Como Ser Usado Por Deus

Fazer download em txt, pdf ou txt
Fazer download em txt, pdf ou txt
Você está na página 1de 11

COMO SER USADO POR DEUS

Caio F�bio

VINDE COMUNICA��ES

H� alguns s�culos, h� muito tempo mesmo, um certo homem se


levantou na Inglaterra desejoso de ir pregar a Palavra de Deus na
�ndia. Naquele tempo ningu�m estava interessado em anunciar o
Evangelho, ele, por�m, cria no que est� escrito em Mateus 28:18-20:
"E chegando-lhe Jesus, falou-lhes, dizendo: � me dado todo o poder
no c�u e na terra. Portanto ide, ensinai todas as na�"es,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Esp�rito Santo.
Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e
eis que eu estou convosco todos os dias, at� a consuma��o dos
s�culos."

Ele acreditava que a respon-sabilidade da prega��o da Palavra


n�o era somente dos ap�stolos, mas de todos os que cr�em em Jesus
Cristo. Os pastores e sua igreja riram de suas id�ias e, inclusive,
o chefe do conc�lio, o pastor mais experiente, levantou-se dizendo:
"Deus n�o tem pressa, se ele estivese com tanta pressa de salvar os
pag�os e os gentios, ele faria isto sem mim e sem voc�". Para mim
esta � uma das mais sat�nicas express�es de pensamento.
Principalmente no que diz respeito �quilo que a B�blia ensina sobre
a urg�ncia de se compartilhar o Evangelho com o mundo, com as
pessoas, in-dividualmente. Qualquer outro tema e assunto que seja
colocado � frente da urg�ncia de Deus em salvar vidas em todas as
na��es, n�o est� de acordo com a escala de valores que o Evangelho
de Jesus, e que todo o Novo Testamento nos ensinam sobre o interesse
de Deus com as coisas espirituais. N�s estamos quase conseguindo
fazer com que a salva��o que nos foi dada se torne algo trivial,
tolo e sem significado. Quando n�s pregamos sobre salva��o, � quase
como se preg�ssemos sobre uma coisa destitu�da de sentido, a menor
de todas as doutrinas que se poderia ensinar. Na verdade, o Novo
Testamento a ensina como a maior de todas e fala da nossa salva��o
como "a nossa t�o grande salva��o". O Evangelho n�o nos fala da
salva��o como se ela fosse uma coisa simples e med�ocre, n�o nos
fala como se fosse a nossa prim�ria salva��o, como se fosse algo
f�til que nos aconteceu um dia, a ser lembrada apenas de vez em
quando. O problema � que passamos a nos sentir t�o superiores que
minimizamos seu ver-dadeiro sentido. Ali�s, irm�os, n�s n�o estamos
salvos num certo sentido. Estamos salvos se morrermos hoje e formos
para o c�u. H� textos no Novo Testamento que afirmam que n�s estamos
indo para o c�u, mas, enquanto isso, Deus est� desenvolvendo esta
salva��o em nossa vida, est� embrenhando em todas as �reas do nosso
ser, a fim de que n�o s� o nosso esp�rito esteja salvo, mas toda a
nossa vida, para que sejamos re-dimidos e resgatados para a gl�ria
de Deus no cotidiano. O ap�stolo Paulo, mais do que ningu�m, estava
capacitado a nos ensinar como Deus pode nos usar para
compartilharmos sua Palavra, levando os homens � salva��o, pela f�
em Jesus Cristo, nosso Senhor. Na carta de Paulo aos Romanos,
cap�tulo 10, versos de 1 a 7 est� escrito:

"Irm�os, o bom desejo do meu cora��o e a ora��o a Deus por Israel �


para sua salva��o. Porque lhes dou testemunho de que t�m zelo de
Deus, mas n�o com entendimento. Porquanto, n�o conhecendo a justi�a
de Deus, e procurando estabelecer a sua pr�pria justi�a, n�o se
sujeitaram � justi�a de Deus. Porque o fim da lei � Cristo para
justi�a de todo aquele que cr�.
Ora, Mois�s descreve a justi�a que � pela lei, dizendo: O
homem que fizer estas coisas viver� por elas. Mas a justi�a que �
pela f� diz assim: N�o digas em teu cora��o: Quem subir� ao c�u? Ou:
Quem descer� ao abismo?"

Neste texto, Paulo nos diz que a primeira coisa necess�ria a


algu�m que quer ser usado por Deus para compartilhar a vida e
salva��o com seus contempor�neos, � ter compuls�o no cora��o. E esta
n�o � uma mensagem que se adequa, que impressiona e se direciona
apenas aos l�deres da igreja, ou a pessoas especialmente
aqui-nhoadas. � um compromisso e uma palavra que se dirige a voc� e
a todas as pessoas que t�m certeza da salva��o. E se voc� a tem,
preste, ent�o, muita aten��o a estas palavras, porque
responsabilizam voc� com Deus, com o mundo, com as Escrituras e com
o senhorio de Cristo. A primeira coisa que precisa haver dentro de
n�s � esta compuls�o que vemos no vers�culo primeiro do cap�tulo 10,
de Romanos quando Paulo diz: a minha ora��o a Deus � para que os
judeus, os meus contempor�neos, os meus patr�cios sejam salvos pelo
Evangelho do Senhor Jesus. Podemos ver ainda em Romanos, cap�tulo 9,
nos versos de 1 a 3, a disposi��o do ap�stolo Paulo quando afirmou:
"Em Cristo digo a verdade, n�o minto, dando-me testemunho a minha
consci�ncia no Esp�rito Santo, Que tenho grande tristeza e cont�nua
dor no meu cora��o. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de
Cristo, por amor de meus irm�os, que s�o meus parentes segundo a
carne." Paulo dispunha-se a ser separado de Cristo, a ser an�tema,
caso esta atitude fizesse com que os judeus fossem salvos. Ele
estava deliberado a abrir m�o do privil�gio de conhecer Jesus, de
experimentar o c�u e de ter a rela��o que mantinha com Jesus. Ele
estava determinado a assumir a maldi��o da separa��o de Jesus se
isto fizesse com que a na��o inteira de Israel fosse convertida.
Sentimento igual a este teve Mois�s quando estava no cume do monte,
conforme registrado em Ex�do cap�tulo 32, verso 32 que diz: "Agora,
pois, perdoa o seu pecado, sen�o risca-me, pe�o-te, do teu livro que
tens escrito."

Patr�cio, nascido em 450 D.C. na Esc�cia, foi educado na f� por


pais muito simples num cristianismo quase primitivo, mas que seria a
base de sua vida. Aos 16 anos, foi aprisionado por piratas que o
venderam na Irlanda. Durante 6 anos de solid�o no cativeiro,
valeu-se dos ensinos de seus pais e buscou ao Senhor intensamente.
Convicto de seus pecados, arre-pendeu-se, foi salvo e recebeu a vida
eterna. A partir da� ficou totalmente consciente de que a sua
respon-sabilidade como a de todo crist�o � pregar o Evangelho do
Senhor Jesus. Depois de liberto, voltou � Esc�cia, onde permaneceu
por 10 anos at� ser feito novamente prisioneiro e levado � Fran�a
por mercadores crist�os que generosamente decidiram libert�-lo. De
volta a seu pa�s n�o teve mais paz. Todo tempo se lembrava dos
pag�os, pensava nos irlandeses, contemplava aquela situa��o de caos
em que se encontrava aquele pa�s, sem f�, sem Jesus, sem salva��o,
sem luz, sem a B�blia, sem coisa alguma. Ele sabia que se voltasse
para l� corria o risco de ser novamente preso e feito escravo,
ficando sob o jugo de algozes terr�veis. Mas ele esqueceu tudo
quanto lhe poderia acontecer e, sob esta compuls�o do Esp�rito
Santo, largou a Esc�cia indo para a Irlanda, onde come�ou a anunciar
o Evangelho em pra�as p�blicas, reunindo multid�es. A Irlanda foi,
assim, sacudida pela Palavra de Deus. As not�cias se espalharam e
tamb�m jovens da Fran�a se colocaram a caminho da Irlanda. Estes,
ent�o, foram discipulados por Patr�cio que ensinou-lhes a Palavra de
Deus, fundou escolas de teologia, publicou livros crist�os,
disseminou a verdade, balan�ou as estruturas da Irlanda implantando
o Evangelho de Jesus naquela terra onde n�o havia sequer uma fagulha
de luz e salva��o. Em 521 D.C., nasceu na Irlanda, Columbano, outro
homem em cujo cora��o Deus colocara a mesma compuls�o. Provavelmente
ele foi pro-fundamente impactado pelos efeitos da prega��o de
Patr�cio. Despertado pelas not�cias do caos espiritual em que se
encontrava a Esc�cia, ficou t�o compelido, t�o desafiado a
evangelizar a Esc�cia que, juntamente com outros homens n�o tendo
como atravessar o mar, se lan�ou na constru��o de uma jangada.
Colocaram uma haste de madeira tosca, puseram nela alguma coisa
parecida com uma vela e atravessaram o oceano enfrentando grandes
riscos. Assim, eles se dispuseram em dire��o � Esc�cia para pregar a
Palavra de Jesus, levando o Evangelho �quele povo. Na verdade, eles
n�o chegaram propriamente � Esc�cia, mas foram dar numa ilha chamada
Iona que era povoada por b�rbaros. L� anunciaram o Evangelho para
toda a ilha e todos se converteram, at� mesmo o homem mais
importante da comunidade, uma esp�cie de governador. Columbano
ergueu ali uma escola de teologia, fazendo muitos disc�pulos, e
propagou a Palavra de Deus a toda aquela regi�o. Meus irm�os, Deus
nos convida a nos deixarmos compungir e incomodar. Deus quer, de
alguma forma, nos perturbar. � estranho dizer, mas alguns de n�s
estamos vivendo num estado de tanta paz que esta se transforma em
morbidez, em apatia, indiferen�a e letargia espiritual para com
aqueles que ainda n�o experimentaram este gozo. Por exarceba��o e
falta de din�mica este estado se transformou em algo negativo em
nossas vidas. Deus quer nos levar � compuls�o, ao amor, � paix�o, a
uma perturba��o que nos fa�a ver o mundo como perdido tal como ele
se encontra, de fato, sem Jesus. A B�blia nos ensina que se
quisermos ser usados por Deus para a salva��o dos homens, e se
quisermos um compromisso com a divulga��o da Verdade, precisaremos,
ent�o, entender quais os embara�os espirituais do povo a ser
evangelizado. Ainda na carta aos Romanos, no cap�tulo 10, Paulo nos
diz isto nos versos 2 e 3: "Porque lhes dou testemunho de que t�m
zelo de Deus, mas n�o com entendimento. Porquanto, n�o conhecendo a
justi�a de Deus, e procurando es-tabelecer a sua pr�pria justi�a,
n�o se sujeitaram � justi�a de Deus."

O maior problema contra o qual Paulo se confrontou quando queria


evangelizar os judeus foi o legalismo, o cerimonialismo, as boas
obras, ou seja, a salva��o pela lei - pela pr�tica da caridade - a
justi�a pr�pria, o farisa�smo. No Brasil, enfrentamos problema
semelhante quando tentamos evan-gelizar cat�licos fervorosos que n�o
s�o capazes de discernir e entender que a salva��o se d� �nica e
exclusivamente pela f� em Jesus Cristo e pela obra consumada no
Calv�rio a nosso favor. Eles entendem que s�o as obras que produzem
esta salva��o, e eles mesmos produzem diante de si os obst�culos �
salva��o, quando deixam de perceber que Jesus a oferece unicamente
pela f�, �quele que, humilde e arrependidamente, volta-se para
Jesus, dizendo: "Salva-me, Senhor!" Mas h� outros problemas que nos
atingem aqui no Brasil. O espiritismo impede dia a dia a propaga��o
da f� produzindo uma alternativa piedosa que se transforma numa das
coisas mais perigosas no que diz respeito a tirar do cora��o das
pessoas a possiblidade de se comprometerem com o Evangelho. Eles
oferecem uma alternativa caritativa e misericordiosa, cheia de nomes
e clich�s e recheada de uma pseudo-teologia crist� de sentimentos e
motiva��es. Segundo eles, estes sen-timentos s�o gerados e
produzidos pelo esp�rito de Jesus que os guia.

Entretanto, tudo n�o passa de um engodo, de uma estrat�gia


sutil, de um malogro do diabo para afastar as pessoas da cruz e da
salva��o �nica pela f� em Cristo, nosso Senhor. Como povo, um
problema que nos atinge � o hedonismo, os prazeres, o esp�rito
carnavalesco que nos possui. O esp�rito de prostitui��o que grassa
em toda a na��o, que faz com que as pessoas ao ouvirem as demandas
de um evangelho s�rio, que n�o � �gua com a��car, nem chocolate
espiritual, mas compromisso com um Deus santo, digam: "Eu amo demais
os meus pecados". E este mesmo esp�rito leva o povo a afastar-se de
Jesus. Na Fran�a, o problema a se enfrentar seria o existencialismo,
as n�useas e a soberba espirituais, a decep��o religiosa dentro da
qual a Fran�a imergiu por causa do cristianismo deformado que l� se
estabeleceu. Na �ndia, seriam as castas que atrapalhariam: a
reencarna��o, a transmigra��o das vidas, os deuses, as supersti��es,
a auto-flagela��o, o sentido de que as pessoas s�o salvas por si
mesmas, de acordo com os sacrif�cios que a si mesmas imp�e. Se
olharmos, por exemplo, para a Nicar�gua, o problema l� s�o os
terremotos, o sofrimento com a guerra, as cat�strofes que os t�m
atingido, e que os leva a crer que n�o existe um Deus de amor por
tr�s deste universo. Mas n�o s�o apenas as na��es e os povos que t�m
que ser entendidos: os indiv�duos tamb�m precisam s�-lo e foi
exatamente assim que Jesus agiu. O evangelho de Jo�o, cap�tulo 3,
verso 3, nos diz assim: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que n�o nascer de novo, n�o pode ver o
reino de Deus." Esta passagem marca o encontro de Jesus com um homem
moralista, de mente filos�fica, e Jesus o tratou sob um aspecto
extremamente filos�fico, intelectual e teol�gico. Jesus aplicou este
tipo de linguagem para que, se n�o o entendesse, pelo menos, se
in-teressasse.

Ainda no evangelho de Jo�o, no cap�tulo 4, Jesus se encontra com


uma mulher samaritana de vida desregrada, que tivera 5 maridos e que
estava vivendo com um homem que n�o era seu marido. Jesus, contudo,
olhou a sede do cora��o daquela mulher e disse-lhe: "tu precisas da
�gua da vida". Ele entendeu seu drama e falou-lhe numa linguagem
adequada � sua realidade. No cap�tulo 5, ainda em Jo�o, vemos o
Senhor Jesus atendendo a um homem que era paral�tico havia 38 anos.
Eu sempre digo que se Jesus tivesse perguntado �quele homem "Tu
queres nascer de novo?", teria sido um desastre em termos de
evangeliza��o. Isso porque aquele homem responderia: "Para que
nascer de novo, para viver 38 anos, de novo paral�tico?!" Imaginem
ainda se Jesus tivesse dito: "D�-me de beber." O homem certamente
diria: "Senhor, eu estou aqui sentado ao lado deste po�o e querendo
pular nele j� faz muito tempo, porque dizem que quem pular nesta
�gua fica curado, mas nem isto eu consigo fazer, e o Senhor me pede
um copo d'�gua?" Jesus por�m disse: "Meu filho, voc� quer ser
curado?" E ele pensou: "Esta linguagem eu entendi." Foi por esta via
que Jesus entrou em seu cora��o com a f� salvadora.

Amados irm�os, precisamos de compuls�o, mas tamb�m precisamos


entender os empecilhos e os embara�os que existem na vida das
pessoas que precisam ser alcan�adas, dos indiv�duos que precisam ser
evangelizados e que est�o diante de n�s. A terceira coisa que Paulo
nos ensina � que precisamos conhecer o que significa justifica��o
pela f�. Quem n�o gostaria de ser usado por Deus durante toda sua
vida para levar muita gente a Cristo? Para isso voc� precisa
entender o que � justifica��o pela f�. Prestem aten��o nisto tamb�m,
porque mesmo para as pessoas que se dizem salvas e que querem ser
usadas para levar muitas pessoas para Cristo � preciso toda aten��o,
pois n�o se pode perder nem ao menos 30 segundos daquilo que ser�
dito, por mais cansativo e doutrin�rio que pare�a. Justifica��o pela
f� � algo que voc� precisa entender, se quer compartilhar vida e
salva��o com as pessoas que ainda n�o t�m Jesus. No texto
apresentado, Paulo nos ensina o que � salva��o pela f�, advertindo
quanto � necessidade de que seja bem entendida. Um passo fundamental
para quem quer entender o que � justifica��o pela f� � compreender
que Cristo � o fim da lei, como vemos no verso 4, "por-quanto o fim
da lei � Cristo para a justi�a de todo aquele que nele cr�". O que
Paulo est� dizendo � que n�o existe mais nenhum desafio sequer, ou
uma obriga��o para que algu�m seja salvo pela obedi�ncia �s leis. A
lei terminou em Cristo, e ele disse que n�o veio revog�-la, mas,
sim, para faz�-la cumprir, acrescentando que nem um "i" ou um "til"
seriam mudados, porque n�o viera mudar a lei at� que tudo se
cumprisse. Isto significa dizer que a lei j� n�o voga, porque foi
revogada na cruz. Todas as ordenan�as foram en-cravadas em Jesus, e
ele � o cum-primento, � o fim, � o alvo da lei; ele � a express�o
m�xima da lei, segundo o ponto de vista de Deus. Neste caminho da
justifica��o pela f� precisamos tamb�m entender que pela lei ningu�m
� justificado, porque ningu�m, exceto Cristo, conseguiu obedec�-la
integralmente aos olhos de Deus. Vejam o verso 5: "Ora, Mois�s
descreve a justi�a que � pela lei, dizendo: O homem que fizer estas
coisas viver� por elas." E eu pergunto: - Quem foi que viveu pela
lei at� hoje? Paulo disse que n�o adulterava, n�o roubava, n�o se
prostitu�a, n�o adorava �dolos, guardava o s�bado, at� que chegou ao
�ltimo dos mandamentos do dec�logo. At� ent�o ele vinha muito bem,
irrepreens�vel diante da lei. Mas l� est� escrito: "n�o cobi�ar�s",
e quando ele chegou neste mandamento, lemos em Romanos 7, que ele
caiu por terra, porque o cora��o dele cobi�ava o que era mal.
Ningu�m � salvo pela obedi�ncia � lei, porque ningu�m consegue
obedec�-la totalmente. A B�blia diz que se voc� n�o a cumprir
totalmente n�o ser� salvo. Portanto, se voc� cumprir nove dos
mandamentos e falhar em um deles, voc� n�o ter� salva��o e estar�
con-denado por todos. Precisamos ainda entender que a salva��o � uma
obra inteiramente realizada por Deus:

"Mas a justi�a que � pela f� diz assim: N�o digas em teu cora��o:
Quem subir� ao c�u? Ou: Quem descer� ao abismo?" (Rm 10:6-7)

O que isto significa? Significa que n�o devemos perguntar em


nosso cora��o quem subir� ao c�u, isto �, para trazer Cristo das
alturas, ou, quem descer� ao abismo, isto �, quem levantar� Cristo
dentre os mortos. O homem n�o tem participa��o em nada para salvar a
si pr�prio, ele n�o teve que subir aos c�us para produzir o Natal.
Foi o bra�o de Deus que agiu valorosamente, foi a encarna��o, foi a
sua pr�pria a��o. Ningu�m subiu aos c�us para trazer Cristo � Terra.
Durante a ressurrei��o de Jesus, qual dos homens vigiou, implorou, e
creu que ele ressuscitaria dentre os mortos? A B�blia diz que voc�
n�o precisou ir at� o inferno para trazer Cristo de l�, pois ele
saiu sozinho. Diz tamb�m que tudo quanto diz respeito � salva��o
Deus fez sozinho. Encarnou sozinho, viveu sozinho, morreu na cruz
sozinho por voc� e por mim, ressuscitou dentre os mortos sozinho e,
no fim, disse: "est� consumado." Portanto, entender a salva��o pela
f� � crer que, tudo quanto diz respeito a ela, Deus fez sozinho por
voc� e para voc�. Em quarto lugar, a salva��o acon-tece mediante a
f� na Palavra de Deus, que nos atesta a obra realizada e consumada
por Cristo a nosso favor na sua morte e ressurrei��o. "Mas que diz?
A palavra est� junto de ti, na tua boca e no teu cora��o; esta � a
palavra da f� que pregamos. A saber: Se com a tua boca confessares
ao Senhor Jesus, e em teu cora��o creres que Deus o ressuscitou dos
mortos, ser�s salvo." (Rm 10:8-9)

A salva��o acontece mediante esta f�; f� na obra que Jesus


consumou por voc� na sua morte e na sua ressurrei��o. Quem
acreditar, quem crer nestas palavras ser� salvo. Em quinto lugar, a
f� na obra de Cristo implica confiss�o deste en-tendimento
espiritual, e � por esse motivo que s�o realizados os batismos e as
profiss�es de f�. E quem crer nisto, quem assumiu esta salva��o,
confessa esta salva��o, como vemos no texto b�blico:

"Visto que com o cora��o se cr� para a justi�a, e com a boca se faz
confiss�o para a salva��o." (Rm 10:10)

Em sexto lugar, esta justifica��o que produz a salva��o sempre


deve vir acompanhada de certeza por parte daquele que crer. Quem
est� salvo, diz o texto, tem certeza da salva��o, apesar de ser
poss�vel existirem pessoas que estejam salvas sem terem se
apropriado desta certeza. Eu nunca vi, no entanto, o contr�rio
acontecer, ou seja, algu�m que n�o esteja salvo ter certeza de
salva��o. Quem n�o est� salvo nunca tem certeza; quem tem certeza
pode ser que esteja salvo, e quem est� salvo deve ter certeza desta
salva��o. Vejam o verso 11, de Romanos cap�tulo 10: "Porque a
Escritura diz: Todo aquele que nele crer n�o ser� con-fundido."
Ent�o, todo aquele que cr� em Jesus n�o ter� d�vidas, n�o ficar�
atordoado, n�o ser� confundido, ao contr�rio, este ter� absoluta
certeza de sua pr�pria salva��o em Jesus Cristo, nosso Senhor. Se
queremos compartilhar o Evangelho com as pessoas, precisamos que
isto fique bem entendido. Alguns de voc�s v�o aos cultos sem saber a
raz�o, ou o porqu�. Pode ser porque gostam do louvor, porque
consideram o ambiente agrad�vel, porque t�m simpatia pelos irm�os;
ou, talvez, porque acham que a Palavra de Deus � pregada com certa
coer�ncia. Entretanto, isto n�o � e n�o deve ser tudo, isto s� pode
ser admitido de algu�m que est� iniciando na f�, um ne�fito. Mas n�o
se pode admitir que voc� esteja aqui h� tantos anos e ainda n�o
tenha compreendido esses passos que caracterizam a nossa salva��o e
justifica��o pela f� em nosso Senhor Jesus Cristo. E sabem por qu�
ou para qu�? Para que n�o nos aconte�a o mesmo que aconteceu com
John Wesley. Ele estava apaixonado pelas almas, queria levar aos
pag�os o conhecimento de Jesus, queria educar os pag�os dos Estados
Unidos na f� em Cristo. Foi por isso que ele pegou um navio, e foi
para a Am�rica do Norte. Mas acabou frus-trad�ssimo, pois n�o
conseguiu alcan�ar os seus objetivos. Triste e decepcionado,
enquanto atravessava o oceano de volta � Inglaterra, foi atormentado
por uma d�vida atroz. Aquilo o angustiou fazendo-o perguntar a si
mesmo: Ser� que tenho certeza de salva��o? Ele, por�m, n�o se sentia
seguro para responder afirmativamente. At� que, chegando �
Inglaterra, com o cora��o vazio e angustiado, ele ouviu a prega��o
da palavra de Cristo, creu nela e recebeu certeza de vida eterna. A
partir da�, ele passou a ser um cons-pirador do reino de Deus, um
con-turbador do inferno, um pregador intr�pido, tremendo, ungido;
ousado e usado por Deus. Ele balan�ou as estruturas da Inglaterra,
da teologia, da evangeliza��o, das culturas e, quem sabe, em grande
parte, lan�ou sobre n�s os reflexos de luz e dos resultados desta
sua a��o at� hoje, at� os nossos dias. Paulo tamb�m nos ensina que
se quisermos nos lan�ar e sermos usados por Deus na salva��o de
homens, devemos crer na realidade de que sem a invoca��o do nome de
Jesus n�o h� salva��o.

"Porquanto n�o h� diferen�a entre judeu e grego; porque um mesmo � o


Senhor de todos, rico para com todos que o invocam. Porque todo
aquele que invocar o nome do Senhor ser� salvo."(Rm 10:12-13)

Se por�m, n�o invocarmos o nome do Senhor n�o seremos salvos.


Precisamos entender isto, n�o h� salva��o sem invoca��o do nome do
Senhor Jesus. Os mu�ulmanos dizem no Cor�o, que Jesus � o Verbo de
Deus, a Palavra e o Esp�rito de Deus, guiado por Deus, dos c�us, e
que vai voltar mais uma vez maior do que Maom�. Mas eles n�o podem
admitir Jesus como o Filho de Deus, que morreu pelos seus pecados na
cruz do Calv�rio e que ressuscitou dentre os mortos. Ent�o, nada
feito: se n�o invocarem a Jesus como salvador, ressurreto dentre os
mortos, n�o h� salva��o. Os esp�ritas kardecistas piedosos,
caridosos, de moral correta e ilibada, cheios de boas obras, de
orfanatos, de hospitais, mas que n�o cr�em que a �nica via e o �nico
modo de salva��o � crer na obra salvadora que Jesus nos deixou de
heran�a, por sua morte na cruz do Calv�rio, tamb�m n�o t�m salva��o.
Sem invoca��o de Jesus, como Senhor e salvador, n�o se iludam, n�o
h� salva��o. Eu tive que dizer isto a um homem muito bom que veio me
pro-curar no gabinete pastoral de acon-selhameto. Ele era esp�rita
kardecista, piedoso, moralmente limpo. Mas ele disse que n�o podia
crer que Jesus havia morrido por seus pecados, n�o podia crer na
gra�a salvadora de Deus, n�o podia crer que o homem pudesse ser
salvo pela f� em Jesus. Ele cria na reencarna��o e na evolu��o
espiritual, no progresso espiritual pela pr�tica de boas obras; ele
cria que o homem se auto-redime, e acreditava que o que aconteceu na
cruz n�o passou de exemplo de altru�smo, de abnega��o. Ele n�o
considerava Jesus o modo, a via, o objeto salvador. Ent�o, ele
perguntou: "O que vai acontecer comigo? Porque eu sou bom". Olhando
para ele, eu tive que chorar e dizer que ele estava indo para o
inferno. E ele disse: "Mas pastor, ainda assim eu vou para o
inferno? Eu n�o me pros-tituo, n�o bebo, n�o mato, n�o roubo, eu n�o
fa�o nada disto". Respondi que a B�blia afirma que se voc� n�o crer
que Jesus � o seu salvador, voc� ir� para o inferno.

Lembrem-se que Jesus disse a mesma coisa a um homem t�o bom


quanto esse que descrevi. Seu nome era Nicodemos. E Jesus disse a
Nicodemos que se ele n�o nascesse de novo, n�o se arrependesse, se
n�o cresse que ele, Jesus, ia ser levantado e crucificado no seu
lugar, ele n�o teria vida eterna, n�o teria salva��o. N�o brinquemos
com a gra�a de Deus, n�o inventemos outros modos e maneiras, n�o
criemos teologias que justifiquem a nossa pregui�a, nossa mornid�o e
lentid�o, nosso desmazelo e descompromisso com as vidas e com as
almas do mundo, porque sem invoca��o do nome do Senhor Jesus n�o h�
salva��o. Uma outra coisa que a Palavra de Deus quer que saibamos e
entendamos � que precisamos compreender o modo operante da salva��o,
ou seja, como a salva��o ocorre:

"Como pois invocar�o aquele em quem n�o creram? E como crer�o


naquele de quem n�o ouviram? E como ouvir�o, se n�o h� quem pregue?
E como pregar�o, se n�o forem enviados? Como est� escrito: qu�o
formosos os p�s dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas
boas!" (Rm 10:14-15)

Eu gosto destes vers�culos porque eles acabam em cima de mim. Eu


afirmo que as almas que est�o perdidas s�o problema de Deus, mas a�
leio que se eles n�o invocarem o nome do Senhor, n�o ser�o salvos.
Para que sejam salvos, no entanto, eles precisam crer; para que
creiam, algu�m precisa pregar para eles; para que algu�m lhes pregue
o Evangelho, algu�m precisa envi�-los. � necess�rio que haja algu�m
dispon�vel para que o Senhor o envie. E, ent�o, tudo acaba em cima
de mim, acaba em cima da Igreja, acaba em cima de n�s.

Precisamos entender o modus operantis desta salva��o, a maneira


como ela se processa, e a Palavra de Deus, amados, nos ensina.
Inicialmente precisamos enviar, como diz o verso 15, precisamos
abrir novas frentes, como Guilherme Carey fez. A �ndia estava
inteiramente destitu�da de uma voz anunciando a Palavra de Deus, e
um grupo se reuniu na Inglaterra, resolvendo a quem deveriam enviar.
E foi quando ele disse li-teralmente o seguinte: "Eu me atrevo a
descer ao fundo se voc�s sustentarem os cabos."

Isto � um buraco, quer dizer, eu des�o, mas voc�s me enviam e


seguram as cordas, os cabos; voc�s me mant�m, voc�s oram por mim,
voc�s investem em mim, assim eu irei. Assim eu des�o neste buraco, e
levanto a luz salvadora do Senhor Jesus l� dentro dele. Precisamos
pregar, diz o verso 15, n�o apenas dar um bom exemplo. Esta hist�ria
de dar bom exemplo � �tima em igreja que s� prega. Mas � horr�vel
uma igreja que s� d� bom exemplo. Ela serve para equilibrar as
coisas naquelas igrejas e naqueles indiv�duos que t�m aquele
consumismo evangel�stico, que v�o falando para todos os lados, mas
que n�o d�o testemunho de esp�cie alguma, n�o vivem uma vida santa.
Quando n�s s� damos bons exemplos e n�o pregamos a Palavra de Deus,
n�s podemos cair no mesmo problema em que est�o os que continuam sem
Deus. No primeiro caso, eles ficam sem Deus, porque o que dizemos
n�o � compat�vel com o que vivemos e fazemos; no segundo caso, eles
ficam sem Deus, porque apenas v�m a ser despertados por um estilo de
vida interessante que vivemos, mas nunca lhes dizemos o que nos
propicia vivermos esta vida diferente, alteradora e salva para a
gl�ria de Jesus. Precisamos ser ouvidos, amados irm�os, diz o verso
14. Como � que eles ir�o ouvir, precisamos falar uma linguagem que o
homem do s�culo 21 entenda. N�o posso chegar em pra�a p�blica e
falar palavras dif�ceis e rebuscadas, com voz e tom imponente de
orador do Aer�pago, do tempo de P�ricles, 300 A. C. Isto n�o atinge
mais as pessoas; temos que ser claros e simples para que eles possam
nos compreender. Nos Estados Unidos, Jhil Camps sentiu-se impelido a
anunciar a Palavra de Deus entre os �ndios americanos. Teve f�rias
na universidade e decidiu us�-las para pregar o Evangelho entre os
�ndios, pegou alguns novos testamentos em ingl�s e espanhol e foi
para o meio deles; passou um ver�o inteiro anunciando o Evangelho.
Em certa ocasi�o, falando uma l�ngua estranha ao ouvido do �ndio,
ele tentou iniciar uma conversa��o e o chefe daquela aldeia, que
entendia um pouco de espanhol e ingl�s, virou-se para ele e disse
que se o seu Deus o amava tanto, se ele estava t�o interessado nele,
porque ent�o n�o aprendera a falar a sua l�ngua. Precisamos ser
ouvidos e pre-cisamos falar de uma maneira que os outros homens nos
entendam. Temos que transmitir a f� salvadora a todos os homens.
Precisamos, igualmente, v�-los invocarem o nome do Senhor Jesus,
como eu sei que muitos de n�s j� o fizeram para a salva��o e
santifica��o das suas vidas e para a eterna reden��o do Senhor Jesus
nos c�us e na eter-nidade. E para terminar, Paulo ensina que
necessitamos entender o resultado final da salva��o, no que ela d�,
como ela se caracteriza, como ela se demonstra, como ela �
comprovada, como ela se evidencia, como se expressa, de-monstrando o
resultado final da salva��o na vida de um homem.

Vejamos quais s�o estas evi-d�ncias:

"Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isa�as diz: Senhor, quem
creu na nossa prega��o? De sorte que a f� � pelo ouvir, e o o ouvir
pela palavra de Deus." (Rm 10:16-17)

Outra vez para entendermos o resultado final da salva��o, temos


que come�ar o texto ao contr�rio. Come�a com a palavra de Cristo, e
esta palavra que existe � pregada, e os homens a ouvem e esta cren�a
se manifesta atrav�s daquilo que o verso 16 diz, obedi�ncia.
Interessante � a rela��o que o texto estabelece entre f� e
obedi�ncia, entre doutrina e pr�tica, entre cren�a e boas obras.
Quem creu na prega��o obe-deceu � prega��o, quem n�o obedeceu �
prega��o n�o creu nela. Pode at� ter tido cren�a, mas n�o teve f�.
Porque a f� b�blica, neo-testament�ria, salvadora, imp�e, implica,
determina obedi�ncia por parte de cada um de n�s. Eu gostaria que
cada um meditasse, pensasse, e decidisse se gostaria de ser usado
por Deus para a salva��o de homens. Vamos recapitular. A primeira
coisa que precisa haver � compuls�o, precisa haver um cora��o
apaixonado, al�m disso temos que entender os embara�os atuais do
povo que vai ser evangelizado. Precisamos ainda, conhecer o que
significa justifica��o pela f�, temos que crer na realidade de que
sem a invoca��o do nome de Jesus n�o h� salva��o, precisamos
compreender o modo pelo qual a salva��o opera, e em �ltimo lugar,
necessitamos entender o resultado final da salva��o. E qual � o
resultado final da salva��o? A obedi�ncia. Vida salva � vida
comprometida com as Escrituras. Este � o Evangelho que pregamos,
esta � a maneira como vemos o reino de Deus, o Evangelho de Cristo,
a Igreja de Jesus e a salva��o. Esta � a maneira da B�blia e a
maneira como Paulo nos ensina. Concluindo, quero apenas dizer-lhes,
que falar de Cristo � falar de uma experi�ncia de amor. Muitas
vezes, ou�o as pessoas dizendo que n�o levam jeito para isto, que
n�o sabem falar, que s�o inibidas, que n�o sabem dar in�cio a uma
conversa sobre Jesus. De fato, n�o � qualquer pessoa que tem
desembara�o para iniciar uma conversa sobre Jesus. Eu dou gra�as a
Deus porque, quando Jesus entrou na minha vida, quando ele me
converteu, ele tamb�m me transformou num carro velho, ou seja, onde
p�ra, prega. Certa vez aconteceu uma coisa sem que eu notasse. Eu
estava entrando no elevador da VINDE, e tamb�m havia um homem
esperando, bem vestido e de gravata. E quando a porta abriu, ele
entrou primeiro e a porta fechou-se rapidamente. E ele, que n�o
conhecia o elevador ficou ali tentando abrir a porta, empurrando-a,
e eu tentando dizer-lhe para apertar o "PO", e quando ele apertou, a
porta se abriu, e eu entrei. E ele disse: "Este elevador n�o se
toca, n�o se sensibliza, a gente toca nele e ele n�o abre." Ent�o eu
disse: � como o cora��o de muita gente. E aquele senhor ficou me
olhando meio desconfiado, foram s� 30 se-gundos, mas eu sei que
aquele indiv�duo deve ter ficado a tarde inteira pensando naquelas
palavras. E pode ter sido mais significativo do que uma hora de
prega��o. Falar de Jesus � falar de uma experi�ncia de amor. Quem
n�o ama algu�m do sexo oposto? Tenho certeza de que cada um de n�s �
capaz de dizer como conheceu sua "cara-metade". A salva��o tamb�m �
um en-contro, voc� pode n�o saber falar muito bem, mas voc� sabe
falar de uma experi�ncia que teve. Por isso � a coisa mais simples
do mundo falar de Jesus. Porque acontece com todos, mudou as suas
vidas, encheu-as de paz e alegria. Outra coisa que precisamos saber
� que n�o s�o os altamente qualificados, treinados e experientes os
que a t�m de promover. Outro dia, uma senhora me disse que era
completamente incapaz de evangelizar, porque a �nica coisa que a
acontecera at� hoje tinha a sido a salva��o. E eu perguntei: o que
mais a senhora quer que aconte�a? � a coisa mais prim�ria, e � para
os mais prim�rios, que pouco ou nada sabem, que temos que
compartilhar. Isto deve ser um compromisso de todos os crentes e
todos n�s temos que evangelizar em meio ao nosso estilo. Deus,
contudo, ir� chamar algumas pessoas da igreja, para um evangelismo
mais intenso, n�o todas, porque isto n�o � poss�vel, pois quem iria
sustentar os "chamados" de uma s� vez em um s� tempo. Os que ficarem
t�m que dar muito de si para sustentar os mo�os que se lan�ar�o na
prega��o da Palavra de Deus.

Sabem por qu�? Porque este � o exemplo que os ap�stolos nos


deixaram, e esta � a melhor parte. Vejam o rumo que tomou a vida dos
ap�stolos, embora a B�blia n�o nos fale a respeito: Paulo virou o
mundo de cabe�a para baixo, acerca deles diziam "estes que tem
transtornado o mundo, chegaram at� n�s." Marcos, segundo o
historiador crist�o Euz�bio, foi ao Egito e fundou l� a igreja de
Alexandria. Tom� trabalhou entre os Partos; Andr� foi para a Sitia;
Jo�o acabou na �sia, estabelecendo-se em �feso, sendo depois
desterrado para a ilha de Patmos; Pedro evangelizou o Ponto, a
Gal�cia, a Bet�nia, o Capad�cio e foi a Roma; Mateus, tamb�m segundo
Euz�bio, escreveu seu evangelho pouco antes de partir para a
evangeliza��o de outras na��es; e Bartolomeu do qual pouco se fala,
segundo testemunho de Panthaenos, um escritor, foi pregar na �ndia.
Que tal n�s mesmos come�armos a evangelizar primeiro a nossa cidade,
depois o nosso estado, para chegar a todo nosso pa�s e, quem sabe,
ao mundo?! Isto tudo para demonstrarmos que n�s somos crist�os que
honram a Palavra de Deus.

"Como invocar�o aquele em quem n�o creram, e como crer�o naquele


de quem nada ouviram, e como ouvir�o se n�o h� quem pregue, e como
pregar�o se n�o forem en-viados. E ainda est� escrito: qu�o formosos
s�o os p�s dos que anunciam coisas boas".

Isto n�o d� vontade de pedir para que ele mostre os p�s? Do


ponto de vista f�sico, os seus p�s podem estar horr�veis, porque
podem estar cheios de calos dentro dos sapatos, mas a B�blia diz que
voc� pode ter p�s espirituais lindos. Se voc� cal�ar os p�s com a
prepara��o do evangelho da paz, e for sobre os montes, mon-tanhas,
bairros, pa�ses, sobre as na��es. Mas pode ser tamb�m na sua
vizinhan�a, na sua escola, na sua uni-versidade, entre seus
parentes, evan-gelizar coisas boas em nome de Jesus. E se voc� vem
orando, vem buscando ao Senhor, vem pensando de maneira muito s�ria,
vem se deixando compungir por tudo isso. Se tem decidido que quer
ser enviado, sustentado, integralmente amparado pelo corpo de Cristo
para uma s�ria res-pons�vel e comprometida obra e tarefa da
evangeliza��o dos homens dos pa�ses e do mundo. Se voc� se decidiu,
ou est� se decidindo, por seguir o caminho da evangeliza��o de uma
maneira s�ria, n�o leviana, n�o brincalhona, n�o sem ora��o e sem
reflex�o, quem sabe, atrav�s do jejum; quem sabe voc� n�o se deixe
ser usado por Deus para esta tarefa evangelizadora; quem sabe voc�
n�o deseje ser treinado e enviado por sua igreja, fazendo com que a
sua igreja assuma um estilo de vida evangelizador, seja nas a��es ou
na presen�a, e que seja capaz de sustentar homens que querem ir mais
al�m. Pode ser no interior do estado ou do pa�s, assim como
Guilherme Carey que desceu no buraco, sendo no entanto, sustentado
por sua igreja. Se voc� se disp�e a descer no buraco, se voc� se
prop�e a fazer esta jornada e est� pedindo ajuda espiritual, e pede
que a sua igreja o ajude a ser treinado e enviado para a miss�o,
ent�o, se � assim, procure o seu pastor, procure os l�deres da sua
igreja. E voc�s que s�o l�deres dentro das igrejas, que fazem parte
do diaconato, que s�o pastores, incentivem estas voca��es, firmem
estas vidas, porque elas foram tocadas pelo Esp�rito de Deus. Estas
vidas aceitaram o desafio de se colocarem inteiramente � dis-posi��o
do Senhor, para a obra de evangelizar, para sair, anunciar, pregar,
discipular, levar a Palavra que ilumine e que acenda a chama da f�
na reden��o, da transforma��o da alma e da mente. Aos l�deres cabe o
apoio, a orienta��o, o esclarecimento destas voca��es, cabe
mostrar-lhes a seriedade de uma decis�o deste porte, mostrar-lhes o
desafio desta obra, mas mostrar-lhes tamb�m a gra�a e a magnitude de
servir ao nosso Senhor Jesus Cristo. E aqueles que s�o experientes
podem tamb�m ajudar e contribuir para estas voca��es. Podem
orient�-los no trato com as pessoas, no abrir da Palavra, a fim de
que eles tenham as armas necess�rias para levar a obra adiante.
Principalmente, eles devem estar ungidos no Esp�rito, com a voca��o
aquecida e profundamente determinada e baseada no chamamento de
Deus. Precisam estar tamb�m providos das armas humanas, que s�o
igualmente indispens�veis, mas que no fundo s�o utilizadas apenas
pelo Senhor, pois o m�rito nunca dever� ser pessoal mas sempre deve
ser reconhecido como uma gra�a do Esp�rito. Assim como Mois�s pode
usar aquela vara transformada e poderosamente aben�oada pelo Senhor,
para tangir aquele imenso rebanho e fazer sinais e prod�gios
maravilhosos no Egito. Muitas destas voca��es s�o de jovens, mo�os e
mo�as, mas h� um espa�o para eles no reino de Deus, h� um trabalho
espec�fico no meio do povo do Senhor, no meio das igrejas que
comp�em o rebanho de Cristo. Pe�o sempre a Deus que n�o permita que
eles pensem em voltar atr�s, que n�o permita que eles esmore�am,
pe�o para que Deus mostre e confirme a eles a sua vontade dia a dia.
E eu s� posso pedir, ainda, que Deus permita que haja muito e muito
despertamento no corpo, no cora��o, na f�, no arrojo espiritual, na
dedica��o, na comunh�o, na viv�ncia com Cristo para a gl�ria do seu
santo nome.

am�m

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy