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FILOSOFIA

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Ética e Moral

Almeida Vasco Marcizar e 708170429

Curso: Administração Pública


Disciplina: Reforma do Sector
Público
Ano de Frequência: 2º

Pemba, Outubro, 2020


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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Ética e Moral

Almeida Vasco Marcizar e 708170429

Curso: Administração Pública


Disciplina: Reforma do Sector
Público
Ano de Frequência: 2º

Pemba, Outubro, 2020


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Introdução

O presente trabalho a ser apresentado à disciplina Filosofia tem como objectivo


abordar os vocábulos ética e moral sob um enfoque filosófico um tanto prático, onde irá
procurar delinear as suas diferenças e principalmente a interligação entre ambas,
mostrado o quanto ambas estão ligadas em nosso modo de agir e pensar.

A sociedade moderna está vivendo um progresso tecnológico jamais imaginado


que ultrapassa as previsões dos mais perspicazes, o que leva o homem contemporâneo a
agir com certa angústia, o que acaba por afasta-lo do real, do que é certo ou errado, e até
mesmo da auto realização, ameaçando a integridade e a dignidade do ser humano, a agir
sem moral, sem ética. É importante dizer que as ideias, as normas e as relações sociais
nascem e se desenvolvem em correspondência à necessidade social desenvolvida, que
está sempre visando garantir uma determinada ordem social, regulando desta forma as
acções colectivas

Objectivo Geral:

 Analisar a ética e a moral.

Objectivos específicos

 Trazer o conceito de ética e moral;


 Discutir os pontos diferenciadores destes ramos;
 Analisar o ser responsável na compreensão filosófica
 Apresentar a felicidade de acordo com Aristóteles;

Quanto aos métodos usados na pesquisa é o método dedutivo, uma vez que visa
descobrir conhecimentos particulares através do conhecimento geral, é um processo de
análise de informação que nos leva a uma conclusão.

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1.ETICA E MORAL

2. Conceito de Ética

O termo ética deriva do grego ethos, que significa carácter, modo de ser de uma
pessoa. Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta
humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento
social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não
possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. A
ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do
ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios
morais de uma sociedade e seus grupos.

O estudo da ética dentro da filosofia, pode-se dividir em sub-ramos, após o


advento da filosofia analítica no séc. XX, em contraste com a filosofia continental ou
com a tradição filosófica. Estas subdivisões são: Metaética, sobre a teoria da
significação e da referência dos termos e proposições morais e como seus valores de
verdade podem ser determinados. Ética normativa, sobre os meios práticos de se
determinar as acções mora. Ética aplicada, sobre como a moral é aplicada em situações
específicas. Ética descritiva, também conhecido como ética comparativa, é o estudo das
visões, descrições e crenças que se tem acerca da moral.

2.1. Metaética

Em filosofia, meta-ética é o ramo da ética que procura entender a natureza das


propriedades éticas, enunciados, atitudes e juízos. Meta-ética é um dos três ramos da
ética geralmente reconhecidos pelos filósofos. Os outros são a ética aplicada e a ética
normativa, Teoria ética e ética aplicada formam a ética normativa. A meta-ética tem
recebido considerável atenção dos filósofos académicos nas últimas décadas. Enquanto
as éticas normativas formulam seguintes questões como “O que alguém deve fazer?”,
endossando assim alguns juízos éticos de valor e rejeitando outros, a meta-ética

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formula questões como “O que é o bem?” e “Como podemos dizer o que é bom e o que é
mau?”, procurando entender a natureza das propriedades e avaliações dos enunciados éticos.
Alguns teóricos afirmam que certas considerações metafísicas sobre a moral são necessárias
para uma correta avaliação de teorias morais atuais e para a tomada de decisões acerca da
moral prática. Outros argumentam com premissas contrárias, afirmando que nossas ideias
morais advêm de nossas intuições na tomada de decisão, antes de termos qualquer senso de
uma moralidade metafísica.

2.2 Questões da meta-ética

Segundo ( Richard Garner e Bernard Rosen, 2008, p. 34) , há três tipos de


problemas meta-éticos, ou três questões gerais:

 Qual o significado dos termos e juízos morais?


 Qual a natureza dos juízos morais?
 Como os juízos morais podem ser apoiados e defendidos?

Uma questão do primeiro tipo envolve questões como, “O que as palavras


‘bem’, ‘mal’, ‘certo’ e ‘errado’ significam?”. A segunda categoria inclui questões sobre
se os julgamentos morais são ou universais ou relativos, ou algum tipo de
pluralismo pluralismo de valorativo. Questões do terceiro tipo indagam, por exemplo,
como podemos saber que algo é certo ou errado

2.1.2. Ética normativa

Ética Normativa é a investigação racional, ou uma teoria, sobre os padrões do


correto e incorrecto, do bom e do mau, com respeito ao carácter e à conduta, que uma
classe de indivíduos tem o dever de aceitar. Essa classe pode ser a humanidade em
geral, mas podemos também considerar que a ética médica, a ética empresarial, etc., são
corpos de padrões que os profissionais em questão devem aceitar e observar. Esse tipo
de investigação e a teoria que daí resulta (a ética kantiana e a utilitarista são exemplos
amplamente conhecidos) não descrevem o modo como as pessoas pensam ou se
comportam.

Antes prescrevem o modo como as pessoas devem pensar e comportar-se. Por


isso se chama "ética normativa": o seu objectivo principal é formular normas válidas de

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conduta e de avaliação do carácter. O estudo sobre que normas e padrões gerais são de
aplicar em situações-problema efectivos chama-se também "ética aplicada.”

2.1.3. Ética aplicada

Ética aplicada é um estudo de ordem ética, que atua em um meio social, o


seu comportamento, e sua aplicação nesse meio nos anos de 1950 os meios de
comunicação vigentes e o público em geral já discutiam a ética da inseminação artificial
e de transplantes de órgãos que começavam a ser postos em prática.
Além da ética médica incluem-se em seu campo de pesquisa a bioética, a ética da ciência,
a ética económica ou ética empresarial, a ética do trabalho, a ética ambiental, a ética do
futuro, a ética do direito, a ética política, a ética da informação, a ética dos meios de
comunicação social, a engenharia ética, a ética administrativa, a ética da técnica, a ética
social, a ética sexual e a ética animal.
2.1.4. Ética descritiva
O estudo, de um ponto de vista externo, dos sistemas de crenças e práticas de
um grupo social também se chama “ética”, e mais especificamente “ética descritiva”,
visto que um dos seus principais objectivos é descrever a ética de um grupo. também
tem sido denominado etino-ética, e pertence às ciências sociais.
3.Moral

3.1 Conceito de Moral

Moral deriva do latim mores, "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda,


quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos
traduzirem a palavra grega êthica.

E assim, a palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária. É


que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava
de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que
gera uma acção genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral,
ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro
lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos,
costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.

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A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a
dimensão pessoal do ato humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude
valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre
os termos ética e moral.

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não


existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual.
Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado
numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que
não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.

3.2. Moral e Direito

Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior


do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo
da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são
formas de controle social. Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo
de aplicação entre o Direito e Moral, quais sejam:

 Teoria dos círculos secantes


 Teoria dos círculos concêntricos
 Teoria do mínimo ético

"Os egípcios, os babilónios, os chineses e os próprios gregos não distinguem o


direito da moral e da religião. Para eles o direito confunde-se com os costumes sociais.
Moral, religião e direito são confundidos. Nos códigos antigos, encontramos não só
preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. O direito nesse
tempo ainda não havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, 'nas
sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coacção religiosa permitiram obter
espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde', com muita coerção."
(GUSMÃO, 2007,p. 69)

A palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos descrever então que
moral são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um equilíbrio entre os

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anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta moral, que é a
orientação para os atos segundo os valores descritos pela sociedade.

A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que
também significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido
etimológico, no qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo
com o que é bem quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral,
onde se busca entender os sentidos dos valores morais.

A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada grupo possuem seus próprios
valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos dos quais os grupos ou as
pessoas justificam suas acções.

A configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses, baseando em


argumentos universais. A ética tem seu impasse, pois o que é considerado ético para um
grupo, não é para outro.

3.3. Transformações da Moral

Dissemos que o sistema moral de cada grupo social é elaborado ao longo do


tempo de acordo com os valores reconhecidos por aquele grupo como significativos
para a convivência social. Num primeiro momento, esses valores são adquiridos pelos
indivíduos como uma herança cultural. Cada indivíduo assimila, desde a infância
noções do que é bom e desejável, e também do que é ruim, desaconselhável ou
repugnante. De acordo com esses valores, ele passará a julgar como bons ou maus o seu
próprio comportamento e dos outros.

No entanto , é importante notar que, apesar desse carácter social , a oral tem também um
aspecto pessoal. Ou seja, embora herdemos um conjunto estabelecido de normas morais chega
um momento em nossas vidas em que podemos reflectir sobre ele, aceitá-lo consciente e
livremente ou rejeita-lo. Por isso dissemos anteriormente, na comparação entre normas morais
e normas jurídicas, que o comportamento moral se caracteriza essencialmente pela livre
escolha do indivíduo . Portanto, a liberdade é a base da conduta moral.

Na relação entre indivíduo e sociedade, o indivíduo pode reafirmar e consolidar


a moralidade existente. Mas ele pode também nega-la e, dessa forma, contribuir
para transformação dessa moralidade. Assim, podemos caracterizar essa relação entre
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sociedade e indivíduo como dialéctica, ou seja, uma relação de mútua influência entre
dois pólos, em que:

• Por um lado, o indivíduo, um ser singular, é levado , através da educação , à


universalidade expressa nos costumes e normas morais. Isso significa que cada indivíduo
assimila os princípios morais consolidados como próprios do ser humano até então.

• Por outro lado, os indivíduos, não assimilando passivamente esses princípios, podem
contestá-los ou interferir em sua formulação, de acordo com as novas condições histórico-
sociais, e acabar por transformar as normas e costumes morais.

4. O Ser Responsável na Compreensão Filosófica

Antes, de mais convém ter presente que o ser responsável na compreensão


filosófica, é o homem, assim, o ser humano é uma unidade e uma totalidade. É
inadequado se desenvolver doutrinas diversas sobre o ser humano: uma científica e uma
filosófica, uma secular e uma religiosa, uma psicológica e uma sociológica. O ser
humano é uma unidade indivisível.

Após demonstrar que todos são filósofos, ainda que a seu modo,
inconscientemente – já que, até mesmo na mais simples manifestação de uma actividade
intelectual qualquer, na 'linguagem', está contida uma determinada concepção do
mundo, passa-se ao segundo momento, ao momento da crítica e da consciência, ou seja,
ao seguinte problema: é preferível 'pensar' sem disto ter consciência crítica, de uma
maneira desagregada e ocasional, isto é, 'participar' de uma concepção do mundo
'imposta' mecanicamente pelo ambiente exterior, ou seja, por um dos muitos grupos
sociais nos quais todos estão automaticamente envolvidos desde sua entrada no mundo
consciente (e que pode ser a própria aldeia ou a província, pode se originar na paróquia
e na actividade intelectual' do vigário ou do velho patriarca, cuja 'sabedoria' dita leis, na
mulher que herdou a sabedoria das bruxas ou no pequeno intelectual avinagrado pela
própria estupidez e pela impotência para a acção), ou é preferível elaborar a própria
concepção do mundo de uma maneira consciente e crítica e, portanto, em ligação com
este trabalho do próprio cérebro, escolher a própria esfera de actividade, participar
activamente na produção da história do mundo, ser o guia de si mesmo e não mais
aceitar do exterior, passiva e servilmente, a marca da própria personalidade.

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Pela própria concepção do mundo, pertencemos sempre a um determinado grupo,
precisamente o de todos os elementos sociais que compartilham um mesmo modo de
pensar e de agir. Somos conformistas de algum conformismo, somos sempre homens-
massa ou homens-colectivos. O problema é o seguinte: qual é o tipo histórico de
conformismo, de homem-massa do qual fazemos parte? Quando a concepção do mundo
não é crítica e coerente, mas ocasional e desagregada, pertencemos simultaneamente a
uma multiplicidade de homens-massa, nossa própria personalidade é compósita, de uma
maneira bizarra: nela se encontram elementos dos homens das cavernas e princípios da
ciência mais moderna e progressista, preconceitos de todas as fases históricas passadas
estreitamente localistas e intuições de uma futura filosofia que será própria do género
humano mundialmente unificado. Criticar a própria concepção do mundo, portanto,
significa torná-la unitária e coerente e elevá-la até o ponto atingido pelo pensamento
mundial mais evoluído. Significa também, portanto, criticar toda a filosofia até hoje
existente, na medida em que ela deixou estratificações consolidadas na filosofia
popular. O início da elaboração crítica é a consciência daquilo que é realmente, isto é,
um 'conhece-te a ti mesmo' como produto do processo histórico até hoje desenvolvido,
que deixou em ti uma infinidade de traços acolhidos sem análise crítica. Deve-se fazer,
inicialmente, essa análise.

5. Apresente a felicidade de acordo com Aristóteles

Aristóteles (384-322 a.C) nasceu em Estagira (Macedónia). Seu pai era médico
do rei Felipe da Macedónia. É considerado, juntamente com Sócrates e Platão,  um dos
mais influentes filósofos gregos do mundo ocidental. 

A felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito continuado da prática da


virtude e da prudência. Por sua própria natureza os homens buscam o bem e a
felicidade, mas esta busca só pode ser alcançada pela virtude. A virtude é entendida
como Aretê – excelência. É somente através do nosso carácter que atingimos a
excelência. A boa conduta, a força do espírito, a força da vontade guiada pela razão nos
leva à excelência. Dessa forma, a felicidade está ligada a uma sabedoria prática, a de
saber fazer escolhas racionais na vida. É feliz aquele que escolhe o que é mais adequado
para si. 

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Para Aristóteles,  a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a
actividade prática da razão. Em sua opinião,  a capacidade de pensar é o que há de
melhor no ser humano, uma vez que a razão é nosso melhor guia e dirigente natural.  
Se o que caracteriza o homem é o pensar, então esta e sua maior virtude e, portanto,
reside nela à felicidade humana.  “Aristóteles, fiel aos princípios de sua filosofia
especulativa, e após ter feito uma análise e um estudo da psicologia humana, verifica
que em todos os seus actos o homem se orienta necessariamente pela ideia de bem e de
felicidade e que nenhum dos bens comumente procurados (a honra, a riqueza, o prazer)
preenche esse ideal de felicidade. Daí a sua conclusão: primeiro, a felicidade humana
deverá consistir numa actividade, pois o ato é superior a potência; segundo, deverá ser
uma actividade relacionada com a faculdade humana mais perfeita que é a inteligência

        A razão é a faculdade que analisa, pondera, julga, discerne. Ela nos permite  distinguir o
que é bom ou mau,  a distinguir os vícios das virtudes. Ela  nos permite fazer escolhas
pertinentes para nossa felicidade. Por exemplo, a temeridade é um vício por excesso, a
covardia é um vício por falta; o meio-termo é a coragem, que é uma virtude. O orgulho é um
vício por excesso,  a humildade um vício por falta; o meio-termo é a veracidade, que também
é uma virtude. A inveja é um vício por excesso, a malevolência é um vício por falta; o meio-
termo é a justa indignação.

Para Aristóteles toda escolha exige uma mediania, um equilíbrio entre o excesso
e a falta.  Na vida não podemos ser imprudentes e impulsivos se arriscando em
situações perigosas. Por outro lado,  também não podemos ser covardes e ter medo de
tudo deixando que o medo nos domine. É necessário o meio termo entre esses dois
sentimentos, devemos enfrentar os medos e perigos sabendo agir com bom senso. O
mesmo raciocínio serve para alimentação, não podemos comer muito para passar mal
do estômago, assim como não podemos evitar comer, pois também vamos adoecer.

Devemos comer com moderação. Por esta óptica, também podemos pensar os
sentimentos.  Na vida não podemos ser vaidosos preocupando-nos apenas com nossas
qualidades, satisfazendo sempre o nosso ego. Por outro lado, também não podemos ser
muito modestos,  achando que somos inferiores. É necessário auto-estima, sabendo
reconhecer através da razão nossos defeitos e nossas qualidades. Para Aristóteles,

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portanto,  devemos sempre escolher o meio termo, sendo moderados em tudo o que
fazemos na vida. Somente assim atingiremos o bem e a felicidade.    

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Conclusão

Tendo feito o presente trabalho, conclui que O termo ética deriva do grego ethos, que
significa carácter, modo de ser de uma pessoa. Ética é um conjunto de valores morais e princípios
que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom
funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética,
embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.

Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que o


campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais
amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social.
Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo de aplicação entre o Direito e
Moral,

A felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito continuado da prática da virtude e da


prudência. Por sua própria natureza os homens buscam o bem e a felicidade, mas esta busca só
pode ser alcançada pela virtude. A virtude é entendida como Aretê – excelência. É somente
através do nosso carácter que atingimos a excelência. A boa conduta, a força do espírito, a força
da vontade guiada pela razão nos leva à excelência. Dessa forma, a felicidade está ligada a uma
sabedoria prática, a de saber fazer escolhas racionais na vida. É feliz aquele que escolhe o que é
mais adequado para si. 
Referência Bibliográfica

ARANHA, Maria Lúcia, (1993). Filosofando: Introdução á Filosofia. São Paulo.


BUZZI, Arcângelo, (1997). Introdução ao Pensar. Petrópolis.

CHAUÍ, Marilena, (1998) Convite á Filosofia. 10ª Ed. Lisboa: Ática.

CONTIM, Gilberto. (2000). Fundamentos de Filosofia - História e Grandes Temas, São Paulo.

GILES, Thomas Ransom. (1979). Introdução á Filosofia. Coimbra: Epu,.

LICKESI, C. Carlos. (1996). Introdução á Filosofia - Aprendendo a Pensar. 2ª. Ed. São Paulo:
Cortez.

ROSSI, Robert. (1996). Introdução á Filosofia: História e Sistemas. Lisboa: Edições Loyola,

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