Camões, Poema de Miguel Torga

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Camões, poema de Miguel Torga

CAMÕES

Nem tenho versos, cedro desmedido,


Da pequena floresta portuguesa!
Nem tenho versos, de tão comovido
Que fico a olhar de longe tal grandeza.

Quem te pode cantar, depois do Canto


Que deste à pátria, que to não merece?
O sol da inspiração que acendo e que levanto,
Chega aos teus pés e como que arrefece.

Chamar-te génio é justo, mas é pouco.


Chamar-te herói, é dar-te um só poder.
Poeta dum império que era louco,
Foste louco a cantar e a louco a combater.

Sirva, pois, de poema este respeito


Que te devo e professo,
Única nau do sonho insatisfeito
Que não teve regresso!

Analise:

1º e 3º verso, existe uma anáfora em “Nem tenho versos”


Versos 2, “pequena floresta” -> antítese
Versos 7 e 8, “sol” “arrefece” antítese
Versos 9 e 10 “Chamar-te” anáfora
Versos 11 e 12 “louco” anáfora e mostra que camoes viveu intensamente
Verso 15, “nau” significa época dos descobrimentos

Primeira estrofe mostra a tentativa falhada de miguel torga a homenagear camoes

Esquema rimática:
ABAB CDCD EFEF GHGH
Rima cruzada

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