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Residência Fiscal 


Alojamento
j Local

SEG 0517
Marília Fernandes e Paula Franco
RESIDÊNCIA FISCAL

Seg0517 – Residência Fiscal e Alojamento Local


© ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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INCIDÊNCIA PESSOAL

 Sujeitos Passivos
Pessoas singulares residentes em território português e as que, nele não residindo,
aqui obtenham rendimentos;

Regra geral da tributação separada salvo opção pela tributação conjunta (art.º 13.º,
n.º 2 CIRS)

(Até à Reforma do IRS o regime regra era a tributação conjunta).

Situação pessoal e familiar é aquela que se verificar no último dia do ano a que o
imposto respeite.

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RESIDENTES

Conceito de Residência é essencial para definir o âmbito


da sujeição a imposto (art.º 15.º CIRS)

Residentes Princípio da universalidade

Imposto incide sobre a totalidade dos rendimentos,


incluindo os obtidos fora do território português

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NÃO RESIDENTES

Não residentes Princípio da territorialidade/fonte

Imposto incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em


território português (art.º 18.º CIRS)

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RESIDENTES

São residentes em território português os sujeitos


passivos que :
a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias,
seguidos ou interpolados, em qualquer período de 12
meses com início ou fim no ano em causa;

b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham,


num qualquer dia daquele período, de habitação em
condições que façam supor intenção atual de a
manter e ocupar como residência habitual;

(art.º 16.º CIRS)


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RESIDENTES

Tornam-se residentes desde o primeiro dia do período


de permanência

Dia de presença: qualquer dia completo ou parcial, que


inclua dormida.

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Não residentes/Residentes

Critério temporal
Residência fiscal parcial (novo regime)

Residência fiscal – totalidade do ano


(anterior regime)

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Não residentes/Residentes

Critério habitação
Residência fiscal parcial (novo regime)

Residência fiscal – totalidade do ano


(anterior regime)

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Não residentes/Residentes

Os Sujeitos passivos tornam-se residentes desde o


primeiro dia do período de permanência em
território português (art.º 16.º, n.º 3 CIRS)

Consideram-se residentes desde o 1.º dia do ano em que


se verifique qualquer das condições previstas( art.º 16.º,
n.º 1, als. a) e b) CIRS)

Salvo quando tenham sido residentes em território


português em qualquer dia do ano anterior
2016 2017
Residente Não residente Residente Regra de salvaguarda
final n.º3 art.º 16


Residente
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Residentes/Não residentes
Perda da qualidade de residente ocorre a partir do
último dia de permanência salvo regras de
salvaguarda (art.º 16.º, n.º 4).
Residência fiscal parcial (novo regime)

Residência fiscal – totalidade do ano (anterior regime)

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Residentes/Não residentes

1.ª Regra de salvaguarda (à saída) – art.º 16.º, n.º 14


CIRS
Sujeito passivo considera-se residente durante a totalidade
do ano fiscal quando cumulativamente:

a) Permaneça em território português por período superior


a 183 dias (contínuos ou interpolados),
e
b) Obtenha, no decorrer desse ano e após o último dia de
permanência em território português, qualquer tipo de
rendimentos que estariam sujeitos a IRS, caso o sujeito
passivo mantivesse a sua qualidade de residente em território
português.

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Residentes/Não residentes

A referida regra de salvaguarda (à saída) não é


aplicável se sujeito passivo demonstrar que os
rendimentos auferidos são tributados (por um
imposto sobre o rendimento idêntico ou
substancialmente similar ao IRS) no seu domicílio ou
residência:
a) Noutro Estado membro da UE ou do EEE com o qual exista
intercâmbio de informações em matéria fiscal e se preveja
a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade;

b) Noutro Estado em que os rendimentos auferidos não


estejam sujeitos uma taxa tributação inferior a 60%
daquela que seria aplicável em território português.

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Residentes/Não residentes

2.ª Regra de salvaguarda (à saída) – art.º 16.º, n.º 16


CIRS

Sujeito passivo considera-se, ainda, residente em território


português durante a totalidade do ano, sempre que volte a
adquirir a qualidade de residente durante o ano subsequente
àquele em que perdeu aquela mesma qualidade (último dia de
permanência)

2016 2017

Residente Não residente Residente Regra de 


salvaguarda

Residente

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Residentes/Não residentes

São residentes em território português os sujeitos passivos


que:
(art.º 16.º CIRS)
c) Em 31 de dezembro, sejam tripulantes de navios ou
aeronaves, desde que aqueles estejam ao serviço de
entidades com residência, sede ou direção efetiva nesse
território;

d) Desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de


carácter público, ao serviço do Estado Português.

Abrange o exercício de funções de deputado ao


Parlamento Europeu ( n.º 13)

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Residentes/Não residentes

São considerados residentes em território português sujeitos


passivos de nacionalidade portuguesa que deslocalizem
residência para país, território ou região, sujeito a um
regime fiscal claramente mais favorável

(Portaria n.º 150/2004, de 13-02, alterada pela Portaria n.º 345-


A/2016 de 30 dezembro)

No ano da transferência e nos quatro anos subsequentes


salvo se provar que mudança se deve a razões atendíveis
(ex. exercício de atividade temporária).

Cessa a presente regra, quando sujeito passivo se torne


fiscalmente residente noutro território ou região sem regime
fiscal claramente mais favorável ( Novo)

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Residência nas Regiões Autónomas (art.º 
17.º CIRS)

Permanência por mais de 183 dias naquele


território aferida através:
Residência habitual;
Registo para efeitos fiscais.

Não sendo possível aferir a permanência,

São considerados residentes no território de uma RA


os residentes em território português que ali
tenham o seu principal centro de interesses

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Residência nas Regiões Autónomas (art.º 
17.º CIRS)

Principal centro de interesses


Local onde se obtenha a maior parte da
base tributável

Categoria A local onde é prestada a


atividade;
Categoria B local do estabelecimento ou
do exercício habitual da profissão;
Categoria E local do estabelecimento a
que deva imputar-se o pagamento;


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Residência nas Regiões Autónomas (art.º 
17.º CIRS)

Principal centro de interesses

Local onde se obtenha a maior parte da


base tributável

Categoria F local onde se situam os


imóveis caso de imóveis;
Categoria H local onde são pagas ou
colocadas à disposição.

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RESIDÊNCIA EM REGIÃO AUTÓNOMA
(art.º 17.º CIRS)

São residentes no território de uma RA as pessoas que constituem o agregado familiar, desde que aí se situe
o principal centro de interesses, considerando‐se como tal o local onde se obtenha a maior parte da base
tributável, determinada nos seguintes termos:

 CAT. A  Consideram‐se obtidos no local onde é prestada a


atividade;
 CAT. B  local do estabelecimento estável ou do exercício habitual
da profissão;
 CAT. E  local do estabelecimento estável a que deva imputar‐se o
pagamento;
 CAT. F e G (imóveis)  local onde estes se situam;
 CAT. H  local onde são pagas ou colocadas à disposição.


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Residente não habitual

Criado pelo Decreto-lei n.º 249/2009, de 23-09, que aprovou


o Código Fiscal do Investimento.

Sujeitos passivos que se tornem fiscalmente residentes e


não tenham sido residentes em qualquer dos cinco anos
anteriores.

Formalismos:
1. Inscrição como residente não habitual no momento
da inscrição como residente; ou,
2. Até 31 de março, inclusive, do ano seguinte àquele
em que se torne fiscalmente residente.


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Residente não habitual

Poderão inscrever‐se como Residentes não Habituais, os sujeitos passivos que,


cumulativamente, reunirem as seguintes condições:
PRESSUPOSTOS

Tornarem‐se fiscalmente residentes em território português de acordo com os


critérios estabelecidos no n.º 1 do art.º 16.º do CIRS, nomeadamente ao
abrigo da alínea b);

Comprovarem no momento da inscrição, a anterior residência e tributação no


estrangeiro, através de certificado de residência fiscal demonstrando a
tributação efectiva;

Não terem em qualquer dos cinco anos anteriores sido tributados como
residentes em sede de IRS.

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Residente não habitual

Residente não habitual adquire o direito de


ser tributado como tal por um período de 10
anos consecutivos (a partir do ano,
inclusive, da inscrição como residente em
território português).

Caso o sujeito passivo não tenha utilizado


tal direito em um ou mais anos do período,
pode sempre retomar o gozo do mesmo a
partir do ano em que seja fiscalmente
residente.

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Residente não habitual

CATEGORIA A:

 Rendimentos de trabalho dependente – Retenção na fonte opera nos


termos e regras gerais (taxas constantes das tabelas)

 Rendimentos de trabalho dependente auferidos em atividades de


elevado valor acrescentado (cf. Portaria n.º 12/2010, de 7‐01).

Taxa de 20% (art.º 99.º, n.º 8 CIRS)

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Residente não habitual

CATEGORIA B:

o Rendimentos auferidos em atividades de elevado valor acrescentado (cf.


Portaria n.º 12/2010, de 7‐01).

•Taxa de 20% (art.º 101.º, n.º 1, al. d) CIRS)

o Restantes rendimentos Retenção na fonte opera nos


termos e regras gerais da categoria.

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Residente não habitual

Rendimentos obtidos em território nacional
São tributados á taxa autónoma de 20%

Rendimento liquido da Categoria A


Actividades elevado
valor acrescentado
Rendimento liquido da Categoria B
Portaria 12/2010 de 7-1
Regra geral (
Restantes Rendimentos taxas art.º 68.º)

Podem optar pelo englobamento, ficando obrigado a englobar todos os rendimentos auferidos, como é
o caso dos rendimentos de capitais sujeitos a taxas liberatórias e das mais‐valias obtidas com a
alienação de partes sociais e outros valores mobiliários e ainda ao englobamento dos rendimentos
obtidos fora do território, caso em que terão direito ao crédito de imposto por dupla tributação
internacional.

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Residente não habitual

Rendimentos obtidos no estrangeiro
Isentos de IRS, contando para efeitos de determinação da taxa a aplicar aos restantes
rendimentos

Sejam tributados no outro Estado, em conformidade com CDT;

ou
Categorias A e H
Sejam tributados no outro país, quando não exista CDT, desde que
os rendimentos, não sejam de considerar obtidos em território
nacional ( n.º 1 art.º 18.º).
Sem origem em 
contribuições, com 
dedução nos termos  Possam ser tributados no outro Estado, em conformidade
do n.º 2 do art.º 25 com CDT;
Categorias B, E, F e G Possam ser tributados no outro Estado, desde que não
Paraíso Fiscal
Não sejam de considerar obtidos em território nacional. (
Portaria 12/2010
n.º 1 art.º 18.º).

Opção Método do crédito de imposto Englobamento Obrigatório

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Residente não habitual

Legislação e instruções
administrativas:

Decreto-lei n.º 249/2009, de 23-09


Portaria n.º 12/2010, de 17-01 (atividades
de elevado valor)
Circular n.º 2/2010 DSIRS
Circular n.º 9/2012 DSIRS
Ofício-Circulado n.º 90015, de 08-06-2010

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Não Residentes

REGIME GERAL

 Não englobamento (art. 22.º)


 Tributação por retenção liberatória, a titulo definitivo ( art. 71.º)
 Categorias A, B, E e H
 Tributação por declaração ( art. 72.º)
 Incrementos Patrimoniais – 28%
 Rendimentos Prediais – 28%
 Mais Valias Valores Mobiliários – 28%
 Rendimentos Imputáveis a Estabelecimento Estável (Categoria
B)– 25%

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Não Residentes

Residentes noutro Estado membro da União Europeia


(EU) ou do Espaço Económico Europeu (EEE)

Podem optar pela tributação nos termos das regras


aplicáveis aos sujeitos passivos não casados, residentes em
território português.

Quando rendimentos obtidos em território português


representem pelo menos 90% do total dos rendimentos
obtidos no ano em causa, incluindo os de fonte estrangeira.
Residente virtual (art.º 17.º-A CIRS)


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Não Residentes

Residentes noutro Estado membro da EU ou do EEE


Sujeitos passivos casados e não separados de pessoas e bens
ou unidos de facto podem optar pela tributação nos termos
das regras aplicáveis aos sujeitos passivos casados e não
separados judicialmente de pessoas e bens residentes em
território português.

 Ambos tenham residência num Estado membro da UE ou do


EEE;
 Quando rendimentos obtidos em território português
representem pelo menos 90% do total dos rendimentos do
agregado familiar;
 Opção seja formulada por ambos os sujeitos passivos ou
pelos respetivos representantes fiscais.

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Seg0517 – Residência Fiscal e Alojamento Local
Não Residentes

Categoria A:

• Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. a) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

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Não Residentes

Categoria B:

• Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. a) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

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Não Residentes

Categoria E:

 Tributação à taxa liberatória de 28% (art.º 71.º, n.º 1, al. a) CIRS)

 Tributação à taxa liberatória de 28% quando não sujeitos a retenção nos termos supra
(art.º 72.º, n.º 1, al. b) CIRS)

 Tributação à taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. b) CIRS)

Rendimentos relativos a propriedade intelectual, industrial ou know‐how
(art.5.º, n.º 2, als. m) e n) CIRS)

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Não Residentes

Categoria G:

1. Mais‐valias imobiliárias

Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. a) CIRS)

2. Mais‐valias mobiliárias

Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. c) CIRS)


Partes sociais micro e pequenas empresas saldo positivo apenas tributado em 50%
(art.º 43.º, n.ºs 3 e 4 CIRS)

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Não Residentes

Categoria H:

Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. c) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

Taxa incide sobre o rendimento líquido – Dedução art.º 53.º CIRS


(art.º 71.º, n.º 5 CIRS)

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Não Residentes/Residentes

Categoria F:
Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. e) CIRS)

Opção pelo englobamento para sujeitos passivos residentes em território português


(artigo 72.º, n.º 5 do CIRS).

Retenção na fonte Obrigatório quando pagos por entidades


que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada.

(art.º 101.º, n.º 1, al. e) CIRS)

Taxa de 25% (incide sobre rendimento bruto)

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Obrigações acessórias

Sujeitos passivos devem comunicar qualquer alteração no estatuto


de residente no prazo de 60 dias (art.º 19.º, n.º 5 LGT).

Os não residentes que obtenham rendimentos sujeitos a IRS, bem


como os que, embora residentes em território nacional, se ausentem
deste por um período superior a seis meses devem designar
representante fiscal (art.º 130.º CIRS e art.º 19.º, n.º 6 LGT)

Não é aplicável aos não residentes de, ou a residentes que se


ausentem para, Estados membros da UE ou do EEE (cooperação
administrativa no domínio da fiscalidade)

Possibilidade de renúncia à representação (art.º 130.º-A CIRS)


(Novo)


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Seg0517 – Residência Fiscal e Alojamento Local
ALOJAMENTO LOCAL

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ENQUADRAMENTO LEGAL

A figura do alojamento local foi criada pelo Decreto-Lei n.º


39/2008, de 7 de março, para regular a prestação de
serviços de alojamento temporário em estabelecimentos que
não reunissem os requisitos legalmente exigidos para se
qualificarem como empreendimentos turísticos.

Tal realidade veio a ser regulamentada através da Portaria


n.º 517/2008, de 25 de junho, entretanto alterada pela
Portaria n.º 138/2012, de 14 de maio, que estabeleceu os
requisitos mínimos a observar pelos estabelecimentos de
alojamento local, bem como o procedimento para registo
destes estabelecimentos junto das câmaras municipais.

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Regulamentação da atividade de Alojamento Local

A dinâmica do mercado da procura e oferta do alojamento fez surgir e


proliferar um conjunto de novas realidades de alojamento as quais
obrigaram a uma nova regulamentação.

É nesta sequência que ocorre a publicação do Decreto‐Lei n.º 128/2014, 29


de agosto que aprovou o regime jurídico da exploração dos
estabelecimentos de Alojamento Local, entretanto alterado pelo Decreto‐Lei
n.º 63/2015, de 23 de abril, face á necessidade de densificar o regime dos
«hostel».

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Regulamentação da atividade de Alojamento Local

O Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto foi adaptado à Região


Autónoma da Madeira pelo Decreto Legislativo Regional n.º
13/2015/M, de 22 de dezembro.

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Conceito de Alojamento Local

Consideram-se estabelecimentos de alojamento local aqueles que


prestam serviços de alojamento temporário a turistas, mediante
remuneração, e que reúnem os requisitos previstos no Decreto-Lei n.º
128/2014, de 29 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de
23 de abril, não sendo permitida a exploração como estabelecimentos
de alojamento local, dos estabelecimentos que reúnam os requisitos
para serem considerados empreendimentos turísticos.

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Conceito de Empreendimento Turístico

Consideram-se Empreendimentos Turísticos, ao abrigo do RJET,


os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de
alojamento, mediante remuneração, dispondo, para o seu
funcionamento, de um adequado conjunto de estruturas,
equipamentos e serviços complementares.

Exemplos de tipologias de empreendimentos turísticos


 Estabelecimentos Hoteleiros
 Aldeamentos Turísticos
 Apartamentos Turísticos
 Conjuntos Turísticos (Resorts)
 Parques de Campismo e de Caravanismo
 Empreendimentos de Turismo no Espaço Rural
 Empreendimentos de Turismo de Habitação

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Conceito de Alojamento Local

Os estabelecimentos de Alojamento Local devem integrar‐se numa das


seguintes modalidades:

Moradia ‐ estabelecimento de Alojamento Local cuja unidade de


alojamento é constituída por um edifício autónomo, de caráter unifamiliar;

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Conceito de Alojamento Local

Apartamento - estabelecimento de Alojamento Local cuja unidade


de alojamento é constituída por uma fração autónoma de edifício ou
parte de prédio urbano suscetível de utilização independente;
Estabelecimentos de hospedagem - estabelecimento de
Alojamento Local, cujas unidades de alojamento são constituídas por
quartos (podem utilizar a denominação hostel se obedecerem aos
requisitos previstos no artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, 29 de
agosto com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º
63/2015, de 23 de abril)

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Conceito de Alojamento Local

Enquanto na “moradia” a unidade de alojamento é o edifício


autónomo, de carácter familiar, no “apartamento” é uma fração
autónoma de edifício ou parte de prédio urbano suscetível de
utilização independente. No “estabelecimento de hospedagem” as
unidades de alojamento são os quartos.

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Requisitos da Exploração

Apartamento: Cada proprietário ou titular de exploração apenas


pode explorar, por edifício, o máximo de 9 estabelecimentos de
Alojamento Local, se o numero de estabelecimentos for superior a
75%, do numero de frações existentes no edifício.
NOTA: Para o cálculo de exploração supra referido, consideram-se todos os apartamentos
registados em nome do cônjuge, descendentes e ascendentes do proprietário ou do titular da
exploração.

Se o nº de estabelecimentos de Alojamento Local na modalidade de


apartamento for superior a 9, o Turismo de Portugal pode, a
qualquer momento, fazer uma vistoria para efeitos de verificação, se
estarão reunidos os requisitos para ser considerado empreendimento
turístico

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Requisitos da Exploração

Dormitório :
Ventilação e iluminação direta com o exterior através de janela
Compartimento individual por cada cama, com sistema de fecho, com
dimensão mínima interior de 55cmx40cmx20cm

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Requisitos Gerais dos Estabelecimentos 

 Adequadas condições de conservação e funcionamento das


instalações e equipamentos;

 Ligados à rede pública de abastecimento de água ou dotados de


um sistema privativo de abastecimento de água com origem
devidamente controlada ;

 Ligados à rede pública de esgotos ou dotados de fossas sépticas


dimensionadas para a capacidade máxima do estabelecimento ;

 Dotados de água corrente quente e fria;

 Reunir sempre condições de higiene e limpeza .

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Requisitos Gerais das Unidades de Alojamento 

 Janela ou sacada com comunicação direta para o exterior, que


assegure as adequadas condições de ventilação e arejamento ;
 Mobiliário, equipamento e utensílios adequados ;
 Sistema que permita vedar a entrada de luz exterior ;
 Portas equipadas com um sistema de segurança que assegure a
privacidade dos utentes

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Requisitos de Segurança

Regras gerais de segurança contra riscos de incêndio (SCIE) (DL nº


220/2008, de 12 de novembro e PT nº 1532/2008, de 29 dezembro)

Exceto:
Estabelecimentos AL com capacidade igual ou inferior a 10 utentes:
 Extintor e manta de incêndio
 Equipamento de 1ºs socorros
 Indicação do nº nacional de emergência (112)

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52
Requisitos de Hostel

 Espaços sociais comuns ;


 Cozinha;
 Área de refeição de utilização e acesso livre pelos hóspedes ;
 Instalações Sanitárias comuns a vários quartos e dormitórios, que,
caso não sejam separadas por género, os chuveiros devem
configurar espaços autónomos separados por portas com fecho
interior

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Forma de Registo de Alojamento Local

Através de mera comunicação prévia, obrigatória e condição sine


qua non para a exploração do estabelecimento, dirigida ao Presidente
da Câmara Municipal efetuada no Balcão Único Eletrónico (BUE),
acessível nos sites na Internet do Turismo de Portugal, I.P. (TP)e das
câmaras municipais .

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Forma de Registo de Alojamento Local

Em caso de indisponibilidade do Balcão Único Eletrónico

Possibilidade de efetuar comunicações por outros meios digitais ou


por papel:
 É concedido um numero de registo provisório pela câmara
municipal
 Esta comunicação deverá ser dirigida em simultâneo ao Turismo
de Portugal
 O numero definitivo será dado pelo Balcão Único Eletrónico (BUE),
após inserção dos dados da mera comunicação prévia pela
câmara municipal, no prazo de 5 dias úteis após a cessação da
indisponibilidade, o qual será automaticamente comunicado ao
Turismo de Portugal

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Título Válido de Abertura e Alterações

O documento emitido pelo Balcão Único Eletrónico constitui o título


válido de abertura do estabelecimento .

Em caso de indisponibilidade do Balcão Único Eletrónico , o nº de


registo provisório serve de título válido de abertura .

Após a comunicação prévia, e no prazo de 30 dias, para verificação


da conformidade da informação e documentação apresentada, será
efetuada vistoria pela Camara Municipal

Qualquer Alteração, deve ser comunicada através do Balcão Único


Eletrónico, no prazo máximo de 10 dias, pelo titular da exploração.

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Cessação da Exploração Alojamento Local

Comunicada através do Balcão Único Eletrónico ao Presidente da


Câmara Municipal

 No prazo máximo de 60 dias após a sua ocorrência

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Registo Nacional de Turismo

O Registo Nacional de Turismo (RNT), regulamentado pela Portaria


n.º 1087/2010, de 22 de outubro, abrange todos os
empreendimentos, com título válido de abertura ao público, e todas
as atividades turísticas, sendo atualmente constituído por:
 Registo Nacional dos Empreendimentos Turísticos (RNET);
 Registo Nacional do Alojamento Local (RNAL);
 Registo Nacional de Agentes de Animação Turística (RNAAT);
 Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo
(RNAVT).

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Enquadramento jurídico da atividade de 
Alojamento Local

O diploma que rege o enquadramento jurídico da atividade de Alojamento


Local é relevante para efeitos fiscais, sobretudo pela definição do conceito
de prestação de serviços de alojamento constante do seu artigo 4.º.

Determina esta disposição legal, que para todos os efeitos, a exploração de


estabelecimento de Alojamento Local corresponde ao exercício, por pessoa
singular ou coletiva, da atividade de prestação de serviços de alojamento.

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Enquadramento jurídico da atividade de 
Alojamento Local
Esclarece ainda o diploma que se presume existir exploração e
intermediação de estabelecimento de Alojamento Local quando um imóvel
ou fração deste:
a) Seja publicitado, disponibilizado ou objeto de intermediação, por
qualquer forma, entidade ou meio, nomeadamente em agências de viagens
e turismo ou sites da Internet, como alojamento para turistas ou como
alojamento temporário; ou
b) Estando mobilado e equipado, neste sejam oferecidos ao público em
geral, além de dormida, serviços complementares ao alojamento,
nomeadamente limpeza ou receção, por períodos inferiores a 30 dias.

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Atividade de Alojamento Local em sede de IRS

Para a exploração de um imóvel como estabelecimento de


alojamento local é necessário efetuar previamente o registo do
estabelecimento, através de uma comunicação prévia, no Balcão
Único Eletrónico e declarar o início de atividade junto da
Autoridade Tributária e Aduaneira, para o exercício da atividade de
prestação de serviços de alojamento (correspondente à secção I,
subclasses 55201 ou 55204 da Classificação Portuguesa de
Atividades Económicas).

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Enquadramento da atividade de Alojamento 
Local em sede de IRS

A atividade de exploração de Alojamento Local tem enquadramento na


categoria B do IRS, como rendimento de natureza empresarial, conforme
alínea h) do n.º 1 do artigo 4.º do Código do IRS.

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Inicio de atividade de Alojamento Local

Art.º 31.º n.º 1 CIVA


As pessoas singulares ou coletivas que exerçam uma atividade
sujeita a IVA devem apresentar, em qualquer serviço de finanças ou
noutro local legalmente autorizado, antes de iniciado o exercício da
atividade, a respetiva declaração.

Art.º 112.º n.º 1 CIRS


Antes de iniciar alguma atividade suscetível de produzir rendimentos
da categoria B, deve o sujeito passivo apresentar a respetiva
declaração de início num serviço de finanças, em impresso de
modelo oficial.

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Forma de efetuar o Inicio de atividade

PORTAL DAS FINANÇAS Qualquer serviço de finanças ou


Serviços Tributários > Cidadãos > nas lojas do cidadão
Entregar > Declarações > Atividade >
Início de Atividade

Atenção: A entrega da declaração permanecerá


pendente de confirmação só ficando disponível para Importante: Volume de negócios até ao
consulta depois da recolha, no Portal das Finanças, do
código de fiabilização que é remetido por correio para o
final do ano
domicílio fiscal. (este valor é anualizado para efeitos de
enquadramento em IVA)

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Enquadramento da atividade em IRS

Em função dos elementos constantes da declaração de início de


atividade, o contribuinte fica enquadrado num dos dois regimes de
determinação do rendimento da categoria B:

 Regime Simplificado
 Regime de Contabilidade Organizada

O enquadramento inicial em cada um dos regimes, efetua-se com base


no valor anual de rendimentos estimado da categoria B, inscrito no
Campo “Valor Anual Rendimentos Estimado (IRS)” do Quadro ”Dados
Relativos à Atividade Esperada”, da declaração de início de atividade.

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Regimes de tributação – REGIME SIMPLIFICADO

O enquadramento no Regime Simplificado é efetuado quando o


valor anual
de rendimentos estimado da categoria B, indicado na declaração, for
igual ou inferior a € 200.000, salvo se o contribuinte optar pelo
Regime de Contabilidade Organizada na Declaração de Início de
Atividade.

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Regimes de tributação – REGIME SIMPLIFICADO

O enquadramento no Regime Simplificado cessa art.º 28 n.º 6 CIRS


se for ultrapassado o limite de € 200.000 em dois anos consecutivos,
ou quando o seja num único ano, em montante superior a 25% (€
250.000), sendo o contribuinte automaticamente enquadrado, por
obrigação legal, no Regime de Contabilidade Organizada, a partir do
ano seguinte ao da verificação daqueles factos.

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Regimes de tributação – REGIME SIMPLIFICADO

No regime simplificado, o rendimento tributável obtém-se através da


aplicação do coeficiente 0,35, previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo
31.º do Código do IRS, aos rendimentos brutos das prestações de
serviços relativas à exploração de estabelecimentos de alojamento
local na modalidade de moradia ou apartamento.
Nas restantes modalidades o coeficiente a aplicar será 0,15, previsto
na alínea a) do n.º 1 do art.º 31.º do CIRS.

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Regimes de tributação – REGIME SIMPLIFICADO

Por opção anual dos respectivos titulares, possibilidade de


tributação segundo as regras estabelecidas para os
rendimentos prediais ( Categoria F) , das importâncias
relativas à exploração de estabelecimentos de alojamento
local na modalidade de moradia ou apartamento.

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Regimes de tributação – REGIME CONTABILIDADE

O enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada é


obrigatório quando o valor anual de rendimentos estimado da
categoria B, indicado na declaração, for superior a € 200.000.

Pode o contribuinte optar pelo Regime de Contabilidade Organizada


quando o valor anual de rendimentos estimado da categoria B,
indicado na declaração, for igual ou inferior a € 200.000.

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Regimes de tributação – REGIME CONTABILIDADE

O Regime de Contabilidade Organizada caracteriza-se pela


determinação do rendimento da categoria B ser efetuada com base
na contabilidade, de acordo com as regras estabelecidas no
Código de IRC e com as adaptações previstas no Código do IRS.

Seg0517 – Residência Fiscal e Alojamento Local


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Regimes de tributação – REGIME CONTABILIDADE

O enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada, quando


não decorra de opção legal exercida pelo contribuinte, é efetuado
anualmente pela AT, com base no total dos proveitos do(s) ano(s)
anterior(es).
Tendo o contribuinte optado pelo Regime de Contabilidade
Organizada art.º 28 n.º 5 CIRS, o enquadramento neste regime
mantém-se válido até que o sujeito passivo proceda à entrega de
declaração de alterações, a qual produz efeitos a partir do próprio ano
em que é entregue, desde que apresentada até ao final do mês de
março.

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Regimes de tributação – REGIME CONTABILIDADE

Quando o enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada


decorrer de obrigação legal, caso o total dos proveitos obtidos seja igual
ou inferior a € 200.000, no ano seguinte o contribuinte será enquadrado
pela AT no Regime Simplificado.

No entanto, o contribuinte pode optar pelo Regime de Contabilidade


Organizada, manifestando essa intenção até ao fim do mês de março,
na Declaração de Alterações.

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Enquadramento da atividade de Alojamento 
Local em sede de IRS

A análise deste enquadramento pode ser vista em três situações distintas:

1. O proprietário do estabelecimento é também o titular da exploração de


Alojamento Local

2. O proprietário do imóvel arrenda as instalações a outra pessoa sendo esta o


titular da exploração de Alojamento Local, ou

3. O proprietário do estabelecimento é inicialmente também o titular da


exploração de Alojamento Local mas efetua posteriormente uma cedência de
exploração

Seg0517 – Residência Fiscal e Alojamento Local


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Enquadramento da atividade de Alojamento Local em 
sede de IRS

1 ‐ O proprietário do estabelecimento é também o titular da exploração de


Alojamento Local

Nestas circunstâncias os rendimentos derivados da exploração do Alojamento Local são


tributados de acordo com as regras da categoria B do IRS, podendo o sujeito passivo
optar entre o regime simplificado e o regime da contabilidade.

No regime simplificado, o rendimento tributável obtém‐se através da aplicação do


coeficiente 0,35, previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 31.º do Código do IRS, aos
rendimentos brutos da exploração na modalidade de moradia ou apartamento e 0,15,
previsto na alínea a) do n.º 1 art.º 31.º CIRS, nos restantes casos.

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Enquadramento da atividade de Alojamento Local 
em sede de IRS

No regime da contabilidade aplicam‐se as regras estabelecidas no Código do IRC


com as necessárias adaptações, conforme expresso no artigo 32.º do Código do
IRS.
É importante relembrar que o exercício da atividade em imóvel propriedade do
empresário, implica a consequente passagem dos imóveis do património
particular para o património empresarial (esfera empresarial) verificando‐se por
isso a incidência de mais‐valias em sede de IRS, prevista na parte final da alínea a)
do n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS.
Esta mais‐valia beneficiará, no entanto, de um regime de suspensão de tributação,
conforme alínea b) do n.º 3 do mesmo artigo 10.º do CIRS (com as alterações
introduzidas pelo OE de 2017 que veremos mais à frente)

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Enquadramento da atividade de Alojamento 
Local em sede de IRS

2. O proprietário do imóvel arrenda as instalações a outra pessoa sendo esta o titular


da exploração de Alojamento Local

Nesta situação, o proprietário do imóvel obtém rendimentos de natureza predial.

Face ao disposto no n.º 1 do artigo 8.º do Código do IRS, consideram‐se rendimentos


prediais as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos pagas ou colocadas à
disposição dos respectivos titulares.

Devendo cumprir as obrigações declarativas e acessórias a que essa categoria se


encontra sujeita

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Reforma do IRS – Alteração ao conceito de 
rendimentos prediais

Face ao disposto na atual redação do n.º 1 do artigo 8.º do Código do IRS, consideram‐se
rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos pagas ou
colocadas à disposição dos respetivos titulares, quando estes não optarem pela sua
tributação no âmbito da categoria B.

Esta nova redação traduz uma das novidades da reforma do IRS, ou seja, a possibilidade
de os senhorios afetarem estes rendimentos à categoria B por opção e como tal
considerarem‐nos como rendimentos empresariais e não prediais ( coeficiente 95%) .

Nesta situação haverá igualmente a consideração de afetação de imoveis do património


pessoal do empresário ao seu património empresarial

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Enquadramento da atividade de Alojamento Local em 
sede de IRS

3. O proprietário do estabelecimento é inicialmente também o titular da exploração de


Alojamento Local mas efetua, posteriormente uma cedência de exploração

Nesta situação os rendimentos obtidos pelo titular da exploração de Alojamento local,


têm enquadramento na categoria B como rendimentos empresariais.

Por seu lado, o proprietário do estabelecimento obtém rendimentos derivados da cessão


temporária de exploração de estabelecimento, os quais têm igualmente enquadramento
na categoria B do IRS, conforme previsto na alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do Código do
IRS.

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Enquadramento da atividade de Alojamento Local 
em sede de IR

• Atividade de Alojamento Local exercida por um sujeito passivo não residente

Os sujeitos passivos não residentes (singulares ou coletivos) que obtenham em Portugal


rendimentos derivados do arrendamento de imóveis estão obrigados a apresentar
declaração de rendimentos (modelo 3 de IRS ou modelo 22 de IRC) através de
representante fiscal a designar para o efeito.

Caso o proprietário do estabelecimento seja também o titular da exploração de


Alojamento Local, estaremos perante uma situação que configura um estabelecimento
estável.

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Enquadramento da atividade de Alojamento Local em 
sede de IRC

• Atividade de Alojamento Local exercida por um sujeito passivo não residente

Nos termos do n.º 1 do artigo 5.º do Código do IRC, considera‐se estabelecimento


estável qualquer instalação fixa através da qual seja exercida uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola. A atividade de Alojamento Local está intrinsecamente
ligada ao imóvel e dele não se pode dissociar. É através do imóvel (instalação fixa) que a
atividade se desenvolve, configurando assim a existência de um estabelecimento
estável.

A existência de estabelecimento estável determina, para efeitos de IRC, que a entidade


não residente tem obrigações fiscais e contabilísticas idênticas às de um sujeito passivo
residente, sendo o seu lucro tributável determinado nos termos do artigo 55.º do
Código do IRC.

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81
Enquadramento da atividade de Alojamento Local em 
sede de IR

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AFETAÇÃO DO PATRIMONIO PARTICULAR AO 
EMPRESARIAL 

Caso o titular da exploração seja, igualmente, o


proprietario dos imoveis onde é exercida a atividade de
alojamento local, tem que afetar os mesmos á
atividade. Pelo que no momento da afetação e da
posterior desafetação ou transmissão a um terceiro,
haverá lugar ao apuramento de rendimentos da
Categoria G e da Categoria B, tributaveis no momento
da ultima operação ( alinea b) do n.º 3 do art.º 10.º do
CIRS).

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AFETAÇÃO DO PATRIMONIO PARTICULAR AO 
EMPRESARIAL 

Uma vez que a exigibilidade do imposto está subordinada ao «princípio


da realização», só pode ocorrer com a posterior alienação onerosa do
bem ou com a verificação de outro facto de efeito equivalente.

A tributação, envolve dois momentos distintos:

1. a sujeição ocorre com a afetação dos bens;

2. a exigibilidade do imposto só ocorre com a sua posterior


alienação onerosa ou facto equivalente.
Como da «afetação» (1ª transmissão) não resultou a realização efetiva
de ganhos, a tributação é diferida para o momento da alienação do bem
ou situação equivalente. É neste momento que o contribuinte é devedor
de uma prestação de imposto igual ao somatório da «Mais-Valia privada»
(Categoria G) com a «Mais-Valia empresarial» (Cat. B).

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AFETAÇÃO DO PATRIMONIO PARTICULAR AO 
EMPRESARIAL 

Novida
de

No entanto, o OE de 2017 introduziu uma alteração


importante sobre esta matéria, em que deixa de configurar
como uma transferência para o património particular do
empresário a afetação de bem imóvel habitacional desde
que o mesmo se continue a destinar à obtenção de
rendimentos da categoria F, isto é refere o n.º 9 do art.º 3.º
do CIRS que não configura uma transferência para o
património particular do empresário a afetação de bem
imóvel habitacional à obtenção de rendimentos da
Categoria F.

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Afetação de bens do património particular 
ao empresarial 

Património Particular

1. O ganho verificado não é de Sujeito a IRS pela


natureza empresarial Categoria G

Património Empresarial Sem Ganho Efectivo

O ganho verificado é de Sujeito a IRS pela


2. natureza empresarial Categoria B

Alienação onerosa
ou
Transferência para Deferimento da tributação
Património Particular para o momento

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Enquadramento da atividade em IVA

Em função dos elementos constantes da declaração de início de


atividade, o contribuinte fica enquadrado num dos dois regimes do
IVA:

 Regime Isenção Art.º 53.º CIVA


 Regime Normal de Tributação

O enquadramento inicial em cada um dos regimes, efetua-se com


base na previsão do valor de rendimentos a obter efetuada na
declaração de início de atividade anualizada.

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REGIME ISENÇÃO ART.º 53.º

Fica enquadrado em “IVA – regime de isenção do art.º 53.º” se reunir,


cumulativamente, os seguintes requisitos:
• Não possua, nem seja obrigado a possuir contabilidade
organizada, para efeitos de IRS;
• Não pratique operações de importação, exportação ou atividades
conexas;
• Não efetue transmissões de bens ou prestações de serviços
previstas no anexo E do CIVA (Lista dos bens e serviços do setor
de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis);
• Não indique um volume de negócios, para o ano civil, superior a €
10.000.

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REGIME ISENÇÃO ART.º 53.º -
OBRIGAÇÕES

• Declaração de alterações, sempre que ocorra qualquer alteração


aos dados constantes no registo de contribuinte, no prazo de 15
dias a contar da data da alteração, exceto se a alteração for ao
volume de negócios, caso em que a declaração é entregue em
janeiro do ano seguinte

• Declaração de cessação, no prazo de 30 dias a contar da data da


cessação, quando deixar de exercer a atividade

• Dispensa da obrigação de liquidar imposto

• Obrigatoriedade de emissão de fatura, fatura simplificada ou


fatura-recibo com a menção «IVA —regime de isenção»

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REGIME NORMAL DE TRIBUTAÇÃO

Fica enquadrado no Regime Normal se reunir os seguintes requisitos:

• Exerça uma atividade sujeita a IVA;


• A atividade não seja isenta nos termos do art.º 9.º do Código do
IVA; ou sendo não renuncie à isenção relativamente às atividades
previstas no art.º 12.º
• Não reúna os requisitos do regime especial de isenção (art.º 53.º
do Código do IVA), ou reunindo essas condições opte pelo regime
normal

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REGIME NORMAL DE TRIBUTAÇÃO –
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS

• Declaração de alterações, sempre que ocorra qualquer alteração aos


dados constantes no registo de contribuinte, no prazo de 15 dias a
contar da data da alteração.
• Declaração periódica, nos seguintes prazos: art.º 41.º do CIVA:
i. Se enquadrado no regime trimestral, até ao dia 15 do 2.º mês
seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações;
ii. Se enquadrado no regime mensal, até ao dia 10 do 2.º mês
seguinte àquele a que respeitam as operações;
• Declaração de cessação, no prazo de 30 dias a contar da data da
cessação, quando deixar de exercer a atividade.
• Anexos à Declaração Anual de informação contabilística e fiscal. Deve
apresentar os anexos L, M, N, O e P, se tiver contabilidade organizada.
Há dispensa da entrega dos referidos anexos, se estiver no regime
simplificado do IRS.

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REGIME NORMAL DE
TRIBUTAÇÃO – OBRIGAÇÕES

Adesão à Caixa Postal Eletrónica


Os sujeitos passivos residentes enquadrados no regime normal do
IVA, são
obrigados a possuir caixa postal eletrónica e a comunicar à AT no
prazo de 30 dias a contar da data do início de atividade ou da data do
início do enquadramento no regime normal do IVA, quando o mesmo
ocorra por alteração (n.º 9 do art.º 19.º da Lei Geral Tributária (LGT).

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Prestações de serviços 
de alojamento local

• A exploração de alojamento local corresponde ao exercício de uma atividade de 
prestação de serviços de alojamento e consequentemente também em sede de IVA 
ficam enquadradas como prestações de serviços, conforme definido no art. 4º do 
CIVA.

• No que respeita à taxa aplicável, por se considerar um alojamento do tipo hoteleiro


aplica‐se a taxa reduzida de 6% prevista na verba 2.17 da lista I anexa ao CIVA.
• Esta verba refere o seguinte: 
“2.17 ‐ Alojamento em estabelecimentos do tipo hoteleiro. A taxa reduzida 
aplica‐se exclusivamente ao preço do alojamento, incluindo o pequeno‐
almoço, se não for objecto de facturação separada, sendo equivalente a 
metade do preço da pensão completa e a três quartos do preço da meia 
pensão.”

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Prestações de serviços 
de alojamento local

Isto é:

Tratando‐se de apartamentos em plenas condições para serem 
locados a turistas, independentemente de os apartamentos 
serem ou não propriedade da empresa que os loca, tal operação, 
configura uma prestação de serviços de alojamento do tipo 
hoteleiro localizado em território português, de acordo com o 
disposto da alínea a) do n.º 8 do artigo 6.º do CIVA, aplicando‐se 
a taxa prevista na verba 2.17 da Lista I anexa ao CIVA.

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Prestações de serviços 
de alojamento local

É também relevante para o enquadramento da prestação de 
serviços de alojamento local que se tenham em conta as regras 
de tributação quando as operações se relacionem com sujeitos 
passivos de outros países

• A partir de 01 de Janeiro de 2010, foi adoptado como regra geral, o Estado Membro 
de destino, ou seja, o Estado Membro de emissão do número de identificação fiscal 
do adquirente, em suma, a tributação no destino (embora o alojamento local não 
caia nesta regra geral).

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Prestações de serviços 
de alojamento local

Regras de localização das operações ‐ passaram a existir duas regras gerais 
definidas no n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, ou seja, são tributáveis em território 
nacional as prestações de serviços a:

‐ Sujeitos passivos de IVA em território português, cuja sede, estabelecimento 
estável ou, na sua falta, o domicílio, para o qual os serviços são prestados, se 
situe no território nacional, onde quer que se situe a sede, estabelecimento 
estável ou, na sua falta, o domicílio do prestador (artigo 6.º n.º 6 alínea a) do 
CIVA);

‐ As pessoas que não sejam sujeitos passivos de imposto (particulares), 
quando o prestador tenha no território nacional a sede da sua atividade, um 
estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio, a partir do qual os 
serviços são prestados (n.º 6 do artigo 6 n.º 6 alínea b) do CIVA).

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Prestações de serviços 
de alojamento local

No entanto, 

O artigo 6.º do CIVA comporta alguma exceções à regra geral, como é o caso do 
alojamento local em território nacional, mencionado na alínea a) do n.º 8:
"8 ‐ Não obstante o disposto no n.º 6, são tributáveis as seguintes operações:
a) (...) a prestação de serviços de alojamento efetuadas no âmbito da 
atividade hoteleira ou de outras com funções análogas, tais como parques de 
campismo;
(...)“
Isto é todas as faturas emitidas, relacionadas com a atividade de alojamento 
local de imóveis situados em território nacional, mesmo que emitidas a 
sujeitos passivos particulares, ou não, de outros estados membros ou países 
terceiros serão sempre tributados em IVA em território nacional à taxa de 
6%.

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Os intermediários –
Comissões

É relevante também o enquadramento para efeitos de IVA de outras atividades 
paralelas relacionadas com a atividade de alojamento local tais como promoção e 
divulgação dos apartamentos ou a comissão de intermediação
Um contrato celebrado entre uma empresa portuguesa e um operador para a 
promoção e divulgação dos apartamentos ou a comissão de intermediação, configura 
uma prestação de serviços nos termos do artigo 4.º do CIVA, tributada à taxa normal‐
6%
‐ Se o operador tiver sede em território nacional, ao faturar à empresa de 
Alojamento local, os serviços de promoção e/ou comissões deverá liquidar 
IVA à taxa normal.
‐ Se o operador tiver a sede fora do território nacional, ao faturar à empresa 
de Alojamento local, os serviços de promoção/comissão deverá aplicar as 
regras da localização das operações do artigo 6.º do CIVA.

Nota:Ainda que se trate da promoção de alojamento de tipo hoteleiro, estes serviços 
de promoção e comissões serão sempre tributados à taxa normal, já que a verba 2.17 
da Lista I anexa ao Código apenas se aplica ao alojamento de tipo hoteleiro e não à 
“ prestação de serviços da sua promoção. 
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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ Os intermediários –
Comissões

• A entidade adquirente, desde que seja sujeito passivo 
devidamente registado em sede deste imposto, torna‐se sujeito 
passivo com a obrigação de liquidação do imposto pela 
aquisição da prestação de serviços, e, se tiver direito à dedução 
(nos termos do artigo 19.º e seguintes do CIVA), fará a dedução 
em simultâneo, na declaração periódica de IVA.
• Em termos da declaração periódica de IVA, a referida 
autoliquidação de IVA por estes serviços deverá ser incluída nos 
campos 3 (valor tributável) e 4 (imposto liquidado) do Quadro 
06 quando o prestador é de um país terceiro, e esse valor 
tributável deverá ser ainda incluído no campo 98 do Quadro 06‐
A. O IVA dedutível (se aplicável) deverá ser incluindo no campo 
24 do Quadro 06.

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ENQUADRAMENTO EM IRC ‐ Os intermediários –
Comissões

• Se estamos perante o pagamento realizado por um sujeito 
passivo português a uma entidade não residente relativo a 
rendimento relacionado com as comissões por intermediação 
na realização de contratos de alojamento realizados em 
território português, as entidades não residentes que não 
tenham estabelecimento estável em território português são 
tributadas em Portugal, apenas pelos rendimentos obtidos em 
território português, conforme n.º 2 do artigo 4.º do Código do 
IRC, sendo esta tributação designada de base territorial.
• Por sua vez, as entidades residentes são tributadas em Portugal 
pela totalidade dos rendimentos auferidos, incluindo os obtidos 
fora do território nacional, ou seja, pela regra da universalidade 
ou de base mundial, conforme o n.º 1 do artigo 4.º do Código 
do IRC.

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ENQUADRAMENTO EM IRC ‐ Os intermediários –
Comissões

• Os rendimentos provenientes da intermediação na celebração de quaisquer 
contratos são considerados como obtidos em território português quando a entidade 
devedora tenha a residência, sede ou direção efetiva em território português ou cujo 
pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele situado, conforme 
previsto no n.º 6 da alínea c) do n.º 3 do artigo 4.º do Código do IRC.
• Regra geral, as comissões consideradas como rendimentos obtidos em território 
nacional por sujeitos passivos não residentes estão sujeitas a uma taxa de retenção 
na fonte, com caráter liberatório de 25%, nos termos do n.º 4 do artigo 94.º do 
Código do IRC.
• Devido à existência das duas regras de tributação dos rendimentos nos diversos 
Estados, pode ocorrer uma dupla tributação sobre esses rendimentos, pois os 
rendimentos podem ser tributados no país onde são obtidos (regra da 
territorialidade) e no país de residência da empresa que os obtêm (regra da 
universalidade), quando esse país não for o mesmo (devido a esta situação foram 
criadas as Convenções para Evitar a Dupla Tributação internacional celebradas entre 
Portugal e outros Estados)

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ENQUADRAMENTO EM IRC ‐ Os intermediários –
Comissões

• Para se acionar as referidas convenções, as empresas não residentes devem entregar 
à empresa pagadora dos rendimentos (portuguesa) o Modelo 21‐RFI disponível no 
Portal das Finanças, devidamente certificado pelas autoridades fiscais do país ou 
território de residência dessas empresas não residentes, ou acompanhado por um 
documento emitido por essas autoridades que comprove a residência dessas 
empresas e a respetiva sujeição a imposto sobre o rendimento nesse país.
• Esse documento, Modelo 21‐RFI ou o certificado de residência fiscal devidamente 
certificado pelas autoridades fiscais dos países de residência, ou acompanhado pelo 
documento emitido pelas autoridades desse país, deve ser entregue à empresa 
pagadora dos rendimentos (portuguesa), para que esta não proceda à retenção na 
fonte pelo acionamento da CDT.
• A entidade portuguesa, pagadora desses rendimentos a entidades não residentes, 
deve ainda incluir esses rendimentos na Declaração Modelo 30, a entregar até ao 
final do segundo mês seguinte à data da colocação à disposição dos rendimentos ao 
beneficiário.

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ENQUADRAMENTO EM IRC ‐ Os intermediários –
Comissões

• No caso da empresa beneficiária do rendimento não entregar o Modelo 21‐RFI até à 
data limite para realizar a retenção na fonte, a empresa portuguesa deve proceder a 
essa retenção na fonte, entregando o respetivo imposto ao Estado português, 
conforme determina o n.º 5 do artigo 98.º do Código do IRC, sendo considerada 
como o substituto tributário.

• Nessa situação, a empresa beneficiária do rendimento pode solicitar o reembolso 
total ou parcial do imposto que tenha sido retido na fonte, no prazo de dois anos 
contados a partir do termo do ano em que se verificou o facto gerador do imposto, 
mediante a apresentação de um formulário de Modelo 24‐RFI, desde que cumpra as 
respetivas condições referidas para o acionamento da convenção.

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ENQUADRAMENTO EM IRC ‐ Os intermediários –
Comissões

• Caso exista a obrigação de efetuar a retenção na fonte, nomeadamente por 
não ter sido apresentado o formulário Modelo 21‐RFI ou o certificado de 
residência fiscal em devido tempo, a empresa portuguesa deve proceder à 
entrega do valor da retenção na fonte ao Estado português até ao dia 20 do 
mês seguinte à realização do pagamento do rendimento, através da 
Declaração de retenções de IRC/IRS e imposto do selo, com a indicação de 
"Retenções a não residentes", código 202.

• No caso do rendimento em causa se tratar da cobrança de um serviço pela 
utilização da plataforma online de uma empresa intermediária (Airbnb, 
booking ou outra), o procedimento é similar ao referido para as comissões 
de intermediação, pois tratam‐se de serviços utilizados em território 
português.

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

Como já se referiu no início do enquadramento em IVA 
• Quando estamos perante um prestador de serviço enquadrado no âmbito do regime 
simplificado da categoria B do IRS a exercer atividade de exploração de alojamento 
local, e desde que não tenha contabilidade organizada e reúna os restantes 
requisitos, pode para efeitos de IVA ficar enquadrado no regime de isenção previsto 
no art.º 53.º  do CIVA.
Este regime de isenção aplica‐se apenas aos sujeitos passivos que:
‐ Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade organizada para 
efeitos do IRS;
‐ Não pratiquem importações, exportações ou atividades conexas com 
alguma destas operações;
‐ Não exerçam atividades que consistam em transmissões de bens ou 
prestações de serviços do setor de desperdícios, resíduos e sucatas 
recicláveis, mencionados no anexo E do Código do IVA;
‐ Não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior 
a €10.000.

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105
ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

• Os sujeitos passivos que iniciem a sua atividade devem declarar, na respetiva 
declaração de início de atividade, a previsão do volume de negócios relativo ao ano 
civil corrente, a qual, depois de confirmada pela Autoridade Tributária e Aduaneira 
(AT), é tida em consideração no enquadramento desse mesmo ano.

• No entanto, quando o período em referência for inferior ao ano civil, deve converter‐
se o volume de negócios relativo a esse período num volume de negócios anual 
correspondente.

• Assim, o sujeito passivo no regime especial de isenção de IVA do artigo 53.º deve 
para o caso concreto da prestação de serviços de exploração de alojamento local 
emitir obrigatoriamente fatura, fatura simplificada ou fatura–recibo com a menção 
“IVA – regime de isenção”, seja a clientes portugueses sejam estrangeiros.

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106
ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

Também neste caso, o prestador de serviços enquadrado na isenção do art. 53.º pode 
ter operações com o exterior (outros países) e deverá atender ao seguinte:

• Quando um prestador isento ao abrigo do artigo 53.º do Código do IVA efetuar 
prestações de serviços a entidades não residentes, deverá em primeiro lugar verificar 
as regras de localização das prestações de serviços dispostas no artigo 6.º do CIVA. 
Esta é uma norma que se encontra prevista no Capítulo I ‐ Incidência do CIVA e, 
portanto, aplica‐se previamente a normas que definam isenções, como é o caso do 
artigo 53.º do CIVA.

• A isenção prevista no artigo 53.º cessa quando o sujeito passivo passa a possuir 
contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, ou passa a praticar operações de 
importação, exportação ou atividades conexas (por exemplo, operações previstas no 
artigo 14.º do CIVA, nomeadamente, comissões por intermediação numa 
exportação), ou a exercer atividade que consista na transmissão dos bens ou 
prestação dos serviços mencionados no anexo E do CIVA, ou ainda quando são 
ultrapassados os € 10.000 de volume de negócios.

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

• Não se tratando das operações ali mencionadas, as aquisições de serviços a não 
residentes não determinam a impossibilidade de aplicação da isenção prevista no 
art.º 53.º do CIVA, pelo que não se altera, por esse motivo, o enquadramento no 
Regime especial de isenção ali previsto. No entanto, esse enquadramento também 
não determina a exclusão do sujeito passivo das obrigações que lhe assistam em 
termos de liquidação de imposto a que haja lugar em Portugal, por via dessas 
aquisições.

• De acordo com a alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, são localizados em 
território nacional os serviços prestados a um adquirente que seja sujeito passivo do 
imposto em Portugal (mesmo que este sujeito passivo beneficie de isenção prevista 
no Código), cabendo ao adquirente a obrigação de entrega do imposto nos cofres do 
Estado português sempre que o prestador do serviço não tenha sede, nem 
estabelecimento, nem registo neste espaço fiscal (Portugal).

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

• As exceções àquela regra geral de localização das operações entre sujeitos passivos, 
estão previstas nos n.ºs 7, 8 ou 12 do artigo 6.º do CIVA, mas nenhuma abrange as 
comissões recebidas pela intermediação na celebração de contratos (no caso, de 
contratos de alojamento temporário).

• Como tal, pelo pagamento das comissões/serviços de promoção, o sujeito passivo 
português fica obrigado à entrega nos cofres do Estado português, por via da 
autoliquidação, do imposto devido sobre as mesmas.

• A autoliquidação do IVA referente à aquisição dos serviços de intermediação é 
efetuada no campo 16 (valor tributável) e campo 17 (Imposto liquidado) do quadro 
06 da Declaração Periódica de IVA do período em que os serviços foram adquiridos, 
quando o prestador de serviços for sujeito passivo de outro Estado‐Membro da 
União Europeia (note‐se que o imposto assim liquidado não pode ser deduzido, dado 
o enquadramento do sujeito passivo, que não lhe confere direito à dedução).

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ENQUADRAMENTO EM IVA ‐ O Caso Particular dos 
prestadores de serviço enquadrados na isenção do 
art.º 53.º do CIVA

• Note‐se que, previamente à prática destas operações, terá de ser incluída a respetiva 
informação no Cadastro do contribuinte, pelo que, deve entregar uma declaração de 
alterações, a assinalar o quadro 27 ‐ PRESTAÇÃO/AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS 
INTRACOMUNITÁRIAS (Passou a efetuar).

• Em conclusão, passando a ser devedor de imposto pela aquisição de serviços 
intracomunitários nos termos das alíneas e) e g) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA deve 
entregar a declaração periódica para efetuar a liquidação do IVA dessas operações 
(apenas quando existam), até ao final do mês seguinte à realização das aquisições, 
procedendo ao pagamento do respetivo imposto liquidado.

• Por último, quando um sujeito passivo se encontra enquadrado no regime de 
tributação da contabilidade organizada em sede de IRS não pode usufruir de isenção 
do artigo 53.º do CIVA, ficando deste modo, enquadrado como sujeito passivo do 
regime normal do IVA, com as consequentes obrigações declarativas anteriormente 
mencionadas.

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TAXA TURÍSTICA DE DORMIDAS

• A Taxa Turística de Dormida foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa através do 
Regulamento n.º 569‐A/2014, de 19/12, publicado na Parte "H" do Diário da 
República, 2.ª série ‐ N.º 251 ‐ 30 de dezembro de 2014.
• A taxa é devida, por dormida, a partir de 1 de janeiro de 2016, sendo o seu valor de 
1€ por pessoa em todos os empreendimentos turísticos. A taxa é aplicada aos 
hóspedes a partir dos treze anos de idade, não abrangendo o dia do 13.º aniversário. 
A comprovação da idade é feita pela exibição do documento de identificação ou 
documento equivalente onde conste a data de nascimento.
• Essa taxa turística é devida à Câmara Municipal de Lisboa por cada hóspede nos 
estabelecimentos hoteleiros de Lisboa, sendo a responsabilidade pela sua liquidação 
e cobrança dos estabelecimentos hoteleiros por conta da câmara municipal.
• A responsabilidade pela liquidação e cobrança da taxa ao Município de Lisboa pode 
ainda ser efetuada por intermediários turísticos (p.e. empresa Airbnb ou booking) 
em nome da empresa de alojamento local.

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111
TAXA TURÍSTICA DE DORMIDAS

• Esta situação não desobriga a empresa do alojamento local de proceder à emissão da 
fatura ao hóspede com a indicação da referida taxa turística.
• A Taxa Municipal Turística não está sujeita ao Imposto sobre o Valor Acrescentado 
(IVA) nos termos do nº 2 do artigo 2º do Código do Imposto sobre o Valor 
Acrescentado (CIVA).
• Em termos contabilísticos, a Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) n.º 
20 ‐ "Rédito", no seu parágrafo 8, que estabelece que os impostos sobre vendas, 
incluindo taxas cobradas, não são benefícios económicos que fluam para entidade, 
sendo uma mera cobrança a terceiros de um imposto sobre vendas em nome e a ser 
entregue à Câmara Municipal pela entidade, não fazendo, portanto, parte do rédito.
• O registo contabilístico da taxa cobrada ao hóspede pela empresa em nome da 
Câmara Municipal de Lisboa pode ser efetuado através do crédito de uma subconta 
da conta 246 ‐ "Estado e outros Públicos ‐ Tributos das Autarquias Locais", a ser 
anulada no momento da respetiva entrega à Câmara Municipal.

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TAXA TURÍSTICA DE DORMIDAS

• O registo contabilístico da taxa cobrada ao hóspede pela entidade intermediária, e 
entregue por esta entidade à Câmara Municipal, deve ser registado na conta 278 ‐
"Outros devedores e credores", subconta a ser criada em nome da entidade 
intermediária (p.e. Airbnb).
• Esta conta será anulada no momento do encontro de contas entre a empresa de 
alojamento local e a entidade intermediária.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

Em termos de IMT deverá atender‐se ao seguinte:

Segundo o art.º 2.º do Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas 
de Imóveis (CIMT), o IMT incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de 
propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens imóveis situados no 
território nacional.

• A liquidação do IMT é da iniciativa dos interessados, para cujo efeito devem 
apresentar uma declaração de modelo oficial, devidamente preenchida.
• A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços de finanças que forem 
competentes e sempre que os interessados não tomem a iniciativa de o fazer dentro 
dos prazos legais, bem como quando houver lugar a qualquer liquidação adicional, 
sem prejuízo dos juros compensatórios a que haja lugar e da penalidade que ao caso 
couber.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

Para efeitos da liquidação, deve o interessado (adquirente do imóvel) fornecer os 
seguintes elementos:

a) A identificação dos imóveis ou a indicação de estarem omissos nas 
matrizes, bem como o valor constante do acto ou do contrato;

b) O valor atribuído aos bens, com especificação do que corresponder às  partes 
integrantes cujo valor não esteja compreendido no valor patrimonial 
tributário dos respectivos prédios;
c) Informação sobre se a aquisição vai ou não ser feita no âmbito de um dos  actos ou 
contratos previstos no n.º 3 do art.º 2.º, juntando cópia do respectivo documento nos 
casos previstos nas suas alíneas a) e b);
d) Os demais esclarecimentos indispensáveis à exacta liquidação do imposto,  (vide 
art.ºs 17.º, 18.º, 19.º e seguintes do CIMT).

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

No entanto, 
• Está prevista no art.º 7.º do CIMT, a isenção de IMT nas 
aquisições de prédios para revenda. Esta isenção abrange as 
entidades que têm como objecto de actividade a aquisição de 
prédios para revenda, estabelecendo‐se por isso, no próprio 
texto desta disposição legal, a prova dessa qualidade de 
revendedor de imóveis, através da apresentação prévia de 
declaração de início de actividade onde figure esse objecto de 
actividade.

Nota: Esta ressalva é relevante porque podem existir atividades de alojamento 
local cuja aquisição inicial do imóvel tenha tido essa intenção e que agora 
possamos estar perante a intenção de alteração do destino do imóvel com as 
consequente consequências dessa opção em termos de IMT.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

• Em termos contabilísticos, se a entidade possui um imóvel, adquirido inicialmente 
com o objetivo de ser vendido na atividade ordinária (corrente), sendo esta atividade 
a compra e venda de imóveis, e consequentemente classificado como inventário 
(mercadorias), quando destine esse imóvel ao mercado de arrendamento, ou efetue 
o respetivo arrendamento, a partir desse momento, a entidade deve reclassificá‐lo 
para propriedades de investimento [cf. parágrafo 8c) da NCRF 11].
• Essa reclassificação para propriedades de investimento deve ser efetuada pela 
respetiva quantia escriturada a essa data, passando a ser essa quantia o custo no 
âmbito da propriedade de investimento.
• Por outro lado, se a entidade afetar esse imóvel, destinado a venda no decurso 
ordinário da atividade corrente, à utilização na execução de prestações de serviços 
de alojamento de carater hoteleiro, deve  proceder à reclassificação de inventários 
para o ativo fixo tangível (cf. definição prevista no parágrafo 6 da NCRF 7 ‐ "Ativos 
fixos tangíveis".

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

• Os registos contabilísticos podem ser:
‐ Pelo desreconhecimento do imóvel de inventários:
Débito da conta 382 ‐ "Reclassificação e regularização de 
inventários e ativos biológicos ‐ Mercadorias" por contrapartida a 
crédito da conta 32 ‐ "Mercadorias", pela quantia escriturada do 
imóvel.
‐ Pelo reconhecimento como propriedade de investimento (ou ativo fixo 
tangível):
Débito da conta 42 ‐ "Propriedades de investimento" (conta 43 ‐
"Ativos fixos tangíveis") por contrapartida a crédito da conta 382 ‐
"Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos ‐
Mercadorias", pela quantia escriturada do imóvel.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

• Enquanto o imóvel permanecer afecto ao alojamento local  deve manter‐se 
reconhecido como propriedade de investimento (ou ativo fixo tangível), 
atendendo a que os rendimentos que se estimam obter estarão 
relacionados com a prestação de serviços (e não com a venda).

• Se o imóvel alocado ao alojamento local for vendido, ou deixar de estar 
arrendado e passar a estar destinado a ser vendido, sendo a compra e venda 
de imóveis a atividade ordinária, a entidade deve voltar a reclassificá‐lo para 
inventários, com o objetivo de determinar o resultado pela venda desse bem 
como inventário, nos termos previstos para a determinação do rédito da 
venda de bens (conta 71) e do respetivo gasto das vendas (conta 61).

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

Ainda em termos de IMT

• A empresa dispõe do prazo de 30 dias após essa afetação à 
actividade de prestação de serviços de alojamento local para 
efetuar a liquidação do IMT, efetuando a entrega desse imposto 
através do modelo oficial para o efeito, conforme previsto no 
artigo 34.º do CIMT.

• Se posteriormente a entidade efetuar a venda do imóvel, 
dentro do prazo de 3 anos após a sua aquisição, não sendo o 
mesmo destinado a revenda, pode solicitar o reembolso do IMT 
liquidado, conforme o n.º 4 do artigo 7.º do CIMT.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMI

Os imóveis utilizados na atividade de alojamento local ficam 
sujeito a IMI e em regra não beneficiam de qualquer dispensa, 
diferimento ou isenção de pagamento de IMT.
No entanto:
• Também para efeito deste imposto se o destino inicial do bem 
tivesse sido para revenda poderia beneficiar de uma não 
sujeição temporária.
• Se a aquisição tivesse sido efetuada como prédio destinado a 
revenda, este imposto apenas seria devido a partir do terceiro 
ano seguinte, àquele em que um prédio tenha passado a figurar 
no inventário de uma empresa que tenha por objeto a sua 
venda, conforme a alínea e) do n.º 1 do artigo 9.º do Código 
desse imposto.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMT

Nota: Esta ressalva é relevante porque podem existir 
atividades de alojamento local cuja aquisição inicial do 
imóvel tenha tido essa intenção e que agora possamos 
estar perante a intenção de alteração do destino do 
imóvel com as consequente consequências dessa opção 
em termos de IMT.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMI

• Uma das condições obrigatórias para que se verifique a não sujeição 
temporária a IMI, nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 9.º do CIMI, é 
que a empresa tenha por objeto social a compra e venda de imóveis.
• Outras das condições obrigatórias para que a empresa possa requerer o 
diferimento do início da tributação em IMI (em 3 anos) do prédio destinado 
a revenda, é que esses itens estejam reconhecidos como inventários na 
empresa.
• Para que possa beneficiar do reconhecimento da suspensão temporária de 
tributação de IMI dos prédios para revenda, a empresa deve comunicar ao 
serviço de finanças da área da localização do imóvel, no prazo de 60 dias 
contados da verificação do facto determinante da sua aplicação, a afetação 
do prédio àquele fim, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo 9.º do CIMI.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT ‐ Enquadramento 
em IMI

• Também para efeitos de IMI, a entidade que afecte o imóvel 
adquirido para revenda à actividade de alojamento local,deve
proceder à comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira a 
afetação dos imóveis a um fim diferente da revenda, tendo um 
prazo de até 60 dias para a realizar, conforme a alínea j) do n.º 1 
do artigo 13.º do CIMI.

• Ainda que o imóvel seja vendido dentro dos prazos de 
diferimento da tributação do IMI, após lhe ter sido dado um 
destino diferente da revenda, a entidade já não pode voltar a 
beneficiar desse diferimento.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
IMI

O novo Imposto – Adicional de IMI
• A Lei do Orçamento do Estado para 2017 introduz um novo imposto denominado 
como Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), referindo que ficam 
sujeitos a este imposto as pessoas singulares ou coletivas que sejam proprietários, 
usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos situados no território português, 
sendo também equiparadas a pessoas coletivas as heranças indivisas.
• Em caso de contitularidade, o imposto é devido em função da quota parte de cada 
titular.
• São afastadas da sujeição ao AIMI as empresas municipais, os prédios urbanos 
classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros” nos termos 
das alíneas b) e d) do n.º 1 do artigo 6.º do Código o IMI, respetivamente. Nos 
termos do n.º 2 do artigo 6.º, são classificados como comerciais, industriais ou para 
serviços os edifícios ou construções para tal licenciados ou, na falta de licença, que 
tenham como destino normal cada um destes fins.
• Nota: Os imóveis destinados ao arrendamento ou alojamento local ficam sujeitos a 
este imposto 

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
IMI

• O AIMI incide sobre a soma dos Valores Patrimoniais Tributários (VPT’s) dos prédios 
urbanos situados em território português de que o sujeito passivo seja titular, seja 
ele residente em Portugal ou não, no entanto não é contabilizado para a soma dos 
VPT’s o valor dos prédios que no ano anterior tenham estado isentos ou não sujeitos 
a tributação em IMI, podendo esta ser relevante para os contribuintes que 
beneficiem da não tributação do IMI no caso de compra de imóveis para revenda 
conforme foi acima referido no tratamento do IMI.

• Para a determinação do valor tributável são deduzidas as seguintes importâncias: 
‐ € 600 000,00, quando o sujeito passivo é uma pessoa singular; 
‐ € 600 000,00, quando o sujeito passivo é uma herança indivisa. 
• Para as pessoas colectivas não existe qualquer dedução.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
IMI

• As Taxas aplicáveis são as seguintes:
0,4% às pessoas coletivas;

0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na parte 
excedente, relativamente à parcela dos prédios detidos por pessoas coletivas 
que sejam afetos a uso pessoal dos titulares do respetivo capital, dos 
membros dos órgãos sociais ou de quaisquer órgãos de administração, 
direção, gerência ou fiscalização ou dos respetivos cônjuges, ascendentes e 
descendentes;

0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na parte 
excedente, às pessoas singulares;

0,7% às heranças indivisas;

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
IMI

Atenção para os sujeitos passivos casados e em união de facto que tem opções 
importantes a fazer para minorar a tributação 
• Os sujeitos passivos casados ou em união de facto para efeitos do artigo 14.º do 
Código do IRS podem optar pela tributação conjunta do AIMI. Neste caso, somam‐se 
os VPT’s dos prédios na sua titularidade e a dedução a efetuar para determinar o 
valor tributável passa a ser de € 1 200 000 (i.e., 2 x € 600 000). 
• Nas situações em que for exercida a opção pela tributação conjunta, haverá lugar a 
uma única liquidação, sendo ambos os sujeitos passivos solidariamente responsáveis 
pelo pagamento do imposto.
• Os sujeitos passivos casados sob os regimes de comunhão de bens que não exerçam 
esta opção, podem, alternativamente, identificar, através de declaração conjunta, a 
titularidade dos prédios, indicando aqueles que são bens próprios de cada um deles 
e os que são bens comuns do casal. A referida declaração, de modelo a aprovar por 
portaria e a apresentar exclusivamente no Portal das Finanças, deve ser efetuada de 
1 de abril a 31 de maio. 
• Não sendo efetuada a declaração no prazo estabelecido, o AIMI incide, relativamente 
a cada um dos cônjuges, sobre a soma dos valores dos prédios que já constavam da 
“ matriz na respetiva titularidade. 
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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
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Também para as heranças indivisas é preciso tomar decisões:

• Em relação à herança indivisa a regra é a tributação sobre o somatório dos 
VPT que constam das matrizes da herança, contudo, também aqui pode ser 
afastada se a herança, através do cabeça de casal, apresentar uma 
declaração, de 1 a 31 de março, identificando todos os herdeiros e as suas 
quotas, e se, subsequentemente, de 1 a 30 de abril, todos os herdeiros na 
mesma identificados confirmarem as respetivas quotas. Em qualquer caso, a 
comunicação será feita exclusivamente através do Portal das Finanças, por 
declaração de modelo a aprovar por portaria. 

• Sendo afastada a tributação na esfera da herança indivisa, a quota‐parte de 
cada herdeiro sobre o valor do prédio ou dos prédios que integram a 
herança indivisa acresce à soma dos VPT’s dos prédios que constam da 
matriz na titularidade desse herdeiro, para efeitos de determinação do valor 
tributável do Adicional de IMI.

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ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT – Novo adicional de 
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O adicional ao imposto municipal sobre imóveis é liquidado 
anualmente, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, com base 
nos valores patrimoniais tributários dos prédios e em relação aos 
sujeitos passivos que constem das matrizes em 1 de janeiro do 
ano a que o mesmo respeita.

Vai ser liquidado em Junho e pago na totalidade durante o mês 
de setembro.

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