Manual - Biosseguranca ACD
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Odontologia
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA
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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA 2004
SUMÁRIO
5 Desinfecção ............................................................................................................ 13
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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA 2004
1 COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA
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- reduzir o risco de contaminação cruzada no ambiente de tratamento;
Este trabalho visa ao bem comum. Considerando que "os profissionais das
equipes de saúde bucal devem estar devidamente informados e atentos aos riscos
ocupacionais inerentes às atividades desenvolvidas", é responsabilidade de todos
contribuir para o cumprimento das normas propostas, bem como para a manutenção de
um ambiente de trabalho seguro e saudável.
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reduzidas se o profissional distinguir o ambiente de atuação e o risco potencial de
transmissão dos instrumentos e materiais utilizados.
Áreas não críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos pacientes ou às
quais estes não têm acesso. Essas áreas exigem limpeza constante com água e sabão.
Ex. sala de espera, corredores e recepção.
Áreas contaminadas - superfícies que entram em contato direto com matéria orgânica
(sangue, secreções ou excreções), independentemente de sua localização. Exigem
desinfecção com remoção da matéria orgânica e limpeza com água e sabão. Ex. clínicas,
escovódromos e laboratórios.
Artigos críticos - são aqueles que penetram nos tecidos subepiteliais da pele e mucosa,
sistema vascular ou em outros órgãos isentos de microbiota própria. Ex.: instrumentos
de corte ou ponta, artigos cirúrgicos - pinças, afastadores, fios de sutura, catéteres,
drenos - e soluções injetáveis.
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- processo: lavagem e esterilização.
Artigos semicríticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa íntegra e/ou
pele não íntegra. Ex.: material para exame clínico (pinça, sonda e espelho),
condensadores, moldeiras, porta-grampos.
Artigos não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não
entram em contato direto com o paciente. Ex.: termômetro, equipo odontológico,
superfícies de armários e bancadas, aparelhos de raios X.
- processo: lavagem.
Procedimento não crítico - todo procedimento em que não haja a presença de sangue,
pus ou outras secreções orgânicas, inclusive saliva.
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3 ESTERILIZAÇÃO POR PROCESSO FÍSICO
O calor seco gerado em estufa elétrica (forno de Pasteur) é de uso limitado pois
sua penetração e distribuição dentro da câmara não se faz de maneira uniforme, além do
que o processo requer um tempo de exposição mais prolongado a altas temperaturas,
sendo inadequado para certos materiais, tais como tecidos e borrachas. A estufa deve
possuir um termômetro que indica a temperatura atingida no interior e um termostato
responsável pela manutenção da temperatura desejada. Deve-se colocar as caixas
maiores nas prateleiras superiores e as menores nas inferiores facilitando a condução de
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calor, sem encostá-las na parede da estufa, nem encostar o bulbo do termômetro nas
caixas.
Importante:
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- ao término da atividade clínica, os instrumentos devem ser mergulhados na
solução por 5 a 10 minutos, e, depois, bem escovados e enxaguados sob água
corrente;
3.4 Acondicionamento
Para autoclave:
Para estufa:
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3.5 Prazo de validade
ATENÇÃO: Caso o pacote esterilizado seja aberto e não utilizado, deve-se considerá-
lo contaminado, necessitando ser submetido ao processo de esterilização novamente. O
mesmo é indicado para pacotes que estejam rasgados.
4.1 Limpeza
4.2 Entrega
4.3 Retirada
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4.4 Validade
Na esterilização em autoclave
A B C
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D E F
G H
5 DESINFECÇÃO
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5.1 Descontaminação de instrumentos
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6 USO DE BARREIRAS NAS SUPERFÍCIES
6.1 Barreiras
“É mais fácil, mais seguro e mais correto evitar a contaminação com o uso de
barreiras, que descontaminar uma superfície suja, ou tentar eliminá-la depois que
ocorreu ou pretender que o processo de desinfecção mate todos microorganismos que se
acumularam sobre a superfície desprotegida” (“SCHAEFER”, 1994).
- baixo custo;
- impermeabilidade;
6.1.2 – Materiais
- folha de alumínio;
- plástico;
- PVC;
- polipropileno.
6.1.3 Uso
- interruptor;
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- alça do refletor;
- botoneira;
- comandos da cadeira;
- mangueiras;
7.1.1 Luvas
Sempre que houver possibilidade de contato com sangue, saliva contaminada por
sangue, contato com a mucosa ou com superfície contaminada, o profissional deve
utilizar luvas. Embora as luvas não protejam contra perfurações de agulhas, está
comprovado que elas podem diminuir a penetração de sangue em até 50% do seu
volume. As luvas não são necessárias enquanto se faz o contato social com o paciente,
tomada do histórico, medição da pressão sangüínea ou procedimentos similares. Luvas
não estéreis são adequadas para exames e outros procedimentos não cirúrgicos; luvas
estéreis devem ser usadas para os procedimentos cirúrgicos.
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Uso das luvas
- a ação dos agentes desinfetantes, óleos, loções oleosas e tratamentos térmicos, como o
uso do autoclave, podem determinar sua deterioração;
Tipos de luvas
- sobreluvas de PVC;
- a parte externa das luvas NÃO deve ser tocada na sua remoção;
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- as luvas devem ser checadas quanto à presença de rasgos ou furos antes e
depois de colocadas, devendo ser trocadas, caso isso ocorra;
- superfícies ou objetos fora do campo operatório NÃO podem ser tocados por
luvas usadas no tratamento do paciente. Recomenda-se a utilização de sobre-
luvas ou pinças esterilizadas;
- retirar a luva esquerda (E) com a mão direita, pela dobra do punho. Levantá-
la, mantendo-a longe do corpo, com os dedos da luva para baixo. Introduzir a
mão esquerda, tocando apenas a dobra do punho;
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- após o uso, retirar as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho, e
a segunda pelo lado interno.
7.1.2 Máscaras
- não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no
pescoço;
- devem ser descartadas nos locais apropriados, após o uso em cada turno
devem ser removidas enquanto o profissional estiver com luvas. Nunca com
as mãos nuas;
- para sua remoção, devem o mínimo possível ser manuseadas e somente pelos
bordos ou cordéis, tendo em vista a contaminação;
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7.1.3 Óculos de proteção
Cuidados
A limpeza dos óculos de proteção ou protetores faciais deve ser realizada através
da sua lavagem e desinfecção com álcool 70%, após cada procedimento.
7.1.4 Aventais
O modelo de avental indicado é: de cor branca, gola alta do tipo "gola de padre",
com mangas longas e punho (de elástico ou ribana) comprimento 3/4, sendo mantido
sempre abotoado até o pescoço.
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- devem ser retirados na própria clínica. Apresentando qualquer sujidade,
deverão ser retirados com cuidado e colocados em sacos de plástico, para
posterior limpeza. Com essa atitude, evita-se a veiculação de
microorganismos da clínica para outros ambientes, inclusive o doméstico.
7.1.5 Gorros
- devem ser trocados sempre que contaminados por fluidos como aerossóis
advindos de diversos procedimentos e de exposição à saliva e à sangue nos
atos de cirurgia.
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Por ser tão importante a lavagem das mãos gerou regras como:
- o lavatório deve contar com: dispositivo que dispense o contato de mãos com o
volante da torneira ou do registro quando do fechamento da água; toalhas de papel;
sabonete líquido;
- no início do dia;
- ensaboar as mãos;
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- esfregar o sabão em todas as áreas, com ênfase particular nas áreas ao redor
das unhas e entre os dedos, por um mínimo de 15 segundos antes de
enxaguar com água fria. Dar atenção especial à mão não dominante, para
certificar-se de que ambas as mãos fiquem igualmente limpas. Obedecer a
seqüência:
- polegar;
- articulações;
- punhos.
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Lavagens das Mãos
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- eliminar a microbiota transitória, constituída por contaminantes recentes
adquiridos do ambiente e que ficam na pele por períodos limitados;
O preparo cirúrgico ou degermação cirúrgica das mãos e antebraços deve ser realizado
antes de cirurgias e procedimentos invasivos (procedimentos críticos). O tempo
necessário para realizar o preparo cirúrgico varia com o tamanho da superfície. Porém,
para efeito de padronização, recomenda-se um período de 5 minutos. A escovação visa
remover microorganismos e sujidades de locais de difícil acesso, como pregas cutâneas
e unhas e deve-se restringir a esses, pelo risco de causar lesões de pele que favoreçam a
proliferação microbiana. As escovas devem ser de cerdas macias, descartáveis ou
devidamente esterilizadas.
- limpar sob as unhas. As unhas são áreas comuns para impacção de sangue e
este sangue não é facilmente removido pelas técnicas de lavagem das mãos.
Portanto, devem ser mantidas curtas e palitos de plástico ou de madeira
podem ser utilizados para limpá-las;
- sempre que realizar trabalhos fora da clínica, que possam prejudicar as mãos,
usar luvas domésticas de borracha;
8 ACIDENTES DE TRABALHO
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- durante o trabalho, a passagem das seringas sobre o paciente deve ser
minimizada ou totalmente eliminada, se possível;
ATENÇÃO: A seriedade dos acidentes nas clínicas exige de todos muito cuidado. Por
isso, é importante que:
- após a utilização de brocas (sejam elas de qualquer tipo), seja feita sua
retirada imediatamente;
A orientação que será descrita abaixo deverá ser seguida sempre que houver
algum tipo de acidente com instrumental pérfuro-cortante em qualquer parte do corpo
(dedos, mãos, braços, cotovelo). O tempo decorrido entre um acidente e outro não
mudará em nada a orientação. Caso o aluno, professor ou funcionário envolvido no
acidente se negar a realizar os procedimentos recomendados, o mesmo deverá assinar
um termo de compromisso.
PRIMEIRO:
ATENÇÃO: Não usar substâncias cáusticas como hipoclorito de sódio e não provocar
maior sangramento do local ferido, por serem atitudes que aumentam a área lesada e,
conseqüentemente, maior exposição ao material infectante.
SEGUNDO:
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pela Comissão de Biossegurança para esse fim. Esse funcionário irá
solicitar um veículo da UNISC para transporte do aluno acidentado e de
um acompanhante, se necessário, ao Centro Municipal de Atendimento a
Sorologia – CEMAS. Caberá a esse funcionário orientar o motorista
quanto ao endereço do CEMAS (Rua.........................................., nº..........
– Fone: 3711 3883). O funcionário também informará ao CEMAS que o
acidentado está se encaminhando para lá ou, não sendo horário de
atendimento do mesmo, ligará para um dos médicos que prestam
atendimento no CEMAS para orientações gerais; sendo necessária a
medicação antiretroviral, o funcionário avisará ao SIS e encaminhará o
acidentado para lá ou para o plantão do SUS (Rua Ernesto Alves, nº...... –
fone: ...................) a fim de receber a medicação, que é fornecida
gratuitamente.
TERCEIRO:
No CEMAS
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- apresentar-se à ela, que encaminhará o acidentado para conversar com
um dos funcionários do CEMAS (enfermeira, assistente social, psicólogo
ou médico);
11 CUIDADOS EM RADIOLOGIA
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- quando não for possível usar o posicionador e o filme embalados com
plástico, o operador deverá solicitar a ajuda de um auxiliar para
posicionar o cilindro localizador. Nos casos em que o operador estiver
sozinho, deverá cobrir o cabeçote do aparelho e o botão disparador com
plástico. Os posicionadores (mesmo usados com plástico) após o uso
deverão ser lavados com água e detergente e desinfetados em álcool
70%;
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Técnica para desinfecção de moldes:
- secar;
- vazar modelo.
Obs.: Algumas próteses podem requerer limpeza antes da desinfecção. Essa deve ser
feita no consultório, com o uso de instrumentos manuais e/ou limpador ultra-sônico.
Para esse último, colocar a peça num saco de plástico com fecho ou bequer de vidro e
acionar o aparelho por 3 a 10 minutos com água. Em alguns casos o desinfetante pode
ter que ser substituído por um tipo especial de solução para limpeza ultra-sônica.
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CUIDADO DURANTE O MANUSEIO DE PRÓTESES
Uso de brocas e pedras: todas as brocas e pedras usadas no laboratório devem ser
esterilizadas antes do uso e empregadas para material de um único paciente, antes de
serem esterilizadas novamente.
Tornos e ventilação: como trabalho com o torno odontológico tanto pode causar uma
difusão da infecção, e também um ferimento. A ação rotatória dos discos, pedras e tiras
gera aerossóis, respingos e projéteis. Sempre que o torno for usado, deve-se colocar
óculos protetores, abaixar o protetor de plexiglas e acionar o sistema de ventilação. É
altamente recomendado o uso de máscara. TODOS os acessórios, como pedras, discos
de pano e tiras devem ser esterilizados entre usos ou jogados fora. O torno deve ser
desinfetado ao final de cada período de aula clínica.
Casos intermediários: tanto as próteses parciais como as totais passam por estágios
intermediários de experimentação em cera. Coroas unitárias, pontes e armação de
próteses parciais freqüentemente são testadas antes da cimentação ou soldagem. Elas
devem ser desinfetadas antes de serem devolvidas ao laboratório. Na maioria dos casos,
os procedimentos são os mesmos descritos para o trabalho terminado.
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13 MANEJO DE MATERIAL BIOLÓGICO (Fragmento de Tecido Humano
Advindo de Biópsias)
14 DENTES EXTRAÍDOS
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depois livrados do material aderente, através de escovação com
detergente e água;
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não para o lixo comum. Caso a caixa de descarte esteja no seu nível
máximo, a troca poderá ser solicitada pelos alunos na central de
distribuição da clínica;
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Rotina para procedimentos clínicos
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12. Lavar as mãos e calçar as luvas para atendimento;
15. Calçar luvas de borracha, recolher o instrumental para lavagem, remover todas as
barreiras e realizar a desinfecção de superfícies.
Material descartável:
- Gaze, algodão, sugador, pontas plásticas deverão ser colocados em saco plástico
resistente utilizado como lixeira, preso por fita adesiva à mesa auxiliar.
Instrumental
- secar bem;
- acondicionar.
- lavar as mãos.
A limpeza das clínicas deve ser feita após os atendimentos de cada período
diariamente por alunos, auxiliares de clínicas e funcionários da limpeza. O seu controle
será feito pelo próximo usuário que, OBRIGATORIAMENTE, preencherá um quadro
em cada box. Periodicamente esse quadro será avaliado pela Comissão de
Biossegurança
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São Atribuições dos Alunos:
Antes do atendimento:
Durante o atendimento:
Após o atendimento:
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- acondicionar o lixo;
ATENÇÃO
- todas as atividades com material sujo serão feitas com luvas de borracha,
não sendo permitido o uso de outras luvas ou a ausência delas;
Da central de esterilização:
- limpar as autoclaves;
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Da central de distribuição:
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- desinfetar as escovinhas utilizadas para lavagem de material, em solução
de hipoclorito a 1% por 30 minutos, logo após, enxaguar e guardar;
ATENÇÃO: Todos os materiais utilizados na limpeza, tais como balde, rodo, vassoura,
devem ser lavados com água e detergente neutro antes de serem guardados. As luvas de
borracha devem ser lavadas por dentro e por fora e colocadas para secar viradas pelo
avesso, após cada limpeza e desinfecção.
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Atribuições do Coordenador da Área Clínica:
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Atribuições dos Professores (responsáveis pelas disciplinas clínicas):
ATENÇÃO: No ambiente das clínicas somente serão aceitos avisos revestidos com
plástico. Os papéis deverão ser afixados em quadros de aviso fora das clínicas.
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18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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19. ANEXO – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT
Condições do acidente
- data e hora da ocorrência
- tipo da exposição
- área corporal atingida no acidente
- material biológico envolvido na exposição
- utilização ou não de EPI pelo profissional de saúde, no momento do
acidente
- avaliação do risco-gravidade da lesão provocada
- causa e descrição do acidente
- local onde ocorreu o acidente
Dados do paciente
- identificação
- dados sorológicos e/ou virológicos
- dados clínicos
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OBS I – Descobrir em que prováveis pacientes o material/instrumental foi usado. Pegar
a ficha desses pacientes-fonte, para fazer contato com eles e ter dados da sua anamnese.
OBS II – A recusa do profissional para a realização do teste sorológico ou para o uso
das quimioprofilaxias específicas deve ser registrada; o formulário específico de
comunicação de acidente de trabalho deve ser preenchido para o devido
encaminhamento.
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