Entrevista
A entrevista representa uma técnica de colecta de dados na qual o pesquisador tem um contacto
mais directo com a pessoa, no sentido de se inteirar de suas opiniões acerca de um determinado
assunto (Boni & Quaresma, 2005). Esse método não escapa ao planeamento antes mencionado,
uma vez que requer do pesquisador um cuidado especial na sua elaboração, desenvolvimento e
aplicação, sem contar que os objectivos propostos devem ser efetivamente delineados, a fim de
que se obtenha o resultado pretendido.
É descrita como sendo uma das importantes técnicas que se usa em quase todas as pesquisas em
ciências sociais (Uwe Flick, 2005). Um dos aspectos que o autor evidencia no uso desta técnica é
que na entrevista, a relação que se cria é de interacção, havendo uma atmosfera de influência
recíproca entre quem pergunta e quem responde. O autor, refere-se a diferentes tipos de entrevistas,
que variam de acordo com o propósito do entrevistador, de entre os quais a entrevista semi-
estruturada. A escolhida para este trabalho por ser aquela em que o entrevistador segue um certo
roteiro previamente estabelecido, com perguntas pré-determinadas. Ela se realiza de acordo com
um guião elaborado e é efectuada de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um
plano.
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1.8.4. Resultados Esperados
Espera-se que com esta pesquisa verificar uma das hipóteses, principalmente a de que a BVM tem
uma política de controle de riscos inerentes aos indicadores do mercado bolsista.
De igual modo, espera-se que com esta pesquisa se possa obter um estudo aprofundado do mercado
bolsista, fazendo a sua difusão e alusão, dando mais informação do seu funcionamento e de que é
feito o mesmo, olhando principalmente para os riscos inerentes a este, especificando todos os
riscos, e claro demonstrando a necessidade de se conhecer o mercado bolsista assim como os seus
riscos de modo a que mais empresas possam se inscrever e serem cotadas a nível da bolsa de
valores, o que lhes acrescente uma certa credibilidade e alavanca seu capital social.
O primeiro que é a introdução, onde se apresenta a visão global do trabalho, ou seja, aborda
aspectos sobre a fundamentação da pesquisa relacionados com a contextualização, escolha do
tema, descrição do problema de pesquisa, questão da pesquisa, hipóteses, objectivos, delimitação
e justificativa bem como a este ponto referente a sua estrutura.
O segundo capítulo revisão da literatura, discute os principais termos envolvidos, que abrangem a
questão do risco e do mercado bolsista no seu todo, e buscando fazer uma análise em especial para
Moçambique, para que, por conseguinte, examinar na empresa em questão.
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Para o quinto capítulo análise e interpretação dos resultados, far-se-á à materialização do estudo,
através da apresentação dos meios de obtenção e análise dos dados, para a posterior apresentação
dos resultados, através da triangulação entre a teoria e o que foi verificado ao longo da pesquisa.
Alves, R. dos S., & Souza, A. S. de. (2014). CONTABILIDADE GERENCIAL COMO
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0173-7.2
Assaf Neto, A. (1997). A dinâmica das decisões financeiras. Caderno de Estudos, (16), 01–17.
https://doi.org/10.1590/S1413-92511997000300001
Boni, V., & Quaresma, S. (2005). Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências
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