Ateliê de Urbanismo I

Centro
Universitário Estácio
Ateliê de Urbanismo I

Profª. Mestra Thaís Oliveira Ponte
thaisoponte@gmail.com

Leitura do espaço viário

FUNÇÃO: ASPECTOS FUNCIONAIS

Ateliê de Urbanismo I - 2017. 2 - Profª Thais Ponte

Função do Espaço Viário
-‐  Circulação de veículos motorizados

-‐  Circulação de pedestres

-‐  Circulação para bicicletas
-‐  Acessos aos lotes

Caracterização do Espaço Viário
-‐  Função: Aspectos funcionais
Aspectos operacionais
-‐  Forma : Aspectos /sicos (elementos)

Aspectos geométricos (dimensionamento)

-‐ Estrutura: Aspectos sistêmicos


HIERARQUIA

A hierarquia está relacionada à
economia de espaço viário, às
caracterísNcas do tráfego,
transporte coleNvo e uso do
solo.
A h i e r a r q u i a q u e b r a a
monotonia da regularidade de
ruas e quadras.
Para o usuário a hierarquização

tem objeNvo de orientar seus
percursos.


HIERARQUIA Define:

Tipo de operação do tráfego;

Percursos principais e
secundários;

Prioridade entre os modais de
transporte;

Rotas de transporte público;

Uso e ocupação do solo.

Projeto Urbanístico II - 2017. 1 - Profª Thais Ponte


HIERARQUIA

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A LUOS:
Para veículos (eficiência do movimento)
-‐ Expressas; e
-‐ Arteriais

Para pedestres (acesso e a qualidade do ambiente)
-‐ Coletoras;
-‐ Locais;
-‐ PaisagísNcas; e
-‐ Pedestres




Classificação Viária

I -‐ Via de Ligação Regional (VLR): vias com capacidade de absorver
elevado volume de tráfego, que suportam altos níveis de
adensamento dos lotes lindeiros, bem como equipamentos de grande

porte;

II -‐ Via Estrutural 1 (VE1): vias com capacidade de absorver
significaNvo volume de tráfego, que suportam moderados níveis de
adensamento dos lotes lindeiros, bem como equipamentos de médio
porte;

III -‐ Via Estrutural 2 (VE2): vias com capacidade de absorver moderado
volume de tráfego e que suportam baixos níveis de adensamento dos
lotes lindeiros;

Hierarquia

A rede de pedestres geralmente segue paralela a de

veículos que tece a organização espacial da cidade em
quadras.

A sobreposição da malha conTnua do transporte
motorizado impera, resultando numa série de
interrupções e separações no sistema de circulação de
pedestres.



FUNÇÃO: ASPECTOS OPERACIONAIS


Aspectos Operacionais

-‐ SenNdo da via

-‐ Semaforização
-‐ Cruzamentos
-‐ Estacionamentos
-‐ Pontos de ônibus
-‐ Pontos de táxi
-‐ Áreas de embarque e desembarque





FORMA: ASPECTOS FÍSICOS


Aspectos Físicos

-‐  Tipo de Pavimentação

-‐  Existência, Npo e disposição da Arborização
-‐  Existência, Npo e disposição do Mobiliário urbano


Aspectos Físicos (elementos)

-‐  Pista de rolamento – PR

-‐  Estacionamento – E
-‐  Canteiro central (ilha) – CC

-‐  Calçada – C (passeio – P)
-‐ Ciclovia – CV




Aspectos Físicos (conjugação dos elementos)

Rua – Via de uma única pista

Avenida – Rua larga e longa, com uma ou mais de uma
pista de rolamento

Boulevar – Avenida arborizada

Travessa – Rua estreita e curta que atravessa um
quarteirão ligando duas ruas


Beco – Rua estreita, sem calçada e sem acesso às

edificações

Praça – Logradouro público de forma quadrangular ou
circular, ornado por árvores ou jardins, circundado por vias

Largo – É uma praça sem ornamentos



D e s e n h o d o s e l e m e n t o s d a v i a t e m g r a n d e

responsabilidade sobre o desempenho das diferentes
modalidades de transportes no sistema viário, podendo vir
a esXmular ou restringir a circulação coXdiana de
pedestres e ciclistas e, principalmente, de deficientes
Zsicos.
Interfere também na valorização ou desvalorização dos

lotes.




Caixa carroçável corresponde a toda infraestrutura da via para veículos,

descontando as calçadas, ou seja, a caixa carroçável inclui: pista, canteiro central,
ciclovia e estacionamento. A faixa de veículos é parte integrante da composição
da pista de rolamento que pode ter duas ou mais faixas.




O dimensionamento dos elementos das vias
obedece a critérios diferentes segundo as suas

funções predominantes. Pedestres requerem mais
atenção às calçadas, bicicletas às ciclovias e
veículos às pistas.



FORMA: ASPECTOS GEOMÉTRICOS



Os aspectos geométricos de acordo com a
CLASSIFICAÇÃO – HIERARQUIA

-‐ Via Expressa

-‐ Via Arterial

-‐ Via Coletora
-‐ Via Local
-‐ Via PaisagísNca



Os aspectos geométricos

VIAS EXPRESSAS

São vias normalmente de duplo senXdo de tráfego, com

faixas separadas por canteiro central, com acesso
controlado por faixas laterais paralelas ou em rampas
com interconexões viárias.


Os aspectos geométricos

VIAS EXPRESSAS

Atendem majoritariamente ao tráfego de longo percurso e
passagem, com velocidade média de operação aproximada

de 80 km/h.

Não são adequadas para o tráfego não motorizado e não
permitem estacionamento.



VIA EXPRESSA – BR–116



VIA EXPRESSA – VIA EXPRESSA (esquina com Av. Pe. Anto. Tomaz)



VIAS ARTERIAIS

Vias desNnadas a absorver substancial volume de tráfego
de passagem de média e longa distância, a ligar pólos de
aNvidades, a alimentar vias expressas e estações de
transbordo e carga, conciliando estas funções com a de
atender ao tráfego local, com bom padrão de fluidez.


VIAS ARTERIAIS

VIA ARTERIAL I
Adequada às aNvidades de pequeno e médio porte com
controle parcial de acesso ao lote.

VIA ARTERIAL II
Adequada às aNvidades de pequeno porte com controle
total de acesso ao lote.



VIAS ARTERIAIS

Atendem às necessidades de um tráfego mais pesado, de
longo e médio percurso na área urbana, composto por
automóveis, ônibus e caminhões; com velocidade máxima
de 60km, não sendo permiXdo o estacionamento ao
longo da via, a não ser em recuos da calçada, devendo ser
evitado.

Ligam áreas geradoras de grandes volumes de tráfego,
devendo ser ladeadas por equipamentos de baixa geração
de viagens.



VIAS ARTERIAIS

Encontram níveis mais acentuados de poluição
atmosférica, sonora e visual, do que os demais locais da
cidade, requerendo a arborização das calçadas,
colaborando para a miNgação dos incômodos
provenientes do transporte motorizado.

Fazem parte do sistema de rotas do transporte coleXvo,
necessitando adequar os pontos de parada para
minimizar seu efeito negaNvo na capacidade viária, através
da construção de baias.


VIAS ARTERIAIS

Pode ter dois senXdos, divididos por canteiro
central, ou apresentar apenas um, desde que
fazendo parte de um binário em que a outra via
paralela acomoda a circulação de veículos em
senNdo contrário.



VIAS ARTERIAIS



VIAS ARTERIAIS

VIA ARTERIAL – AV. SANTOS DUMONT


VIAS COLETORAS

-‐  Vias desNnadas a coletar o tráfego das vias comerciais e

locais e distribuí-‐lo nas vias arteriais e expressas, a
servir de rota de transporte coleNvo e a atender na
mesma proporção o tráfego de passagem e local com
razoável padrão de fluidez.
-‐  A d e q u a d a à a X v i d a d e r e s i d e n c i a l c o m
desenvolvimento limitado de comércio e serviços.



VIAS COLETORAS

São vias principais de ligação entre duas vias arteriais ou

localidades vizinhas, prioritárias para o iXnerário de
ônibus, atendendo a circulação de pessoas e a um maior
volume de tráfego de passagem e local, com velocidade
permiNda de cerca de 40 km.
As vias coletoras, em contraste com as arteriais e locais,

não são nem inteiramente para tráfego, nem
inteiramente para pessoas.



VIAS COLETORAS

Elas distribuem o tráfego através da cidade e são

intensamente uNlizadas por automóveis e também
caminhões, embora sejam também lugares onde muitas
pessoas fazem compras e trabalham.



VIAS COLETORAS

Devido a passagem dos ônibus, nas vias coletoras
tende a localizar-‐se o comércio e os serviços que

atraem considerável número de pedestres,
ciclistas e usuários de automóveis gerando a
necessidade de calçadas confortáveis, infra-‐
estrutura para bicicletas e estacionamentos.



VIAS COLETORAS

As calçadas nas vias coletoras costumam ter um grande

número de mobiliário urbano, como telefones públicos,
lixeiras e bancas de jornal. A arborização destas vias é
importante, pois, além de amenizar a intensidade da
poluição e a temperatura ambiente, tornam os passeios
para pedestres e ciclistas mais agradáveis.



VIAS COLETORAS



VIAS COLETORAS

VIA COLETORA – Rua Andrade Furtado


VIAS LOCAIS

Vias desNnadas a atender ao tráfego local, de uso

predominante nesta via, com baixo padrão de fluidez.
Adequada a aXvidade residencial com desenvolvimento

limitado das aXvidades de comércio e serviços.



VIAS LOCAIS

-‐ São vias de tráfego de caráter essencialmente local, com espaços
desNnados à circulação de pedestres separados dos veículos
automotores em que a velocidade máxima desejável é de 30km/h.
-‐ A solicitação de tráfego tem menor influência no dimensionamento
das vias de tráfego local, onde há também uma menor demanda por
estacionamento. As calçadas requerem menor variedade de
mobiliário urbano se restringindo basicamente aos postes de
iluminação, além das árvores.
-‐ Conforme a cidade, as vias locais são bastante solicitadas por
pedestres que fazem dela um espaço de lazer coleNvo,
principalmente, onde as edificações residenciais não são projetadas
com áreas desNnadas à recreação.



VIAS LOCAIS

São vias de tráfego de caráter essencialmente local, com

espaço desNnados à circulação de pedestres separados
dos veículos automotores em que a velocidade máxima
desejável é de 30km/h.

A solicitação de tráfego tem menor influência no
dimensionamento das vias de tráfego local, onde há
também uma menor demanda por estacionamento. As
calçadas requerem menor variedade de mobiliário
urbano se restringindo basicamente aos postes de
iluminação, além das árvores.






VIAS COMERCIAIS

Via comercial desNnada ao tráfego local nas áreas
de urbanização prioritária com baixo padrão de

fluidez. Adequada às aNvidades comercial e de
serviços com desenvolvimento limitado da
aNvidade residencial.



VIAS PAISAGÍSTICAS

Via com limitado padrão de fluidez, com o objeNvo de

valorizar e integrar áreas especiais, preservação, proteção,
faixas de praia, recursos hídricos, dunas e orla maríNma.

São vias lindeiras a um recurso natural da paisagem e que
podem ser classificadas de acordo com suas respecNvas
funções no sistema viário: local, coletora ou arterial.



VIA PAISAGÍSTICA – AV. Beira-‐Mar


VIA PAISAGÍSTICA – AV. SebasXão de Abreu


FUNÇÃO: ASPECTOS SISTÊMICOS



Aspectos sistêmicos (sistema da rede viária)

-‐ Tipo irregular
-‐ Tipo xadrez

-‐ Tipo grelha
-‐ Tipo radiocêntrico
-‐ Tipo radial sobre tabuleiro xadrez
-‐ Tipo linear
-‐ Tipo orgânico


IRREGULAR


XADREZ
XADREZEOU
GRELHA
GRELHA

A. TABULEIRO DE XADREZ B. GRELHA
PROJETO URBANÍSTICO I – 2014.1 / Profa. Amíria Brasil

RADICÊNTRICO


RADIAL SOBRE XADREZ
RADIAL
SOBRE XADREZ

Projeto Urbanístico II - 2017. 1 - Profª Thais Ponte

ORGÂNICO


BIBLIOGRAFIA

LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da

Cidade.
Brasília: Fundação Calouste Gulbenkian)/)Fundação para a Ciência e a
Tecnologia, 2004.
PANERAI, Philippe. Análise Urbana. Brasília: Ed. Universidade de
Brasília, 2006. PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA. Lei de Uso e
Ocupação do Solo. Fortaleza,1996.
PREFEITURA' MUNICIPAL DE FORTALEZA. Plano Diretor Par@cipa@vo
de Fortaleza. Fortaleza 2009.

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Para o usuário a hierarquização

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