ISSAI 400 Portugues
ISSAI 400 Portugues
ISSAI 400 Portugues
MINISTROS
Aroldo Cedraz de Oliveira, Presidente
Raimundo Carreiro, Vice-presidente
Walton Alencar Rodrigues
Benjamin Zymler
Augusto Nardes
José Múcio Monteiro
Ana Arraes
Bruno Dantas
Vital do Rêgo
MINISTROS-SUBSTITUTOS
Augusto Sherman Cavalcanti
Marcos Bemquerer Costa
André Luís de Carvalho
Weder de Oliveira
Revisão da tradução
Secretaria-Geral de Controle Externo (Segecex/TCU)
Instituto Rui Barbosa (IRB)
Endereço
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Secretaria-Geral de Controle Externo
SAFS Quadra 4 Lote 1
Edifício Anexo I Sala 431
70.042-900 Brasília - DF
(61) 3316 7322
Fax (61) 3316 7535
segecex@tcu.gov.br
Ouvidoria
0800 644 1500
ouvidoria@tcu.gov.br
APRESENTAÇÃO
O Tribunal de Contas da União apresenta à sociedade a tradução do nível 3 das Normas Internacionais
das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI), desenvolvidas pela Organização Internacional das Entidades
Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI).
As normas de nível 3 abrangem os princípios fundamentais de auditoria do setor público (ISSAI 100),
de auditoria financeira (ISSAI 200), de auditoria operacional (ISSAI 300) e de auditoria de conformidade
(ISSAI 400).
A ISSAI 100 estabelece os princípios fundamentais aplicáveis a todos os trabalhos de auditoria do setor
público, independentemente do contexto da auditoria, que devem ser observados quando da sua execução.
As ISSAIs 200, 300 e 400, tratam especificamente dos princípios fundamentais associados aos três
tipos de auditoria e abrangem as particularidades inerentes a cada trabalho e seu escopo de realização.
O objetivo do TCU, ao divulgar esses documentos, é o de disseminar, no Brasil e nos países de língua
portuguesa, os padrões internacionalmente aceitos para auditorias governamentais, de modo a apoiar os
profissionais dedicados à nobre tarefa de fiscalizar o uso de recursos públicos em benefício de toda sociedade.
Aroldo Cedraz
Presidente do Tribunal de Contas da União
As Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI) são emitidas pela
ISSAI 400
ISSAI XX ± Title
INTOSAI, a Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores. Para mais
informações visite www.issai.org
INT OSAI
Princípios Fundamentais de
Auditoria de Conformidade
INTO S AI C o mit ê d e No r ma s P ro f i s si o n ai s
PSC - Secretaria
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IN TO S AI
EXPERIENTIA MUTUA
EXP ERIENTIA M UTUA
OMNIBUS PRODEST
OMNIBUS
P RODEST
E-MAIL: intosai@rechnungshof.gv.at;
WORLD WIDE WEB: http://www.intosai.org
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 1
PROPÓSITO E APLICABILIDADE DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA DE
CONFORMIDADE ................................................................................................................................................ 1
MARCO REFERENCIAL PARA AUDITORIA DE CONFORMIDADE .................................................................. 2
O objetivo da auditoria de conformidade ......................................................................................................... 2
Características da auditoria de conformidade ................................................................................................. 3
As diferentes perspectivas da auditoria de conformidade .............................................................................. 4
Auditoria de conformidade relacionada à auditoria de demonstrações financeiras .................................... 4
Auditoria de conformidade conduzida separadamente ............................................................................... 5
Auditoria de conformidade combinada com auditoria operacional .............................................................. 5
ELEMENTOS DA AUDITORIA DE CONFORMIDADE ........................................................................................ 5
Normas e critérios ........................................................................................................................................... 5
Objeto .............................................................................................................................................................. 6
As três partes na auditoria de conformidade ................................................................................................... 6
Asseguração na auditoria de conformidade .................................................................................................... 7
PRINCÍPIOS DA AUDITORIA DE CONFORMIDADE ......................................................................................... 7
Princípios gerais .............................................................................................................................................. 8
Julgamento e ceticismo profissionais .......................................................................................................... 8
Controle de qualidade .................................................................................................................................. 8
Gestão de equipes de auditoria e habilidades ............................................................................................. 8
Risco de auditoria ........................................................................................................................................ 9
Materialidade................................................................................................................................................ 9
Documentação ........................................................................................................................................... 10
Comunicação ............................................................................................................................................. 10
Princípios relacionados ao processo de auditoria ......................................................................................... 10
Planejando e formatando uma auditoria de conformidade ........................................................................ 10
Evidência de auditoria ................................................................................................................................ 12
Avaliando evidência e formando conclusões ............................................................................................. 13
Relatando ................................................................................................................................................... 13
Monitorando ............................................................................................................................................... 14
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
INTRODUÇÃO
5. A ISSAI 400 fornece às EFS uma base para a adoção ou o desenvolvimento de normas e
diretrizes de auditoria de conformidade. Os princípios da ISSAI 400 podem ser usados de
três formas:
1
ISSAI 400 e ISSAI 4000-4999
1
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
... Conduzimos nossa auditoria em conformidade com [normas], que são baseadas
em [ou consistentes com] os Princípios Fundamentais de Auditoria (ISSAI 100-199)
das Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores.
A referência pode ser incluída no relatório de auditoria ou comunicada pela EFS de uma
forma mais geral, abrangendo uma gama definida de trabalhos.
10. A ³ISSAI 100 ± Princípios Fundamentais de Auditoria no Setor Público´ fornece maiores
informações sobre as exigências relacionadas aos Princípios Fundamentais da INTOSAI.
11. Quando as Diretrizes Gerais de Auditoria (ISSAI 1000-4999) são usadas como padrões
obrigatórios para auditorias de conformidade conduzidas em conjunto com uma auditoria
de demonstrações financeiras, os auditores do setor público devem respeitar as exigências
tanto das Diretrizes de Auditoria de Conformidade (ISSAI 4000-4999) como das Diretrizes
de Auditoria Financeira (ISSAI 1000-2999)2
2
Atualmente ISSAI 1000-1810.
2
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
13. O objetivo da auditoria de conformidade do setor público, portanto, é permitir que as EFS
avaliem se as atividades das entidades do setor público estão de acordo com as normas
que as regem. Isso envolve relatar o grau em que a entidade auditada cumpre com os
critérios estabelecidos. O relatório pode variar entre breves opiniões padronizadas e vários
formatos de conclusões, apresentadas de forma curta ou de forma longa. A auditoria de
conformidade pode ser relacionada com a legalidade (aderência a critérios formais tais
como leis, regulamentos e acordos aplicáveis) ou com a propriety4 (observância aos
princípios gerais que regem a gestão financeira responsável e a conduta de agentes
públicos). Enquanto a legalidade é o foco principal da auditoria de conformidade, a
propriety pode também ser pertinente dado o contexto do setor público, no qual existem
certas expectativas relacionadas à gestão financeira e à conduta dos agentes públicos.
Dependendo do mandato da EFS, o escopo da auditoria pode, portanto, incluir aspectos
de propriety.
14. A auditoria de conformidade pode também levar as EFS com poderes jurisdicionais a
proferir julgamentos e aplicar sanções aos responsáveis pela gestão de recursos públicos.
Algumas EFS são obrigadas a encaminhar os fatos passíveis de processo criminal às
autoridades judiciais. Nesse contexto, o objetivo da auditoria de conformidade pode ser
estendido e o auditor deve levar em consideração os requisitos específicos relevantes ao
definir a estratégia e o planejamento da auditoria, e ao longo de todo o processo de
auditoria.
15. A auditoria de conformidade pode cobrir uma ampla variedade de objetos e pode ser
realizada para fornecer asseguração razoável ou limitada, utilizando diversos tipos de
critérios, procedimentos de obtenção de evidências e formatos de relatório. As auditorias
de conformidade podem ser trabalhos de certificação ou de relatório direto, ou ambos ao
mesmo tempo. O relatório de auditoria pode ser apresentado em formato longo ou curto e
as conclusões podem ser expressas de várias formas: como uma declaração escrita,
simples e clara, de opinião sobre a conformidade, ou como uma resposta mais elaborada a
questões específicas de auditoria.
3
Ver parágrafos 28-29 sobre conceitos de normas.
4
Nota de tradução: não foi encontrado um bom termo como tradução de Propriety, que possui o sentido de propriedade, adequação,
que vão além de critérios de mera legalidade.
3
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
19. Em certos países, a EFS é um tribunal, composto por juízes, com autoridade sobre os
contabilistas do Estado e outros agentes públicos que lhe devem prestar contas. Essa
função jurisdicional requer que a EFS assegure que quem quer que seja responsável pela
governança sobre recursos públicos responda por eles e, nesse sentido, esteja sujeito à
sua jurisdição. Existe uma importante relação de complementaridade entre essa
autoridade jurisdicional e as características da auditoria de conformidade. Isso pode
implicar requisitos adicionais para os auditores que operam em um ambiente com papel
jurisdicional, como um tribunal de contas.
20. A auditoria de conformidade pode ser parte de uma auditoria combinada que pode também
incluir outros aspectos. Apesar de existirem outras possibilidades, a auditoria de
conformidade geralmente é conduzida de um ou outro modo a seguir:
22. A auditoria de conformidade com normas pertinentes é em geral uma parte importante do
mandato de uma EFS, na qual é combinada com a auditoria de demonstrações financeiras
como parte do relatório sobre a execução dos orçamentos públicos.
4
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
24. A ISSAI 4200 fornece orientação para a auditoria de conformidade em combinação com a
auditoria de demonstrações financeiras. Essas diretrizes devem ser lidas juntamente com
as Diretrizes de Auditoria Financeira (ISSAI 1000-2999).
27. Os elementos de auditoria do setor público são descritos na ISSAI 100. Essa seção
descreve aspectos adicionais dos elementos relacionados à auditoria de conformidade,
que devem ser identificados pelo auditor, antes de iniciar a auditoria.
Normas e critérios
28. Normas são os elementos mais fundamentais da auditoria de conformidade, uma vez que
a estrutura e o conteúdo das normas fornecem os critérios de auditoria e, portanto, formam
a base de como a auditoria deve proceder sob um ordenamento constitucional específico.
29. As normas podem incluir regras, leis e regulamentos, resoluções orçamentárias, políticas,
códigos estabelecidos, termos acordados ou os princípios gerais que regem a gestão
financeira responsável do setor público e a conduta de agentes públicos. A maioria das
5
Conforme ISSAI 1250.
6
Nota de tradução: Tradução de effectiveness. Esse termo em inglês abrange dois conceitos diferentes na língua portuguesa:
efetividade (conceito relacionado aos resultados) e eficácia (conceito relacionado ao grau de alcance das metas programadas).
5
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
normas têm origem nas premissas básicas e decisões do legislativo nacional, mas podem
ser emitidas em um nível inferior da estrutura organizacional do setor público.
30. Por causa da variedade de possíveis normas, elas podem ter disposições mutuamente
conflitantes e estar sujeitas a diferentes interpretações. Além disso, normas subordinadas
podem não ser consistentes com os requisitos ou limites permitidos pela legislação, e pode
haver lacunas legislativas. Como resultado, para avaliar a conformidade com normas no
setor público, é necessário ter conhecimento suficiente da estrutura e conteúdo dessas
normas. Isso é de particular importância quando se trata de identificar os critérios de
auditoria, pois as fontes dos critérios podem, em si, influir na auditoria, tanto na
determinação do escopo, quanto no desenvolvimento dos achados de auditoria.
Objeto
34. O objeto depende do mandato da EFS, das normas pertinentes e do escopo da auditoria.
Por isso, o conteúdo e o escopo do objeto da auditoria de conformidade podem variar
bastante. O objeto de uma auditoria pode ser geral ou específico. Alguns tipos de objeto
são quantitativos e, muitas vezes, facilmente mensuráveis (por exemplo, pagamentos que
não satisfazem certas condições), enquanto outros são qualitativos e mais subjetivos por
natureza (por exemplo, o comportamento ou a aderência a requisitos processuais).
35. A auditoria de conformidade é baseada em uma relação de três partes, na qual o auditor
tem como objetivo obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, a fim de expressar
uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos usuários
previstos, que não seja a parte responsável, acerca da mensuração ou avaliação de um
objeto de acordo com critérios aplicáveis.
6
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
37. A ³parte responsável´ é o poder executivo do governo e/ou sua hierarquia subjacente de
agentes públicos e entidades responsáveis pela gestão de recursos públicos e pelo
exercício de autoridade sob o controle do legislativo. A parte responsável em auditoria de
conformidade é responsável pelo objeto da auditoria.
38. Os usuários previstos são as pessoas, organizações ou grupos destas, para quem o
auditor elabora o relatório de auditoria. Na auditoria de conformidade, os usuários
geralmente incluem o legislativo, como representantes do povo, que são os usuários finais
dos relatórios de auditorias de conformidade. O legislativo toma decisões e estabelece
prioridades relacionadas ao cálculo e propósito de despesas e receitas do setor público. O
usuário primário em auditorias de conformidade é, frequentemente, a entidade que emitiu
as normas identificadas como critérios de auditoria.
39. A relação entre as três partes deve ser vista no contexto de cada auditoria e pode ser
diferente em trabalhos de relatório direto em comparação com trabalhos de certificação. A
definição das três partes também pode variar de acordo com as entidades do setor público
envolvidas.
41. Auditoria de conformidade realizada para obtenção asseguração aumenta a confiança dos
usuários previstos quanto à informação fornecida pelo auditor ou por outra parte. Na
auditoria de conformidade, existem dois níveis de asseguração: asseguração razoável,
transmitindo que, na opinião do auditor, o objeto está ou não em conformidade, em todos
os aspectos relevantes, com os critérios estabelecidos; e asseguração limitada,
transmitindo que nada veio ao conhecimento do auditor para fazê-lo acreditar que o objeto
não está em conformidade com os critérios. Tanto a garantia razoável quanto a limitada
são possíveis nos trabalhos de relatório direto e nos de certificação em auditoria de
conformidade.
7
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
Princípios gerais
Controle de qualidade
8
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
Risco de auditoria
Materialidade
9
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
Documentação
Comunicação
49. Os auditores devem manter uma comunicação eficaz durante todo o processo de
auditoria.
A comunicação está presente em todos os estágios da auditoria; antes do início da
auditoria, durante o planejamento inicial, durante a auditoria propriamente dita, e na fase
de relatório. Quaisquer dificuldades significativas encontradas durante a auditoria, assim
como os casos de não conformidade relevante, devem ser comunicadas ao nível de
adequado da administração ou aos responsáveis pela governança. O auditor deve também
informar à parte responsável dos critérios da auditoria.
Escopo de auditoria
Objeto e critérios
10
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
O objeto pode assumir várias formas e ter uma variedade de características. Ao identificar
o objeto, o auditor deve empregar julgamento e ceticismo profissionais para analisar a
entidade auditada e avaliar a materialidade e o risco.
O objeto deve ser identificável e deve ser possível avaliá-lo em relação aos critérios
adequados. Deve ser de tal natureza que permita que a obtenção de evidência de auditoria
suficiente e apropriada para fundamentar o relatório, a conclusão ou a opinião de auditoria.
O auditor deve identificar critérios adequados para fornecer uma base para a avaliação da
evidência de auditoria e para desenvolver achados e conclusões de auditoria. Os critérios
devem estar disponíveis para os usuários previstos e para outros, conforme o caso.
Devem também ser comunicados à parte responsável.
Entendendo a entidade
52. Os auditores devem entender a entidade auditada à luz das normas relevantes.
A auditoria de conformidade pode abranger todos os níveis do executivo e pode incluir
vários níveis administrativos, tipos de entidades e combinações de entidades. O auditor
deve, portanto, estar familiarizado com a estrutura e as operações da entidade auditada e
com seus procedimentos para alcançar a conformidade. O auditor usará esse
conhecimento para determinar a materialidade e avaliar o risco de não conformidade.
Avaliação de risco
54. Os auditores devem realizar uma avaliação de risco para identificar riscos de não
conformidade.
À luz dos critérios de auditoria, do escopo de auditoria e das características da entidade
auditada, o auditor deve realizar uma avaliação de risco para determinar a natureza, época
e extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados. Nisso, o auditor deve
considerar os riscos de que o objeto não venha a cumprir com os critérios. A não
conformidade pode surgir devido a fraude, erro, a natureza inerente do objeto e/ou a
circunstâncias da auditoria. A identificação dos riscos de não conformidade e seu potencial
impacto nos procedimentos de auditoria devem ser considerados durante todo o processo
11
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
de auditoria. Como parte da avaliação de risco, o auditor deve avaliar quaisquer casos
conhecidos de não conformidade, a fim de determinar se são relevantes.
Risco de fraude
Evidência de auditoria
57. Auditores devem reunir evidência de auditoria suficiente e apropriada para cobrir o
escopo de auditoria.
O auditor deve reunir evidência de auditoria suficiente e apropriada para fornecer a base
para a conclusão ou opinião. Suficiência é uma medida da quantidade de evidência,
enquanto adequação se relaciona com a qualidade da evidência ± sua relevância,
validade e confiabilidade. A quantidade de evidência requerida depende do risco de
auditoria (quanto maior o risco, provavelmente mais evidência será requerida) e da
qualidade de tais evidências (quanto maior a qualidade, menos evidência será requerida).
Dessa forma, a suficiência e adequação da evidência estão inter-relacionadas. No entanto,
a simples obtenção de mais evidência não compensa sua baixa qualidade. A confiabilidade
da evidência é influenciada por sua fonte e natureza, e depende das circunstâncias
específicas nas quais foi obtida. O auditor deve considerar tanto a relevância quanto a
confiabilidade da informação a ser usada como evidência de auditoria, e deve respeitar a
confidencialidade de toda evidência de auditoria e informação recebida.
12
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
escopo da auditoria. Como o objeto pode ser qualitativo ou quantitativo, o auditor focará na
evidência qualitativa, quantitativa ou na combinação de ambas, de acordo com o escopo
da auditoria. A auditoria de conformidade, desse modo, inclui uma variedade de
procedimentos para a coleta de evidências tanto de natureza quantitativa quanto
qualitativa.
Se a evidência de auditoria obtida de uma fonte for inconsistente com a que foi obtida de
outra, ou se houver quaisquer dúvidas sobre a confiabilidade da informação a ser usada
como evidência, o auditor deve determinar quais modificações ou adições aos
procedimentos de auditoria resolveriam a questão, e considerar as implicações, se houver,
para outros aspectos da auditoria.
Relatando
13
ISSAI 400 ± Princípios Fundamentais de Auditoria de Conformidade
O relatório pode variar entre breves opiniões padronizadas e várias formas de conclusões
e pode ser apresentado de forma longa ou curta. Independentemente da apresentação, o
relatório deve ser completo, preciso, objetivo, convincente e tão claro e conciso quanto o
objeto permitir. Quaisquer limitações no escopo da auditoria devem ser descritas. O
relatório deve claramente declarar a relevância dos critérios utilizados e o nível de
asseguração fornecido.
A conclusão pode tomar a forma de uma clara declaração escrita de opinião sobre a
conformidade, frequentemente em adição à opinião sobre demonstrações financeiras.
Pode também ser expressa com uma resposta mais elaborada a questões de auditoria
específicas. Enquanto uma opinião é comum em trabalhos de certificação, a resposta a
questões específicas de auditoria é frequentemente mais utilizada em trabalhos de
relatório direto. Quando uma opinião é fornecida, o auditor deve declarar se é não
modificada ou se foi modificada com base na avaliação de relevância e de abrangência.
Emitir uma opinião normalmente exigirá uma estratégia e uma abordagem de auditoria
mais elaboradas.
1 Título
2 Destinatário
3 Escopo de auditoria, incluindo o período coberto
4 Identificação ou descrição do objeto
5 Critérios identificados
6 Identificação das normas de auditoria aplicadas na realização do trabalho
7 Um resumo do trabalho realizado
8 Achados
9 Uma conclusão/opinião
10 Respostas da entidade auditada (quando apropriado)
11 Recomendações (quando apropriado)
12 Data do relatório
13 Assinatura
Monitorando
14