Atividade
Atividade
Atividade
Resposta: Relata ver 1 luz vermelha, 2 verdes, a branca ele relata ver mesclado em com predominância do
verde.
Resultado: Síndrome de Mono fixação com OE dominante.
43.2 TESTE SUBJETIVO BINOCULAR PARA PERTO 2.5 Ponto Próximo de Acomodação ............................................................................................................18
1. Tabela na distância de 33 cm a 50 cm. 2.6 Amplitude de Acomodação ...................................................................................................................18
2. Paciente com óculos Bicromático (lente vermelha (RL) no OD e lente verde (GL) no OE)
3. Aproxime a lanterna de Worth na distância indicada. 3. Olho Amétrope ...........................................................................................................................................18
3. Inicie o teste perguntando quantas luzes o paciente enxerga. 3.1 Ametropia Esférica ................................................................................................................................18
4. Depois pergunte quais as cores e as posições de cada uma delas.
3.2 Ametropia Cilíndrica...............................................................................................................................18
4. Miopia .........................................................................................................................................................18
4.1 Ponto Remoto do Míope .......................................................................................................................19
4.2 Classificação da Miopia ..........................................................................................................................19
4.3 Classificação da Miopia de Acordo com a Dioptria................................................................................20
4.4 Sinais e Sintoma .....................................................................................................................................20
DMRI exsudativa.
14.2 Aspectos a Serem Observados ............................................................................................................39
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 322, 323, 324
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/degeneracao-macular/
EXAME CLÍNICO
15. Acuidade Visual ........................................................................................................................................40
42.8.8.1 RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO PROLIFERATIVA 35.3 Afinando o Eixo da Dioptria Cilíndrica..................................................................................................89
A retinopatia diabética não proliferativa é o estágio menos avançada da doença, podendo-se dentro desta 35.4 Afinando a Potência da Dioptria Cilíndrica ..........................................................................................91
também identificar diferentes graus de evolução da retinopatia. Muitas vezes, estes estágios iniciais também
são apelidados por retinopatia diabética pré-proliferativa. 35.5 Detectando o Astigmatismo.................................................................................................................92
Na retinopatia diabética incipiente como o próprio nome indica, a doença encontra-se numa fase inicial e 36. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) – Dioptria Esférica ............................................................................93
não acarreta alterações visuais. No entanto, a perda de visão pode acontecer, afetando ambos os olhos, se
ocorrer a evolução da retinopatia diabética. 36.1 Afinando o Esférico .............................................................................................................................93
A retinopatia diabética não proliferativa ligeira é o estágio precoce da doença. Nesta fase da retinopatia 37. Refração com Fenda Estenopeica ............................................................................................................94
diabética são visíveis micro aneurismas (pequenas dilatações vasculares) na retina posterior. Na retinopatia
38. Prova Ambulatorial ..................................................................................................................................95
não proliferativa moderada, à medida que a doença vai progredindo são visíveis para além dos micro
aneurismas, hemorragias, exsudados moles e duros na retina posterior. Na retinopatia não 39. Visão de Perto - Adição ............................................................................................................................96
proliferativa severa ou grave para além dos sinais da retinopatia moderada, são também visíveis vasos 39.1 Adição ..................................................................................................................................................96
sanguíneos obstruídos, privando diversas áreas da retina do suprimento sanguíneo. Estas áreas da retina
isquêmicas vão estimular a formação de novos vasos sanguíneos. 39.2 Técnica .................................................................................................................................................96
39.3 Modelos de Prescrições .......................................................................................................................96
40. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) – Visão para Perto ...........................................................................97
40.1 Técnica .................................................................................................................................................97
41. RX Final .....................................................................................................................................................98
Retinopatia diabética não proliferativa moderada com micro aneurismas e exsudatos algodonosos.
OFTALMOSCOPIA
42. Oftalmoscopia ..........................................................................................................................................99
42.1 Oftalmoscopia ou Fundoscopia ...........................................................................................................99
42.1.1 Oftalmoscopia Direta .............................................................................................................100
A&W 113 A&W 6
42.1.1 Oftalmoscopia Indireta ..........................................................................................................100 42.8.7.1 CLASSIFICAÇÃO DA RETINOPATIA HIPERTENSIVA
42.2 Exemplos de Diagnosticos que Podemos Encontrar na Oftalmoscopia ...........................................100 RETINOPATIA HIPERTENSIVA GRAU 1
Alterações hipertensivas e ateroscleróticas (retinopatia hipertensiva grau I). Estreitamento arteriolar
42.3 Fisiologia da Oftalmoscopia ..............................................................................................................100 generalizado com relação e cruzamento arteriovenosos patológicos.
42.3.1 Dilatar ou Não ........................................................................................................................101
42.8.10 Catarata.................................................................................................................................115
FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas
Exsudatos duros: (também chamados de exsudatos graxos) são depósitos profundos intra-retinianos, que
usualmente ocorrem na hipertensão, arteriosclerose, diabetes, anemias, doença de Coats, oclusão da veia
retiniana e neuropatias ópticas. Aparecem como manchas individuais bem delineadas, pequenas, discretas,
brilhantes, amarelo-esbranquiçadas ou ligeiramente cerosas, como anel parcial ou completo que circunda
os microaneurismas, ou zonas de edema retiniano, geralmente se localizam perto da mácula, ou espalhadas
pelo fundo de olho.
Exsudato duro
FONTE: https://www.diabetes.org.br/ebook/component/k2/item/41-retinopatia-diabetica
Página em Branco
A retinopatia hipertensiva resulta de alterações sofridas pelos vasos da retina em doentes com hipertensão
arterial. As mudanças observadas na retina, resultantes da retinopatia hipertensiva, são mudanças ocorridas
na circulação arterial e arteriolar como consequência da pressão arterial elevada.
Sintomas: Em geral assintomática, embora possa apresentar visão diminuída.
Sinais Críticos: Estreitamento arteriolar retiniano generalizado ou localizado, quase sempre bilateral.
Alterações em cruzamentos arteriovenosos (“entrecruzamentos AV patológicos”), esclerose arteriolar
retiniana (em fio de “cobre” ou “prata”), exsudatos algodonosos, hemorragias em forma de chama de vela,
macro aneurismas arteriais, oclusão central ou de um ramo de uma artéria ou veia.
1. TERMINOLOGIAS E ABREVIATURAS
pode descolar, levando à cegueira.
Sintomas
1.1 ABREVIATURAS
A. A. - Amplitude de Acomodação
A° - Astigmatismo
Acc – Acomodação
Ad - Adição
A. O. - Ambos os olhos
A. V. - Acuidade Visual
Conv. – Convergência
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 295 a 298
^ - Prisma
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/descolamento-de-retina/
D ou Dpt – Dioptria
- Combinado Exsudatos moles: são observados como manchas brancas superficiais, bem delimitadas de bordos
irregulares, que tendem a desaparecer em semanas ou meses. Resultam da isquemia microvascular na
Esf. ou E – Esférico
camada de fibras nervosas da retina, causando infarto e destruição dos axônios. Histologicamente
F.O. – Fundo de Olho correspondem a acúmulo de organelas, pela alteração no transporte axoplasmático das fibras acometidas.
K – Keratometria - Ceratometria
Px – Paciente
R. E. – Retinoscopia Estática
Glaucoma agudo de ângulo fechado com pupilas em dilatação média e câmara anterior rasa.
R. D. – Retinoscopia Dinâmica
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 204 a 212
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/glaucoma/
Tx. – Tratamento
1.2 TERMOS
Acomodação – É a capacidade refrativa que o olho tem em produzir um poder aditivo para ver nítido os
objetos localizados a diferentes distâncias.
Papiledema.
Segmento Anterior – Esclera, córnea, íris, corpo ciliar, humor aquoso e cristalino.
Cefaléia – Dor de cabeça. Deve-se determinar a localização, a frequência, o período, a intensidade, se está
associada à outra patologia (frontal, temporal, parietal, occipital). 42.8 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO FUNDO DE OLHO
Conjuntivite – Inflamação da conjuntiva.
42.8.1 GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO
Convergência (conv) – Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto próximo para manter a O glaucoma é uma doença grave que surge na sequência do aumento da pressão intraocular. A perda de
visão simples (normal) visão é consequência da destruição das células ganglionares (nervo óptico), uma estrutura que liga o olho ao
Coloboma – Ausência de parte de um tecido. cérebro occipital e responsáveis pela condução das imagens da retina até ao cérebro.
Geralmente é assintomático até os estágios mais tardios. Sintomas precoces podem incluir perda da visão
Diagnóstico – Resumo simples e objetivo da história clínica. periférica. Visão tubular e perda da fixação central ocorrem, em geral, quando a doença está avançada.
Diplopia – Visão dupla de um objeto. Na diplopia ou visão dupla o paciente vê duas imagens em vez de Sinais:
uma, ou seja, é um sintoma em que um único objeto é “entendido” pelo cérebro como se tratasse de dois Pressão intraocular: Embora a maioria dos pacientes tenha PIO elevada (faixa normal de 10 a 21 mmHg),
objetos. quase metade apresenta PIO de 21 mmHg, ou ainda mais baixa, em qualquer rastreamento.
Nervo óptico: Apresenta-se com perda de tecido da borda, palidez regional, hemorragia em chama de vela
Distância Pupilar – Distância do centro de uma pupila até a o centro da outra. ou na camada de fibras nervosas que atravessam a margem do disco (hemorragia de Drance), fosseta
Distância Nasopupilar – Distância do centro de uma pupila até a parte nasal. adquirido, defeito na camada de fibras nervosas, assimetria escavação/disco (E/D) > 0,2 na ausência de uma
causa (exemplo: anisometropia, tamanhos de nervo diferentes), vasos em baioneta (angulação aguda dos
Divergência (div) – Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto mais afastado. vasos sanguíneos conforme saem do nervo), razão E/D aumentada (> 0,6; menos específico), aumento
progressivo da escavação e maior escore de Disc Damage Likelihood Scale .
Efeito estenopeico – Paciente entrecerra os olhos fazendo uma fenda para obter melhor visão.
Epífora – Lacrimejamento involuntário e contínuo, devido a obstrução das vias lacrimais, pode estar
associada a patologias, esforço visual, defeitos refrativos.
Escotoma – São áreas sem visão dentro do campo de visão que podem ser resultado de um dano na retina.
Glaucoma primário de ângulo aberto com escavação avançada do nervo óptico.
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 204 a 212
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/glaucoma/
Fusão – junção das imagens recebidas pelos dois olhos em uma imagem
Hiperemia – Olhos vermelhos. Acúmulo excessivo de sangue em um determinado tecido, está associado a
patologias do segmento anterior, defeitos refrativos, mobilidades oculares, alergias.
Infinito Óptico (∞) – é a distância em que os raios de luz chegam paralelos ao sistema óptico. Em optometria
é considerado como 6,10 metros
MÁCULA: Situada no lado temporal da papila e a uns dois diâmetros papilares de distância. Observaremos
o brilho foveal, sua uniformidade, coloração e ausência de vasos. De cor mais intensa que o restante da Lâmpada de Fenda ou Biomicroscópio – instrumento utilizado para avaliação dos olhos e seus anexos.
retina.
Midríase – Aumento do diâmetro da pupila.
Miodesopsia (moscas volantes) – são pequenos pontos escuros que parecem mover-se na frente de um ou de
ambos os olhos.
Ponto Próximo de Acomodação (PPA) – é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto nítido, usando
ao máximo a acomodação
EFICIÊNCIA RETINIANA: Relaciona e quantifica a Acuidade Visual A/V do paciente em relação ao ponto de
fixação retiniana. Ponto Próximo de Convergência (PPC) – é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto simples usando
ao máximo a convergência
Pterígio – espessamento vascularizado da conjuntiva em formato triangular que se estende do ângulo interno
(nasal) em direção à córnea.
Ptose – Alteração da pálpebra superior, pode ser monocular ou binocular. O tratamento é cirúrgico quando
as pálpebras afetam a visão.
ARCADA VASCULAR: Na avaliação vascular da retina, dividimos os ramos arteriovenosos principias em áreas
Com o olho direito fechado, olhe para o círculo (distância de +/- 40 cm). de interesse. Essas áreas denominamos de arcadas vasculares são divididas em porções: nasais, temporais,
Com o olho esquerdo fechado, olhe para a letra X (distância de +/- 40 cm).
superiores e inferiores, tendo como delimitação o ponto de origem no nervo óptico.
Sinais – Manifestações que o examinador observa. Pode ser sinais oculares ou gerais.
Distiquíase – Na distiquíase temos uma segunda fileira de cílios, parcial ou completa, que emergem na
margem das pálpebras.
Visão Binocular (VB) – capacidade dos olhos em focalizar um objeto e fundir as duas imagens em uma só
b) Acomodação: é ver nitidamente a qualquer distância. A acomodação proximal é provocada pela sensação
de proximidade de um objeto.
c) Miose: contração da pupila que elimina as aberrações esféricas para haver mais profundidade de foco.
Sempre que o olho vê um objeto perto ocorre uma diminuição do diâmetro pupilar, essa contração é mais
✓ Localize o disco óptico, que está posicionado a nasal, caso não o localize de imediato, selecione um vaso lenta que a produzida por luz.
e siga-o sentido nasal.
d) Retinal: estimulada pela percepção de uma imagem borrada na retina.
2.2.4.3 - ACOMODAÇÃO PROXIMAL MÉDIA ABERTURA OU MÉDIA ANGULAR: Utilizadas em pupilas de tamanho normal.
A acomodação proximal é a quantidade de acomodação induzida pela sensação de proximidade. É ativada
PEQUENA ABERTURA OU PEQUENA ANGULAR (foco menor): Utilizadas em pupilas não dilatadas ou
para objetos localizados até 3 metros, o que influência o sistema oculomotor. Em condições normais de
em ambientes com grande iluminação. Diminui a MIOSE por estimular uma zona menor da retina.
binocularidade a contribuição proximal é relativamente baixa, cerca de 4%, em condições de ambiente
fechado.
FENDA: Determina elevações ou depressões do tapete retiniano.
3. OLHO AMÉTROPE
Mediação: Sistema Nervoso Simpático
42.3.1 DILATAR OU NÃO O olho amétrope apresenta alguma deficiência de refração caracterizada pela não formação da imagem
sobre a retina, tendo os raios vindos do infinito, atravessando os meios transparentes e formando seu foco
antes ou depois da retina.
VANTAGENS
✓ Melhor exame de fundo de olho (amplitude)
3.1 AMETROPIA ESFÉRICA
Quando a potência de refração do olho for igual em todos os meridianos, tendo seu ponto focal para longe
DESVANTAGEM formado antes ou após a retina.
✓ Visão Turva;
✓ 15 minutos ou mais para ocorrer a dilatação;
✓ Limita as respostas de reflexo pupilar para outros exames neurológicos; 3.2 AMETROPIA CILÍNDRICA
✓ Risco de induzir glaucoma de ângulo fechado. Quando a potência de refração do olho for diferente nos dois meridianos principais. Os pontos focais podem
ser formados tanto antes quanto depois da retina, um antes e outro após ou até mesmo um deles se
formando sobre a retina.
42.4 FERRAMENTAS DA OFTALMOSCOPIA DIRETA
42.4.1 LENTES DO OFTALMOSCÓPIO DIRETO
4. MIOPIA
Composto de duas rodas principais que são utilizadas para a troca das lentes (positivas e negativas) que irão
permitir uma focalização melhor das diversas estruturas.
Palavra que tem origem no grego myo(fechar) + óps(olho)
Filtro verde: Detecção de
pequenas hemorragias e A miopia é considerada uma ametropia esférica. Na miopia, os raios luminosos provenientes do infinito
alterações vasculares a nível Filtro Polarizado: Diminui a óptico ao penetrarem no olho são focalizados antes da retina, ou seja, o foco não é formado diretamente
retiniano. Elimina a coloração intensidade da luz do sobre a retina e sim antes dela, dificultando a visão do paciente.Devemos considerar que a miopia é uma
vermelha do fundo do olho oftalmoscópio. ametropia que causa dificuldades para se enxergar ao longe, enquanto sua visão de perto é boa, mas
deixando-se perceber em dependendo do alto valor dióptrico o paciente apresentará dificuldades para enxergar de perto também.
contrastes as alterações O olho de uma pessoa míope tem o comprimento maior que o normal ou o poder refrativo do cristalino
vasculares. encontra-se aumentado. Possui efeito similar ao de uma lente positiva (possui excesso de convergência –
“olho maior”), por isso dizemos que a miopia é um defeito positivo que se corrige com lentes denominadas
negativas ou divergentes.
DESVANTAGENS:
✓ Campo visual pequeno;
✓ Sem estereopsia (percepção de profundidade);
4.1 PONTO REMOTO DO MÍOPE: ✓ Opacidades mínimas podem degradar a imagem.
O ponto remoto do míope (PRM) que deveria estar no infinito, estará a uma distância menor de acordo com
o grau de miopia, estando entre o infinito e o olho do paciente.
Míope - o ponto remoto do míope (PRM) está a uma distância Dm finita (menor) do olho.
42.1.2 OFTALMOSCOPIA INDIRETA
VANTAGENS:
✓ Campo visual mais amplo;
✓ Visão binocular, favorece estereopsia.
DESVANTAGENS:
Exemplo = PR em 20 cm. ✓ Requer mais habilidade;
D = . 1 . = . 1 .= -5,00 D ✓ Magnificação apenas 3 vezes;
PR 0,20 mt ✓ Requer dilatação;
✓ Imagem invertida.
MIOPIA CONGÊNITA: alto grau de miopia ao nascimento, pode estar associada a outra patologia como
Toxoplasmose, Sífilis, Síndrome de Down.
PSEUDOMIOPIA: situação patológica que simula a miopia e que se desenvolve pelo excesso de acomodação,
42.3 FISIOLOGIA DA OFTALMOSCOPIA
provocada muitas vezes pela grande demanda da visão de perto.
NOTURNA: Devido à falta de iluminação, o olho apresenta dificuldades em ver os detalhes e a pupila dilata
para captar mais luz. Dilatação = midríase.
Extremamente importante para a detecção de várias doenças, não apenas relacionadas ao olho em si, mas
também ao nosso Sistema Vascular (sistema composto por veias e artérias, e que está relacionado à doenças,
como a Hipertensão).
O exame do Fundo de Olho é a melhor forma que temos para analisar as condições dos vasos sanguíneos de
nosso corpo sem utilizar um método invasivo.
5. HIPERMETROPIA
Palavra que tem origem no grego hyper(aumentada) + óps(olho)
Ametropia esférica aonde os raios paralelos vindos do infinito óptico, que ao refratarem no olho, formam
seu foco após a retina, estando à acomodação em repouso. Com isto, o indivíduo tem dificuldade de
enxergar objetos que estão longe. Objetos quando são aproximados fazem com que o foco se distancie mais
da retina, atrapalhando principalmente o hábito da leitura.
Pacientes jovens de baixa hipermetropia costumam compensar a necessidade de correção através da
acomodação do cristalino, sem que isso gere sintomas, ou seja, em alguns caso o paciente terá uma boa
visão para longe devido a acomodação.
Existem dois tipos de fundoscopia:
A pessoa que tem Hipermetropia tem o comprimento do olho menor que o normal, com isso o EAP (eixo
DIRETA: na qual se obtém uma imagem ampliada, quinze vezes maior, mas com restrito campo de visão.
anteroposterior) do hipermetrope é muito pequeno em comparação ao poder refrativo do olho do paciente.
Podemos definir como um defeito negativo que corrigimos com lentes denominadas positivas ou
INDIRETA: que proporciona uma imagem com ampliação menor, porém com visualização mais ampla da
convergentes.
retina, evidenciando-se até sua periferia.
A&W 99 A&W 20
5.1 PONTO PRÓXIMO DO HIPERMÉTROPE 3. Coloque a correção de perto no paciente, ocluindo o OE.
Para uma pessoa de visão normal este ponto está localizado a 25 cm do olho (do cristalino) que
4. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO a 90º e BRANCA/PRETO a 180º)
é denominada distância mínima de visão distinta, já para o hipermetrope este ponto próximo localiza-se a
NÃO GIRAR.
uma distância superior a 25 cm.
Hipermetrope: o ponto próximo do hipermetrope (PPH) está a uma distância mínima maior do que 25 cm,
5. Peça ao paciente que fixe a cartilha para visão de perto, colocando a mesma na sua distância habitual de
que é a distância do ponto próximo do olho normal (PPN).
trabalho.
6. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal, vertical ou iguais?
7. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS:
✓ Vê melhor o componente HORIZONTAL.
Positivar o valor do esférico, ou seja, AUMENTE as Dioptrias Positivas ou DIMINUA as Dioptrias Negativas
de 0,25D em 0,25 D até que paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente ou se inverta
o padrão (vê melhor os componentes verticais).
D.=. 1 . . 1 . = +1,50 D
f 0,667 mt
41. RX FINAL
HIPERMETROPIA AXIAL: O comprimento do EAP (eixo anteroposterior) do olho é menor que o normal, neste
caso não há poder positivo suficiente para focar os raios luminosos na retina.
A&W 21 A&W 98
➢AMÉTROPE E PRESBITA 5.4 HIPERMETROPIA BASEADA NA ACOMODAÇÃO
Paciente com 41 anos HIPERMETROPIA TOTAL: Obtida através da refração.
COM A ADIÇÃO DESTACADA
HIPERMETROPIA LATENTE: Não aparente, oculta. Corrigida espontaneamente devido à sua grande
amplitude de acomodação. Assintomática.
Após a adição, caso o paciente afaste a carta de optotipo a mais de 40 cm, significa que a dioptria usada é
insuficiente. Caso aproxime demasiadamente a carta de optotipo, este estará hiper refratado. 5.6 CLASSIFICAÇÃO DA HIPERMETROPIA DE ACORDO COM A
DIOPTRIA
Um bom trabalho e uma boa refração evita que o paciente reclame posteriormente que sente dores
MUITO BAIXA: de + 0,25 D a +1,00 D
intraoculares (identificadas por ele como dor de cabeça). Oriente com inteligência o paciente, pois isto faz BAIXA: de +1,25 D a +3,00D
parte do sucesso da correção.
MÉDIA: de +3,25 D a +6,00D
ALTA: de +6,25 D a +10,00D
MUITO ALTA: > +10,25D
A&W 97 A&W 22
5.9 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 39. VISÃO DE PERTO - ADIÇÃO
39.1 ADIÇÃO
A correção é realizada com lentes esféricas, as quais denominamos de adição. Pacientes com presbiopia irão
necessitar de correção ocular que irá variar entre +0,75D e +3,00D para melhorar a sua visão de perto. A
tabela abaixo serve como orientação para a avaliação e prescrição, ela pode variar, caso o paciente tenha
alguma ametropia ou problemas acomodativos.
6. ASTIGMATISMO
Palavra que tem origem no grego em que “a”(falta de) + stigma (um ponto)
É uma ametropia ocular onde o foco é formado em dois pontos diferentes no olho do indivíduo, pois os raios
de luz que incidem nos olhos não são refratados igualmente em todos os meridianos, sendo assim não
chegam ao mesmo ponto na retina. A diferença de curvatura nos meridianos principais da córnea ou
cristalino irão resultar em diferentes profundidades de foco que irão distorcer a visão tanto de longe quanto
de perto, ou seja, uma imperfeição na simetria do sistema óptico ocular causando assim o astigmatismo.
Ametropia cilíndrica.
39.2 TÉCNICA
1. Técnica MONOCULAR.
2. Paciente deve estar bem posicionado e com a correção para longe já afinada e pós teste ambulatorial.
Deverá segurar uma tabela de perto à uma distância de 35 cm.
HERANÇA GENÉTICA: mal formação, geralmente o astigmatismo aparece ao nascimento e sofre poucas 3. Adicione lentes esféricas positivas sobre a correção de longe. Pacientes que estão iniciando a presbiopia
alterações durante o desenvolvimento. ou pré-presbitas, inicie com uma lente de +0,75D e aumente de +0,25D em +0,25D, até que o paciente
TRAUMAS: gerados por acidentes que deixam lesões que podem diminuir ou aumentar a curvatura em enxergue a linha de melhor acuidade visual (J1). Pacientes já presbita, utilize como base a tabela acima.
certos meridianos gerando astigmatismos.
PÓS-CIRÚRGICO: como efeito colateral de certos tipos de cirurgias ou no manejo pós-operatório. 4. Repita o procedimento para o olho contralateral e anote os resultados.
CERATOCONE: problema de natureza patológica dentro das distrofias corneais assumindo um aspecto de
cone que geralmente é bilateral. 5. Binocularmente, solicite ao paciente que leia toda a linha do J1.
Caso tenha dado diferença nos valores da adição entre um olho e outro, exemplo +1,50OD e +1,75OE.
Prescreva a adição que ficar mais confortável em sua binocularidade.
6.2 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - I
REGULAR: quando os dois principais meridianos do olho formam um angulo de 90° entre eles. Não
patológico. 39.3 MODELOS DE PRESCRIÇÕES
IRREGULAR: quando os principais meridianos do olho não formam ângulos de 90° entre eles. Pode ser ➢SOMENTE PRESBITA - ADIÇÃO
patológico ou não. Esse tipo de astigmatismo deve ser corrigido com outros meios ópticos, por exemplo Paciente com 41 anos
lentes de contato específicas. Exemplo: Ceratocone.
A&W 23 A&W 96
Depois do ajuste PRECISO da armação de prova, começaremos nossa refração SUBJETIVA com a Fenda
Estenopeica.
6.3 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - II
ASTIGMATISMO CORNEAL
4. Sem lente de trabalho no olho direito, somente com a fenda na HORIZONTAL vamos medir a Acuidade Astigmatismo da Córnea.
Visual do Paciente. Córnea de formato irregular, é o tipo de astigmatismo mais comum, possui diferenças de até 6,00D que é o
limite para sua classificação nos Astigmatismo regulares.
5. Após mediar a AV do paciente, peça que o mesmo GIRE a fenda até que ele perceba uma melhora em sua Os valores dos meridianos principais da córnea são obtidos mediante medidas ceratométricas.
Acuidade Visual (peça para ele fixar uma letra). Verifique o eixo escolhido e anote. ATC = D> - D< (córnea)
6. Com o paciente olhando uma linha abaixo de sua melhor Acuidade Visual, pegue duas lente da caixa de ASTIGMATISMO RESIDUAL
prova, uma NEGATIVA outra POSITIVA. Irá sofrer influência de todos os componentes refrativos do olho, exceto da córnea, sendo o astigmatismo
residual de cristalino o tipo mais comum devido a variação na curvatura.
Residual = DC RX - ATC
DC RX = Dioptria cilíndrica da receita.
ATC = Astigmatismo total de córnea.
ASTIGMATISMO TOTAL
Será a soma do astigmatismo total de córnea com o astigmatismo residual.
7. Pergunte ao paciente: A visualização fica melhor com a Lente 1 ou Lente 2. Será diagnosticado pelo especialista através do exame de refração (retinoscopia).
DC RX = ATC + Res
8. Caso o paciente escolha, por exemplo a Lente 2 (-0,50D), pegamos uma lente de -0,25D e novamente
perguntamos ao paciente: a visualização fica melhor com a Lente 1 (-0,25) ou Lente 2 (-0,50). Caso o paciente
escolha a Lente 2, iremos aumentando o valor da lente até que ele reporte ver com nitidez a linha escolhida.
9. Retire as lentes, e gire perpendicularmente a FENDA em relação ao eixo encontrado, e recomece seguindo O astigmatismo induzido pode ser causado pela correção errada, óculos mal ajustados ou influência das
os passos anteriores realizados no primeiro meridiano. lentes oftálmicas.
Meridiano 135° = + 0,50 Esférico / AV =20/20
RX Subjetiva
+0,50-1,25x135° 6.5 TRANSPOSIÇÃO
A transposição é a MUDANÇA DE NÚMEROS E SINAIS, SEM ALTERAR O VALOR DIÓPTRICO DA LENTE.
Toda lente cilíndrica, combinada ou tórica, possui duas formas de serem lidas ou prescritas, sendo uma com
o cilíndrico positivo e outra com o cilíndrico negativo.
REGRAS DA TRANSPOSIÇÃO:
A&W 95 A&W 24
6.6 O ASTIGMATISMO SEGUNDO SUA FOCALIZAÇÃO DIVIDE-SE EM: ✓ Vê melhor o componente VERTICAL.
Negativar o valor do esférico, ou seja, DIMINUA as Dioptrias Positivas ou AUMENTE as Dioptrias Negativas
SIMPLES: quando não está associado a outro defeito de refração.
de 0,25D em 0,25D até que o paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente.
COMPOSTO: quando os dois focos se formam antes ou depois da retina, podendo ser miópico ou
hipermetrópico.
MISTO: quando os dois focos se formam, um antes do plano retiniano e o outro atrás desse plano.
6. Repita todo o procedimento de afinamento para o olho contralateral, sempre de forma monocular.
ASTIGMATISMO MIÓPICO COMPOSTOS: quando os dois meridianos formam dois focos diferentes antes da RECOMENDAÇÕES:
retina. Em astigmatismo oblíquo, em astigmatismo irregular, em astigmatismo regular muito baixo ou muito alto,
os resultados nem sempre são confiáveis.
ASTIGMATISMO MISTO: quando serão formados dois focos diferentes, sendo um antes da retina e o outro
após. 3. Com a Fenda na VERTICAL, ajuste a armação de prova de maneira PRECISA para que a DNP da fenda fique
centralizada na PUPILA do Paciente.
A&W 25 A&W 94
36. CILINDRO CRUZADO DE JACKSON 6.8 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO EIXO
1. MONOCULAR.
2. Mude o optotipo para a cruz.
3. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO a 90º e BRANCA/PRETO a 180º) 6.9 SINTOMAS DO ASTIGMATISMO
NÃO GIRAR. São geralmente subjetivos, podendo-se destacar:
✓ Astenopia (Cansaço ocular).
✓ Hiperemia.
✓ Prurido (Coceira)
✓ Dor ocular.
✓ Salto de letras ou linhas.
✓ Inversão de sequência numérica 321, 312.
✓ Visão embaçada.
✓ Visão dupla.
4. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal, vertical ou iguais? 6.10 CORREÇÃO DO ASTIGMATISMO
Óculos: os astigmatismos serão corrigidos com lentes cilíndricas que irão compensar tais diferenças de
5. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS: curvatura.
✓ Vê melhor o componente HORIZONTAL. Lentes de Contato: os astigmatismos irregulares serão corrigidos com lentes de contato rígidas.
Positivar o valor do esférico, ou seja, AUMENTE as Dioptrias Positivas ou DIMINUA as Dioptrias Negativas Correção por cirurgia refrativa.
de 0,25D em 0,25 D até que paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente.
A&W 93 A&W 26
7. PRESBIOPIA
4. Se houver melhora visual, ocorrerá em uma das duas posições.
Conhecida popularmente como “Síndrome do braço curto” ou “Vista Cansada”, a Presbiopia ocorre quando
o cristalino não consegue focalizar objetos próximos, pela perda da capacidade acomodativa, uma condição
em que a função fisiológica do cristalino foi perdida.
É uma redução fisiológica da amplitude de acomodação devido à idade, normalmente se manifesta por
volta dos 40 anos. Conforme se avança a idade, o músculo ciliar perde a sua elasticidade e o cristalino torna-
se menos flexível, havendo assim a perda da capacidade acomodativa, prejudicando a visão de perto.
7.1 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 5. Caso paciente escolha a melhor posição com os pontos VERMELHOS sobre a marcação, deverá ser
Diferença entre o ponto mais próximo e o mais distante o qual se consegue focar um texto de maneira
aumentado o valor do cilindro de acordo com a potência do mesmo (-0,25/-0,50).
adequada, tendo como como base as posições do ponto remoto (ponto mais distante para visão nítida na
Exemplo: – 1,00DC X 20° Nova lente – 1,25 DC X 20°
retina) e o ponto próximo (ponto mais próximo em que se forma uma imagem nítida na retina).
A diferença entre a capacidade de foco do olho, será a Amplitude de acomodação.
6. Se a escolha for dos pontos BRANCOS/PRETOS (positivos) sobre a marcação, o valor do cilíndrico deverá
✓ Quando em repouso (cristalino), com refração mínima.
ser diminuído de acordo com a potência do mesmo (-0,25/-050).
✓ Quando acomodado (cristalino), com refração máxima.
Exemplo: – 1,00DC X 20° Nova lente – 0,75 DC X 20°
Podemos medir a amplitude de acomodação através de algumas técnicas, dentre elas:
➢ Técnica de Sheard
7. Recoloque o CCJ alinhando os pontos do CCJ com a marcação da lente cilíndrica e repita o procedimento
➢ Técnica de Donders
até o paciente não indicar melhoria em nenhumas das duas posições diagnósticas.
A&W 27 A&W 92
10. Quando paciente relatar melhora na imagem, no sentido contrário ao que esta seguindo, volte 5° e
encerre o afinamento do eixo.
Esteja atento para girar a lente sempre na posição do cilindro negativo, marcação VERMELHA.
11. Repita a operação até o paciente não sentir ou quase não sentir diferença nas imagens.
POSIÇÃO FINAL DO EIXO - 20°
OD: PL – 1,00DC X 20°
1. Coloque o CCJ com os pontos do cilindro paralelos aos da lente cilíndrica da armação de prova, seja o
vermelho ou branco/preto.
Para afinamento da “POTÊNCIA” os PONTOS do CCJ referentes ao valor do cilindro SEMPRE ficarão paralelos
ao eixo da lente cilíndrica.
2. Gire o cabo do CCJ, alternando entre os pontos vermelhos (negativo) e os brancos ou pretos (positivos).
Diga ao paciente que você irá mostrar 2 imagens, sendo imagem “1” e imagem “2”. Pergunte ao paciente
em qual posição ele vê a figura mais nítida ou se estão iguais.
3. Caso o paciente não perceba melhora em nenhuma das imagens e diga que AMBAS ESTÃO IGUAIS, é
provável que o valor da potência esteja correto e o teste termina.
A&W 91 A&W 28
7.2 PRESBIOPIA E A ACOMODAÇÃO Obteremos duas posições que serão denominadas 1 e 2.
Pergunte ao paciente em qual posição ele vê a figura mais nítida ou se estão iguais.
A aparição da presbiopia pode variar de acordo com os fatores externos a que é condicionado o sistema
acomodativo (cristalino e músculo ciliar) pela presença de ametropias e do tipo de trabalho visual que realiza
o indivíduo, podendo ser antecipado ou retardado, ou seja, devemos levar em consideração tipo de
ametropia, a idade do paciente, ocupação, distância que costuma trabalhar, se pratica leitura por horas
extensas.
7.5 ADIÇÃO Recoloque o CCJ alinhando o cabo com o novo Eixo → 15°
A correção é realizada com lentes esféricas, as quais denominamos de adição. Pacientes com presbiopia irão
necessitar de correção ocular que irá variar entre +0,75 D e +3,00 D para melhorar a sua visão de perto. A
tabela abaixo serve como orientação para a avaliação e prescrição, ela pode variar, caso o paciente tenha
8. Posicione agora o cabo do CCJ no novo eixo e faça novamente o teste. Verifique qual imagem estará
alguma ametropia.
mais nítida ao girar o CCJ.
9. Paciente reportando melhora em uma delas: na segunda vez gire 10° e na seguinte apenas 5º no sentido
da marcação VERMELHA.
A&W 29 A&W 90
35.2 A ESCOLHA DO CCJ 7.6 CORREÇÃO DA PRESBIOPIA
Visão 20/25 ou melhor: use o CCJ de 0,25DC (até -1,50 DC). ÓCULOS – LENTES ESFÉRICAS
Se os resultados não forem confiáveis, mude para o CCJ de 0,50 e veja se obtém resposta do paciente mais As lentes simples para visão ao perto são adequadas para a correção da presbiopia em indivíduos
confiável. emétropes.
As lentes bifocais possuem duas lentes independentes para a visão de perto e de longe.
Visão 20/40 ou pior: use o CCJ de 0,50DC (maior -1,50DC). As lentes trifocais são semelhantes às lentes bifocais, mas possuem três zonas de visão (para a visão de
Se os resultados forem confiáveis e a visão melhorar, mude para o CCJ de 0,25. perto, longe e intermédia) apresentando assim uma zona para visão intermédia acima da zona de visão de
perto.
“POR QUE COMEÇAR O AFINAMENTO PELO EIXO? As lentes progressivas são lentes multifocais que possuem zonas de visão de perto e de longe permitindo
Porque o eixo correto pode ser encontrado na presença de uma potência incorreta, mas a potência uma boa visualização a todas as distâncias.
cilíndrica completa não será encontrada na presença de um eixo incorreto.” As lentes ocupacionais são lentes adaptadas as necessidades especiais de visão, ligadas a determinadas
profissões.
1. Coloque na armação de prova a correção obtida na refração subjetiva. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Lasik e Técnica intraocular.
O afinamento com CCJ é iniciado com a correção subjetiva do eixo do cilíndrico da refração. Refração
montada na armação de provas ou greens.
Possuem intervalos dióptricos de: +ou- 0,25D, +ou- 0,50D. Existem cilindros com outras potencias, mas
menos usados na prática clínica: +/- 0,75, +/- 1,00.
8. A VISÃO
35.1 MANUSEIO
Uma alça é anexada entre os dois eixos marcados, que permite que a lente seja "girada" frente aos olhos de
A&W 31 A&W 88
RESPOSTAS:
Os dois lados estão iguais! 9. ANISOMETROPIA
- A dioptria esférica está adequada. “Palavra que tem origem no grego significando “diferentes medidas”
Classificação clínica:
A anisometropia poder ser classificada pelo erro refrativo, magnitude da diferença refrativa, etiologia e
contribuição dos componentes oculares.
Anisometropia é o termo empregado a condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. Quanto
maior a diferença existente, maior a possibilidade de causar transtornos na visão binocular.
Nas anisometropias não corrigidas, além das diferenças de tamanho das imagens também ocorrem
diferenças de nitidez na formação das mesmas, porém, quando as imagens são focadas na retina, com óculos
ou lentes de contato, a diferença de nitidez desaparece.
ATENÇÃO!!!
A pergunta deve ser bem direcionada para que o paciente observe e escolha as letras sobre o fundo vermelho
ou verde, não a cor que vê melhor!
Quando temos um HIPERMÉTROPE HIPERCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERMELHO mais nítidas,
por isso precisará de afinamento negativo, ou seja, diminuir esferas positivas. SEGUNDO A MAGNITUDE DA DIFERENÇA REFRATIVA:
OD: +1,00DE → +0,75DE 0 a 2,00D (baixa): boa tolerância para correção total com óculos.
2,01 a 6,00D (alta): problemas na integração binocular.
+ 6,00D (muito alta): assintomático pela presença de supressão central.
Quando temos um HIPERMÉTROPE HIPOCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERDE mais nítidas, por isso
precisará de afinamento positivo, ou seja, aumentar esferas positivas.
OD: +1,00DE → +1,25DE
SEGUNDO A ETIOLOGIA:
Congênitas: Glaucoma congênito, catarata congênita, blefaroptose, edemas dos tecidos periorbitários, após
“BICROMÁTICO” trauma obstétrico.
Fundo Verde Positivar Adquiridas: Traumas oculares, ou seja, lesões que deformem o bulbo ocular (extração unilateral do
Fundo Vermelho Negativar cristalino, cirurgia refrativa, ceratoplastia penetrante).
A&W 87 A&W 32
SEGUNDO OS COMPONENTES OCULARES:
Axial: Resultado das diferenças de comprimento dos eixos dos bulbos oculares,
34.1 TESTE
- Monocular;
ou seja, quando a anisometropia é resultado da diferença no comprimento do
- Paciente posicionado a 6 metros da tabela do Bicromático;
eixo anteroposterior do globo ocular.
- Paciente com a correção encontrada no afinamento;
Refrativa: Consequências da diferença no índice de refração dos meios ópticos
entre os olhos ou nas curvaturas das superfícies oculares.
PERGUNTAR:
9.2 SINTOMAS
Qual dos dois lados o paciente vê as letras mais nítidas, se é sobre o fundo vermelho ou sobre o fundo verde?
Ou se estão iguais?
Os sintomas variam de acordo com o tipo de anisometropia.
Todos os sintomas de uma anisometropia estão relacionados com as alterações binoculares.
✓ Astenopia
✓ Cefaléia
✓ Fotofobia
✓ Prurido
✓ Hiperemia
✓ Diminuição da AV
✓ Visão imprecisa
✓ Lacrimejamento
Dados importantes:
Analisadas 500 pessoas portadoras de anisometropias e que usam correção óptica verificou-se:
RESPOSTAS:
Vê melhor do lado VERMELHO
✓ Cefaléia (67%)
- Aumentar esferas NEGATIVAS
✓ Astenopia (67%)
✓ Fotofobia (27%)
✓ Dificuldade de leitura (23%)
✓ Náuseas (15%)
✓ Tontura (7%)
✓ Fadiga geral (7%)
✓ Percepção distorcida do espaço (6%)
A&W 33 A&W 86
10. AMBLIOPIA
Projetar de novo o optotipo de acuidade visual (Snellen).
Ambliopia é a baixa da visão em um olho que não se desenvolveu adequadamente na infância, as vezes é
chamado "olho preguiçoso". Isto ocorre apesar deste olho ser anatomicamente normal. É uma condição
unilateral ou bilateral em que a acuidade visual corrigida é mais pobre do que 20/20 na ausência de qualquer
evidência de anomalia estrutural ou doença ocular. O olho amblíope não apresenta um amadurecimento
normal da visão e é detectado quando se identifica uma diferença de visão entre os dois olhos.
A condição é frequente, acometendo 2 a 3% da população.
A Ambliopia causa déficits e não apenas diminuição da acuidade visual, incluindo:
✓ Maior sensibilidade aos efeitos de interação de contorno.
✓ Distorções espaciais anormais e incertas.
✓ Fixação monocular imprecisa e instável.
✓ Reflexo ocular de perseguição lento.
✓ Redução de sensibilidade ao contraste.
Acertado o valor e eixo do cilindro, retornar à linha de 20/40 do optotipo. ✓ Resposta acomodativa imprecisa.
Caso seja necessário, diminuir as esferas positivas até a melhor acuidade visual com nitidez. A perda de acuidade visual na Ambliopia pode variar entre 20/25 (abaixo da AV normal) para 20/200 ou pior
(cego funcional).
A Ambliopia funcional só se desenvolve em crianças até os 6-8 anos, embora possa persistir pela vida toda,
Esse teste é baseado no princípio de que o índice de refração do meio relaciona-se com o comprimento de
onda da luz que determina o balanceamento entre os efeitos de dispersão da luz pelo sistema dióptrico
ocular.
10.2 CAUSA DA AMBLIOPIA FUNCIONAL
Na óptica as duas cores com comprimento, frequência e amplitude de onda utilizadas para estudo dos erros ✓ Forma de privação: catarata congênita ou traumática, blefaroptose completa precoce, opacidade da
refrativos (ametropias) são o verde (aproximadamente 550 nm) e o vermelho (aproximadamente 720 nm). córnea, hifema, hemorragia vítrea, terapia de oclusão descontrolada, terapia de penalização
O teste bicromático é utilizado para verificação da correção esférica. Este teste explora a aberração descontrolada.
cromática longitudinal natural do olho, que resulta numa imagem retiniana que se estende numa sucessão ✓ Estrabismo unilateral constante (olho desviado): a imagem do olho desviado é suprimida, para
de imagens correspondendo a cada uma das cores do espectro luminoso. evitar a visão dupla a criança utiliza apenas o melhor olho.
Baseia-se particularmente no fato da imagem verde se formar à frente da imagem vermelha. ✓ Erro refrativo não corrigido ambliogênico: quando um olho tem mais miopia, hipermetropia ou
O teste permite avaliar a focagem do olho, por simples observação de caracteres sobre fundo vermelho e astigmatismo que o outro, o olho com visão borrada (fora de foco) é suprimido e pode tornar-se
verde. amblíope.
✓ Anisometropia (esférica ou astigmática).
✓ Isometropia.
✓ Estrabismo aniso combinado.
A&W 85 A&W 34
10.3 CAUSA PSICOGÊNICAS Com a marcação da lente cilíndrica na posição do eixo indicado, iremos adicionar lentes cilíndricas de
-0,25 em -0,25 até que o paciente reporte ver todas as linhas iguais do leque ou dial astigmático.
✓ Conversão histeria.
✓ Fingimento.
10.7 TRATAMENTO
O tratamento da ambliopia começa com o uso da correção óptica (se indicado), seguida da oclusão do olho
de melhor acuidade visual, para permitir que o olho fraco se desenvolva. Às vezes é necessário fazer oclusão
alternada dos dois olhos.
A&W 35 A&W 84
A linha respondida com maior nitidez, a diferença em 90° será tomada como posição do eixo do Quando o tratamento é seguido corretamente, sob orientação e na época adequada, ocorre melhora na
astigmatismo. grande maioria dos casos.
No Leque Astigmático a direção destas linhas e feita em comparação com as horas do relógio.
12. ANAMNESE
A palavra “Anamnese” vem do Grego ANAMNESIS e quer dizer: “recordação, recuperar algo previamente
aprendido”. De ANA= através, + MNESIS= memória.
A&W 83 A&W 36
Na anamnese o optometrista deve anotar toda a história de saúde geral e ocular do paciente que esteja 5 Passo – Esse processo deverá ser feito até que o paciente enxergue a acuidade visual de 20/40.
relacionado a saúde ocular do mesmo.
Deve-se dialogar com o paciente para que você possa conhece-lo e correlacionar os dados durante o
atendimento para um melhor diagnóstico e resultados.
Existem 3 modalidades:
✓ Tributa Livre (paciente)
✓ Tributa Dirigida (optometrista)
✓ Tributa mista (ambos)
13.1 TÉCNICA
Retinoscopia: -2,50 DE <> -2,50 DC x 180 Fazer um triangulo com as mãos como o mostrado na figura abaixo e focalizar um objeto à distância (no caso
Miopização: -0,50 DE <> -1,25 DC x 180 a letra "E").
Subjetivo: -0,25DE (aumentou +0,25) Ao fechar o olho não dominante você continuará enxergando o objeto focalizado anteriormente, mas ao
Subjetivo: -0,75 DE (diminuiu -0,50) fechar o olho dominante, esse objeto sairá do seu campo de visão.
Subjetivo: -0,50 DE (aumentou +0,25) O olho dominante é aquele o qual o objeto será visto da mesma forma de quando ambos os olhos estavam
Subjetivo: -1,00 DE (diminuiu -0,50) abertos.
Subjetivo: -0,75 DE (aumentou +0,25)
Subjetivo: -1,25 DE (diminuiu -0,50)
1) Limbo • Se o valor do cilíndrico for maior que 3,00D iremos colocar 75% do valor encontrado na retinoscopia.
2) Conjuntiva bulbar
3) Fundo de saco conjuntival Exemplo 1:
4) Conjuntiva tarsal Retinoscopia: +1,50 DE <> -1,00DC x 180
5) Borda da pálpebra Subjetivo: +3,50 DE (retirar todo o cilindro)
6) Canal lacrimal
7) Carúncula lacrimal
Exemplo 2:
Retinoscopia: +1,50 DE <> -2,50 DC x 180
Subjetivo: +3,50 DE <> -1,25DC (50% de 2,50) x 180
A&W 39 A&W 80
15. ACUIDADE VISUAL
A acuidade visual (AV) é um dos componentes do sentido da visão. É um ato clínico importante pela
informação que contém, assim como pelas correlações clínicas, refrativas e patológicas a que se pode
suspeitar através dela.
Ao medir a visão sempre é necessário ter em mente que estamos diante de um fenômeno complexo, de que
fazem parte: o sistema óptico, os fenômenos neurológicos de transmissão dos estímulos recebidos e
condições psicológicas favoráveis.
Considerando certas condições precárias na determinação da acuidade visual, é mesmo assim o método
mais rápido, seguro, barato e simples da prática optométrica.
33. TESTES SUBJETIVOS A Acuidade Visual tem como objetivo medir a capacidade de visão (potência) de uma pessoa, nível de
"nitidez" com que o olho consegue enxergar. Definida como o poder de discriminação que o olho tem ou a
capacidade de reconhecer os detalhes dos objetos.
DEFINIÇÃO Utilizaremos a medida em “pés” que é utilizada internacionalmente.
A acuidade aparece marcada por dois números, em forma de fração, como por exemplo: 20/200, 20/100,
Determinar SUBJETIVAMENTE o estado refrativo do paciente. É utilizado após a retinoscopia, sendo que
20/70, 20/40, 20/30, 20/20. Cada linha da tabela corresponde a uma fração, que representa uma acuidade
poderá modificar significamente o seu valor. Tem como objetivo evitar a acomodação, que é capaz de
visual e cada olho deve ser testado separadamente.
modificar os valores obtidos na retinoscopia, bem como dar ao paciente a lente mais positiva que obtenha
a melhor AV para visão de longe monocularmente, para depois ser balanceada binocularmente.
ATENÇÃO
O astigmatismo não muda, nem o eixo, somente a Dioptria Esférica.
17.2 CLASSIFICAÇÃO DA AV
Segundo a visão:
• Monocular (OD/OE)
• Binocular (AO)
A&W 41 A&W 78
Exemplo: Segundo a distância:
AMETROPIA ESFÉRICA – Paciente com 35 anos • Visão de longe: VL – 6,10 mts
EXEMPLO: +4,00 x 180° • Visão de perto: VP – 33 a 40 cm
+4,00 x 90°
Segundo correção:
Retinoscopia: OD: +4,00 – 1,25 = +2,75DE • S/C – Sem correção
RESULTADO: OD: +2,75DE • C/C – Com correção
Segundo o OPTOTIPO:
• Angular: 1 caractere por vez (visível)
• Morfoscópico: 1 linha inteira (separável)
EXEMPLO: -4,00 x 180°
-4,00 x 90°
18. OPTOTIPOS
Retinoscopia: OD: -4,00 – 1,25 = -5,25DE
RESULTADO: OD: -5,25DE
Optotipos são tabelas composta por letras ou figuras baseadas no ângulo visual de 5’, construídas para serem
EXEMPLO: 0,00 x 180° destinadas a medição da acuidade visual (AV).
0,00 x 90°
A&W 77 A&W 42
18.1.2 OPTOTIPOS E DIRECIONAL 3. Colocar-se a 40 cm a frente do paciente (Distância de Trabalho).
Tabela construída com a letra E em distintas direções e sentidos.
4. Na retinoscopia dinâmica o paciente deve fixar a uma distância de 40 cm, olhando em direção a luz do
retinoscópio ou um cartão de fixação posicionado na cabeça do retino.
6. Luz normal e banda do retino para baixo com a faixa mais larga.
7. Avalie o meridiano horizontal (180°) e o vertical (90°) do mesmo modo realizado na Retinoscopia Estática.
9. Neutralize o primeiro meridiano, de acordo com a posição de eixo encontrada e o movimento do reflexo
18.1.3 OPTOTIPOS ANÉIS DE LANDOLT retiniano. Adicione lentes positivas ou negativas, de acordo com a direção das sombras.
Tabela construída com a falha do anel ou a “boca” da letra C orientada em 4 posições. Serve para medir a Inicie de 0,25D em 0,25D (negativas ou positivas, de acordo com a faixa) até preencher todo o meridiano.
AV morfoscópica em adultos, analfabetos e crianças. Anote o valor da lente a qual houve o preenchimento e o eixo.
Exemplo: OD + 4,00 x 180°
10. Após neutralizar um meridiano, gire a faixa do retinoscópio para o eixo perpendicular em 90° e neutralize
18.1.4 OPTOTIPOS BICROMÁTICOS este segundo meridiano.
Utilizado para o afinamento da dioptria esférica, verificando se há hipo ou hipercorreção na mesma. Exemplo: OD + 2,00 x 90°
A&W 43 A&W 76
Exemplo 2: Distância de Trabalho = 50 cm → Lente de Trabalho +2,00DE 18.1.5 OPTOTIPOS DE ALLEN
OD: -3,00DE – 1,50DC x 180° Tabela construída a partir do ângulo visual de 5’, com figuras e desenhos populares de fácil interpretação
Conta a ser feita: Diop Esf. -3,00 - (+2,00 Dist Trab) = -5,00DE para crianças ou analfabetos.
OBJETIVO: Determinar a refração objetiva para visão de longe mantendo a acomodação ativa, fixando à uma
distância próxima.
2. Ocluir o OE do Paciente.
A&W 75 A&W 44
Estudo no tratamento precoce da Retinopatia Diabética. NÃO SE ESQUEÇA!!!!
O ETDRS OU LOGmar foi projetado para eliminar imprecisões da tabela de Snellen e Sloan. O valor do cilindro será sempre a distância entre os dois meridianos.
---------------------------------------------------------------------------------
ATENÇÃO
Vale salientar que este não será o valor prescrito para o uso de óculos ou Lentes de Contato, mas o valor
total que deverá ser afinado através dos passos seguintes.
Tenha cuidado para não acabar confundindo e somando o valor da lente de trabalho ao valor final da
retinoscopia, ou seja, em sua distância de 50 cm estará utilizando uma lente de +2,00D em AO, esse valor
4) Oclua o olho esquerdo do paciente. não será levado em consideração na retinoscopia final.
5) Peça ao paciente que leia desde o início da tabela até onde consiga enxergar com nitidez. Atente-se até Por exemplo, em uma neutralização OD -1,50DE em todos os meridianos, com lente de trabalho de
quando o paciente for incapaz de ler algumas das letras de determinada linha. +2,00DE, uma ametropia esférica, sua Retinoscopia Estática final será:
Anote o resultado da escala para a AV do Olho Direito (OD). OD -1,50DE → que será afinada posteriormente.
Exemplo: OD 20/60.
6) Após a anotação da AV do OD. Oclua o olho direito do paciente e repita o procedimento para o OE e anote
os resultados. 31.5 RETINOSCOPIA SEM A LENTE DE TRABALHO
Exemplo: OE 20/40 Caso não utilize a lente de trabalho (RL), o valor da lente deverá ser compensado (de acordo com a distância
de trabalho) “NEGATIVA E ALGEBRICAMENTE” do resultado da dioptria esférica encontrada na refração.
7) Em seguida, Px com os dois olhos abertos, proceda com a AV, tomando nota para AO.
Exemplo: 20/40 Exemplo 1: Distância de Trabalho = 50 cm → Lente de Trabalho +2,00DE
SEQUÊNCIA PARA MEDIDA
OD: +2,50DE -1,00DC x 180°
Conta a ser feita: Diop Esf. +2,50 - (+2,00 Dist Trab) = +0,50DE
A&W 45 A&W 74
Em pacientes com ametropias esféricas, os meridianos terão o mesmo valor e irão se neutralizar com a 19.1.1 - ANOTAÇÃO EM CASO DE LEITURA PARCIAL
mesma lente. OD: 20/40 +2
AMETROPIA ESFÉRICA Paciente leu toda a linha do 20/40 + 2 letras da linha 20/30.
Exemplo: OD +1,00 x 180°
OD +1,00 x 90°
OE: 20/30 -2
Paciente leu mais da metade da linha 20/30, não conseguindo ler apenas 2 letras desta linha.
Em pacientes com ametropias cilíndricas, os meridianos terão valores diferentes, uma sombra será mais
rápida que a outra e serão neutralizados com lentes de valores diferentes.
Sendo assim, remova a lente que neutralizou o meridiano anterior e comece a neutralização novamente com
19.1.2 - APROXIMAR A 3 METROS
8) Se o paciente não conseguir enxergar a maior letra da tabela (20/200) estando a uma distância de 6
lentes de 0,25D em 0,25D.
metros, aproxime o Px a 3 mts. A linha que o Px enxergar, devemos multiplicar por 2x o valor do denominador
AMETROPIA CILÍNDRICA
da escala de AV de 6 mts.
Exemplo: +1,00 x 180°
Exemplo, a letra 20/200, será uma letra 20/400 a 3 mts.
+2,50 x 90°
RESULTADO: OD +1,00 DE
---------------------------------------------------------------------------------
Em ametropias cilíndricas, o valor a ser utilizado como esférico será sempre o do MERIDIANO MAIS
POSITIVO, neste caso, +2,50 D.
O eixo a ser utilizado será sempre do MERIDIANO MAIS POSITIVO, que está relacionado ao cilíndrico CASO O PX NÃO ENXERGUE A MAIOR LETRA DA TABELA A UMA DISTÂNCIA DE 1,5 MTS,
negativo, portanto neste caso usaremos 90°. PROCEDA COM OS SEGUINTES PASSOS:
O valor do cilíndrico será A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS LENTES (dois meridianos)
AMETROPIA CILÍNDRICA 19.1.4 - CONTAR DEDOS (CD)
Exemplo: + 1,00 x 180° 10) Posicione-se a 1 metro do Px e peça para que ele responda a quantidade de dedos que está vendo a 1
+ 2,50 x 90° metro. Caso ainda não enxergue, avance para 50 cm. O paciente enxergando, anote:
Registre como CONTAGEM DE DEDOS à 50 cm.
O valor do cilindro será sempre a distância entre os dois meridianos.
Cilíndrico: 2,50 – 1,00 = 1,50
A&W 73 A&W 46
19.1.6 - PROJEÇÃO E PERCEPÇÃO LUMINOSA (PPL) 10. Caso a sombra não esteja retilínea, gire a posição da faixa do retino e vá movimentando a faixa até que
12) Caso o PX não veja o Movimento de Mão, coloque uma luz a 50 cm e movimente-a nos quatro pontos localize o eixo o qual a faixa de luz retiniana se torne mais precisa. Analise em seguida o eixo perpendicular
do campo visual (superior, inferior, nasal, temporal), perguntando se o mesmo consegue vê-la. Caso o a este.
paciente enxergue: registre como PROJEÇÃO LUMINOSA.
2. Verificar a postura do paciente, iluminação da sala (luz reduzida), altura da tabela em relação ao paciente,
posicionamento e ajustes da armação de provas ou greens.
4. Colocar de forma binocular as lentes de trabalho na armação de provas, ou seja, nos dois olhos e ajustar
a armação no rosto do paciente.
19.2 - VISÃO DE PERTO
1) Selecione a tabela de perto (Jaeger) adequada para o paciente, podendo utilizar E-direcional, números ou
texto.
5. Posicionar o paciente olhando para o optotipo (letra “E” da tabela - 20/200) a uma distância de 6 mts.
5) Anote o valor da AV de perto para o OD pela medida de Jaeger ou pela medida em metros.
8. Observe o meridiano horizontal (180°) com a faixa de luz do retinoscópio na posição vertical. Faça um Exemplo: J1= 0,37m / J2= 0,50m.
movimento lateralmente e observe a direção, velocidade e intensidade da sombra.
9. Gire a faixa de luz do retinoscópio perpendicularmente, ou seja, na posição horizontal para observar o 7) Caso o paciente não enxergue a linha J6 em um dos olhos ou com ambos abertos, peça para ler o título.
meridiano vertical (90°) e movimentando pela vertical, observe as características do reflexo. O Px lendo, anote: TÍTULO
A&W 71 A&W 48
31. RETINOSCOPIA ESTÁTICA
8) Se mesmo assim o paciente não conseguir ler, peça para observar o contorno da tabela, a qual tem o
formato quadrado e peça para relatar quantas linhas enxerga.
Anote a quantidade de linha: 6 LINHAS
Define-se retinoscopia estática, o exame feito com o olho do paciente completamente relaxado com foco de
observação no infinito, tendo assim a retina conjugada com seu ponto remoto.
19.2.1 - FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO PARA Com esta postura, todo corpo ciliar e cristalino estarão relaxados, não interferindo no resultado final da
UMA BOA AV. retinoscopia e garantindo uma medição precisa da ametropia do paciente, ou seja, mantendo a acomodação
em repouso, encontrando assim o Ponto Remoto mediante a neutralização das sombras que se produzem
➢ Iluminação da tabela de perto
pela reflexão da luz na retina do paciente.
➢ Posicionamento correto da tabela
Paciente não pode apresentar TROPIA, pois isso impossibilitará a realização do exame.
➢ Distância correta da tabela
➢ Utilização da tabela de acordo com a capacidade intelectual de cada paciente
➢ Oclusão correta do olho
Estado fisiológico do paciente
31.1 DISTÂNCIA DE TRABALHO E LENTE DE TRABALHO
➢
Para a realização da retinoscopia estática, o optometrista deverá estar a uma determinada distância do
19.2.2 - COMO ANOTAR NO HISTÓRICO CLÍNICO paiente, denominada de “DISTÂNCIA DE TRABALHO” e está deverá ser de acordo com a dioptria da “LENTE
➢ Anotar em Jaeger (JX – Título – XLinhas) DE TRABALHO” (RL).
➢ Utilizar as siglas: A lente de trabalho tem como objetivo neutralizar a distância e o efeito negativo que o feixe do retino
S/C – sem correção produz.
C/C – com correção A Lente de trabalho será de acordo com a distância focal (D = 1/f).
OD – olho direito Distância de trabalho = 50 cm
OE – olho esquerdo D = 1/0,50mt = +2,00 D
AO – ambos os olhos.
➢ Anotar cada olho separadamente e depois a AV de ambos os olhos. Distância de trabalho = 40 cm
➢ Primeiro anote a visão de longe (VL) e depois a visão de perto (VP). D = 1/0,40mt = +2,50 D
ATENÇÃO
Essa distância deve ser respeitada até o final da avaliação, sendo que qualquer variação compromete o
resultado de sua retinoscopia.
19.3 – AV EM CRIANÇAS
19.3.1 - PVE – POTENCIAL VISUAL EVOCADO (recém nascido a 16 meses) 31.2 MÉTODO DE NEUTRALIZAÇÃO POR ESFERA
O olho é estimulado por pulsos brilhantes de luz ou pela observação de listras brancas e pretas
No método de neutralização por esfera o optometrista deverá neutralizar os dois principais meridianos do
quadriculadas.
olho do paciente com lentes esféricas (positivas ou negativas), verificando se todos os meridianos são iguais
(olho com poder esférico) ou se há diferença de faixas entre os meridianos (olho com astigmatismo regular).
Caso identifique no espelho plano, um movimento de faixa contra, será neutralizado com lentes negativas.
Caso identifique no espelho plano, um movimento de faixa a favor, será neutralizado com lentes positivas.
Movimento Neutro: Na incidência de luz, a pupila aparecerá toda iluminada e a faixa desaparecerá.
VELOCIDADE: Se o movimento é rápido ou lento. E ametropias mais elevadas, a velocidade é mais lenta. A
medida que se aproxima o ponto de neutralização, essa velocidade aumenta.
INTENSIDADE: Se o reflexo está mais brilhante ou mais opaco. Nas ametropias mais altas o reflexo é opaco
19.3.5 - NYLH: NEW YOUK LIGHT HOUSE (de 3 a 5 anos)
e tênue.
Avalia a AV angular com cartões a 3 mts.
A&W 69 A&W 50
30.5 POSIÇÃO DAS FAIXAS
Avaliar sempre um meridiano e depois o outro perpendicularmente (Ângulo Reto – diferença de 90°)
Objetivo: Avaliar as vias aferentes (visual de ida da informação) e eferentes (visual de volta da informação)
das funções neurovisuais, através de um estímulo visual, determinando a capacidade de reação a esse
estímulo, responsável pela função pupilar.
20.1 - FOTOMOTOR
30.2 FAIXA DE LUZ DO RETINO NA VERTICAL O teste avalia a via AFERENTE através da contração pupilar, se está presente ou ausente e será realizado
Posição da banda na vertical, movimenta-se a faixa na horizontal, avalia-se o meridiano de 180°. através da iluminação de um dos olhos com uma fonte luminosa.
Este reflexo é conhecido também como direto ou ipsi lateral.
TÉCNICA
• Monocular
• Paciente olhando para o infinito.
• Incidir a luz no olho do paciente (OD)
• Iluminar e avaliar o mesmo olho.
• Repetir o procedimento 3x.
30.3 FAIXA DE LUZ DO RETINO NA HORIZONTAL • Observar o reflexo, o diâmetro pupilar, velocidade de contração (miose/midríase).
Posição da banda na horizontal, movimenta-se a faixa na vertical, avalia-se o meridiano de 90°.
ANOTAÇÃO CLÍNICA
• Presente Reagente.
• Presente Reagente Lento
• Ausente
PIRRLA: Pupilas Iguais, Redondas, Reagem a Luz e Acomodação.
Repetir o procedimento no olho esquerdo.
A&W 67 A&W 52
20.2 - CONSENSUAL 29.8 RETINOSCÓPIO
O teste avalia a via EFERENTE e será realizado através da iluminação de um dos olhos e a observação do olho Equipamento utilizado para investigar, diagnosticar e avaliar os erros refrativos do olho do paciente.
OPOSTO. O sistema óptico do retinoscópio possui tanto o espelho plano como o côncavo. O espelho plano reflete os
Este reflexo é conhecido também como indireto ou contralateral. raios paralelos como se viessem do infinito e o espelho côncavo possui um ponto focal que inverte o efeito
dos raios refletidos, por isso o movimento das sombras se observa contrário ao espelho plano.
TÉCNICA
• Paciente olhando para o infinito.
• Incidir a luz no olho do paciente (OD) 29.9 OFTALMOSCÓPIO - PANOPTIC
• Avaliar olho oposto (OE). Equipamento utilizado para observar a transparência dos meios refringentes, determinar a existência de
• Repetir o procedimento 3x. patologias, analisar alterações oculares, fixação do paciente.
• Observar o reflexo, o diâmetro pupilar, velocidade de contração (miose/midríase).
30. RETINOSCOPIA
ANOTAÇÃO CLÍNICA
• Presente/Reagente.
• Presente/Reagente Lento
• Ausente Retinoscopia (análise da retina) é o nome originalmente dado a análise do reflexo da luz na retina. Também
Incidir agora a luz no OE e avaliar o OD. é denominada de esquiascopia, que significa a análise das sombras.
Introduzida no final do século XIX por Ferdinand Cuignet, oftalmologista militar francês (1823 – 1889), a
esquiascopia (do grego, skia = sombra e skopein = examinar) é um método objetivo de refração baseado na
observação dinâmica de jogos de luz e sombra na pupila do paciente. Permite avaliar a refração ocular sem
qualquer intervenção deste, por meio de simples projeção de um foco luminoso no olho e através da
observação do movimento da sombra projetada pela pupila na retina.
A Retinoscopia à luz em faixa representa o mais prático e exato dos métodos objetivos de refração (Alves,
Aderbal – 2014).
Retinoscopia é um método que objetiva investigar, diagnosticar e determinar o estado refrativo em visão de
longe no olho do paciente. Com o auxílio do retinoscópio, que projeta através da pupila, uma faixa luminosa,
20.3 - ACOMODATIVO podemos analisar o reflexo da luz na retina que nos permite avaliar e deduzir, através dos movimentos das
Quando se olha para um objeto que está perto dos olhos, as pupilas se contraem (miose), independente de sombras, a refração objetiva na superfície da retina.
modificações na iluminação. Este movimento está associado à contração dos músculos retos mediais O princípio da esquiascopia consiste em projetar um feixe luminoso no olho do paciente e transformar a
(convergência) e dos músculos ciliares (acomodação). retina numa fonte de luz secundária. O feixe oriundo da retina refrata-se através do olho não acomodado e,
O teste irá avaliar a CONVERGÊNCIA dos olhos para um objeto próximo, causando a contração pupilar. por definição, forma o seu conjugado óptico no ponto remoto do paciente. A determinação da refração
TÉCNICA equivale a localizar a posição deste ponto remoto.
• Objeto a frente do paciente. Na retinoscopia, a retina se converte numa fonte luminosa ao refletir raios de luz que proveem do
• Paciente com AO abertos, olha para o infinito, depois olha para o objeto próximo. retinoscópio. Quando iluminamos o olho com o retinoscópio, observamos o movimento do reflexo de luz na
• Avaliar a contração pupilar. retina e, ao compararmos com o movimento da luz proveniente do retinoscópio, estes dois movimentos
• Repetir o procedimento 3x. devem se neutralizar por meio de uma lente apropriada.
• Procedimento feito com o objeto a 40 e 20 cm. A Retinoscopia é uma das técnicas mais importante a ser dominada pelo optometrista, pois além de
determinar o defeito refrativo, obtemos informações qualitativas do sistema visual através da observação
ANOTAÇÃO CLÍNICA das características do reflexo retiniano (intensidade do reflexo, oscilações de intensidade, oscilações do
• Presente/Reagente. diâmetro pupilar etc.).
• Presente/Reagente Lento Quando se ilumina o olho do paciente com a luz do retinoscópio, a retina se comporta como um espelho que
• Ausente absorve e reflete a luz até a pupila do paciente. Este reflexo é o que será observado pelo examinador e
servirá para determinar o estado refrativo do paciente.
O sistema óptico do retinoscópio contém um espelho que varia os focos. O espelho plano (faixa mais larga)
reflete os raios paralelos como se viessem do infinito, já o espelho côncavo (faixa mais estreita) possui um
ponto focal que inverte o efeito dos raios refletidos, por isso o movimento das sombras se observa contrário
ao espelho plano, e se utiliza para confirmar o ponto de neutralização.
A&W 53 A&W 66
29.2 CILINDRO CRUZADO
Utilizado para afinamento do eixo e das dioptrias cilíndricas.
21. ÂNGULO DE KAPPA
O ângulo Kappa é o ângulo entre o eixo visual e o eixo pupilar.
Eixo pupilar é a linha perpendicular à linha corneal que passa no centro da pupila.
Eixo visual é a linha que une o ponto de fixação (objeto) com o ponto imagem (fóvea).
OBJETIVO: Dar indício da fixação do paciente, permitindo-nos observar onde a fixação encontra-se.
Ao incidirmos a luz no olho do paciente, a mesma tem que incidir na região macular (fóvea) e se refletir na
ANOTAÇÃO CLÍNICA
Kappa Zero: O reflexo coincide com o centro da pupila. A imagem se localiza na fóvea e a fixação é central.
29.4 QUADRO DE OPTOTIPOS
- Tabelas para Longe
- Tabelas para Perto
TIPOS DE OPTOTIPOS
✓ Snellen; Kappa Positivo: O reflexo está deslocado nasalmente. Considera-se positivo fisiológico e a fixação
✓ E direcional possivelmente será central. A imagem se localiza na fóvea, pois a fóvea possui um pequeno deslocamento
✓ Anéis de Landolt na retina, devido à inclinação do olho.
✓ Optotipos bicromáticos
✓ Optotipos para visão subnormal
✓ Optotipos de visão de perto
29.6 BICROMÁTICO
Teste utilizado para afinamento da dioptria esférica.
A&W 65 A&W 54
22. TESTE DE HIRSCHBERG
Visa avaliar o paralelismo dos eixos visuais (binocular) ligados a posição primária da visão, ou seja, ambos os
olhos estarão na mesma posição, bem como a presença ou não de estrabismo manifesto (tropias).
PARALELISMO: ambos os olhos estarão na mesma posição.
O método de Hirschberg baseia-se na premissa de que para cada 1 mm de descentração do reflexo de luz na
córnea, corresponde a 7° e para cada 1° de desvio há uma perda de 1,75 Δ. Portanto, um reflexo de luz na
margem pupilar (pupila de 4 mm), corresponde a 14°, arredondado para 15º, dando um valor real de 26,25
DP. Sendo mais uma vez arredondado para 30 DP.
TÉCNICA
• Teste binonocular
• Incidir a luz no arco interciliar do paciente.
• Distância de aproximadamente 40 cm.
• Pedir ao paciente que observe a luz.
• Observar a posição do reflexo corneal em relação ao centro da pupila.
• Observar a posição dos reflexos em ambos os olhos.
28. REFRAÇÃO
Quando a luz proveniente de um meio, incide numa superfície, a ultrapassa e passa a propagar-se em outro
meio, chamamos de refração. Ação ou efeito de refratar, de desviar a luz de sua direção normal.
ANOTAÇÃO CLÍNICA
Centrado: O reflexo de luz deve estar centrado simetricamente em ambos os olhos.
Descentrado: Em um olho centrado e no outro olho desviado, tanto nasal quanto temporal, superior ou
inferior.
Igualmente descentrado em ambas (nasal ou temporal). O reflexo igualmente descentrado em ambos os
olhos, seja temporal ou nasalmente, não há desvio manifesto, portanto, será Hirschberg centrado.
TRABALHO
29.1 CAIXA DE PROVAS OU FORÓPTERO/REFRATOR GREENS
• Lentes Esféricas Negativas
• Lentes Esféricas Positivas
• Lentes Cilíndricas Negativas
• Lentes Cilíndricas Positivas
• Prisma
• Cilindro Cruzado de Jackson
• Armação de Provas
• Furo Estenopeico
• Fenda Estenopeica
• Acessórios
A&W 55 A&W 64
Ø – ortoforia (normal)
X – exoforia Se o reflexo encontra-se no meio da pupila, o Hirschberg é 0.
E – endorforia Se o reflexo encontra-se dentro da pupila, porém descentralizado, o
XT – exotropia desvio representa 7.
XTD – exotropia direita Se o reflexo está sobre o bordo pupilar - 15.
XTE – exotropia esquerda Se o reflexo está entre o bordo pupilar e o limbo, o desvio é de 30.
ET – endotropia Se o reflexo está no limbo, o desvio é de 45.
ETD – endotropia direita
ETE – endotropia esquerda
X(T) – exotropia intermitente
E(T) – endotropia intermitente
XTA – exotropia alternante
ETA – endotropia alternante
D/E – hiperforia do OD sobre OE
ET/D – hipertropia do OE sobre OD
Pré-requisitos:
• Paciente ter binocularidade;
• Paciente não ter estrabismo manifesto;
• Paciente não possuir Nistagmo (não importa o valor, pois todo nistagmo tem bloqueio);
• Afácia
A&W 63 A&W 56
FORMAS DE AVALIAR:
Objetiva: quando o avaliador percebe o rompimento da binocularidade.
27.1 COVER TEST SIMPLES OU COVER-UNCOVER:
Determina o tipo de desvio (foria ou tropia).
Subjetiva: quando o paciente reporta ver duplo.
Tem por finalidade diagnosticar a presença de heterotropias ou heteroforias em posição primária do olhar.
Sendo um teste unilateral no qual o observador irá ocluir um olho e observar o olho contralateral.
MEIOS DE AVALIAÇÃO:
• Objeto real (palito acomodativo). TÉCNICA:
• Lanterna (luz). • Paciente olhando para o ponto de fixação.
• Lanterna (luz) + filtro. • Observador em frente ao paciente exceto em cover test ponto remoto.
• Régua de PPC/PPA ou Escala milimétrica. • Oclua o OE, e observe OD, deixe o oclusor na frente do OE por uns 3 segundos e retire.
• Verifique se há movimentos do OD no momento que oclui o OE.
TÉCNICA:
• Repita o mesmo processo agora ocluindo OD e observando OE.
PPC com O.R. (Objeto Real)
• Repita o processo para cada olho pelo menos 3 vezes.
• Teste binocular.
• Caso perceba algum movimento teremos diagnosticado uma tropia, seja constante ou intermitente.
• Colocar um objeto a frente dos olhos do paciente a 40 cm, solicitando que o mesmo fixe a parte
• Caso não observe nenhum movimento de fixação ou refixação, o paciente não possuirá desvio manifesto
superior com os 2 olhos abertos.
ou latente.
• Posicionar uma régua na lateral do rosto ou uma escala.
• Execute agora o cover test alternante para detectar heteroforias.
Subjetivo: Aproximar progressivamente o objeto até que o paciente reporte ver duplo.
Objetivo: Aproximar progressivamente o objeto e verificar qual o olho que irá desviar. O olho que
permanecer fixando será o olho dominante e o que não conseguir fixar será o dominado. 27.2 COVER ALTERNANTE:
Registra-se a distância a que um dos olhos cessa a fixação (ponto de ruptura) e qual olho. Medir a distância Determina o sentido do desvio (endo (eso), exo, hiper, hipo).
com uma régua. Ocluí-se alternadamente os olhos e observa-se se há movimento do olho que é desocluído.
Após registrar a distância a que um dos olhos cessou a fixação (ponto de ruptura), afastar o objeto até que
o paciente reporte recuperar a fixação (ponto de recuperação). TÉCNICA:
• Peça ao paciente que olhe para o optotipo a 6 metros.
PPC com Luz: O avaliador deverá proceder da mesma forma que o teste anterior, porém neste teste utilizará • Oclua o OD por 2 segundos.
a lanterna (luz). • Passe o oclusor para o OE por 2 segundos e observe se o OD direito realiza algum movimento ao ser
Aproxima-se a lanterna. Valor normal +/- 2 cm mais afastado que o PPC com OR. desocluído.
• Passe o oclusor novamente para OD e observe se o OE realiza algum movimento ao ser desocluído.
PPC com Luz + Filtro vermelho: O avaliador deverá proceder da mesma forma que o teste anterior, porém • Repita esse movimento mais duas vezes.
neste teste utilizará a lanterna (luz) + armação de prova + filtro vermelho no olho direito.
Pedir ao paciente que reporte o que está vendo (deverá ver duas cores misturadas). Observa-se ao desocluir:
Aproximar a lanterna até que o paciente veja duas cores separadas ou quando verificarmos que houve a ✓ Não há movimento, temos uma ORTOFORIA.
ruptura. Paciente irá reportar ver duas luzes, uma vermelha e outra branca, em posição horizontal ou vertical ✓ Há um movimento de dentro para PPO, temos uma endoforia ou esoforia.
(raro). ✓ Há um movimento de fora para PPO, temos uma exoforia.
Medir a distância que deverá ser +/- 2 cm mais afastada que o PPC com luz. ✓ Há um movimento de baixo para PPO, temos uma hipoforia.
✓ Há um movimento de cima para PPO, temos uma hiperforia.
ANOTAÇÃO CLÍNICA
Criança: PPC Objeto Real: dorso (nariz) ou entre 5 e 6 cm Desvio Latente: Forias = não é perceptível, são bilaterais.
Adulto Objeto Real: entre 6 e 10 cm Desvio Manifesto: Tropias = é perceptível, são uni ou bilaterais
Présbita Objeto Real: acima de 10 cm Tropia Intermitente: às vezes o olho desvia, às vezes não.
Acima de 15 cm: Insuficiência de Convergência Tropia Alternante: o olho sempre desvia
Obs.: os testes de acomodação e convergência (ppc/ppa), devem ser realizados com correção e sem
correção. Nos casos de pacientes com presbiopia, os testes devem ser realizados com a devida correção
para ponto próximo.
A&W 57 A&W 62
Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência e, por isso, o paciente
deve ter sua acomodação avaliada.
MEIOS DE AVALIAÇÃO:
• Régua de PPC/PPA.
TÉCNICA:
O teste deve ser feito com o paciente sem sua correção e depois usando sua correção para longe, qualquer
ANOTAÇÃO CLÍNICA que seja o tipo de ametropia que apresente. Inicialmente, testa-se cada olho em separado e depois os dois
olhos simultaneamente.
• SEM LIMITAÇÕES
Usa-se a face do cartão semelhante ao do teste de Snellen em tamanho reduzido.
Inicialmente, o cartão será posicionado na extremidade da régua que deverá estar apoiada no buço do
• COM LIMITAÇÕES:
paciente. Pede-se que este escolha a menor letra que consiga ver com nitidez. Lentamente aproxima-se o
Hiper Leve + Hipo Leve -
cartão do paciente até que ele reporte ter perdido a nitidez daquela letra. Quando então deve-se recuar um
Hiper Moderada ++ Hipo Moderada - -
pouco o cartão até que volta a nitidez. Faz-se a leitura da distância na régua.
Hiper Severa +++ Hipo Severa - - -
Nesse ponto, o cursor indica na escala de centímetros a distância do PPA do paciente. A resposta deve ser
interpretada em função da idade. Na mesma posição do cursor em que foi feita a leitura do PPA, encontra-
se na escala de Duane, idade para a qual aquele PPA é considerado normal.
A&W 61 A&W 58
25. DUCÇÕES
Ducções é o estudo dos movimentos que se realiza de forma monocular com a finalidade de estabelecer a
presença de limitações (paresias) ou paralisias musculares e a amplitude máxima de ação de cada músculo.
TÉCNICA:
• Teste monocular
• Paciente posicionado de forma reta e cabeça imóvel.
• Oclua o olho esquerdo e avaliar o olho direito.
• Coloque um objeto aproximadamente a 40 cm na frente do olho direito do paciente.
• Explique que deverá seguir o objeto unicamente com o olho, sem mover a cabeça.
• Mova a luz nas diferentes posições de mirada, voltando após cada movimento a PPO (posição
primária do olhar), direto em frente.
Movimento para fora = ABDUÇÃO
Movimento para dentro = ADUÇÃO
Movimento para cima = SUPRADUÇÃO 26. VERSÕES
Movimento para baixo = INFRADUÇÃO
Versões é o estudo dos movimentos conjugados dos olhos, portanto realiza-se de forma binocular.
• Avalia cada músculo no seu campo de ação. Detecta a presença de limitações (PARALISIA ou Objetivo: Avaliar o movimento conjugado dos músculos e determinar se há a presença de HIPER ou HIPO
PARESIA). funções nos músculos extra-oculares em casos onde existe visão binocular.
• O paciente deve seguir a luz sem mexer a cabeça nas 8 posições de mirada em X e retornando a
posição primária. TÉCNICA:
• Observar se o reflexo corneal está centrado em todas as posições. • Teste binocular
• Repetir o procedimento para o OE. • Paciente posicionado de forma reta e cabeça imóvel.
ANOTAÇÃO CLÍNICA • Coloque um objeto a aproximadamente 40 cm, na altura dos olhos.
SPEC – Quando normais ou SEM LIMITAÇÕES - Suave Preciso Extenso Completo • Mova o objeto nas 8 posições de mirada em H, voltando sempre entre cada uma delas à posição
primária do olhar.
Com Limitação (PARESIA OU PARALISIA): • Observe se o reflexo corneal permanece centrado em ambos os olhos. Se em alguma posição
Anota-se PARESIA ou PARALISIA seguido do músculo correspondente. diagnóstica deste reflexo se descentrar, analise qual dos músculos está falhando.
Exemplo: Paralisia do RMD (reto medial direito), Paresia do OSE (oblíquo superior esquerdo).
A&W 59 A&W 60