1 Introdução

Carta aos Coríntios
com Emmanuel
Introdução
Estudo das Cartas de Paulo de Tarso
à comunidade cristã de Corinto,
sob as luzes da doutrina espírita
• Quando estudamos os romances de Emmanuel, em especial o livro Paulo e
Estevão, tivemos a oportunidade de adentrar em lições dos evangelhos,
comparando lições dos livros com ensinamentos deixados por Jesus.
• Também o livro Ato dos Apóstolos, de Lucas, nos permite conhecer um
pouco da trajetória dos apóstolos após Jesus ter deixado o mundo físico.
Fala-nos, também, de Paulo de Tarso.
• Muito já se escreveu sobre Paulo, porém, dentro do espiritismo temos o livro
Paulo e Estevão que é uma obra magnífica, muito lida, pouco estudada. Já
tivemos a oportunidade de olhá-la sob diversas perspectivas: Paulo e Estevão
e o Evangelho de Lucas, A Estrada do Perdão, Perguntas de Paulo e Estevão,
Pedro, Lucas, Timóteo, Estevão, etc. Enfim, o livro nos proporciona diversas
oportunidades de estudo e aprofundamento, principalmente quando a
associamos a outros livros da obra de Chico Xavier e de estudos bíblicos.
• Retornamos ao livro Paulo e Estevão com a intenção de novo estudo: As
Cartas a Corinto.
• Nossa intenção, mais uma vez é aprender, buscando através deste aprendizado
uma melhor compreensão da vida com Jesus. Assim, não escrevemos estas
linhas apenas como alguém que vem compartilhar ensinamentos, nada temos
a oferecer neste sentido, eis que nosso conhecer se resume a poucas
biografias. Será certamente um estudo com falhas e equívocos, inerentes a
minha condição espiritual, mas, será um estudo sincero, de uma alma que
anseia por respostas e que busca melhorar-se a cada dia. Compartilhar o
estudo auxilia-me a ter disciplina para conduzi-lo semanalmente e, na medida
do possível, tem sido útil a amigos que se aventuram a adentrar comigo neste
mundo magnífico de estudar para aprender, refletir e tentar melhorar.
• A nossa prece dirigimos ao plano espiritual, rogando a Deus, Nosso Pai
Celestial, a Jesus, nosso amigo de todas as horas e irmão amoroso, a Paulo
que tem trabalhado incessantemente por nossa conversão ao bem, a Estevão
que há muito tempo deixou-se amar por Jesus, a Abigail que conhecia Paulo e
conhecia Jesus, amando-os sem medida e, por fim, aos bons amigos
espirituais que auxiliam aos que desejam conhecer um pouco mais destes
textos tão antigos e tão atuais, rogamos que estejam conosco, intuindo-nos e
esclarecendo-nos a fim de que o estudo seja proveitoso.
• Começaremos o estudo com algumas notas históricas da cidade de Corinto
para, em seguida, adentrarmos no texto propriamente dito. Partiremos da
divisão trazida pelo Bíblia de Jerusalém, sondando alguns trechos das cartas,
buscando sempre o entendimento sob as luzes da doutrina espírita.
• Estamos prontos, que Jesus possa abençoar nossas intenções.
• Indicamos aos amigos alguns dos livros
que iremos utilizar para esta jornada.
• Texto Bíblico: Bíblia de Jerusalém.
• Codificação Espírita - Obras Básicas e
Revistas Espíritas
• Site de Consulta:
• https://www.kardecpedia.com
•
• Livros de Chico Xavier, em especial Paulo e
Estevão e as lições de Emmanuel que
comentam o livro Carta aos Coríntios.
• Site de Consulta:
• http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Te
matica/EE/Ee1e2Cor.htm
• Literatura sobre Paulo: Paulo, o
Apóstolo dos Gentios - Rinaldo Fabris;
Paulo de Tarso - Grego e Romano,
Judeu e Cristão(Suplementum
Humanitas); Biblia do Peregrino;
Comentário do uso do Antigo
Testamento no Novo Testamento - G. K.
Beale e D. A. Carson; Org., etc.
•
• Estudos Bíblicos: As Cartas de Paulo I
de Giusepe Barbaglio
í
ã í
“Sentindo-se incapaz de atender a todas as necessidades ao mesmo tempo, o abnegado

discípulo do Evangelho, valendo-se, um dia, do silêncio da noite, quando a igreja se
encontrava deserta, rogou a Jesus, com lágrimas nos olhos, não lhe faltasse com os socorros
necessários ao cumprimento integral da tarefa.
Terminada a oração, sentiu-se envolvido em branda claridade. Teve a impressão nítida de que
recebia a visita do Senhor. Genuflexo, experimentando indizível comoção, ouviu uma
advertência serena e carinhosa:
—Não temas — dizia a voz —, prossegue ensinando a verdade e não te

cales, porque estou contigo.
O Apóstolo deu curso às lágrimas que lhe fluíam do coração. Aquele cuidado amoroso de
Jesus, aquela exortação em resposta ao seu apelo, penetravam-lhe a alma em ondas
cariciosas. A alegria do momento dava para compensar todas as dores e padecimentos do
caminho. Desejoso de aproveitar a sagrada inspiração do momento que fugia, pensou nas
dificuldades para atender às várias igrejas fraternas. Tanto bastou para que a voz dulcíssima
continuasse:”
í
ã í
“ —Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não
possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo. Mas é possível a todos
satisfazeres, simultaneamente, pelos poderes do espírito.
Procurou atinar com o sentido justo da frase, mas teve dificuldade íntima de o
conseguir.
Entretanto, a voz prosseguia com brandura:
- Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os

de boa-vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na
presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da
sua exemplificação e da sua vida.
Doravante, Estevão permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus

pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício
dos sofrimentos e das necessidades do mundo.”
í
ã í
“O dedicado amigo dos gentios viu que a luz se extinguira; o silêncio voltara a
reinar entre as paredes singelas da igreja de Corinto; mas, como se houvera
sorvido a água divina das claridades eternas, conservava o Espírito mergulhado
em júbilo intraduzível. Recomeçaria o labor com mais afinco, mandaria às
comunidades mais distantes as notícias do Cristo.
De fato, logo no dia seguinte, chegaram portadores de Tessalônica com notícias

desagradabilíssimas. Os judeus haviam conseguido despertar, na igreja, novas e
estranhas dúvidas e contendas. Timóteo corroborava com observações pessoais.
Reclamavam a presença do Após tolo com urgência, mas este deliberou pôr em
prática o alvitre do Mestre, e recordando que Jesus lhe prometera associar
Estevão à divina tarefa, julgou não dever atuar por si só e chamou Timóteo e
Silas para redigir a primeira de suas famosas epístolas.
Assim começou o movimento dessas cartas imortais, cuja essência espiritual

provinha da esfera do Cristo, através da contribuição amorosa de Estevão —
companheiro abnegado e fiel daquele que se havia arvorado, na mocidade, em
primeiro perseguidor do Cristianismo.”

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“Sentindo-se incapaz de atender a todas as necessidades ao mesmo tempo, o abnegado

—Não temas — dizia a voz —, prossegue ensinando a verdade e não te

Entretanto, a voz prosseguia com brandura:

- Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os

Doravante, Estevão permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus

De fato, logo no dia seguinte, chegaram portadores de Tessalônica com notícias

Assim começou o movimento dessas cartas imortais, cuja essência espiritual

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