Relatorio Do Estagio
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Relatorio Do Estagio
Lista de figura…………………………………………………………………………………..i
Lista de gráficos……………………………………………………………………………….....i
Grafico1: Comparação das médias………………………………………………………………19
Gráfico 2: Percentagem de germinação………………………………………………………….20
Resumo
O presente relatório descreve as actividades realizadas na concessão e serração do Inchope
Madeira durante o estágio florestal num período de 16 semanas localizada na Província de
Sofala, Distrito de Marringue, Localidade de Fudza e na província de Manica na cidade de
Chimoio que ocupa uma área de 35200 hectares. Foi possível participar em todas actividades
exercidas pela empresa desde a colecta de semente e produção de Mudas, Maneio de rebroto,
inventário de reconhecimento, processamento e gestão florestal. Para o processo de desdobro
primário a empresa possui uma serra fita com uma capacidade de produção de mais de 50 m3 por
turno de trabalho, para análise de rendimento da serração foi mensurado dimensões de 35 toros
sem casca e as dimensões do produto secundário, onde foi observado um rendimento de
51,75464%. No viveiro florestal fez se a produção de mudas de Jambire (Milletia stuhlmanni) e
Chanfuta (Afzelia quanzensis) a partir de sementes na qual aplicou-se os métodos de quebra de
dormência para acelerar a sua germinação e os métodos aplicados foram excarifição mecânica e
excarifição mecânica e imersão em água a temperatura ambiente durante 24 e 48 horas de tempo,
onde verificou-se o maior crescimento e germinação no método de excarifição mecânica e
imersão em água a temperatura ambiente durante 24 horas de tempo.
1. INTRODUÇÃO
O Estágio Florestal visa fortalecer a relação teoria e prática baseada no princípio metodológico
de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos
adquiridos, quer na vida académica, quer na vida profissional e pessoal. Portanto, o estágio se
constitui em importante instrumento de conhecimento e de integração do estudante na realidade
social, económica e do trabalho em sua área profissional (Morin et al. 2005).
A produção de mudas florestais, entre as actividades da silvicultura é uma das mais importantes,
pois representa o início de uma cadeia de operações que visam o estabelecimento de florestas e
povoamentos. Desta forma, o sucesso da implantação e da produção florestal estão directamente
relacionados a qualidade das operações de viveiro e do seu produto, que são as mudas. A
planificação, a instalação e a operação de viveiros tem propiciado cada vez mais a actuação de
Engenheiros Florestais neste segmento. A necessidade de produzir mudas com melhor qualidade
e menor custo é um desafio constante, e que tem exigido a capacitação e actualização dos
profissionais que atuam nesta actividade (Schorn e Formento, 2003).
O Maneio Florestal contribui, de forma decisiva na sustentabilidade da produção madeireira sem
comprometer o funcionamento do ecossistema e conserva os seus processos estruturais e
funcionais. É necessário salientar que o maneio florestal, além de ser uma técnica, é também
uma estratégia política, administrativa, gerência e comercial, que utiliza princípios e técnicas
florestais no processo de intervenção do ecossistema, visando a disponibilização de seus
produtos e benefícios para usos múltiplos, de forma a garantir os pressupostos do
desenvolvimento sustentável (Silva, 2006).
florestal até a indústria florestal levando em consideração todos os meios usados para a
produção.
1.1. JUSTIFICAÇÃO
1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Geral:
Descrição das actividades realizadas durante o período de estagio na empresa INCHOPE
MADEIRA.
1.2.2. Especifico:
Executar as actividades de produção de mudas;
Realizar actividade de inventário pré-exploratório;
Realizar actividade de maneio de rebroto;
Avaliar o estado da regeneração após a exploração;
Compreender as técnicas usadas no processo de transformação da matéria-prima e avaliar
o rendimento;
Avaliar o índice de ergonomia dentro da empresa;
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS
2.1. Recursos florestais de Moçambique
O território nacional de Moçambique cobre uma área de 791 930 Km2 suportando cerca de 90%
de vegetação natural; Segundo MALLEUX (1980). Toda a floresta natural é do tipo seco tropical
(floresta de Miombo) com algumas áreas restritas de floresta sempre verde. As espécies de
Messassa (Brachystegia spiciformis) e Messassa encarnada (Julbernardia globiflora) são sempre
as componentes mais frequentes em todo o território. Sofala considera se como sendo a província
com maior variedade de madeiras valiosas (MALLEUX, 1980).
2.2.1. Sementeira
Consiste na distribuição das sementes, enterrando-as no solo, de acordo com suas próprias
exigências e nas melhores condições possíveis. A sementeira pode ser feita: directamente na
embalagem; a lanço e em fileiras (Fomento, 2003).
2.2.2. Irrigação
Na produção de mudas em recipientes, a irrigação deve ser constante e em períodos curtos,
devendo-se evitar em horários mais quentes do dia. Isto porque, a irrigação excessiva poderá
provocar o aparecimento de mudas tenras e suculentas e ocorrer a lixiviação dos nutrientes do
substrato, tornando-as pouco resistentes ao aparecimento de fungos e doenças (Fomento, 2003).
a concessão deve tomar medidas de protecção para minimiar os impactos na floresta (Sitoe e
Bila, 2008).
Dentre as várias indústrias madeireiras, as que têm maior destaque nesse ramo são: As indústrias
de aglomerados, de contraplacados, parquet, de polpa celulósica, as carpintarias e serrações.
Segundo Egas (2000), serração é uma indústria de transformação de toros em madeira serrada
usando máquinas, cujos elementos principais de trabalho são as serras.
Segundo FAO (2002), antes de começar a planificação, devem-se definir de forma clara três
aspectos fundamentais, o mapa da área florestal que servirá como fonte de abastecimento de
matéria-prima, a espécie, sendo necessário o conhecimento da tecnologia a usar no abate, arraste
e transporte dos toros tendo sempre em conta o retorno do capital, e por ultimo, é importante
obter um calculo preciso do custo de matéria-prima que a fabrica vai receber, porque este chega
a ser o maior custo na produção de madeira serrada, podendo atingir 60% dos custos totais de
produção.
De acordo com Eureka até 2001 existiam 133 unidades industriais madeireiras registadas no
pais, que processavam a madeira em toros, sendo 40 serrações, 69 serrações com carpintarias, 22
Segundo Ipex (2003), salienta que a maior parte das indústrias que actuam no sector florestal
possuem equipamentos obsoletos, facto associado à manutenção inadequada da maquinaria,
levando desta forma a constantes interrupções na produção, resultando em uma produtividade
muito baixa. Além disso, os produtos obtidos são de baixa qualidade.
Segundo Egas (2000), as serrações são classificadas com base na máquina principal de corte, no
volume de produção, ou seja, capacidade de produção e com base nas características da sua
instalação num determinado local, conforme ilustra a tabela 1.
Serra fita
Semi-permanentes
Estacionárias
Segundo Braz (s.d), a serra fita é constituída de uma lâmina de aço contínua e dentada, que se
apoia em duas polias chamadas volantes. Tem como vantagens: grande produção quantitativa,
largura de corte relativamente pequena, pode-se trocar a lâmina facilmente, menor consumo de
energia, pode ser usada para qualquer programa de corte sem seleccionar o toro.
De acordo com Williston (1988), a manutenção deste tipo de serra é bastante difícil, e está pode
ser efectuada através de um programa de manutenção preventivo concebido por um bom
planificador e executado por pessoas com formação adequada.
Segundo FAO (1982), para que se possa ter um bom funcionamento, o operador deste tipo de
serra deve ter melhores habilidades de manejar esta em relação aos outros tipos de serras. E
quando se faz uma boa manutenção e afiação adequadas permite uma boa precisão e
uniformidade nos cortes efectuados, comparando com outras serras.
De acordo com Braz (s.d), as serras circulares são constituídas por um disco de aço dentado na
periferia e que vai montado num eixo com movimento produzido por um motor ou mediante uma
polia movida por uma forca motriz.
De acordo com Chitará (2003), a manutenção das serras visa aumentar o período de duração da
lâmina no processo de corte, diminuindo dessa forma a frequência de interrupções devido o
aparecimento de problemas nas lâminas e discos.
2.7.1. Eficiência
Segundo Rocha (1999) a eficiência expressa a relação entre o volume de toros processados por
dia e o número total de funcionários envolvidos nas operações do processo de serragem dos
toros. A eficiência é afectada por alguns factores como: Tipo de espécie, disposição da
maquinaria, disponibilidade de energia, grau de mecanização e automatização da serração e a
experiência dos operadores.
As coníferas são madeiras leves, com baixa densidade e por apresentarem esse aspecto são de
fácil trabalhabilidade, logo a este tipo de madeira apresenta menores desperdícios e não exige
muito tempo para o seu processamento. Ao passo que as folhosas são caracterizadas por
apresentarem madeira mais dura, com alta densidade, por apresentarem esse aspecto a este grupo
de madeira leva muito tempo para o seu processamento e isso influencia na eficiência
operacional da serração (Cardoso, 1993).
Gomide (1974) e Rocha (2002) citam que as coníferas apresentam um rendimento de 55% a 65%
e é considerado normal, enquanto em folhosas esse mesmo rendimento varia entre 45% e 55%. A
razão desta diferença deve-se ao facto das coníferas apresentarem tronco menos tortuoso, com
menos defeitos e terem o alburno sempre utilizável.
De acordo com Rocha (2002), esquema de corte é o processo que envolve a transformação de
peças de secção circular ou oval em peças de secção rectangular ou então quadrangular, o
esquema de corte utilizado para a serragem da madeira interfere directamente no aproveitamento
da madeira. Assim a selecção de um tipo de esquema de corte deve garantir um maior
aproveitamento, produzir peças com qualidade e optimizar os parâmetros ligados ao rendimento.
Dentre vários sistemas de cortes os principais esquemas de cortes mais utilizados são:
Tangencial e radial.
2.8.1. Tangencial
De acordo com Remade (2005), o corte tangencial consiste na obtenção de peças tangenciais aos
anéis de crescimento, entretanto as indústrias madeireiras tem preferência por este tipo de corte
por apresentar maior rendimento em madeira serrada, menor largura das tábuas, também os
estudos mostram que este tipo de corte apresenta maior rapidez e permite que os empenamentos
apresentados pelas tábuas sejam corrigidos facilmente.
2.8.2. Radial
Conforme Dell Menezzi e Nahuz (1998), o sistema de corte radial caracteriza se por retirada de
peças paralelas aos raios, com finalidade de obter maior número de tábuas com as faces no
mesmo plano dos respectivos raios e os cortes com esse sistema apresentam desenhos agradáveis
formadas a partir da interacção de grã e o plano de corte. Porém para além desses benefícios o
sistema de corte radial, as tábuas apresentam menor contracção no sentido da largura o que
proporciona menor encanoamento.
Predominam no distrito 2 estações, uma quente e chuvosa que vai de Novembro a Abril e a outra
seca e fria de Maio a Outubro. Estas condições sofrem variações ao longo do distrito, devido à
influência de diferentes factores climáticos nas diferentes regiões circundantes.
Podem-se destacar, entre outros, os factores regionais (continentalidade, o relevo e a corrente de
influência marítima quente do canal de Moçambique), bem como um factor eventual,
representado pelos ciclones tropicais.
A rede hidrográfica do distrito comporta os rios Nhamapadza, Fudja, Nhanzuazua, Sambeza,
Pundza e Mupa, todos localizados no interior do distrito e, na sua maioria, com nascentes em
Manica. O rio Nhamapadza com 82 km é o maior rio do distrito, possuindo também a maior
bacia hidrográfica. Todos os rios são de regime periódico (sazonal), podendo alguns serem
classificados de riachos. De Abril em diante, os caudais começam a baixar atingindo o ponto
zero em Outubro. Os restantes rios, embora pequenos, têm uma importância significativa nas
atividades agrícolas.
3.1.3. Relevo, Solos e Vegetação.
Cobre a região semi-árida contígua ao Vale do Zambeze. Os terrenos apresentam declives quase
planos a fortemente ondulados e localmente dissecados. Para o sul compreende altitudes que
variam entre 200 a 1000 metros acima do nível médio do mar, com uma topografia ondulada.
Os solos são de textura variável, profundos a muito profundos, localmente pouco profundos,
castanho-avermelhados, sendo ainda ligeiramente lixiviados, excessivamente drenados ou
moderadamente bem drenados e, por vezes, localmente mal drenados.
Ocorrem ainda, solos aluvionares e hidromórficos ao longo das linhas de drenagem natural
associados aos dambos. São solos aluvionares que ocorrem nas zonas abrangidas pela bacia
hidrográfica do rio Zambeze, onde ocorrem solos hidromórficos orgânicos. Trata-se de terras
húmidas, baixas e depressões permanentes ou sazonalmente húmidas, evidenciando condições de
valor agrícola.
A vegetação é bastante diversificada, predominando: Floresta composta de Miombos, Floresta
fechada, Floresta serrada, Floresta arborizada, Matagal e arbustos.
3.1.4. Infra-estruturas
O distrito é atravessado pela EN1 numa extensão de cerca de 195 Km. O acesso à Sede do
distrito é feito através da EN215 (Nhamapaza-Marínguè-Chemba) com cerca de 32 Km.A rede
de telecomunicações comporta os serviços de telefonia móvel e os serviços das
Telecomunicações de Moçambique com 10 linhas fixas.
O inventário de reconhecimento é uma activada que visa quantificar as espécies florestais existe
dentro da floresta de forma quantitativa e qualitativa e a ocorrência das mesmas. Esta actividade
é realizada em cada 2 anos com objectivo de quantificar os recursos florestais existentes na área
e verificar as actividades exercidas dentro da área assim como o benefício da comunidade
(segurança social). Esta actividade foi levada a cabo com a participação da Brigada Nacional de
Inventários Florestais, onde percorreu-se toda a floresta, inclusive nas áreas habitadas pelas
comunidades locais. Colectou-se dados referentes a tipo de vegetação florestal que ocorrência na
área, espécies mais frequente e a qualidade das mesmas.
A produção de mudas teve como o início a colecta de semente, na qual, as sementes eram
colectadas dentro da florestal local (localizada na província de Sofala, distrito de Marringue,
localidade de Fudza) entre as árvores matrizes que apresentavam boa copa e fuste recto,
geralmente a colecta de semente era feita em locais onde havia grande abundancia da mesma,
primeiramente observava-se a altura da árvores, de modo a estimar-se o raio de dispersão das
sementes e em seguida iniciava-se a colecta das sementes dentro do raio estimado com base na
altura da árvore. A pois a colecta de semente fez-se a produção do substrato, na qual era baseado
em somente em argila local. Fez-se o enchimento dos vasos polietileno, quebra de dormência das
sementes baseando-se em dois métodos nomeadamente: escarificação mecânica e escarificação
mecânica com a imersão em água a temperatura ambiente (24 e 48 hora de tempo) e a devida
sementeira. Por fim fez-se a análise da germinação e crescimento das mudas, de modo a verificar
qual dos métodos é o mais eficaz para a produção de mudas Afizelia quanzensis na empresa.
Para o maneio de rebroto caminhava-se dentro da floresta com ajuda de um pisteiro com o
objectivo de localizar áreas com clareiras pós-exploração, tirava-se as coordenadas geográficas
do local com ajuda do GPS, de seguida eram observados o estado dos cepos, verificando-se a
existência de rebroto e a quantidade de rebroto no cepo. Fazia-se o desbaste dos rebrotados,
deixando-se dois rebrotos com bom crescimento e vigor de forma oposta, e por fim fazia-se o
registo do número do cepos e a respectiva espécie.
Faz-se a abertura e limpeza de aceiros em locais que fazem limite com a zona produtiva, em
florestas sob maneio florestal da empresa e em clareiras sobestado de enriquecimento, fazia-se a
abertura de aceiro com uma largura de 4 metros, essa atividade foi feita com a ajuda de enxadas
e catanas. Visto que na área da concessão é muito extensa ouve a necessidade de se fazer
queimadas frias, essa atividade era realiza nas primeiras horas do dia, onde delimitava-se uma
área e nesse mesmo período colocava-se o fogo e fazia-se o devido controlo com ajuda de ramos
de árvores, de modo a evitar com que o fogo se alastre para outra área.
4.5. Serração e Carpintaria
Localizada na Cidade de Chimoio, operando desde 1998, na qual a empresa vem produzindo
madeira serrada, parquet e mobiliários.
Para a determinação do volume dos toros foi com base na formula do Smalian.
V=Л/8*L*(Db*Dt)^2
Onde;
E para determinar o volume das tabuas obtidas em cada toro usou-se a fórmula seguinte
V=C*L*E
∑ vp
Rv = *100%
∑ vt
Onde:
Rv – rendimento volumétrico em (%), ∑vp – somatório do volume das peças, ∑vt – somatório
do volume de toros processados.
4.6. Ergonomia
Quanto a ergonomia fez-se a análise e avaliação do nível de higiene e segurança no trabalho
(HST), carga horária e função empresarial em todos sectores de produção da empresa ao longo
do estágio.
5. ANALISE E DISCUSSÃO
5.1. Inventário de reconhecimento
A concessão possui muitas comunidades vegetais, das quais as mais abundantes são:
Comunidade vegetal de Panga-panga, Ncungo, Chanfuta, Metacha, Tondo, Nfuma, Nhacafuma,
Modzo, Acacias, Ncula, Chacate preto e outras comunidades ainda não reconhecidas.
Quanto a análise da germinação e crescimento das mudas, a espécies de chanfuta mostrou-se mas
eficiente pelo método de quebra de dormência escarificação mecânica com a imersão em água a
temperatura ambiente (durante 24 hora de tempo) como ilustra o gráfico abaixo.
30
25
20
EM
15
24h
48h
10
0
Altura (cm) Cir. Base (cm) Nr deFolha
O uso do substrato de argila foi devido a grande quantidade de matéria orgânica que se apresenta
nos solos das florestas tropicais devido a decomposição de material orgânico das folhas, fezes
dos animais e restos mortas dos animais da floresta, proporcionando assim ao solo uma boa
fertilidade. Quanto a germinação foi verificado para a escarificação mecânica uma germinação
de 82.5%, para a escarificação e imersão em água a temperatura ambiente durante 24 horas de
tempo uma germinação de 96.75% e para a para a escarificação e imersão em água a temperatura
ambiente durante 24 horas de tempo uma germinação de 82%. Com base nestas percentagem
assume-se que a escarificação e imersão em água a temperatura ambiente durante 24 horas de
tempo é o melhor método para a propagação da chanfuta por meio de semente.
Percentagem de gerninação(%)
100.00%
95.00%
90.00%
Percentagem de
85.00% gerninação(%)
80.00%
75.00%
70.00%
EM 24h 48h
Metodos de quebra de dormencia
A maior parte das espécies de miombo possuem a capacidade de rebrotar a partir do cepo que
permanece no solo depois do abate da árvore, esta habilidade pode ser aproveitada para a
regeneração da floresta, especialmente das espécies preciosas e de primeira classe, as quais são
muito exploradas no país. A concessão de empresa possui como espécies com capacidade de
rebrotacão, panga-panga (Millettia stuhlmannii), chanfuta (Afizelia quanzensis), monzo
(Combretum imberbe) e messassas (Brachystegia sp), são espécies consideradas como tendo boa
capacidade de brotação. Adicionalmente, as árvores resultantes da rebrotação têm um
crescimento maior comparado com às árvores produzidas a partir de sementes.
Quanto ao enriquecimento não é ainda praticado em concessões florestais no país, mas a empresa
já realiza esta actividade em grande áreas da concessão, pós o plantio de enriquecimento é feito
sem a derruba e sem um ordenamento específico da área a plantar, facto este que proporciona
ainda mas o aumento de ocorrências das espécies comerciais dentro da concessão, as espécies
mais usadas para o enriquecimento da floresta são chanfuta, panga-panga e sândalo, estas
espécies encontram-se sob uma pressão e processo de escasseamento dentro da concessão.
O rendimento obtido encontrou-se dentro dos resultados citados por Gomide (1974), Rocha
(2002) e Oliveira et al. (2003), na qual os valores estão entre 45% a 55% para folhosas.
mobiliário como pernas de cadeiras entre outros produtos procedendo-se assim ao melhor
aproveitamento dos toros recebidos de floresta.
Mas também uma parte das sobras de madeira e costaneiras é aproveitado pelos trabalhadores
para cozinhar o seu alimento no posto de trabalho, e a serradura mais fina é vendida para a
população local para o uso como o combustível lenhoso e até mesmo casas, a mais grossa é
vendida para criadores de frango. Os resíduos não aproveitados são queimados na lixeira da
empresa.
5.7. Ergonomia
Verificou se um alto nível de higiene e segurança no trabalho (HST) em todos sectores de
produção da empresa ao longo do estágio. A falta de equipamentos de protecção completos,
protectores de ouvidos e vistas (óculos). Esta situação é muito preocupante pelo facto dos
trabalhadores estarem a operar com máquinas que produzem ruídos altos, grandes quantidades de
serradura e em alguns casos fumaça, deixando assim os trabalhadores expostos a acidentes.
Mas também verificou-se uma grande sobrecarga dos trabalhadores na unidade de trabalho, me
refiro a ergonomia física, mas especificamente na carpintaria.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização do estágio florestal foi possível concluir que a empresa Inchope Madeiras é
uma unidade de produção bem estruturada, contando com vários tipos de equipamentos
especializados no trabalho da madeira de modo a garantir uma boa qualidade do produto final
bem como produto exportado e interno, tais como parquet, mobiliário, carteiras, pranchas e toros
dentre outros produtos derivados da madeira.
A empresa compre com as exigências do plano de maneio tais como a produção de mudas, o
enriquecimento e o maneio de rebroto das espécies mais exploradas na concessão e as que
possuem a capacidade de rebrotação.
Após a realização de todo o processo de desdobro de toros na serração, segundo várias literaturas
consultadas, pode-se classificar a serração como permanente, de grande escala e tem como a
máquina principal de corte uma serra de fita.
A serração apresenta um bom rendimento no processo de desdobro principal, facto esse que está
aliado as características das máquinas usadas para esta actividade, o número de cortes efetuados,
bem como a existência de operadores capacitados e experientes para realizarem as atividades de
desdobro de toros e com muita flexibilidade.
7. RECOMENDAÇÕES
A empresa deve sensibilizar a comunidade na protecção contra as queimadas e incêndios
florestais dentro das áreas produtivas;
Recomenda-se para a empresa para que melhore a qualidade da água para irrigar as
plantas do viveiro;
Recomendo a empresa a ter respeito e consideração pelos estagiários dentro da empresa e
que cumpram com o plano do estágio;
Recomendo a empresa para que disponibilize todo o material de HST para os
trabalhadores;
Recomendo a empresa a proteger a área contra a exploração ilegal;
É necessário que a empresa procure estabelecer uma estufa de secagem de madeira, com
vista a reduzir o empenamento de peças de madeira, e melhorar ainda mais a qualidade
dos seus produtos.
Recomendo a empresa a criar mecanismo para que cada trabalhador no seu sector tenha
um ajudante para garantir a flexibilidade das actividades.
Recomendo a empresa para que possa estabelecer os blocos de exploração, isso para
garantir o controlo e a gestão da área.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
FAO (1982), Asseradores pequenos y medianos en los paises en desarollo. Guia para su
planificacion y estabelecimento. Roma. 173 pag.
GAMA, J.R.V.; BENTES-GAMA, M.M.; SCOLFORO, J.R.S. 2005. Manejo sustentado para
floresta de várzea na Amazônia oriental. R. Árvore, Viçosa-MG, v.29, n.5
IDA, I. 2005. Ergonomia: projecto e produção. São Paulo, Edgard Blucher,. 630 p.
n. 02/01.
ÍNDICE
Resumo
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2
1.1. JUSTIFICAÇÃO....................................................................................................3
1.2. OBJECTIVOS........................................................................................................4
1.2.1. Geral:..................................................................................................................4
1.2.2. Especifico:..........................................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS................................................................................5
2.2.1. Sementeira..........................................................................................................5
2.2.2. Irrigação..............................................................................................................5
2.6.5.1. Eficiência...........................................................................................................10
2.7.1. Tangencial...........................................................................................................12
2.7.2. Radial...............................................................................................................12
3.1.4. Infra-estruturas..................................................................................................15
4.6. Ergonomia............................................................................................................18
5. ANALISE E DISCUSSÃO......................................................................................19
5.7. Ergonomia............................................................................................................22
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................23
7. RECOMENDAÇÕES..............................................................................................24
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.......................................................................25
9. Anexos………………………………………………………………………………26